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Enfim O-rext¥o, roxavro, ue fora rerio pela lures, omega 5 a9 momento da Reforma, a ser insinumonto de eiea conta mesma igtea,fecharwlose um ciclo vo qual un insta ico passou a mernonel forma de ate popular, abrindo ea pr teat da Renascenga, px ansornsigtesindispenane ‘que eleseadaptasea una nova seid, ao rm das descok {as tanto geogificas quanto cine, awn rnuida gue cvs para mtr gta do howe, Renascimento na Itélia O Renascimento na Europa ea Sociedade Italiana E A ASCENSAO DAS monarquias nacionais em muitas regides na Europa viria a ser testemunho de um dos mais férteis momentos do teatro ocidental, na Itélia o fracionamento medieval perdurou ainda por muito tempo — em contraste com 0 que acontecia cm outros paises ~, fisando-se na forma de pequenos principades, ducados ou reptiblicas. Muitos desses redutos tiveram perfodos de excepcional esplendor, porém sempre ciosos da preservagiio dle suas caracteristicas particulates, o que impedia a unificagao do pais, Para o teatro, a falta de unificacao politica foi menos danosa do que a falta de umificagio da lingua, tendo havido na Italia um continuado uso de dialetos que impedia a comunicagao entre os habitantes de uma regio com os de outra. Durante © periodo da Renascenga, portanto, nao se pode falat de Itilia ou de italiano. Em meio a fraqueza (ou isolamento) desses governos monérquicos ou republicanos, a Igreja Catdlica foi a grande forca unificadora da peninsula, e é nela que nasee um teatro. ‘Assim, a alteracdo do panorama feudal ocorreu aos poucos devido ao crescimento da populagao € consequente aparecimento de cen- tros de comércio, independentes de senhores fendais, que formavam comunidades de homens livres que, pata suas atividades profissio- nais ¢ comereiais, precisavam de governos e legislagdes estaveis, nao dependentes de interesses particulares. O teatro que vamos encontrar agora pertence ao final do século XV ¢, principalmente, ao século xvi e inicio do xvi. Fa esse teatro que muitas vezes nos reportamos ao falar de Renaseenga, mas, na verdade, cle corresponde ao pleno florescimento de movimentos com inicio no século x1, ou mesmo antes disso, no recinto de int- meros mosteiros, onde estava preservado muito do conhecimento da Antiguidade classica. Lembremos também que, como dito anterior mente, a wonja Hroswitha, jf no século x, escreveut suas comédias ¢ristis A maneira de ‘Teréncio, ¢ que as universidades, com base em SUBS: a céntros muito mais antigos de estudo, foresceram no século xit1, sem esquecermos de Giotto e Dante, ambos também do século xi A imagem mais comum da Renascenga se relaciona as transforma- Bes cruciais que se deram a partir do século xiv e se firmam no xv so mudangas de natureza politica e econdmica. Falando da redesco- berta dos classicos da Grécia e de Roma, estamos falando da queda de Constantinopla, com o fim do Império Romano do Oriente ¢ a migragiio de uma série de estudiosos gregos, carregados de manus- critos, de 14 para varios pontos da Itélia. Ao falar da ampliacao de horizontes, de mais conhecimento, nos referimos aos contatos alean- gados pela expanstio do comércio, do fim das ordens de cavalaria, da descoberta da pélvora, do declinio do uso do latim, da expansio das linguas nacionais; e nos referimos ao declinio da preponderancia espi- ritual da Igreja quando falamos da ascendéncia do poder civil. Enfim, a Renascenga se constitui, em grande parte, da constatagaio do triunfo dos interesses e classes urbanos € comerciais sobre a economia agr- cola do regime feudal e da consolidagao desse triunfo em termos de instituigGes nacionais. Os grandes responsdveis por boa parte dessas mudangas foram, no sul da Europa, os comerciantes de Veneza e, no norte, os da Liga