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Aprova

BRASIL
Língua
Portuguesa
9º ano
Ensino Fundamental

Coleção SAEB

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NOME: _____________________________________________________________

________________________________________________________________________

ESCOLA: __________________________________________________________

TURMA: ______________ PERÍODO: ___________________________

HORÁRIOS DAS AULAS


HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO

1ª AULA

2ª AULA

3ª AULA

4ª AULA

5ª AULA

6ª AULA

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Aprova
BRASIL
Língua
Portuguesa
9º ano
Ensino Fundamental

Coleção SAEB

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Expediente

EDITOR
Cristian Muniz

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E EDITORIAL


Geovana Muniz

EDITORAÇÃO
Estúdio Caverna

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)


CÂMARA BRASILEIRA DO LIVRO, SP, BRASIL
Aprova Brasil : língua portuguesa : 9º ano / organização Geovana Muniz Dos Santos.
– 1. ed. – São Paulo : Pae Editora, 2020. – (Aprova Brasil ; 1)

Bibliografia
ISBN 978-65-88497-08-1

1. Português (Ensino fundamental) I. Santos, Geovana Muniz Dos. II. Série.

20-44447 CDD-372.6
Índices para catálogo sistemático:
1. Português : Ensino fundamental 372.6
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129

Todos os direitos desta edição reservados à PAE Editora


R. Saguairu, 274 — 02514-000 — São Paulo - SP
Tel: (11) 3222-9015 — www.pae.com.br

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LÍNGUA PORTUGUESA

Prefácio

Caro(a) aluno(a),

Bem-vindo(a) ao volume do 9º ano (Ensino Fundamental II) de Língua


Portuguesa, da coleção Aprova Brasil — PAE Editora!

Esta obra apresenta um conjunto de atividades cuidadosamente selecionadas


por professores com ampla experiência na docência e elaboradas de acordo com
Matrizes de Referência alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Para que você obtenha bons resultados em seus estudos e avaliações, sobre-
tudo nos testes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), todos os
volumes de Língua Portuguesa foram criados com o objetivo de proporcionar fer-
ramentas para que você desenvolva a compreensão, a interpretação e a produção
de textos, sempre com o intuito maior de formá-lo(a) um(a) leitor(a) literário(a).

Além disso, as atividades estão didaticamente organizadas para estimular seu


pensamento crítico, suas habilidades de raciocínio e sua criatividade.

Por último, mas não menos importante, a coleção Aprova Brasil foi ela-
borada com o propósito de estimular ações que contribuam para a inclusão, a
cidadania, a defesa dos direitos humanos e a formação de valores.

Muito sucesso em seus estudos!

PAE Editora

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UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES

LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO

UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

EIXO ORALIDADE – Práticas de compreensão e produção de textos orais em diferentes contexto discursivos.
(EF09LP01) Participar, de modo claro e respeitoso, de interações orais em sala de

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aula e na escola, particularmente quando suas posições forem divergentes das
Interação discursiva/intercâmbio de seus interlocutores.
Regras de convivência em sala de aula
oral no contexto escolar
(EF09LP02) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em
debates ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola.
(EF09LP03) Utilizar estratégias de construção do texto oral, considerando os obje-
Elementos constitutivos da discursividade em tivos comunicativos, o contexto e a situação e as características dos interlocutores.
Funcionamento do discurso oral
diferentes contextos comunicativos (EF09LP04) Justificar, em interações orais, mudança, desvio ou quebra de tópico
conversacional, analisando estratégias de retomada do tema da interação.
(EF09LP05) Justificar pontos de vista defendidos e refutados na escuta de intera-
Estratégias de escuta de textos Procedimentos de escuta de textos ções polêmicas: entrevista, debates (televisivo, em sala de aula, em redes sociais
orais em situações específicas de etc.), entre outros.
interação
Registro de informações (EF09LP06) Sintetizar ideias de texto escutado, com base em anotações.
Produção de textos orais (EF09LP07) Expor, de modo resumido, resultados de debate em sala de aula sobre
em situações específicas de Exposição oral tema polêmico, enumerando os argumentos e contra-argumentos apresentados,
interação orientando-se por anotações feitas durante o debate.
Habilidades comuns do 6º ao 9º ano
(EF69LP01) Expor, no tempo previsto, resultados de pesquisa ou estudo, em cola-
Produção de textos orais
boração com o grupo, com apoio de quadros, tabelas ou gráficos e uso de recursos
em situações específicas de Exposição oral
de tecnologias da informação e comunicação, adequando vocabulário, pronúncia,
interação
entonação, gestos, pausas e ritmo.
(EF69LP02) Justificar fatores determinantes de registro linguístico (formal, infor-
mal), como: contexto, ambiente, tema, estado emocional do falante, grau de inti-
midade entre os falantes.
(EF69LP03) Adequar o nível de formalidade da fala aos temas, contextos/situa-
Variação linguística Processos de variação linguística ções, interlocutores.
(EF69LP04) Reconhecer a manifestação de preconceitos linguísticos como formas
de discriminação e dominação.
(EF69LP05) Respeitar a variação linguística por características sociais, regionais,
urbanas e rurais da fala, rejeitando preconceitos linguísticos.

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UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
EIXO LEITURA – Práticas de compreensão e interpretação de textos verbais, verbo-visuais e multimodais. Textos da atualidade, com assunto e tema apropriados à faixa etária
dos alunos e nível de textualidade adequado: vocabulário com possibilidades de enriquecimento do léxico do aluno e recursos expressivos denotativos e conotativos.

(EF09LP08) Localizar e integrar várias informações explícitas distribuídas ao longo


Localização de informações em textos
do texto, sintetizando-as em uma ideia geral, categoria ou conceito.

(EF09LP09) Pesquisar informações, de forma crítica e esclarecida, nos meios de

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Seleção de informações comunicação e informação, novos ou tradicionais, sem exceder a quantidade
de informações disponíveis, para resolver problemas.

(EF09LP10) Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na com-


Deduções e inferências de informações
preensão do texto.

(EF09LP11) Justificar tópicos discursivos, valores e sentidos veiculados por texto,


Reconstrução das condições de produção e relacionando ao seu contexto de produção, circulação e recepção (objetivo da inte-
recepção de textos ração textual, suportes de circulação, lugar social do produtor, contexto histórico,
destinatário previsto etc.).

(EF09LP12) Sintetizar texto lido, representando-o em tópicos e subtópicos, mapas


Reflexão sobre o conteúdo temático do texto
conceituais, esquemas, resumos etc.

(EF09LP13) Justificar, pelo contexto semântico e linguístico, o significado de pala-


Reflexão sobre o léxico do texto
vras e expressões desconhecidas.
Estratégia de leitura (EF09LP14) Justificar tese defendida em texto argumentativo.
(EF09LP15) Analisar organização textual de argumentos e contra-argumentos em
Reflexão sobre a forma, a estrutura e a texto argumentativo.
organização do texto (EF09LP16) Diferenciar, em textos argumentativos, os tipos de argumentos (de
autoridade, por comprovação, por exemplificação, de causa e consequência), justi-
ficando sua força de convencimento.

(EF09LP17) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão


sequencial (conjunções e articuladores textuais).
(EF09LP18) Justificar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de recurso
Avaliação dos efeitos de sentido produzidos
a formas de apropriação textual (paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou
em textos
indireto livre).
(EF09LP19) Interpretar os efeitos argumentativos da relação entre elementos cons-
titutivos de textos multimodais e o impacto social das mensagens veiculadas.

(EF09LP20) Justificar diferenças ou semelhanças no tratamento dado a uma


Recuperação da intertextualidade e mesma informação veiculada em textos diferentes.
estabelecimento de relações entre textos (EF09LP21) Avaliar, criticamente, a qualidade e a validade da informação veiculada
em diferentes textos.

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UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
Habilidades comuns do 6º ao 9º ano
(EF69LP06) Ler textos (impressos e eletrônicos) mais extensos e com vocabulário
Fluência de leitura para a compreensão do
pouco usual, de gêneros textuais diversos, silenciosamente e em voz alta, com
texto
crescente autonomia e fluência (padrão rítmico adequado e precisão).
Construção da autonomia de (EF69LP07) Estabelecer expectativas (pressuposições antecipadoras dos sentidos,
leitura da forma e da função do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre
Autodomínio do processo de leitura gênero textual, suporte e universo temático, bem como sobre saliências textuais,

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recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confor-
mando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos.
EIXO ESCRITA – Práticas de produção de textos verbais, verbo-visuais e multimodais de diversos gêneros textuais.
(EF09LP22) Produzir textos injuntivos instrucionais, indicando o objetivo a ser atin-
gido, apresentando os comandos em ações sequencialmente ordenadas, e conju-
Texto injuntivo: instrucional e procedimental
gando elementos verbais e visuais para a complementação/visualização das infor-
mações (imagens e tabelas, desenhos etc.).
(EF09LP23) Produzir textos expositivos (artigos), com estrutura adequada (introdu-
ção ao tema, desenvolvimento e conclusão) e utilizando, adequadamente, estraté-
Texto expositivo-informativo
gias de informação (definições, descrições, comparações, enumerações, exemplos,
gráficos, tabelas).
Estratégias durante a produção
(EF09LP24) Produzir texto argumentativo, assumindo posição diante de tema po-
do texto
lêmico, argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de texto e
Texto argumentativo
utilizando diferentes tipos de argumentos – de autoridade, comprovação, exem-
plificação.
Procedimentos linguístico-gramaticais (EF09LP25) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com
e ortográficos estruturas sintáticas complexas no nível da oração e do período.
(EF09LP26) Utilizar, ao produzir texto, recursos expressivos adequados ao gênero
Procedimentos estilístico-enunciativos textual, discurso direto em registro formal ou informal, de acordo com o locutor-
-personagem, figuras de linguagem etc.
Habilidades comuns do 6º ao 9º ano
(EF69LP08) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, consi-
derando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem es-
Planejamento do texto creve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto
Estratégias antes da produção vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização,
do texto estrutura, o tema e assunto do texto.
(EF69LP09) Buscar, em meios impressos ou digitais, informações necessárias à pro-
Pesquisa sobre o tema do texto dução do texto (leituras) e realizar entrevistas, organizando em roteiros os fatos,
dados e fontes pesquisadas.

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UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

Estratégias durante a produção (EF69LP10) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos,
Parágrafo: aspectos semânticos e gráficos
do texto tópicos e subtópicos, segundo as regras gráficas e de acordo com o gênero textual.

(EF69LP11) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a co-


Revisão do texto laboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos,
reformulações, correções de ortografia e pontuação.

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Estratégias após a produção do
(EF69LP12) Reescrever o texto incorporando as alterações feitas na revisão e obe-
texto Reescrita do texto
decendo as convenções de disposição gráfica, inclusão de título, de autoria.

(EF69LP13) Utilizar softwares, inclusive programas de edição de texto, para editar


Edição do texto
e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multimídias disponíveis.

EIXO CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS E GRAMATICAIS – Práticas de análise linguística e gramatical (como estratégia para o desenvolvimento produtivo das práticas de
oralidade, leitura e escrita). Reflexão sobre os usos do léxico e de regularidades no funcionamento da língua falada e escrita.

(EF09LP27) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-


-padrão e o de preconceito linguístico.
Variação linguística Variedades linguísticas e norma-padrão
(EF09LP28) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-padrão
em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.

(EF09LP29) Identificar estrangeirismos, caracterizando-os segundo a conservação,


Processos de formação e
Estrangeirismos ou não, de sua forma gráfica de origem, avaliando a pertinência, ou não, de seu
significados das palavras
uso.

(EF09LP30) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações com a


estrutura sujeito-verbo de ligação-predicativo.
Estrutura de oração
(EF09LP31) Diferenciar, em textos lidos e em produções próprias, o efeito de sentido
do uso dos verbos de ligação “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e “permanecer”.

Observação de regularidades no (EF09LP32) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que
funcionamento da língua: conjunções conjunções (e locuções conjuntivas) coordenativas e subordinativas estabelecem
coordenativas e subordinativas entre as orações que conectam.
Morfossintaxe
(EF09LP33) Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-pa-
Regência nominal e verbal
drão com seu uso no português brasileiro coloquial oral.

(EF09LP34) Comparar as regras de colocação pronominal na norma-padrão com o


Colocação pronominal
seu uso no português brasileiro coloquial.

Marcas da relação entre as orações no (EF09LP35) Identificar efeitos de sentido do uso de orações adjetivas restritivas e
período composto: orações subordinadas explicativas em um período composto.

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UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

EIXO EDUCAÇÃO LITERÁRIA – Práticas de leitura e reflexão para apreciar textos literários orais e escritos.

Elementos constitutivos do discurso narrativo


(EF09LP36) Avaliar a verossimilhança em textos ficcionais, considerando os acon-
ficcional em prosa e versos: estrutura da
tecimentos narrados e o ponto de vista com base no qual são narrados.
narrativa e recursos expressivos
Elementos constitutivos do discurso poético
(EF09LP37) Analisar, em poemas de forma livre e fixa, os efeitos de sentido decor-
Categorias do discurso literário em versos: estratos fônico, semântico e
rentes de recursos sonoros e gráfico-espaciais.
gráfico

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(EF09LP38) Analisar a organização de texto dramático apresentado em teatro,
Elementos constitutivos do discurso dramático
televisão, cinema, identificando as estratégias de sua realização como peça teatral,
em prosa e versos
novela, filme.
(EF09LP39) Analisar, em texto literário, recursos expressivos que provocam efeitos
Recursos de criação de efeitos de sentido
de humor, ironia ou paradoxo.
(EF09LP40) Analisar recursos de intertextualidade em paródias, paráfrases, pasti-
Reconstrução do sentido do ches, charges, cartuns e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, artes vi-
texto literário suais e midiáticas, música).
Intertextualidade
(EF09LP41) Analisar temas, categorias, estruturas, valores e informações em textos
literários e outras manifestações artísticas (obras de cinema, teatro, artes visuais e
midiáticas e música).
(EF09LP42) Criar contos ou crônicas, com temáticas diversas, aplicando os conhe-
cimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos do texto narrativo
Experiências estéticas Processos de criação de ficção.
(EF09LP43) Parodiar poemas conhecidos da literatura.
Habilidades comuns do 6º ao 9º ano
(EF69LP14) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferen-
tes visões de mundo em textos literários.
O texto literário no contexto
Dimensão social e estética do texto literário (EF69LP15) Reconhecer, em textos literários, formas de estabelecer múltiplos olha-
sociocultural
res sobre as identidades, sociedades e culturas, considerando o momento e o local
de sua produção e autoria.
(EF69LP16) Ler, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros, ex-
Interesse pela leitura literária Apreciação de texto literário pressando avaliação do texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas,
autores.

Fonte: Base Nacional Comum Curricular.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura

(SAEPE) Leia o texto abaixo.

Você sabia que a Floresta Amazônica não é respon-


sável por grande parte do oxigênio que respiramos?
É bem provável que você tenha ouvido por aí: “A Amazônia é o pulmão do
mundo.” Bobagem! Embora as florestas tenham, sim, grande importância na pro-
dução do oxigênio, como é o caso da Floresta Amazônica, o grande pulmão do
mundo, para usar a mesma expressão, está nas águas — ou melhor, nos seres que
habitam rios e mares.
Um bom exemplo são os locais de
encontro entre rios e mares, os chamados
estuários, ambientes muito ricos em vida. Ali
encontram-se as macrófitas aquáticas, plan-
tas que se parecem com o capim terrestre;
o fitoplâncton, que são algas microscópicas
que vivem próximas às superfícies da água; as
plantas herbáceas, que são rasteiras, maleá-
veis e se parecem com ervas. Pois bem!
Essas espécies são algumas das grandes produtoras do oxigênio que respira-
mos e não as enormes árvores das florestas. [...]
Quanto menores são os organismos, mais rápido é o seu metabolismo, as
reações químicas que ocorrem dentro do corpo. No caso dessas espécies, essas
reações estão diretamente ligadas à fotossíntese, processo pelo qual, utili-
zando se da luz do Sol, os vegetais produzem o seu próprio alimento e liberam
oxigênio.
QUESADO, Letícia Barbosa. Ciência hoje das crianças, jan./fev. 2010.
(fragmento)

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Aprova BRASIL

1) De acordo com esse texto, plantas de rios e mares produzem mais


oxigênio porque são

A) encontradas próximas às superfícies da água.


B) menores e seu metabolismo é mais rápido.
C) parecidas com o capim terrestre.
D) rasteiras e parecidas com ervas.

(SAEPE) Leia o texto a seguir.

O casaco
Um homem estava anoitecido.
Se sentia por dentro um trapo social.
Igual se, por fora, usasse um casaco rasgado e sujo
Tentou sair da angústia
Isto ser:
Ele queria jogar o casaco rasgado e sujo no lixo.
Ele queria amanhecer.

