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Projeto de Lavra Plano de Aproveitamento
Projeto de Lavra Plano de Aproveitamento
Por
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Mário Apolônio Silva e Dulcineia Cajazeira da Silva, que tanto lutaram
para que eu obtivesse sucesso diante das grandes dificuldades, o eterno agradecimento do seu
filho.
A minha tia Maria Iva e minha prima Joselma, que sempre me incentivaram a seguir nesta
A meu irmão Augusto Henrique, minhas avós - Maria Odete e Maria de Lurdes, minhas
tias Maria Lucia e Luciene Cajazeira, e meus amigos que tanto confiaram em meu potencial.
O autor
3
AGRADECIMENTOS
Aos professores José Lins Rolim Filho e Julio César de Souza, pela orientação segura e
precisa sem a qual este trabalho não teria mérito algum e pelo grande apóio que me foi
Cumpre-se, agradecer, também, aos demais mestres que não mediram esforços para
Por fim a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para realização deste
trabalho, o meu reconhecimento de que, sem as mesmas, não teria sido possível dar conta dessa
tarefa.
O autor
4
RESUMO
empresa CAPE (Carbonatos de Pernambuco Ltda). Trata-se de uma empresa fictícia, criada para
fins didáticos (projeto final de conclusão do curso de engenharia de minas da UFPE), enquadrada
mineração vigente. A área estudada abrange um total de 1000 ha e está localizada entre os
estratigráfica que se inicia com a formação Manari, composta de arenitos grosseiros até
idade jurássica e as formações candeias, Ilhas e Marizal de idade cretáceas, respectivamente. Por
fim temos os sedimentos recentes do quaternário, representados por aluviões. Neste plano de
empregada, o cálculo das reservas de matéria-prima (calcário) e o projeto de lavra. Também são
Empreendimento esse que tem como objeto Principal a explotação de calcário dolomítico,
para produção de fertilizantes usados como corretivos de solo na agricultura e também calcário
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------9
2. ENCAMINHAMENTO DO PLANO DE APROVETAMENTO ECONOMICO (PAE)-10
3. IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO-------------------------------------------11
4. ÁREA FINAL ENGLOBADA------------------------------------------------------------------------12
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA----------------------------------------------------------------------- 13
6. GENERALIDADES DO MUNICÍPIO DE INAJÁ-----------------------------------------------16
6.1-Localização e Vias de Acesso----------------------------------------------------------------------16
6.1.1 - Localização --------------------------------------------------------------------------------------- 16
6.1.2 - Acesso ----------------------------------------------------------------------------------------------18
6.2 - ASPECTOS FISIOGRÁFICOS E GEOMORFOLÓGICOS-----------------------------19
6.2.1 – Clima-----------------------------------------------------------------------------------------------19
6.2.2 – Temperatura-------------------------------------------------------------------------------------20
6.2.3 – Relevo----------------------------------------------------------------------------------------------20
6.2.4 - Solos e Intemperismo----------------------------------------------------------------------------21
6.2.4.1 – Solos----------------------------------------------------------------------------------------------21
6.2.4.2 – Intemperismo-----------------------------------------------------------------------------------22
6.2.5-Vegetação--------------------------------------------------------------------------------------------22
6.2.5.1 - O cerrado----------------------------------------------------------------------------------------23
6.5.2 - A caatinga------------------------------------------------------------------------------------------23
6.2.6 - Hidrografia----------------------------------------------------------------------------------------24
6.2.6 - Condições de Infra-Estrutura-----------------------------------------------------------------24
6.2.7 - Aspectos Socioeconômicos----------------------------------------------------------------------24
6.2.7 - Aspectos Socioeconômicos----------------------------------------------------------------------25
7. GEOLOGIA REGIONAL----------------------------------------------------------------------------- 27
7.1 - Características Gerais-----------------------------------------------------------------------------30
7.2 – Estratigrafia-----------------------------------------------------------------------------------------31
7.2.1 – Rochas do Embasamento-----------------------------------------------------------------------31
7.2.2 - Sedimentos Cenozóicos--------------------------------------------------------------------------31
7.2.3 – Sedimentos Paleozóicos – Grupo Jatobá----------------------------------------------------32
7.2.3.1 – Formação Manari-----------------------------------------------------------------------------32
7.2.3.2 – Formação Inajá--------------------------------------------------------------------------------32
7.2.3.3 – Formação Ibimirim---------------------------------------------------------------------------33
7.2.3.4 – Formação Moxotó-----------------------------------------------------------------------------34
7.2.4 – Sedimentos Jurássicos – Cretáceos – Super Grupo Bahia------------------------------ 34
7.2.4.1 Grupo Brotas (Formação aliança e Formação Sergi)---------------------------------- 35
7.2.4.1.1 - Formação Aliança--------------------------------------------------------------------------- 35
7.2.4.1.2 - Formação Sergi------------------------------------------------------------------------------ 35
7.2.4.2 – Grupo Santo Amaro (Formação Candeias)----------------------------------------------35
7.2.4.3 – Grupo Ilhas-------------------------------------------------------------------------------------36
7.2.4.4 – Grupo Massacará------------------------------------------------------------------------------37
7.2.4.5 – Formação Marizal-----------------------------------------------------------------------------38
8. GEOLOGIA LOCAL-----------------------------------------------------------------------------------39
9. MINERALOGIA E GEOLOGIA DO CALCÁRIO----------------------------------------------40
6
9.1 – Mineralogia---------------------------------------------------------------------------------------- 40
9.2 – Geologia do Calcário----------------------------------------------------------------------------- 43
9.2.1 -
http://enciclopedia.tiosam.com/w/index.php?title=Calc%C3%A1rio&action=edit§ion=2Fo
rmação----------------------------------------------------------------------------------------- 43
9.2.2 -
http://enciclopedia.tiosam.com/w/index.php?title=Calc%C3%A1rio&action=edit§ion=1Im
purezas-----------------------------------------------------------------------------------------43
9.2.3-
http://enciclopedia.tiosam.com/w/index.php?title=Calc%C3%A1rio&action=edit§ion=3Ti
pos de calcário---------------------------------------------------------------------------------- 44
9.3 - Usos e Funções------------------------------------------------------------------------------------- 45
9.3.1 - Uso do Carbonato na Indústria de Cimento-------------------------------------------- - 45
9.3.2 - Uso do Carbonato de Cálcio Natural na Indústria de Papel--------------------------- 45
9.3.3 - Uso do Carbonato de Cálcio Natural na Indústria de Plásticos----------------------- 45
9.3.4- Uso do Carbonato de Cálcio na Indústria de Tintas------------------------------------- 47
9.3.5– Uso dos Carbonatos de Cálcio e Magnésio na Indústria de Vidros-------------------48
9.3.6- Uso do Carbonato de Cálcio na Indústria Cerâmica-------------------------------------49
9.3.7- Uso do Carbonato de cálcio na Alimentação Animal ------------------------------------50
9.3.8- Rochas Ornamentais ou Decorativas--------------------------------------------------------50
9.3.9- Uso do Carbonato de Cálcio na Indústria Metalúrgica----------------------------------51
9.3.10 -Uso do Carbonato de Cálcio no Tratamento da Água----------------------------------51
9.3.11- Classificação e Especificação de Calcário para Uso Agrícola------------------------ -52
10. METODOLOGIA DOS TRABALHOS---------------------------------------------------------- -54
11-CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS DA ROCHA-------------------------------------- 57
11.1 - Propriedades físicas----------------------------------------------------------------------------- 57
11.1.1 - Massa Específica Aparente Seca e Saturada---------------------------------------------57
11.1.2 - Absorção de Água e Porosidade Aparente----------------------------------------------- 57
12. CÁLCULO DAS RESERVAS DE PRODUÇÃO DE CALCÁRIO--------------------------58
12.1 - Metodologia Para o Cálculo das Reservas--------------------------------------------------59
13. PROJETO DE LAVRA-------------------------------------------------------------------------------69
13.1 - Aspectos Gerais do Projeto de Lavra-------------------------------------------------------69
13.2 - Processamento----------------------------------------------------------------------- ------------70
13.3 - Dimensionamento da Perfuração---------------------------------------------------- --------74
13.4 - Dimensionamento do Carregamento--------------------------------------------------------75
13.5 - Dimensionamento do Transporte------------------------------------------------------------77
13.6 - Dimensionamento do Plano de Fogo---------------------------------------------------------78
13.7 - Geometria do Plano de Fogo----- --------------------- ------------------------------------- 80
13.8 - Afastamento------------------- ------------------------------------------------------------------ 80
13.9 - Inclinação das bancadas------------------------------------------------------------------- - 81
13.9.1 – Espaçamento----------------------------------------------------------------------------------- 81
13.9.2 - Altura das bancadas---------------------------------------------------------------------------81
13.9.3 - Sub-Furação------------------------------------------------------------------------------------ 82
13.9.4 - Comprimento dos furos---------------------------------------------------------------------- 82
13.9.5 – Tampão---------------------------------------------------------------------------------------- 82
7
22.3 Comercialização---------------------------------------------------------------------------------117
23. CONSUMO ESTADUAL DE CALCÁRIO PARA FINS AGRÍCOLAS------------------118
23.1 - A Produção Agrícola de Pernambuco-----------------------------------------------------118
23.2 - Evolução e Estrutura do Consumo------------------------------------------------------- 120
24. BALANÇO PRODUÇÃO/CONSUMO----------------------------------------------------------124
1 - INTRODUÇÃO
agrícolas no município de Inajá Sertão do Moxotó Estado de Pernambuco, também está inserido
levantamento de dados dos mercados produtor e consumidor e uma análise interpretativa das
informações.
calcário agrícola, visando à instalação de uma unidade industrial (CAPE) em local mais próximo
no estado. Principalmente na zona da mata onde estão os maiores consumidores deste produto.
