You are on page 1of 25
Métodos para calcular certos limites envolvendo formas indeterminadas so tra- tados nas duas primeiras secgdes deste capitulo. A técnica usada ¢ chamada re- gra de L’Hépital, em homenagem ao matematico frances Guillaume Francois de L’Hépital (1661-1707), que escreveu o primeiro texto de Calculo, publicado em 1696. As Secedes 11.3 ¢ 11.4 referem-se a integrais improprias. Aquelas na Secedo 11.3 so integrais de intervalos sem limite, ou seja, tém extremos infinitos de integracio. Cada uma das integrais impréprias na Secco 11.4 envolve uma fun- 540 nao limitada em um intervalo fechado [a, b]; isto é, o integrando tem uma descontinuidade infinita em [a, B]. = i i J 11.1. Forma Indetorminada 010 651 Na Secgio 11.5 discutimos a formula de Taylor, que dé um procedimento para aproximarmos fungdes por meio de polinémios. 11.1 AFORMA 0 Teorema de Limite 9 (2.2.9) estabelece que se lim f(x) e lim g(x) existem, INDETERMINADA 0/0 entio in fee jim L sn 08) desde que lim 9(x) # 0. Existem varias situagOes nas quais esse teorema ndo pode ser aplicado. Espe- cificando, o Teorema de Limite 12 (2.4.4) pode ser aplicado se lim g(x) = 0 elim f(x) = k, onde k uma constante diferente de zero. Consideremos 0 caso quando tanto lim f(x) = 0 como lim g(x) = 0. Alguns limites desse tipo j4 foram discutidos. > ILUSTRACAO 1 Queremos encontrar Mox-2 him Foon 4 Aqui, lim (2 - x — 12) = Oe lim (x? — 3x - 4) = 0. Entretanto, o nume- rador e 0 deriominador podem ser fatorados, resultando (= 4) +3) lim set eae) fim Fao 4 Ie aE D in 3 “Biel = < lim sen x = O¢ lim x = 0 e pelo Teorema 2.8.2, < Oe lin (2) = 0, entdo a 11.1.1 DEFINICAO | Se fe g forem duas fungdes tais que lim f(x) } ILUSTRAGAO3 Da Definigdo 11.1.1 (x2 — x - 12)/(x? ~ 3x - 4) tem uma forma indeterminada 0/0 em 4; contudo, vimos na Hustragdo 1 que | funcdo f/g tem a forma indeterminada 0/0 em im 2827 lm oa ‘Também, sen x/x tem em 0 a forma indeterminada 0/0, enquanto que lim 52°~ = 1, conforme indicado na Ilustra¢do 2. < 652 11.1.2 TEOREMA | Sejam fe g fungdes diferencidveis num intervalo aberto I, exceto possivelmente Regra de L'Hépital | em um numero a em J. Suponha que, para todo x # aem I, g'(x) # 0. Entao, Formas indetorinades, integrais Imprépras ¢ a Férmula de Taylor ‘Vamos considerar agora um método mais geral para encontrar o limite, se existir, de uma fungdo em um niimero onde ela tem a forma indeterminada 0/0. © método é conhecido como a regra de L’H6pital. | se lim /@) = Oe lim 90) = Oese im £8) tim tre segue que im £2 tim L202 1 saga) O teorema é valido se ambos os limites forem laterais a direita ou a esquerda. Antes de apresentar a demonstragao do Teorema 11. mo usar 0 teorema através de exemplos ¢ ilustragées. .2, vamos mostrar co- > ILUSTRAGAO 4 Vamos usar a regra de L’H6pital para calcular os limi- tes nas Ilustragdes 1 ¢ 2. Na Ilustra¢do 1, como lim (x? ~ x — 12) = lim (x* = 3x — 4) = 0, podemos aplicar a regra de L’Hépital e obter ; x= mga oxo 4 m 2X! wade 3 A regra de L’Hépital pode ser aplicada na Ilustragao 2, pois lim sen x € lim x = 0. Entao, tim 2 tim oe EXEMPLO 1 Calcule o lim lim sole Solugéo Como lim x = Oe lim (1 ~ e%) = 0, a regra de L’H6pital pode ser aplicada. Assim, 11.1 A Forma Indeterminade 0/0 653 EXEMPLO 2 Callcule o limite, se existir: fim LE nx pte a aet2 Solugso lim (1 —x4Inx)=1-140 lim G2 —3x42)=1-342 ea a ba a Logo, aplicando a regra de L’Hépital, temos tim LX AI% ji x wp 3x42 gat RTS Agora, como lim (—1 + 1/x) = Oe lim Gx? — 3) = 0, aplicamos a regra de L’Hépital novamente, obtendo 1 are lim —— aot 3x? = 3 . - Portanto, \ lim Para provar o Teorema 11.1.2 teremos que usar 0 chamado teorema do valor médio de Cauchy, que estende para duas fungdes 0 teorema do valor médio (4.3.2) para uma tnica fungao. Esse teorema é atribuido ao matematico fran- cés Augustin L. Cauchy (1789-1857). 