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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de educação à distância

Tema do Trabalho
Tipos de Conhecimento

Nome da estudante: Joaquina Albano Gervásio


Código: 708235952

Licenciatura em Ensino de Português

Disciplina: MIC

Ano de Frequência: 1º Ano

Tete, Setembro de 2023


1
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
máxima tutor
.Capa 0,5
.Índice 0,5
Estrutura Aspectos .Introdução 0,5
organizacionai .Discussão 0,5
s .Conclusão 0,5
.Bibliografia 0,5
.Contextualização (indicação clara do 0,5
problema)
.Descrição dos objectivos. 0,5
Metodologia adequada ao objecto do 1.0
Introdução trabalho.
Conteúdo Articulação e domínio do discurso 1.0
académico (expressão escrita cuidada,
coerência/coesão textual)
.Revisão bibliográfica nacional e 2.0
Analise internacional relevante na área de
discussão estudo.
.Exploração dados 2.
.Contributos teóricos práticos 2.0
Conclusão
.Paginação tipo de tamanho de letra, 1.0
Aspectos paragrafo, espaçamento entre linhas.
gerais Formação
Norma APA 6ª .Rigor e coerência das citações/ 4.0
Referências edição em referências bibliográficas
Bibliográfica citações e
s Bibliografa
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
CAPÍTULO I..................................................................................................................... 5

1.Introdução ................................................................................................................... 5

1.1.Objectivos ............................................................................................................ 5

1.1.1.Objectivo geral.................................................................................................. 5

1.1.2.Objectivos Específicos...................................................................................... 5

1.3.Metodologia............................................................................................................. 5

CAPÍTULO II ................................................................................................................... 5

2.Revisão Literária ........................................................................................................ 6

2.1.Tipos de conhecimento ........................................................................................ 6

CAPÍTULO III ................................................................................................................ 11

3.Conclusão ................................................................................................................. 11

4.Referência Bibliográfica........................................................................................... 12

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CAPÍTULO I
1.Introdução
O presente trabalho da cadeira de método de investigação cientifica, que abordar-se-á sobre
tipos de conhecimento e tem como objectivo geral conhecer tipos de conhecimento.
Decididamente, pode-se dizer que os humanos se diferenciam do animal que não possui
inteligência simbólica pela capacidade que o homem e a mulher têm de pensar e, ao fazê-lo,
problematizar o seu entorno físico e cultural. Entorno físico identifica-se com a natureza
natural. O entorno cultural refere-se a tudo que o humano produz ao ser, estar e agir no mundo.
Enquanto o humano interfere naquela realidade natural e a modifica, os outros animais apenas
são predominantemente adaptativos ao ambiente em que se encontram. Um exemplo que ilustra
com simplicidade essa constatação é o caso do João-de-barro, o passarinho que, desde que
existe na face da Terra, constrói a mesma moradia. Você já viu a casa do joão-de-barro. Se viu,
notou que, aquilo que nele, aparentemente, resulta de uma inteligência simbólica, é, na verdade,
produto de uma programação instintiva, da qual o joão-de-barro não foge e à qual ele obedece
às cegas. O humano começou morando em cavernas. Mas, ao contrário do joão-de-barro, fez
choças e cabanas. Passos à frente o levaram a fazer casas de madeira, tijolos e cimento.
Atualmente, ele utiliza estruturas sofisticadíssimas para construir todo tipo de moradia:
edifícios altíssimos e casas que tentam ser à prova de terremotos e furacões.

Neste trabalho está estruturado em capítulos de seguintes formas: sendo assim, no I capítulo
que contém introdução, objetivos e metodologias; no II capítulo que contém Revisão literária
e por fim o III capítulo que contem Conclusão e referencia bibliográfica.

1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo geral
Conhecer tipos de conhecimento.

1.1.2.Objectivos Específicos
Identificar tipos de conhecimento;
Descrever tipos de conhecimento;
Definir cada tipos de conhecimento.