Hansedttica, que ignoraram 0 dogma religioso de que ganhar dinheiro era pecado ¢ favoreceram o crescimento das cidades com suas semen- tes de industrializago. O impeto do comércio ~ gragas aos caminhos para o Oriente abertos pelas Cruzadas —levou ao aparecimento de uma nova classe de cidadaos livres da subordinagao feudal, e de uma economia baseada em dinheiro, nao mais em terras. Com o tempo, nasce um novo patriciado, de ricos comerciantes que, para consagrar seu novo status, imitava em seus habitos e costumes a vida castelé da nobreza feudal. ‘Tudo isso leva, aos poucos, 4 mudanga de uma 6ptica divina para uma humana. 4 popular que se coloca acima dos inimigos feudais ¢ estrangeiros, por meio da forga de seu proprio povo, tornou-se tema favorito na lite- ratura da Renascenga. Ainda na Itdlia, mais um autor, Baldassere Castiglione, escreveu outro manual muito importante: IJ corlegiano, que definia o ideal do cortesiio renascentista em termos das imimeras cortes da Itélia onde, apesar de Dante, elas foram a razo pela qual nao se afirmou, na época, a unidade nacional. Naquelas varias cortes, viviam cortesdos, antigos cavaleiros para os quais a espada ndo tinha mais tanto uso a no ser como simbolo, pois quem lutava agora eram os exércitos de mercendrios liderados pelos condottieri. O ideal do cortesao era viver entre os grandes, cercado de beleza, com principes e nobres cultos, com 0s quais mantivesse requintadas conversas a respeito de feitos do passado. O ntimero de grandes pintores, escultores ¢ arquitetos que yiveram nessas cortes — assim como o ntimero de poetas que nelas escreveu — atesta que a dedicacao de principes e cortesfos as artes € ao refinamento produziu resultados consideraveis. O culto a erudi- cao levou, porém, as Academias ¢ & elevagaio do latim como tnica lingua admissivel para grandes obras ~ embora o toscano, futuro ita- liano, tivesse servido para a obra de Dante —, sendo possivel que esse reptidio ao vernaculo local componha uma das explicages para a auséncia de uma grande e farta dramaturgia na época. A Arte Renascentista eo Teatro Italiano 0 QUE ACONTECEU ENTAO ao teatro italiano? ‘Temos de examind-lo segundo aspectos inteiramente diversos, correspondentes a modos de vida opostos: nas cortes apareceu um. t¢ to a principio imitativo do romano e restrito a pequenos grupos, depois um teatro s6 de espe- taculo, no qual o texto nao tinha a menor importancia; j4_nas pra- _¢as, Surgiu' um teatro popular que, apesar de todas as suas intimeras A valorizagao dos classicos na Renascenca € que propiciou 0 advento dohumanismo ¢ 0 renovado estudo da Biblia, motivado por uma preo- cupagae com certa indulgéncia nos costumes, acabou motivando a Reforma, com o protestantismo se apresentando de determinado modo como um movimento de igrejas nacionais. Algumas vezes os valores pagios ¢ cristZios se uniam, e em muitas outras entravam em conflito; via de regra, os humanistas do norte da Europa — como, por exemplo, Erasmo de Roterda, Thomas More, na Inglaterra, e Montaigne, na Franga —estudavam ambas as fontes e sonhavam com a restauragio na Europa de uma cultura universal, com base em reformas morais ¢ moderadas. Jé os humanistas italianos se interessavam principalmente pela liberagao individual dos grilhdes do escolasticismo e do monas- ticismo. Os do norte tiveram seu principal apoio na nova classe bur guesa; os do sul o tiveram de cortesdos ¢ patricios, que adornavam as cortes com uma aristocracia brilhante, ou de papas que se tormavam cada vez mais mundanos. O sul resultou cada vez mais nacionalista e individualista; 0 norte, cada vez mais protestante De modo geral, os do sul estavam todos cansados das lutas ¢ rivali- dades feudais e ansiavam por uma monarquia forte ¢ centralizadora. Das tentativas que fizeram