11.1.3 TEOREMA | Se fe g forem fungées tais que Tere io Vinal, | (fea s¥o continuas no intervalo fechado fa, bl -f € g sio diferenciaveis no intervalo aberto (a, 6); ara todo x no intervalo aberto (a, 6), g(x) # 0, entdo existiré um mimero z no intervalo aberto (a, b) tal que | 1 -so _ fe | 46—0@ ~ ve Prova Vamos mostrar primeiro que g(b) x g(a). Suponha 9(b) = g(a). Co- ‘mo q satisfaz as duas condigdes da hipétese do teorema do valor médio, existe algum nimero c em (a, 6) tal que 9’(c) = (9(8) ~ g(a)J/(b ~ a). Mas se (0) = g(a), entio existe algum numero c em (a, 6) tal que g’(c) = 0. Mas ‘a condicao (iil) da hipdtese desse teorema estabelece que para todo x em G, 6), 9/(8) # 0. Ha, portanto, uma contradigao. Logo, a hipétese de que (0) = 9(2)€ falsa. Assim 9(6) # g(a), conseqiientemente, g(b) ~ g(a) ¥ 0. 654 Formas indeterminadas, Integrals Imprprias 6 a Féxmua de Taylor Consideremos agora a funcdo A definida por &) = f(x) — fa — LOL) pay a) 9 = )— so) — [AL — Eni, Yo) = pe [LO-L0) kh) =f) [B23] ov w Logo, h é diferencivel em (a, b), pois fe g so diferencidveis no intervalo, ‘fh € continua em (a, b], pois fe g séo continuas nesse intervalo. = fla) — fia) —[LO=L) pata) — ota h(a) = f(a) — fla) (B=8]ta0 (a)) wy = 10) — 00 ~ [EF a a =0 Desta forma, a funcao A satisfaz as trés condigdes do teorema de Rolle. Lo- go, existe um numero z no intervalo aberto (a, 5), tal que A’(z) = 0. Assim, de (1), f(b) — fla) gb) ~ Como g’(z) # 0 em (a, b), da igualdade acima temos que Sib) = fla) _ f'@) ab) fa) ~ Gl) onde z é algum numero em (a, 5). Isso prova o teorema. . Se Seg for a funcdo g(x) = x, a conclusto do teorema do valor médio de Cauchy € a conclusio do antigo teorema do valor médio, pois g’(z) = 1. Assim sendo, © teorema do valor médio é um caso particular do teorema do valor médio de Cauchy. ‘Uma interpretasio geométrica do teorema do valor médio de Cauchy é dada nna Secgio 14.3. Adiamos a discussdo até entdo, pois vamos precisar de equa- ses paramétricas. > ILUSTRAGAOS Suponha que f(x) = 3x? + 3x — Le g(x) = x? — 4x + 2. Queremos encontrar um mimero z em (0, 1), previsto pelo Teorema 11.1.3. S()= 6x +3 G(x) = 3x? - Assim sendo, f € g sio continuas e diferenciaveis em toda parte ¢ para todo xem (0, 1), 9'(x) # 0. Assim, pelo Teorema 11.1.3, existe um zem (0,1), tal que SQ)— FO) _ +3 ai) = 4) ~ 3274 11.1 Forma Indeterminada 0/0 655 Substituindo f(1) = 5, g(1) = ~1, (0) = -1¢ g(0) = 2€ resolvendo em 2, teremos 643 34 0 =6 + V36 + 120 12 6420 iz 3+ /39 6 Somente um desses mimeros esti em (0, 1), a saber, z = +(-3 + 39). 4 Agora estamos em condigies de provar o Teorema 11.1.2. Vamos considerar trés casos: (i) x—> a*; ii) x a>} Gili) x a. Prova do Teorema 11.1.3{) Como na hipstese nao foi suposto que fe g eram de- finidas em a, consideremos duas novas fungées F e G para as quais FQ) = f@) sex # ae Fla) = 0 GQ) = g) sex aeG@ =0 Seja b o extremo direito do intervalo aberto J dado na hipétese. Como fe 4g so ambas diferencidveis em J, exceto possivelmente em a, concluimos que Fe G sao ambas diferenciaveis no intervalo (a, x], onde a < x < b. Logo, F e G so continuas em (a, x]. As fungdes Fe G sao também continuas a direita de a, pois lim F(x) = lim f(x) lim f(x) = 0, que € F(a); analogamente, @ lim Geo Assim, F e G satisfazem as trés condigdes da hipétese do teorema do valor mé- dio de Cauchy (Teorema 11.1.3),no intervalo [a, x]. Assim, G(@). Logo, F € G so continuas no intervalo fechado (a, x1 Fl) ~ Fla) _ Fi) Gx) = Ga) ~ Ge) onde z é algum mimero tal que a < z < x. De (2) ¢ da igualdade acima, temos fe) _ fe) 0) 92) ‘Como a < z < x, segue que quando x + a*, z+ a*; assim sendo, tim £2) = tim LO ase glx) ve" FE) £@) Te 656 11.1.4 TEOREMA, Rogra de L'Hopital Formas Indeterminadas, Integrals Impréprias¢ a Formula de Tayor Mas, por hipétese, esse limite é L. Logo, tim £2) — 2h gy . A demonstragao do caso (ii) € andloga a de (i) € serd deixada como exercicio (veja 0 Exercicio 34). A demonstracao do caso (ii) baseia-se nos resultados dos casos (i) ¢ (i) e sera também deixada como um exercicio (veja 0 Exercicio 35). A regra de L’ Hopital também € valida quando x cresce sem limitagao ou de- cresce sem limitagdo, conforme sera provado no préximo teorema. Sejam fe g funcdes diferencidveis para todo x > N, onde N’é uma constante Positiva, e suponha que para todo x > N, g'(x) x 0. Entdo, se lim f(x) = 0 € lim g@) = 0ese tim £0 ate g'@) segue que SF) xa Te ge) © teorema continua valido se trocarmos x + +2 por x+ — 2. Prova Vamos demonstrar 0 teorema para x + +00. A demonstracao quando Xx — © serd deixada como um exercicio (veja o Exercicio 38) Para todo x > N, sejax = 1/t, entéo t = 1/x. Sejam Fe G as funcdes definidas por F() = f(1/0 e G(d) = g(l/0, se t # 0. Entio fQ) = FiO e g(x) = G(O, onde x > Ne 0 <1 < 1/N. Das Definigdes 2.5.1 € 2.3.1, pode- ‘mos mostrar que as afirmativas lim fay=M elim Fi)=M tm o mesmo significado. A prova desse fato serd deixada como exercicio (veja © Exercicio 36). Como, por hipétese, lim f(x) = 0 ¢ lim g(x) = 0, podemos concluir que ae a lim F(Q=0 elim GQ) =0 eo) Considerando o quociente F’(1)/G"(#), temos, usando a regra da cadcia, 11.1 A Forma indoterminada 0/0 657 Como por hipétese lim, f°(3)/9'(x) = L, do que esté acima segue que lim FOL cor GO, ‘Como para todo x > N, g'(x) # 0, L (4) 1 Go # Opara todoO << Dessa afirmagdo, de (3) ¢ de (4) segue, do Teorema 11.1.2 que FO _ Ho Ga * Mas como F(1)/G(t) = f(2)/g(2) para todo x > Ne t # 0, entdo € assim 0 teorema est provado. . Os Teoremas 11.1.2 € 11.1.4 continuam validos se L for trocado por +0 ou <0. As demonstragdes serdio omitidas. EXEMPLO 3. Calcule o limite, se existi Solugio _lim_sen(I/x) = 0€ lim, tg-'(I/x) = 0. Assim, da regra de en L'Hépital, sen im. “eO) 0 = im Como 1 sn oe eee 1+ 658 Formas indeterminadas, Intograis Imprépras o 2 Forma de Taylor segue que lim wat Portanto, o limite dado € 1. EXEMPLO4 Dada CH cexzo { sex=0 (a) Prove que fé continua em 0 usando a Definig&o 2.6.1. (b) Prove que fé diferencidvel em 0 calculando /’(0). Fe) Solugao (a) Vamos verificar as trés condigdes para a continuidade. @) £0) Gi) tim f(x) = Para calcular o limite, vamos aplicar a regra de L’Hépital, pois lim (e* = 1) = 0 lim x = 0. Temos lim f(x) a £ Gi tim fs) = f00) Logo, f ¢ continua em 0. ©) £0) = tim SLO Como lim (e* - 1 — x) = Oe lim x? = 0, aplicamos a regra de L’Hépital € obtemos Exorcicios 11.1 Como lim (e* — 659 1) = Oe lim 2x = 0, aplicamos novamente a regra de L'Hépital e obtemos “(0) = tim & S(O) = him F EXERCICIOS 11.1 Nos Exercicios de I a 5, ache todas os valores de z no intervalo (a, b) dado, satisfazendo a conclusdo do Teorema 11.1.3 para 0 par de funedes dadas. 1. fle) = 2°, ox) = 275 (a,b) = (0,2) 2x 1-3 2 fos) =p 060) = (a) = 0,2) 3. fla) = sen x, glx) = 608 x; (a, 6) = (0, =) 4. Fox) = 608 25, 4) 8. fix) = Ve +5, oe (0,50) =4,-1) sen x; (a,b) +308) Nos Exercicios de 6 a 30, calcule o limite, se ele existr. 