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UM (RE)ENCONTRO COM MALBA TAHAN ‘Sérgio Lorenzato” Era julho de 1958. Todos os trés jomais de Sao Carlos (SP), noticiavam a chegada de Malba Tahan que, durante 12 dias, iria ministrar cursos de extensio a professores, Estes lotaram as vagas dos cursos de “Metodologia da Matematica na Escola Primiria” e de “A Arte de Contar Histérias”. Eu, iniciante na arte de ensinar Matematica, optei pelo primeiro dos cursos. E foi assim que nés nos conhecemos, mas sem eu ter consciéncia do valor do mestre, o professor Jilio César de Mello e Souza, ex-catedritico da Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, engenheiro, ex-professor do Colégio Pedro Il, didata por exceléncia, escritor e sabio, Por sua influéncia, decidi tomar-me professor de Matematica. No primeiro dia de aula, o mestre, como sempre o faria, chegou caminhando tranqailamente, mas com passos fitmes ¢ coluna erecta Ele se vestia impecavelmente e seu jaleco era da cor de seus alvos cabelos Sempre acompanhado de sua ponteira, dela se utilizava com seguranga e corregao, Finalmente, 0 uso que fazia do quadro-negro, além de ser uma aula de diditica eos professores, era também uma liggo de respeito para com os alunos. Para sua primeira aula, Malba Tahan escolheu o estudo dos “métodos obsoletes” de ensino, comparativamente aos “métodos progressistas” e, para surpresa geral, ouvimos 0 mestre recomendar que, em nossas salas de aula, nos utilizassemos de laboratério de ensino de Matemética, de jogos matemiticos, de redescoberta, do raciocinio heuristico, de resolugo de problemas, de historias da Matematica e de aplicagdes da Matematica Embora muitos desses assuntos, hoje, estejam relativamente divulgados entre nds, professores, em 1958, falar sobre eles no interior de S.Paulo era tarefa apenas para um precursor. Para desenvolver curso que ora se realizava por iniciativa da CADES (Campanha de Aperfeigoamento ¢ Difuséo do Ensino Secundétio) e do MEC (Ministino de Cultura), Malba Tahan escolheu 0 “métado eelético com caderno controlado” © explicava: “chams-se ‘eclético’, Porque lanca mio de tudo de bom que os outros métodos possuem & “Docente syseniado da Area de Educardo Mo\ematica do Departamento de Metodologia de Ensino da Fasldiele de Educago da UNIC Ano 3 -n® 411995 Revista Zeteths - 95 ‘cademo controlado’, porque cada aluno fard seu caderno que sera avaliado 20 final do curso”. Esse caderno deveria conter o registro das aulas, sendo um assunto em cada pagina, (paginas numeradas) em diferentes cores @ com ilustragdes; todas as aferiges de rendimento escolar também deveriam estar anexadas ao cademo e este se encerrava ‘com uma auto-critica (do autor do cademo). Finalmente, todos os cadernos da turma seriam avaliados pelo professor € todos eles participariam de ‘uma exposigdo, no final do ano, aberta ao piiblico. E isto assim foi feito, tendo cada professor organizado 0 seu cademo, 0 qual comegava pelo “algebrismo”, a que o mestre chamava de “entulho da matemitica”. Em outros momentos, estudamos 0 “jogo no ensino da Matematica”, com seus diferentes tipos ¢ aplicagdes didaticas; depois vieram a “homogeneidade” nas formulas, a “histéria do jogo de xadrez e 05 grdos de trigo”, isto é, a importdncia diditica do paradoxo matemitico, ‘os “niimeros e expressdes palindromas” como curiosidade matematica, a “relagdo entre linguagem vulgar ¢ linguagem matemaiica”, mostrando a importancia da pontuacio para ambos, o “calculo aproximado” que, hoje, reformado e ampliado, vem conseguindo seu lugar em alguns novos curriculos sob o titulo de “estimativa” ou “estimagao”. A distribuigao dos diversos temas de contetidos a serem abordados em sala de aula recebia de Malba Tahan uma especial atengo: os mais, densos ou abstratos eram sempre entremeados