You are on page 1of 17
Combinagées de Esquemas: Sintese Comportamental AA, Esquemas Multiplos e Mistos Resposias de Observacio. Titeragoes entre Esquemas: Contraste Comportamental leados, Tandem e de Segunda Reforgo Condicionalo Estinulos Breves em Esquemsay de Segunda Onder C. Fsquemas Concorrentes Igualagdo, Maximizagio ¢ Escotha Esquemas Eneadeados Concorrentes Forvageio Natural e Sinese Comportamental Preferencia por Escotha Livre Auocontrole D. Combinagies de Esquemas Sintese Comportamer A terminologia das eombinages dos esque mes of rece um pacoteetimol6gica mito. pal mi lo, da indo-europeu mel, strane (Forte) ou reat (grande). mais pl fold Guar) estéeelacionaca a to meliorae (apertelgor), to imp (implicate to ‘complicate (complicar) & patavra mist. do indo {roped meik t0:mix (mistarar) ou mingle (combi rnarse) esti relacionada 8 promiscons(ptomiseuo) miscellaneous (miscelinia). A palavracadeia ver de uma palavra latina de ovigem obscura. catena pode estar relacionadaa to enchant enantt) Ta dem, aplicado a cictos duples (bicycles) do tat tandem, lengthwise (comprido). est relacionado a ‘anramount (tet forga igual) e thous (Posto que) Concorrente e eonjugeda parila o preino latino ‘on with (com). Do lan currere, tar (core, concomenteestérelacionado ato carry earregar) a intercourse (intercurso eeurriculum (cuteulo) do Jatim iungere, to join Guna, agregar, palayra conjugado esti relacionada azo jstapore Giustapor), 40 conjugare (conjugan, (oni, acoplan, wg Cinga) ea to yoke Os esquemas niio operam isoladamente, Eles podem se alternar uns com os outros, com est mulos cortelacionados (esquemas miiltiplos) ou niio (esquemas mistos), A conseqiléncia de com pletarum esquema pode sero inicio de um outro ‘esquema, com estimulos correlacionados (esque- mas encadeados) ou sem eles (esquemas. tan- dem): em tal contexto, um esquema pode ser a uunidade do comportamento sobre a qual outro esquema opera (esquema de ordem superior). Os esquemas podem operar ao mesmo tempo, pata respostas diferentes (esquemas concorrentes) ou ara uma mesma resposta (esquemas conjuga- dos}: os esquemas que operam concorrentemen- 'e podem produzir outros esquemas (esquemas encadeados concorrentes). Mas essas combina (des de esquemas ndo tém interesse em si mes- ‘mas. Elas esto relacionadas a problemas que t veram importancia histérica, como a aprendiza- gem de discriminacao (esquemas miltiplos), 0 reforgo condicionado (esquemas de segunda or- dem ¢ esquemas encadeadas) ¢ a escolha (es- quemas concortentes e cadeias concorrentes), ‘Uma anslise experimental implica em decom- or comportamentos complexos, para descobrit do que eles so constituidos. A taxonomia do comportamento que temos desenvolvido neste livro prové unidades comportamentais para nossa anélise. Quando terminamos uma andlise, pela separagiio das partes, podemos nando se podemos reconstituir novamente o com- portamento analisado, A reversdo de uma anali- ‘sea sintese (como na quimica, quando um com- posto ésintetizado, depois de uma anailise ter de- terminado seus elementos e sua estrutura). Em pregaremos virias combinagdes de esquemas para sintetizar o comportamento complexo. O st- ‘cesso de nossa sintese nos dird algo sobre a ade~ {quagio de nossa analise, Dentre as questdes que iscutiremos ao revisarmos as dens especificas de pesquisas que envolvem a combinacao de ¢s- {quemas esto os estimulos de natureza informa- tiva, escolha livre ¢ autocontrole. _ ‘Seco A Esquemas Miltiplos e Mistos Falamos dos esquemas miltiplos como exem- plos de controle de estimulo (p. ex., mitiplo VI EXT na Figura 7.1; ver Tabela 10.1, para abre-~ ‘viagdes). Dois esquemas se altermam, cada um correlacionado com um estimulo diferente; fala~ ‘mos de controle de estimulos quando 0 desem- penho apropriado a cada esquema ocorre em pre senga do estimulo correspondente. Por exemple, se um esquema de FI opera para bicadas de um