8 tig EEE 10, tim San tim Ingsen 2) sen"! tim == 88% 43, im BE 44, tim Bi xsex ML @—2y My 18, tim >= * 16. tim" = 17 tim 2=3208 =o 8 mia? rr) ery — et e ix EBT in eoshy 3 I ie =H) 2 Inyoe teh 2x ey ab (149! -" at? e-10 28, tim 242 26, tim 21 sodeaye=(=a 8 ye ar tim LE SO82 oon x~coth 2B, lig aw 31, Um circuito elétrico tem uma resisténcia de R ohms, uma in- dutincia de Z henrys e uma forga eletromotriz de E volts, onde R, L ¢ E sho positivos. Se ‘amperes for a corrente pas- sando no circuito f segundos depois que ele foi ligado, entdo 2 ety ingen Se 1, Fe L sio constantes, ache lim i 32. Numa progressio geométrica, se a for o primeiro termo, r for a razio comum a dois termos sucessivos e S for a soma dos 1 primeiros termos, entdo ser # 1, _ ae = 0) rot s Ache o lim S. O resultado serd consistente com a soma dos rn primeiros termos se r = 1? Ache os valores para a e b tais que ay S03 Hart bet lis + ° 34, Prove o Teorema 11.1.2(i). 35. Prove o Teorema 11.1.2(ii 36, Suponha que f seja uma fun¢ao definida para todo x > N, onde N’é uma constante positiva. Ser = V/xe F(d) = f(l/0), onde 1 # 0, prove que as afirmagées lim, f(x) = Me lim, F() = M tém o mesmo significado, 37, Dada So) = sex 40 0 sex=0 (@) Prove que f é continua em 0, usando a Definigao 2.6.1 (b) Prove que f € diferenciavel em 0, calculando f’(0). 38. Prove o Teorema 11.1.4 para x + ~ =. 39. Prove que x!° < e para x suficientemente grande, cal- calando , im, > 40, Prove que In x < x? para todo p > 0 x suficientemente Inx xe srande, calculando , tiny, 660 Formas Indeterminades, Integrais Impréprias © a Formula de Taylor 11.2 OUTRAS FORMAS Suponha que nosso problema seja determinar se INDETERMINADAS lim 18% x Nao podemos aplicar o teorema envolvendo o limite de um quociente lim Inx = —coe lim (1/x) = +00. Nesse caso, dizemos que a funcao definida por In x/(1/x) tem a forma indeterminada (~ 2)/(-+20) em x = 0.A regra de L’H6pital também se aplica a uma forma indeterminada desse tipo, bem como aquelas dos tipos (+ 0)/( +60), (—0)/(— 2) e (+<0)/(— 2). Iss0 tudo é dado pelos préximos teoremas, cujas provas sero omitidas, pois esto fora do contexto deste livro. 11.2.1 TEOREMA | Sejam fe g funcdes diferenciaveis no intervalo aberto 1, exceto possivelmente | Regra de L'Hopital | em um nimero a em J, e suponha que para todo.x # a em J, 9'(x) # 0. Entao, se lim f(@%) = +20 ou —0, € lim g(x) = +00 ou —o, ese lim £2) yee 9’) segue que Ie) 9G) © teorema continua valido se todos os limites forem laterais & direita ou late- rais & esquerda. EXEMPLO 1 Calcule o limite, se existir: Inx lim =~ Solugio Como lim Inx = —ooe lim (I/x) = +2, aplicamos a regra de L'Hépital obtendo 1 11.2.2 TEOREMA Regra de L'Hépital © teorema continua valido se x -» +60 for substi 11.2. Outras Formas Indeterminadas 661 Sejam fe g fungdes diferencidveis para todo x > N, onde N’é uma constante positiva, esuponha que para todo.x > N, 9'(x) # 0. Entao, se lim f(x) = +0 ou -@, € 1 96s) = +00 0u — 0, ese £0) ate 9) segue que Le A “gey = * por x» —2 | Os Teoremas 11.2.1 ¢ 11.2.2 também sdo validos quando L é substituido por +00 ou —c0, ¢ as demonstragdes desses casos também serio omitidas. EXEMPLO 2 Calcule o limite, se existir: my Mater te ox Solugko Como lim In(2 +e) = +o0e lim 3x = +0, aplicando a regra de L’Hépital obtemos 1 ¢ In(2 + e*) 2+e Ae TELS = tim xvta 6+ 3et Agora, como lim e* = +0 ¢ lim (6 + 3e%) = +00, aplicamos a regra de L’Hépital novamente, obtendo lim BEFE) tim Mo Ok ane 3 am 2 lim ante d EXEMPLO 3 Calcule 0 limite, se exist lim <= sonia 00? 3x 662 Formas Indeterminadas, Integrals Imprpias @ a Férmula de Taylor Solugo sex = +o0e lim_sect3x = +00, Assim, da regra de L’Hopital segue que tim SCX 2 jj 2802 XtB x soa S00? 