1.3.Metodologia
Para desenvolver as tarefas abordadas neste trabalho serviu do suporte bibliográfico o Manual
da própria cadeira MIC, e outras obras acessadas através da internet.

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CAPÍTULO II

2.Revisão Literária
2.1.Tipos de conhecimento
Ao longo da história da humanidade, iremos distinguir quatro tipos de conhecimento: o
conhecimento popular ou senso comum, o conhecimento religioso, o conhecimento filosófico
e o conhecimento científico. Veremos também que não existe um conhecimento que seja melhor
do que outro; eles são diferentes, com características próprias e bem específicas. Cada um deles,
dentro de seu escopo, possui o mesmo objetivo: responder às nossas dúvidas atuais e criar novas
dúvidas. Apesar do conhecimento científico ser o mais sistematizado, podemos afirmar com
certeza que a ciência não é o único caminho que leva à verdade.

2.1.1.Conhecimento popular ou senso comum


É um conhecimento que existe desde a época dos homens das cavernas. É um conhecimento
passado de geração em geração, e que, de certa forma, deu origem a todos os outros tipos de
conhecimento. A grande maioria dos fatos do nosso cotidiano atual tiveram origem no senso
comum, e muitas vezes, por mero acaso.

A descoberta do fogo, por exemplo, foi um dos maiores saltos tecnológicos experimentados
pelos homens daquela época. O homem deve ter conhecido o fogo por acaso, mas a partir do
momento que dominou a arte fazer o fogo, passou a ter, pela primeira vez, uma possibilidade
de dominar a natureza. Chassot (2004) acredita que a cocção de alimentos foi uma provável
conseqüência da descoberta do fogo. Cozinhar alimentos exigiu a utilização de utensílios
impermeáveis e resistentes ao fogo (cerâmicas). A partir dessa necessidade, foram surgindo
outras utilizações, que levaram aos processos de fermentação de sucos vegetais, curtição de
peles, tingimento e vitrificação. Existe a possibilidade de que até mesmo a metalurgia tenha
surgido por puro acaso:

Por volta de 4000 a.C., o homem usava metais. Inicialmente usava o ouro e o
cobre apenas no fabrico de objetos de adorno, por serem esses metais
encontrados livres na natureza. A disponibilidade de cobre aumentou muito
quando foi descoberto que se podia obtê-lo, sem muita dificuldade, a partir do
aquecimento de pedras azuladas. Foi talvez um acontecimento acidental que deu
origem à metalurgia, quando humanos surpreenderam-se ao ver bolas brilhantes
de cobre, quando faziam fogo em um terreno onde havia malaquita ou azurita
(minérios de cobre) (CHASSOT, 2004, p. 18).

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A época certa de se semear e colher determinados tipos de cereais é também um exemplo de
conhecimento muito antigo, que foi passado de geração em geração. Muitos camponeses de
nossos dias, mesmo iletrados e desprovidos de outros conhecimentos, sabem o momento certo
da semeadura, a época da colheita, a necessidade da utilização de adubos e os tipos de solos
adequados para diferentes culturas (MARCONI e LAKATOS, 2008).

Todos esses conhecimentos, quando devidamente comprovados, foram sistematizados e


apropriados pela ciência. Entretanto, existem certas práticas derivadas do conhecimento
popular que foram passadas de geração em geração, mas que não possuem respaldo científico.
Por exemplo, as superstições: não comer mangas à noite e nem mistura-las com leite; não deixar
o noivo ver sua amada vestida de noiva antes do casamento; não passar debaixo de escadas;
colocar uma vassoura virada atrás da porta para espantar uma visita chata etc. Os ditos
populares, expressões do conhecimento popular, não ferem a credibilidade do senso comum,
pois não é imputado a esse tipo de conhecimento a obrigatoriedade de se verificar a sua validade
de maneira sistematizada.

