You are on page 1of 23

) 0 3 - C Í i l i T i R .e ílZ lK O 'W S Í C i / j 6 3 .

il P lc lT C T v Í a iU S Á C ü l i c l /

B ernardo Feijoo Sánchez / Raúl C arnaval! R odríguez /


Pablo R audo Caserm eiro / Luis Arroyo Zapatero / M aría
Á, Trapero Barreales / Sergi C ardenal M ontraveta / Luis
Peña Terreros / A lien M artí Flores Z erpa / José U r q u iz o
Olaeehea / Carlos M artínez-Buján Pérez / M aría Soledad
K rause M uñoz / Luis A lberto Jim énez B ernales / José
A ntonio R am os Vázquez / E duardo O ré Sosa / R am ón
Ragués I Vallés / F ernando M olina F ernández / M iguel
Ángel N úñez Paz / W alter P erron

/•V" Aneamos M° 526 U¡ b Miríficas


C ^ A C E T A ívliraíiores, Lima-Perú / S (01) 710-8900
^ K ^ / JU R I D I C A www.qacetaiuridica.com.pe
C Ó D IG O P E N A L D E L B I C E N T E N A R I O .
E S T U D IO S D E D E R E C H O P E N A L A C T U A L
TOM O l

© G aceta Ju ríd ic a

Primera edición: julio 2022


3380 ejemplares
Hecho el depósito legal en la Biblioteca Nacional del Perú
2022-04474
ISBN Obra completa: 978-612-311-958-4
ISBN Tomo I: 978-612-311-959-1
Registro de proyecto editorial
31501222200284

Prohibida su reproducción total o parcial


D. Leg. N° 822

Diagram ación de carátula: Carlos Hidalgo De La Cruz


Diagram ación de intenores: Henry M arquezadoN egrini
Gabriela Córdova Torres

G a c e t a J u r í d i c a S .A .
Av. An g a m o s Oe s t e N° 526, Ur b . M ir a f l o r e s
M ir a f l o r e s , L ima - P e r ú
Ce n t r a l Te l e f ó n ic a : (01) 710-8900
E-mail: ventas@gacetajuridica.com.pe / www.gacetapenal.com

Impreso en: Imprenta Editorial El Búho E.I.R.L


San Alberto N °201, Surquillo
Lima - Perú
Julio 2022
Publicado: julio 2022
Esta obra está dedicada a los maestros
L u is A lb erto B ra m o n t A ria s y L u is E. R o y Freyre,
ilustres penalistas peruanos, profesores eméritos
de la Facultad de Derecho
de la Universidad Nacional Mayor de San Marcos.
In memoriam.
L A D IF E R E N C IA E N T R E
N O R M A S P R IM A R IA S D E C O N D U C T A
Y S E C U N D A R IA S D E S A N C IÓ N
E N L A T E O R ÍA A N A L ÍT IC A D E L D E R E C H O

J o a c h im R e n z ik o w s k i
L A D IF E R E N C IA E N T R E
N O R M A S P R IM A R IA S D E C O N D U C T A
Y S E C U N D A R IA S D E S A N C IÓ N
E N L A T E O R ÍA A N A L ÍT IC A D E L D E R E C H O ^

J O A C H I M R E N Z IK O W S K I (()**}
*

L a d ife re n c ia e n tre n o rm a s p rim a r ia s d e c o m p o rta m ie n to y


s e c u n d a ria s de sa n c ió n es el le itm o tiv q u e se e x tie n d e a lo larg o de
la o b ra del h o m e n a je a d o . G ó sse l, co m o n in g ú n o tro d e sd e B in d in g ,
h a su rc a d o la p a r te g e n e ra l d el D e re c h o P e n a l d e sd e e ste p u n to de
p a r tid a , y a se a en el e te rn o p ro b le m a d el e rro r de tip o p e rm is iv o
(.Erlaubnistatbestandsirrtum ){[\ la im p ru d en c ia ® , los d elitos de o m i­
sión® o la d o g m á tic a de la p artic ip a ció n ® . A sí, G ó ssel a su m e que la
distinción norm ativo-teórica entre norm as de com portam iento y de san­
ción es u n supuesto básico indem ostrable, que - s in e m b a rg o - puede ser
p o stu la d o co nvenientem ente, y a que todo trabajo dogm ático debe fu n ­
d a m en tarse n e ce sariam e n te en d e te rm in a d a s prem isas® .

P a ra to d o estu d io so del D erech o Penal, la d ife re n c ia entre n o rm a s


p rim a ria s de c o n d u cta y se c u n d a ria s de sanción e stá indisolublem ente
lig a d a al n o m b re de K a rl B in d in g , q u ie n - s e s a b e - in te n tó e la b o ra r
u n a co n stru cció n dogm ático p en al sobre la distinción entre la ley p enal

(*) Texto originalm ente publicado e n F estsch riftfü r K arl-H einz G ósselzitm 70 Geburtstag. H eidelberg,
C. F. M üller, 2002, pp. 3-13. T raducción h echa p o r A lien M a rtí F L O R E S Z E R P A , q u ien a g rad ece
la a te n ta rev isió n y c o m e n tario s p re v io s de la trad u c ció n al p ro feso r Dr. L u is A lb e rto JIM É N E Z
BERN A LES.
(**) P rofesor de D erecho P en al e n la M a rtin -L u th er-U n iv e rsitá t H alle - W ittenberg.
(1) G Ó SSE L , K. F estschrift fü r Otto Triffterer Springer, 1996, pp. 93 y ss,
(2) G Ó SSEL, K. F esch n ftfü r Brurn. 1978, pp. 43 y ss. Él m ism o, F esch n fftfü r Bengel. 1984, pp. 23 y ss.
(3) M A U R A C H , R. / G Ó SSEL, K. / ZIPF, H Strafrecht. Allgemeiner Teil. T. 2, 7a ed., C. F. M üller, 1989,
§ 45, pp. 12 y ss.
(4) Ibidem , § 47, pp. 26 y ss.
(5) Ibidem , § 42, pp. 26 y ss.

15
Código Penal del Bicentenario. Estudios de Derecho Penal actual

(Strafgesetz) d irig id a al E stado, y la n o rm a subyacente, que se d irige a


la g en eralid ad ® ; de ta l m odo, B in d in g se g u io p o r las sig u ie n tes con­
sid erac io n e s: es im p re c iso c o n sid e ra r al h e c h o p u n ib le ( Verbrechen )
co m o q u e b ra n ta m ie n to de la ley p e n a l, y a q u e el d e lin c u e n te re a liz a
e x ac ta m e n te aquello que la ley p e n a l d e sc rib e en el tip o ( Tatbestand );
p o r c o n sig u ie n te el ju ic io de a n tiju ric id a d p re su p o n e ló g ic a e in e lu d i­
blem ente el reconocim iento de los preceptos que p reced en a la ley penal
y que son fu n d a m e n ta lm e n te d ife re n te s a ella (a la ley p e n al), así p o r
ejem p lo - s e g ú n B in d in g - el p a rá g ra fo 212 d el C ó d ig o P e n a l a le m á n
“ Q u ie n m a te a otro, [...] será [...] san c io n a d o ”, se b a sa en la n o rm a de
conducta: “ ¡No m a ta rá s!”, de lo cual, p a ra B in d in g , re su ltó que: quien
quiere com prender la esencia del hecho punible, ante todo debe ocuparse
de las n o rm as de c o n d u cta y su infracción® . A p a rtir de este con cep to
d u a lista de n o rm a s, o b ten id o m e d ia n te el an álisis, B in d in g d e sa rro lló
u n exten so sistem a de D erech o Penal® .