3x eagia- 6 sect Bx tg 3k im 2sec?xtex=+o0 € lim 6sec*3xtg3x= +00 ‘Observe que qualquer nova aplicagao da regra de L’Hpital nao ird nos aju- dar. Todavia, o quociente original pode ser reescrit jim 52% = jig £05238 saa $607 3x gagin~ COS Agora, como lim cos? 3x = Oe lim_ cos? x = 0, podemos aplicar a regra de L’Hépital, obtendo tim £057 3% _ iy, 8.008 3xsen 3x sosa- | —2 60s xsen x tim 2200s 3xs0n 3x) saut- (2008 xsenx) 3sen 6x ma sen 2x 0 Como lim 3 sen 6x = Oe lim sen 2x = 0, aplicamos novamente a regra de L’H6pital, obtendo 3sen 6x 18 cos 6x im SSROX jim A508 Sx sia Sem 2x ~ stu Deos Be _ 18(—1) “AD =9 Logo, lim <> aout 5e0? 3x. O limite do Exemplo 3 pode ser calculado sem a regra de L"Hépital, através do Teorema 2.8.2. Esse célculo serd deixado como exercicio (veja o Exercicio 38). Além de 0/0 e + co/ +0, temos ainda as formas indeterminadas 0 + (+0), +o0 ~ (+00), OF, (+00) e 1*=, Essas formas sdo definidas da mesma manei- aque as outras duas. Por exemplo, se 0 lim f(x) = +20 e lim g(x) = 0, entio a fungdo definida por (2) tem em a uma forma indeterminada (+00). Pa- Ta encontrarmos o limite de uma fungdo tendo uma dessas formas indetermina- das, precisamos transformé-la numa das formas 0/0 ou + 00/ +c, antes de apli- car a regra de L’HOpital. Os exemplos a seguir ilustram 0 método. EXEMPLO 4 — Calcule o limite, se existi lim_ sen-! x cosec x 11.2. Outras Formas Indetorminadas 663 Solugo Como lim sen“! x = Oe lim cosecx = +00, a funcdo definida por sen! x cosec x tem uma forma indeterminada do tipo 0 - (+0) em 0. Pa- ra podermos aplicar a regra de L’Hépital, reescrevemos sen-! x cosec x como sen-! x/sen xe consideramos lim (sen~! x/sen x). Agora lim sen~!x = 0c 0; temos assim a forma indeterminada 0/0. Logo, pela regra de L'Hépital, obtemos sen“! x- = lim sao" NX gor COSX 1 T 1 EXEMPLO5 — Calcule 0 limite, se existir tin (3 - ray) Solugéo Como limG=+0 ¢ limj——=+0 sun X? 80 X temos a forma indeterminada + 00 — (+00), Reescrevendo a expresso, temos (3 1 ) seex—1 lim (= — lim sols? x? scex) ~ .%5 x? see x lim (sec x — 1) = Oe lim (x? sec x) = 0; aplicamos entéo a regra de L’H6pital € obtemos sec x lim so ¥? 860 x sec x tg x ex tx? sec xtgx = tim — 18 *__ no 2k + BE lim tg x = 0 ¢ lim Qx + x?tgx) = 0 Assim, aplicamos novamente a regra obtendo tim — 18% __ tim ca ene Mie + tex TG Oetg xt eS Logo, tim (4 1 1 xo\x? x?secx) 2 Para qualquer uma das formas indeterminadas 0°, (+ 00), 1**, 0 procedi- mento para calcular o limite esta no Exemplo 6. 664 Formas Indeterminadas, Integrais Impréprias ¢ Formula de Taylor EXEMPLO6 —Calcule o limite, se existir: lim, (e+ 1) Solugso Como lim (x + 1) = Le lim cotgx = +0, temos a forma indeterminada 1+ y=@t pee o Entao, Iny = cote x Intx + 1) In +») ex Assim, Jim In y = tim 2+). ne me BE @ Como lim Ing + 1) = Oe lim tg x = 0, podemos aplicar a regra de L'Hépital a0 segundo membro de (2), obtendo 1 tim ME +Y jig SET ror BX wage SEC Logo, substituindo por 1 0 segundo membro de (2) teremos lim Iny = 1 @ Como a funcdo exponencial ¢ continua em todo o seu dominio, que é 0 con- junto de todos os mimeros reais, podemos aplicar 0 Teorema 2.7.1 ¢ assim lim exp(ln y) = on( Jim In ») Logo, segue de (3) dessa igualdade que li Mas de (1), y = (x + 1)** e, portanto, lim @ + IP" =e EXERCICIOS 11.2 Nos Exercicios de 1 a 34, calcule o limite, se existr. tim 1 x In(cos x) mine ae 1 lim 2 im ate) S. lim x cosee x 6 lim Qx—Itgax 11.3 _Integrais Impréprias com Extramos de Integragéo Infinitos 665 emp vex <0 nx 7 tig & im tg! x cote x 35. $e 70) = oF Safe sshe ke de forma ques on sein continua em x = 0. 