BARROS, Manoel de. Poemas rupestres. 2. ed. Rio de Janeiro: Best Seller,
2006. p. 73.

2) No trecho “Um homem estava anoitecido”, a palavra destacada foi


empregada para

A) ressaltar o estado de pobreza do homem.


B) evidenciar a revolta do homem.
C) enfatizar o estado interior do homem.
D) destacar o cansaço físico do homem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(SAEPE) Leia o texto a seguir.

9º ano • Ensino Fundamental


Bicho-da-seda
O bicho-da-seda se alimenta das folhas da amoreira. É nesta fase que a larva
começa a tecer seu casulo, feito com fios de muitos metros de comprimento.
[...] A larva fia a seda ao redor do seu corpo fazendo movimentos geométricos
em forma de número 8 [...].
Para se obter fios de seda é preciso mergulhar os casulos em água quente
para amolecê-los e retirar deles uma espécie de goma que os faz ficar presos uns
aos outros. [...] Este processo, em suma, consiste em desfazer todo o trabalho que
a lagarta teve para formar o casulo. [...]
O cultivo do bicho-da-seda traz benefícios à sociedade, não só pela fabricação
e comercialização de diversos tipos de tecidos, como também pelo fato de propor-
cionar trabalho no campo com o cultivo da amoreira. O Brasil é, hoje, o terceiro
maior produtor de seda.

PACIEVITCH, Thais. Disponível em: <http://www.infoescola.com/insetos/bicho-da-seda/>.


Acesso em: 3 set. 2009.

3) De acordo com o texto, um dos benefícios do cultivo do bicho-da-seda é

A) desfazer o trabalho da lagarta ao fazer o casulo.


B) fabricar diversos tipos de tecidos.
C) industrializar a goma dos casulos.
D) tornar o Brasil o maior produtor de seda do mundo.

4) (SAEPE) Leia o texto a seguir.

Refrigerante faz cócegas no cérebro


Não é só pelo sabor que os refrigerantes seduzem crianças e adultos. Eles
são divertidos principalmente pelas bolhas de gás carbônico que contêm. Ao se
misturar com a saliva, elas estouram e viram ácido carbônico. Com isso causa
uma pequena irritação na língua. É dolorido, só que o cérebro interpreta essa dor

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Aprova BRASIL

pequena como uma cócega. No fim, resta a sensação de prazer. Esse mecanismo
foi desvendado por químicos e neurologistas da Universidade da Califórnia, nos
Estados Unidos, que examinaram o cérebro de ratos enquanto gotejavam água
com gás na língua deles. Notaram, assim, que os neurônios encarregados de captar
sinais de dor entravam em ação. “Isso não quer dizer que o ácido carbônico faça
mal”, explicou Earl Carstens, responsável pela pesquisa, à SUPER.

SUPERINTERESSANTE. São Paulo: Abril, n. 12, p. 15, 1999.

No trecho “Isso não quer dizer que ácido carbônico faça mal...”, o pronome
destacado faz referência à

A) ação dos neurônios captadores de sinais de dor.


B) passagem do gás carbônico para ácido carbônico.
C) realização de experiências com ratos de laboratórios.
D) transformação que sofrem as bolhas de gás carbônico.

5) (SAEPE) Leia o texto a seguir e responda.

Disponível em: <http://meninomaluquinho.com.br.html>.

No trecho “Tchau, mãe! Vou brincar lá fora.”, a expressão destacada dá uma


ideia de

A) causa. C) modo.
B) lugar. D) tempo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

6) (SAEPE) Leia o texto a seguir e responda.

9º ano • Ensino Fundamental


Brincadeira retrô
Me lembro bem de quando era pequena e do quanto minha imaginação era
fértil. Eu fui daquelas crianças que davam arrepios nos pais por conta das brincadei-
ras mirabolantes: a cama de casal que virava navio pirata, o sofá da sala que virava
palco de teatro com direito a cortina de lençol e tudo mais... Toda vez que começava
a me animar minha avó dizia: “Lá vem essa menina inventando moda”. Hoje vejo
que esse era o jeito de brincar das crianças de antigamente. Não havia toda essa
parafernália eletrônica, que toca música, anda, fala e não deixa nenhum espaço
para a imaginação. Precisávamos inventar as nossas brincadeiras. Criança moderna
não sabe brincar sozinha, tem sempre a babá, o computador, o DVD... Hoje tento
incentivar meu filho a brincar assim também.
Não é que eu vá jogar todos os brinquedos dele fora, mas com certeza ele vai
aprender a se divertir com muito menos. Dá mais trabalho, faz mais bagunça, mas
é infinitamente mais divertido.
POMÁRICO, Veri. Revista Gol. Editora Trip: s/l. s/d.

A autora desse texto defende que

A) as brincadeiras das crianças de antigamente eram divertidas.


B) as brincadeiras de antigamente eram mais criativas que as atuais.
C) as maneiras de as crianças de hoje brincarem devem ser aceitas.
D) as crianças devem brincar com parafernálias eletrônicas.

7) (SAEPE) Leia o texto a seguir e responda.

Corda bamba
As duas vinham andando pela calçada — a Mulher Barbuda e Maria. De mão
dada. A Mulher Barbuda usava saia, barba e uma sacola estourando de cheia;
Maria, de calça de brim, um embrulho debaixo do braço, ia levando a tiracolo
um arco enfeitado com flor de papel, quase do tamanho dela (não era muita

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Aprova BRASIL

vantagem: ela já tinha dez anos, mas era do tipo miúdo). Pararam na frente de um
edifício. Barbuda falou:
— É aqui, tá vendo? 225. — Olhou pra trás: — Foguinho! Ei!
Foguinho estava parado na esquina tirando um coelho da meia: andava trei-
nando pra ser mágico. Há anos que ele comia fogo no circo, mas agora tinha dado
pra ficar de estômago embrulhado cada vez que engolia uma chama; tinha dias,
que só de olhar pras tochas que Barbuda trazia, o estômago já se revoltava todo.
— Olha só, fiz a mágica da meia! — gritou. Agarrou o coelho pela orelha e
correu pra porta do edifício.
Barbuda achava uma graça danada naquela história de Foguinho treinar
mágica em tudo que é canto; deu um beijo nele:
— Você ainda vai ser o maior mágico que já se viu por aí. Não é, Maria?
Mas Maria continuou quieta; só apertou com mais força a mão de Barbuda.

NUNES, Lygia Bojunga. Corda bamba. 20. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1997. p. 9.

Qual era a opinião de Barbuda?

A) Achava que Foguinho seria um grande mágico.


B) Achava que Foguinho era um bom engolidor de fogo.
C) Pensava que Maria era muito miúda.
D) Pensava que Maria era muito quieta.

8) (SAEPE) Leia o texto a seguir.

Com a cabeça nas nuvens


Saiba por que as nuvens de tempestade são também sinal de... turbulência!
Quando você vê nuvens escuras, pensa logo que vem chuva por aí, certo? De
fato, as cúmulos-nimbos, nuvens de cor cinza, causam tempestades. Só que elas
não assustam apenas quem tem medo de chuva forte. Os pilotos de avião também
as temem. Sabe por quê?
As cúmulos-nimbos são campeãs em turbulência, conta a meteorologista
Maria Assunção Dias, da Universidade de São Paulo. Esse fenômeno é capaz de
chacoalhar um avião e é causado pelo choque entre as correntes de ar que há
dentro das nuvens.

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LÍNGUA PORTUGUESA

No interior das cúmulos-nimbos, as correntes de ar são muito intensas e têm

9º ano • Ensino Fundamental


sentidos opostos. Para você ter uma ideia, os jatos de ar voltados para cima, nesse
tipo de nuvem, chegam à velocidade de 100 quilômetros por hora.
As cúmulos-nimbos, no entanto, não se destacam apenas pela turbulência. A
cor escura é outra de suas características. E sabe qual a origem dessa coloração?
Os raios solares batem na nuvem e são refletidos de volta para o espaço, por conta
das pedrinhas de gelo e gotas de água que as formam. Pronto, está revelado o
mistério!
Disponível em: <http://chc.org.br/com-a-cabeca-nas-nuvens/>.
Acesso em: 14 jul. 2009.

Leia novamente a frase a seguir.

“Esse fenômeno é capaz de chacoalhar um avião e é causado pelo choque


entre as correntes de ar que há dentro das nuvens.” (2º parágrafo). A expressão des-
tacada está substituindo a palavra

A) choque.
B) gelo.
C) nuvem.
D) turbulência.

9) (SAEPE) Leia o texto a seguir.

Sondagem
O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam pesada a carga
matinal, que na sua opinião, e dado seu nome burocrático, devia constituir-se
apenas de cartas. No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais
pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso deve ser de morte!
Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se admira:
— Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que tem no miolo?
— Em primeiro lugar, Teodorico, nem sempre eu guardo. Às vezes dou aos
amigos, quando há alguma coisa que possa interessar a eles.

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Aprova BRASIL

— Mas como sabe que pode interessar, se não leu?


Esclareço a Teodorico que não leio de ponta a ponta, mas sempre abro ao
acaso, leio uma página ou umas linhas, passo os olhos no índice, e concluo.
Meu crédito diminui sensivelmente a seus olhos. Não lhe passaria pela cabeça
receber qualquer coisa do correio sem ler inteirinha.
— Mas, Teodorico, quando você compra um jornal se sente obrigado a ler
tudo que está nele?
— Aí é diferente. Eu compro o jornal para ver os crimes, o resultado do seu-
-talão-vale-um-milhão etc. Leio aquilo que me interessa.
— Eu também leio aquilo que me interessa. [...]
Ficou pensativo, à procura de argumento? Enquanto isso, eu meditava a curio-
sidade de um carteiro que se queixa de entregar muitos livros e ao mesmo tempo
reprova que outros não os leiam integralmente.
— Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
— Como não adianta? Lava o espírito.
— No meu fraco raciocínio, tudo é encadeado neste mundo. Ou devia ser.
Uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se uma pessoa, vamos
dizer, eu, só para armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
— o senhor, numa hipótese — para receber e ler esse livro. Mas se o senhor não
liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço, e isso é o que acontece com a
maioria, estou vendo.

ANDRADE, Carlos Drummond. In: WERNECK, Humberto. Boa companhia: crônicas.


São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 31-33.

No trecho “... isso é o que acontece com a maioria, estou vendo.” (último
parágrafo), o pronome destacado refere-se ao fato de o narrador

A) ter diminuído o crédito com o carteiro.


B) presentear sempre os amigos com livros.
C) ler apenas uma página ou umas linhas.
D) dar pouca importância a um livro recebido.

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LÍNGUA PORTUGUESA

10) (SAEPE). Leia o texto a seguir.

9º ano • Ensino Fundamental


Art. 2º Declaração dos direitos da criança

“A criança deve beneficiar-se de proteção especial e dispor de oportunidades


e serviços assegurados por lei ou por outros meios, a fim de poder desenvolver-se
física, mental, moral, espiritual e socialmente de modo sadio e normal, em condi-
ções de liberdade e dignidade. Na adoção de leis com este objetivo, a consideração
fundamental deve ser o interesse superior da criança.”

Declaração dos Direitos da Criança, aprovada pela Assembleia Geral da ONU,


em 20 nov.1959.

Esse texto tem a finalidade de

A) explicar um artigo de lei.


B) garantir os direitos da criança.
C) informar sobre direitos da criança.
D) opinar sobre um artigo de lei.

11) (SAEPE) Leia o texto a seguir.

A morte da tartaruga

O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A


mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele
bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirma-
ção da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio
ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino.
”Cuidado, senão você acorda seu pai”. Mas o menino não se conformava. Pegou
a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que com-
prava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela viva! A mãe lhe
prometeu um carrinho, um velocípede, lhe prometeu uma surra, mas o pobre
menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu ani-
malzinho de estimação.

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Aprova BRASIL

Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, estremunhado, ver
de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse: — “Está
aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que faço. Já lhe
prometi tudo mas ele continua berrando desse jeito”. O pai examinou a situação e
propôs: — “Olha Henriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta mesmo você
chorar. Deixa ela aí e vem cá com o pai”. O garoto depôs cuidadosamente a tarta-
ruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou-se na poltrona, botou
o garoto no colo e disse:
— “Eu sei que você sente muito a morte da tartaruguinha, eu também. Mas
nós vamos fazer um grande funeral para ela. (Empregou de propósito a palavra
difícil). O menino parou imediatamente de chorar e perguntou o que era funeral.
O pai lhe explicou que era um enterro. “Olha, nós vamos comprar uma caixa bem
bonita, balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois colocamos a tartaruga
na caixa e rodeamos de velinhas de aniversário. Convidamos seus colegas, canta-
mos o “Happy-Birth-Day-To-You” pra tartaruguinha morta e você assopra as velas.
Depois a enterramos, no quintal, e numa pedra colocamos o nome dela e o dia
em que ela morreu. Isso é um funeral! Vamos fazer isso?” O garotinho estava com
outra cara. “Vamos papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá no céu, não
vai?” Saiu correndo para apanhar o animal morto. Gritou para o pai: “— Papai,
papai, vem cá, ela está viva!” O pai correu pro quintal e constatou que era verdade.
“Que bom, heim, nem precisaremos fazer o funeral”. “Vamos sim, papai” — disse
o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande — “Eu mato ela”.

MORAL: O IMPORTANTE NÃO É A MORTE, É O QUE ELA NOS TIRA.

FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. 9. ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1985.

No trecho “... Mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente aba-
lado com a morte do seu animalzinho de estimação.”, a palavra em destaque
expressa a ideia

A) da afetividade que o menino demonstrava pela tartaruga.


B) de ironia pela morte repentina da tartaruga.
C) do tamanho reduzido que tinha a tartaruga.
D) do valor que a tartaruga tinha sobre os outros animais.

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LÍNGUA PORTUGUESA

12) (Prova Brasil) Leia o texto a seguir:

9º ano • Ensino Fundamental


Como opera a máfia que transformou o Brasil num
dos campeões da fraude de medicamentos
É um dos piores crimes que se pode cometer. As vítimas são homens, mulhe-
res e crianças doentes — presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a
saúde perdida. A máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas
de narcotraficantes. Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta cons-
ciência do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios
não é dada oportunidade de escolha. Para o doente, o remédio é compulsório.
Ou ele toma o que o médico lhe receitou ou passará a correr risco de piorar ou
até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta
reserva.

PASTORE, Karina. O paraíso dos remédios falsificados. Veja, n. 27.


São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.

Segundo a autora, “um dos piores crimes que se pode cometer” é:

A) a venda de narcóticos.
B) a falsificação dos remédios.
C) a receita de remédios falsos.
D) a venda abusiva de remédios.

13) Leia o texto para responder à questão a seguir:

Linguagem publicitária

[...]
Ao contrário do panorama caótico do mundo apresentado nos noticiários dos
jornais, a mensagem publicitária cria e exibe um mundo perfeito e ideal [...] Tudo
são luzes, calor e encanto, numa beleza perfeita e não perecível.
[...]

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Aprova BRASIL

Como bem definiu certa vez um gerente de uma grande agência francesa,
publicidade é “encontrar algo de extraordinário para falar sobre coisas banais”.
[...]

CARVALHO, Nelly de. A linguagem da sedução. São Paulo: Ática, 1996. In: CEREJA, William Roberto;
MAGALHÃES, Thereza. Português linguagens. São Paulo: Atual, 2006.

No trecho “Ao contrário do panorama caótico do mundo apresentado nos


noticiários dos jornais, a mensagem publicitária cria e exibe um mundo perfeito e
ideal [...]”, a palavra destacada está no mesmo campo de significado de

A) confuso.
B) perfeito.
C) ideal.
D) encanto.

14) (Prova Brasil) Leia o texto a seguir:

Duas almas
Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada,
entra, e sob este teto encontrarás carinho:
eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,
vives sozinha sempre, e nunca foste amada...

A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,


e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.

E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,


essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
podes partir de novo, ó nômade formosa!

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LÍNGUA PORTUGUESA

Já não serei tão só, nem irás tão sozinha.

9º ano • Ensino Fundamental


Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha…

WAMOSY, Alceu. Livro dos sonetos. Porto Alegre: L&PM, 1997.

No verso “e a minha alcova tem a tepidez de um ninho” (v. 6), a expressão


destacada dá sentido de um lugar:

A) aconchegante.
B) belo.
C) brando.
D) elegante.

15) (Prova Brasil) Leia o texto a seguir:

O drama das paixões platônicas na adolescência


Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição.
Por isso, ela precisa conquistá-lo de qualquer maneira.
Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a ganhar o gato do 3º ano
do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista na
arte da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia —
justo a maior “crânio” da escola.
E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis da con-
quista elaboradas pela amiga.

