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Introdugdo Os estuddos iniciais a respeito da imitincia da orelha ani ‘as, conforme os primeiros trabalhos de Metz. Com a utiliza’ Alberti, novos horizontes fors a respeito das vias au média visavam a descrever suas caracteristicas m clinica, especialmente por Jerger © n abertos, buscando informagoes ras peri cas ¢ centrais. Parece ter sido Schuster (1934) quem, pela p yex aplicou clinicamente os conhecimentos de imitin- cia da orelha m construida para outros fins. Metz, aperfeigoando a ponte de Schuster, fez 0 pri- dancia da ia, por meio de uma ponte mecanica meiro estudo sist natico a respeito da imi orelha média em pacientes normais ¢ ido os resultados obtidos. Metz quanto outros autores ji ha auditiva, compar: am notado, tstudos, que as medidas obtidas em orelhas com defi tiéncias auditivas sensorioneurais ou normais eram bem diferentes daquelas com problemas de condugio, embora a faixa de normalidade fosse bastante ampla (0 método inicialmente desenvolvido por Metz era impraticvel para uso clinico e ficou esquecido por um longo periodo, Foi, inalmente, Terkildsen et al. que o aperfeigoaram, criando a ponte eletroactistica Com a construgao de novos equipamentos de uso mais simples, como a ponte de Terkildsen et ala medi- da daquelas propriedades da orelha passou & pritica dinica, Seu uso, embora muito difundido nos paises ‘scandinavos, ainda nao tinha ampla aceitagao na Amé Tica do Norte, até que os trabalhos de Alberti e Jerger despertaram os audiologistas para o problen 0 estudo da imitincia da oretha média nos oferece tum grande ntimero de aplicagdes priticas. Informa, Medidas de imitancia acustica Otactlio Lopes Filho com certa precisio, a integridade funcional do conjunto membra néstico diferencial entre as de mente sensorioneurais ¢ as mistas e condutivas. Mesmo dentre as d timpano integra, 0 método possibilita 0 diferencial da otosclerose, interrup. lar e oftes médias secrerias (presenga de fuido na orelha média). A pesquisa objetiva do fendmeno do re- mpano-ossicular, possibilitando o diag ciencias auditivas pura iciéncias condutivas com membrana do crutamento, como descrito por Metz, fornece ainda maiores subsidios, quando da avaliagao da audigio de criangas e, principalmente, na prescriglo de s no se pode dizer em relagio a adul- tos portadores de perdas auditivas bilateraise iguais, em ‘que a pesquisa do fendmeno do recrutamento pelos: dos usuais se torna mais dificil, 5 pre ses auditivas. O me Nas paralisias faciais periféricas, possibilita nao s6 0 fico da lesa avalia. . pois, segundo Kristensen, a Fangio do miisculo do estribo é das primeias a se recu~ , mas também a diagnéstico topogrs io clinica de sua evoluge perar na evolugao de uma patalisia facial para a cura clinica O estudo objetivo auditiva, integ perfuradas, significou um grande passo nas possibilida- ticas daqueles distirbios, Como demonstra Holmquist (1969), o estudo pré-operatorio da fungéo ¢ quantitative da fungio da tuba nto em orelhas com membranas do timp: ras, como naquelas com membranas do timpano des terap tubéria nos casos de timpanoplastia é de miéxima im- portincia na avaliagio das possibilidades do sucesso cinirgico. Indimeras outras aplicagées clinicas do método justi- ficam sua adogao como de fundamental importancia na avaliagdo de nossos pacientes com afecgdes otol6gicas. x y qd . 72° x0 D0 oF FoNaaUDIOLOUN Imitancia acustica da orelha média A audigao do ponto de vista filogenético é de desen- volvimer }0 mais recente que 0 equilibrio. Essa, propria mente dita, s6 se formou quando alguns peixes adqui: riram bexigas natal serviam para a orientagao dos peixes com uma audigao rudimentar. A orelha seu desenvolvimento quando esses animais se tornars rias. Eram 6rgios primitivos, que nédia, no entanto, s6 comesou ” anfibias. A orelha primitiva sofreu uma série de trans. formagoes a fim de se adaptar as now. vida. Na para outro, 0 que res condigoes de !a, 0 som é transmitido de um meio liquido em uma oposigao pouco a tuada a sua passagem. Com a nova condigao de vida ~ lerrestre ~, a onda sonora do meio aéreo se projetava no meio liquido ~a orelha intert +sofendo uma grande perda de sua energia pela oposigao na transmissio de a de 99,99 Dos ossos maxitares do peixe, comesaram a se for- ‘mar estruturas que dariam origem a orelha média, meio tum meio ao outro, Cer esse