10
Ilmo Sr,
Distinto Senhor,
Atenciosamente,
3. IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO
Município: Tacaratu
Estado: Pernambuco
Município do P. A. Tacaratu - PE
encontra-se localizada ainda sob a formação Marizal, porém no município de Inajá também
estado de Pernambuco, Sudoeste da cidade de Recife, a 383 km, que faz parte da bacia
a solicitação da concessão de áreas para explotação de calcário para fins de produção de calcário
(Dolomítico MgO >5% e calcário calcítico MgO < 5%), com identificação de consideráveis
material metamorfisado será comercializado como rocha bruta para fins ornamentais.
14
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
no ano de 1860, quando F.Halfeld relatou a ocorrência de arenitos, considerados como cretáceos,
Moraes, (1928), dedica grande parte de seu trabalho às formações cretáceas da série
Jatobá, abordando entre outros tópicos, feições gerais, as características individuais de várias
Alves e Moraes (1952) aduzem novas observações sobre a região de Jatobá e comentam
novas ocorrências de sedimentos, continuando a supor idade cretácea para todo o pacote
sedimentar.
Barbosa (1953) relata sobre as camadas da bacia de Jatobá e comenta a cerca das idades
das mesmas. Estudo complementado pela Petrobrás, através de Almeida (1963), e Correia (1965).
paleozóicos na bacia pela grande semelhança com os sedimentos de Tucano Norte foi Almeida,
Ibimirim –PE.
Kegel (1965) dedica boa parte de seu trabalho ao “Grabem do Recôncavo – Tucano -
Jatobá” e considerando os dados obtidos por Regali (1964), admite uma estrutura bem mais para
Barreto (1968), depois de estudos de determinações das seções típicas para as unidades “A”, “B”,
“C” e “D” da Petrobrás, designa formalmente de Formação Manari, Formação inajá, Formação
Petrobrás e sugeriram a designação “Tacaratu" para a unidade “A” que também corresponde a
dados sobre a Hidrogeologia da bacia e adotam a designação Tacaratu para formação Manari de
Barreto (1968).
Ilhas, citando ainda a designação da Formação Aliança, Formalizada pelo estudo da Bacia
000 da bacia de Jatobá, onde expressou a presença da Formação Marizal, anteriormente citada
Por estes detalhes, a cerca da bacia de Jatobá, observa-se que os estudos geológicos
desenvolvidos na bacia são muito recentes e impulsionados por interesse da petrobrás, CNEN e
SUDENE, as quais deram uma colaboração decisiva com seus acervos bibliográficos para um
6.1.1 Localização
Oeste com o município de Tacaratu, a Sul com o município de Tacaratu e o Estado de Alagoas.
A área municipal ocupa 1094 km2, inserida na folha editada pela Diretoria do Serviço
desenvolvimento (de um total de dez regiões no estado de Pernambuco) e da micro- região (de
N
Figura 1 – Mapa do Estado de Pernambuco-Brasil
Fonte: www.pousadapeter.com.br/indexpernambuco.htm
6.1.2 Acesso
O acesso à cidade de Inajá, partindo de Recife, é feito pela BR-232 até o povoado do
de Ibimirim, finalmente se pega a BR-110 por um trecho de 50 km até a sede municipal, como
Legendas
6.2.1 Clima
O município de Inajá está localizado no Polígono das Secas, no domínio da Bacia do rio
São Francisco. Apresenta um clima semi-árido quente, com alternância de duas estações: a
pluviométricas são caracterizadas por fortes chuvas de verão, concentradas, às vezes, num
pequeno período de novembro a abril, a partir daí tem-se o verão que se estende até setembro. O
período mais frio vai de maio a agosto. Os meses mais quentes são outubro e novembro.
21
6.2.2 Temperatura
Possui temperatura elevada (26 °C a 33°C), em média 27 °C, cuja variação entre a
máxima e a mínima oscila em torno dos 7 °C, sendo o mês de dezembro o mais quente e o mês
de julho o mais frio e predomina uma forte evaporação. Caracterizando-o, ainda, forte insolação,
com evaporação maior que a precipitação e um índice de aridez que oscila entre 10 e 2,
6.2.3 Relevo
seu relevo se apresentar suavemente ondulado e de formas bem distintas, possibilitando muitas
vezes a delimitação, com certo índice de precisão, dos contatos geológicos das unidades
Inajá e Aliança, que formam patamares escalonados, sendo o mais alto correspondente à latitude
No contesto geral, a área apresenta uma topografia variada, mostrando uma diferença de
cota da ordem de 350m, sendo o seu ponto mais alto localizado a sul na altitude de 752m,
Chapada do Peba.
22
6.2.4.1 Solos
Na área, distinguimos dois tipos de solos: solos arenosos e solos sílticos – argilosos.
Os solos arenosos constituem camadas de areia depositadas pelos alísios ou formadas em “in
situ” pela desagregação dos próprios arenitos das formações: Manari, Ilhas e Marizal, que se
mostram quimicamente muito ácidos, em alguns locais, ricos em óxidos de ferro, que às vezes se
Estes solos são classificados de LATOSSOLOS: solos profundos, bem drenados, ácidos e
fertilidade natural baixa; PODZÓLICOS: solos medianamente profundos, bem drenados, textura
média argilosa, ácida e fertilidade natural baixa; LITÓLICOS: solos pouco profundos, textura
arenosa média, pedregosa e fertilidade natural baixa. Nas vertentes dos vales predominam os
solos cascalhentos, contudo, mais férteis. As depressões retratam as planícies aluviais do Rio
6.2.4.2 Intemperismo
mencionados. Sendo que sua maior atuação é no período das secas, provocando a desagregação
das rochas que, nessa área, são relativamente friáveis. O intemperismo químico, de pouca
atuação, age na época das chuvas, provocando ataque químico e fornecimento de material à rede
6.2.5 Vegetação
pernambucano, faz se sentir os intensos efeitos das estiagens prolongadas que conjuntamente com
a exigüidade do solo, evidencia um revestimento florístico constituído de caatinga, daí ser ela
nesta área da jazida representada por elementos apropriados a suportar as demoradas estiagens e
fortes temperaturas. Dentre as espécies que mais predominam, podemos distinguir o cerrado e a
caatinga.
24
6.2.5.1 O cerrado
encontra-se representada (fora da área) pelas manchas úmidas das serras Negras e Tacaratu,
resultante dos efeitos combinados de exposição e altitude, ou seja, forma com a topografia se
dispõe no curso das massas de ar que anualmente convergem sobre o conjunto dominante na
região, está em fase de extinção. Raros são os remanescentes desta floresta serranas como: paud’
6.5.2 A caatinga
É dominante e distribuída por toda a área, formada por hiperxerofita caducifólia adensada
e de pequeno porte. Representando esse tipo de vegetação temos uma grande variação de plantas,
as mais freqüentes e outras como: mamileiro, quebra-facão, unha – de - gato, maniçoba, etc.,
sendo que as cactáceas ocorrem com mais freqüência nos arenitos Manari e Ilhas. Fato
quase total e ocorre em pequenas áreas da Formação Aliança e nos planos mais baixos da área.
25
6.2.6 Hidrografia
A ausência de cursos d’água nesta área é quase total, fato que é evidente devido alta
porosidade e permeabilidade dos sedimentos. Vale salientar, a cheia nos pequenos riachos da
área, é do tipo torrencial, por causa das grandes chuvas concentradas em curto espaço de tempo e,
ainda, de poucas dimensões devido a grande captação do solo, capaz de reter considerável
volume de água. Dessa forma, grande parte da precipitação é retida no solo e o escoamento
superficial é representado por uma parcela muito pequena das precipitações. Rio Moxotó
representa o principal responsável pela drenagem da área, recebendo na sua margem os riachos
Juazeiro e Caldeirão.
explotação de calcário para produção fertilizante. Os locais selecionados para implantação das
futuras frentes de lavra situam-se próximas da rodovia federal BR-110. Tendo também uma via
estadual asfaltada e duplicada ligando Inajá a Tacaratu. A distância que separa a futura planta de
Além de contar com a sede municipal de Inajá, o apoio logístico mais simples às
operações de lavra, podem ser obtidos na cidade do Recife, que conta com centros comerciais de
lavra de calcário tais como, disponibilidade de energia elétrica, água, meios de comunicação,
As terras onde hoje está localizada a cidade de Inajá pertenciam a Jerônimo Bezerra de
Gomes de Souza que construíram duas casas no local, dando início ao povoamento. A partir daí,
o povoado começou a evoluir até ser elevado à categoria de vila, com o nome de Espírito Santo.
Em 1948, a vila foi elevada à categoria de cidade pela Lei nº 14 de 08 de outubro, com o
nome de Inajá. A origem do seu nome vem do tupi-guarani e quer dizer "palmeira de palmito
Inajá.
habitantes. São 6.551 homens e 6.729 mulheres. Os habitantes da zona urbana são 6.479,
demográficas de 12,1%, média de moradores por domicílio de 4,6 pessoas e taxa anual de
A renda média mensal do chefe do domicílio são 1,62 salários mínimos (388,80 abril
2004). Existem 2.238 pessoas responsáveis pelo domicílio, com renda. Por outro lado, sem
Pernambuco – CELPE; terminais telefônicos atendidos pela TELEMAR; uma agência bancária
com 10 anos ou mais é 9.811, sendo 5.534 (56,4%) alfabetizados e 4.277(43,6%) analfabetos.
de saúde.
na tabela 1.0.
A área deste município é ocupada por grandes e médias propriedades. Estes sistemas
subsistência. As comerciais são: banana, goiaba, melancia, maracujá e acerola; enquanto que as
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inaj%C3%A1_(Pernambuco)
7. GEOLOGIA REGIONAL
sendo, constituído pelos sedimentos das formações Tacaratu e Inajá, do Grupo Brotas, e das
LOCALIZAÇÃO
DA JAZIDA
CONVENÇÕES GEOLÓGICAS
Contato geológico
CONVENSÕES CARTOGRÁFICAS
Sede Municipal Limites Intermunicipais
Rodovias Rios e Riachos
30
UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS
Cenozóico
Q2s Depósitos Aluvionáres: areia, cascalho e níveis de argila.
N2c
Depósitos Colúvio-eluviais: sedimento arenoso, areno - argiloso e
Conglomerático.
Mezozóico
K1s
Formação Santana : Folheilhos escuros e calcários laminados, com
intercalações de argilitos, margas e gipsita.
