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eS ETE eae ee een eee EPISTEME REVISTA MULTIDISCIPLINAR da Universidade Técnica de Lisboa Masel Séit TR ee agen en eA Se SNe nN ACR ee oss vee ROT aCe ST een UNIVERSIDADE FM ANGOLA: 4 SUA CRIAGAO EM 19 een er ee RT a NG tT Der CRN DoS ae eer cn ey Pee Cena eee TRO ea RN UNer onc! Mavis Game: Otveres re en Ome CASTE TORN SION see acre ane TSS Pe LUSITANDADE, «LUSOFONIDADE= E MODERNIDADE. UM. Aor cnet er OSU NOS) or aa RUE Ce eens eettoren ESTRATEGIAS METODOLOGICAS EM MAX WEBER Ben ere ent AN ee er ea On Ue Rees en Cr Vitor Valdas Resa Pee eNO een er eee ETON EEN eh Re INOVACAO TECNOLOGICA E NOVOS INVESTIMENTOS PRODUTIVOS PST COON aS a COON Nn enon nen CONSTRANGIMENTOS E POSSIBILIDADES ONO ORT Cee en eR NY CoC NSS savin Rargnes Ce RTE tC nero en Tee See Fre Nee ETS UTA Sie S rune Ce eCECR Ie TS es Pe ee oN CAN WE SPEAK OF A HAPPY MARRIAGE TOT ee ee tn CeCe ee eee ee Coy ene ence me nen Pee neo ec ee Se eae aR RTS TMD Re een CL) FCT & Navicator ictos territoriais para o emprego tos da accao-piloto do Norte Alentejano (1997-2001) or Alberto Valadas Rosa tuto Superior de Ciéncias do Trabatho e da Empresa (ISCTE)/ fo de Estudos Superiores do Litoral Alentejano (INESLA caustitido em Novembro de 1997, © Pacto Territorial para _o flvimento € para o Emprego do Norte Alentejano [PTE-NA] esteve na ependéncia da Comissao de Coordenagao da Regio do Alentejo [CCRA] ¢ Delegagdo Regional do Instituto do Emprego e Formagao Profissional [DRA TEFP}, cabendo, no entanto, a primeira instituigdo a coordenagao desta, ac piloto na sub-regidio norte alentejana. Ao longo deste projecto (1997-2001 CCRA, publicou diversos relatérios de actividades, de divulgagio restrt alargada, cuja consulta poderé dar aos interessados ¢ aos estudiosos uma ideia Brecisa do muito que se realizou, a despeito das vicissitudes deste projecto, em dominios como do artesanato ¢ do turismo. Agora, porém, que o ciclo do Projecto se fechou toma-se inevitivel avaliar os resultados aleangados, considerados como iiteis, oportunos ¢ altamente positivos. Pactos territoriais para o emprego Origem e motivacées Na Europa, o desemprego continua a ser um dos problemas mais prementes Apesar dos esforgos das autoridades piblicas e dos actores econdmicos € sociais, a taxa de desemprego atinge picos inesperados. Isso cria, como é ébvio, diffculdades Para os individuos afectados, mas também constitui um perigo para a coesio interna da Unio, Para fazer face a este problema, Jacques Santer, Presidente da Gomisslo Enropeia entre 1994 e 1999, langou a ideia de um pacto de confianga, Esta ideia, consequéncia de ampla concertagio entre os governos de entso, conduziui a uma proposta de «pactos territoriais para o empregon que deveria Feforsar a efiedcia dos fundos estruturais em matéria de emprego a nivel regional © local, Iniciativa local, parceria, inovagio e integragdo foram as palavras-chave destes pactos para o emprego. Como efeito, dada a queda na eficdcia das medidas Lradicionais, convinha recorter a métodos inovadores ¢ favorecer uma abordagem Blobal © coordenadora. Nesse sentido, os pactos tersitoiais para emprego EPISTEME, ANO V (2004) ~ Viror Avseero Vatanas Rost propunham um método destinado a concentrar e intensificar os esforgos em areas ‘geogrificas que apresentavam sinais de dificuldade a0 mesmo tempo um potencial de criagio de emprego. A especificidade sécio-econémica de cada territério era determinante na adopgdo de um plano de acgio. Face ao flagelo do desemprego, @ intervengdo da Uniio é dupla, Por um lado, a Comunidade contribui, através das suas politicas, para uma série de medidas de criagio de emprego. Por outro, tendo em conta os constrangimentos gerados pela mundializagio dos mercados ¢ a racionalizagao sécio-econémica dai decorrente, @ Unio Enropeia procura novos meios