9. tim tg xin 9 10. tim G& ‘) (e+ NB sex x 0) Bs wn (fen x 36. ses = {f So HO}. ache ede forma que 11, tim (& -; 12, Tim enh 298* J seja continua em x 13 lim x 14. lim (x 4 2h" 37. Se im oe = 9, ache n. 38. Calcule o limite no Exemplo 3 sem usar a regra de L’Hopital, 18, lim (@-VF FFD) 16. ‘mas usando 0 Teorema 2.8.2 ¢ as identidades aD costhm — ) = sen tesentha — t) = cost. aay 2 39. Prove elim (e- 17) ~ 0 para odo into po eal aa sitivo, (&) Se fl) = e7", use 0 resultado de (a) para pro- ‘ar que os litites def todas as suas dervadas, sto O para 21. lim (1 + ax)" a #0 2 x tendendo a 0. -~ 40. Suponha que f(x) i ce” Jor + T dt e g(x) = x"e™. 23. lim (senx)" 24. m i = se tin, [22] = naten 28, lim (1 + senh x)? 26, lim (x — 2) te nx g@) mo ne ae Nos Exercicios 41 e 42, faga um esbogo do grafico de f, determi- 27. im [e082] 28 lim (os 9) nando primeiroos extremes relatives de [eas assintoras hort "tn [eta de 442] rontais do grifico, se exsirem. ae AL. fix) = x! x > 0 42, fix) = x4, x > 0 Inge + 69) a . 30, tim EY an tim aR i, 4, Determine cada um dos seguintes limites: owes; (&) tim (sen )", Seria 0*= uma 3. im © slim, Gen aye 6) tim_ (sen. Seria 0 34 tim &~ Vex) forma indeterminada? 11.3 _ INTEGRAIS IMPROPRIAS Ao definirmos a integral definida |” f(x) dx, supusemos que a funcao f deveria COM EXTREMOS DE INTEGRAGAO y INFINGOg ‘et definida e continua no intervalo fechado {a, b]. Vamos estender agora a de- finigo de integral definida para poder considerar um intervalo de integragao infinito e chamar tal integral de integral imprépria. Na Secedo 11.4 discutire- ‘mos um outro tipo de integral imprépria. > ILUSTRAGAO1 Consideremos o problema de encontrar a drea da regiao li- mitada pela curva y = e~*, pelo eixo x, pelo eixo y e pela reta x = b; onde b > 0. A regido esta na Figura 1. Se A unidades de drea for a area da regio, An tim $e ae lie & feta --et FGURA 1 sl-e 666 11.3.1 DEFINIGAO 11.3.2. DEFINIGAO. 11.33 DEFINIGAO Formas Indeterminadas, Integrals impropis o a Frmula de Ta Se deixarmos b crescer sem limitacao, et tim Oe = im (1°) slim, [Jetax= 1 a De (1) segue que, nao importando quéo grande seja o valor de b, a rea da regio mostrada na Figura 1 sera sempre menor do que | unidade de érea. ‘< A equagao (1) estabelece que se b > 0, para todo ¢ > 0 existe um N > 0 tal que se b> H entto [ft er ari] ce Em ugar de ()esreveros [prenae Em geral, temos a definigdo a seguir. Se f for continua para todo x > a, entio [f° 700 de = tim, * 709 de 3 se esse limite existi Se 0 extremo inferior da integracao for infinito, temos a definigdo a seguir. Se f for continua para todo x > b, entio [109 ae = tim, f° 709 ax | se esse limite existir. Finalmente, temos 0 caso em que ambos os extremos de integracdo séo in- finitos. ‘Se f for continua para todos os valores de x e c for um ntimero real qualquer, | entao [12 709 ax = im, [70 ax + tim | Foo a @ se esses limites existirem. No Exercicio 40 vocé deverd provar que se o limite existir, o segundo mem- bro de (2) serd independente da escolha dec. Nas aplicacées da Definigo 11.3.3, costumamos tomar ¢ igual a 0. Nas trés definigdes anteriores, se 0s limites exitirem, ditemos que a integral im- prépria € convergente. Se os limites ndo existirem, diremos que a integral im- propria é divergente. 11.3 Integraie Impréopries com Extremos de Integragdo Infinitos 667 EXEMPLO 1 —Calcule a integral, se ela convergir: f ax -oG—9 Solugdo f dx. «GF EXEMPLO 2 Calcule a integral, se ela convergir: [races Solugdo [PP xetax= tim [xem dx Para calcular a integral, usaremos integrago por partes com u = x, dv = e~*de, du = deey = —e-*, Assim, : [tse tax = tim [ane —be*—e-? +1) = tim 5-041. 