esses homens de adaptar o pensamento classico as condigdes contemporaneas nasceu algo completamente diferente do que houvera antes. Dante Alighieri foi o primeito a expressar tal sentimento em sua De monarchia, que falava da espe- ranga de uma monarquia central ¢ universal na Itélia ¢ na Europa com base na ideia da ressurreigao de um César romano, monarquia essa que seria 0 complemento temporal da Igreja Catélica. Mas quando estudamos a obra de Maquiavel, seja em O Prin- cipe, seja nos Discursos sobre Livio, vemos que a esperanga era a de um principe popular que comandasse um exército de cidadios, Maquiavel usouw as experiéncias do passado para examinar a situacao eafirmou que, a nao ser pelo poder do papa — que € sobrenatural ¢, porlanto, de um tipo inatingfvel para os principes seculares -, todo poder repousa nao em um direito divino, mas, sim, na guerra e na promogio dos interesses 0 povo em face das inttigas e conspiragées de nobres rivais e famintos de poder. Com essa visio, ele escreven tum manual para os prineipes inteligentes. Esse ideal de um principe 133 g qualidades, de que falaremos adiante, tinha texto muito limitado, baseado nao na riqueza cénica, mas, sim, no ator. Nejamos primeito o teatro das cortes, cuja contribuicdo no campo do espeticulo € imensa ¢ determinante para a arte cénica em todo 0 cmitindo ocidental. A mais antiga manifestagao da lransicao do medie- “val para o renascentista € interessante: as sacre rappresentazioni — que como em todas as outras culturas europeias da época contavam a hist6ria da Biblia € dos santos ~ continuavam a ser apresentadas pela Itdlia, com cendrios miltiplos. Em 1471, no entanto, foi escrita, em Tatim, uma obra que tinha a mesma forma daquelas, mas na qual a vida do santo foi substitufda por personagens da mitologia classica, La favola di Orfeo, produzida com inerivel esplendor na corte de Ercole d'Este, o duque de Ferrara. Da mesma €poca outros elementos da transicdo sao importantes, como as grandes paradas cfvicas, herdadas dos “triunfos” dos antigos vencedores ao tempo do Império Romano. Eram acontecimentos com os quais os governantes brindavam seus stiditos no intuito de adquirir popularidade, on com que conquistadores buscavam impres- sionar os conquistados. Nao eram desfiles militares, ¢ apresentavam carros alegéricos, as vezes com quadros vivos. Frequentemente, tais desfiles terminavam com comemoragées realizadas dentro dos palé- cios, das quais se originam, entao, as apresentagdes que viriam a ser “teatro”. A pompa de tais festejos pode ser calculada, por exemplo, pela apresentacio de um epis6dio mitolégico intitulado II paradiso, para co qual Leonardo da Vinci criou os cendrios, em que um deles consis- tia em uma montanha que se abria em duas partes a fim de mostrar um magnifico céu estrelado; dificilmente atores profissionais teriam dinheito para contratar tal cendgrafo ou construir tais cendrios. Mas onde comecaram os teatros? Dizem alguns, por exemplo, gue Alberti construiu no Vaticano um theatrum em 1452. Nao ha provas, no entanto, que no caso tenha havido apenas alguma espé- cie de exposigao. Outros acreditam que, em 1486, Ercole d'Este fez com que seu arquiteto lhe construfsse win teatro “segundo Vitrivio”; enquanto ainda outres afirmam que o primeiro teatro foi construido para Ariosto em 1532; ¢ j4, por sua vez, 0 cardeal Riario é louvado por tersido o primeiro a usar cendrios pintados, entre 1484 € 1486. Nessa © Renaseimento na ItSlia £ Ultima década, a Academia romana comegou a montar as tragédias de Séneca e, mais importante, em 1493 foi publicado em italiano 0 De architectura, de Vitriivio, cujo segundo capitulo dava vagas infor- mages a respeito do teatro da Antiguidade. Baldassere Peruzzi, ng inicio do século xvi, comegou a usar a