H oy en día, el co n ce p to d u a lista de las n o rm a s e stá a m p lia m e n te


d ifu n d id o en la d o g m á tic a a le m a n a - o d e in s p ira c ió n a le m a n a - del
D erecho P enal, p e ro es apenas conocido que sus raíces son m ucho m ás
an tig u a s, ellas se ex tie n d en h a sta T h o m as H obbes y Jerem y B en th am ,
este ú ltim o c o n sid erad o - a l lado de Jo h n A u s tin - com o el p a d re de la
“ te o ría a n a lític a del d e re ch o ”®. H a sta la fech a, el p rin c ip a l in te ré s de
c o m p re n d e r este en fo q u e ju ríd ic o h a sido el a n álisis de los e le m e n to s ;
form ales y estructurales del derecho, el cual consiste -a d e m á s de la b ú s­
qued a del concepto de derecho o el tratam ien to del problem a de validez
del d e re c h o - en el desarrollo de la e stru c tu ra de las n o rm as ju ríd ica s0 0).
E s obvio que, a p a r tir de este objetivo, se p u e d e n o b te n e r su g eren cias
p a ra u n a ciencia sistem ática del D erecho P enal00; p o r ú ltim o - y no p o r 6 0
1
9
8
7

(6) B IN D IN G , K . D ie N orm en u n d ihre Übertretung. T. 1, 1872, pp. 28 y ss. É l m ism o, Handbuch des
Strafrechts T. 1, 1885, pp. 155, 162 y ss.
(7) B IN D IN G , K. D ie N orm en u n d ihre Übertretung. Ob. cit., Fu. 6, p. 4 F n 2: “Y uno pensaría que un
análisis cuidadoso de aquellos preceptos ante los cuales el delincuente se opone, sería previo ju ríd ic a ­
m ente (prájudtziel) para un correcto conocim iento del hecho punible y sus características esenciales”.
(8) E l trabajo principal de B IN D IN G , K. D ie N orm en u n d ihre Übertretung, ob. cit., com prende cuatro
tom os y se construye en un periodo de m ás de cuarenta años (1872-1919). P rácticam ente abarca toda
la parte general del D erecho Penal.
(9) V éase DRE1ER, R. Was ist und w o zu Algem eine R echtsteorie?. 1975, p. 8.
(10) V éase A D O M IE T , K. Rechtstheorie fiir Studenten. 4a ed. C. F. M üller, 1998, pp. 14 y ss.; R Ó H L, K.
Algem eine Rechtslehre. 2a ed., 2001, pp. 2 y ss.
(11) El significado de la teoría de las norm as para el D erecho Penal es incalculable: así por ejem plo la teoría
del injusto personal, el fundam ento de la m oderna teoría del delito con la inclusión del dolo en el tipo
subjetivo o p ara aclarar que el injusto se b asa en las norm as de determ inación, las cuales se d irigen
individualm ente al ciudadano p ara decirle qué debe hacer u omitir, adem ás el injusto está sujeto a u n a
norm a de valoración, que desaprueba ju ríd icam en te el cum plim iento antijurídico del tipo com o algo

16
La diferencia entre norm as primarias de conducta y secundarías de sanción

ello m enos im portante—, cabe señalar que B inding se preocupó de funda­


m e n ta r u n a dogm ática del D erecho Penal m etodológicam ente reflexiva.

E n r e a lid a d , H o b b e s d e b ió h a b e r sid o c o n o c id o p o r B in d in g , el
civ ilista Julius B in d e r señala al respecto que el enfoque teó rico n o rm a ­
tiv o de B in d in g y a h a b ía sido a n tic ip ad o p o r H o b b e s(12)1 ; sin em bargo,
3
en el trab ajo de B in d in g no se hace referencia a H obbes. Por otro lado,
B e n th a m - e n m a rc a d o c o n tra ste c o n su in m e n sa im p o rta n c ia p a ra el
siste m a ju r íd ic o a n g lo s a jó n - no fu e c o n o cid o p o r los ju r is ta s a le m a ­
n e s ^ , la ra z ó n de ello p o d ría e sta r e n el rig u ro so re c h az o d e K a n t al
u tilitarism o 04), cuyo p a d re se considera a B entham , con lo cual, durante
m ucho tiem po, se criticó al representante sin im p o rtar lo que escribiera.

II

El “D e O v e ” de H obbes del 1646(15)16constituye la conclusión de “Ele­


menta Pililos ophiae”, el cu al ab arca la clásica form ulación de la filoso­
fía hobbesiana del derecho, del E stad o y la p rim e ra aproxim ación a u n a
te o ría de las norm as; m ie n tra s que en los capítulos anteriores se ocupa
e se n c ia lm e n te de la tra n sic ió n de u n in se g u ro e sta d o de n a tu ra le z a a
u n a so cie d a d civ il que se p a cifica m e d ia n te el m o n o p o lio e sta ta l de la
fuerza, el capítulo d écim o c u arto tra ta sobre “D e legibus et peccatis ”

E l c a p ítu lo in ic ia c o n u n a c a r a c te riz a c ió n de las leyes “ M anda -


tum autem est praeceptum , in quo p a r endi vatio sum itur a volúntate
p r a e c ip ie n tis ^ \ en e sta fo rm u lació n ya se hace eco de la te o ría im p e ­

que n o debe ser (Nichíseinsollendes); así, m ientras el quebrantam iento de la norm a de determ inación
d a lu g ar al d esvalor de acción, de la n orm a d e v aloración se d esprende el d esvalor del resultado del
acto com o seg u n d o com ponente del injusto, v é ase al respecto: L E C K N E R , T. en S C H Ó N K E , A . /
SC H R Ó D E R , H. Sirafgesetzbuch. StGB 26“ ed., 2001, §§ 13 y ss., m árgenes 49, 52, 54/55.
(12) B IN D ER , J. D er Á dressat der Rechtsnorm u n d seine Verpflichtung, 1927, pp. 4 y ss.
(13) S olam ente JH E R IN G , R. D e r Zw eck im Recht. T. II, 2a ed., 1886, quien d urante su transición d e la
jurisprudencia de los conceptos a la jurisprudencia de intereses, consideró significativam ente a B entham
com o uno “de los p ensadores m ás independientes y o rig in ales”. Sobre la influencia d el utilitarism o
de B e n th a m en la ju risp ru d en c ia de los intereses véase: C O IN G , H . “B entham s B edeutung fü r die
E ntw icldung d e r Interessenjurisprudenz u nd der allgem einen R echtslehre”, en A rc h iv fü r Rechts und
Sozialphdosophie / Archives forP h ilo so p h y o fL a w a nd Social Philosophy (ARSP), vot. 54, n° 1, 1968,
pp. 69-88.
(14) KA NT, I. M etaphysik der Sitien. A kadem ieausgebe, p. 331 advierte “las sinuosidades de la doctrina de
la felicidad ( Glücksehgkeitslehre )” y, en otro lado, (KANT, I. M etaphysik der Sitien, p. 378) pronostica,
la eutanasia de la m oral p o r el principio de la felicidad.
(15) E n lo que sig u e se c ita a H O B B E S , T. “M alm esb u rien sis O p era q u a e latine scrip sit O m n ia”, u n In
unum corpus m ate prim um collecta studio et labore Gulielmi Molesworth. Vol. II, Londres, 1839, D e
C ive.
(16) H O B B E S , T. “M a lm e sb u rien sis O p e ra q u a e latin e sc rip sit O m n ia ” . Ob. c it., cap. XIV. 1: “p ero el
m andato es un precepto en el que la causa de obediencia depende d e la voluntad de q uien prescribe” .

17
Código Penal del Biceníenario. Estudios de Derecho Penal actual

ra tiv a de las no rm as, del cual A u stin y B en th am son considerados fun-


dadores(17); el m ism o B inding describe a la norm a com o im perativo, pero
re c h a z a la te o ría im p erativa08). E n la n o ta al pie de la sección siguiente,
H o b b e s d e sc rib e el fu n c io n a m ie n to de la ley: “Lege vero obligatum
teneri, id est, metu poenae, quae in lege constituitur, adpraestationem
c o g i^ i920\ p a ra H obbes, am bos elem entos c arac te riz an a las leyes civiles
a d ife re n c ia de la le y m oral, la cu al es v ig e n te en el e sta d o d e n a tu ra ­
leza, p o r ello las leyes contienen dos partes: el m an d ato de co nducta del
legislador ( Verhaltensbefehl des Gesetzgebers ) y la am enaza de sanción:
“Rursus, lex civilis pro duobus legislatoris officiis, quorum alterum est
judicare, alterum cogere ut ju d iciis acquiescant, duas habet partes,
alteram distributivam, alteram vindicativam sive poenariam ”^ .