2.1.2.Conhecimento religioso
Conhecimento adquirido a partir da fé religiosa, é fruto da revelação da divindade, ou seja, “o
objectivo é detectar um princípio e um fim único no que se refere a gênese essencial e
existencial do cosmos” (TEIXEIRA: 2000:14).
A finalidade do Teólogo é provar a existência de Deus e que os textos Sagrados foram escritos
mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e
incontestáveis. A fé pode basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e
coletivas que lhe dão sustentação.

Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua
origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças
de cada indivíduo. O conhecimento religioso talvez seja tão antigo quanto o
conhecimento popular. Faz parte da característica humana buscar explicações
para suas dúvidas, (CAMPBELL, 1989, p.168).

Por exemplo, ter a noção de que a fumaça indica a presença de fogo na mata admite uma
explicação natural. Em outras palavras, se existe fumaça, com certeza há algo queimando.

Entretanto, pode ter havido muitos casos em que o homem antigo deve ter se perguntado sobre
o porquê de determinado fenômeno (por exemplo, o que é, e porque ocorre um eclipse lunar) e

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não tenha conseguido uma explicação natural. Assim, surgia então uma explicação
sobrenatural, um mito, que teria a função de tranquilizar o homem, porque esse mito forneceria
a explicação necessária para a sua dúvida. Exemplo, Acreditar que alguém foi curado por um
milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc.

2.1.3.Conhecimento filosófico
Mais ligado à construção de ideias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da
indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento
científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de
questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico
prioriza seu olhar sobre a condição humana.

Teixeira (2000:14) considera que o conhecimento científico é aquele que “estabelece uma
concepção racional do universo e da vida”. É a partir desse conhecimento que oser humano é
capaz de elaborar os pressupostos e os princípios norteadores da sua vida.

É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos,


gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo,
ultrapassando os limites formais da ciência.

O comércio (que colocou a Grécia em contato com outros povos além mar) e a moeda
(um símbolo aceito como padrão para substituir o escambo) foram alguns dos fatores
que alargaram os horizontes dos gregos, permitindo ampliar também os horizontes do
pensamento. Os primeiros pensadores gregos, ao tomar contato com estrangeiros,
verificavam que eram homens como eles. Ao perguntarem sobre monstros marítimos
e/ou lendários, começaram a perceber que esses não existiam, ou se existiam, não
podiam ser comprovados, ganhando assim, o status de lenda. Essa busca da verdade
levou ao questionamento dos mitos. A indagação em busca da verdade levou ao
nascimento da filosofia (CHAUÍ, 2005).

Ao se estudar a história do nascimento da filosofia, que influenciou todo o pensamento


ocidental, é comum dividirmos essa história em duas: antes de Sócrates (os pensadores pré-
socráticos) e depois de Sócrates (representados pelo três grandes filósofos: Sócrates, Platão e
Aristóteles). De acordo com Russel (2002), vários são os pensadores pré-socráticos: Tales,
Anaximandro, Anaxímenes, representantes da escola milésia (da cidade de Mileto); Pitágoras,
Xenófanes (da cidade de Samos); Heráclito (da cidade de Éfeso); Parmênides (da cidade de
Eléia, ao sul da Itália); Empédocles (da cidade de Agrigento); Anaxágoras (natural da cidade

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de Clazomenas) que vivia em Atenas; Zenão (também da cidade de Eléia); Melisso (também
da cidade de Samos); Demócrito (da cidade de Abdera); Protágoras, um dos primeiros sofistas,
e outros.

2.1.4.Conhecimento científico
De acordo com Matallo Júnior (1989), o conhecimento científico começa a partir do momento
em que as explicações saem do campo da opinião (eu acho que) e entram no mundo do método
da ciência (eu sei que). O senso comum é um conjunto de informações não sistematizadas,
fragmentadas. A partir do momento em que essas informações começam a ser justificadas por
meio de argumentos aceitáveis, o senso comum começa a evoluir em direção à ciência. Em
outras palavras, o senso comum trabalha com o juízo de valor, com o subjetivo. Assim, não há
como determinar se uma opinião é boa ou má, verdadeira ou falsa. O desenvolvimento científico
leva esses comportamentos informais a um formalismo, um padrão aceitável pela maioria como
verdade.

