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Por que turista paga mais caro?

Veja 15 perguntas sobre


compra de dólar
Dólar comercial e dólar turismo têm cotações diferentes.
Preços de compra e venda se referem a casas de câmbio ou bancos.

Karina TrevizanDo
G1, em São
Paulohttp://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/02/por-que-
turista-paga-mais-caro-veja-15-perguntas-sobre-compra-de-dolar.html

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Compra e venda de dólar é uma transação que muda de preço a cada momento. A variação do câmbio e o uso que será dado à moeda faz o preço de cada

dólar em real variar, confundindo muitos compradores.

O G1 listou 15 perguntas sobre o preço e os usos do dólar por brasileiros. Para as respostas, foram consideradas informações oficiais do Banco Central,

além das explicações do professor e economista Judas Tadeu Grassi Mendes, da EBS Business School.

É o preço da moeda como mercadoria, ou seja, a cotação aponta quantos reais são necessários para comprar um dólar.

 
É o preço da moeda usado pelas empresas e bancos para as outras transações realizadas no mercado de câmbio, como exportação, importação,

transferências financeiras etc.

É o preço da moeda comprada para viagens internacionais, geralmente em espécie. É esse câmbio também que os consumidores pagam quando compram

algo no exterior, ou mesmo quando importam produtos de outros países.

 
O preço pago pelo dólar leva em consideração os custos administrativos e financeiros. Segundo o BC, a taxa de câmbio pode variar de acordo com a

natureza da operação, da forma de entrega da moeda estrangeira e de outros componentes tais como valor da operação, cliente, prazo de liquidação etc.

Como os consumidores compram volumes menores que as empresas e outros bancos, esses custos tendem a ser maiores.

“O dólar de turismo é um pouco mais caro porque é dinheiro na mão, na hora. Tem uma liquidez maior. O comercial não é bem assim, você leva meses

para pagar aquela fatura”, explica Mendes.

Mendes explica que a diferença entre o preço em real do dólar quando ele é vendido e quando ele é comprado é a taxa de lucro das casas de câmbio e

outras instituições que comercializam a moeda. “Você tem quem comprar mais barato e vender mais caro para ganhar na diferença. A casa de câmbio

vende assim para ganhar na diferença”, explica.

 
Errado. Os termos “compra” e “venda” se referem a bancos e casas de câmbio. Se você vai comprar dólares para viajar, por exemplo, terá que pagar o

preço de venda. Se quiser vender o que sobrou na volta ao Brasil, a instituição irá lhe pagar o preço de compra – que é sempre menor.

Vários fatores podem determinar a valorização ou queda da moeda norte-americana em relação ao real. O professor Mendes, no entanto, aponta que a

principal razão da variação é a relação entre oferta e demanda. “O dólar, seja de turismo ou comercial, é uma mercadoria como qualquer outra”. Ou seja,

se tem muita gente comprando e pouco dólar à venda, ele fica mais caro. Se há muito dólar e poucos interessados, fica mais barato.

As taxas de câmbio divulgadas normalmente são médias apuradas para simples referência, explica o BC.

 
As exportações, ou seja, produtos vendidos pelo Brasil e pagos em dólar pelos estrangeiros, e gastos de turistas de fora em cidades brasileiras são fatores

que aumentam a oferta da moeda no país, explica Mendes. Com mais dólares em circulação, o preço da moeda em real tende a cair. A taxa de juros

também tem influência: quando a taxa brasileira sobe, a tendência é que os investidores coloquem mais dólares no Brasil, porque o dinheiro vai "render"

mais.

Mendes explica que, quando há déficit da balança comercial, ou seja, quando o Brasil compra mais produtos de fora do que vende, há mais saída de

dólares do país do que entrada – já que, mesmo a moeda brasileira sendo o real, os produtos importados são pagos em dólar, assim como os exportados.

A moeda predominante é sempre a norte-americana. Gastos de turistas brasileiros em outros países também representam saída de dólares do Brasil. Se os

juros nos Estados Unidos sobem, a tendência também é que saiam dólares do Brasil, já que a taxa lá fora passa a render mais para os investidores.
Sim. O Banco Central oferece desde 2013 um programa de leilões diários de “swaps cambiais”. Funciona assim: o BC oferece um contrato de venda de

dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento deles, o BC se compromete a pagar uma taxa de

juros sobre valor dos contratos e recebe de quem comprou a variação do dólar no mesmo período. Algumas vezes o BC interfere ainda mais diretamente,

fazendo leilões de compra ou de venda da moeda à vista.

Os leilões são uma forma de a instituição garantir a oferta da moeda norte-americana no mercado e acalmar a procura por dólares – quando o BC garante

que não vai faltar dólar, a procura tende a diminuir, e preço, a cair. Mendes afirma que o programa de “swaps cambiais” manteve o dólar mais barato nos

últimos anos. “Em 1994, quando veio o Plano Real, o dólar estava 1 a 1 com o real (ou seja, cada dólar custava R$ 1). Hoje, o valor deveria ser a inflação

brasileira menos a americana. Quem fizer esse cálculo vai concluir que o dólar deveria estar a R$ 2,85, R$ 2,90. Não chegou ainda, mas tende a encontrar

um equilíbrio a longo e médio prazo.”

Apenas um. No entanto, as expressões "câmbio comercial", ou "dólar comercial", e "câmbio turismo", ou "dólar turismo", são comuns para diferenciar as

diferentes taxas em cada transação.

 
Existe o mercado paralelo de compra e venda de dólares, que é ilegal. Segundo o BC, esse mercado trabalha à margem da legislação e regulamentação

vigentes, sujeitando seus participantes às sanções cabíveis.


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