A su vez, el legislador d e term in a , m ed ian te la im posición de deb e­


res de conducta, el lím ite de lo nuestro y lo de otros; de este m odo, crea
: “D is­
los b ien es ju ríd ic o s com o in te re se s p ro te g id o s ju ríd ic a m e n te (21)2
tributiva est, qua ju s suum cuique distribuitur et qu id cuique licitum
sit fa cere vel omitiere, quid iílicitum. Vindicativa est, qua, quae poenae
sum endae sunt de iis qui legem violant, definiturV{22)\ sin em bargo, la
ley d istrib u tiv a y la a m en a z a de san c ió n n o so n dos d istin to s tip o s de
ley (“duae legum species ”), sino dos p a rte s de u n a m ism a ley (“eujus-
dem legis duae p a rtes”), y a que u n a le y sin a m e n a z a de san c ió n sería
ineficaz “Frustra ergo lex est, nisi utramque partem contineat, et illam,
quae prohibet injurias fieri, et illam, quae facientes punit. Harum p ri-
mum distributiva dicitur, prohibitoria est, et loquitur ad omnes; secunda,

(17) A U S T IN , J. Lectures on jurisprudence. Vol. I, 5a ed., 1911, pp. 79, 88 y ss., H Á R T, H. L. A. (ed.)
Bentham s o fla w in general. 1970, p. 1. L a d enom inación de “law ” com o “com m ands” ya se halla en
H O B B E S , T. Leviathan. 1651, cap. X X V I. E n el m undo del habla alem ana la teoría im perativa fue
introducida p o r TH O N , A , R echlsnorm u n d subjeetives Recht. 1878, p . 8; B IE R L IN G , E. Juristische
P rinzipienlehre. T. 1, 1894, p . 30 y ss.; para la discusión actual véase E N G IS C H , K. E m führung in
das juristische D enken. 9a ed., 1997, pp. 19 y ss.; R Ó H L, K. Algem eine Rechtslehre Ob. cit., pp. 201
y ss.
(18) BIND IN G, K. Handbuch des Strafrechts, ob. cit., en él m ism o, Systematisches Handbuch der Deutschen
R echtsw issenschaft, secció n 7a, p a rte I a, tom o 1, 1885, pp. 155 y 157; él m ism o , Strafliche u n d
strajprozessuale A bhandlungen. T. 1, Strafrecht, 1915, p. 539.
(19) H O B B ES , T. Leviathan. Ob. cit., cap. X IV .2 . “E n re alid a d , e star obligado p o r la ley significa e sta r
fo rzad o a c u m p lir la p re stac ió n p o r tem o r al castigo a m en azad o p o r la ley ”.
(20) H O B B ES, T. Leviathan. Ob. cit., cap. X IV 6. “A su vez, la le y civil - d e acuerdo con los dos deberes
del legislador, u n a de las cuales es ju z g a r y la o tra ob lig ar la aquiescencia de los ju ic io s - tien e dos
partes: u n a es distributiva y la otra vindicativa o p e n al”.
(21) D e este m odo: R E N Z IK O W SK I, J. N otstand u n d Notwehr. 1994, pp. 163 y ss.
(22) H O B B ES, T. Leviathan. Ob. cit., cap. XIV .6. “L a parte d istributiva es aquella p o r la cual se asigna a
todos su derecho y p o r ia que se establece qué e stá o no perm itido h acer u om itir. L a parte vindicativa
es a q u ella q ue d e te rm in a el castigo que debe ser im p u esto a quien queb ran te la ley ”.

18
La diferencia entre normas primarias de conducta y secundarias de sanción

quae vindicativa vel poenaria appellatur, m andatoria est, et loquitur


tantum ad ministros públicos”P3*

H o bbes tra ta de sep a ra r el derecho positivo de la m oral, e n su o p i­


n ió n son im prescindibles dos c aracterísticas p a ra el derecho; en p rim e r
lugar, se tra ta d e u n a p a u ta d e c o n d u cta ( Verhaltensanweisung ) que se
debe a la voluntad de u n legislador declarada públicam ente2 (24); en segundo
3
lugar, el m a n d a to de c o n d u c ta e stá v in c u la d o a u n a a m e n a z a de sa n ­
ción en caso de su infracción. L a ex isten cia de las n orm as de con d u cta
es in cu estionables p a ra H obbes, ellas re su ltan d el derecho n a tu ra l, que
- s i n e m b a rg o - carecen de c ap a c id ad p a ra im p o n e rse (25), p o r lo cual no
es n e c e sa rio p o stu la rla s com o p re m isa s te ó ric a s. M ed ia n te la forzo sa
c o n ex ió n de la p a u ta de c o n d u cta y la a m e n a z a de sanción H o b b e s se
m u e stra com o u n re p re se n ta n te de la te o ría im p e ra tiv a de las n o rm a s
(Sanktionstheorie der Normen), no ob stan te, su p o sició n difiere c o n si­
derablem ente de las v ariantes m onistas p ó sterio res(26); esencialm ente en
que se to m a com o destin atario no solo al ju e z, sino tam bién - de cara a
la c o n d u cta d e b id a - a los ciudadanos.

E l cap ítu lo d écim o c u a rto concluye con u n a in te re sa n te e sp e c u la ­


ción. S egún H obbes la pe n a tam b ién p o d ría co ntem plarse com o el p re ­
cio (“pretio ”) de u n a infracció n ; e n este caso, la ley no c o n ten d ría u n a
p ro h ib ic ió n a b so lu ta d irig id a al c iu d a d a n o , ta m p o c o u n a p ro h ib ic ió n
ven g ativ a d irig id a a la au toridad, sino u n a condicionante, to d a vez que
la acción y a n o e sta rá p ro h ib id a p a ra q uien cum pla esa co ndicionante,
así el au to r ta m p o c o in frin g irá la ley (27).

R ecientem ente, e sta ap ro xim ación se h izo prolífica p ara la d o g m á­


tic a d el D erech o P en al p o r A n d reas H oyer, cuyo concepto “alético” de
D erecho Penal(28) prescinde del concepto de “d eber ser” o del d eber ju r í­

(23) H O B B ES, T. Leviathan. Ob. cit., cap. X IV .7. “ Sin em bargo, es en v ano una ley si no incluye en ella
am bas pa rte s, tanto aqu ella que p ro h íb e re a liz a r u n injusto com o u n castigo p ara el que, a p e sa r de
ello, lo com ente. L a prim era, que se llam a distributiva, es prohibitiva y se d irige a todos; la segunda,
que se llam a v in d ic a tiv a o p e n al, es im p erativ a y se d irig e solam ente a los m in istro s p ú b lic o s”. La
im p o rtan cia de la am e n az a de sanción p ara el efecto de las leyes se enfatiza en el a p artad o XIV . 8.
(24) H O B B E S , T. Leviathan. Ob. c it, cap. XIV. 13.
(25) lbidem , caps. 111,25 y 31; XIV.5.
(26) A sí p o r e jem p lo K E L S E N , H . R eine R echtslehre. 2 “ ed., 1960, p p . 116 y ss., en e sp e cial p. 124;
S C H M ID H Á U S E R , E . Yon den zw ei Rechtsordnungen iñi staatlichen Gemeinwesen. 1964, pp. 10 y
ss.; ALWART, H . Rechts tm dH andhm g. 1987, pp. 146 y ss.
(27) H O B B ES , T. Leviathan. Ob. cit., cap. XIV .23.
(28) H O Y E R , A. Strafrechts nach A rm in Kaufmann. Lebendiges und Totes in Kaufmanns N orm entheoñe.
1996, p. 48, en cum plim iento con la “alethic m odal logic” de A N D E R SO N , A . R. M ind 67. 1958, pp.
100 y ss; véase tam bién V O N W RIG H T, G. Handlung, N orm undIntention. 1997, p. 128.

19
Código Penal del Bicentenario. Estudios de Derecho Penal actual

dico, H oyer entiende p o r “N o rm a ” al significado d e u n acto legislativo,


“debido a ello, en lo sucesivo, pued e te n e r v a lid e z que c ie rta co n d u cta
c o n lle v a c ie rta s desv en tajas”091; luego, la acción p u n ib le no constituye
u n a in fr a c c ió n de d eb er, sin o u n a c to ju ríd ic o : el b e n e fic io e sp e c ia l
“ lesión de bienes ju ríd ic o s” se p a g a con la desventaja especial “re sp o n ­
sa b ilid a d p e n a l”001. A u n q u e H o bbes deja a d isc re c ió n del le g islad o r la
elección a favor de u n a in te rp re ta ció n de la n o rm a relativa a la sanción
u o rien tad a a la contraprestación, sí in d ica p o r qué co n sid era po co co n ­
v in c en te la se g u n d a opción; en cuyo caso, el cu lpable sería obligado a
e jec u ta r su p ro p ia sanción; sin em bargo ¿cóm o d eb ería ser responsable
u n h o m ic id a d e su p ro p ia ejecución?00.

III

El “OfLcfws in G enerar de B entham 021 puede ser considerado com o


la p rim e ra te o ría general del derecho, p e ro re sp ec to a n u e stro estudio,
es de in te ré s el capítulo d écim o p rim ero , titu la d o “Forcé o f a Xuw”° 3);
en cuya c u a rta sección, B en th am -c o m o lo hiciere antes H o b b e s - d ife­
re n c ia las leyes en dos p a rte s: la p a u ta de c o n d u c ta (“th e one se rv in g
to m a k e k n o w n to y o u w h a t th e in c lin a tio n o f th e le g isla to r is”0)) y el
m o tiv o p o r el c u a l el le g isla d o r q u ie re e n fa tiz a r su p a u ta (“ the o th e r
serv in g to m ak e k n o w n to you w h at m otive the legislator has fu rn ish e d
you for com plying w ith th a t in c lin a tio n ”01, B en th am den o m in a “ D irec-
tiv e ” a la p rim e ra de ellas, la cu al se d irig e “m o re p a rtic u la rly to yo u r 2 1
0
3
9

(29) H O Y E R , A . Strafrechts nach A rm in Kaufmann Lebendiges und Totes in K aufmanns Normentheorie.


