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O Mundo Bipolar

Após a Segunda Guerra Mundial, as duas potências que saíram vencedoras do


conflito se apressaram em expandir sua influência no mundo, primeiramente no
continente Europeu. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas anexou vários
territórios, aperfeiçoou o desenvolvimento de armas nucleares, ampliou sua área de
influência no Leste Europeu, além de formar o maior exército do planeta. Os E.U.A, por
sua vez, destinaram créditos financeiros para a reestruturação dos países da Europa
Ocidental, com o chamado Plano Marshall, ampliou suas zonas de influência e cercou-
se de tecnologia para produção de armas nucleares.
Por esses aspectos em comum, Estados Unidos e URSS passaram a ser
considerados superpotências mundiais. Entretanto, havia um grande diferencial entre
essas duas nações – o sistema político: Estados Unidos, um país capitalista e União das
Repúblicas Socialistas Soviética, socialista. Cada um exercendo sua influência
ideológica na geopolítica global.
Estabeleceu-se a geopolítica bipolar, interferindo diretamente na política de
vários países. Conflitos armados foram impulsionados por essa rivalidade entre as duas
superpotências, entre eles estão: a Guerra da Coréia, Guerra do Vietnã, além do apoio a
golpes militares, como, por exemplo, a ditadura militar no Brasil. Esse período também
ficou conhecido como Guerra Fria, pois apesar de as duas potências não entrassem em
guerra, esperava-se que a qualquer momento eclodisse um confronto direto entre os dois
países. Como ambos os lados possuíam armas nucleares, o medo de que houvesse uma
enorme catástrofe de proporção mundial era constante.
Os E.U.A., através de financiamentos e outras medidas políticas (até mesmo
fornecimento de armas), passaram a exercer influência sobre os países que optaram pelo
sistema econômico capitalista. A URSS utilizou-se dos mesmos critérios para expandir
suas áreas de influência. Um exemplo disso foi Cuba, que se declarou como socialista
após a revolução armada liderada por Fidel Castro e outros guerrilheiros. A União
Soviética comprava toda produção de açúcar deste país, o que impulsionava sua
economia, já que os E.U.A declaram um embargo comercial à ilha de Cuba. Da mesma
forma, os E.U.A apoiavam as ditaduras de direita na América Latina investindo muito
dinheiro nesta região do continente.
Porém, na década de 1980, a URSS passou por uma crise financeira, sendo
consequência da própria política econômica adotada. A falta de criatividade e agilidade
para modificá-la, a estagnação do setor industrial, queda de produtividade de bens de
consumo (alimentos, roupas, etc.), além dos altos gastos com a indústria aeroespacial,
levaram a uma defasagem em relação aos avanços alcançados pelos países capitalistas
desenvolvidos. O agravamento da crise do sistema socialista ocasionou um processo de
enfraquecimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que culminou em
1991, na desintegração desta. Esse fato estabeleceu o fim da ordem mundial bipolar.
É importante destacar que a Federação Russa, antiga União Soviética, ainda
representa uma potência econômica que impõe suas demandas políticas ao mundo,
principalmente no Leste Europeu. Hoje, uma união política entre a China e Rússia
fazem frente à geopolítica dos E.U.A, como é possível destacar na política internacional
de países como Venezuela, como o regime de Maduro e o Afeganistão, com o novo
governo do Talibã. Dessa forma, estudiosos afirmam que estamos vivendo um período
de uma nova “guerra fria”.

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