com os mais suaves. Assim foi que os estudos sobre conjuntos equivalentes, conjuntos enumeriveis, numero cardinal, hiper-espacos, curvatura de espaco, condi¢ao necessaria, condigao suficiente, generalizago, intuigfo, indugdo e dedugio, entre outros, foram entremeados com a op¢ao das abelhas (que fazem seus alyéolos hexagonalmente), a catendtia (a curva que enganou ou até Galileu), 2 divisfo aurea (e os padrdes de beleza humana), os nimeros primos (¢ a fabricagao de chaves), Além desse equilibrio entre assuntos dificeis e ficeis, Malba Tehan empregava freqdentemente em suas aulas episbdios da Historia da Matematica e, esta, ele conhecia profundamente. Outro recurso didatico que o mestre utilizava (¢ gostava) era o que ele chamava de “pintura geométrica” e que consistia em, sempre que possivel, ilustrar questées aritméticas ou algebricas através da Geometria Dessa maneira, 0 mestre tomava suas aulas muito agradaveis ¢, aos que as assistiam, a Matematica se apresentava compreensivel fortemente admiravel. 96 - Revista Zsteiké Ano 3-0? V1995 Neste momento, 0 caro leitor podera estar pensando “Ora, eu também venho fazendo isso em minhas aulas” e, entdo, cu aproveito para felicita-lo: “Sinceramente, parabéns”! No entanto, & preciso que seja considerada a época em que Malba Tahan preconizava suas erengas coperacionalizava sua idéias Malba Tahan ensinava Matemética com arte, corhecimento sabedoria, propurha novas altemativas para melhorar o ensino- aprendizagem de Matematica e divulgava suas idgias numa época em que prevalecia fortemente o dogma de que “para ser um bom professor de Matemética basta conhecer Matematica” e também campeavam sem guestionamentos, iniimeros mitos tais como “Matematica € dificil”, “s6 os inteligentes aprendem Matematica”, “bom professor é 0 que teprova muitos alunos”, “vou escolher uma profissdo que nfo use Matematica”, Dentro da sala de aula, prevalecia um ensino baseado na autoridade do professor completada pelo uso do quadro negro e visando somemte regras definigses de um conteiido matematico quase sempre sem significado; aprender se resumia em reproduzir, dei a importincia que se dava a repetigio, aos exercicios e a memorizago. Os cursos de formagio de professores de Matemitica, além de rarissimos no Estado de Sdo Paulo (corca de 4), tinham como objetivo, na verdade, a formagdo de pesquisadores em Matematica, a julgar pelos programas das quatros séries anuais, pela filosofia norteadora ¢ pela metodologia de ensino empregada Se 0 ensino ja era discutivel com professores de formagao universitaria, pior ainda ele ficava sem eles (a maioria dos professores ndo a possuia), 0 que valorizava, em muito, o papel do livro no trabalho docente. Os poucos livros disponiveis eram em preto € branco, contendo apenas conteido centralizado em regras, formulas, demonstragdes e exercicios. Os congressos nacionais sobre o ensino da Matematica (Salvador-1955, Porto Alegre-1957, Rio de Jansiro-1959, Belém-1962, $0 José dos Campos- 1966), prestigiavam, fortemente, expoentes da area intemacional Pesquisas e cursos de Pés-graduago ainda no tinham surgido, assim como os livros paradidaticos e os laboratdrias de ensino de Matematica. Em 1995, ano do centenario do nascimento de Malba Tahan, a cconcepedo de ensino de Matematica ja ¢ outra. Hoje, fala-se em Educagio ‘Matemitica, concebendo-a como 0 conjunto dos temas que se relacionam com a arte de ensinar a ciéncia Matematica. Alguns desses temas sio Historia, Filosofie, Epistemologia, Sociologia da Matematica, Matematica para nZo matematicos; Emomatemitica e madelagem; Matemética extra- classe; Interdiscip!ivaridade, Matematica e liguagem; Jogos Matematicos, Ano 3-n? 4199 Revista Zetetiké - 97 Educagdo Matemética e cidadania; Arte © Matemitica; Afetividad CCrengas e conceppdes matematicas; Recursos