Ob. cit., p. 81.
(30) H O Y E R , A. Strafrechts nach A rm in Kaufmann. Lebendiges u n d Totes in Kaufrnanns Normentheorie.
Ob. cit., pp. 265 y ss.; la interpretación del hecho punible com o un “contrato” tam bién se halla en el
filo so fó m arx ista d el D erecho, PA SC H U K A N IS, E. A llgem eine Rechtslehre u n d M arxismos. 1929
(im presión de 1966), pp. 160 y ss.; com o variante m o d e rn a -o tam bién ¿a la m o d a ? -p o d ría señalarse
a algunos representantes del “A nálisis económ ico del D erecho”, en especial B E C K E R , G. S. “C rim e
and pim ishm ent: an econom ic approach”, en Journal o f P olitical Economy, n° 7 6 /1 9 6 8 , pp. 169 y ss.,
196 y ss.; PO SN E R , R. A. en A S SM A N N , H. / K IR C H N E R , C. / SCH ANZE, E. (eds.). Okonomische
Analise des Rechts. 1993, p. 79 (82); para la discusión véase: LÜD ERSSEN , K. en OTT, C. / SCHAFER,
H. (eds.). D ie Prch'entivwirkung zivil- undsirafrechtlicher Sanktionen. 1998, pp, 25 y ss.
(31) H O B B E S , T. Leviathan. Ob. cit., cap. X IV .23. P a ra u n a c rítica ad icional a tal co ncepción de n o rm a
véase: REN ZIK O W SK I, J. “N orm entheorie ais B riicke zw ischen Strafrechtsdogm atik und A llgem einer
R echtslehre”, e n Á RSP , n a 87, 2001, pp. 110, 119 y ss,
(32) A unque B E N T H A M , J. concluyó su obra O f law in general en 1782, esta fue retenida hasta 1798. Las
citas siguientes p roceden de la edición de 1970 editada p o r H. L. A. HART.
(33) B E N T H A M , J, O fla w in general. Ob. cit., pp. 133 y ss.
(*) [N ota del traductor] D e a q u í e n adelante, se tra d u c irá n los e x tra cto s c itad o s e n inglés.
“U na que sirv e p a ra darle a c o n o ce r c u ál es la in clin ac ió n d el le g isla d o r”.

20
La diferencia entre normas primarias de conducta y secundarias de sanción

u n d e rsta n d in g ,,(+), a la seg u n d a la d e n o m in a “ san ctio n al o r in c ita tiv e ”,


la cu al se d irige “ to y o u r wiH ”(34).

H asta aquí, todo nos recuerda m ucho a Hobbes, no obstante B entham


to m a u n nuevo rum bo. Si bien, en el entendim iento generalizado, la idea
de c o e rc ió n e stá in se p a ra b le m e n te u n id a al c o n ce p to de derecho, ello
no es concluyente(35), m ás bien h a y q u e d istin g u ir entre “principal law ”
(ley prin cip al) y “subsidiary law ” (ley subsidiaria) respectivam ente, en
lo que sigue, se explica e sta d istin c ió n con m ás detalle.

S eg ú n B en th am , las leyes co n tien en dos p a rte s “the directive p a rí


... a n d an article o f a different nature, a p r e d ic ti o n ^ \ sin e m b arg o ,
q u e d a p o r v e r cóm o se m a te ria liz a rá re a lm en te el m al a m en azad o , y a
que e sta ley -c o n s id e ra d a de fo rm a a is la d a - sería inútil: “As an expres-
sion o f will, it is im potent; as a p re d ic tio n , it is / a / s e ” (36); e n to n c e s
¿qué pued e h a c e r u n legislador en e sta situación? D e co n fo rm id a d co n
B en th am , el le g isla d o r no p u e d e o rd e n a rse a sí m ism o bajo p e n a e je ­
c u ta r u n a san c ió n a m en a z ad a , p o rq u e así e x ce d e ría su fu n c ió n y e sta ­
b le ce ría u n a fo rm a d istin ta de ejercicio de p o d e d 37), p o r esa ra z ó n solo
h a y u n a salida: p ro m u lg ar u n a seg u n d a ley p o r la que se autorice ello a
d e te rm in a d a s p e rso n a s “to verify the prediction that accompanied the
f i r s f K*\ a e sta seg u n d a ley B en th am la d e n o m in a “subsidiary law ” y a
la p rim e ra “principal W ”(38).

In ev itablem ente el destin atario de la “su b sid iary law ” debe ser d is­
tinto al del “p rin c ip a l law ” : “fo r a man can not reward himself; ñor will
he punish h im se lf **). L a ley se c u n d a ria (sekundáre Recht) se d irig e al
juez; en consecuencia, la ley p rim a ria y sec u n d a ria son - a diferencia de

(*) [N. T.] “L a o tra sirv e p a ra darle a c o n o c e r qué m otivo le h a sido p ro p o rc io n a d o p o r el le g isla d o r
p a ra c u m p lir con e sa in clin ac ió n ”.
(*) [N. T.] “M á s p a rtic u la rm e n te a v u e stro e n te n d im ien to ”.
(34) B E N T H A M , J. O f law in g eneral Ob. cit., cap. X I.4 ., pp. 134 y 144; sin em bargo, B E N T H A M , J.
Ibidem , X I.7, pp. 134 y ss. c o n sid era m ás apro p iad a la a m en aza d e una san ció n que la p rom esa de
una recom pensa p ara influir en la conducta. [N. T.] “A vu estra voluntad” .
(35) B E N T H A M , J. O f law in general. Ob. cit., cap. X I.8 y 9, p. 136.
(*) “L a p a rte d ire c tiv a ... y u n a rtícu lo de d istin ta n a tu ra le z a , u n p ro n ó stico ”.
(36) B E N T H A M , J. O fla w in general. Ob. cit., cap. XI. 11, p. 137. [N. T.] “E s im potente c om o expresión
de la voluntad y falsa com o predicción” .
(37) B E N T H A M , J. O fla w in general. Ob. cit. E videntem ente B en th am aquí tien e en m ente u n m odelo
de separació n de poderes.
(*) [N . T.] “P ara v e rifica r la p re d ic ció n que aco m p añ o a la p rim e ra ”.
(38) B E N T H A M , J. O f law in general. Ob. cit., cap. X I. 11, p. 139.
(*) [N. T.] “Porque u n h o m b re no p u ed e reco m p en sarse a sí m ism o n i san cio n arse a sí m ism o ”.

21
Código Penal del Bicentenario. Estudios de Derecho Penal actual

lo referido p o r H o b b e s- “íwo distinct laws, and not parts o f one and the
sam e W ”(39), así n o im p o rta que las n o rm a s p rim a ria s y su b sid ia ria s
c o in c id a n re g u la rm e n te en u n a sola p re scrip ció n : “ One proposition is
frequently enough to hold them both^*\ L a d istin c ió n en tre “p rin c ip a l
law ” y “subsidiary law ” no es u n a cu estión que atañe a la re d acció n (40)41 ,
del m ism o m odo es indiferente que la “subsidiary law ” presuponga obli­
g a to ria m e n te u n a “p rin c ip a l law ”, a ello refiere: S u b sid ia ry law “could
n o t b e u n d e rsto o d , ñ o r e v en h a v e e x iste n c e , w ith o u t h a v in g a p rin c i­
p a l la w to re fe r to: the id ea o f such a la w b e in g in c lu d e d in th e ir v e ry
e sse n ce ”f41), p a ra B en th am la diferen cia es fun d am en tal.