Revista Escola, mar. 2004, p. 63.

Pode-se deduzir do texto que Bruno:

A) chama a atenção das meninas.


B) é mestre na arte de conquistar.
C) pode ser conquistado facilmente.
D) tem muitos dotes intelectuais.

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Aprova BRASIL

16) (Prova Brasil) Leia o texto a seguir:

Como se produzem frutas fora de época?

Você se lembra do tempo em que era preciso esperar o outono para comer
morango e o inverno para chupar laranjas? Se não, é porque faz muito tempo
mesmo: hoje em dia, essas frutas estão no supermercado o ano inteiro. Poda e irri-
gação se juntaram à genética e à química e permitem que os agricultores acelerem
ou retardem o ciclo natural das plantas. Hoje, as frutas são de todas as épocas.
A manga, por exemplo, graças a substâncias químicas como paiobutazol e
ethefon, tem uma produção uniforme ao longo do ano. O produtor pode até
adequar a colheita ao período mais propício para o mercado interno ou externo.
Além do calendário, a agricultura moderna também ignora a geografia: a maçã, fã
do frio, já dá na Bahia. Fruto de cruzamentos genéticos, a variedade Eva suporta
trocadilhos e o calor nordestino desde 2004.

“Os produtores aprenderam a explorar nossos


climas e solos e passaram a produzir a mesma fruta
em várias regiões”, explica Anita Gutierrez, enge-
nheira agrônoma da Companhia de Entrepostos e
Armazéns Gerais de São Paulo, a CEAGESP. O que
não significa que não exista sazonalidade: ainda há
variação no volume de algumas frutas e verduras por culpa de estiagem excesso de
chuvas ou frio fora do comum. Ainda falta podar o clima.

SILVA, Michele. Revista Superinteressante, n. 264. São Paulo: Abril, 2009. p. 46.

Esse texto trata

A) da agricultura moderna, que produz frutas o ano inteiro.


B) dos morangos, que devem ser cultivados no outono.
C) do calendário agrícola, que determina a produção.
D) das ações do clima, que interferem na produção.

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LÍNGUA PORTUGUESA

17) (Equipe PIP) Leia o texto a seguir.

9º ano • Ensino Fundamental


Receitas da vovó
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba
que, além de gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. É ver-
dade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam
antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala
ou se falava em determinada região. E ainda servem como passagens de tempo,
chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha
(se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que eu
estou falando).
A tese defendida pelo autor do texto é de que as receitas culinárias:

A) Fazem com que lembremos a nossa infância.


B) Resgatam nossas tradições familiares ou étnicas.
C) São as que só nossas mães ou avós conhecem.
D) São uma parte importante da cultura brasileira.

18) Leia o texto para responder à questão a seguir:

O império da vaidade
Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema e os jornais defendem
os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilíneas e as aca-
demias de ginástica? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala do
afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, mesmo meio gordas, um pouco
feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá dinheiro para os nego-
ciantes, mas dá prazer para os participantes.
O prazer é físico, independentemente do físico que se tenha: namorar, tomar
milk-shake, sentir o sol na pele, carregar o filho no colo, andar descalço, ficar em
casa sem fazer nada. Os melhores prazeres são de graça — a conversa com o
amigo, o cheiro do jasmim, a rua vazia de madrugada —, e a humanidade sempre
gostou de conviver com eles. Comer uma feijoada com os amigos, tomar uma
caipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um momento de prazer

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Aprova BRASIL

é compensar muitos momentos de desprazer. Relaxar, descansar, despreocupar-se,


desligar-se da competição, da áspera luta pela vida — isso é prazer.
Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema.
O prazer gratuito, espontâneo, está cada vez mais difícil. O que importa, o que
vale, é o prazer que se compra e se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da
competição. Estamos submetidos a uma cultura atroz, que quer fazer-nos infeli-
zes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, as namoradas precisam ser
modelos que desfilam em Paris, os homens não podem assumir sua idade.
Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da indústria
e do comércio. Querem que sintamos culpa quando nossa silhueta fica um pouco
mais gorda, não porque querem que sejamos mais saudáveis — mas porque, se
não ficarmos angustiados, não faremos mais regimes, não compraremos mais pro-
dutos dietéticos, nem produtos de beleza, nem roupas e mais roupas. Precisam da
nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia.
O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo.

LEITE, Paulo Moreira. O império da vaidade. Veja, 23 ago. 1995. p. 79.

O autor pretende influenciar os leitores para que eles

A) evitem todos os prazeres cuja obtenção depende de dinheiro.


B) excluam de sua vida todas as atividade incentivadas pela mídia.
C) fiquem mais em casa e voltem a fazer os programas de antigamente.
D) sejam mais críticos em relação ao incentivo do consumo pela mídia.

19) (SPAECE) Leia o texto a seguir.

História em esmolas
Quando aqui chegaram, os portugueses traziam bugigangas para oferecer
aos índios. Desde então, a história do Brasil é uma história de esmolas dos podero-
sos para os humildes.
Ao mesmo tempo em que matavam os índios, os colonizadores distribuíam
esmolas para eles.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A independência também foi uma esmola: no lugar de um presidente brasi-

9º ano • Ensino Fundamental


leiro, eleito por nosso povo, tivemos um imperador, filho do rei da metrópole.
A libertação dos escravos foi incompleta como uma esmola: não distribuí-
ram as terras, não colocaram seus filhos na escola. Deram-lhes uma esmola de
liberdade.
Nossa república foi proclamada, mas de um modo insuficiente, como uma
esmola. Foi proclamada, não constituída. Para proclamá-la, bastou um marechal,
em cima de um cavalo, com sua espada, em um dia de novembro no Rio de Janeiro,
mas para construí-la são necessários milhões de professores, em dezenas de milha-
res de escolas espalhadas por todo o território, durante muitas décadas.

BUARQUE, Cristovam. Os instrangeiros. Rio de Janeiro: Garamond, 2002. (fragmento)

O fragmento que contém a principal informação desse texto é:

A) “Quando aqui chegaram, os portugueses traziam bugigangas para os


índios.”.
B) “... a história do Brasil é uma história de esmolas dos poderosos para
os humildes.”.
C) “... no lugar de um presidente brasileiro, eleito por nosso povo, tivemos
um imperador,...”.
D) “Nossa república foi proclamada, mas de um modo insuficiente, como
uma esmola.”.

20) Leia o texto para responder à questão a seguir:

A outra noite
Rubem Braga

Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e
chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e
o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava
um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas
de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas. Uma paisagem irreal.

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Aprova BRASIL

Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal


fechado para voltar-se para mim:
— O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem
mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma
outra — pura, perfeita e linda.
— Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva.
Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser avia-
dor ou pensava em outra coisa.
— Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um “muito
obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um
presente de rei.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.

O fato que desencadeou a história foi

A) a viagem a São Paulo.


B) o mau tempo em São Paulo.
C) o agradecimento do taxista.
D) a conversa ouvida pelo taxista.

21) (Prova Brasil) Leia o texto a seguir.

A função da arte

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que des-
cobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois

9º ano • Ensino Fundamental


de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão
do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
— Me ajuda a olhar!

GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Trad. Eric Nepomuceno. 5. ed.


Porto Alegre: L&PM, 1997.

O menino ficou tremendo, gaguejando porque

A) a viagem foi longa.


B) as dunas eram muito altas.
C) o mar era imenso e belo.
D) o pai não o ajudou a ver o mar.

22) Leia o texto para responder à questão a seguir.

Mente quieta, corpo saudável

A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo


indica, sim. Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da
ação terapêutica da meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24
anos, só a clínica de redução do estresse da Universidade de Massachusetts moni-
torou 14 mil portadores de câncer, AIDS, dor crônica e complicações gástricas. Os
técnicos descobriram que, submetidos a sessões de meditação que alteraram o
foco da sua atenção, os pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou
abandonaram o uso de analgésicos.
Revista Superinteressante, outubro de 2003.

O texto tem por finalidade

A) criticar. C) denunciar.
B) conscientizar. D) informar.

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Aprova BRASIL

23) (SAEPE) Leia o texto a seguir.

Filhos do coração
Gabriela de Palhano e Rogério Lima

O sonho da empresária Ana Fabíola Gonçalves é ter uma família grande; entre
o pequeno Yuri, de apenas 9 meses, e Ian, de 13 anos, cabe mais um irmão. Fabíola
tenta adotar uma criança de 5 ou 6 anos. “É como se faltasse alguma coisa”, diz
a mãe.
Nos abrigos, a espera também é longa — muitas vezes de dois ou três anos.
Enquanto isso, as crianças vivem uma infância sem família. Num dos abrigos
que visitamos, um menino conta o que ele pede na hora de rezar: “Peço um pai,
uma mãe, alguém cuidando da gente”.
Qual é a dificuldade para unir esses destinos? O Estatuto da Criança e do
Adolescente estabelece que a prioridade é que os filhos voltem para as famílias
biológicas, mas não há prazos pra que isso ocorra; os processos judiciais podem
levar anos. (...) Enquanto isso, a fila para a adoção é grande. (...)
O promotor Sávio Bittencourt diz que a sociedade precisa discutir, com urgên-
cia, o tempo que a Justiça leva para decidir que uma família é incapaz de cuidar dos
filhos que abandonou. “(...) Quantas vezes são tentadas reintegrações frustradas,
em que a criança volta pra passar final de semana com seus pais biológicos e sofre
violências, insultos? Aí ela volta para o abrigo mais uma vez, num novo abandono.
Essas situações vão se repetindo porque nós queremos que o vínculo bio-
lógico seja respeitado, enquanto o que importa, na verdade, é a afetividade da
família”, defende o promotor. (...)
O juiz Francisco Oliveira Neto (...) diz que o ideal é diminuir a permanência das
crianças nos abrigos; mas, para ele, mais importante do que fixar prazos é tentar
todos os recursos para reaproximar pais e filhos…

Disponível em: <http://jornalhoje.globo.com/JHoje/0,19125,VJS0-3076-20080212-316208,00.html>.

Esse texto trata da

A) adoção de crianças. C) união entre pais e filhos.


B) religião das crianças. D) violência contra os filhos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

24) (SAEPE) Leia o texto a seguir.

9º ano • Ensino Fundamental


“Fiquei chocada ao ler que foi achado na Capital mais um meio para veicular
anúncios: o cesto do lixo. Mas fiquei muito mais chocada mesmo foi quando li num
painel do metrô: Anuncie no Metrô.
Tinha vivido na ilusão de que as estações e trens do metrô seriam salvos da
invasão de anúncios. Durante algum tempo me alegrei com a ilha de tranquilidade
das paredes do metrô, no meio do mar de propaganda que é a Capital. O sonho
se desfez.
Vivemos na sociedade de consumo, onde o ser humano é unicamente visto
como consumidor. Uma sociedade onde ele é perseguido pela propaganda, atra-
vés da TV, rádio, revistas, abrigos de ônibus, cartazes e outdoors em toda parte e
qualquer canto.
Uma sociedade que lhe tira todo sossego e paz, ao ouvir, ver e ler ininterrup-
tamente: coma, vista, use, calce, tome, beba, procure, adquira isso e aquilo.”

Folha de S. Paulo, 14 jan. 1985. A palavra do leitor. (adaptado)

No trecho “... no meio do mar de propaganda que é a Capital.”, a expres-


são destacada indica que as propagandas

A) contribuem para sujar toda a cidade.


B) influenciam todos os consumidores.
C) são espalhadas em grande quantidade.
D) são colocadas em qualquer lugar do metrô.

25) (SABE) Leia os textos a seguir.

Bilhete de passagem rodoviário


Direitos dos passageiros — Válido para linhas inte-
restaduais (Decreto Federal n. 2.521/98)
• Receber os comprovantes dos volumes transportados nos bagageiros.
• Ser indenizado por extravio ou dano da bagagem transportada no
bagageiro.

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Aprova BRASIL

• Receber a diferença no preço da passagem, quando a viagem se faça,


total ou parcialmente, em veículos de características inferiores às daquele
contratado.
• Transportar, gratuitamente e no colo, crianças de até 5 (cinco) anos de
idade.

Pode-se inferir desse texto que crianças menores de cinco anos

A) pagam mais caro para viajar.


B) costumam se perder da mãe.
C) carregam muita bagagem.
D) têm passagem de graça.

26) (SABE) Leia o texto a seguir.

Festa junina
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que
surgiu em função das festividades que ocorrem durante o mês de junho. Outra
versão diz que essa festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto,
seria em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, essa festividade foi trazida para o Brasil pelos
portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi coloni-
zado e governado por Portugal). Naquela época, havia uma grande influência de
elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a
dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou
muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China,
região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos.
Da Península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na
Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-
-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes
europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em
cada uma delas.

Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/musicacultura /historia_festa_junina.htm>.


Acesso em: 10 dez. 2009.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Segundo esse texto, os historiadores acreditam que a festa junina é uma

9º ano • Ensino Fundamental


herança

A) da Espanha.
B) da China.
C) da França.
D) de Portugal.

27) (SABE) Leia o texto a seguir.

Alma carioca com influência norte-americana, é assim que podemos definir


essa manifestação artístico-musical, que se solidificou no nosso país no final dos
anos cinquenta.
Com sua maneira peculiar de “cantar falando”, traço marcante herdado do
jazz americano, [...] encantou o Brasil com o seu jeito novo de tocar.
Hoje, ela é um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos mundial-
mente, particularmente eternizada por ícones como João Gilberto, Antônio Carlos
Jobim, Vinicius de Moraes e Luiz Bonfá.

MAIA, Karina; DANTAS, Miguel. Disponível em: <http://www.revistafoco-rn.com/mosaico_


consulta.php?id=3>. Acesso em: 1 jun. 2011.

Esse texto refere-se

A) à bossa nova.
B) à marcha carnavalesca.
C) ao partido-alto.
D) ao samba de breque.

28) (Prova Brasil) Leia o texto a seguir:

O homem que entrou pelo cano


Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza
do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros.

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Aprova BRASIL

Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que
terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro
não era interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava.
Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta
era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e
grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o
tampão e ele desceu pelo esgoto.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.

Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (4º parágrafo), o verbo


empregado representa, no contexto, uma marca de:

A) registro oral formal.


B) registro oral informal.
C) falar regional.
D) falar caipira.

29) (PAEBES) Leia os textos a seguir.

Texto 1

Quanto bicho no Brasil!


Tem a onça e o veado,
tem também tamanduá.
Tem a anta, tem a paca,
papagaio e carcará.
Tem mico-leão-dourado,
tem calango e jabuti,
ararinha-azul-pequena
e o meu cachorro Tupi.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Dizem que essa bicharada

9º ano • Ensino Fundamental


pode desaparecer.
Que perigo, vejam só!
Eu já sei o que fazer:
esses bichos são bonitos
e precisam de carinho.
Vou tomar muito cuidado
e esconder meu cachorrinho!

BANDEIRA, Pedro. Mais respeito, eu sou criança. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2002. p. 75.

Texto 2

Procura-se
Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma festa
onde o homem não mate
nem bicho nem homem
e deixe em paz
as árvores na floresta.
Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma dança
e mesmo as pessoas mais graves
tenham no rosto um olhar de criança.

MURRAY, Roseana. Classificados poéticos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2004. p. 22-23.

O que esses textos têm em comum é que os dois

A) abordam a extinção de animais.


B) apresentam um anúncio de jornal.
C) ensinam cuidados com animais.
D) foram escritos pelo mesmo autor.

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Aprova BRASIL

30) (PAEBES) Leia os textos a seguir e responda.

Texto 1

A vespa
A vespa faz parte da ordem dos himenópteros. É um inseto que possui dois
pares de asas membranosas, dos quais o posterior é menor. A vespa caça diferentes
insetos, como as lagartas, para alimentar suas próprias larvas, o que acaba sendo
benéfico para as plantas. Por outro lado, atraída pelo odor das nossas refeições, ela
vem nos incomodar e nos amedrontar no verão, por causa de suas picadas dolo-
ridas. Mas ela só ataca quando se sente ameaçada. E faz isso com a ajuda de um
ferrão existente na extremidade do abdome e ligado a uma glândula de veneno.
Ao contrário das abelhas, a vespa guarda o ferrão assim que pica alguém e, assim,
é capaz de picar várias vezes seguidas.
Existem mais de 9 mil espécies de vespas, cujo tamanho pode variar de 1 a
2 cm de comprimento. Seu abdome, normalmente listrado de amarelo e preto,
pode também ser preto e vermelho. Todas possuem um par de olhos compostos e
três ocelos. Entre as inúmeras espécies, algumas são solitárias (caçadoras), outras
são sociais e vivem em grupo num ninho chamado vespeiro.