pombo sob luz verde e um esquema de VI para bicadas no vermelho, a curvatura de FI (padre ‘meia-lua) no verde pode altemar com uma taxa de respostas aproximadamente constante, tipica de VI no vermelho (0 reforgo pode se alterar ‘com extingao em esquemas miiltiplos, mas nes- te exemplo temos dois esquemas de reforgo di: ferentes, cada um correlacionado com um esti- ‘mulo). (Os esquemas miltiplos tém sido fregilente~ ‘mente usados como linha de base em estudos de variveis que afetam o comportamento, Por cexemplo, com esqulemas miiltiplos FIFR, 05 €ei- tos de uma droga sobre o responder em Fl e FR podem ser obtides com um Gnico conjunto de doses; 05 efeitos de drogas freqtientemente vari- am com o esquema que mantém o responder, Em fanmacologia comportamental e toxicotogia com- ‘portamental, tas linhas de base algumas vezes re~ ‘clam amplos efeitos comportamentais de subs tiincias tas como como poluentes, em coneentra- {02s que apresentam poucos efeitos fisiologicos. 194 A. Cartes Catania |As substneias que agem sobre o comportamento podem ser classificadas com base em tais efeitos (p. ex., Dews, 1970; Weiss & Laties, 1969) RESPOSTAS DE OBSERVACAO Os estimulos discriminatives sao efetivos apenas se o organismo os observa, Podemos fa zr um pombo observar certos estimulos a0 exi tgir que bique um disco para produzi-los. Vamos ‘comegar com @ alterag20 irregular do reforgo em VR e a extingdo da resposta de bicar 0 disco de um pombo. Nesse esquema misto (mix EXT YVR), mantemos a luz do disco branes na presen- ga de ambos os esquemas, de forma que 0 pom- bo vai bicar tanto no componente de EXT como no de VR. Mas agora acrescentamos um disco de observagio, um segundo disco no qual as res postas prodizem os estimulos correlacionados. {com os esquemas componentes. Durante a EXT, fa respostas sobre esse disco mudam a cor dele para vermelho durante algum tempo; durante VR tomam o disco verde. Na verdade, as bicadas no disco de observagao transformam o esquema isto em miiltiplo (mult EXT VR); na presenga dos estimulos do esquema miiltiplo, 0 pombo passa a bicar com taxa proxima de zero durante 6 vermelho, o estimulo do esquema em EXT, & ‘com taxa alta durante 0 verde, 0 estimulo do es- quema de VR. (Essas contingéncias diferem da- aquelas para as respostas de observagdo no pro- cedimento de emparelhamento com o modelo {que produzem os estimulos de comparago, por- {que as contingéncias aqui correlacionadas com fs esquemas miltiplos operam quando estes es- timulos estdo ausentes, assim como quando es- Lio presentes: ef. Capitulo 9.) [As bieadas no disco de observaglo sho man- tidas pelos procedimentos de resposta de obser- ‘ago que acabamos de deserever (Kelleber, Ri- dale, & Cook, 1962). Mas, 0 que mantém esse dobservagiio? Uma possibilidade é que os efeitos reforgadores dos estimulos discriminativos de- pendam de sua relagdo com o reforgador alimen- {ar programado pelos esquemas; outra € que 0s estimulos sejam observados, porque permitem ‘29 pombo se comportar de fortna mais eficiente fem relago aos esquemas componentes (0 pom- bo nao para de bicar durante a EXT, quando o disco esta sempre branco, mas pita quando cle fica vermelho). A questio pode ser colocada em termos de se a resposta de observagio ¢ manti- da, porque estmulos dseriminativos sto reforea ‘ores condicionados ou porque sio informativos| Sea informagao esti envolvida, entio os dois, estimulos diseriminativos deveriam set igual- ‘mente informativos, mesmo que um esteja core relacionado com a extinga0 ¢ outro com o refor {¢0. Suponhamos que as respostas de observagiio simplesmente iniciem o vermetho durante a EXT e nfo o fagam durante o VR. Se as Tespostas de observagio ocorrem, porque petmitem ao pom bo sc comportar mais eficientemente com rela- 20 a0s esquemas componentes,ligar unicamente 4 luz vermelha neste novo procedimento € to Util quanto ligar amas as luzes. Mas foi veri