per pectiva na cena pintada, e seu disefpulo, Sebastiano Serlio, elabo- rou, segundo sua interpretacdio pessoal de Vitrivio, os trés cendrios permanentes para tragédia, comédia e pastoral. Intimeras verso interpretagdes se seguiram, mas o ponto culminante de todas essas experiéncias foi a construgao, de 1580 a 1584, do Teatro Olimpico, em Vicenza, idealizado e iniciado por Palladio, porém terminado por Scamozzi depois da morte daquele arquiteto, construgdo que ainda existe. Abrigando ainda hoje festivais de teatro nos verdes italianos, 0 Olimpico é uma pequena joia, bela miniatura de um teatro romano, com arquibancada em curva e cena fixa de perspectiva falsa, tudo de madeira, porém pintado para parecer marmore. No seria essa a forma do teatro que viria a predominar no futuro, mesmo que Scamozzi tenha feito uma outra tentativa, j4 com algu- mas alteragées, em Sabionetta, a que chamou de “Teatro all’Antica”. Entio, é s6 em 1616 que finalmente aparece o Teatro Farnese, em_ Parma, com palco italiano, proseénio e cortina, em esséncia o mesmo que ainda hoje prevalece nos teatros do Ocidente, O desenvolvimento nas artes plésticas, principalmente a pintura em perspectiva, influenciou, e muito, a evolugio de diversos recursos da cenografia, tantos que nao é possivel detalhéos. Em seu manejo técnico, a mais surpreendente, ¢ importantissima, contribuigao é a dos conjuntos de cordas usados nos velames das nauis, responsiveis pelo desenvolvimento do comércio tanto quanto pelas descobertas de novos mundos. Em 1638 € publicada a notavel Pratica di fabricar scene ¢ machine ne’ teatri, de Nicola Sabattini (15742640), que for- ‘neve preciosas informagées a respeito das artes do teatro. Eventualmente, as maquinas para efeitos cénicos eram tais ¢ tantas que Giovanni Battista Aleotti criou 0 arco do proscénio, 0 qual, de acordo com 0 que muitos acreditam, nasceu para emoldurar a cena, mas, na verdade, é sempre mais baixo do que as instalagdes na caixa Esgurema do paleo italia, do paleo € serve para ocultar, assim, as méquinas usadas no espeté- culo. Igualmente espetaculares so os figurinos da época, como os também desenhados por Leonardo da Vinei para II paradiso. Desses teatros ¢ espeticulos tao ricos do ponte de vista visual, ¢ mtisica, nfio nasce o teatro. de comédia, mas, sim, a 6p Desse modo, se houve falta de autores, o teatro em si ¢ a ceno- grafia tiveram desenvolvimento crucial na Itélia dessa época. Um acontecimento importante foi a descoberta do De architectura, de Vitrivio, que continha deserigées dos teatros grego ¢ romano. Nao havia, no entanto, ilustragées, o que levou Sebastiano Serlio, o mais importante cenégrafo e arquiteto teatral da época, a criar os trés teloes fixos dos quais jé falamos. Entre eles, a pastoral era um género desconhecido para os cléssicos, mas na realidade nascido da poesia de Virgilio, sendo L’aminta, de Torquato Tasso (1544-95), a primeira e talvez a melhor das obras nesse género dificilmente definido. Na linha do amor sincero vivido em um ambiente campestre, II pastor fido (© Pastor Fiel), de Giovanni Battista Guarini (1538-1612), € tal- vez a mais significativa e influente. om danga ¢... liana © Renaseit Ww Apesar dos pesares, também houve teatro de texto nessas cortes renascentistas. O culto ao passado levou, infelizmente, composigao deum grande mimero de pegas em latim, todas esquecidas nos dias de hoje. Foram poucos os autores que optaram pelo verniculo, mas esses sfio 0s escritores cuijas obras sobreviveram, havendo em particular trés nomes notdyveis: Ariosto, Aretino e Maquiayel. Na verdade, todos os trés sfio bem mais famosos por seus escritos em outros campos, mas, mesmo assim, deram ao teatro parte brilhante de seus grandes talentos. As obras que esses autores nos deixaram dao