K1d
Formação Candeias/grupo ilhas: sedimentos pelíticos com intercalações de
calcários e arenitos.
Paleozóico
3I
Formação Tacaratu: Conglomerados e arenitos grossos e médios.
31
Jatobá tem sido chamada de semigrabem, alongado na direção N 70° E, com forma
aproximadamente elíptica, onde seu eixo maior mede cerca de 155 km.
Com 6.200 km² de área, a Bacia de Jatobá, constitui o prolongamento nordeste da Bacia do
recôncavo – Tucano que no total, estende-se por mais de 500 km no seu eixo maior, essa
Situa-se ao norte do Rio São Francisco e bem individualizada, a chamada Bacia de Jatobá,
está em quase sua totalidade no estado de Pernambuco e tem às cidades Ibimirim, Petrolândia,
Inajá, Tupanatinga e Buique como pontos de referências principais, para uma situação
aproximada, uma vez que estas cidades batizam a referida bacia sedimentar.
testemunhos das antigas transgressões marinhas que ocorreram desde o Siluriano inferior até
Devoniano e atingindo as grandes bacias sedimentares, chegando mesmo a interligá-las nas fases
intensas.
32
7.2 Estratigrafia
ao horst que separa as bacias, Tucano – Jatobá e Sergipe – Alagoas. As rochas que
frequentemente estão em contato com os sedimentos no bordo da bacia são granitos e gnaisse e
nítidamente o contato dos arenitos paleozóicos com os gnaisses. Próximo à cidade de Tacaratu os
bordos da bacia são recobertos por um granito rósso, maciço, de textura variável, desde média até
porfirítica.
física das rochas paleozóicas e mesozóicas. Barbosa (1970) et. Alli, baseado em dados
quaternários são representados pelos aluviões relacionados com o Vale do São Francisco e
Moxotó.
33
Petrolândia, desde Belém de São Francisco (PE) até a foz do Riacho dos Mandantes. Nesse
trecho, há espessos depósitos aluviais, principalmente sob a forma de ilhas fluviais. No vale do
Moxotó, esses aluviões ocorrem formando uma faixa longa de 3 a 4 km de largura, como mais
destaque na porção do seu curso, compreendido entre cidades pernambucanas e Ibimirim e Inajá.
conglomerados basais são granitos, todavia não possuem seixos com diâmetros além dos 3 cm.
Sua cor é creme, seixos sub – arredondados de quartzo e feldspato, cimento argiloso, em parte
compacto e freqüentemente friável. Aflora em forma de morros e serrotes, com escarpas muito
abruptas. Cobre toda a faixa sul da Bacia, desde a cidade de Petrolândia até a cidade de
sua espessura total é estimada em 500 a 600 m. O contato superior com a Formação Inajá é
estratificações obliqua, e variações laterais bruscas, indicam segundo Barreto (1968), uma
quartzo e a presença de feldspato, com arestas frescas, sugerem que a fonte de fornecimento dos
finos, silticos e folheilhos e arenitos finos com pequenas ocorrências de arenitos grosseiros,
ocorrem na porção inferior dos sedimentos Devonianos da Bacia de Jatobá. Os arenitos são de
cor avermelhadas e ferruginosas, creme amarelado e branco bem selecionado quando finos e
maus selecionados quando grosseiros micáceos. Esses arenitos são protegidos em marcas
articulados e inarticulados.
Devido a grande quantidade fácies, Barreto (1968), cita a subdivisão, para a seqüência
estratigráfica da formação inajá, em cinco fácies respectivamente da base até o topo: “siltico
As espessuras máximas e mínimas estão entre 180 a 200m e 140 a 150m, em termos de
folhelhos cinza – escuro, duro, micáceo, carbonoso, arenito esbranquiçado médio e grosseiro e
esbranquiçado a castanho avermelhado, duro síltico, calcífero; siltico cinza médio a escuro, duro,
Seu contato com a formação Ibimirim, é gradual enquanto o contato superior com a
formação aliança é discordante. Seu topo foi alcançado aos 2.504m no poço Imst – e –PE da
O super grupo Bahia compreende o Grupo Brotas, representado pelas formações Aliança e
Sergi; o grupo Santo Amaro (Formação Candeias); o Grupo Ilhas; o grupo Massacará, e a
Formação Marizal.
36
existência de leitos de evaporitos, devido a grande quantidade de gipsita disseminada nas áreas de
Sua principal característica é, sem dúvida, sua cor que grada de vermelho nos lutitos para rosas
nos pisamitos.
em terrenos da Fazenda Mata Cabra, referidos por Muniz, 1976. Sua espessura está em torno dos
É representada por sua litologia típica arenítica, com granulação variável, as vezes
conglomerática. A variação de sedimentos grossos para finos é muito irregular. Os grãos são
formação são muitos espessos (90 a 150). Uma particularidade notável dessa formação é o
elevado número de troncos silicificados, sobre os quais ainda não existe um estudo sistemático e
membros Tauá. Na bacia de jatobá, não está subdividida em membros e, está representada
por arenitos, siltitos e folheilhos. Os folheilhos são marrom - arroxeados e localmente ocorre
presença de FeS2 nos folheilhos e siltitos como também a presença dos fragmentos de lignitos em
citado, afirma que as conchas de cyprides, ossos, dentes e escamas de peixes e répteis que
ocorrem nas localidades Atalho e Angico, ambas à margem esquerda do Rio São Francisco e a
ao sobreposto Grupo Ilhas. Sua espessura está em torno dos 690m, constatada na perfuração de
A categoria de grupo, formalizada para antiga Formação Ilhas foi proposta por Viana
(1971) et alli, levando, em conta peculiaridades do Recôncavo, permanecendo tal grupo indiviso
para a bacia Tucano. A antiga formação Ilhas compõe – se de espessos leitos de arenitos silticos
e folhelhos.
38
formação imediatamente sotoposta (Candeias) o que levou Braun (1966) a se basear em dados
micropaleontólogicos para fazer tal separação e atribuir – lhe uma idade cretácea.
Ainda, Braun (1966) afirma ser válida somente para o Recôncavo”a distinção feita pela
Ilhas e ainda são relativamente mais grosseiros, apresentado uma textura fotográfica nitidamente
diferente da Formação Candeias. A coloração dos sedimentos varia desde arenitos cinza,
A designação formal desse grupo foi efetuada por Viana (1971), et alii. O nome é
da Bahia. Essa designação formal abrange uma seqüência arenosa com intercalações de argilas
Na bacia de Jatobá esse grupo se faz representar pela Formação São Sebastião,
média a porção intermediária é representada por siltitos ou arenitos argiilosos cinza, violeta ou
vermelho com fósseis (ostrácodas e peixes) e no topo predomina os arenitos cinza com variações
para vermelho, laranja e pardo. Muniz (1976) revela que os afloramentos mais conspícuos desta
formação estão localizados no limite norte da bacia, nas proximidades da cidade de Ibimirim,
Recôncavo. Viana (1971) et. Alii atribuem – lhe uma idade cretácea inferior.
essa formação cujo nome é oriundo da serra do Marizal, existente na bacia do Tucano, encerra
espesso pacote de arenitos grosseiros, heterogêneos, de cor amarelo, róseo e mais raramente,
que o corre, na sua maioria, capeada por um espesso manto eluvial. Viana (1971), et alli, em face
Identicamente a todo super Grupo Bahia, é uma formação continental, sua espessura
média está em torno dos 150m, não ultrapassando 50m no recôncavo e podendo atingir 300m em
Tucano-Jatobá.
40
8. GEOLOGIA LOCAL
Localmente, a área da mina CAPA está sob a Formação Marizal, definida por Brazil
(1947), essa formação representa a Tectonoseqüência Pós-Rifte (Ponte & Ponte Filho, 1996) na
Bacia do Jatobá, pois as formações Santana e Exu, na Serra Negra e na Serra do Periquito,
tabuleiros com bordas irregulares. Em termos litológicos, se trata de uma unidade essencialmente
psamíticapsefítica, com pelitos subordinados, na bacia de Tucano, onde foi definida, inclui lentes
extremamente silicificados.
leques aluviais e fluvial proximais, que preencheram as depressões logo após o estágio de
porções de sedimentos encontrados na Série N’Zema Asso da Bacia do Gabão (Ghignone, 1979).
41
Podemos constatar que o material é muito interessante do ponto de vista comercial, pelo
algumas intrusões de granitos em pequenas quantidades, fato que não implica em maiores
9.1 Mineralogia
calcítico e calcário dolomítico. São rochas sedimentares compostas basicamente por calcita
(CaCO3), enquanto os dolomitos são rochas sedimentares compostas, basicamente pelo mineral
utilizados recursos adicionais de identificação, além do uso convencional das propriedades físicas
desses minerais e / ou rochas. Desse modo, os recursos de análise químicas e de difração de raios
estrutura cristalina. Seu aproveitamento econômico acontece apenas para os depósitos de conchas
calcárias e olitas.
estável.
42
menor quantidade.
Densidade: 2,72 para calcita (CaCO3), 2,87 para Dolomita (CaCO3MgCO3), 2,96-3,1para
Cor: Cinza com pequenas incrustações brancas (calcita). A Calcita a dolomita, quando
0001
0112 0221
1010
1011
2131
1011
torno de 984 C°, onde existe dissociação dos minerais e desprendimento do anidrido carbônico
9.2.1
http://enciclopedia.tiosam.com/w/index.php?title=Calc%C3%A1rio&action=edit§ion=2Fo
rmação
Os calcários, na maioria das vezes, são formados pelo acúmulo de organismos inferiores
um mineral que se pode formar a partir de sedimentos químicos, de cálcio e bicarbonato: Cálcio
+ Bicarbonato --> CaCO3 (calcita) + H2O (Água) + CO2 (dióxido de carbono) Isto acontece
quando os meios marinhos sofrem perda de dióxido de carbono (devido a forte ondulação, ao
aumento da temperatura ou à diminuição da pressão). Deste modo, para que os níveis de dióxido
de carbono que se perdeu sejam repostos, a equação química começa a evoluir no sentido de
formar CO2, o que leva também a formação de calcita e assim à precipitação desta que, mais
9.2.2
http://enciclopedia.tiosam.com/w/index.php?title=Calc%C3%A1rio&action=edit§ion=1Im
purezas
As principais impurezas que contém o calcário são as sílicas, argilas, fosfatos, carbonato
de magnésio, gipso, glauconita, fluorita, óxidos de ferro e magnésio, sulfetos, siderita, dolomita e
A coloração calcária passa do branco ao preto, podendo ser cinza claro ou cinza escuro.