8) Para calcular lim_ 5, aplicamos a regra de L’Hopital pois lim, b = +20 € jlim, eb = +. Teremos tim 5 = tim 4 to ® pate =0 Logo, de (3), [frees 668 Formas indeterminadss, Integrals Imprépras e @ éxmala de Taylor EXEMPLO 3 Calcule, se existirem: (@ fl2xdx — () tim J xax Solucdo (a) Da Definigéo 11.3.3, com ¢ = 0, temos fi2xdem tim Peart tim Pxax im, Ll + tin [be], lim (Hat) + fim 10? ‘Como nenhum dos dois limites existe, a integral imprépria diverge. ©) fin fl xde= tin [be = lim QF = 4) = lim 0 0 © Exemplo 3 ilustra por que nao usamos o limite em (b) para determinar a convergéncia de uma integral imprépria quando ambos os extremos de integra- ¢40 so infinitos. Isto é, a integral imprépria em (a) ¢ divergente, mas o limite em (b) existe € € 0. EXEMPLO 4 —Calcule a integral, se ela convergir: ax FOF ex ode iy (*__ we + OxF 12 we Je FIP +3 w-vw Jo +3 43 1 x43? tet] + lim i 1&2 FIGURA 2 11.3 _Integrais Impréprias com Extremos de Integragdo Infinitos 669 EXEMPLOS —_E possivel indicar um niimero para representar a medida da area da regido & direita da retax = 1, abaixo do grafico de y = 1/x, e acima do eixo x? Solugéo A regido est na Figura 2. Seja Lo mimero que queremos atribuir & medida da drea, se for possivel. Seja A a medida da drea da regio limitada pelos graficos das equagdes y = 1/x, y = 0,x = lex = b, onde b > 1. Entdo A= lim ee warso i & [it Assim, chamamos de L = ,lim_A se esse limite existir. Mas Ax lim A= lim [ike lim [in btn 1] =+0 Portanto, nao é possivel atribuir um niimero & medida da area da regido EXEMPLO6 —_E possivel atribuir um niimero finito medida do volume do s6lido formado pela rotagéo em torno do eixo x, da regido do Exemplo 5? SolugSo _O elemento de volume ¢ um disco circular com espessura A,x ¢ raio da base 1/,. Seja L 0 mimero que queremos atribuir 4 medida do volu- me e seja Va medida do volume do sélido formado pela rotagdo, em torno do eixo x, da regido limitada pelos graficos das equagdes y = 1/x, » = 0, x= Lex = bonded > 1. Entao, = te, eZ) ® i fav Seja L = ,lim_V, se o limite existir. lim V= tim «fs -* im [2] ==,tin (-5 +1) Logo, atribuimos 0 valor 4 medida do volume do si 670 Formas Indeterminadas, Intoprals Impréprias ¢ @ Formula de Taylor EXEHPLO7 Determine se f°" sen x di €convergente ou divergent, Solugao. fo%sn ds = tim Posen xax = tim [cost = lim (—cos 6 +1) Para todo inteiro n, enquanto b assume todos os valores de nx a 2nn, cos b assume todos os valores desde —1 até 1. Logo, ,lim_cos b néo existe. A: sendo, a integral imprépria é divergente. © Exemplo 7 ilustra o caso no qual a integral imprépria é divergente, porém © limite néo ¢ infinito. ‘Uma aplicacdo de integral imprépria com um extremo de integracao infinito envolve o célculo de probabilidades. A probabilidade de um evento particular ‘ocorrer é um nimero no intervalo fechado [0, 1]. Se houver certeza de que um evento ocorrerd, entdo a probabilidade serd 1; se o evento no ocorrer nunca, entdo sua probabilidade sera 0. Quanto mais certeza tivermos de que um even- to ird ocorrer, mais préxima de 1 sera sua probabilidade. Suponha que 0 conjunto de todos os resultados possiveis de uma determina- da situagao seja 0 conjunto de todos os mimeros x num certo intervalo I. Por exemplo, x pode representar quantos minutos alguém espera até vagar um Iu- gar em um determinado restaurante; quantas horas de vida itl tem um tubo de televisor ow a altura de uma pessoa em centimetros. E necessério, algumas ve- zes, determinar qual a probabilidade de x estar em algum subintervalo de I. Por exemplo, podemos querer determinar qual a probabilidade de que uma pessoa tenha de esperar de 20 a 30 min por uma mesa em