Si se c o m p arase n los p u n to s de v ista d e H o b b es y B e n th a m , d e s­


ta c a m ás el segundo. El p u n to de p a rtid a n o rm a tiv o te ó ric o de am bos
es la d e fin ic ió n de ley co m o im p e ra tiv o , p e ro no se p u e d e n e g a r q ue
la n o rm a “ ¡no debes m a ta r!” se d irig e a u n d e stin a ta rio d istin to que la
n o rm a “ ¡debes s a n c io n a r a to d o h o m ic id a con c a d e n a p e rp e tu a !”, de
m a n e r a q u e a m b o s m a n d a to s de c o n d u c ta n o so n d o s p a rte s de u n a
m ism a n o rm a , sino dos diferen tes m a n d ato s y; p o r ello, dos d iferen tes
norm as; asim ism o, la n o rm a sec u n d a ria de sanción no solo p osee n a tu ­
ra le z a de m a n d a to , ta m b ié n - y al m ism o tie m p o - de a u to riz a c ió n , y a
que es n e c e sa rio e sta b le c e r u n fu n d a m e n to de a u to riz a c ió n , to d a vez
que la im posición de u n a sanción interfiere con la lib ertad jurídicam ente
garan tizad a del delincuente; tam bién, en un segundo sentido, una no rm a
de san ció n es u n a n o rm a de a u to riz ac ió n po rq u e to d o ju ic io es u n acto
legislativo, donde se co n cretiza el p ro g ram a no rm ativ o a b strac to -g e n e ­
ra l del legislador p a ra el caso individual, entonces - y solo e n to n c e s - la
sanción se p o d rá en ten d er com o u n acto juríd ico , cuando ella se p u e d a
a trib u ir a n o rm a s (de au to rizació n ) de o rd e n su p e rio r(42). P o r su p u esto
q u e e sta c o n sid e ra c ió n fu e im p o sib le p a ra B e n th a m p o r dos ra z o n es:
p o r u n lado, la noció n d e a u to riz ac ió n de in terv en ció n (Eingriffserm á-
chtigungen) e ra d e sc a b ella d a , cu an d o to d a v ía no e sta b a n re c o n o cid o s

(39) B E N T H A M , J. O fla w in general. Ob. cit., cap. X I. 12, p. 139. [N. T.] “D os leyes distintas y partes de
una m ism a ley ”.
(*) [N. T.] “C on frecu en cia, una sola p ro p o sició n es suficiente p a ra so sten er a m b a s”.
(40) B E N T H A M , J. O f law in general. Ob. cit., cap. X I. 18, pp. 143 y ss.
(41) “L a le y su b sid iaria no podría s e r entendida, ni siq u iera e x istir sin ten e r una le y p rin cip al a la cu al
referirse: la idea de tal ley está incluida en su esencia m ism a” . B E N T H A M , J. O f law in general. O b.
cit., cap. X I. 16, p. 142.
(42) V éase K E L SE N , H. Reine R echtslekre. Ob. cit., pp. 26 y 35 et passim ; asim ism o, B IN D IN G , K . D ie
N orm en u n d ihre Übertretung. T. I. 3a ed. 1916, pp. 19 y ss.

22
La diferencia entre normas primarias de conducta y secundarias de sanción

los derechos ind iv id u ales subjetivos(43) y p o r otro lado, la clásica te o ría


im p e ra tiv a no p o d ía ex p licar las n o rm a s de au to riz ac ió n (44).

¿Q ué c o n ten id o tie n e “principal law ” y “subsidiar y law ” ? se g ú n


B en th am , la ley p rim a ria {das prim are Recht) d e te rm in a acciones y al
m ism o tiem p o am en a z a su tra n sg re sió n con u n a sanción(45). A p rim e ra
v ista , se e n c u e n tra m ás c e rc a n a - d e s d e la te o ría im p e ra tiv a - a la for­
m u la c ió n que B in d in g d a a las n o rm a s p rim a ria s de c o m p o rta m ie n to ,
las m ism a s que se re d u c e n a u n a o rd e n d e sn u d a : “ ¡no d e b e s!” o b ie n
“ ¡debes!” y la am en a z a de u n a sanción es u n superfluo anexo, porque el
d estinatario no puede acatarla n i vulnerarla; en contraste a ello, el punto
de v ista de B en th am pa re ce ser el m ás realista p a ra aclarar el fu n cio n a­
m iento del derecho, el cual, p o r su pro p ia natu raleza, reaccio n a al c o n ­
flicto; pues allí donde todos se com portan m o ralm ente bien, las norm as
ju ríd ic a s son su perfluas, ellas despliegan, en principio, su im pacto a llí
donde la convicción m oral se h a vuelto deleznable o la tentación am enaza
con prevalecer, aq u í el derecho debe p ro p o rcio n ar u n co ntrapeso eficaz
a la m o tiv a c ió n d el d e stin a ta rio ; d ic h o en p o c a s p a la b ra s, las n o rm a s
ju ríd ic a s se siguen com o tales p o r tem o r a la sanción u o tra c o n secu en ­
cia ju ríd ic a d e sa g ra d ab le. E n c o n tra ste a ello y referid o s a otro p u n to ,
B e n th a m y B in d in g e stá n de a cu e rd o en c o n sid e ra n a las n o rm a s p r i­
m arias de co nducta com o n o rm as de n a tu raleza público-jurídica, de las
que el m ism o E stado es beneficiario(46). P ara la te o ría im perativa esto es
evidente, ya que el m an d ato es dado p o r el soberano. E l deber ( Pflicht)
de o b ediencia al E stad o se acentúa, adem ás, al asociarse con u n a a m e ­
n a z a de sanción, después de todo, es el E stado, en v irtu d del m onopolio
de la violencia, quien tiene el derecho y el p o d e r de im poner sanciones.

L a ley secu n d aria incluye el “ command to punish”, el cual está d iri­


gido al ju e z (47). A d iferen cia de B en th am , B in d in g considera que la ley
p e n a l (Strafgesetz ) e stá d irig id a al E sta d o (48), solo p o r e sta ra z ó n , e sta
opinión es in acep tab le p a ra B en th am , p o rque el soberano - ta l com o ya
se s e ñ a ló - no puede ordenarse a sí m ism o; sin em bargo, esa afirm ación

(43) B E N T H A M , J. E n M E L D E N A . 1. (ed.). H um an rights. 1970, p. 32: d erec h o s su b je tiv o s com o


“disparate en zancos” .
(44) V éase la crítica de HART, H. L. A . The concept o fla w . 2a ed., 1994, pp, 26 y ss..
(45) B E N T H A M , J. O fía w in g eneral Ob. cit., cap. XI. 14, p< 140.
(46) B IN D IN G , K. D ie N orm en u n d ih re Übertretung. Ob. cit., pp. 100 y ss.; v éase tam bién al respecto:
H A A S, V, K ausalitát undR echtsveríetzung, 2002.
(47) B E N T H A M , J. O fla w in general. Ob. cit., cap. X I.15, p. 140.
(48) B IN D IN G , K. D ie Norm en u n d ihre Übertretung. Ob. cit., pp, 15, 28 y ss. Y él m ism o, Handbuch des
Strafrechts. Ob. cit., pp. 155, 162 y ss.

23
Código Penal del Bicentenario. Estudios de Derecho Penal actual

solo m u e stra o tro erro r de la te o ría im p e ra tiv a clásica: ta m p o c o puede


e x p lic a r la au to v in c u la c ió n ( Selbstbindung ) del le g ísla d o r(49}. H oy h a
prevalecido am pliam ente la noción de las n o rm as de autorización d irigi­
das al ju e z 4 (50). R ecientem ente Altenhain se h a opuesto a ello reprochado
9
que, co n tales arg u m en to s, se e q u ip ara al ju e z con u n órgano a d m in is­
trativo, en lu g ar de ello - a firm a - la n o rm a de sanción otorga al E stado,
en razó n del hecho delictivo, u n derecho p o testativo (Gestaltungsrechi )
que a p u n ta al d e b e r de to le ra r la sa n c ió n y se d irig e c o n tra d el a u to r
del delito. E l E stado, - a g r e g a A lte n h a in - re p re se n ta d o p o r la fiscalía,
re c la m a e ste derech o p o te sta tiv o an te los trib u n a le s (51)5. Q u e este e n fo ­
2
que c o m p atib ilic e m e jo r co n la d iv isió n de c o m p eten c ia s del D e rec h o
P rocesal, tal com o asevera A lte n h ain , es algo de lo que se pued e dudar.
Tras la presen tació n de la acusación pública, el trib u n a l se convierte en
el g u a rd iá n de la p re te n sió n p u n itiv a y al p ro d u c irse la ju s tic ia p e n al,
ella n o e stá a ta d a a los aleg ato s de la fiscalía ni a sus p re te n sio n e s. L a
in te rp re ta c ió n de A lte n h a im se a d ec ú a m ejo r al p ro c e so tra m ita d o p o r
las p a rte s (.Perteiprozefi ) de p ro c e d e n c ia agio am erican a; sin em bargo,
aq u í (en el pro ceso p e n a l) el ju e z se m u e stra com o m ed iad o r n e u tra l de
la disputa entre la fiscalía, com o defensora de la pretensión punitiva esta­
tal, y el im p u ta d o ^ . E sta problem ática no puede ser p ro fu n d iza d a aquí.