DE BECKER, Geneviéve (trad.). Insetos. São Paulo: Girassol, 2008. p. 12.

Texto 2

A abelha
Assim como as vespas, as abelhas fazem parte da ordem dos himenópteros.
Existem 20 mil espécies de abelhas, das quais mil são sociais, como a abelha-
-europeia.
Insetos extremamente úteis, elas nos proporcionam mel e cera e desempe-
nham um importante papel ecológico para as plantas. A abelha se alimenta de
néctar e também de pólen que, espalhado sobre seu corpo, é transportado de uma
flor para outra. Isso favorece a polinização das plantas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

As abelhas são espetaculares na organização de sua sociedade e de seus

9º ano • Ensino Fundamental


comportamentos sociais. Em seu ninho, chamado colmeia, existem inúmeros indi-
víduos, cada um com um importante papel a desempenhar. A rainha põe os ovos
(até 2.500 por dia); milhares de operárias recolhem o néctar que, colocado nos
alvéolos, dará o mel, com o qual elas se alimentam. Dependendo da idade, uma
operária também se ocupa da postura (ovos, larvas e ninfas), faz a aeração, arruma
e repara a colmeia.
Quando sai à procura de alimento, uma abelha é capaz de comunicar às com-
panheiras a exata localização do “banquete”, indicando o caminho por meio de
danças.

DE BECKER, Geneviéve (trad.). Insetos. São Paulo: Girassol, 2008. p. 14.

O objetivo desses dois textos é

A) advertir.
B) convencer.
C) informar.
D) opinar.

31) (PAEBES) Leia o texto a seguir e responda às questões.

O gelo na Antártica está aumentando ou diminuindo?

[...] o gelo da Antártica está aumentando e diminuindo ao mesmo tempo.


Explica-se: a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e
fica mais ao norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápida.
“No entanto, isso representa menos de 2% do volume de gelo do continente.
Enquanto isso, o gelo do manto, muito frio, algumas vezes abaixo de – 40 oC, está
aumentando.
Conforme a atmosfera e o oceano estão aquecendo, mais água evapora
e chega como neve ao interior do continente. Ou seja, um aquecimento global
levará ao aumento de gelo na maior parte da Antártica. O ativista, Guarany Osório,
coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace, não é tão otimista assim. Ele

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Aprova BRASIL

cita o caso da plataforma de gelo Wilkins, de cerca de 14 mil km2, que está prestes
a se depreender da Península Antártica.
Atualmente, o bloco — “do tamanho da Jamaica”, compara Osório — é
mantido por uma faixa de gelo de apenas 40 km de largura.

GALILEU. abr. 2009, n. 213, p. 33.

Esse texto é um exemplo de

A) conto.
B) crônica.
C) reportagem.
D) resumo.

No trecho “Explica-se: a camada que está...” (1° parágrafo), os dois-pontos


foram empregados para

A) acrescentar um argumento.
B) definir um conceito.
C) introduzir um esclarecimento.
D) questionar um dado.

32) (PAEBES) Leia o texto a seguir e responda.

Fuga

Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma


cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.
— Para com esse barulho, meu filho — falou, sem se voltar.
Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças
paternas; não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.
— Pois então para de empurrar a cadeira.
— Eu vou embora — foi a resposta.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar

9º ano • Ensino Fundamental


do chão suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem:
um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave
(onde diabo meteram a chave da despensa? — a mãe mais tarde irá dizer), metade
de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão
amarrado num barbante.
A calma que baixou na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai
olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o
portão.
— Viu um menino saindo desta casa? Gritou para o operário que descansava
diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
— Saiu agora mesmo com uma trouxinha — informou ele. [...]
Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala — tendo antes o cuidado de
fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a despensa.
— Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.
— Fico, mas vou empurrar esta cadeira.
E o barulho recomeçou.

SABINO, Fernando. Fuga. In: Para gostar de ler. v. 2 Crônicas. São Paulo: Ática, 1995. p. 18-19.

O conflito gerador desse texto tem início quando o menino

A) arruma uma trouxinha de coisas.


B) começa a empurrar a cadeira.
C) continua a empurrar a cadeira.
D) cumpre a ameaça de ir embora.

33) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

Porquinho-da-índia
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de cabeça me dava

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Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!


Levava ele pra sala
Pra os lugares mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
— O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

No poema, o uso dos diminutivos “porquinho” (v. 2), “bichinho” (v. 4), “lim-
pinhos” (v. 6) e “ternurinhas” (v. 9) indica

A) afetividade. C) desconsideração.
B) deboche. D) insatisfação.

34) (PAEBES) Leia o texto a seguir e responda.

O gambá

No silêncio circular da praça, a esquina iluminada. O patrão aguardava a hora


de apagar as luzes do café. O garçom começou a descer as portas de aço e olhou o
relógio: meia-noite e quarenta e cinco. O moço da farmácia chegou para o último
cafezinho. Até ser enxotados, uns poucos fregueses de sempre insistiam em pro-
longar a noite. Mas o bate-papo estava encerrado.
Foi quando o chofer de táxi sustou o gesto de acender o cigarro e deu o
alarme: um gambá! Correram todos para ver e, mais que ver, para crer. Era a festa,
a insólita festa que a noite já não prometia. Ali, na praça, quase diante do edifício
de dez andares, um gambá.
Vivinho da silva, com sua anacrônica e desarmada arquitetura.
No meio da rua — como é que veio parar ali? Um frêmito de batalha animou
os presentes.
Todos, pressurosos, foram espiar o recém-chegado. Só o Corcundinha per-
maneceu imóvel diante da mesa de mármore. O corpo enterrado na cadeira, as

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LÍNGUA PORTUGUESA

grossas botinas mal dispensavam as muletas. O intruso não lhe dizia respeito. Podia

9º ano • Ensino Fundamental


sorver devagarinho o seu conhaque.
Encolhido de medo e susto, o gambá não queria desafiar ninguém. Mas seus
súbitos inimigos a distância mantinham uma divertida atitude de caça. Ninguém
sabia por onde começar a bem-vinda peleja. Era preciso não desperdiçar a dádiva
que tinha vindo alvoroçar a noite de cada um dos circunstantes.

REZENDE, Oto Lara. O gambá. In: O elo perdido & outras histórias. 5. ed.
São Paulo: Ática, 1998. p. 12. (fragmento)

Nesse texto, qual é o fato que motiva a narrativa?

A) O fechamento do café.
B) A aparição do gambá.
C) A perseguição ao recém-chegado.
D) O descaso do Corcundinha.

35) (PAEBES) Leia os textos a seguir.

Texto 1

Filtros da natureza
Dracena, samambaia, babosa e a palmeira-areca ou ráfia têm cultivo fácil
e agem como filtros naturais capazes de neutralizar a poluição de ambientes
internos. A eficácia dessas plantas e de outras foi comprovada [pois] o interior
dos lugares pode ser até dez vezes mais poluído do que o lado de fora. Por isso,
acumula contaminação o suficiente para causar alergias, asma e outras patologias.
[...] Quando puxam o ar para as raízes, elas levam essas substâncias tóxicas,
que vão ser consumidas pelos micróbios junto com o oxigênio. Na opinião da pes-
quisadora Lúcia Regina Dumant, um ou dois vasos já ajudam na proteção contra a
poluição. “Cada planta remove uma certa quantidade de gás poluente”, explica.
[...] A samambaia ornamental, a minipalmeira, a palmeirinha-bambu e a dra-
cena estão entre as primeiras colocadas.
GLOBO RURAL, jun. 2009, n. 284, p. 16-17.

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Texto 2

Sustentabilidade é o negócio
Muitas pessoas associam sustentabilidade somente à preservação do meio
ambiente. Mas é muito mais que cuidar do planeta. Sustentabilidade é um modelo
de gestão de negócios que visa, sim, ao retorno financeiro, mas que também leva
em consideração os impactos ambientais, sociais e culturais.
[...] Para que exista sustentabilidade no meio empresarial, é necessário ter
boas práticas de governança corporativa, assegurar a preservação dos interesses
das diversas partes interessadas e buscar a inovação, por meio de novos produtos,
processos e modelos de negócio que atendam as novas demandas da sociedade.
LEONARDO, Celso. In: O Globo, Caderno Razão Social, 3 nov. 2009, p. 23.

Esses dois textos têm em comum a abordagem sobre

A) a defesa dos interesses sociais.


B) a luta contra a poluição de ambientes internos.
C) o cuidado com o meio ambiente.
D) o retorno financeiro da sustentabilidade.

36) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

Infância
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da
senzala — e nunca se esqueceu chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Minha mãe ficava sentada cosendo

9º ano • Ensino Fundamental


olhando para mim:
— Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!

Lá longe, meu pai campeava


no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://www.memoriaviva.com.br/


drummond/poema002.htm>. Acesso em: 19 jul. 2008.

Nesse poema, a terceira estrofe evidencia o

A) espaço da narrativa.
B) narrador em 1ª pessoa.
C) narrador em 3ª pessoa.
D) tempo da narrativa.

37) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

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No primeiro quadrinho, a expressão dos meninos sugere

A) alegria.
B) espanto
C) medo.
D) raiva.

38) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

História da origem dos remédios da mata

Os índios de antigamente, com pouco tempo que apareceram no mundo,


pensaram e discutiram juntos sobre a vida deles dali para frente:
— Como será quando as pessoas adoecerem? Como vamos fazer para curar
os doentes?
— Um bocado de nós vai morrer para surgir como remédio da mata. Os
outros poderão viver usando estes remédios em que vamos nos transformar. Yushã
Kuru, uma mulher chamada Fêmea Roxa, falou assim:
— Eu acho muito importante a ideia de vocês. Melhor é virar remédio. Eu
vou ensinar a vocês. Vou ensinar aos nossos parentes.
Os outros concordaram com essa ideia:
— Isso é verdade. Se você conhece bem, você vai nos ensinar. Vai ensinar para
nossos filhos e nossos netos.
Yushã Kuru, a Fêmea Roxa, deu muitos conselhos e surgiram os remédios.
Uns eram venenos para matar: olho forte, Beru Paepa. Mijo amargo, Isu Muka.
Outro para coceira, Nui. A velha Fêmea Roxa observava bem as folhas e os
pés das árvores:
— Esse mato não é remédio forte.
E assim foi. Surgiram muitos remédios, todos os remédios que têm na mata.
Remédio bom que cura as pessoas. Bom para picada de cobra, picada de
escorpião, aranha, reumatismo e fígado.

SHENIPABU, Miyui. História da origem dos remédios da mata. In: História dos antigos.
Belo Horizonte: UFMG, 2000. p. 109. Organização: Professores Indígenas do Acre. (fragmento)

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De acordo com esse texto, os remédios que têm na mata surgiram a partir do

9º ano • Ensino Fundamental


conhecimento

A) dos avós.
B) das pessoas.
C) de parentes.
D) de uma índia.

39) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

SOUZA, Maurício de. Revista Magali, n. 403, 2006. p. 86.

O fato que deu origem a essa história foi

A) a curiosidade da mãe sobre o lugar onde estão os biscoitos.


B) a vontade da menina de comer biscoitos que estão em lugar alto.
C) o desejo da mãe de que a menina cresça rápido.
D) o lugar impróprio onde ficam os armários da casa.

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40) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

Os anões podem ter filhos normais


De modo geral, dependendo do tipo de doença, indivíduos afetados por essa
anomalia podem ter desde um baixo risco até, no máximo, 50% de risco de passar
o gene alterado para os filhos. Portanto, pessoas afetadas podem sim ter filhos
normais. Indivíduos que têm estatura muito baixa pertencem a quadros de nanismo,
cuja causa mais frequente são alterações ósseas chamadas de displasias esqueléticas.
Essa anomalia faz parte de um grupo de doenças causadas por uma alteração no
tecido ósseo que impede a pessoa de crescer adequadamente. Este grupo de pato-
logias tem causa genética monogênica, isto é, é causado por um gene específico, e
pode ter várias formas de herança de acordo com o tipo específico de doença.
CERNACH, Mirlece Cecília Soares Pinho. Os anões podem ter filhos normais.
Revista Globo Ciência, maio 1998.

A ideia principal desse texto é a de que filhos de anões podem


A) pertencer a quadros de nanismo.
B) ter displasia esquelética.
C) ter filhos normais.
D) ter impedimento para crescer.

41) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

Pardalzinho
O pardalzinho nasceu
Livre. Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo, Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o céu dos passarinhos!
BANDEIRA, Manuel. Pardalzinho. In: Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Nos versos “O corpo, Sacha enterrou no jardim; a alma, essa voou para o céu

9º ano • Ensino Fundamental


dos passarinhos!”, a palavra essa refere-se à

A) água. C) casa.
B) alma. D) Sacha.

42) (PAEBES) Leia os textos a seguir.

Texto 1

Boa notícia: stress faz bem


Seu chefe vai ficar feliz. Realizar tarefa estressante, como cumprir prazos
de um trabalho sob pressão, pode fortalecer o sistema imunológico. A conclu-
são está numa pesquisa na revista Psychophysiology, que avaliou voluntários em
situações de stress. Uma delas consistia em decorar algo e fazer um teste de doze
minutos.

Resultado: houve aumento de imunoglobulina, substância de defesa do


organismo.
Revista Veja, 7 nov. 2001.

Texto 2

Má notícia: stress = cigarro


Um estudo realizado pela Universidade Harvard revela um dado alarmante
sobre as mulheres que sofrem com o stress no trabalho. Elas podem, a médio
prazo, ter a saúde afetada de forma tão devastadora quanto aconteceria se fossem
fumantes. Os pesquisadores acompanharam mais de 21.000 profissionais por um
período de quatro anos.
Revista Veja, 21 jun. 2000.

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Esses textos defendem opiniões distintas em relação ao mesmo tema. Eles


defendem que o stress

A) atrapalha o trabalho e ajuda o trabalho.


B) defende o organismo e facilita o trabalho.
C) dificulta a memorização e afeta o trabalho.
D) faz bem à saúde e prejudica a saúde.

43) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A passagem que provoca risos é a que

9º ano • Ensino Fundamental


A) alega o motivo para o atraso da sopa.
B) apresenta a indignação da personagem.
C) confirma a espera do pedido.
D) mostra a vestimenta das personagens.

44) (Prova Brasil) Leia os textos a seguir:

Texto I

Monte Castelo
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor, eu nada seria.

É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade;
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.

Amor é fogo que arde sem se ver;


É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse a língua dos homens


E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer;


É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.

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Aprova BRASIL

É um estar-se preso por vontade;


É servir a quem vence o vencedor;
É um ter com quem nos mata lealdade,
Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado, e todos dormem, todos dormem, todos dormem.


Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

Legião Urbana. As quatro estações. EMI, 1989


— Adaptação de Renato Russo: I Coríntios 13 e Soneto 11, de Luís de Camões.

Texto II

Soneto 11
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;


É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;


É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Mas como causar pode seu favor

9º ano • Ensino Fundamental


Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Luís Vaz de Camões. Obras completas. Lisboa: Sá da Costa, 1971.

O texto I difere do texto II

A) na constatação de que o amor pode levar até à morte.


B) na exaltação da dor causada pelo sofrimento amoroso.
C) na expressão da beleza do sentimento dos que amam.
D) na rejeição da aceitação passiva do sofrimento amoroso.

45) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

MEIRELES, Cecília. Uma flor quebrada. In: Ou isto ou aquilo & Inéditos.
São Paulo: Melhoramentos, 1974.

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Aprova BRASIL

A raiz suspirava porque

A) a árvore perdeu a beleza. C) o trabalho foi em vão.


B) a vida da flor foi breve. D) o vento causou sofrimento.

46) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

Mito setentão
Batman chega este mês aos 70 anos com fatos e números dignos de res-
peito e estudo. O famoso personagem das histórias em quadrinhos, propriedade
do grupo norte-americano Warner, se consolidou como a mais bem sucedida e
duradoura obra coletiva da indústria cultural, marcada por dezena de colabora-
dores e por coleção de sucesso em todas as mídias, particularmente na televisão e
no cinema. Se depender dos produtores do homem-morcego e dos aficcionados
do personagem espalhados pelo mundo, essa trajetória ainda vai longe. “Este é o
ano do morcego! Celebrar sete décadas não é pra qualquer um. Temos boas sur-
presas reservadas para os fãs do herói”, promete Levi Trindade, editor da revista de
Batman no Brasil (publicada pela Panini) em recente comunicado. [...]

RIBAS, Sílvio. Correio Braziliense. Brasília, Caderno C, domingo,


10 de maio de 2009. p. 3.

No trecho “a palavra Se depender dos produtores do homem-morcego e dos


aficcionados do personagem,...” a conjunção destacada exprime ideia de

A) comparação.
B) conclusão.
C) condição.
D) consequência.