cado que o comportamento de observar & clara- ‘mente mantido quando produ apenas o estimu- to cortelacionado com o esquema de VR, mas rio quando produ unieamente o estimulo cor relacionado com a extingao (Dinsmoor, 1983). Da mesma forma, estimulos corelacionados com punigao difereneial (reforeo em um componen- tee reforgo mais puni¢ao no outro) nao mantém bem as respostas de observagio; se existem quaisquer efeitos informativos, eles sto sobre- pujados pela aversividade do estimulo correla- ccionado com reforgo ¢ puigto, mesmo quando este estimulo permitiria ao pombo responder mais eficientemente, diminwindo o responder somente quando o mesmo aparece (Dinsmoor 1983), Em outras palavras, a efetividade reforgado- ra de um estimulo diseriminativo nto depende do carter informativo, mas, muito mais das con- seqiléncias particulares com as quais esta corre lacionado. Assim, um problema central na apren- dizagem da diseriminagao pode ser simplesmente (0 de levar 0 organismo a observar os estimulos relevantes. Por exemplo, os organismos estio provavelmente mais atentos as ceracteisticas dos estimulos correlacionadas com um esquema de reforgo do que com aquelas correlacionadas com acxtinglo. Suponhamos que osestimulos de uma Aiscriminagio reforgo-extingdo consistem em ‘uina matriz de eirculos ou a mesma matriz. com lum trngulo substituindo um dos citculos. O tri- Angulo ¢ a caracteristica distintiva desses est ‘mulos, ¢ um pombo, provavelmente, adquiri ‘essq diseriminagio mais rapidamente se o tin gulo estiver correlacionado ao reforgo (caracte- ristica positiva) do que se estiver cortelaciona- do com a extingao (caracteristica negativa), por- que olhar para um estimulo € uma resposta de “observagio. O pombo tendera a olhat mais para 0 tringulo no primeiro caso do que no segundo. (Genkins & Sainsbury, 1970, ¢ Capitulo 8, sobre discriminago de caracteristicas positivas). "Nés humanos nfo estamos imunes.atais con~ tingéneias. Por exemplo, suponhamos que al- ‘guém mostre a vocé alguns cartes com letras de um lado e nimeros do outro, ¢ diga-the que cada carta com uma vogal em um dos lados tem lum nimero impar do outro, Quatro cartas so apresentadas com A, 8, X e7 voltados para cina € voc8 ¢ solicitado a virar 6 niimero minimo de carlas pata verificar a negra: se forem vogals, en 1G, teremos mimeros impares (cf. Wason & Jo- nson-Laird, 1970). Quantas cartas voce viraria para examinar e quais seriam elas? Muitas pes- soas iio Virara carta contendo o A. pata ver se hha umn mimero impar do outro lado, Aqueles que vitam uma segunda carta geralmente tentam 0 7, para conirmar a vogal do outro lado. Mas a .gra nfo sera negada sc cles encontrarem uma consoante, porque a regra nio diz que consoan- tes no podem ter mimeros impares também, ‘Voe8 precisa virar duas cartas, mas a outra carta 4a serexaminada € 0 8, que negard aregra se exis- tir uma Vogal do outro lado, Somente um niime- ro pequeno de pessoas escolhe esta cata Por qué? O ponio é que as pessoas esto, pro- vavelmente, procurando mais confirmar do que negar suas hipéteses, Virar uma carta é uma resposta de observagio, ¢ todos temos longas his- torias de verificar nossas suposigdes sobre as ‘coisas. Presumivelmente checamos coisas que io importantes para nds, ent, no passado tera sido muito mais agradavel fer tido nossas supo- sigBes confirmadas do que negadas, Com o temn- po, provavelmente, aprendemos que alguns ti- ‘pos de suposigdes podem somente ser confirma das e que outras podem unicamente set negadas, ¢ Tazemos suposigdes de acordo com isso. Se nto € verdade, infelizmente significa que algumas vyezes pensamos ter confirmado alguma coisa 195 ApRENDIZAGEM a quando nao confirmamos;talvez enti a verda- de Fosse alguma coisa que mio queriamos saber. A eefetividade de uma mensagem depende ais de se seu conteido ¢ reforgador ou aver vo, do que se estécorreta ou completa Ee tente com esta