didiaticos. Hoje, falar em Leboratério de Ensino de Matematica jé nfo causa espanto entre professores. De dois em dois anos, realizam-se encontros nacionais, regionais ou estaduais de Educagio Matematica (com expoentes nacionais e participagio efetiva de qualquer professor); existem iniimeros bons cursos de formagiio de professores (alguns deles oferecendo mesttado e doutorado); mais de 300 dissertagdes ou teses ja foram defendidas sobre problemas da Educago Matematica brasileira; novos & melhores s20 0s livros didaticos disponiveis hoje em dia, além do apoio oferecido pelas propostas curriculares e pelo video. ‘Sem pretender considerar o que mudou (mudou?) na pratica docente em sala de aula, pode-se afirmar que muito do que vem acontecendo na modema Educag3o Matematica brasileira ja era preconizado por Malba Tahan, Tiilio César de Mello e Souza nasceu no Rio de Janeiro, em 06 de maio de 1895. Durante sua infancia, em Queluz (SP), chegou a ter mais de cingiienta sapos. Formou-se professor de 1° grau (1*/4* séries) e depois cengenheiro; lecionou desde os 18 anos de idade, pasando por escolas particulares, oficiais, profissionais; também ensina para maiores delinqdentes; chegou a ser professor universitirio (catedratico e emérito) © membro da Academia Carioca de Letra. Além de proferir mais de 1000 conferéncias e de escrever mais de 100 livros, ainda conseguia tempo para se dedicar efetivamente & causa dos leprosos Apesar da enorme e significativa produgio, alguns mitos acompanham Malba Tzhan até hoje. Alguns deles so: nio é brasileiro, escreveu sé “O Homem que calculava", foi um matemético, sé era conhecido no Brasil Na verdade , ele nunca saiu do Brasil e aprendeu, desde estudante, que nascera num pais cujo povo fazia e faz demasiadas concessbes a0 estrangeiro, através do habito de prestigiar mais a este que aos nacionais; por isso adotou pseudénimos (0 primeiro deles foi tirado da lingua inglesa Slates), mas foi com Malba Tahan que Jalio César de Mello ¢ Souza se celebrizou. Ele escreveu sobre varios assuntos abordando, por exemplo, temas didéticos que até hoje atuais, Assim, 0 livro didatico, reprovagao, linguagem, respeito ao aluno, 0 professor radical (reprovador ou aprovador), 0 cacoete, a improvisagao e a severidade na pratica docente sio alguns dos assuntos que podem ser encontrados no livro “A arte de ser um perfeito mau professor” escrito ha 30 anos. 98 - Revista Zeetiké Ano 3 =n 4/1995 Apesar de Melba Tahan ter escrito muitos romances, uma de suas maiores preocupagdes sempre foi contribuir para a melhoria do ensino da Matematica, Esta intengo, comprovada ao longo de sua atuagao, esta explicitada no prefacio de “Antologia da Matematica” (1961-2° volume), o qual ele caracteriza como uma obra acentuadamente didatica, til a professores e alunos de Matematica, que podera ser lida até por aqueles que vivem afastados do mundo matemético, porque nela encontrargo sempre, de modo simples e claro, histérias, fantasias, biografias, curiosidades, paradoxos, ertos famosos, problemas célebres enfim, “assuntes apliciveis ao ensino vivo ¢ eficiente da Matemati Atualmente, muitos professores, livros didaticos e pesquisas em Educagdo Matemitica utilizam-se desse tipo de conhecimento, mas Malba Tahan fazia, corajosamente, estas recomendagdes numa época em que imperava um tipo de ensino onde elas soavam, no minimo, como here Além de enfrentar 0 tradicional, ele tem também 0 mérito da aceitagao: esta foi lenta mas, nas atuais tendéncias do ensino da Matemética, podemos encontrar inimeras recomendagdes, relatos de experiéncias didaticas, temas de pesquisas, segdes de livros didaticos, componentes de laboratério de ensino que, entre outros, coineidem com as idéias, crengas ¢ propostas de Malba Tahan. Sob © titulo “Como ensinar