Muitos calcários apresentam tons de vermelho, amarelo, azul ou verde dependendo do tipo e
9.2.3
http://enciclopedia.tiosam.com/w/index.php?title=Calc%C3%A1rio&action=edit§ion=3Ti
pos de calcário
Não existe uma classificação rigorosa aceita para agrupar os tipos de calcários. Entretanto, de
vegetais.
46
Para cada tonelada de cimento produzido é necessário 1,4 t de calcário, no ano de 2003, o
Este setor consome cerca de 1,3 milhões de toneladas por ano de carbonato de cálcio
natural em todo o mundo, precisamente, numa granulometria que varia desde 4 até 0,5 µm, com a
maior parte das partículas entre 1-2 µm. O uso do carbonato de cálcio na indústria papeleira
47
cresce, sistematicamente, desde o seu ingresso no mercado, como substituto do caulim e de óxido
de titânio, nas aplicações como carga e cobertura (Luz, 1988). Há uma tendência, pelos
Neste setor ocorre igual consumo ao de papel, cerca de 1,3 milhões de t/ ano de carbonato de
cálcio natural moído formado essencialmente por calcita (CaCO3) e / ou aragonita (GCC) na
O GCC com granulometria fina e os polímeros são adicionados à composição dos plásticos
vantagens no uso do GCC na indústria de Plásticos, entre outras, podem ser citadas.
placas;
favorece a manufatura de poliéster, saturado com 40% de GCC, usado com sucesso na
alumínio.
48
O GCC ultrafino (< 1,5 µm) é usado na produção de plástico, que resultam nas mais
variadas aplicações. Assim, são empregados na produção de: fraldas, filmes, móveis,
embalagens de alimentos, papéis, garrafas sintéticas, além de outros. Sua adição, na faixa
rendimento, porque sua condutividade térmica está cinco vezes acima do polietileno ou
polipropileno.
fabricação e a aplicação.
Secagem por oxidação em contato com o ar – os óleos e as resinas de secagem que eles
Os minerais têm uma participação importante na composição das tintas como carga e
extensor. A indústria de tintas exige uma granulometria muito fina do produto mineral, isso
produtos minerais, na indústria de tinta, são mais utilizados quando se considera a ação do
vento, da chuva, dos agentes corrosivos que atacam a superfície pintada, com mais extensão,
os aços. Assim, os minerais que atendem a demanda para pigmentos, cargas e extensores na
também para outros setores de tintas. O carbono de cálcio usado como agente de pintura atua
como:
duas granulometrias. A primeira, na faixa entre 10 e 3 µm, destina-se (10%) à produção dos
leitores de base tinta. O material ultrafino, com granulometria na faixa entre 1 e 0,7 µm, destina-
superfície, em forma de finos leitos, além de exibir um brilho mais intenso que o carbonato de
cálcio mais grosso. Por essas e outras razões, são produtos significativamente mais caros (More-
2002).
vidro, depois da areia de quartzo e da barilha (Na2CO2). Esses produtos podem ser usados como
de magnésio projetado para o vidro. A cal atua como material fundente sobre a areia de quartzo,
A denominação vidro plano refere-se ao vidro fabricado em folhas planas ou chapas que,
posteriormente, podem ser usadas para outros fins, como o vidro automotivo.
óxido de magnésio atuar como estabilizador para melhorar a resistência do vidro contra ataques
por gases e umidade, tanto de origem química como natural. A dolomita também atua na redução
da temperatura de fusão que aumenta a trabalhabilidade, como também inibe as reações entre o
Dolomita pura, no senso estrito, nunca é usada de forma isolada, isto é, sem calcário, na
calcário dolomítico com uma razão CaO/ MgO de 3/2. A dolomita, com essa composição, facilita
vidros para embalagem, a dolomita é usada apenas como fonte de cal, função inversa do mesmo
fornece ao produto final uma redução nas expansões térmicas e por umidade. Segundo Lira et. al.
(1997), a adição do carbono de cálcio reduz expansão, por umidade, do produto final quando a
massa cerâmica contém caulim e quartzo. O CaO reage com sílica livre amorfa resultante da
queima dos componentes da mistura e forma uma fase cristalina cálcica. Ainda, os mesmos
com concentrações mais elevadas e, também, mais elevadas as temperaturas de queima. Nestas
safirina.
suplemento alimentar de animais e aves. Outras fontes de cálcio incluem conchas calcárias e
mármores britados. Em ambos os casos, não há uma demanda tão significativa, a exemplo do que
O consumo de carbonato de cálcio é sazonal, mesmo assim, há uma taxa média de CaCO3
Por exemplo, para o gado de corte demanda-se de 1,1 até 1,2% em peso de CaCO3, na
composição do bolo alimentar, e, para o frango de corte, essa demanda cresce para 3% de CaCO3.
A granulometria do carbonato de cálcio deve estar com 95% abaixo de 150 µm e 80% abaixo de
74 µm, abaixo teor de sílica e elevadas restrições aos elementos arsênio e flúor.
52
As rochas carbonatadas, calcário, dolomito e mármore, em alguns casos são usados como
usualmente cinza, todavia, são encontrados nas cores: branca, amarela, bronzeada ou preta.
impurezas podem comprometer o uso do produto como rochas decorativas. As mais comuns, que
provocam escurecimento da rocha, incluem: ferro nas formas de carbonatos, óxidos e sulfetos,
sílica, sílex, sílica, argila grafita e matéria orgânica. De forma paradoxal, a cristalinidade, a
O óxido de cálcio reage prontamente com as impurezas, entre outras aquelas com enxofre,
segundo a reação.
Reações desse tipo são importantes nos quais o CaO produzido pela decomposição do CaCO3
reage com as impurezas ácidas, por exemplo, nos fornos de fabricação de ferro gusa.
Várias são as funções do calcário na indústria do aço, dentre outras:
escorificar as impurezas da carga, por meio do mecanismo acima;
diminuir a temperatura de fusão da carga e a viscosidade da escória facilitando o seu
escoamento.
53
O calcário calcítico utilizado na siderurgia tem dupla função, fundente e fluxante. Esses calcários
devem conter no mínimo 49% de CaO; entre 2 e 4% de MgO e entre 2 e 5%de SiO2. A
granulometria deve ser entre 20 e 49 mm. A perda ao fogo deve ser em torno de 40%.
Por dureza entende-se a característica conferida à água pela presença de sais de metais
alcalinos e alcalinos terrosos (cloro, cálcio, magnésio, sódio, potássio e outros) e alguns metais,
porém em menores concentrações. A maneira mais prática para identificar a dureza da água
químico desfavorável, a formação de incrustações nas tubulações, com mais intensidades quando
se trata de água quente. As incrustações decorrem da existência dos campos químicos que
tornam a água dura. Tais fatos são mais evidentes nos radiadores de automóveis, hidrômetros,
Os campos responsáveis pela dureza da água também respondem pelo custo elevado da
água utilizada nas indústrias de bebidas, tintas, têxtil, operações de lavagem, consumo doméstico,
entre outros. Nestes casos, a remoção de compostos que provocam dureza da água torna-se
necessária.
54
Agricultura, são produtos que contém substâncias capazes de corrigir uma ou mais características
Os solos podem ser atualmente ácidos devido ao seu material de origem ou podem
desenvolver a acidez por ação de chuvas e temperaturas elevadas, pelo cultivo intensivo de
A correção da acidez dos solos é realizada pela aplicação de rocha calcária moída,
Além de atuar na correção dos solos ácidos, os calcários agrícolas são fontes de
magnésio, que são absorvidos sob as formas de CaO (óxido de cálcio) e MgO (óxido de
calcários agrícolas são classificados de acordo com a concentração de MgO, sendo denominado
calcário calcítico quando apresente teor menor que 5%, calcário magnesiano entre 5% e 12% e
expressa em relação à do carbonato de cálcio (CaC03) puro, que é tomada como 100% ou
55
mínimo de 67% de equação CaCO3 e 38% da soma dos teores de CaO + MgO.
Na agricultura, os corretivos são utilizados sob a forma de pó, para aumentar a sua
Reatividade (RE) e produzir melhor assimilação pelo solo. O tamanho das partículas é
inversamente proporcional ao tempo de reação do produto com o meio ácido dos solos, ou seja,
partículas menores apresentam maior reatividade (RE). A fração retida na peneira ABNT-10 teria
As normas para os corretivos de acidez exigem que 100% do produto passe pela peneira
de 2 mm, (ABNT-10), com tolerância de 5%; 70% passe na peneira de 0,84 mm, (ABNT-20), e
50% em peneira com 0,3 mm de abertura, ABNT-50 (Portaria nº 03, 1986 da Secretaria de
Fiscalização Agropecuária).
Neutralização total é calculada a partir da expressão PRNT (%) = PN x RE/100. Este índice
indica a fração do total de corretivo utilizado que efetivamente corrige a acidez do solo, num
agrícolas, desde um PRNT de 45% até 90%. No comércio de calcário agrícola, entretanto, não
são aceitos produtos com PRNTs menores que 67% (op. cit.).
Nacional da Produção Mineral (DNPM) foi desenvolvido a partir dos resultados indicados no
operacionais do processamento.
operações unitárias necessárias à operação da mina serão na maioria terceirizadas, tendo-se como
sistema produtivo composto pelas despesas de terceirização das operações e custos com materiais
baixo custo unitário, boa produtividade e controle ambiental das atividades minerarias.