descoberta, porexemplo, que pes- soas freqientemente hesitam em procuar diag- nésticos médicos para certos sintomas. O en meno tem sido longamente reconhecido na bedoria popular, como naquelas hist6rias sobre © tratamento infeliz dado aos mensageiros que traziam més noticias. Que os organismos traba- Jam mais por informagées corre reforgacores do que por informagdes em si mes- mas, € simplesmente mais um fato do comporta- mento que tem sido derivado da andlise do com- portamento, ¢algumas vezes & um fato contra 0 qual resistimos. Quando isso acontece, é unt. ato «que ilustra a si mesmo. INTERACOES ENTRE ESQUEMAS: CONTRASTE COMPORTAMENTAL Em esquemas miltiplos, 0 comporaiento ‘em um componente é freqlentemente afetedo pelo que acontece no outro componente. Por ‘exemplo, se 0 esquema que mantém 0 compor- tamento de um pombo de bicar o disco em pre- senga de um estimulo é alterado de Reforgo em. VIL, para Extingdo, enquanto 0 Reforgo em VI continua durante o segundo estimulo, a redlugio Respaste por ino esses 196 A. Cuanues Carata do bicar 0 disco na presenga do primeiro esti mulo € freqilentemente acompanhacla de aumento ‘em presenga do segundo, mesmo que o esquema programado durante 0 Segundo se mantenlhainal- terado. O fendmeno, chamacdo de contraste com portamental, ¢ ilustrado na Figura 11.1 (Reynol- ds, 1961b). Um esquema miltiplo VI3 min VI3 min estava programado para as respostas de um pombo, de bicar o disco tanto em presenca da luz vermetha quanto da luz verde, O esquema em verde foi mudado de esquema de VI para EXT e entio foi mudado novamente para VI, ‘enquanto 0 reforgo em VI foi mantido na px senga do vermelho. A taxa de respostas no ver- melho aumentou enquanto vigorava EXT em pr senga do verde, mesino no tendo havido mu- danga no Viem presenga da luz vermetha; am bas as taxas retornaram a seus valores anterion quando o esquema de VI foi reinstalado no verde, Efeitos de contraste variam com as respos- (Gs, os reforgadores eos organisms (p.ex.,Hem- mes, 1973), variando desde aumentos protonga- ddos até aumentos que duram apenas segundos ‘ou minutos apds a mudanga do esquema (p. ex. Catania & Gill, 1964). Fsses efeitos tém sido i terptetados como a somatéria de dois tipos de bicar:o bicar operante mantida pelo reforco ali- mentar. € 0 bicar respondente produzido pela cortelagdo de estimulos discriminativs com re- forgadores (p. ex., a apresentagio de reforcado- res durante 0 VI, mas nao durante o estimuloem EXT do miltiplo VI EXT, ef. 0 pico de auto- FIGURA ILI Efeitos da exingdo em wm componente de um esquema miltiplo, sobre o responder mantide por reforco en Vino ouiro componente. As apresentacies do vermelho e do verte no disco eram al femadas.acada 3 minutos. Durante as ses- Ses, 0 esguema na Ine verde foi mudd dde VI3 min pura a extingdo e novamente para VF min: no vermetho, foi manta _esquenma de VI 3 min para todas as con Aigaes. O cantraste comportement refe re-seao aumento no responder no compo- hnente inalterado (vermetio) quando di tiaui veforge no outra componente (ver de). (G. &. Resnolds, 1961b, adapiado de Terrace, 1966, Figura 10) ‘modelagem. diferentes di ‘Schwartz, He SecioB Es: Os esau: vamente er: res condi ‘que adquire= meio dat rei: vos como 1962). Por 28> seum ref comida no dade de s provavel po vivel som nativas do: = REFORCO © Vames branco por lo, sen — saspésrs termupt mida cir. 1 um te a podeesss 9. + modelagem, no Capitulo 13). As duas classes tém diferentes duragdes e topografias (Keller, 1974; Schwartz, Hamilton, & Silberberg, 1975). Seqio B Esquemas Eneadeados, Tandem € de Segunda Ordem Os esquemas encadeados tém sido extensi- vamente empregados para estudar os reforgado- res coudicionados, isto &, aqueles reforgadores, que adquirem sua capacidade de reforcar por meio da relagio com outros estimulos ji efeti- vos como reforcadores (Kelleher & Golub, 1962). Por exemplo, a luz do comedouro torn se