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LÍNGUA PORTUGUESA

47) (PAEBES) Leia o texto a seguir e responda.

9º ano • Ensino Fundamental


Texto 1

A vespa
A vespa faz parte da ordem dos himenópteros. É um inseto que possui dois
pares de asas membranosas, dos quais o posterior é menor. A vespa caça diferentes
insetos, como as lagartas, para alimentar suas próprias larvas, o que acaba sendo
benéfico para as plantas. Por outro lado, atraída pelo odor das nossas refeições, ela
vem nos incomodar e nos amedrontar no verão, por causa de suas picadas dolo-
ridas. Mas ela só ataca quando se sente ameaçada. E faz isso com a ajuda de um
ferrão existente na extremidade do abdome e ligado a uma glândula de veneno.
Ao contrário das abelhas, a vespa guarda o ferrão assim que pica alguém e, assim,
é capaz de picar várias vezes seguidas.
Existem mais de 9 mil espécies de vespas, cujo tamanho pode variar de 1 a 2
cm de comprimento. Seu abdome, normalmente listrado de amarelo e preto, pode
também ser preto e vermelho. Todas possuem um par de olhos compostos e três
ocelos. Entre as inúmeras espécies, algumas são solitárias (caçadoras), outras são
sociais e vivem em grupo num ninho chamado vespeiro.

DE BECKER, Geneviéve (trad.). Insetos. São Paulo: Girassol, 2008. p. 12.

Texto 2

A abelha
Assim como as vespas, as abelhas fazem parte da ordem dos himenópteros.
Existem 20 mil espécies de abelhas, das quais mil são sociais, como a abelha-euro-
peia. Insetos extremamente úteis, elas nos proporcionam mel e cera e desempenham
um importante papel ecológico para as plantas. A abelha se alimenta de néctar e
também de pólen que, espalhado sobre seu corpo, é transportado de uma flor para
outra. Isso favorece a polinização das plantas.
As abelhas são espetaculares na organização de sua sociedade e de seus com-
portamentos sociais. Em seu ninho, chamado colmeia, existem inúmeros indivíduos,

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Aprova BRASIL

cada um com um importante papel a desempenhar. A rainha põe os ovos (até 2.500
por dia); milhares de operárias recolhem o néctar que, colocado nos alvéolos, dará
o mel, com o qual elas se alimentam. Dependendo da idade, uma operária também
se ocupa da postura (ovos, larvas e ninfas), faz a aeração, arruma e repara a colmeia.
Quando sai à procura de alimento, uma abelha é capaz de comunicar às
companheiras a exata localização do “banquete”, indicando o caminho por meio
de danças.

DE BECKER, Geneviéve (trad.). Insetos. São Paulo: Girassol, 2008. p. 14.

Conclui-se desses textos que abelhas e vespas

A) caçam diferentes insetos.


B) fazem parte de uma sociedade organizada.
C) produzem picadas doloridas.
D) são insetos da mesma ordem.

48) (SADEAM) Leia o texto a seguir.

Já imaginei milhões de maneiras para chamar sua atenção. Já fiz mais de


quinhentas caretas diferentes para que você me notasse. Já chorei rios de lágri-

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LÍNGUA PORTUGUESA

mas pensando em você. Lotei um estádio de futebol de vontade de te ver. Já

9º ano • Ensino Fundamental


mandei um caminhão de recados. Breve vou começar a pensar que você gosta
de outro...

FERNANDES, Maria; HAILER, Marco Antônio. Alp novo: Análise, Linguagem e Pensamento. v. 4.
São Paulo: FTD, 2000. p. 106.

A expressão “Tô aqui!”, no título desse texto, revela um falante que faz uso
de linguagem

A) coloquial. C) regional.
B) formal. D) técnica.

49) (SADEAM) Leia os textos a seguir.

Texto 1

Carta a el-rei d. Manuel


[...] E dali houvemos vista d’homens, que andavam pela praia, de 7 ou 8,
segundo os navios pequenos disseram, por chegarem primeiro. [...] A feição deles é
serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos.
Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem
mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em
mostrar o rosto [...]
Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem nenhuma
cousa de metal, nem de ferro; nem lho vimos. A terra, porém, em si, é de muito
bons ares, assim frios e temperados como os d’Antre Doiro e Minho, porque neste
tempo d’agora assim os achávamos como os de lá.
Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a
aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto que
nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal
semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.

CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil. Intr., atual.
Do texto e notas de M. Viegas Guerreiro; leit paleogr. de Eduardo Nunes.
Lisboa: Imprensa Nacional, 1974.

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Aprova BRASIL

Texto 2

Índios
Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera, ao menos uma vez,


Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano de chão
De linho nobre e pura seda [...]

Quem me dera, ao menos uma vez,


Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente [...]

Nos deram espelhos e vimos um mundo


doente — Tentei chorar e não consegui.

RUSSO, Renato. Legião Urbana. Dois. (CD).

Levando em consideração o tema “Índios”, qual é a principal diferença de


opinião presente nesses textos?

A) O Texto 1 apresenta os índios como seres exóticos, e o Texto 2 como


enganados.
B) O Texto 2 apresenta uma crítica aos índios, e o Texto 1 um elogio aos
colonizadores.
C) O Texto 1 relata a vida dos índios, e o Texto 2 critica a vida dos indígenas
colonizados.
D) O Texto 2 relata um fato histórico sobre os índios, e o Texto 1 como isso
tudo aconteceu.

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50) (SADEAM) Leia o texto a seguir.

9º ano • Ensino Fundamental


Que mudanças no clima afetaram a humanidade?

Não é exagero dizer que a história da humanidade sempre esteve ligada


às transformações climáticas. Sobretudo até o século 20, quando ainda não
havia tecnologia suficiente para tornar mais toleráveis as variações bruscas
ou prolongadas de tempo e temperatura. Essas alterações fizeram o homem
descer das árvores, extinguiram civilizações, impulsionaram migrações e deci-
diram guerras. Para exemplificar o que foi dito, vale relembrar dois fatos
históricos: em 2007, a concentração de poluentes no ar eleva a temperatura
do planeta para os níveis mais altos dos últimos 150 mil anos; em junho de
1944, as forças aliadas precisaram esperar semanas pelo melhor clima para o
desembarque na Normandia, decisivo na derrota Nazista; em 1812, o inverno
rigorosíssimo aniquila as tropas de Napoleão Bonaparte que haviam invadido
a Rússia; em 1788, a seca causa a quebra de safras e espalha a fome. O fato
contribui, ainda que secundariamente, para a Revolução Francesa em 1789,
como lenda.
Mundo estranho, ed. 65, jul. 2007. p. 48.

Um dos argumentos que sustenta a ideia defendida nesse texto é:

A) mudanças climáticas decidiram guerras.


B) até o século XX a tecnologia controlava o clima.
C) mudanças climáticas afetam apenas a Europa.
D) migrações e climas são fenômenos independentes.

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Aprova BRASIL

51) (SEPR) Leia o texto a seguir.

Esse texto estabelece comparação entre o

A) passado e o futuro.
B) presente e o passado.
C) presente e o futuro.
D) real e o imaginário.

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52) (SADEAM) Leia o texto a seguir.

9º ano • Ensino Fundamental


Um remédio chamado carinho
Você sabia que a desnutrição, às vezes, não é causada apenas pela má ali-
mentação? Falta de carinho também pode dificultar o desenvolvimento de uma
criança. Hoje, 1% a 5% das crianças brasileiras sofrem de desnutrição.
Para tentar amenizar o problema, um hospital de São Paulo, o Pérola Bying-
ton, está ensinando as mães de crianças com desnutrição a cantar para seus filhos
e até brincar de roda. O “tratamento” está dando certo, ou seja, algumas doses
extras de carinho não fazem mal a ninguém.

Um remédio chamado carinho. ZÁ, Coral Ed., n. 30, 1999.

Para diminuir o problema da desnutrição, um Hospital de São Paulo está

A) compensando a falta de comida com remédios.


B) dando às crianças doses extras de alimentação.
C) ensinando as mães a cantar e a brincar com os filhos.
D) oferecendo música e recreação para as crianças.

53) (SADEAM) Leia o texto a seguir.

O reformador do mundo
Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo
para ele estava errado e a natureza só fazia asneiras.
— Asneiras, Américo?
— Pois então?!... Aqui mesmo, neste pomar, você tem a prova disso. Ali está
uma jabuticabeira enorme sustendo frutas pequeninas, e lá adiante vejo colossal
abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era lógico que fosse justamente o
contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas,
passando as jabuticabas para a aboboreira e as abóboras para a jabuticabeira.
Não tenho razão?
LOBATO, Monteiro. O reformador do mundo. In: Obra infantil completa.
São Paulo: Brasiliense, s.d.

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Aprova BRASIL

Quando falou sobre a reforma da natureza, Américo estava

A) num pomar.
B) num rio.
C) numa floresta.
D) numa praça.

54) (SADEAM) Leia o texto a seguir.

Tulipas da Holanda
Todos os anos, durante a primavera, gente de todo o mundo procura um
pequeno parque colorido e perfumado, cheio de lagos e flores, na Holanda.
Ali se encontra a famosa tulipa, a flor nacional do país. A floricultura é uma
fonte de renda na Holanda e a cultura dessa flor constitui a base dessa renda.
O valor das tulipas está no tamanho das flores e na sua coloração. Suas cores
são variadas, mas a Rainha da Noite é a mais apreciada pela sua raridade. É também
conhecida como tulipa negra, embora sua cor seja azul-roxo bem escuro.

DIAS, Ieda; CARVALHO, Aciléia. Tulipas da Holanda. In: Bolhas de sabão.


Belo Horizonte: Vigília, 1987. (fragmento)

Esse texto apresenta

A) um divertimento. C) uma informação.


B) uma advertência. D) uma reclamação.

55) (SAERO) Leia o texto a seguir.

Novato
Aquele advogado recém-formado montou um luxuoso escritório num prédio
de alto padrão na Avenida Paulista e botou na porta uma placa dourada: “Dr.
Antônio Soares — Especialista em Direito Tributário”.
No primeiro dia de trabalho, chegou bem cedo, vestindo o seu melhor terno,
sentou-se atrás da escrivaninha e ficou aguardando o primeiro cliente. Meia hora
depois, batem à porta.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Rapidamente, ele apanha o telefone no gancho e começa a simular uma con-

9º ano • Ensino Fundamental


versa:
— Mas é claro, Sr. Mendonça, pode ficar tranquilo! Nós vamos ganhar esse
negócio! O juiz já deu parecer favorável! Sei... Sei... Como? Meus honorários? Não
se preocupe, o senhor pode pagar os outros 50 mil na semana que vem! É claro!...
O senhor me dá licença agora que eu tenho um outro cliente aguardando, ok?
Obrigado... Um abraço!
Bate o fone no gancho com força e vai atender o rapaz que o aguarda:
— Pois não, o que o senhor deseja?
— Eu vim instalar o telefone...

Disponível em: <http://www.lucas.morais95@terra.com.br>.

O trecho em que o uso das reticências sugere “mal-estar” é

A) “Sei... Sei...”.
B) “É claro!...”.
C) “Obrigado... Um abraço!”.
D) “— Eu vim instalar o telefone...”.

56) (PROEB) Leia o texto a seguir.

Aleijadinho
Antônio Francisco Lisboa nasceu em 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto),
Minas Gerais e viveu 84 anos. Filho de Manoel Francisco Lisboa, português e de
uma escrava deste, africana, de nome Izabel, tornou-se o maior escultor do Brasil,
tendo trabalhado até as vésperas de sua morte. Deixou uma obra vastíssima e de
grande valor artístico.
Sua formação se deu no próprio meio familiar, aprendendo com o pai, que
era, junto com o irmão, mestre na arte em cantaria e na talha do estilo Barroco.
Sua vida muda completamente a partir do momento em que uma grave
doença deformante o acomete. A doença se agrava com o correr do tempo, a
ponto de caírem-lhe os dedos das mãos. Daí o apelido de Aleijadinho. [...]

COELHO, Ronaldo Simões. Pérola torta. Belo Horizonte: Dimensão, 1995. (fragmento)

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O trecho que expressa uma opinião é

A) “... nasceu em 1730 em Vila Rica, Minas Gerais”.


B) “Deixou uma obra de grande valor artístico.”.
C) “Sua formação se deu no próprio meio familiar,”.
D) “A doença se agrava com o correr do tempo,”.

57) (PROEB) Leia o texto a seguir e responda.

O sábio
Havia um pai que morava com suas duas jovens filhas, meninas muito curiosas
e inteligentes. Suas filhas sempre lhe faziam muitas perguntas.
Algumas, ele sabia responder. Outras, não fazia a mínima ideia da resposta.
Como pretendia oferecer a melhor educação para as suas filhas, as enviou
para passar as férias com um velho sábio que morava no alto de uma colina. Este,
por sua vez, respondia a todas as perguntas, sem hesitar.
Já muito impacientes com essa situação, pois constataram que o tal velho
era realmente sábio, resolveram inventar uma pergunta que o sábio não saberia
responder.
Passaram-se alguns dias e uma das meninas apareceu com uma linda borbo-
leta azul e exclamou para a sua irmã:
— Dessa vez o sábio não vai saber a resposta!
— O que você vai fazer? Perguntou a outra menina.
— Tenho uma borboleta azul em minhas mãos. Vou perguntar ao sábio se
a borboleta está viva ou está morta. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la
rapidamente, esmagá-la e, assim, matá-la. Como consequência, qualquer resposta
que o velho nos der, vai estar errada.
As duas meninas foram, então, ao encontro do sábio que se encontrava medi-
tando sob um eucalipto na montanha. A menina aproximou-se e perguntou:
— Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me, sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente, o sábio sorriu e respondeu:
— Depende de você... Ela está em suas mãos.

Enviado por Josefa Prieto Andres.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O tema desse texto é a

9º ano • Ensino Fundamental


A) curiosidade.
B) educação.
C) impaciência.
D) sabedoria.

58) (PROEB) Leia o texto abaixo e responda.

Elevador cai do 4º andar e fere 8 em São Carlos — SP


Um elevador despencou ontem do 4º andar de um edifício em São Carlos,
no interior paulista, com 11 pessoas dentro. O Corpo de Bombeiros socorreu dez
vítimas do acidente, sendo que cinco foram levadas à Santa Casa da cidade, mas
apenas com ferimentos leves. Outras três pessoas tiveram escoriações. “O eleva-
dor, que tinha saído do 7º andar, tem capacidade para seis pessoas, cinco a menos
que a lotação no momento do acidente.”
Funcionários da Polícia Científica do município fizeram hoje a vistoria do
elevador do Edifício Ana Paula, no bairro Vila Nery. Moradores já reclamavam a
substituição do antigo elevador e pagaram nos últimos meses uma taxa de con-
domínio para que fosse feita a troca. A polícia cientifica investiga se a causa do
acidente foi mesmo o excesso de pessoas.

Agência Estado. Disponível em: <http://www.globo.com>.

Qual é o assunto desse texto?

A) Uma briga no elevador.


B) Uma morte dentro do elevador.
C) Um acidente com um elevador.
D) Um incêndio no elevador.

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Aprova BRASIL

59) (PROEB) Leia o texto a seguir.

O relógio da igreja

— Corre, minha gente, corre! Olhe! O relógio da igreja sumiu!!


A moça esbravejava, calçada acima, acordando os habitantes que moravam
na Praça junto à igreja. As venezianas das casas foram se abrindo de par em par,
como num efeito dominó. As caras das beatas apareceram quase que simultanea-
mente nas janelas. Era um espanto só. Os olhos arregalados de D. Izabel e do D.
Bona denunciavam a tragédia.
— Meu Deus, Bona! Quem se atreveria a tal coisa?
— Meu Deus, Bona! Quem se atreveria a tal coisa?
— É um sacrilégio — arrematou D. Izabel. E nós, que moramos ao pé da
igreja, não vimos nada.
— Quem terá sido, meu Deus?
— É o fim dos tempos — dizia Maria do Perpétua Socorro.
D. Luizinha, descendentes de escravos, conhecia histórias do tempo do ronca.
Ela sempre contava pra nós que no fim do mundo ia aparecer uma besta-fera
que ia destruir a casa dos ricos, mas que não alteraria nada para os pobres porque,
na casa destes, a besta entraria e passaria direto da porta da sala para a porta da
cozinha.
— Cruz-credo — benzeu-se D. Luizinha. Vou chamar Cônego Theodomiro.
— Dianta, não, D. Luizinha. Cônego Theodomiro foi pra capital com o Dr. Juiz
e só volta com ele na segunda.
— Oxente! E a gente vai fazer o que, até lá?
— Sei, não. Chama o Dr. Delegado!

GOMES, Elba. O relógio da igreja. Brasília: LGE, 2006.