S eg ú n B en th am , n o solo el D erech o P enal m a te ria l ju n to a los p re ­


su p u esto s d e la san c ió n p e n a l —en p a rtic u la r los tip o s d e lic tiv o s - p e r­
te n e c e n a la ley secundaria, sino tam b ién el D erecho P ro cesal Penal, y a
que el ju e z no p u e d e a c la ra r u n h ech o d elictiv o solo, él n e c e sita de la
a y u d a d e o tra s au to rid ad es; así p o r ejem plo, las a u to rid a d e s ju d ic ia le s
deb en e n tra r en acc ió n an te la sosp ech a, la m ism a que d e sp u é s p u ed e
re su lta r in fu n d a d a , p o r ta l ra z ó n se n e c e sita n leyes (secundarías) p a ra
g u ia r su actuación(53). D e su parte, -c o n tin ú a B e n th a m - las leyes sec u n ­
d a ria s re q u ie re n u n a su p e re stru c tu ra de leyes se c u n d a ria s (“o train o f
subsidiary laws to its e lf ,(*}), a saber, de los m ism o s fu n d a m e n to s que

(49) HART, H. L. A. The concept oflaw . Ob. cit., pp. 42 y ss.; H Ó FFE , B. Politische Gerechtigkeit. 1987,
p. 143.
(50) V éase A P P E L , I. Verfassimg u n d Strafe. 1998, p. 81; M IR P U IG , S. “P u n k tio n d er S trafe und Ver-
brechenslehre im so z ia le n u n d d e m o k ia tisc h en R ech tsstaat”, en ZStW , n° 95, 1983, pp. 413, 423 y
ss.; R Ó H L , K. A lgem eine Rechtslehre. Ob. cit., pp. 192 y ss.; V O G E L , J. N orm u n d P flich t bei den
unechten Unterlassungsdelikten. 1993, pp, 27 y ss.; asim ism o, T H O N , A. Rechtsnorm undsubjectives
Recht. Ob. cit., pp. 7 y ss.; B IE R L IN G , E. Jtm siisch e P nnzipienlehre. Ob. cit., p. 135.
(51) A LTEN H A IN , K. Das Anschlufidelikt 2002, pp. 307 y ss.
(52) V éase: LA FA VE W. / ISR A EL , J. / K IN G , N . C rim inalpm cedure. 3 a ed., 2000, pp. 31 y ss.
(53) B E N T H A M , J. O fla w in general. Ob. cit., cap. X L 13, pp. 139 y ss..
(*) [N. T.] “ U na serie de leyes su b sid iarias a sí m ism as''.

24
La diferencia entre normas primarias de conducta y secundarias de sanción

la le y p rim a ria : ta m b ié n debe se r p o sib le e n ju ic ia r las a cc io n e s ilíc i­


ta s de las au to rid a d es ju d ic ia le s, p o r tal ra z ó n h a y n o rm as que p u e d e n
ser al m ism o tiem p o “subsidiary ” y “principal Iaw”(54\ N o obstante, la
a d o p ció n de u n d e b er de san c io n a r - s u je ta a su v ez a s a n c io n e s - c o n ­
duce a la conocida pregunta: ¿ Quis custodiet custodes ipsos í*555 L o cual
no im plica n e ce sariam e n te u n a in fin ita c ad e n a de no rm as, tal com o lo
m u e stran los p arág rafo s 258a (im pedim ento de sanción en ejercicio del
cargo) y 339 (prevaricato) del StG B, donde considerar ello solo depende
del aspecto bajo el cual se observen am bos parág rafo s respectivam ente.

P a ra B en th am , la d ife re n c ia e n tre “p rincipal ” y “subsidiary law ”


tiene consecuencias p a ra la com prensión de las “exempíive circumstan­
ces ” co m o caso s de ex clusión de re s p o n sa b ilid a d p e n a l que n o d eben
a fe c ta r la d e sc rip c ió n d el h e ch o p u n ib le (“ circum stances which limit
the application o f the p u n ishm ent w ithout lim iting description o f the
offence ”w); se tra ta de situ acio n es en las que la san ción - a p e sa r de la
cu lp ab ilid ad c o n s ta ta d a - p a re c e in a p ro p ia d a 5
(56), a este resp ecto , d eben
4
d is tin g u irs e la s “ exem ptive C ircum stances ” de la s “ exculpative cir-
cum stances”\ la s p rim e ra s re s trin g e n la sa n c ió n y, p o r c o n sig u ie n te ,
las n o rm a s se c u n d a ria s de san c ió n (“qualifications to the p u n ito ry ” ),
las seg u n d a s re strin g e n la n o rm a p rim a ria (“qualifications to the p rin ­
cipie ”), cu yos p re su p u e sto s y a d e b e n e x istir en el m o m en to d e re a li­
zarse la acció n (57)5 ; p o r lo tan to , to d a s n u e stras cau sas de ju stificació n y
8
exculpación serán clasificadas com o “qualifications to the principie,K5S).
B e n th a m d e n o m in a com o ejem plo d e “ exemptive circum stances” a la
c o sa ju z g a d a de la ab solución o a la in a d m isib ilid a d de p ru e b a s o b te ­
n id as ta rd ía m e n te (59), entonces p a re ce que se tra ta , sobre todo, de ra z o ­
nes procesales; a cuyo efecto se debe a ctu a r con cautela de cara a otras
c o m p re n sio n e s del D e rec h o P e n a l su sta n tiv o y d e l D erech o P ro c e sa l

(54) B EN TH A M , J, O fla w in general. Ob. cit., cap. X I. 16, pp. 140 y ss.; asim ism o, RÓ H L, K. Algemeine
R echtslehre O b. c it., p p . 192 y ss.; p o r el co n tra rio , seg ú n B IN D IN G , K. D ie N orm en u n d ihre
Übertretung. Ob. cit., p. 15, el ju e z que no im pone cadena p erp etu a p o r asesinato no contraviene la
orden norm ativa derivada del parágrafo 211 del Código P enal alem án, sino su deber general de aplicar
de la ley.
(55) NA W 1A SK Y, H. AUgemeine R echtslehre ais System der rechtlichen Grundbegrijfe. 1948, p. 15; y
RO SS, A. Directives andN orm s 1968, pp. 89 y ss., quienes, a partir de ello, objetan la teoría im perativa
de la n o rm a (Sanktionstheorie).
(*) [N, T] “C ircu n sta n cia s q ue lim ita n la aplicación d e la sanción sin lim ita r la descrip ció n del delito”.
(56) B E N T H A M , J, O fla w in general. Ob. cit., cap. X I.21, p. 145.
(57) Ibidem , cap. X I.22, p. 146.
(58) A esto se sum an interesantes preguntas teórico-norm ativas que B entham no aborda; en particular, la
relación entre las norm as típicas de prohibición, obligación y perm isión o el problem a del destinatario
(¿las norm as de conducta tam bién se dirigen a las personas inim putables?),
(59) B E N T H A M , J. O fla w in general Ob. cit., cap. X L 23, pp. 146 y ss.

25
Código Penal del Bicentenario. Estudios de Derecho Penal actual

P enal. E n lo que c o n tin ú a, B e n th a m no p ro fu n d iz a rá sobre estos e n fo ­


ques de siste m a tiz a c ió n /60)

IV

E n ú ltim o lu g ar se debe m en cio n ar al iusfilósofo de O xford H .L .A .


H a rt, quien es, con to d a pro b ab ilid ad , el m á s im p o rtan te rep resen tan te
de la analyticaljurisprudence del siglo X X ; así, en su obra “ The Concept
o f L a w ” d ife re n c ia en tre “prim ary rules ” (reglas p rim a ria s) y “secón -
dary rules ” (reglas secundarias). H a rt den o m in a a las n orm as que p re s­
c rib e n d e te rm in a d a c o n d u cta com o reglas prim arias*61); aunque, seg ú n
u n a op in ió n gen eralizad a, tam b ién las n orm as (secundarias) de sanción
p re sc rib e n conductas; p o r otro lado, las reg las secu n d arias son - a l hilo
de aq u ella m ism a o p in ió n g e n e r a liz a d a - (solo) aquellas n o rm as seg ú n
las cuales se d e te rm in a la v alid ez de las reg las prim arias*626 /
4
3