um reforcador somente por sta relagiio com comida no comedouro. Uma vez que a oportuni dade de se engajar em uma resposta altamente provivel pode reforgar uma resposta menos pro- vivel somente se a aportunidade ésinalizada, as fangdes condicionadas dos estimulos t&m algu- ‘ma coisa em comum com as funges diseriti- nativas dos estimulos. REFORGO CONDICIONADO. Vamos supor que aumentéssemos gradual mente o tamanho de um esquema FR program do para as bicadas de um pombo sobre umn disco branea para wm valor de FR 200. Nesta condi- ‘cho, sendo a comida produzida unicamente pelo bicar, o pombo mantinha facilmente uma raga0, disria adequada, De fato, visto que 0 pombo po- dia comer sua dieta digria em um tempo tio pe- ‘queno, durante 4 ou 5 minutos, e que cada apre- sentaciio do alimento durava somente 4a 5 s (in- cluindo o tempo para ir do disco ao comedou- ra), © pombo padiat ter completado a racao do lia depois de apenas 60 reforgos. Entao, em FR 200, 0 pombo deveria biear 12.000 vezes ao dia para ganiar essa quantidade de comida. Pode- ‘mos esperar um desempenho tipico de FR: pau- ‘sas p6s-reforgo seguidas pelo bicarripido e inin- terrupto, Nosso pombo itia ganhar bastante co- ‘ida didria para manter-se vivo e saudivel por lum tempo indefinido (sua expectativa de vida pode chegar a 15 anos) Mas 0s pombos no podem contar muito bem, © podemos imaginar se 0 pombo esti em des- vantagem cada vez.que ele cumpre suas 200 bi- cadas. Suponhamos que tentassemos ajud-lo & eestimar quantas bicadas faltam para completar a razio, mudando a eor do disco depois de cada 50 respostas, Cada rzdo comega com 0 disco ‘azul para as primeiras 50 respostas; a uz do dis- cco mada para verde nas proximas 50, amarelo nas 50 segulintes e vermetho nas 50 respostas fi- nais, a titima das quais produz 0 reforgador, O bicar por reforcador permanece 0 mesmo; S0- mente as cores do disco mudaram. ‘Sem estimulos distintivos, 0 pombo trabatha bem o suficiente, ganhando sua racio disria “Terfamos ajudado provendo as cores? Os esti mulos tém o surpreendente efeito de tornar © pombo mais lento, A pause durante a razio ini- cial, quando o disco esté azul, auments, Quando pombo finalmente responde, o bicar que ante riormente acontecia em sucessio ripida, agora ‘ocorte esporadicamente. Quando a luz do disco se torna verde, depois das 50 bicadas, o pombo pode parr novamente antes de comecar as pro ximas 50 bicaglas. Quando o disco estavat Sern: pre branco, o pombe niio apresentava pausa neste ponto, Outras 50 bicadas no verde e 0 disco se toma amarelo, Neste momento, o pombo tem ‘menos probabilidade de apresentar a pause: mais '50 bicadas tornam 0 disco vermelho, ¢ 0 pombe ‘Completa mais rapidamente as titimas 50 bica- das e a comida é apresentada, Mas entdo 0 disco esti novamente azul ¢ tem inicio outa longa ppausa. ‘A introdugio das cores niJo ajudou. © pom- bo leva muito mais tempo para ganhar a comida do que quando o disco permanecia branco. De fato, embora este pombo mantivesse wma dicta adequada na condig30 de 200 bicadas por ali- mento quando o disco estava sempre branco, seria aconselhvel examinar cuidudosamente para ter certeza de que sua ingestio disiria de comida no diminuiu drasticamente. E produzi- ‘mos essas mudangas somente pela adigio de al- guns estimulos. ‘Quando adieionamos as cores. quebramos as 200 bicadas em 4 unidades distintas de 50 biew- das cada. Chamamos a isso de esquemia encade- ado de FR: os estimulos separados correspon- Amenpizacest 197 } dlem aos elos da cadeia. Mas a eadeia quebra a seqiéncia de 200 bicadas em quatro componen tes de FR 50,em ver de manté-tas juntas de for- ‘a mais coesa, Quando o disco estava sempre branco, bicar no inicio da sequéncia nao era 20 diferente de bicar no fim, imediatamente antes ddoreforgo, Uma vez que osestimulos foram adi- cionades, contudo, bicar durante os estimulos iniciais tornou-se menos provivel do que bicar