uma ideia do que pode- tia ter sido a dramaturgia italiana sem os varios empecilhos culturais que a afetavam na época, na estrutura social ou na linguagem. Ao tea- tro universal, no entanto, foi legada ao menos uma grande comédia, A Mandrégora, de Maquiayel, que retrata com humor e impiedade a corrupcao da época, pois no seria o desencantado Maquiavel que haveria de optar por qualquer visio roméantica de scu mundo, ¢ ele observa muito bem os habitos, as atitudes e as fraquezas dos homens Ariosto, em sua comédia Scolastica, denuncia a corrupgéio na Igreja ao criar a figura de um frade que julga nao haver pecado tio grave no mundo que nao possa ser solucionado por uma “esmola”, dada a ele, naturalmente. Jé Pietro Aretino € por si um fenémeno dos desmandos daquela época: aventurciro, chantagista ¢ assassino, por pouco deixou de ser cardeal, ¢ escreveu em sua comédia La corti- giana um retrato muito menos idealizado do que fez Castiglione em seu II cortigiano. Em uma das primeiras comédies realistas do teatro ocidental, Aretino apresenta um provinciano rico que quer passar a frequentar a corte ¢ é levado — por um explorador que lhe garante que ird instruélo em todos os hébitos da nobreza —a um bordel. Maquiavel foi um dos primeiros autores a retratar no palco a recém- -enriquecida classe média, que se tornou crescente na Itélia antes do que em outros paises na Europa. Denunciando tolos e canalhas com igual veeméncia, ele compés uma obra de imensa solidex de critica social, além disso, A Mandrdgora ¢ talvez, de comédias escritas por nomes famosos na literatura universal, uma das tinicas que néio tem suas origens em alguma comédia romana, Foi o talento de Maquiavel que Ihe permitiu a um s6 tempo escapar das exigéncias imitativas do culto 20 passadlo, proprio de uma certa fase da Renascenga, e também atingir uma de suas caracterfsticas mais extraordindrias: uma incontes- tavel individualizacdo de personagens, que ele compunha, sem duivida, como tipos representativos da sociedade de seu tempo. O ntimero de obras no género € reduzido, e nao podemos, de forma alguma, esquecer a contribuigéio da commedia erudita romana para essa dramaturgia italiana que nasceu da descoberta — ou redes- coberta — de Plauto e Teréncio, dando ao teatro da época todo o seu conceito de forma e construgiio; sendo até mesmo responsével por determinadas imitagdes do teatro italiano daquele periodo, restrito, por vezes, a tipos, na tradigao dos tipos da comédia romana A Commedia dell’Arte AS OBRAS JA MENCIONADAS so, sem dhivida, t1ma espécie de ressurrei- ¢ao do modelo classico da comédia romana. Porém, outra forma do teatro italiano renascentista, de que ainda temos de falar, é, porsua “Ye, uma espécie de ressurreigao da fabula atelana, com seus tipos fixos ¢ sua énfase na expresso corporal. Incontéveis autores eruditos jd pesquisaram até a exausto a possivel influéncia da fabula atelana sobre a Commedia deil’Arte; contudo, por mais que se tenha tentado, nunca se descobriu um tinico documento que mostrass¢ qualquer elemento de ligagao, por menor que fosse, entre esas duas formas, nem mesmo entre as tiltimas manifestacdes da fibula atelana, no século 1 a.C., ¢ o advento da Commedia dell’Arte, no século xv da era cristal. Diante desse quadro, todos acabam por seconhecer que o talento para a mimica e a improvisagdo so latentes no povo ita- iano, ou que uma “eloquéncia corporal” é parte essencial dele, com a fagulha do talento repentista sempre presente. Mesmno diante dos fatos, no entanto, permanece sempre viva a impressdo, como dito anteriormente, de que € impossfvel que nao haja relagao entre essas duas formas teatrais tao parecidas, e o problema continua, assim, sem solugao. 139 2 5 a 2 ° ,

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