um restaurante, ou a proba- bilidade de que um tubo de televisor dure mais de 2.000 h, ou ainda, a probabi- lidade de que alguém escolhido ao acaso tenha entre 1,60 e 1,80 cm de altura Tais problemas envolvem o calculo da integral de uma fungao chamada de fun- si densidade de probabilidade. As funcdes densidade de probabilidade sio ob- tidas de experiéneias estatisticas. Vamos apresentar uma breve discussao infor- mal dessas fungdes aqui, para mostrar como aparecem as integrais imprdprias. ‘Uma fungdo densidade de probabilidade é uma funcdo f cujo dominio é 0 conjunto R de nimeros reais e que satisfazem as duas condigdes seguintes: 1. f(x) 3 0 para todo x em R 2. J? pode ‘Vamos considera aqua fungdodensdadeexponencialdefinida por ke sex 30 : sof sex<0 tJ ‘onde k > 0. Para verificar se essa fun¢o qualifica-se como uma fungio den: dade de probabilidade, vejamos se ela satisfaz as duas propriedades acima re- feridas. 14 Outras itograisImprérias BIL Se f for uma fungio densidade de probabilidade, entio 1a média (ou valor médio) das probabilidades sera dada por [°T -f00 ds. Ache media das probebiidades obi das da fungio de densidade exponencial (4) 32. Uma fungio densidade de probabilidade uniforme & defini- da por 0 sex ILUSTRAGAO 1 Vamos determinar se é possivel representar por um nimero a medida da area da regio mostrada na Figura 1. Da discussdo que precedeu a Definigdo 11.4.1, a medida da area da regiao dada sera uma integral impr6- pria (1), se ela existir. Pela Definigio 11.4.1, [% tim f° eee eal = fim 2012] = lim (42%) =4-0 4 Logo, 4 sera a medida da area da regio dada, < Se o integrando tiver uma descontinuidade infinita no extremo superior da integracdo, usaremos a seguinte definicdo para determinar a existéncia da inte- gral imprépria. 11.4.2 DEFINIGAO | Se f for continua em todos os x no intervalo semi-aberto a direita [a, b) e se lim f(@) = te, entao [2409 dx = im [i 79 ae se esse limite existir. Se existir uma descontinuidade infinita num ponto interior ao intervalo de integracdo, a existéncia da integral imprdpria serd determinada a partir da defi- nigdo a seguir. 11.4.3 DEFINICAO | Se f for continua em todos os valores de x no intervalo [a, b] exceto c, onde a ILUSTRACAO2 Suponha que, ao calcular a integral do Exemplo 1, passou despercebida a descontinuidade infinita do integrando em 1. Teriamos obtido Esse resultado é, obviamente, incorreto. Como 1/(x ~ 1)? nunca é negativo, a integral de 0 a 2 ndo poderia ser um ntimero negativo. * < EXEMPLO 2 Calcul a integral, se ela for convergente: ff xinxax Solugdo _O integrando tem uma descontinuidade no extremo inferior. Da Definigio 11.4.1, ff xinxdx= tim f! xin xde sin [et nx — 4 Jim ($In 1-4-4 Ine +37] Logo, ff xinxdx=0-4—4 lim Pine +0 Q Para calcular Int lim ine = tim 2 676 Formas Indeterminadas,Intgrais Imprépriaso a Formula de Taylor aplicamos a regra de L'Hépital, pois lim Int = —a ¢ lim 1/ = +0. Temos Logo, de (2) fi xincé= EXEMPLO 3 Calcule a integral, se ela for convergente: te dx (xe Solugo _ Nessa integral, temos tanto um extremo superior infinito quanto ‘uma descontinuidade infinita do integrando no extremo inferior. Procedemos da seguinte maneira: we 5+ ie, sd, = lim (se! 2~ see“! t) + lim (sec"* b — see“ 2) = 4x = lim see“! r+ tim see“! b — 4x =-0+4n A integral do Exemplo 3 é chamada de integral imprépria de tipo misto. EXERCICIOS 11.4 ‘Nos Exercicios de 1 a 25, determine se a integral imprépria é con- vergente ou divergente. Se for convergente, calcule-a. ('_dx 18 de “3 xdx 2 L 2, % 3 18. [7° nxde fae TS ie3 f “oxde (ids * dx 4 6 18. Ue [Lice {3 1. [i sec aa % * (aa

You might also like