A expressão “histórias do tempo do ronca” (8° parágrafo) tem o sentido de


histórias

A) antigas.
B) compridas.
C) inventadas.
D) românticas.

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60) (PROEB) Leia o texto a seguir.

9º ano • Ensino Fundamental


Quando foram introduzidos os cartões de futebol?
No mundial da Inglaterra de 1966, ocorreu o episódio que finalmente conven-
ceria os cartolas do futebol de que era necessário um sistema visual de comunicação
entre árbitros e jogadores. A certa altura da partida entre Argentina e Inglaterra,
o apoiador argentino Rattin tentou falar com o juiz, mas, como não falava inglês,
começou a gesticular na tentativa de se fazer entender. O árbitro, por sua vez,
imaginou estar sendo afrontado pelo jogador, expulsando-o de campo. Com isso,
a Argentina acabou perdendo a partida por 1 x 0.
O fato gerou muita polêmica, fazendo com que, no mesmo ano, os senhores
da International Board oficializassem os cartões de advertência (amarelo) e expul-
são (vermelho). Houve até mesmo uma tentativa de se utilizar um cartão azul,
como nos primórdios do futebol de salão, representando uma punição intermediá-
ria. Mas a ideia não pegou.
Após todo esse percurso, na Copa de 1970 foi inaugurado o uso de cartões
no futebol, no jogo entre México e URSS.
A instituição do sistema de cartões foi um grande passo no desenvolvimento
do esporte. Mas, pensando bem, no caso do jogo entre Argentina e Inglaterra,
Rattin teria sido expulso de qualquer jeito, já que o alemão continuaria a não
entender “lhufas” do que ele dizia. A diferença seria a de que a expulsão teria sido
realizada com um cartão vermelho.

Almanaque das curiosidades. São Paulo: Sinapse, 2003. p. 16.

Esse texto trata

A) dos árbitros da copa 1970.


B) da criação dos cartões de futebol.
C) da história de antigos jogadores.
D) dos jogos da copa de 1970.

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61) (PROEB) Leia o texto a seguir.

Cozinheira de mão-cheia
Minha irmã passou no vestibular aos 17 anos e teve de se mudar para outra
cidade.
Foi sua primeira experiência de morar sozinha. Alugou um apartamento e
dividiu-o com uma amiga da mesma idade que também tinha acabado de entrar
para a faculdade.
Muito dependente de minha mãe, eram constantes os telefonemas para per-
guntar as coisas mais diversas. Em uma dessas ligações, minha mãe voltou dando
gargalhadas: minha irmã queria saber como se preparava um chá de farinha.
— Chá de farinha? Perguntou espantada minha mãe. — Não se pode fazer
chá com farinha!
— Como não? Estamos com uma receita de panquecas que diz: “Cinco colhe-
res de chá de farinha.”

Gustavo Fernandes Emílio — Botucatu, SP. Seleções Reader’s Digest.


São Paulo: Abril, abr. 2009. p. 59.

O que torna esse texto engraçado é o fato de a moça

A) ter passado no vestibular com apenas 17 anos.


B) ter ido morar fora de casa com uma das amigas.
C) ignorar o significado da expressão “colheres de chá de farinha”.
D) fazer várias ligações para perguntar à mãe as “coisas mais diversas”.

62) (PROEB) Leia o texto a seguir.

Estimulantes, o alívio imediato

Às vezes, o cansaço é tão grande que a vontade que dá é a de tirar um cochilo


ali mesmo: na mesa do escritório, bem na frente do computador. Se os alimentos
energéticos reduzem o cansaço físico, os estimulantes combatem a fadiga mental.
Os principais representantes do gênero são o chá e o café. “Uma xícara de chá ou

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de café logo após a refeição não só melhora a digestão, como também proporciona

9º ano • Ensino Fundamental


um pique extra para enfrentar o período da tarde”, garante Tâmara Mazaracki.
Tanto o chá como o café são ricos em cafeína, um estimulante que reduz a fadiga
e melhora a concentração. Mas, para algumas pessoas, três ou quatro xícaras de
café por dia já são suficientes para causar efeitos prejudicais ao organismo, como
ansiedade e irritação. Na dúvida, vale a pena conferir: uma xícara de chá contém
de 50 a 80 mg de cafeína, enquanto uma lata de refrigerante, de 40 a 75 mg. Uma
xícara de café forte pode chegar a 200 mg da substância. Ao chá e café, a nutri-
cionista Gisele Lemos acrescentaria o bom e velho chocolate.
“Os alimentos estimulantes são considerados infalíveis porque proporcionam
um revigoramento mental, quase instantâneo”, justifica. Já a nutricionista Letícia
Pacheco recomenda o ainda pouco conhecido suco de clorofila. Vale lembrar que
qualquer vegetal verde tem clorofila em sua composição. Por isso mesmo, a lista
de opções é grande e inclui folhas de couve, talos de brócolis e hortelã. Você pode
misturá-las com frutas, como limão, abacaxi ou laranja.

Revista Viva Saúde, n. 76, São Paulo: Escala, p. 17.

No trecho “Você pode misturá-las com frutas, ...” (último parágrafo), o pro-
nome em destaque refere-se

A) xícaras de café.
B) xícaras de chá.
C) folhas verdes.
D) frutas.

63) (PROEB) Leia o texto a seguir e responda.

Chupeta deve ser usada?


Muitos são os pais que não são adeptos do uso da chupeta pelos filhos, pois
acham que pode prejudicar a arcada dentária, a fala e a amamentação. No entanto,
pesquisas recentes — uma feita na Argentina e outra na Dinamarca — mostram
que a chupeta não prejudica o aleitamento desde que seja oferecida quando a
amamentação já está bem estabelecida, entre 15 e 30 dias de vida da criança.

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A chupeta só prejudica a amamentação se for oferecida nos primeiros dias de vida,


quando o bebê ainda está aprendendo a mamar, porque a musculatura usada e
os movimentos exigidos não se reproduzem na hora da mamada. Além disso, a
chupeta toca em uma área do céu da boca muito próxima à arcada dentária, o que
pode causar ânsia de vômito ao mamar no seio.

Disponível em: <http://www.ji.com.br/eda/21062009/editoriais/cotidiano.htm/>.


Acesso em: 9 set. 9. (fragmento)

Qual é o assunto desse texto?

A) A formação dos dentes das crianças.


B) A importância da amamentação.
C) As pesquisas recentes sobre aleitamento.
D) As consequências do uso da chupeta.

64) (PROEB) Leia o texto a seguir e responda.

Os viajantes e a bolsa de moedas


Dois homens viajavam juntos ao longo de uma estrada, quando um deles
encontrou uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse: “Veja que sorte a minha,
encontrei uma bolsa, e a julgar pelo peso, deve estar cheia de moedas de ouro.”
E lhe diz o companheiro: “Não diga encontrei uma bolsa; mas, nós encontra-
mos uma bolsa, e quanta sorte temos. Amigos de viagem devem compartilhar as
tristezas e alegrias da estrada.”
O “sortudo”, claro, se nega a dividir o achado. Então escutam gritos de:
“Pega ladrão!”, vindo de um grupo de homens armados com porretes, que se diri-
gem, estrada abaixo, na direção deles. O viajante “sortudo”, logo entra em pânico,
e diz. “Estamos perdidos se encontrarem essa bolsa conosco.”
Replica o outro: “Você não disse ‘nós’ antes. Assim, agora fique com o que é
seu e diga, ‘Eu estou perdido’.”

Moral da História: Não devemos exigir que alguém compartilhe conosco as


desventuras, quando não lhes compartilhamos também as nossas alegrias.

Esopo. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br>. Acesso em: 2 fev. 2010.

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LÍNGUA PORTUGUESA

No trecho “... estrada abaixo, na direção deles.” (3° parágrafo), a palavra

9º ano • Ensino Fundamental


destacada refere-se

A) a um grupo de homens armados.


B) a um grupo de pessoas perdidas.
C) aos dois homens que viajavam juntos.
D) aos ladrões que estavam no caminho.

65) (PROEB) Leia o texto a seguir e responda.

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Aprova BRASIL

O humor desse texto resulta da

A) forma como o menino interpretou literalmente o problema.


B) expressão facial do menino durante a realização da tarefa.
C) extensão do problema proposto ao menino para casa.
D) rapidez com que o menino realiza suas tarefas.

66) (PROEB) Leia o texto a seguir e responda.

Decida
Em um mundo cada vez mais complexo, com excesso de informação, pressão
por desempenho e repleto de alternativas, as pessoas precisam tomar decisões
também a respeito de assuntos delicados. E devem fazer isso sem ter muito tempo
para pensar.
Cada vez mais, o sucesso e a satisfação pessoal dependem da habilidade de
fazer escolhas adequadas. Com frequência, as pessoas são instadas a tomar uma
decisão que pode modificar sua vida pessoal. Devo ou não me casar? Que tal só
morarmos juntos? Devo ou não me separar? [...] Em que escola matricular nosso
filho? Aliás, ele vai ganhar carro aos 18 anos ou sairá à noite de carona [...]? É
certo comprar aquela casa maior e contrair um financiamento a perder de vista?
No trabalho, acontece a mesma coisa. Devo dar uma resposta dura àquela provo-
cação feita pelo chefe? Peço ou não peço aumento? Posso ou não baixar os preços
dos produtos que vendo de forma a aumentar a saída? Que tal largar tudo e abrir
aquela pousada na praia? Psicólogos americanos que estudaram a vida de gerentes
empregados em grandes companhias descobriram que eles chegam a tomar uma
decisão a cada nove minutos. São mais de 10.000 decisões por ano — 10.000 pos-
sibilidades de acertar, ou de errar. Não há como fugir. Ou você decide, ou alguém
decide em seu lugar.
Veja. 14 jan. 2004. (fragmento)

Qual é a tese defendida nesse texto?

A) A compra de uma casa é um problema a longo prazo.


B) A vida moderna exige a tomada de decisões difíceis.

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C) Os casais têm dúvidas quanto à educação dos filhos.

9º ano • Ensino Fundamental


D) Os gerentes de grandes empresas tomam milhares de decisões.

67) (PROEB) Leia o texto a seguir e responda.

Antes do dia partir

Paulo Mendes Campos, em uma de suas crônicas reunidas no livro “O Amor


Acaba”, diz que devemos nos empenhar em não deixar o dia partir inutilmente. Eu
tenho, há anos, isso como lema.
É pieguice, mas antes de dormir, quando o dia que passou está dando o pre-
fixo e saindo do ar, eu penso: o que valeu a pena hoje? Sempre tem alguma coisa.
Uma proposta de trabalho. Um telefonema. Um filme. Um corte de cabelo que deu
certo. Até uma briga pode ter sido útil, caso tenha iluminado o que andava ermo
dentro da gente.
Já para algumas pessoas, ganhar o dia é ganhar mesmo: ganhar um aumento,
ganhar na loteria, ganhar um pedido de casamento, ganhar uma licitação, ganhar
uma partida.
Mas para quem valoriza apenas as megavitórias, sobram centenas de outros
dias em que, aparentemente, nada acontece, e geralmente são essas pessoas que
vivem dizendo que a vida não é boa, e seguem cultivando sua angústia existencial
com carinho [...], mesmo já tendo seu superapartamento, sua bela esposa, seu
carro do ano e um salário aditivado.
Nas últimas semanas, meus dias foram salvos por detalhes. Uma segunda-feira
valeu por um programa de rádio que fez um tributo aos Beatles e que me arre-
piou, me transportou para uma época legal da vida, me fez querer dividir aquele
momento com pessoas que são importantes pra mim. Na terça, meu dia não foi
em vão porque uma pessoa que amo muito recebeu um diagnóstico positivo de
uma doença que poderia ser mais séria. Na quarta, o dia foi ganho porque o aluno
de uma escola me pediu para tirar uma foto com ele. Na quinta, uma amiga que
eu não via há meses ligou me convidando para almoçar. Na sexta, o dia não partiu
inutilmente, só por causa de um cachorro-quente.
E assim correm os dias, presenteando a gente com uma música, um crepús-
culo, um instante especial que acaba compensando 24 horas banais.

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Aprova BRASIL

Claro que têm dias que não servem pra nada, dias em que ninguém nos
surpreende, o trabalho não rende e as horas arrastam-se melancólicas, sem falar
naqueles dias em que tudo dá errado: batemos o carro, perdemos um cliente e o
encontro da noite é desmarcado.
Pois estou pra dizer que até a tristeza pode tornar um dia especial, só que não
ficaremos sabendo disso na hora, e sim lá adiante, naquele lugar chamado futuro,
onde tudo se justifica. É muita condescendência com o cotidiano, eu sei, mas não
deixar o dia de hoje partir inutilmente é o único meio de a gente aguardar com
entusiasmo o dia de amanhã...

MEDEIROS, Martha. Non-stop. Porto Alegre: L&PM, 2008. p. 70-71. (fragmento)

No trecho “Nas últimas semanas, meus dias foram salvos por detalhes.”
(5° parágrafo), a forma verbal destacada estabelece relação de concordância com
a palavra

A) últimas. C) dias.
B) semanas. D) detalhes.

68) (PROEB) Leia o texto a seguir.

Conservar para sobreviver


A evolução do conhecimento do homem levou-o, aos poucos, a novas des-
cobertas.
A do fogo foi o primeiro passo para a conservação dos alimentos. Surgiram
os primeiros assados da História, que, ao que tudo indica, inicialmente tinham por
objetivo facilitar a mastigação, mas justamente esse alimento demorava mais para
se deteriorar, constituindo-se na primeira técnica de conservação. A seguir, como
o fogo espantasse animais, os homens começaram a deixar suas caças penduradas
perto dele, o que casualmente permitiu-lhes a descoberta de um novo tipo de con-
servação: a defumação.
O princípio era simples: a desidratação (que é a retirada da água pelo calor —
o que acontece quando se toma sol em excesso). Outros alimentos, como grãos e
frutos, também foram desidratados, atendendo à necessidade de conservar.

NETO, Egídio Trambaiolli. Alimentos em pratos limpos. (fragmento)

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A ideia defendida nesse texto é comprovada pela

9º ano • Ensino Fundamental


A) descoberta da desidratação de alimentos.
B) necessidade de facilitar a mastigação.
C) demora em conservar os alimentos.
D) dificuldade em descobrir a defumação.

69) (PROEB). Leia o texto a seguir.

Ana Terra
Ana sentia-se animada, com vontade de viver. Sabia que, por piores que
fossem as coisas que estavam por vir, não podiam ser tão horríveis como as que
já tinha sofrido. Esse pensamento dava-lhe uma grande coragem. E ali deitada no
chão, a olhar para as estrelas, ela se sentia agora tomada por uma resignação que
chegava quase a ser indiferença.
Tinha dentro de si uma espécie de vazio: sabia que nunca mais teria vontade
de rir nem de chorar. Queria viver, isso queria, e em grande parte por causa de
Pedrinho, que afinal de contas não tinha pedido a ninguém para vir ao mundo.
Mas queria viver também de raiva, de birra. A sorte andava sempre virada contra
ela, pois Ana estava agora decidida a contrariar o destino. Ficaria louca de pensar
no dia em que deixara Sorocaba para vir morar no Continente. Vezes sem conta
tinha chorado de tristeza e de saudade daqueles cafundós.

VERÍSSIMO, Érico. Ana Terra. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 70-71.
(fragmento)

No trecho “... que chegava quase a ser indiferença.” (1° parágrafo), a palavra
destacada refere-se ao termo

A) pensamento.
B) resignação.
C) vazio.
D) vontade.

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70) (SIMAVE) Leia o texto a seguir.

Menino brinca de boneca?


Senta direito!! Fecha as pernas, menina! Você já está ficando uma mocinha!!!
Desde cedo, as meninas vão aprendendo que têm que ser quietinhas e boazi-
nhas. A se comportar como mocinhas.
“Ah! Não fica bem menina ficar correndo e pulando. Isso é coisa de menino.”
Ou então, qualquer coisa, chame o seu irmão!”
— Por que tem sempre que chamar o seu irmão, um menino, para tomar
conta das meninas? [...]
Muita gente fica falando: “menino não brinca de boneca!”
Mas de boneco tipo He-man, Rambo, Thundercats, pode. Já notaram?

RIBEIRO, Marcos. Menino brinca de boneca? Rio de Janeiro: Salamandra, 1990.

No trecho “A se comportar como mocinhas.” a palavra destacada exprime a


ideia de

A) adição.
B) comparação.
C) conclusão.
D) tempo.

71) (SIMAVE) Leia o texto a seguir.

Que mudanças no clima afetaram a humanidade?