nos estimulos posteriores. No azul, por exem- plo, o bicar munca produzia comida; na melhor das hipéteses ele produzia a luz verde, mas 0 bicae também nunca produzia comida durante a luz verde, Com 0 bicar reduzido no inicio da caleia, 0 tempo para completar cada conjunto ide 200 bicadas aumentou. Em esquemas enca deados, quanto mais longe um estfmulo estiver do fim da sequgncia, menos ele manters o res- ponder. Nem mesmo uma privacdo severa de €0- mnida poders contrabalangar este efeit. Efeitos comparaveis dos esquemas encadea dios ocorrem com outros organismos, além de ppombos, com diferentes tipos de respostas edi- ferentestipos de esquemas, com diferentes tipos © ordenacio dos estimulos (Kelleher & Gollub, 1962). Dado que esses efeitos tm tal generali- dade, podemos perguntar se eles sto relevantes para o comportamento humano, As coisas que as pessoas fazem, naturalmente, dependem de cconseqincias mais complexas do que a produ «fio de comida, De qualquer forma, tanto do que fazenos envolve 0 comportamento seqiencial que poderos imaginar se algumas vezes agimos sob 0 peso de muitos elos em nossas cadeias. A habilidade para formular ¢ atingir objetivos de Jongo prazo parece ser uma caratcristica peculi- ar da espécie humana. Mas, se adicionando um tinico elo & cadeia pode ser to devastador para 6 comportamento do pombo,talvez devéssemos estar atentos para efeitos similares em nosso pré- prio comportament ‘Neste exemplo, o responder foi fortemente rmantido quando cada um dos componentes su- cessivas do esquema era prosramado na presen- gga de um kinico estimulo (esquemas tandem). A introdugao de diferentes estimulos em cada com ponente (esquemas encadeados) reduziu sub tancialmente o responder nos componentes ii ciais da sequéneia, Efeitos similares ocorrem 198 A, Chances Caran com esquemas encadeaos de intervalo: como ém nosso exemplo com o esquema FR, os dife- rentes estimulos reduziram o responder com re- lado a0 responder que era mantido com um tin co estimulo. Come podemos concifiar essa des- coberta com a afirmativa de que os estimulos su- cessivos de uma cadeira deveriam tomar-se 1e- forcadores condicionados devido & sua relagao com 0 alimento no fim da seqiiéncia? ‘A taxa baixa nos componentes inicinis do esquema encadeado combina os efeitos di minativos de cada estimulo (0 responder nunca reforgaclo com comida durante esses estimu- Jos) com os efeitos reforgadores da apresenta- {0 do préxime estimulo, Com componentes de Guragoes compardveis, tanto os esauemas miil- tiplos como os encatleados envolvem uma se- aqincia de estimulos que termina com um refor~ szador, a tinica diferenga entre esses dois esque mas reside noaspecto referente as mudangas dos estfmulos: se sio ou no produzids por respos- tas (compare um encadeado FI Fl Fle um it plo EXT EXT Fl; ambos terminam com urn dini- co reforgador, mas somente o esquema encadea- do cxige respostas no fim dos dois primeiros ‘componentes). Com as outras condigoes igual das, taxas no componente proximo ao final so rnormalmente um pouco maiores no esquema en- cadeado do que no esquema miltiplo equivalen- te, mas € dificil detectar diferengas nos compo- nentes iiciais (Catania, Yohalem, & Silverman, 1980), Em outras palavras, as mudangas de est :mulo nos esquemas encadeados tm algum efe toreforcacor, mas ele fica restrito, principalmen- te, aos tlkimos Componentes, prximos 20s re- forgadores alimentares, “Tais efeitos dependem da ordem constante dos estimulos encadeados. As pausas longas di mine mareadamente se a ordem dos estim~ Jos muda de um reforgador para o proximo (Go- Ilub, 197). Efeitos anslogos, porém inversos, também sto mantidos por esquemas de punicio; Ccomparados ao esquemas tandem, os esquemas feeadeados de punigio reduzem muito mais @ responder nos altimos componentes da cadeia (Silverman, 1971). Uma implicagio é que a pa- nigio depois que um delito é cometid, provae