Sin em bargo, esa interpretación es poco plausible de cara a que H art


se h a lla en la tra d ic ió n de B e n th a m y que u n an álisis m ás d etallad o de
sus afirm a c io n es rev ela u n a im a g e n d istin ta ; en tal sentido, H a rt d ife ­
re n c ia e n tre re g la s que p re sc rib e n u n c o m p o rta m ie n to d e te rm in a d o y
reglas que fijan u n a sanción p ara su trasgresión(63); si bien sería im agina­
ble u n a sociedad con norm as prim arías de obligación ( Verpflichtungsnor-
meri), tal sistem a ju ríd ic o - p a r a H a r t- incluye u n a deficiencia decisiva:
no h a b ría in sta n cia que p u e d a c o n sta ta r y san cio n ar co n au to rid ad u n a
in frac c ió n de las reg las(64). H a rt soluciona este p ro b lem a in troduciendo
se c u n d a ria s “re g la s de a d ju d ic ac ió n ”, la s m ism a s que o to rg a n a deter­
m in a d a s p e rso n as la p o te sta d de d e cid ir con c a rá c te r v in c u la n te sobre
la tra n sg re sió n de reg las p rim a ria s de obligación; tam b ién d e te rm in a n
- e n tr e o tra s c o s a s - el p ro c e so ju d ic ia l, la p e n a (“specifying or at least
limiting the penalties fo r vio la tio rí^) y, de este m odo, p o sib ilitan “ san ­
c io n e s” oficiales y c e n tra liz a d a s del sistema*65/ p o r c o n sig u ie n te , las
“re g la s se c u n d a ría s” están en otro p lan o n o rm ológico al de las “reglas

(60) M ás bien, B e n th a m se d e d ic a a la re la c ió n d e la e x ce p ció n y su b e x c ep c ió n , etc., p o r e je m p lo , la


re ap e rtu ra del proceso conclu id o con fuerza de cosa ju z g a d a com o "disexem plive circum stance ",
B E N T H A M , J. O f law in general. Ob. cit., cap. X I.24, pp. 147 y ss., ello se debe a que B entham - a
diferencia d e B inding—no era penalista.
(61) HART, H. L. A . The concept o fla w Ob. cit., pp. 80 y ss.
(62) R Ó H L, K. Álgem eine Rechtslehre. Ob. cit., p. 192.
(63) HART, H. L. A. The concept o f law. Ob. cit., pp. 34 y ss.
(64) Ibidem , pp. 91 y ss.
(*) [N. T.] “E specificando o, al m enos, lim itan d o las sancionas p a ra las in frac cio n e s”.
(65) Ibidem , pp. 97 y ss.

26
La diferencia entre normas primarias de conducta y secundarias de sanción

p rim a ria s ”, debido a que ellas son re g la s que se refieren a o tras reglas,
d e te r m in a n d o c ó m o se p u e d e d e c id ir, de m o d o v in c u la n te , so b re la
tra n sg re sió n de las reg las p rim a ria s (66).

A sí pues, el derecho, seg ú n H art, se in te rp re ta com o u n a e stru c tu ra


de “re g la s p rim a ria s ” y “reg las se c u n d a ria s”, cu yas “reg las de a d ju d i­
c a c ió n ” c o n stitu y e n solo u n a p a rte , ad em á s él so stien e que es e rró n e o
co n sid erar al D erech o P enal - e n su c o n ju n to - com o u n a m a te ria regu-
lato ria d irig id a exclusivam ente al c u a d ro d e fu n c io n a rio s ( Rechtsstab ),
en su o p in ió n la fu n c ió n p rin c ip a l del D e rec h o P enal, com o m e d io de
control social, no e stá en la aplicación de la sanción, sino en p ro p o rcio ­
n ar p rim a ria m e n te u n a orien tació n c o n d u ctu al a los ciudadanos; recién
cuando la ley se tran sg red e y fracasa e sta función prim aria, corresponde
a los funcionarios d e term in a r la in fracción de la reg la e im poner la san­
ción am en a z ad a (67)8 ;6 p o r consiguiente, las n orm as p rim arias de conducta
m iran al futuro, sirven prospectivam ente p ara dirig ir la conducta; por el
contrario, la m ira d a de las n orm as secundarias de sanción es retro sp ec­
tiva, sirven para hacer frente al pasado, aunque en ellas tam bién se puede
id e n tific a r u n e lem en to p ro sp e c tiv o , lo c ie rto es que el c u m p lim ie n to
d e u n a fin a lid a d p re v e n tiv a - c o n e x cep ció n de la ejec u c ió n de la san ­
ción com o t a l - no se pued e o rd e n a r ju ríd ica m e n te, sino solo esperarse.

A h o ra b ie n , en el c o n te x to que a q u í n o s in te re sa , la c o n c e p c ió n
de H a rt n o difiere de la te o ría de las n o rm as de B en th am , aunque sí se
pueden e n co n trar d iferen cias en cu an to a la fu n d am en tació n ; m ie n tra s
que B e n th a m - c o h ere n te m e n te d esde el p u n to de p a rtid a de la te o ría
im p e ra tiv a - e n fa tiza , sobre todo, en los diferen tes d e stin ata rio s de las
norm as p rim arias de conductas y de las n orm as secundarias de sanción,
H a rt tie n e p a rtic u la rm e n te e n c u e n ta la fu n c ió n so cia l de las n o rm a s
ju ríd ic a s; en tre tan to , am bas fu n d a m e n tac io n e s no se co n trad icen , sino
que se com p lem en tan .

H obbes, B e n ta m y H a rt lo g ra n se p a ra r co n v in ce n te m e n te las nor­


m as p rim a ria s de conducta de las n o rm as secu n d arias de sanción168'. La

(66) Ibidem , p. 92.


(67) H A R T, H. L, A . The concept o f law. O b. c it., pp. 4 0 y ss.; p a ra la fu n c ió n o rientadora d e l D erecho,
véase tam bién: R E N Z IK O W S K I, J. “N orm entheorie ais B riicke zw ischen Strafrechtsdogm atik und
A llgem einer R échtslehre”, Ob. cit., pp. 121 y ss.
(68) R E N Z IK O W S K I, J. “N o rm e n th e o rie a is B riicke zw isc h en S tra frec h tsd o g m atik u n d A llg em ein er
R echtslehre”, O b. cit., pp. 120 y ss.

27
Código Penal del Bicentenario. Estudios de Derecho Penal actual

c o n c e p c ió n d u a lista de la n o rm a n o c o n siste m e ra m e n te en u n p o s tu ­
lado; p o r el contrario, se m u e stra com o apropiado p a ra p o d e r re p re se n ­
ta r a d ecu ad am en te d e term in a d o s fenóm enos del derecho; asim ism o, la
fo rm u lació n de n o rm as p rim a ria s de c o n d u cta de B en th am es u n com ­
p ro m iso m u y lo g rad o de c ara a u n a te o ría im p e ra tiv a d el derecho, así,
de acu erd o co n este p u n to d e v ísta , es p re c isa m e n te la c o n ex ió n en tre
c o n d u c ta y san c ió n a q u ello que d is tin g u e u n a n o rm a ju r íd ic a de u n a
n o rm a m o ral(69); y a que, si u n o aísla superfinam ente las n o rm as de co n ­
d u c ta de las n o rm as de sanción, se pierde la diferen cia e n tre d erech o y
m oral, p e ro e sta o b serv ació n no es aplicable a B e n th a m ni H art, seg ú n
quienes las n o rm as p rim arias incluyen, adem ás d e la reg la de con d u cta
y la sanción am enazada, u n m otivo p a ra la co n form idad de la conducta;
si b ien la san ció n no e stá u n id a a la co n d u cta en el m ism o m o d o e sp e ­
cífico de conexión com o el del an tecedente y el consecuente ju ríd ic o (si
- e n to n ce s)(70), la d ife re n c ia con u n a p re sc rip c ió n m o ra l ra d ic a en qu e
se a m en a z a u n a san ció n que se im p o n e en u n p ro c e so ju ríd ic o o rg a n i­
zado; así, solam ente el legislador tiene el p o d e r ju ríd ic o p a ra p ro m u lg ar
tales p re scrip cio n e s de conducta.

N o obstante, la concepción de B entham se adecúa solo p ara el D ere­


cho P enal, ella fracasa com o te o ría general de las n o rm as ju ríd ica s ante
las autorizaciones y p o testad es, donde el in cu m p lim ien to de sus p re m i­
sas -c o m o p o r ejem plo, la tran sg resió n de las regulaciones sobre la em i­
sión de n o rm a s ju ríd ic a s o actos a d m in istra tiv o s e in c u m p lim ie n to de
re q u isito s form ales del D erecho C iv il- no tiene n in g u n a sanción com o
co n se c u en c ia , sino solo su n u lid a d o a p elació n (7l); de ta l m odo, el c o n ­
cepto de sanción d e b ería am p liarse, de m a n era ta l que se p u e d a n c o m ­
p re n d e r to d as las consecu en cias ju ríd ic a s (72).