Não é exagero dizer que a história da humanidade sempre esteve ligada às
transformações climáticas. Sobretudo até o século 20, quando ainda não havia tec-
nologia suficiente para tornar mais toleráveis as variações bruscas ou prolongadas
de tempo e temperatura. Essas alterações fizeram o homem descer das árvores,
extinguiram civilizações, impulsionaram migrações e decidiram guerras. Para exem-
plificar o que foi dito, vale relembrar dois fatos históricos: em 2007, a concentração
de poluentes no ar eleva a temperatura do planeta para os níveis mais altos dos

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últimos 150 mil anos; em junho de 1944, as forças aliadas precisaram esperar

9º ano • Ensino Fundamental


semanas pelo melhor clima para o desembarque na Normandia, decisivo na der-
rota Nazista; em 1812, o inverno rigorosíssimo aniquila as tropas de Napoleão
Bonaparte que haviam invadido a Rússia; em 1788, a seca causa a quebra de safras
e espalha a fome. O fato contribui, ainda que secundariamente, para a Revolução
Francesa em 1789, como lenda.

Mundo estranho. ed. 65, jul. 2007. p. 48.

O fato histórico que ocorreu em 1812 foi

A) a elevação da temperatura no planeta.


B) a grande derrota das tropas de Napoleão.
C) o desembarque na costa da Normandia.
D) o embrião da Revolução Francesa em 1789.

72) Leia os textos para responder à questão a seguir:

Texto I

Você é a favor de clones humanos?


“Sou contra. Engana-se quem pensa que o clone seria uma cópia perfeita de
um ser humano. Ele teria a aparência, mas não a mesma personalidade. Já pensou
um clone do Bon Jovi que detestasse música e se tornasse matemático, passando
horas e horas falando sobre Hipotenusa, raiz quadrada e subtração? Ou o clone do
Brad Pitt se tornando padre? Ou o do Tom Cavalcante se tornando um executivo
sério e o do Maguila estudando balé? Estranho, não? Mas esses clones não seriam
eles, e, sim, a sua imagem em forma de outra pessoa. No mundo, ninguém é igual.
Prova disso são os gêmeos idênticos, tão parecidos e com gostos tão diferentes.
Os clones seriam como as fitas piratas: não teriam o mesmo valor original. Se
eu fosse um clone, me sentiria muito mal cada vez que alguém falasse: ‘olha lá o
clone da fulana’. No fundo, no fundo, eu não passaria de uma cópia.”.
Alexandra F. Rosa, 16 anos, Francisco Morato-SP (Revista Atrevida n. 34).

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Texto II

Você é a favor de clones humanos?

“Sou a favor! O mundo tem de aprender a lidar com a realidade e as inovações


que acontecem. Ou seja, precisa se sofisticar e encontrar caminhos para seus pro-
blemas. Assistimos à televisão, lemos jornais e vemos que existem muitas pessoas
que, para sobreviver, precisam de doadores de órgãos. Presenciamos atualmente
aqui no Brasil e também em outros países a tristeza que é a falta de doadores. A
clonagem seria um meio de resolver esse problema!
Já pensou quantas pessoas seriam salvas por esse meio? Não há dúvida de
que existem muitas questões a serem respondidas e muitos riscos a serem cor-
ridos, mas o melhor que temos a fazer é nos prepararmos para tudo o que der
e vier, aprendendo a lidar com os avanços científicos que atualmente se reali-
zam. Acredito que não gostaríamos de parar no tempo. Pelo contrário, temos de
avançar!”

Fabiana C. F. Aguiar, 16 anos, São Paulo-SP (Revista Atrevida n. 34).

Ao se compararem os textos I e II, pode-se afirmar que

A) em I, há a negação da existência de pessoas diferentes; em II, afirma-se


que a clonagem é uma sofisticação.
B) em I, há a afirmação de que a clonagem se constitui em distanciamento
dos seres humanos; em II, a solução para a aproximação dos seres huma-
nos.
C) em I, há indícios de que a humanidade ficará incomodada com a clona-
gem; em II, há a afirmação de que é preciso seguir os avanços científicos.
D) em I, discute-se o conceito de que a clonagem produz cópias perfeitas;
em II, afirma-se que a clonagem é a solução para muitos dos problemas
humanos.

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73) (Avaliação Paraíba) Leia o texto a seguir e responda.

9º ano • Ensino Fundamental


Os primeiros cultivos de café
A planta de café é originária da Etiópia, [...] África, onde ainda hoje faz parte
da vegetação natural. Foi a Arábia a responsável pela propagação da cultura do
café. O nome café não é originário da Kaffa, local de origem da planta, e sim da
palavra árabe qahwa, que significa vinho. Por esse motivo, o café era conhecido
como “vinho da Arábia” quando chegou à Europa no século XIV.
Os manuscritos mais antigos mencionando a cultura do café datam de 575 no
Yêmen, onde, consumido como fruto in natura, passa a ser cultivado. Somente
no século XVI, na Pérsia, os primeiros grãos de café foram torrados para se trans-
formar na bebida que hoje conhecemos.
O café tornou-se de grande importância para os árabes, que tinham com-
pleto controle sobre o cultivo e preparação da bebida. Na época, o café era um
produto guardado a sete chaves pelos árabes. Era proibido que estrangeiros se
aproximassem das plantações, e os árabes protegiam as mudas com a própria vida.
A semente de café fora do pergaminho não brota, portanto, somente nessas con-
dições as sementes podiam deixar o país.
Disponível em: <http://www.abic.com.br/scafe_historia.html>. Acesso em: 3 abr. 2010. (fragmento)

De acordo com o texto, os primeiros grãos de café foram torrados na


A) Arábia. C) Europa.
B) Etiópia. D) Pérsia.

74) (IPOJUCA-PE) Leia os textos a seguir.

Texto 1

Que tal deixar o celular em casa?


Você conhece criança da sua idade que não tem celular, não conhece? Uma
não, várias! [...]
Mas sabe que muitas nem ligam para o fato de não terem um celular [...]?
É que, no intervalo, elas brincam com os colegas e nem sentem falta desse

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“conversê” e desse blá-blá-blá que acontece por SMS. Elas conversam diretamente
com os colegas quando querem contar alguma coisa e trocar ideias.
Sabe que, pensando bem, há vantagens em conversar cara a cara com os
colegas em vez de enviar mensagens para eles? É que você olha para o amigo em
vez de olhar para o celular, percebe a reação pela cara que ele faz, participa com
emoção dos papos. E acaba se relacionando com outra criança em vez de se rela-
cionar com um aparelho. [...]
Pensando bem, o celular é quase um brinquedo para você. E, não sei se vai
se lembrar, mas, quando era pequeno e ia para a escola infantil, havia o “dia do
brinquedo”. Só nesse dia era possível levar um jogo de casa, para poder aproveitar
melhor tudo o que havia na escola.
Faz sentido, não faz?
Então, que tal deixar seu aparelho celular em casa quando vai à escola?
Garanto que só vai sentir falta dele nos primeiros dias, depois nem vai se lembrar.
Experimente!

SAYÃO, Rosely. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ quebracabeca/2014/04/1445514-que-


-tal-deixar-ocelular-em-casa.shtml>. Acesso em: 26 maio 2014. (fragmento)

Texto 2

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Sobre o fato de crianças usarem celulares na hora do recreio, esses dois textos

9º ano • Ensino Fundamental


A) apresentam argumentos opostos.
B) expõem opiniões confusas.
C) mostram situações curiosas.
D) utilizam pontos de vista semelhantes.

75) (Ubajara-CE) Leia os textos a seguir e responda.

Texto I

Escola impede estudo de aluno com brinco


Daniela Falcão e Carolina Chagas

Por causa de um brinco na orelha esquerda o menino Bruno Strifezzi


Lencione, 6 anos, foi impedido de assistir à aula anteontem em sua escola, na
Cidade de Jardim (zona oeste de São Paulo). A escola, que vai do maternal à
8ª série, não permite que meninos usem brinco.
Os pais de Bruno, vão processar a escola por discriminação, constrangimento
ilegal e proibição do direito de ir e vir do aluno.

Texto II

Os usos do brinco
Moacyr Scliar

O homem — um senhor já de certa idade, trajando terno e usando gravata


— estava furioso.
— Onde é que já se viu? Brinco no colégio, isso tinha de ser mesmo proibido!
Com risco de incorrer em sua sagrada ira, perguntei se aplicaria a proibição
também às meninas. Olhou-me com desprezo:
— Claro que não. Você é idiota? Claro que não! Meninas podem usar brinco.
Rapazes é que não podem. É coisa de afeminado.

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Lembrei que vários homens de cuja masculinidade não se podia duvidar —


bucaneiros, até, e bandidos — usavam brincos, isso sem falar em índios guerreiros.
O argumento o deixou perplexo e irritado:
— E os estudantes são índios por acaso? Não pode e pronto.

Os dois textos que você leu apresentam características em comum. O que há


de semelhante entre eles?

A) Os dois textos têm como foco o mesmo fato.


B) A proibição do uso dos brincos pelas meninas.
C) A liberação do uso do brinco pelos jovens em geral.
D) Os dois textos são fictícios.

76) (SAERJ) Leia o texto a seguir.

A mentira
João chegou em casa cansado e disse para sua mulher, Maria, que queria
tomar um banho, jantar e ir direto para a cama. Maria lembrou a João que naquela
noite eles tinham ficado de jantar na casa de Pedro e Luíza. João deu um tapa
na testa [...] e declarou que, de maneira nenhuma, não iria jantar na casa de nin-
guém. Maria disse que o jantar estava marcado há uma semana e seria uma falta
de consideração com Pedro e Luíza, que afinal eram seus amigos, deixar de ir. João
reafirmou que não ia. Encarregou Maria de telefonar para Luíza e dar uma des-
culpa qualquer. Que marcassem o jantar para a noite seguinte.
Maria telefonou para Luíza e disse que João chegara em casa muito abatido,
até com um pouco de febre, e que ela achava melhor não tirá-lo de casa aquela
noite.
Luíza disse que era uma pena, que tinha preparado uma Blanquette de Veau
que era uma beleza, mas que tudo bem. Importante é a saúde e é bom não facilitar.
Marcaram o jantar para a noite seguinte, se João estivesse melhor. João
tomou banho, jantou e foi se deitar. Maria ficou na sala vendo televisão. Ali pelas
nove bateram na porta. Do quarto, João, que ainda não dormira, deu um gemido.
Maria, que já estava de camisola, entrou no quarto para pegar seu robe de cham-
bre. João sugeriu que ela não abrisse a porta. Naquela hora só podia ser um chato.
Ele teria que sair da cama. Que deixasse bater. Maria concordou. Não abriu a porta.

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Meia hora depois, tocou o telefone, acordando João. Maria atendeu. Era Luíza

9º ano • Ensino Fundamental


querendo saber o que tinha acontecido.
— Por quê? — perguntou Maria.
— Nós estivemos aí há pouco, batemos, batemos, e ninguém atendeu.
— Vocês estiveram aqui?
— Para saber como estava o João. O Pedro disse que andou sentindo a mesma
coisa há alguns dias e queria dar umas dicas. O que houve?
— Nem te conto — contou Maria, pensando rapidamente. — O João deu
uma piorada.
Tentei chamar um médico e não consegui.
Tivemos que ir a um hospital.
— O quê? Então é grave. [...]

VERÍSSIMO. Luis Fernando. Festa de criança. São Paulo: Ática, 2000. p. 77.
(fragmento)

No trecho “— Nós estivemos aí há pouco,...” (5° parágrafo), a palavra des-


tacada retoma

A) casa.
B) hospital.
C) quarto.
D) sala.

77) (SAEPI) Leia o texto a seguir.

Por sua conta


Com a independência financeira dos filhos, os pais não estão mais bancando
as despesas de casamento. “Os casais até preferem arcar com as contas porque
isso dá mais liberdade de escolha a eles”, diz Solange Caramel, diretora da Cara-
mel Assessoria de Eventos. Além do mais, os pais consideram um desperdício fazer
uma festa que custe R$ 50 mil, que é um gasto muito maior do que na época em
que eles casaram. Eles acabam auxiliando com outros gastos. “Os pais costumam

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se oferecer para pagar um item do evento, como o Buffet ou a decoração. Já a mãe


da noiva quase sempre faz questão de presentear a filha com o vestido”, explica
Solange Caramel.
7 dias com você. n. 250. 20 mar. 2008. p. 8.

De acordo com esse texto, “os pais não estão bancando mais as despesas de
casamento” porque

A) gostam de dar mais liberdade aos filhos.


B) os filhos estão financeiramente independentes.
C) passam por dificuldades financeiras.
D) preferem presentear a filha com o vestido.

78) (SAEPE) Leia o texto a seguir.

Passe um dia sem carne


O que os brasileiros comem no dia a dia? Você ficaria sem “mistura” uma vez
por semana? Motivos há de sobra para atender a esse convite. A intenção é incen-
tivar as pessoas a deixarem de consumir carne ao menos uma vez por semana. A
ideia é boa para a saúde pessoal e para a do planeta.
Uma campanha da Sociedade Vegetariana Brasileira — também adotada pela
Prefeitura de São Paulo — quer estimular esse hábito. Ao diminuir o consumo de
carne, reduz-se, ao mesmo tempo, o desperdício de água, o desmatamento, a
desertificação, a extinção de espécies, a destruição de habitats e até de biomas
inteiros. A pecuária é responsável pela emissão de cerca de 17% dos gases de
efeito estufa no planeta. Mais da metade da produção mundial de alimentos é
destinada à ração para animais de abate. [...]
Uma dieta sem carnes favorece a prevenção de doenças crônicas degene-
rativas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, colesterol elevado,
diversos tipos de câncer e diabetes, segundo a Associação Diabética Americana.[...]
A campanha é um convite para repensar nossa alimentação cotidiana, muitas
vezes pobre em nutrientes pelo simples desconhecimento da variedade de hortaliças
e verduras disponíveis.
JORGE, Eduardo. Galileu, n. 2201, nov. 2009.
(fragmento)

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Nesse texto, qual é a tese defendida pelo autor?

9º ano • Ensino Fundamental


A) Deve-se repensar a alimentação vegetariana.
B) Evitar o consumo de carnes é bom para a saúde.
C) Gasta-se muita ração com animais de abate.
D) Incentivar a pecuária prejudica o planeta.

79) Leia o texto para responder à questão a seguir:

O traço de humor do texto pode ser identificado no fato de

A) o homem ver um rato roubando um biscoito.


B) o rato conseguir fugir do homem e do gato.
C) o gato pegar o biscoito e não o rato.
D) o gato correr atrás do rato.

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80) (SAETHE) Leia o texto a seguir.

O gafanhoto

Era uma vez, numa noite bonita e quente de verão. O gafanhoto apanhou
seu violino e sentou-se sobre uma pedra, à margem do riacho. Depois de afinar seu
instrumento, começou a tocar. Era uma música lenta e muito bonita. Sempre que
esta canção soava, fazia-se silêncio na floresta. Os animais formavam um círculo
em volta do talentoso músico e escutavam admirados e quietinhos os acordes da
música. Mas, uma noite, a música não foi tocada e ninguém soube explicar por
que o gafanhoto havia desaparecido.
Mas o ouriço havia observado que um menino pegara o pequeno músico e o
colocara dentro de uma caixa. Os animais saíram da floresta e o ouriço levou-os até
a casa onde o menino morava. A caixa aberta estava junto da janela. O gafanhoto,
porém, sentado tristemente dentro dela, não mais queria tocar o seu violino. A
floresta e os outros animais faziam-lhe falta.
A raposa entrou silenciosamente na casa e libertou o gafanhoto da prisão,
carregando-o sobre as costas para fora. Os dois retornaram à floresta, com todos
os seus amigos. Lá chegando, o gafanhoto tocou seu violino até o amanhecer. Ele
estava tão feliz, que tocava com muita perfeição, como nunca antes havia tocado,
e todos os animais ouviam encantados.

Uma história por dia. São Paulo: Todolivro, s/d. p. 114.

Nesse texto, a expressão “Era uma vez,...” (ℓ. 1) foi utilizada para

A) marcar que o narrador não participou da história.


B) indicar que não se sabe o momento em que a história ocorreu.
C) enfatizar uma atitude da personagem principal da história.
D) destacar uma passagem importante da história.