de luta contra 0 desemprego, a fim de criar estratégias flexiveis e eficazes para a Unido Europeia alargada do século XI. Os fundos estruturais comunitarios devem focar sobretudo a ctiagZo de emprego. Nesse sentido, previa-se reforcar 0 seu impacto ao nivel de todos os objectivos dos fundos estruturais introduzindo na programago novas experiéncias e as medidas financeiras dai resultantes. Isto é particularmente Sbvio para o periodo 1997-1999 do Objective n° 2 da politica regional (reconversdo econémica de zonas industriais em declinio). Neste contexto, os pactos territotiais para o emprego serviriam no s6 para melhor conhecer as causas locais de desemprego, mas ‘também para encontrar respostas e estratégias especificas. 0s procedimentos Tratou-se de um processo a longo prazo compreendendo um periodo preparatério seguido de um periodo de execugio, sendo cada um destes constituido por diferentes fases. No perfodo preparatorio, os parceiros deveriam analisar a situagdo do territério sob a supervistio de um coordenador nomeado a nivel local. Tendo em conta a historia e as especificidades de cada terrtério, 08 parceiros procurariam compreender as causas do desemprego local e fariam uma estimativa do potencial de desenvolvimento econémico. Por itimo, a anélise e um debate sobre as solucdes propostas permitiria definir a estratégia adequada. No final do periodo preparatério, tinha que ser redigido um documento de sintese, ccondigdo exigida para apresentagao de uma proposta. Este documento teria que ter informagdes sobre 0 territério, a parceria local, 03 objectivos em termos de emprego e a dimensdo inovadora das medidas propostas. Numa segunda fase, as autoridades nacionais seleccionariam alguns dos pactos em curso de elaboragao para 0s apresentar 4 Comissio Europeia. Para estes, seria elaborado um programa de trabalho apés as negociagdes entre 0 coordenador local, as autoridades nacionais ¢ a Comissio Europeia, que conduziria, apés acordo dos parceiros, a0 reconhecimento comunitério e @ um financiamento a titulo de assisténcia técnica no Ambito dos fundos estruturais comunitérios. EPISTEME, ANO V (2004) —N° 13-14 acompanhado de & deles. Este docu iniciativa deveria p trabalho e de empre Onde se podia Era possivel rurais ou ainda baci municipalidade, mas Quem podia p EPISTEME, ANO V 2004) PACTOS TERRITORIAIS PARA O EMPREGO Critérios de avaliagao da Comissio Para avaliar os pactos que foram submetidos pelos Estados-membros, a (Comiss4o Europeia formulou trés critérios principais: a, Uma abordagem de tipo ascendente (bottom-up): a iniciativa deveria partir do nivel local e ndo imposta pela autoridade de tutela, Uma parceria alargada e efectiva: idealmente, todos os parceiros envolvidos na criagéo de emprego no territério em questdo deveriam contribuir para a concepgao e a execugdo do pacto. Esta Parceria implicaria assim representantes das empresas, dos sindicatos e dos outros actores sécio-econdmicos locais. A sua Participagio no poderia ser meramente formal, requeria também a intervencdo concreta no programa de trabalho ou no seu financiamento. Uma estratégia integrada inovadora: as medidas dai resultantes deveriam ser coordenadas e integradas no seio de um plano de acedo. Estas medidas deveriam ser também inovadoras em relagao a0 contexto local. Estes pactos eram de natureza experimental ¢ destinavam-se a testar novas abordagens, a fim de responder ao problema endémico do desemprego. Natureca de um pacto Um pacto era entendido como sendo o resultado de um debate que conduziria & um acordo entre os parceiros locais, publicado num documento estratégico ¢ acompanhado de compromissos operacionais ou financeiros tomados por cada um deles. Este documento mencionaria os objectivos principais e os resultados ‘quantificados esperados ¢ definiria os grupos de emprego. As medidas previstas