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Alimentação e Conversões de Energia
Alimentação e Conversões de Energia
TRANSDUÇÃO QUIMIOSMÓTICA
Nas diferentes membranas dos organismos (mitocondrial interna,
membrana interna da bactéria, membrana dos tilacoides nos cloroplastos)
existem bombas de protões, que funcionam através da energia de eletrões
ou de fotões (e também de ATP).
Nestas membranas, existem uma série de complexos – as ATPsintases- que
promovem a produção de moléculas de ATP, processo que está relacionado
com o gradiente de protões. Estes complexos encontram-se orientados para
a matriz no caso das mitocôndrias (em que o gradiente se verifica no sentido
matriz → espaço intermembranar) ou para o estroma no caso dos
cloroplastos (em que o gradiente se verifica no sentido estroma → lúmen
int. do tilacoide)
Um cloroplasto e os seus tilacoides. Note-se que é provável que haja um único lúmen contínuo
(o espaço interno dos tilacoides). A membrana do tilacoide é heterogénea; por exemplo, a ATP
sintase é excluída da grana. O bombeamento do protão ocorre da fase N à fase P.
ATP – SINTASE
[~ 6000 rpm]
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
faz parte da Cadeia Respiratória Produção de ATP
Crista Mitocondrial
Formam ENERGIA
protões na matriz
prontos para
serem novamente
Fosforilação do ADP: ADP + Pi bombeados
ATP
(reação endoenergética)
A cadeia respiratória mitocondrial consiste em três complexos de transporte de protões (I, III
e IV) que atuam em paralelo em relação ao circuito de protões e em série em relação ao fluxo
de eletrões. (a) Via de transferência de eletrões para substratos ligados ao NADH: O complexo I
transloca 4H+/2e-. Notar a distância entre o(s) sítio(s) de translocação de protões e o trajeto de
transporte de eletrões. O protão da matriz (itálico) libertado na fase-N quando o NADH é oxidado
não conta para a estequiometria da translocação de protões porque um protão equivalente
reassocia-se com o NAD+ quando é re-reduzido ao NADH por desidrogenases ligadas ao NAD+.
A ubiquinona (UQ) é móvel dentro do centro hidrofóbico da membrana. Os dois protões
necessários para a redução da UQ para ubiquinol (UQH2) provêm da fase N, mas são libertados
para a fase P quando a UQH2 é reoxidada pelo complexo III. A estequiometria global da
translocação de protões pelo conjunto UQ e pelo complexo III é 4H+/2e- mas 2q+/2e-. Note que
a via dos eletrões dentro do complexo III é simplificada nesta figura. O citocromo c (cyt c) está
vagamente associado à face P do IMM e aos vaivéns de eletrões simples do complexo III para o
complexo IV. O complexo IV transloca 2H+/2e- mas 4q+/2e-, sendo os dois H+ adicionais da fase
N necessários para reduzir ½O2 para H2O. (b) A desaturação de uma ligação C-C fornece eletrões
com um potencial redox próximo de 0 mV. Este tipo de reação é, portanto, termodinamicamente
incapaz de reduzir NAD+ e, portanto, o complexo I não está envolvido. O complexo II reduz a UQ
para UQH2 sem translocação de protões.
Processos de transporte secundários acoplados ao circuito de protões. A corrente de protões
gerada pelas três bombas primárias de protões (complexos I, III e IV) é utilizada por vários
processos para além da ATP sintase, incluindo portadores de metabólitos, a transhidrogenase
ligada à energia, a proteína de dissociação e/ou fugas de protões, e o ciclo de Na+ e Ca2+ através
da membrana.
RESUMINDO…
na glicólise:
2 NADH (citosol >> mitocôndria)
2 ATP
na oxidação do piruvato:
2 NADH
no ciclo de Krebs:
6 NADH
2 FADH2 (por oxidação do succinato)
2 ATP (ou GTP)
na fosforilação oxidativa: (ATP por 1/2 O2)
2,5 - complexo I
1,5 - ubiquinona (sem passagem pelo complexo I)