velmente, tem um efeito maior sobre 0 compor~ tamento que precede 0 ser apanhado e efeitos :inimos sobre os comportamentos emitidos bem. antes, e que levaram ao comportamento delituos0. Estimulos Breves em Esquemas de Segunda Ordem s estimulos nos esquemas encadeados po- dem tomar-se reforgadores condicionados, mas seus eivilos como reforgadores se combinam com 0s efeitos discriminativos, de forma que o res- ponder € atenuiado, Contudo, esse resultado pa rece inconsistente com os efeitos de alguns esti- rulos que adquirem propriedades reforgadoras. ‘No comportamento humano, por exemple, o di- nheiro, supostamente, toma-se um reforgadorem fungdio das varias coisas pelas quais pode ser to- cado (as vezes, 6 chamado de reforgador gene- ralizado, porque nao depende de um reforgador primério especifico; ef. Ayllon & Azrin, 1968, sobre economia de fichas). Os primeiros experimentos sobre reforgado- res condicionados foram realizados durante a ex- ting, depois de uma histéria de empalhamen- tos consistentes de um estimulo com um refor- sgador primario (p. ex., tomar um som reforga- dor condicionado fazendo com que fosse segui- 4do por comida e testando, depois, apenas o som). Embora esse procedimento tenha encontrado a ‘objegio de que o responder poderia estar sendo mantido diretamente pelo reforgador primério prévio, mais do que pelo reforgador condiciona- do-em si, era também um procedimento no qual a eficdcia dos reforgadores condicionados dimi- nuja rapidamente, quando o reforgador primario era removido. Algumas demonstragdes convin- centes de reforgadores condicionados surgiram somente quando os esquemas de reforgo foram aplicados 8 sua andlise: os esquemas foram pro- _gramados no somente para que produzissem re~ foreadores condicionados pelas respostas, mas também para a elagio entre os reforeadores pri- mnarios e os condicionados (Zimmerman, Han- ford, & Brown, 1967). Por exemplo, um som pode funcionar como reforgador condicionado, mesmo que seja seguido por comida somente 1 ver a cada 20. Em esquemas de segunda ordem, completar um esquema é considerado como uma unidade comportamental reforgada de aconto com outro esquema, como quando o esquema de segunda ordem FR 10 (DRL 5 5) programa um reforga- dor para cada décimo IRT mais longo que 5s (este arranjo, com um estimulo breve ao termi- nar cada um dos esquemas de primeira ordem, & tum dos vérios tipos de esquemas de segunda or- dem). Consideremos um esquema programado para bicadas de um pombo no qual a bieada que completa cada intervalo fixo de 60 s produz uma breve luz verde no disco e a cada dez desses in- tervalos uma bicada é seguida também por co- ida: a notagdo para este esquema pode incluir © estimulo breve: FR 10 (FT60 s: verde). Nor rmalmente, esse esquema manteria a curvatura de FI dentro dos intervalos, embora a maioria des- ses intervalos nao terminasse com comida Em contraposigdo aos esquemas encadeados, 6s esquemas de segunda orcem com estimulos breves podem ampliar bastante 0 responder re- forgado. Por exemplo, quando as respostas de pressionar um botio por um chimpanzé eram re- forgadas com comida, de acordo com um esque ma FR 4000, as pausis pos-reforgo duravam de ‘muitos minutos até horas. Mas, quando a luz.que ‘acompanhava a apresentaglo de alimento acen- dia brevemente apés cada 400 respostas, 0 re5- ponder aumentou ¢ as pausas pés-reforgo tipi cas deeresceram para 5 min ou menos. A luz transformou o esquema simples de FR 4000 em ‘um esquema de segunda ordem FR 10(FR 400: luz) que ampliou substancialmente a quantidade 6 comportamento mantido pelos reforgadores alimentares (Findley & Brady, 1965). Variéveis tis como a relagio entre os estimiulos breves € 0s reforcadores primirios determinam a efetivi- dade dos esquemas de segunda ordem (Gollub, 1977). Os esquemas encadeados e de segunda o ‘dem com estimulos breves envolvem 0s reforea-

You might also like