deveriam ser tio concretas quanto possivel. Numa perspectiva mais ampla, esta iniciativa deveria permitir identificar eventuais obstéculos a nivel das legislagdo de trabalho e de emprego. Onde se podia estabelecer um pacto? Era possivel estabelecer um pacto territorial para o emprego nas cidades, zonas rurais ou ainda bacias de emprego. O territério teria que ser mais vasto que uma ‘municipalidade, mas mais exiguo que uma regio. ‘Quem podia participar? LEPISTEME, ANO V (2004) - N° 13-14 Viron Avaenro Vatanas Ross Todos os actores do desenvolvimento sécio-econémico local deveriam estar envolvidos desde 0 periodo preparatério dos pactos. Mesmo se a iniciativa proviesse de uma autoridade pilblica de nivel local, seria necessiria a participagio ‘mais ampla possivel dos demais actores (entre outros, os parceiros sociais, os grupos profissionais, as organizagdes sem fins lucrativos ¢ as instituigdes educativas e universitérias). O coordenador, responsiivel pela organizagao € direcgdo do projecto, seria escolhido a nivel local. As autoridades nacionais ¢ regionais deveriam estar permanentemente ao corrente da evolugio do processo. Os Estados-membros ¢ a Unio Europeia tinham, igualmente, um papel a desempenhar: canalizar as experiéncias efectuadas a nivel local e proceder & avaliagio e difusio dos resultados. Além disso, deveriam formular os ensinamentos a tirar sob a forma de recomendagSes mais amplas utilizaveis no faturo, Qual o financiamento? Os pactos territoriais para o emprego nfo foram uma nova iniciativa comunitéria. Apoiavam-se no artigo 130.” A-D do Tratado sobre a Unio Europeia e nos regulamentos dos fundos estruturais. No que diz. respeito ao financiamento do plano de acgo dos pactos, os comités de acompanhamento, que geriam as intervengdes das politicas estruturais europeias, deveriam utilizar a sua margem de manobra financeira e, nomeadamente, 0 produto da deflagio que actualiza anvalmente 0 montante dos programas. Além disso, 0 Banco Europeu de Investimento © 0 Fundo Europeu de Investimento poderiam contribuir para 0 financiamento dos pactos que beneficiariam igualmente de financiamentos pliblicos e privados nacionais e locais. Foi decidido no Conselho Europeu de Dublim de Dezembro de 1996 que, entre as experigncias em curso, cerea de sessenta pactos' seriam mais directamente apoiados pela Comissdio Europeia ¢ beneficiariam de assisténcia técnica. Os pactos assim reconhecidos pela Comissio Europeia a titulo de acgfo-piloto receberiam uma ajuda de 200.000 ecus’, no miximo, segundo as indicagdes do programa de trabalho. Este montante financiaria até oitenta por cento os custos da assisténcia técnica, Era, assim, requerido um médico co-financiamento dos sectores piiblico ¢ privado. x Comisgo Europea veo, no enfanto, a sclecionare apolar £9 pocos eritorais para o emprego. CF. Relaoio Tervitoria! Employment Pacts, saborade pelo Bureau d Assistance Techniges, Europe Innovation 2000, Sexembro de 2001, ® Uniade de Conta Europeia (ECU). Crd em 1979, @ ECU corespondia & média ponderad das mocdas dos “ore Estados membros que er inembros da Comunidade Europe ness altura, Tarbém conheeido por CCabaz de Moedas Europes, 0 ECU Ol tllzado em operagdes comercaise finances como & 0 dil fmnericeno ov een, apesar de no existe nas em ECUs. O EURO velo subsitur o ECU 2 uma taxa de Convers de um para um em | de anara 2 1999, EPISTEME, ANO V (2004) —N. [3-14 inctuiu os Castelo de Ponte de Séx no. contexto consequéncia: um dos mais populacional competitivas europeu e fragilidade do} critica a0 ni qualificagao. endogenas. A ambientais e permitido constrangime uma dinimica poem em direccionadas sécio-econémica levaram & decisy intervengaio do 1. Promover a! do Norte Promover a tradicionais: > pare alm do PTE-NA ‘concelos de Castelo (@ zona de apicarzo EPISTEME, ANO V (2 TERRITORIAIS PARA