20 m de largura, que possibilitam uma boa área de manobras e operação visando melhorar as
57
condições de segurança e produtividade. A inclinação geral dos taludes operacionais da cava será,
segurança para a resistência mecânica apresentada pela rocha. Para definição das condições
material, que mostraram uma rocha de excelente coesão, apropriado, portanto para a confecção
potenciais para a lavra, divididas em dois blocos, denominados de (AB) - Calcário dolomítico e
tem-se uma reserva suficiente para cerca de 148 anos de produção ininterrupta para calcário
20 anos de operação, com as premissas econômicas citadas anteriormente, de acordo com o ritmo
de produção e participação dos produtos. Essa participação dos produtos baseou-se no balanço de
vendas da empresa. Considerando-se a sazonalidade do mercado tem-se uma maior produção nos
58
meses de verão, com produções na ordem de 24.000 a 30.000 m³/mês, e uma produção menor nos
meses de inverno, com produções na ordem de 9000 a 15.000 m³/mês. Para atender às
aparentes seca e saturada verificadas com 10 amostras do material da Mina CAPE nos corpos de
porosidade aparente verificadas com 10 amostras do material da Mina CAPE coletadas dos
corpos de sondagens.
Como o coeficiente de variação em relação à absorção e porosidade está entre 5 e 25% pode-se
A superfície topográfica foi obtida com o software SURFFER7, com espaçamento entre
curvas de níveis de 2m. O resultado pode ser observado na figura 8. Os dados da topografia
encontram-se no anexo I. Enquanto que os dados litológicos das sondagens no anexo II.
60
Z 9004000
386
Calcário Dolomítico 9003500
384
382
380
378
376
374
9003000 372
370
368
366
364
9002500 362
360
358
356
Calcário Calcítico 354
352
9002000 350
348
346
344
342
9001500 340
X=N
622500 623000
Y=E
A determinação das reservas geológicas de minério bruto foi feita através do software
-Adição de Modelos;
O método utilizado pode ser seguido pelo exemplo que se encontra detalhado no anexo
Strings para
Contorno dos Furos das Sondagens
Corpos
X= Norte (UTM)
Y= E (UTM)
Z = Cota
63
Figura 10 - Fechamento das wireframes (superfícies) a partir das strings criadas e linkadas
anteriormente nas seções geológicas do corpo dolomítico 1.
X= Norte (UTM)
Y= E (UTM)
Z = Cota
64
Figura 11 - Modelo geológico calcário dolomítico do corpo1, pronto para o cálculo de volume.
X= Norte (UTM)
Y= E (UTM)
Z = Cota
O mesmo procedimento foi seguido para obter as outras duas superfícies (calcário
Com os modelos prontos, por ultimo, foi calculado o volume dos dois blocos (calcário
Após os procedimentos para o calculo de volume, foi gerado um relatório com parâmetros
utilizados para cálculo e os resultados obtidos. Estes resultados podem ser observados nas figuras
12,13 e 14.
66
Calcário 678.222,05
Calcítico
TOTAL 29.454.206,35
MEDIDA
69
empresa CAPE (Carbonatos de Pernambuco Ltda), verificando as perspectivas de venda dos dois
planta de beneficiamento existente. Através das referências citadas chegou-se a uma definição
Tabela 2 - Sazonalidade.
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
95% 100% 70% 60% 50% 35% 30% 45% 65% 75% 80% 90%
28.500 30.000 21.000 18.000 15.000 10.500 9.000 13.500 19.500 22.500 24.000 27.000
empresa, tem-se uma utilização anual média da capacidade instalada de explotação na mina de 63
%. A produção anual estimada será, portanto de 228.500 m³/ano ou 19.042 m³/mês de minério
Para as reservas medidas calculadas anteriormente tem-se uma expectativa de vida útil de:
O faturamento anual foi estimado a partir da produção mensal de cada tipo de calcário
estimado acima, multiplicada pelo preço de venda médio dos produtos britados, estimados
Na maior parte das minas de calcário, a lavra é feita a céu aberto e são chamadas, na
O método de lavra tradicional para aplicação nas pedreiras (minas) de calcário prevê a
medianos a grandes, em bancadas altas (na faixa de 12 a 25 m). Os explosivos mais utilizados são
aqueles a base de nitrato de amônia, principalmente em função de seu baixo custo e segurança no
transporte e manuseio. A utilização de explosivo tipo ANFO atende a essas características, mas
possui o inconveniente de não poder ser aplicado em situações com presença de água.
Nesses casos opta-se normalmente pelo emprego de explosivos a base de emulsões, lamas
remanescente.
acordo com a capacidade de produção prevista, tamanho médio dos blocos gerados nas
detonações, distância de transporte e número de frentes de lavra pode-se optar pela utilização de
pequenos caminhões tipo caçamba (capacidades na faixa de 5 até 25 ton) até a utilização de
grandes caminhões tipo fora de estrada (capacidades na faixa de 35 até 250 ton).
13.2 Processamento
A cominuição do calcário calcítico é feita via seca, segundo as etapas de: britagem,
classificação, moagem com moinho de rolos tipo Raymond, como mostrado na figura 16 ou
futuramente em moinho tubulares com bolas, neste caso, levando em consideração os cuidados
especiais para evitar a contaminação com ferro. A moagem do calcário calcítico natural para
indústria de papel, plásticos, tintas, entre outras, considera importantes duas faixas
granulométricas.
chamada ultrafina, com produto final da moagem abaixo de 10 µm, operando em circuito fechado
com adequado sistema classificação granulométrica dos produtos em estágio simples ou múltiplo
No caso do calcário para fins agrícolas as normas para os corretivos de acidez exigem que
100% do produto passe pela peneira de 2 mm, (ABNT-10), com tolerância de 5%; 70% passe na
peneira de 0,84 mm, (ABNT-20), e 50% em peneira com 0,3 mm de abertura, ABNT-50.p
73
ACESSO
PERFURAÇÃO
SERVIÇOS DETONAÇÃO
AUXILIARES
CARREGAMENTO
- fornecimento energia
- bombeamento de água
- transporte de pessoal e materiais
- manutenção
- sistemas de controle (topografia, supervisão, etc)
TRANSPORTE
BRITAGEM
MOAGEM
CLASSIFICAÇÃO
PRODUTOS FINAIS
Para a lavra da Mina CAPE Ltda, estabelecida no município de Inajá, PE, estimaram-se os
figura 18.
perfuração tipo ROC série 600 com acionamento através de martelete tipo “top hammer”
pneumático e malha de furação de acordo com o plano de fogo apresentado nas próximas
páginas. São previstos furos com diâmetro de 3” e comprimento total de 16 m inclinados 15° com
5 m e altura de bancada de 15 m. Para tal configuração temos uma perfuração específica de:
16 m = 16 = 0,107 m/m³
2 m x 5 m x 15.5 m 150
Para a produção mensal máxima desejada que foi estimada em 19.042 m³/mês temos uma
Considerando uma velocidade de penetração média para o tipo de rocha existente na mina de 15
rodas com capacidade de caçamba de 3,0 m³. Considerando a massa específica do material seco
(γ = 2,72 ton/m³) o peso de cada caçambada será de 8,16 ton, sendo a capacidade mínima de
Ch = 60 x 60 x Ce x Ef x Vc (m³/h empolado)
Cg x tc
Ce: 0,8
Ef: 0,7
Vc: 3,0 m³
Cg: 1,1
Segundo esses parâmetros temos a seguinte capacidade de produção horária para o equipamento
escolhido:
Podemos cncluir, portanto que serão necessárias 3 unidades com as características definidas
acima para atender a produção desejada, operando no regime de trabalho abaixo indicado:
O sistema de transporte projetado para a mina CAPE será realizado por caminhões tipo
do material seco (γ = 2,72 ton/m³) o peso a ser transportado por ciclo de operação será de 22 ton,
transporte.
Capacidade de horária dos caminhões: 8 m³/caç x 0,9 (Ef) x 0,8 (Ce) x 6 ciclos/h = 34,56 m³/h
de transporte de 90%:
Portanto são necessários 6 caminhões para atender a produção desejada, mais 1 unidade
de reserva. A frota total projetada para a empresa corresponde, portanto a 7 caminhões caçamba
O presente plano de fogo foi elaborado visando acima de tudo à segurança das operações
ruídos. Com essas medidas espera-se que a mina atenda as exigências em termos de produção
mensal desejada, segurança nas operações de lavra e controle de possíveis danos relacionados ao
desmonte primário.
tecnológicas:
13.8 Afastamento
Afastamento adotado = 2,0 m (próximo ao limite inferior para melhor controle de vibrações e
fragmentação da rocha).
83
Intervalo de variação entre 10 e 25°, foi adotado uma inclinação de 15° com o propósito de
13.9.1 - Espaçamento
Será utilizada uma malha retangular direta. Para essa configuração têm-se os seguintes
uma menor interferência de vibrações. Com essas condições impostas na malha nos é assegurada
uma boa fragmentação com um mínimo de vibrações, conforme indicado no item Análise de
Vibrações.
Altura de bancada básica, de acordo com as fórmulas propostas por Ash & Smith (1976) e
13.9.3 - Sub-Furação
A sub-furação refere-se a perfuração dos furos abaixo da linha de praça da bancada inferior,
Sub-furação: 0,5 m
13.9.5 - Tampão
Impedâncias:
Il = X . I2 + Y . I1’
X+Y=1
4080Y = 2.000
Y = 0,49 (49%)
Carga de fundo: 51 % da carga total com explosivo tipo emulsão com as seguintes
especificações: densidade de 1,15 ton/m³, velocidade detonação de 5.000 m/s, volume gasoso de
Carga de coluna: 49 % da carga total com explosivo granulado com as seguintes especificações:
3.000 m/s, volume gasoso de 1.070 lt/kg e energia absoluta de 912 kcal/kg.
87
1 m . π . φ² / 4 . ρexpl
A altura máxima de pilha formada pode ser estimada pela seguinte relação empírica:
bancada) e o segmento correspondente ao espalhamento máximo estimado como pode ser visto
na figura 19.