Matemética” assim 0 mestre se expressou no 1° volume da Antologia da Matematica: Muitos professores, dedicados e eficientes, oriemam os seus trabathos de classe na ilusao de que devem ensinar 0 dificil ( que néo tem aplicagéo). Essa maneira de encarar 0 ensino da Matemédtica é antididética ¢ errénea. Deve-se ensinar bem o facil, 0 que é basico e insistir nas nogdes conceituais. E um crime atormentar 0 aluno com teorias\initeis dificeis ‘ou trabalhosas. Teorias complicadas e obscuras fazem no espirito do aluno verdadeira averséo € intolerdncia pela Matematica (TAHAN, 1961: 104). Tal texto, propicia as seguintes questées: sera. que nds vivenciamos situagdes em sala de aula, como professor ou como aluno, semelhante as explicitadas neste texto? Ser que, em nossos cursos de licenciatura, nos deparamos com professores que tentaram nos ensinar 0 difici' --r™ aplicago)? Sera que em nossos livros didaticos ainda Ano 3 Revista Zetetiké - 99 encontramos 0 initil, o trabalhoso, 0 complicado e o abscuro quando, em seu lugar, deveriam estar o simples, 0 conceitual, 0 compreensivel, 0 aplicavel, o interessante e 0 importante? Uma das caracteristicas das obras de Malba Tahan referentes ao ensino da Matematica era a inclusdo de curtas alocugbes ao longo dos assuntos, as quais encerravam importantes idéias, mensagens ou opiniSes, tais como: “O algebrismo € 0 mais perigoso inimigo da Matematica” (Tahan); “O conhecimento no se apoia sé ma verdade, mas também no erro” (Jung. ); “Zero: 0 passo mais revoluciondrio em toda Historie da Matematica” (Hogben); “O mundo é cada vez mais dominado pela Matematica” (Carus); “O professor é, abaixo de Deus, 0 arbitro do porvit™ (Ruy Barbosa); “A Matematica é honra do espirito humano” (Leibnitz ); “No Brasil s6 existe um problema nacional: a educagdo do povo” (M. Couto); “O professor sé ¢ rotineiro quando nao tem consciéncia de seu dever” (M. Tahan). E preciso aqui ressaltar que estes pensamentos eram bem escolhidos, deixando a impressio de que o critério para selecioné-los considerava a proximidade com o assunto em questo e a premonicio sobre 0 que deveria ser considerado importante nos decénios seguintes pela Didtica predominante. Outra caracteristica na produgdo de Malba Tahan estava na escolha dos titulos para seus livros. Eis alguns desses titulos: “O homem que calculava”, “O escindalo da Geomeiria”, “As grandes fantasias da Matematica’, “Diabruras da Matemitica”, “A arte de ser um perfeito mau professor”, “As maravilhas da Matematica”, “Matematica divertida e delirante”, “A gloria de um irracional”, “A Geometria do sobrenatural”, “Como torturar criangas”. Sao titulos que, além de chamarem aten¢do, despertam a curiosidade do leitor para verificar do que se trata, De modo semelhante, eram escolhidos os titulos para os capitulos, © que pode ser constatado como se segue: “A astronomia dos nossos indios”, “Abelhas geémetras”, “Matemitica e a mistica”, “Matemiticos precoces”, “Como surgiram os simbolos +, - , x , ,, =e zero", “Uma curva patolégica”, “O problema dos anjos”, “O problema da besta’ “Os martes da Matematica’, “As aparéncias que enganam", “Matemitica, Miisica e Poesia” Malba Tahan era dotado de excepcional didatica e imaginacao; Possuia extensa cultura; conseguia eserever com clareza e simplicidade 0 que desejava; com estilo suave, conduzia o leitor na faixa que vai da seduggo 20 fascinio, tormando a Matematica, em goral, interessante, compreensivel e admiravel e, para alguns, uma op¢ao de vida profissional. 100 - Revista Zetetieé Ano 3-9 4/1098 E, em suas aulas, ele nao era diferente, isto é as recomendagdes, sugestdes ¢ crenges divulgadas através de seus livros estavam presentes ‘em sua pratica docente. Eis tr8s exemplos citados em aulas: 2) dado um triangulo, insereva um quadrado. b) porque a média aritmética de dois nimeros é sempre menor ‘que a média geomeétrica deles? 