O EMPREGO OPTE-NA O PTE-NA traduz a resposta ao convite ditigido pela Comissto Europeia aos varios Estados-memibros para selecgao de zonas piloto’, Zona de intervencao A zona geogrifica de intervengao do PTE-NA situou-se no Norte Alentejano ¢ ineluiu os seguintes concelhos: Alter do Cho, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavido, Marvio, Monforte, Mora, Nisa, Ponte de Sor, Portalegre © Sousel. A sub-regido do Norte Alentejano distingue-se no contexto regional pela acentuada perda de vitalidade demogréfica, em consequéncia dos intensos fluxos migratérios da década de 60, de onde resultou um dos mais elevados indices de envelhecimento da regiao, pela desertificagao populacional dos espagos rutais, pela continua deteriorago das vantagens competitivas das produgdes regionais como resultado da eriagdo do mereado tinico europeu e das sucessivas reformas da Politien Agricola Comum (PAC), pela fragilidade do tecido empresarial existente, em consequéncia da insuficiente massa critica ao nivel de empresas ¢ empresirios, pelos baixos niveis de instrugio qualificagao dos recursos humanos e pelos elevados niveis de desemprego. Mas esta sub-regido distingue-se, simultaneamente, pelas suas potencialidades endégenas. A extraordindria riqueza dos seus valores patrimoniis, culturais, ambientais e artesanais permite perspectivar 0 desenvolvimento de um turismo de clevada qualidade, bem como um amplo conjunto de actividades e produtos baseados em saber-fazeres de cariz tradicional, por onde no poder deixar de passar o desenvolvimento do Norte Alentejano. A no massificagao do turismo, como aconteceu no Algarve ou em algumas dreas do Alentejo Litoral, tem permitido conservar as principais caracteristicas desta sub-regifio. Os constrangimentos anteriormente assinalados, para além de no perspectivarem Juma dindmica endégena capaz de inverter a situagio e as tendéncias existentes, poem em evidéncia as insuficiéncias de intervengdes fundamentalmente direccionadas para a criagdo de condigées materiais de suporte & dinamizagao sécio-econémica. © predominio destes constrangimentos, entre outros factores, Ievaram a decisto de se privilegiar o eixo Artesanato/Turismo como dominio de intervengao do PTE-NA, visando: 1. Promovera garantia da qualidade e da genuinidade dos produtos tradicionais do Norte Alentejano; 2. Promover a transformagdo, o marketing e a comercializagio dos produtos tradicionais do Norte Alentej » Pace alm concelos de Castelo de Pai (@ zona de apiapao dese pact cntrou-so sno cancel de Marin Grande). EPISTEME, ANO V (2004) — N° 13-14 iron Avaenro Vatabas Ross 3, Estimular ¢ apoiar 0 aparecimento de iniciativas inovadoras, capazes de gerar emprego a nivel local no Ambito das actividades tradicionais e do turismo; 4, Dignificar o trabalho artesanal e as diversas vertentes da actividade cultural tradicional; Promover o associativismo do sector, 6. Promover a qualificagio dos recursos hhumanos do sector da animacao turistica Coordenagéo, parceria e operacionalizagaéo do PTE-NA PTE-NA foi coordenado e gerido pela CCRA, organismo desconcentrado do Ministério do Planeamento, e co-coordenado pela DRA-IEFP, organismo dependente do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, Para além destas duas instituigdes, este projecto foi concebido, negociado e desenhado por um vasto leque de parceiros com representatividade sectorial, social e politica, de nivel local e regional, tendo por objectivo fundamental a criagio e a consolidagdo de novos empregos nos eixos de intervengio desta acgfo-piloto. O PTE-NA operacionalizou-se segundo uma tripla estrutura: 1. Férum Alargado: envolveu a totalidade dos parceiros. Assumiu fungdes de debate, reflexdo e acompanhamento da evolugao das acgdes; 2. Comissdo Becutiva: formada pelos promotores de acgées, assumiu fungdes eminentemente