N u e s tra ex p o sic ió n debe ser in te rru m p id a e n e ste p u n to , d e sp u é s


de to d o las anteriores observaciones m o straro n que al in terio r de la te o ­
ría a n alítica del derecho se h a n fo rm ad o conceptos teóricos norm ativ o s

(69) V éase K E L S E N , H, Hauptproblem e der Staatsrechtslehre. 1923, pp. 276 y ss.; L IPPO LD , R . Reine
Rechtslehre undStrafrechtsdoktrin. 1989, pp. 104 y ss.; K O R IA T H , H. Gruncflagen strafrechtlicher
Zurechming. 1994, p, 277 y ss, y 324.
(70) V éase K E L S E N , H. R eine Rechtslehre. 1934, p. 22; y él m ism o , R eine R echtslehre, 2a ed., 1960,
p. 107.
(71) V éase ei parágrafo §§ 4 4 y ss. d e la L ey d e Procedim ientos A dm inistrativos (VwVfCr); y el parágrafo
§ 125 del C ódigo C ivil (BG B).
(72) A l respecto tam bién HART, H. L. A . The concept o f law. O b . c i t , pp. 33 y ss.

28
La diferencia entre normas primarias de conducta y secundarias de sanción

p a ra le lo s a los de B in d in g . Si, e n la tra d ic ió n in g le sa n in g ú n siste m a


ju ríd ic o p e n a l se c o n stru y ó so b re la d ife re n c ia e n tre re g la s p rim a ria s
de c o n d u cta (d irig id as al ciu d ad an o ) y n o rm a s se c u n d a ria s de sanción
(d irig id a s al ju e z ), se d e b e a d ife re n te s in te re se s de c o n o c im ie n to ; a
p e s a r de ello, el c o n c e p to d u a lis ta de n o rm a ta m b ié n es c o n o cid o e n
el á m b ito a n g lo sa jó n y p o se e u n a n o ta b le tra d ic ió n ; de e ste m odo, se
e stab lece u n a b a se de e n ten d im ien to p a ra u n a co m ú n ciencia e u ro p e a
del D erech o Penal; pero to d av ía no e stá claro si, en el futuro, la ciencia
del D erech o P en al a lem án te n d rá que h a c e r u n a “red u cció n co n sid era­
ble” en el d iscurso in tern acio n al de su “centralización en las n orm as de
conducta”(73), lo cual tam p o co sería deseable dada la capacidad analítica
del co ncepto d u a lista de la n orm a.

L a d esam biguación n o rm ativ o -teó rica no pu ed e solucionar sola los


pro b lem as m a te ria le s del D erec h o Penal; sin em bargo, la te o ría de las
norm as e stru ctu ra las preg u n tas y lucubra el m étodo; lo cual, por cierto,
tam bién equivale al en tendim iento del m étodo analítico, área en la cual
el h o m enajeado h a establecido estándares.

B IB L IO G R A F ÍA

A D O M IE T , K. Rechtstheorie fü r Studenten. 4 a ed. C. F. M üller, 1998.

A L T E N H A IN , K. Das Anschlufidelikt. 2002.

ALW ART, H. Rechts und Handlung. 1987.

A P P E L , I. Verfassung und Strafe. 1998.

A U S T IN , J. Lectures on jurisprudence. Vol. I, 5a ed., 1911.

B E C K E R , G. S. “ C rim e and punishm ent: an econom ic app ro ach ” , en


Journal o f Political Economy, n° 76, 1968.

B E N T H A M , J. O f law in general. 1798. E dición de 1970 p o r H . L. A.


HART.

(73) A sí N E U M A N N , U . en: PR IT T W IT Z , I. / M A N O L E D A K IS C. (eds.). Slrafrechtsproblem e an der


Jahrtausendw ende, 1999, pp. 119-128.

29
Código Penal del Bícentenario. Estudios de Derecho Penal actual

B 1ER LIN G , E. Juristische Prinzipienlehre. T. 1, 1894.

B IN D E R , J. D er Adressat der Rechtsnorm un d seine Verpftichtung,


1927.

B IN D IN G , K. Die Normen und ihre Übertretung. T. 1, 1872.

B IN D IN G , K. D ie Normen und ihre Übertretung. T. I. 3a ed. 1916.

B IN D IN G , K. Handbuch des Strafrechts. T. 1, 1885.

B IN D IN G , K. Strañiche und strafprozessuale Abhandlungen. T. 1,


S trafrecht, 1915.

B IN D IN G , K. Systematisches Handbuch der Deutschen Rechtswissen-


schaft, sección 7a, p a rte I a, to m o 1, 1885.

C O IN G , H. “B entham s B edeutung fu r die E n tw ick lu n g der Interessen-


ju risp ru d e n z u n d d er allg em ein en R ech tsleh re” , en Archiv fu r
Rechts und Sozialphilosophie / Archives fo r Philosophy o f Law
and Social Philosophy (ARSP), vol. 54, n° 1, 1968.

D R E IE R , R. Was ist u nd wozu Algemeine Rechtsteorie? 1975.

E N G IS C H , K. Einführung in das juristische Denken. 9a ed., 1997.

G Ó S S E L , K. Feschrifft fú r Bengel. 1984.

G Ó S S E L , K. F eschriftfür Bruns. 1978.

G Ó S S E L , K. Festschrift fü r Otto Triffterer. Springer, 1996.

H A A S , V. Kausalitat und Rechtsverletzung. 2002.

HA RT, H. L. A. (ed.) Bentham's o fla w in general. 1970.

HA RT, H. L. A. The concept o f law. 2 a ed., 1994.

H O B B E S , T. “M alm esb u rien sis O p era quae latine scripsit O m ni a” , en


In unum corpus nunc prim um collecta studio et labore Gulielmi
Molesworth. Vol. II, L ondres, 1839.

H O B B E S , T. Leviathan. 1651.

H Ó F F E , B. Politische Gerechtigkeit. 1987.

30
La diferencia entre normas primarias de conducta y secundarias de sanción

H O Y E R , A. Strafrechts nach Arm in Kaufmann. Lebendiges und Totes


in Kaufmanns Normentheorie. 1996.

JH E R IN G , R. D erZ w eck im Recht. T. II, 2a ed., 1886.

K A N T, I. M etaphysik der Sitien. A k adem ieausgebe.

K E L S E N , H . Hauptprobleme der Staatsrechtslehre. 1923.

K E L S E N , H. Reine Rechtslehre. 1934

K E L S E N , H. Reine Rechtslehre. 2 a ed., 1960.

K O R IA T H , H. Grundlagen strafrechtlicher Zurechnung. 1994.

LA FAVE W. / IS R A E L , J. / K IN G , N. Criminalprocedure. 3a ed., 2000.

L E C K N E R , T. en SC H Ó N K E , A. / S C H R Ó D E R , H . Strafgesetzbuch.
StGB. 26a ed., 2001.

L IP P O L D , R. Reine Rechtslehre und Strafrechtsdoktrin. 1989.

L Ü D E R S S E N , K . en OTT, C. / S C H Á E E R , H. (eds.). D ie Proven-


tivwirkung zivil- und strafrechtlicher Sanktionen. 1998.

M A U R A C H , R. / G Ó S S E L , K. / ZIPF, H. Strafrecht. Allgemeiner Teil.


T, 2, 7 a ed., C. F. M üller, 1989.

M E L D E N A. I. (ed.). Human rights. 1970.

M IR P U IG , S. “F u n k tio n d er Strafe u n d V erbrechenslehre im sozialen


u n d dem o k ratisch en R ec h tsstaa t” , en ZStW, n° 95, 1983.

N A W IA SK Y , H. AUgemeine Rechtslehre ais System der rechtlichen


Grundbegrijfe .1 9 4 8 .

N E U M A N N , U. en: P R IT T W IT Z , I. / M A N O L E D A K IS C. (eds.).
Strafrechtsprobleme an der Jahrtausendwende, 1999.

PA S C H U K A N IS, E. AUgemeine Rechtslehre und Marxismus. 1929


(im presión de 1966).

P O S N E R , R. A. en A S S M A N N , H. / K IR C H N E R , C. / S C H A N Z E , E.
(eds.). Ókonomische Analise des Rechts: 1993.

31
Código Penal del Bicentenario. Estudios de Derecho Penal actual

R E N Z IK O W S K I, J. “N o rm en th eo rie ais B rü ck e z w isch en S trafrechts-


d o g m aíik u n d A llg e m e in er R ec h tsle h re ”, en ARSP, n° 87, 2001.

R E N Z IK O W SK I, J. N otstand und Notwehr. 1994.

R Ó H L , K . Algemeine Rechtslehre. 2a ed., 2001.

R O S S , A. Directives andNorm s. 1968.

S C H M ID H Á U S E R , E. Von den zw ei Rechtsordnungen im staatlichen


Gemeinwesen. 1964.

T H O N , A. Rechtsnorm undsuhjectives Recht. 1878.

V O G E L , J. Norm undP flicht bei den unechten Unterlassungsdelikten.


1993.

V O N W R IG H T , G. Handlung, Norm und Intention. 1997.

32

You might also like