Assim, a ciência pode ser definida como um conjunto de proposições coerentes, objetivas e
desprovidas (até certo ponto) de valorações (MATALLO JÙNIOR, 1989). O mesmo autor nos
ensina que o conhecimento científico tem início em problemas que visam solucionar questões
práticas ou explicar irregularidades em padrões da natureza. Esses problemas criam teorias que
devem ser validadas por um programa investigativo de pesquisa. Tais programas visam
determinar leis que explicam e permitem fazer previsões (nem sempre infalíveis).

Segundo Teixeira (2000:15) este tipo de conhecimento dá-se a “medida que se investiga o que
fazer sobre a formulação de problemas, os quais exigem estudos minusiosos para seu
equacionamento”.

É o conhecimento racional, sistemático, exacto e verificável da realidade. Sua origem está nos
procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o
Conhecimento Científico:

É racional e objetivo; Atém-se aos facto;Transcende aos factos; É analítico; Requer


exatidão e clareza; É comunicável; É verificável; Depende de investigação metódica;
Busca e aplica leis; É explicativo; \pode fazer prediçõe; é aberto e é útil (GALLIANO,
1979, p. 24-30).

Exemplo:
Descobrir uma vacina que evite uma doença; descobrir como se dá a respiração dos
batráquios

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Além dos conceitos aristotélicos e platônico, o conhecimento pode ser classificado em
uma série de designações/categorias.
2.1.4.O conhecimento mítico
Trata-se de uma modalidade de conhecimento baseado na intuição e que deriva do
entendimento de que existem modelos naturais e sobrenaturais dos quais brota o sentido de tudo
o que existe. É um tipo de conhecimento que ajuda o ser humano a "explicar" o mundo por
meio de representações que não são logicamente raciocinadas, nem resultantes de
experimentações científicas.

Segundo (CYRINO & PENHA, 1992, p. 14), o conhecimento mítico é "expresso por meio de
linguagem simbólica e imaginária”.

Assim, ainda que o conhecimento mítico crie representações para atribuir um sentido às coisas,
ele ainda se baseia na crença de que seres fantásticos e suas histórias sobrenaturais é que são os
responsáveis pela razão de ser do existente

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CAPÍTULO III
3.Conclusão
Concluindo, como se vê, o ser humano é capaz de produzir diversos tipos de informações,
conhecimentos e saberes. E disso ele é capaz porque pensa, problematiza, raciocina, julga,
avalia, decide e age no mundo. O humano é interacional. É relacional e é em meio às múltiplas
relações que vivencia no mundo que ele pode construir representações deste mundo. Nesse
sentido, um tipo de conhecimento não é melhor que o outro. Eles devem ser vistos numa
perspectiva de complementaridade, interdisciplinaridade e até de transdisciplinaridade.

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4.Referência Bibliográfica
CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Trad. B. Magne. Porto
Alegre: Artmed, 2000.

CHAUÍ, M. Primeira filosofia: aspectos da história da filosofia. São Paulo: Brasiliense, 1987.
CYRINO, H. & PENHA, C. Filosofia hoje. 2. ed. Campinas: Papirus, 1992.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia


científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MATALLO JÚNIOR, Heitor. A problemática do conhecimento. In: CARVALHO, Maria


Cecília Maringoni de (Org.). Construindo o saber – metodologia científica: fundamentos e
técnicas. 2. ed. Campinas, SP: Papirus, 1989. cap. I. p. 13-28.

RUSSELL, Bertrand. História do pensamento ocidental: a aventura das idéias dos pré-
socráticos a Wittgenstein. 6. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

SAGAN, Carl. Cosmos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982.

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