90
100,25 m
3,9 m
α1
0,4 m α2
16,7 m 83,55 m
1/6 . lançamento
O ponto de iniciação deve estar posicionado a uma distância cerca de 1/3 do comprimento
da carga de fundo, situado abaixo do limite superior da carga de fundo. Considerando que a carga
de fundo possui 4,1 m, tem-se que o ponto de iniciação deve ser posicionado a 1,4 m abaixo do
limite entre a carga de fundo e a carga de coluna, ou seja, a uma profundidade de 13,3 m (1,5+
10,4+1,4) abaixo da boca do furo. Para iniciação será utilizada uma carga de “booster” de 150 gr
a base de nitropenta.
A amarração do desmonte será em malha tipo “pé de galinha” com utilização do sistema de
Está prevista uma produção mensal de cerca de 30.000 m³/mês de material empolado,
para fazer face a essa produção desejada deve-se lavrar um volume “in situ” igual ao volume total
O número de furos a serem detonados por mês é determinado dividindo-se a produção total “in
situ” pelo volume total arrancado “in situ” por cada furo. Assim tem-se:
metragem total a ser perfurada, obtida pelo número de furos multiplicado pelo comprimento de
operação com uma carreta de perfuração tipo ROC 601 e admitindo-se uma perfurabilidade
A produção desejada pode ser obtida através da operação de 1 perfuratriz de carreta tipo
onda de choque em meio contínuo. Se a velocidade de pico de partícula for superior a 50 mm/s
Como critério de segurança fez-se o cálculo das velocidades de pico de partícula para uma
distância de 300 m do ponto de detonação, comparando=-se esse valor com os limites sugeridos
pelo US Bureau of Mines, que varia entre 30 e 50 mm/s, dependendo do tipo de construção.
Os valores calculados para o desmonte individual dos furos do presente plano de fogo, para uma
são:
Pelos resultados obtidos no cálculo das velocidades de pico de partícula fica demonstrado
que a partir de 300 m do ponto de detonação, mesmo na condição mais desfavorável, obtém-se
uma Vpp de cerca de 40 mm/s, bem abaixo do limite do USBM, que é de 50 mm/s.
Conclui-se, portanto que não existe nenhum risco de danos ao meio ambiente ou
construções circunvizinhas, num raio > 300 m, em função das detonações previstas.
Para operação da Mina CAPE dentro dos parâmetros especificados no presente Plano de
lavra:
A empresa CAPE Ltda já possui a maioria dos equipamentos necessários à lavra da mina
operações unitárias serão terceirizadas, como por exemplo, a perfuração e detonação, o que
Nas proximidades das jazidas as vias de acesso são transitáveis durante todo o ano. As
relativamente pequenos que não irão influir no orçamento previsto para o projeto.
para adequação do “lay-out” atual da mina para as condições especificadas no presente Projeto de
material empolado. Considerando um fator de empolamento médio de 40% para o litotipo local,
Pelo plano de Fogo previsto tem-se um volume desmontado de rocha “in situ” por furo da ordem
de: 2 x 5 x 15,5 m = 155 m³, o que nos leva a uma necessidade de:
Considerando que teremos 2 frentes de lavra em explotação simultânea na área da mina deve-se
138 = 69 furos/mês
2
97
cada frente de lavra a cada 15 dias, num regime alternado de desmonte primário, onde haverá 1
36 furos por desmonte. O avanço previsto nas bancadas seguirá aproximadamente a malha de
Figura 20 - Avanço previsto nas bancadas (desenho executado com auto cad 2006).
Pela configuração apresentada na figura 18, temos um lançamento lateral da pilha o que
possibilita uma melhor configuração da mesma e maior segurança, evitando-se o lançamento de
fragmentos para as bancadas inferiores.
Mantopim: 4 un
Retardos 40 ms: 44 un
Booster de 150 gr: 144 un
Nonel: 1.891,11 m
Emulsão: 3.093,12 kg
ANFO: 5.526,72 kg
98
mina.
16.1 Procedimentos Previstos Para Controle dos Processos Agressivos ao Meio Ambiente na
Está prevista a aspersão de água através de caminhão pipa nas vias de trânsito principal na
descobertura de áreas para lavra, que será armazenado em pilhas separadamente para terra
vegetal e manto de alteração. Esses serão utilizados futuramente como elementos para a
formadas ao longo da vida útil da mina com construção de terraços de pequena inclinação que
permitam a revegetação do local com plantas nativas e reinserção na paisagem original do local.
Está prevista a construção de um viveiro de mudas nativas da região para utilização futura
Foi elaborado plano de fogo específico para a operação de lavra na mina CAPE com
intensiva de retardos para diminuição das cargas de espera, garantindo dessa forma a geração de
Para diminuição dos ruídos das explosões é especificada a utilização de iniciação não
mineradas através do método de lavra tipo “open pit” com a construção de bacias de acumulação
de água para utilização futura como viveiro para criação de peixes e crustáceos, oferecendo
assim, além da recuperação ambiental da área, uma opção econômica de rendimento para a
população local.
Durante a fase de operação da mina essas áreas de acumulação de água serão utilizadas
para a drenagem e decantação das águas de infiltração e precipitação nas áreas de explotação,
região.
Será implantado um sistema de captação e drenagem das águas da área de explotação, que
são desviadas para uma bacia de acumulação construída, onde ocorre a decantação e
sedimentação dos sólidos em suspensão, evitando-se assim o assoreamento dos cursos de água a
montante da mina.
curto, médio e longo prazo, de acordo com o quadro 2 que relaciona o período aplicativo das
- revegetação do solo
- reaparecimento da fauna
decomposto nas seguintes etapas principais, previstas para implantação na mina CAPE:
Controle erosão
Terreno com altas classes de declividade, fazer bancadas conforme situação local e tipo de
Uso Declividade
Futuro
90 % (40 graus)
to
en 70 % (35 graus)
m
esta
r
eflo
R 25 % (15 graus)
gem
sta
Pa
vo
Culti
10 % (5 graus)
Descrição da paisagem local das áreas de lavra e arquivamento na forma de fotos, mapas e
pontos de monitoramento.
complexidade e cor.
etc.
104
- Pontos em locais onde há linhas paralelas e convergentes (as encostas de um vale) que
- Locais de grande valor cênico (florestas primárias, atrações históricas, objetos culturais,
tais como estátuas ou outras formas de arte). Como mostra a figura 22.
situação natural.
recuperação topográfica dos taludes finais da mina, tanto para as áreas onde serão aplicadas
bancadas baixas (até 5 m), como para as áreas onde serão utilizadas bancadas altas para lavra
(entre 5 e 15 m).
harmonizadas com o relevo local, será feita a revegetação dos locais minerados com a
Dados preliminares sobre a oferta mundial de cal em 2005 apontam para uma quase
estabilidade se comparada com a produção de 2004; houve crescimento na ordem de 1,2%, nível
bastante inferior aos 5,3% observados, quando comparados os dados revisados da produção de
2004 com os de 2003. Tal estabilidade observou-se individualmente por países. A China continua
liderando a produção mundial seguida de perto pelos Estados Unidos; ambos são responsáveis
por um terço da produção global de cal. Nesse panorama, o Brasil responde por cerca de 5,1%,
quase empatado com a Alemanha, na quinta posição do ranking mundial dos produtores de cal.
107
A produção interna, estimada para 2005, manteve praticamente o mesmo nível observado
participação da fração de cal virgem de cerca de 70% da produção nacional e a fração hidratada
correspondendo a 30%.
com a Região Sudeste, tradicional produtora, que respondeu por mais de 80 % da produção de cal
hidratada e 90% de cal virgem, a Região Sul que produziu 9 % da cal hidratada e 3 % da cal
virgem, a região Nordeste com 5 % da cal virgem, o Centro Oeste com 4 % da cal hidratada.
108
São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Cerca de 20 % da produção
interna de cal é cativo, ou seja, a empresa produz para consumo próprio, 70 % é de produtores
19.3 Importação
3.565 toneladas no valor de US$ 491,000. 00, sendo a principal componente (95% ou US$
491,000. 00) a cal viva procedente da Venezuela (62%), Argentina (19%), Tunísia (9%), Espanha
19.4 Exportação
Os principais destinos foram: Chile (37%), Paraguai (32%), Uruguai (29) e Libéria (1%).
integralmente absorvida pelo o mercado interno; o nível das exportações e das importações é
insignificante.
109
Na tabela 5 podemos observar uma estatística da produção brasileira nos anos 2003, 2004 e 2005.
situadas na região litorânea (Cabo e parte da PE/PB), Jatobá, Araripe, São José do Belmonte e
Fátima (Afogados da Ingazeira), dentre outras podemos observar na figura 1. No total são mais
de 15.200 km² de área de sedimentos, cerca de 15,5% da área do Estado. Na figura 24 são
INAJÁ
mostradas as reservas de rochas calcárias dos estados nordestinos que representam cerca de 20%
241.447.530 toneladas.
tituladas junto ao DNPM, em dezembro de 1999 (quadro 5), correspondendo a cerca de 37.800 ha
de áreas para pesquisa e lavra de rochas calcárias. Entretanto, a soma das áreas requeridas para
calcário dolomítico, de uso como corretivo de solos, representam menos de 1,0 % das áreas com
As áreas com títulos de pesquisa mineral, lavra e licenciamento para rochas carbonáticas
neutralização numa faixa que varia de 89,82% a 101,26%, com os percentuais mais elevados
Ressalte-se que os depósitos sedimentares muito embora apresentem reservas significativas, são
constituídos de calcários impuros com elevados teores de resíduos insolúveis e grandes variações
na composição química não sendo possível, portanto, estabelecer um padrão para estas rochas,
A produção de calcário moído para corretivo de solos está concentrada nos municípios de
Vertente do Lério e Santa Maria do Cambucá, na região Agreste, onde estão localizadas oito
projeto Itaparica, da CHESF, foi instalada (1998) uma nova unidade produtora, com objetivo de
atender, principalmente, os projetos de irrigação existentes no Sertão, nas margens do rio São
Francisco.
de Floresta, Petrolândia e também do Vale do São Francisco. Das nove empresas produtoras de
Cinco empresas são do tipo integrado, ou seja, beneficiam minério de suas próprias
jazidas; uma delas, embora dispondo de jazida, adquire de terceiros parte das suas necessidades.
no próprio município.
executada a céu aberto, com o uso de explosivos e furação com martelete manual.