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81) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

9º ano • Ensino Fundamental


Lenda da vitória-régia

Você já viu a vitória-régia? É uma grande planta aquática do Amazonas. Os


índios daquela região contam uma lenda para explicar como surgiu essa planta. [...]
Segundo os índios, cada estrela é uma moça índia que se casou com a Lua.
E a Lua é um guerreiro belo e forte que, nas noites de luar, desce à Terra para se
casar com uma índia.
Era uma vez uma índia chamada Naiá que se apaixonou pela Lua. Todas as
noites ela ficava sozinha, admirando a Lua e desejando abraçá-la. Mas isso não era
possível, pois a Lua estava tão alta!
Certa noite, Naiá chegou à beira de um lago e viu refletida na água a imagem
da Lua. Ela ficou super feliz! Pensou que fosse o guerreiro branco que tinha des-
cido à Terra para casar-se com ela.
E para não perdê-lo, jogou-se nas águas profundas do lago... e morreu
afogada.
Então a Lua, que não quisera fazer de Naiá uma estrela do céu, resolveu fazer
dela uma estrela da água e transformou-a numa planta de grandes folhas e belas
flores.
E assim surgiu a vitória-régia.

TUFANO, D. Meu primeiro dicionário. Dicionário infantil pedagógico.


São Paulo: Paulus, 2004. p. 38.

Para os índios, a Lua é

A) uma jovem moça índia.


B) uma planta aquática.
C) um guerreiro belo e forte.
D) um satélite da Terra.

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Aprova BRASIL

82) (SAVEAL) Leia o texto e responda.

Tintura milionária
A apresentadora Angélica recebeu uma proposta de 1,5 milhões de reais de
uma gigante de tinturas para cabelos para pintar de ruivo suas louras melenas. Não
topou. Não porque se importe de ficar ruiva — mas é que achou pouco.

VEJA, nº 19, 12 de maio de 2004, p. 37.

A expressão “uma gigante de tinturas” refere-se à

A) enorme quantia oferecida à apresentadora.


B) grande empresa do ramo de tintura.
C) grande quantidade de tintura necessária.
D) longa cabeleira da apresentadora.

83) (SADEAM) Leia o texto a seguir.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A menina está achando divertido fazer uma visita ao hospital, porque

9º ano • Ensino Fundamental


A) a cama sobe e desce.
B) ela está junto com seus amigos.
C) ela também está hospitalizada.
D) o menino está hospitalizado.

84) (SEDUC-GO) Leia o texto a seguir e responda.

A ideia central do texto é

A) a apreensão do gigante da história João e o pé de feijão.


B) a captura de um gigante que se alimenta de carne humana.
C) caça aos bandidos que assaltam caixas eletrônicos e fugiram para a selva.
D) o gigantesco crescimento dos bancos e empobrecimento do povo.

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85) (SEDUC-GO) Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

Teatro de absurdos
Editorial
29/01/2013

Os absurdos que provocaram a tragédia acontecida na cidade gaúcha de


Santa Maria fizeram parte também das repercussões mundiais desse doloroso sinis-
tro, que custou a vida de tantas pessoas, a maioria jovens.
Eles morreram em decorrência de uma sucessão de erros por parte da casa
noturna. Não havia saídas de emergência, a única porta era estreita, o material
que revestia o teto da boate era extremamente inflamável e a documentação não
estava em dia.
Há boates em todo o Brasil com alvarás vencidos. O próprio Corpo de Bom-
beiros admite que isso pode ocorrer inclusive em Goiânia, já que a fiscalização não
é rotineira, mas feita apenas depois de denúncia ou solicitação.
A legislação é rigorosa, ao exigir o cumprimento de uma série de normas que
garantem a segurança dos frequentadores de casas noturnas. Mas de nada vale a
lei se ela não for fiscalizada e se sua desobediência não for punida.
Impunes, os infratores se sentirão livres para desrespeitar as normas a qual-
quer momento, em favor da economia de gastos e maior lucratividade. Essa é a
armadilha que se impõe contra a segurança.
Não se pode tolerar mais que medidas só sejam tomadas depois de tragédias,
que deixam um rastro eterno de sofrimento. Essa lição dolorosa deixada pela tra-
gédia de Santa Maria poderia ter sido evitada com responsabilidade e fiscalização.

Disponível em: <http://www.opopular.com.br/editorias/opiniao/editorial-1.145048 /teatro-de-


absurdos-1.269353>. Acesso em: 29 jan. 2013.

Qual a tese do texto?

A) A tragédia que poderia ter sido evitada.


B) A falta de saídas de emergência nas boates.
C) Maior fiscalização das normas de segurança.
D) As tragédias que deixam um rastro de sofrimento.

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86) (SAEPE) Leia o texto a seguir.

9º ano • Ensino Fundamental


Café com leite não é uma mistura nutritiva

Muita gente acha a combinação perfeita, pois o café ajuda a despertar e o


leite alimenta. De fato, a cafeína dá uma ligada no cérebro e o leite tem proteínas
e cálcio. Mas os taninos, que dão cor ao café, atrapalham a absorção dos nutrien-
tes. “Essa competição é comum em outros tipos de alimento. No café com leite,
ela é ainda mais prejudicial para mulheres perto da menopausa, que precisam de
bastante cálcio”, diz a nutricionista Heloísa Guarita.

Mundo Estranho. São Paulo: Abril, abr. 2008, ed. 74, p. 34.

A informação principal desse texto está em:

A) “... o café ajuda a despertar e o leite alimenta.”.


B) “... a cafeína dá uma ligada no cérebro...”.
C) “... o leite tem proteínas e cálcio.”.
D) “... os taninos atrapalham a absorção dos nutrientes.”.

87) (PROEB) Leia o texto a seguir.

Os dinossauros
Os dinossauros habitaram a Terra entre 230 e 65 milhões de anos atrás. Por-
tanto, eles existiram durante 165 milhões de anos. Nenhum ser humano conviveu
com esses répteis, pois o homem, como nós o conhecemos hoje, apareceu somente
há 150 mil anos. Mas ficaram ossos e muitas pistas dos dinos, e assim podemos
entender como essas criaturas viveram e imaginar como eram.

Disponível em: <http://recreionline.abril.com.br/fique-dentro/ciencia/bichos/


conteudo-218149.shtml>.

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Esse texto afirma que nenhum homem conviveu com os dinossauros porque

A) os dinos deixaram os ossos e muitas pistas para entendermos como


viviam.
B) os dinos eram animais ferozes e viviam longe das cidades e seres
humanos.
C) os dinossauros eram répteis diferentes e maiores dos que conhecemos
hoje.
D) os primeiros homens apareceram na Terra após a extinção dos dinos-
sauros.

88) (PROEB) Leia o texto a seguir e responda.

Literatura informativa

A literatura informativa compõe-se de textos descritivos sobre a terra desco-


berta, produzidos nos primeiros tempos da nossa colonização. Esses textos têm
grande valor histórico: são cartas e relatórios de navegantes, administradores, mis-
sionários. Um dos principais objetivos dessa literatura de informação era retratar
a fauna e a flora da nova terra, as riquezas minerais, os costumes dos nativos. O
primeiro documento é a famosa carta de Pero Vaz de Caminha — saboroso e minu-
cioso relato das primeiras impressões de um europeu sobre nossa terra tropical e
seus primitivos habitantes. Nessa carta, além de passagens descritivas, há também
pequenas narrativas, quando Caminha conta, por exemplo, as reações dos índios
ao desembarque dos navegadores portugueses.

Adaptado de Maria Fernandes Cócco e Marco Antonio Hailer.


Novo ALP, p. 27-28.

A finalidade essencial do texto que você acabou de ler é

A) criticar o processo de exploração econômica, que se iniciou nos primei-


ros anos de nossa colonização.
B) esclarecer o tipo de linguagem e os objetivos das primeiras manifesta-
ções escritas sobre o descobrimento de nossa terra.

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C) analisar as produções literárias de maior importância dos primeiros

9º ano • Ensino Fundamental


grandes escritores brasileiros.
D) detalhar as várias reações de espanto dos nativos, diante dos navega-
dores portugueses.

89) (SAEPI) Leia os textos a seguir.

Texto 1

Besouro
De João Daniel Tikhomiroff

Em 1924, 36 anos após a abolição da escravatura, a região do Recôncavo


Baiano ainda era movida pela lei da chibata. Foi nesse ambiente que surgiu um herói
tipicamente brasileiro, Besouro Cordão de Ouro, considerado o maior capoeirista
de todos os tempos. Ao levar a história do personagem para o cinema, o pre-
miado diretor publicitário João Daniel Tikhomiroff (estreante em longas) apostou
na ação e no clima mítico. As impressionantes cenas de luta foram coreografadas
pelo chinês Huen Chiu Ku (que tem no currículo filmes como Kill Bill e O Tigre e
o Dragão) e executadas por excepcionais capoeiristas, como Ailton Carmo, que
vive o protagonista.

Texto 2

Alô, alô, Terezinha,


De Nelson Hoineff

Para contar a trajetória de uma das figuras mais anárquicas da televisão bra-
sileira, só mesmo sendo tão escrachado quanto ela. Este documentário se vale de
ótimas imagens de arquivo e entrevistas sinceras para traçar o perfil de Abelardo
Barbosa, o popular Chacrinha. O diretor Nelson Hoineff foi atrás de personagens que
passaram por seu programa de auditório, desde suas fogosas dançarinas até partici-

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pantes do show de calouros, que muitas vezes eram humilhados em rede nacional.
Também há depoimentos de artistas consagrados, como os músicos Roberto Carlos,
Agnaldo Timóteo e Fábio Jr. Um ótimo estudo sobre fama e anonimato.

TAM nas Nuvens, n. 26, fev. 2010, p. 123.

Constata-se que os filmes descritos nesses textos são

A) comédias. C) musicais.
B) biografias. D) romances.

90) (Ubajara-CE) Leia o texto a seguir e responda.

A pirâmide de números
José Luís Soares

A energia luminosa captada da luz solar pelas plantas, durante o fenômeno


da fotossíntese e transformada em energia química fica acumulada na matéria
orgânica. E assim ela passa pelos diversos níveis de alimentação das cadeias.
Sucede, entretanto, que o potencial do fluxo de energia através dos ecossistemas
diminui gradativamente a cada passagem de um nível alimentar para outro.

A frase destacada no texto, faz referências a:

A) Energia química. C) Energia luminosa.


B) Luz solar. D) Matéria orgânica.

91) (SABE) Leia o texto a seguir.

O burrinho pedrês
As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com
as caudas, mugindo no meio, na massa embolada, com atrito de couros, estalos
de guampas, estrondos e baques, e o berro queixoso do gado Junqueira, de chifre

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imenso, com muita tristeza, saudade dos campos, querência dos pastos de lá do

9º ano • Ensino Fundamental


sertão...
[...] Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando... Dança doido, dá
de duro, dá de dentro, dá direito. Vai, vem, volta, vem na vara, vai não volta, vai
varando... [...]
Pouco a pouco, porém, os rostos se desempenam e os homens tomam gesto
de repouso nas selas, satisfeitos. Que de trinta, trezentos ou três mil, só está quase
pronta a boiada quando as alimárias se aglutinam em bicho inteiro — centopeia
—, mesmo prestes assim para surpresas más.

ROSA, João Guimarães. O burrinho pedrês. In: Sagarana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974.
(fragmento)

Nesse texto, a construção “...as alimárias se aglutinam em bicho inteiro —


centopeia...” (3º parágrafo) foi empregada para

A) comparar a formação da boiada a uma centopeia.


B) destacar a importância da centopeia no cortejo.
C) indicar o caráter negativo das centopeias.
D) informar que havia bois e centopeias na manada.

92) (SAEPI) Leia o texto a seguir.

Não estresse: você tem mais tempo do que pensa


Um novo livro ensina a usá-lo bem — sem estresse nem ansiedade
Se seu dia está curto demais para tantas tarefas, há uma solução simples,
embora de aplicação difícil: mude-se para Vênus. Lá, o dia dura 243 vezes a dura-
ção do dia na Terra
[...]. Imagine só. Daria para trabalhar, pegar um cineminha, encontrar os
amigos, cuidar do cachorro, tirar uma soneca depois do almoço [...]. Deve ser por
isso que nunca se viu um venusiano reclamar de estresse. Diante das 5.832 horas
do dia de Vênus, é compreensível que os terráqueos se queixem tanto de seus
dias de 24 horas. Segundo a escritora americana Laura Vanderkam, porém, recla-

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mamos de barriga cheia. Seu livro 168 hours. You have more time than you think
(168 horas. Você tem mais tempo do que pensa), ainda não lançado no Brasil,
tornou-se best-seller defendendo duas teses incomuns em obras sobre organiza-
ção do tempo. A primeira é que somos bem menos ocupados do que imaginamos.
A segunda é que a melhor maneira de aproveitar bem o tempo é não se preocupar
tanto assim com ele.
Nossa vida é tão corrida que livros sobre como administrar o tempo se tor-
naram um gênero à parte nos últimos anos [...]. Em geral, eles partem de uma
premissa: o dia é curto para tantas tarefas. A melhor maneira de lidar com isso,
segundo eles, é preenchê-lo [...].
De forma rigorosa, cumprindo todas as tarefas de trabalho sem procrastinar
e planejando o tempo restante para aproveitar cada segundo com a família [...] ou
praticando esportes. [...]

OSHIMA, Flávia Yuri. Disponível em: <http://migre.me/fAudK>. Acesso em: 23 jul. 2013. (fragmento)

A informação principal do texto está no trecho:

A) “Se seu dia está curto demais para tantas tarefas, há uma solução sim-
ples, embora de aplicação difícil: mude-se para Vênus.”. (1º parágrafo)
B) “... o dia dura 243 vezes a duração do dia na Terra...”. (1º parágrafo)
C) “... nunca se viu um venusiano reclamar de estresse.”. (1º parágrafo)
D) “Seu livro 168 hours [...] tornou-se best-seller defendendo duas teses
incomuns em obras sobre organização do tempo.”. (1º parágrafo)

93) (Reforço digital-RJ). Leia o texto a seguir e responda.

Ajude a cuidar de um bichinho abandonado


Há quatro anos, todo segundo sábado do mês, um grupo de apaixonados por
animais de estimação se reúne no Bairro Peixoto para tentar salvá-los. Os volun-
tários do SOS Vida Animal tentam fazer com que as pessoas adotem cachorros e
gatos abandonados. [...]
A maioria dos bichos foi resgatada da rua ou tirada de centros de zoonoses.
Há ainda muitos casos de denúncias anônimas de animais que foram abandonados

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pelos donos. É o caso do pastor alemão Lara, encontrado na Tijuca e adotado por

9º ano • Ensino Fundamental


Emília de Almeida, que se tornou voluntária do SOS.
Geralmente, as feiras têm ao menos dez cachorros e dez gatos, que são
castrados e vermifugados. Alguns vêm até vacinados. Em média, acontecem dez
adoções a cada feira. Nos quatro anos de existência, o grupo conseguiu um novo
lar para quase 900 animais. [...]
Para adotar um animal, é preciso ter mais de 18 anos, apresentar identidade,
CPF e comprovante de residência na ocasião. Mais informações sobre o trabalho
do grupo no site www.sosvidaanimal.com.br
O Globo. Zona Sul, 6 ago. 2009.

A finalidade do texto é

A) divulgar a importância de amar os animais.


B) informar sobre uma feira para adoção de animais.
C) informar sobre como fazer para adotar um animal.
D) denunciar casos de abandono de animais pelos donos.

94) (SAEPI) Leia o texto a seguir.

Você me faz um favor? Pois não!


Outro dia, contou-me uma amiga que uma senhora norte-americana, pro-
curando alugar apartamento em São Paulo, tinha entrado em contato telefônico
com umas três ou quatro imobiliárias e que nenhuma delas quis atendê-la. Sendo
inquirida sobre de onde tinha tirado essa conclusão, respondeu:
Toda vez que telefonava e dizia: — “Vocês podem me alugar um aparta-
mento”, a resposta era sempre a mesma: — “Pois não.” Aí, eu desisti.
ABREU, Antônio Suárez. Carta na escola, nov. 2010. (fragmento)

O humor desse texto está

A) no pedido feito pela norte-americana.


B) na resposta dada pelas imobiliárias.
C) na vontade da norte-americana de alugar apartamento.
D) no entendimento da resposta pela norte-americana.

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95) (PAEBES) Leia o texto a seguir.

A capital mineira tem Lourdes e Savassi, com suas ruas arborizadas, lojas de
grife e cafés charmosos; a Pampulha, com obras de Oscar Niemeyer; restaurantes
estrelados, que não deixam nada a desejar em relação a outras metrópoles [...].
Mas uma das melhores coisas de BH não está nos lugares. E sim nos moradores,
que, com sua simpatia e o jeitim devagarim de falar, fazem questão de manter o
clima de cidade do interior.

Disponível em: <http://www.yankeeviagens.com.br/?dir=noticias&url=abre_noticia&id=18>.


Acesso em: 27 mar. 2014.
(fragmento)

Nesse texto, a expressão “jeitim devagarim” foi utilizada para

A) destacar a passagem do tempo na capital mineira.


B) fazer uma crítica à linguagem formal.
C) ironizar as características das pessoas de BH.
D) representar a forma de falar dos mineiros.

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