6) onde est o sofisma na histéria do rei ¢ 0 jogo de xadrez ? Atualmente, nas tendéncias da Educa¢ao Matematica, a Resolugao de Problemas, a Redescoberta, a Aprendizagem com significado, 2 Historia da (e na) Matematica, a Légica, as Aplicagdes, entre outros temas, podem ser facilmente encontrados, mas eles ja estavam nos livros ¢ nas aulas de Malba Tahan, ha mais de 40 anos. Em 1961, ele nos falava da ‘maquina eletrSniea de calcular, o ENIAC Alem de atualizado com progresso tecnologico € educacional, Melba Tahan, era seguro em seus principios crengas, também era incisivo quando discordava. Note como aborda em seu livro “O professor e a vida moderna” (1967:93), quando se refere 4 “mania anti-humana de ensinar aos alunos problemas fora da vida e da realidade”: “Nossos LD esto cheios de problemas irreais, absurdos, extravagantes, risiveis, disparatados, infelizes, deseducativos”. Como exemplo, transcreveu do livro “Questdes do exame de admissio”, inclusive com o nome do autor, 0 seguite problema: 1200 litros chumbo, com 7.800.000 centimetros ciibicos de algodéio, mais 500 Kilogramas de agua destilada quantos quilolitros pesam? O autor, com sua figura de algebrismo, resolvido a esgatanhar a Matemética, acha possivel e aceitdvel junar (tudo isso) .... quilolitros & unidade de capacidade e nio de peso! Que idéia das medidas faré um menino de 19 anos, ao ler esse problema, verdadeiro excomunhao langada contra a simplicidade e 0 bom-senso da Matemética? Com seu espirito de pioneiro e inovador, Malba Tahan langou também duas revistas que, como ele mesmo dizia, serviam “especialmente para alunos e professores de Matematica”: a “Lilavate” e a“Al-karismi”. bem provavel 2 estas tenham sido as primeiras do género na América Ano 3 - n° 4/1993 Revista Letetiké - 101 Latina, mas embora fossem de étima qualidade, seus méritos no impediram que morressem ainda na infincia. Seguem-se alguns dos titulos do indice do mimero 1 de Al-Karismi (Rio de Janeito- 1946): 0 ‘inico monumento & Matematica, A sombra, 0 tempo e as curvas; Pontuago em Matematica, Numero de Fermat (2ti + 1); Trissecgo do Angulo; Definigdo de niamero; Sofismas Matematicos; Probabilidade nos jogos do bicho ¢ da roleta; Numero e algarismo, Assim como procedeu na escolha dos titulos para os capitulos de seus livros sobre a Matematica, também nestas revistas que mencionamos basta uma analise superficial de seus titulos escritos ha mais de meio século, para nos darmos conta de que © autor tinha a intengdo de apresentar a face freqdentamente oculta da Matematica, ou seja, a face alegre, divertida, fabulosa, curiosa, lidica, natural, cotidiana, historica, fécil, itil e simples ‘estes 50 tiltimos anos, a Educago Matematica brasileira evoluiu muito e, mesmo assim, 0 pensamento de Malba Tahan mantem-se atualizado e é necessario a qualquer professor de Matematica Com vistas a0 ensino da Matematica, Malba Tahan foi um precursor e, devido a sua obra, ele se tomou um marco de nossa desprestigiads historia da Educagio Matematica brasileira, Muito do que ‘temos hoje foi plantado por ele ha 30, 40 ou 50 anos; muitas de suas idéias, estdo presentes em nossos atuais livros didaticos, em cursos de formagio de professores e em pesquisas universitaria.. e principalmente, nas cesperangas ¢ expectativas dos alunos de hoje Referéncias Biblogrfieas Tahan, M. (1958). O Homem que calculava. Rio de Janeiro: Conquista, 18" ed. ‘Tahan, M. (1965). Didatica da Matematica, $40 Paulo: Saraiva, 2v. ‘Tahan, M. (1967), 0 professor e a vida moderna, Rio de Janeiro: Casa Editora ‘Vecchi Ltda ‘Tahan, M. (1967). A arte de ser um perfeito mau professor. Rio de Janeiro: Casa Editora Vecchi Ltda 102 - Revisia Leveiké

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