117
silos reguladores, ensacadeiras e até produção própria de sacos plásticos para embalagem.
funcionamento do sistema.
O controle de qualidade é pouco utilizado, talvez porque seja pouco exigido, embora de
dependente da sua granulometria. Muito embora não tenham sido feitas análises da qualidade do
calcário de cada planta, referências bibliográficas indicam que os produtos das maiores indústrias
representa, respectivamente, 76% e 80% das capacidades totais do setor no Estado, propiciando a
Estado. Duas estão também localizadas em Vertente do Lério e têm como objetivo principal à
produção de calcário moído para uso como carga nas indústrias de argamassas, tintas etc.
localizadas no município de Santa Maria do Cambucá, das quais uma já havia paralisado
funcionamento no Estado têm uma capacidade de produção de 180.000 t/ano de rochas e 407.800
empresas produtoras de calcário para calagem de solos são também produtoras de cal, brita e
A análise da produção de calcário agrícola, nos últimos cinco anos, mostra que o setor
apresentou um desempenho de crescimento positivo de 1994 a 1997, tendo crescido numa média
Em 1998, entretanto, houve uma queda brusca na produção, retornando ao nível alcançado
no início do período, que não foi menor por conta da entrada em produção da unidade do
consumidor de Pernambuco, o canavieiro da Zona da Mata, que passou a conviver com a mais
séria e complexa fase de ajustes da sua economia, além do enfrentamento de condições climáticas
adversas.
da indústria em geral.
119
22.3 Comercialização
As vendas do calcário bruto são feitas diretamente pelo pequeno minerador às empresas
de beneficiamento que não tem produção própria e estas efetuam a distribuição do produto moído
período 1994/96 cerca de 85% da produção estadual de calcário para corretivo de solos foi
destinado à cultura da cana de açúcar na zona da mata pernambucana, 10% da produção foi
vendida nos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas, ficando os 5% restantes
de pagamento.
atender à demanda de zonas fronteiriças, como o Agreste Meridional (fornecido por Alagoas) e
Sertão do São Francisco (fornecido por Sergipe e Bahia). Estas transferências não foram
quantificadas, mas não devem superar as vendas feitas para outros estados, estimando-se que a
predomina a agricultura de subsistência (feijão, milho, mandioca, etc.), sob condições de sequeiro
expressão, à exceção de alguns bolsões de terra constituídos pelos perímetros irrigados no vale do
médio Rio São Francisco (fruticultura). Os 20% restantes (Zona da Mata) são ocupados
colheita no período 1990/97 com uma taxa de crescimento médio de 0,8% na área de colheita e
como também de outras importantes culturas estaduais como o algodão herbáceo e arbóreo, o
Por outro lado, excetuando o ano de seca de 1993, verifica-se o crescimento da área
colhida em sequeiro de feijão e milho e das frutas (melancia, melão, uva, manga, banana)
cujas localizações e áreas em operação totalizando 49.266 hectares, são relacionadas no quadro 9.
termos de quantidades anuais utilizadas, as áreas dos projetos com irrigação das microrregiões de
Petrolina e Itaparica (Sertão), que incluem, entre outros, os municípios de Petrolina, Santa Maria
da Boa Vista, Orocó, Belém de São Francisco, Petrolândia e Floresta e, por último, outras áreas
agrícolas dispersas nas zonas do Agreste e Sertão. No quadro 10 estão contidas as quantidades
aplicadas em cada uma destas três áreas de consumo, para o qual foram utilizadas informações de
produção e vendas das empresas produtoras estaduais (Quadro 7) e das empresas fornecedoras
dos estados de Sergipe e da Bahia, que colocam o insumo nos perímetros irrigados do Sertão do
São Francisco, além de informações das instituições públicas CODEVASF, CHESF e DNPM.
do estado de Alagoas, para aplicação em áreas agrícolas restritas da Zona do Agreste Meridional.
Assim, constatou-se que o consumo de calcário agrícola na Zona da Mata, no período estudado,
1994-1998, apresentou uma fase de relativo crescimento, entre 1995 e 1997, tendo chegado a
Em 1998, entretanto, houve uma queda brusca no consumo, retornando para o nível do
início do período, algo em torno de 52.000 t/ano, acompanhando a redução da área de colheita da
segundo comerciantes de fertilizantes locais seria da ordem de 3.500 t anuais. Eles vem
do consumo no período de 1995 a 1998, embora fortemente influenciados por conta de aquisições
feitas pela CHESF nos últimos dois anos, de 5.500 e 8.000 t, respectivamente. Os investimentos
que vem sendo realizados nos perímetros irrigados desta região, explicam o porquê do consumo
São lavouras de tomate, abacaxi, horticultura, banana etc, que vem absorvendo,
Itacuruba.
1994-1998, apresentou uma média anual de consumo, calculada em 69.390 t, sendo de 61.998 t a
média de consumo específica da área canavieira, 4.274 t na região do Sertão (São Francisco) e
A superposição dos dados dos quadros 8 e 10 permite ainda quantificar a média anual de
calcário consumido por área colhida no Estado em 52 kg de calcário por hectare cultivado.
124
– Área que aplica, aproximadamente, 85% da produção anual de calcário agrícola do pólo de
Vertente do Lério e Santa Maria do Cambucá, acrescida da produção e venda relativas ao ano de
nos centros de produção localizados nos municípios de Vertente do Lério e Santa Maria do
Cambucá, na Zona do Agreste nas proximidades da Zona da Mata, que por sua vez, é a região de
maior consumo e nela, também, estão localizados os maiores depósitos conhecidos de rochas
Itaparica constitui um outro centro consumidor de menor importância, mas em crescimento, onde
produção e consumo (Quadro 11) verifica –se que no período levantado (1994/98) o Estado de
vizinhos. Este fato não impede que uma parte da demanda estadual, na mesorregião do Sertão do
São Francisco ainda esteja sendo atendida pela produção de fora do Estado. Como não é usual
ao consumidor final e nestes casos o ônus do frete assume uma importância capital.
fins agrícolas (407.800t/ano) com o consumo médio anual (69.390 t), deduz-se que o parque
No levantamento das informações junto às empresas produtoras foi constatado que 85%
das vendas foram utilizadas nos canaviais de Pernambuco e cerca de 10% nos canaviais da
agrícola de maior consumo de calcário para calagem de solos no Estado de Pernambuco e ocupa
cerca de um terço das terras cultivadas. Esta atividade vem apresentando declínio da produção
nos últimos anos existindo estímulos governamentais para substituí-la parcialmente por outras
culturas. A área do Sertão e do Agreste, especialmente no Vale do São Francisco está se tornando
potencialmente importante para o mercado de calcário agrícola, face à expansão prevista dos
projetos de irrigação para fruticultura e oleicultura. Desta forma as taxas médias de crescimento
observadas no período 1994/98 refletem bem a tendência do mercado para os próximos anos.
128
Deduz-se daí que a capacidade instalada estadual é suficiente para atender à demanda até
2005, mas desdobrando-se a análise por mesorregião, a capacidade instalada no Sertão (12.000
produtividade agrícola pela melhoria das relações de consumo de calcário/ área colhida das
diversas lavouras.
Com efeito, esta relação foi de 0,052t/ha, como média do período 1994/97, entretanto
estudos recentes realizados pela CPRM – Serviço Geológico do Brasil, dentro do Programa
Insumos Minerais para Agricultura, com a utilização dos levantamentos pedológicos realizados
fronteira agrícola estadual são constituídas de solos que carecem de calagem, com níveis de
necessidade C1, C2 e C3 (baixa, média e alta necessidade de calcário) cuja correção demanda
26.1 Introdução
1. Material fragmentado;
Decapeamento
BENEFICIAMENTO
Cominuição e Classificação Granulométrica
Está prevista inicialmente para a explotação na mina CAPE a produção de cerca de 30.000
m³/mês de calcário, através da aplicação de método de lavra a céu aberto com utilização de
desmonte a explosivos em bancadas altas. A produção prevista será direcionada em sua maior
parte para atender o mercado de Pernambuco e estados vizinhos, onde constantemente são
O material a ser lavrado constitui-se, de arenito calcífero de médio a fino, com ligeiras
intercalações de argila de cor cinza. Material de boa coesão e de excelentes características para
emprego como calcário agrícola. Os trabalhos de extração serão realizados entre as cotas de 315 e
390m, o que minimizará a remoção de cobertura. A própria estrutura aflorante da rocha inibe a
18 % ao ano.
- Valor atual líquido do empreendimento, supondo que o projeto terá 20 anos de vida útil,
O fluxo de caixa será constituído com moeda constante e por isso, a taxa de 18% ao ano
não tem relação com inflação, representando na realidade um valor adicional acima da inflação.
A escolha da taxa de 18% ao ano deve-se ao fato de ter-se verificado que a taxa de captação da
maioria dos empréstimos pelo mercado financeiro ultrapassa os 13% de juros ao ano.
1. Requerimento de pesquisa
A despesa com trabalhos de pesquisa realizados na área da mina CAPE somam R$ 100.000,00
Para obtenção do decreto de lavra da área em questão, a empresa deverá requerer a lavra e
requerimento de lavra completo e elaboração dos demais relatórios técnicos são da ordem de R$
O início da lavra permanente na mina da CAPE em Inajá deverá ocorrer a partir de 2007,
quando se espera ter o Requerimento de Lavra aceito pelo DNPM e publicado no Diário Oficial
Esta lavra se dará inicialmente nos locais onde já ocorreu a lavra anteriormente através de
uma produção de cerca de 30.000 m³/mês foi estimado em cerca de R$ 4,00/m³ de material
fragmentado.
Sendo a área requerida dotada de boas condições de infra-estrutura, pois fica próxima a
cidade Inajá e Tacaratu, pode-se instalar nesses municípios próximos o almoxarifado central e a
administração, como também residir os operários. Quanto às vias de acesso deve-se salientar que
a área alvo para início da lavra localiza-se a cerca de 1.000 m da Planta de beneficiamento, com
estrada terraplenada que dá acesso à frente de lavra e construção de novos acessos às frentes da
lavra, essas obras foram estimadas em cerca de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
134
equipamentos.
lavra.