som ¢ refletido, (que a natureza magistralon ie encontrou para solucio- nar 0 problema da oposigio ao som ~ a fim de adaptar + diminuindo-o indo Moller, a principal fungao da orelha média seria a de melhorar a transmissio sonora do ar para a oretha interna, pois sua transmissao direta — para a pe- rilinfa ~ iria resultar naquela grande perda de energia, Imitancia é o termo utilizado para indiear a transfe- réncia de energia sonora, Imitancia expressa a imped: cia ¢ a admitancia acisticas. Imitincia é portanto, © termo usado para expressara impedincia ¢ a admitincia (Tabela 1). Segundo Feldman, os termos impedncia ¢ admi- tancia sio complexos, pois muitiplos fatores contribuem, para seus valores. Eles sio a consequéncia: = do retorno a fonte geradora da energia sonora acumulada em um mecanismo de massa helicoidal (spring like mass); * da dissipagao da energia devido a fricgdo do sis- tema Conhecendo as caracteristicas da onda sonora que incide que ¢ refletida, é possivel conhecer as propriedades actis- ticas do aparelho condutor do som dat nossa orelha. Aquela oposicio & passagem do som é conhecida como nbrana do timpano, por meio da porgio impedancia da orelha média. Em um apatelho condutor definida, segundo Harper, de som, a impediincia ser ‘H Tabela 1/Definigbes de imitancia e admitancial Imitancia @ Adimitaneia (¥) Energia etornada Enorgia armazenoda (eactincia) (euscoptincia) Figlez CX) Massa 0) Compiacénea (8) lasso reciproca (-B) Flux de energia ‘em um elemento resistvo Condutancia (6) Unitade de medida: bm Unidade de medida: mno (Gmoga) (siemens) Energia cisipada na fego Resistencia (R) como a “opasigio oferecida por ele & passagem da ener sia sonora e que depende das caracteristicas vibratéris do sistema’, Aplicando-se nossa orelha, pode-se, ainda com Harper, definir a impedincia como “a oposigio revelada pelo aparelho condutor do som da orelha 4 ‘onda sonora que penetra no meato aciistico externo” Gragas ao estudo da fragdo nao aproveitada pel orelha média, pode-se, por diversos meios, saber com certa precisio as caracteristicas de transmissio do sist impano-ossiculat, Sea impedincia actistica (Z) é delinida como a opo- siglo que o aparelho de condugio do som oferece 3 passagem da energia sonora na nossa orelha, cia (Y) €0 seu inverso, sto é, facilidade que ‘ma energia encontra em nossa orelha, ©: expressam 0 que ocorre com © mecanismo de audigao em fabricantes de diversos instrumentos (Figuras | e2) parametros diferentes, porém relacionados entie si. Alguns produtores relatam resultados referentes a impedincia actistica (Z) ¢ complacéncia actstica (B), que sio expressos por meio de ohms actisticos ou centimetros cibicos equi valentes. Outros relatam medidas em a (¥) ou seus componentes: susceptincia e condutincia (6) Esses so expressos em miliohms actisticos cia aciistica roca da impedincia actistica ja fai demonstrad A razio pela qual esses parimetsos podem ser usa dos quase como substitutos um do outro é que, quando imitincia € medida com um tom de baixa frequeéncia 6s resultados devem-se essencialmente a rigidez do sis- tema. Portant medir impedin ia, admitincia ou susceptincia e utilizar formas diver 6 resultado. A acmitincia acistica pode ser relatada em miliohms actisticos ow convertida @ tunidade ohm de imitancia reciproca.“Da mesma forma, um instrumento pod sas de deserev. tanto a impedincia quanto a admitincia actisticas po- dem ser compostas apenas de susceptancia, complacén cia e reactancia” (Feldman). Figura 1 Initanciémetr Interac Font: Interacouse AVS, con autoriza Ao aplic nico, ela induz um ‘uma forga alternada a um sistema me vibragao daquele sistema, ¢ sua magnitude depende da forga aplicada e da mobilidade Ao sistema considerado, A mobi massa e rig tum cireuito létrico,¢ rei ecapacitancia, dade, por sua ver, € governada pela friegao, ez do sistema, da mesma maneira que, pela resistencia, indut A impedincia da orelha média é determinada por A npedancia que, por definigao, dois ftores funchamentais: resbtncia & a parte da independe da frequéncia sonora Em uma orelha normal, é produto da fricgao da ‘adeia ossicular. Em eletricidade, é representada pelo quociente da diferenga de potencial pela intensidade da corrente, enquanto em meciinica também a oposigao criada pela friegio, A reactincia éa parte da impedincia tributiia da fre«

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