135
de lavra, pois à distância até Recife, que é a principal cidade para aquisição de peças
sobressalentes e acessórios, é de cerca de 383 km. O estoque deste almoxarifado deve constar
inicialmente de brocas, engates, mangueiras, lubrificadores de linha, óleo diesel, graxa, cabos de
marreta, etc. Este estoque deve ser em quantidade superior às necessidades preliminares.
O custo destas peças, equipamentos e acessórios foi estimado em 2,5% do valor total do
investimento previsto. Sendo assim, serão necessários R$ 19.000,00 (dezenove mil reais) para a
A produção de calcário na mina da CAPE está prevista para 30.000 m³/mês, de acordo
calcário CAPE, no município de Inajá - PE. O pessoal inclui assessoria técnica (engenheiro de
num período de 12 meses custarão para a empresa R$ 133.560,00 (cento e trinta e três mil
26.3.2 Transporte
Pernambuco necessário estimar-se o custo de frete para envio da produção até os consumidores
finais. Esse valor deverá ser ressarcido pelo consumidor e, portanto não afeta os custos do
projeto. O frete de cada carga de 8 m³ ou cerca de 22 ton métricas custará para o consumidor a
antigo Imposto Único sobre Minerais (IUM) sendo esse substituído pelo Imposto sobre
de 17%.
localizada a jazida deve participar do resultado da lavra, auferindo um dízimo do valor do ICMS
(artigo 86). Como a empresa é proprietária das áreas previstas para lavra o valor referente à taxa
de arrendamento é nulo.
compressor trabalhe 8 horas/dia, durante 364 dias/ano. Desta forma, o consumo previsto de óleo
- Consumo de lubrificantes:
Trator de lâmina: 264 dias/ano x 4 horas/dia x 1 unid x 0,144 lt/hora = 152,1 litros
- Consumo de pneus:
mina são necessárias à utilização de brocas e hastes de prolongamento. Para cada m³ de material
fragmentado são perfurados em média cerca de 0,107 metros com as brocas, ou 2.037,45 m de
furação por ano. Como o tempo de vida útil das brocas em calcário oscila em torno de 100 metros
e a produção anual de material “in situ” será de 19.042m³, deverão ser consumidas anualmente
245 brocas.
quantidade de explosivo definida no Plano de Fogo está indicada na tabela 10, que inclui também
Item de Custo Consumo Mensal Custo Unitário (R$) Custo Mensal (R$)
Mantopim:* 4 un 1,50 6,00
Retardos 40 ms: 44 un 1,20 52,80
Booster de 150 gr: 144 un 4,00 576,00
Nonel: 1.891,11 m 0,50 945,56
Emulsão: 3.093,12 kg 2,50 7.732,80
ANFO:* 5.526,72 kg 1,50 8.290,08
TOTAL: - - 17.603,24
substituição de peças. O custo desses trabalhos foi estimado a uma base de 5% do valor de
O custo de beneficiamento foi estimado como sendo da ordem de 2,50 R$/m³, valor esse obtido
Planta de Britagem existente na área de explotação. Dessa forma o custo anual de beneficiamento
Feita uma análise dos balanços das empresas de produção de calcário no Brasil, verificou-
se que as despesas administrativas representam em média de 5 a 10% das receitas anuais com a
venda de minério. Para a nossa análise de viabilidade econômica vamos considerar a taxa de 6%
da receita anual.
Para as máquinas e equipamentos a taxa média contra incêndio, roubo e riscos diversos é
Despesa com seguros = (valor equipamentos e máquinas x 1,50%) + (valor veículos x 8%)
Despesa com seguros = (R$ 770.500,00 x 1,50%) + (R$ 35.000,00 x 8%) = R$ 14.357,50
Assim tem-se a seguinte estimativa para o custo de produção na Mina CAPE conforme a tabela
12.
seiscentos e quarenta e nove mil trezentos e setenta e quatro reais e dez centavos). O custo
unitário de produção foi calculado em R$ 7,22 (sete reais e vinte e dois centavos) por metro
O imposto de renda no Brasil corresponde a uma alíquota que incide sobre o lucro tributável.
- Depreciação dos bens ativos, representativa da diminuição anual do seu valor devido ao
No caso em apreço foi calculado com base na alíquota de 30% do lucro presumível, de acordo
importância, devendo ser suficiente para cobrir as parcelas com estoque de minério na mina e em
prazo, etc.
Na determinação do capital de giro se observa que ele está ligado ao fator custo direto de
produção. Com base em experiência em outras minas, o capital de giro para a Mina CAPE em
Inajá, será considerado como equivalente a 1,5 meses de produção em termos de custos diretos e
administração. Como custo direto de produção, entendemos as despesas que entram diretamente
na operação da jazida, excluindo-se, portanto os gastos com ICMS Imposto de Renda e gastos
administrativos.
O custo anual de obtenção de calcário na mina da CAPE é igual a R$ 1.126.900,90 então, tem-se:
Valor Presente: R$ 1.053,228 (Um milhão cinqüenta e três mil duzentos e vinte e oito reais).
entre Inajá e Tacaratu, ficou demonstrada ao longo desse projeto, já que o valor atual das
faturamento bruto anual. O tempo de retorno do investimento inicial foi calculado com base na
divisão do capital investido pelo lucro líquido operacional e nos deu como resultado o retorno do
na mina, gerando um valor presente líquido de R$ 1.053,228 (Um milhão cinqüenta e três mil
duzentos e vinte e oito reais) e uma taxa interna de retorno de 37.05% ao ano.
Convém salientar que a Planta de Britagem da empresa CAPE Ltda já está instalada e
Parte das operações de lavra tais como perfuração e detonação, deverá ser terceirizada o
que refletirá numa diminuição dos investimentos fixos e pequeno aumento nos custos de
do Código de Mineração, e a expedição do diploma legal para início da produção na mina CAPE
Inajá – PE.
149
27. CONCLUSÃO
aproveitamento econômico apresentado não encontrará problemas para ser aprovado pelo órgão
competente (DNPM), já que o mesmo apresenta bons argumentos para sua viabilidade, entre
outros são eles: a infra-estrutura da área onde será implantado o empreendimento é boa, pois a
mesma encontra-se na região de fácil escoamento da produção, a cidade de Inajá pode acolher os
operários que trabalharão nas atividades da empresa sem problemas. Outro ponto que favorece
de calcário calcítico.
Ínajá, são suficientes para manter o ritmo de trabalho por um período de 148 anos para a
produção de calcário dolomítico e 20 anos para produção de calcário calcítico, que indica a
possibilidade de ampliação da produção assim que houver maior demanda por parte do mercado
consumidor.
150
O mercado para o calcário (calcítico e dolomítico) produzido na Mina CAPE- Inajá –PE é
Com este trabalho de conclusão de curso, pude fazer uma revisão completa dos
minas. Partindo dos conhecimentos de geologia passando pela engenharia de minas, economia e
proporcionou uma excelente visão geral da realidade da qual irei conviver apartir de agora com
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1968.
Novembro, 2006.
Sites de Pesquisa:
29. ANEXOS
29.2.1 Geologia
CONJUNTO DE BRITAGEM 02
Alimentador vibratório 40090 com motor de 10/20 HP – FAÇO
Britador primário 10060 A com motor de 100 HP – FAÇO
Moinho de Rolos Tipo Raymond
Transportadora de 18” de 8,0 m com motor 5 HP – FAÇO
Transportadora de 30” de 7,0 m com motor de 7,5 HP e redutor – FAÇO
Transportadora de 30” de 30,0 m com motor de 15 HP e redutor – FAÇO
Transportadora de 30” de 31,0 m com motor de 7,5 HP e redutor – FAÇO
Alimentador vibratório 27070 com motor de 10 HP – FAÇO
2 Britadores 6240 com motor de 40 HP – FAÇO
Transportadora de 30” de 14,0 m com motor de 10 HP e redutor – FAÇO
Transportadora de 20” de 24,0 m com motor de 10 HP e redutor Sauer – principal
Transportadora de 18” de 26,5 m com motor de 5 HP e redutor Sauer – pó
Transportadora de 21,4 m com motor de 5 HP e redutor Sauer – B19
Transportadora de 20,4 m com motor de 5 HP e redutor Sauer – B25
Transportadora de 18” de 32,2 m com motor de 5 HP e redutor Sauer – B38
Transportadora de 18” de 7,1 m com motor de 5 HP e redutor Sauer – Retorno Cone
Transportadora de 15,15 m com motor de 5 HP e redutor Sauer – Retorno Peneira classif.
Hidrocone HP 200 com motor de 200 HP e alarme – NORDBERG
Rebritador 8013 com motor de 20 HP – FAÇO
Peneira classificadora 68080 com motor de 25 HP - FAÇO
2 Calhas vibratórias com motor de 7,5 HP – pilha pulmão – FAÇO
3 Calhas vibratórias com motores de 5 HP – pilhas de estoque – FAÇO
3 Transportadores de 9,0 m com motor de 7,5 HP e redutores – Carregamento de brita
Munk estacionário modelo 540 com motor de 5 HP, completo
Forca de ferro com talha de 10 ton
Uma sirene
Balança de 35 toneladas – TOLEDO
Subestação elétrica capacidade 450 kVA completa.
Um Ciclone coletor
Um Filtro de Manga
29.5 ANEXO V: FLUXO DE CAIXA DE OPERAÇÃO
Projeto: Mina CAPE Ltda
Nome do arquivo: Projeto de Lavra (Gustavo)- Revisado1 (PAE) Gustavo
Diretório: C:\Users\gusta\Documents
Modelo:
C:\Users\gusta\AppData\Roaming\Microsoft\Templates\N
ormal.dotm
Título: RESUMO
Assunto:
Autor: LAB PLANEJ LAVRA 1
Palavras-chave:
Comentários:
Data de criação: 02/01/2007 01:06:00
Número de alterações:57
Última gravação: 10/01/2007 00:32:00
Salvo por: GUSTAVO
Tempo total de edição: 1.926 Minutos
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