executivas; 3. Micleo de Coordenagiio Técnica: formado pelos coordenadores institucionais do projecto, assumiu a responsabilidade pelos aspectos logisticos, organizacionais, técnicos e administrativos. ‘A Avaliagdo Externa do PTE-NA foi assegurada por uma equipa do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP). Divulgacdo e promocao do PTE-NA A CCRA recorreu a diversos instrumentos para divulgagio, promoglo esclarecimento do projecto, enquanto terreno de ensaio de abordagens estratégicas assentes em parceria. Em sintese, destacamos alguns desses instruments: boletim informativo, site na Intemet (http:/www.cer-alt.pUipte-na/index.htm), video promocional, seminérios, coléquios e conferéncias, brochuras promocionais, feiras lemiticas, publicagdes diversas, imprensa, material promocional diverso (cartazes, canetas, lapis, isqueiros, pin's, blocos de folhas, autocolantes, pastas, ete.) 194 EPISTEME, ANO (2004) -N.% 13-14 para a podemos 74 aogbes, integrar a acto. Do (walorizagao (1997 a 1999) PTE-NA para assisténciat das despesas permitiu uma acgdes. Desde abrangeu um funcionamento financiamentos antes como um. or programas © econémica nos di de custos do plano: O PTE-NA nacional e europeia, problemas associ prioritariamente, a actividades © partir actuago representou mercado de emprego EPISTEME, ANO V (2004) Programa e execugio das acgies do PTE-NA O Programa de acpes do PTE-NA, que idetificou claramente os problemas Srstennes Re Sub-tegiio do Norte Alentejano, e que se assemelham aos problemas quistentes na regio do Alentejo, contemplava uma multiplicidade de projectos no dominio do apoio & multifuncionalidade do mundo rural, procurande cootibae rere tga0 das populagdes nesses meios. Quanto a execugio do PTENA, inha incluidas no seu planeamento ep6es, cujo orgamento global ultrapassou integrar a verba concedida pela Comissdo Europeia para assistencia téenies as acto. Do conjunto das acgdes do PTE-NA, repartidas por cinco grandes dominios (valorizagio do potencial endégeno, enquadramento econdmico das empresas, infra-estruturas, valorizagao dos recursos humanos e acgoes de inserg&o), 50 foram Soncluldas, 18 estdo em curso, 5 por iniciar, dada a sua inter-elagdo com outee arses similares em curso, © uma foi coneluida. Apesar do pacto ter terminade Oficialmente a 31 de Dezembro, 53 acgdes terfo continuidade, O PTE-NA beneficiou de um apoio financeiro de 200.000 Ecus a titulo de assisténcia téenica (FEDER), que compart % das despesas elegiveis, ¢ de (1997 Rawticipagio nacional (PIDDAC) inscrita nos orgamentos de CCRA (1997 a 1999) de cerca de 50.000 EUR. A Prorrogagio do prazo de execugao do PIE-NA para mais dois anos (2000/2001) correspondeu umm reforgo de verte oo ‘Ssistencia técnica de 100.000 EUR com niveis de comparticipagto idéntioos (80% das despesas totais elegiveis). Uma iniciativa com a natureza do PENA no eerdee Dena, Medio oreamental exacta das verbas envolvidas na execugdo das arses. Desde logo porque se tratou de um projecto com contornos inovadcres que Abrangeu um conjunto muito vasto e diversificado de parceitoscujas estuaries funcionamento so diversas. Por outro lado, 0° PTE-NA nap dispds de financiamentos préprios, para além das verbas da assistencia téonion Constituiu-se por 5 como um instrumento mobilizador de diversos financiamentos, enquadrades Por frogramas ¢ medidas de emprego e de formagio ou de apoio a activideds Seouémica nos diversos sectors de atividade, Assim, a contabilieagdo em tonnes de custos do plano de acgdes ndo péde deixar de assumir um earderes aproximado. © PTE-NA proporcionou ¢ tem proporcionado, & escala local, regional, Tactonal ¢ europe, um laboratério de experimentagdo de novas prétcas cents problemas associados ao sector das artes e oficios tradiebms Enquanto proctaiengesct Pollen estrutural europeia de emprego, 0 pacto coloco, ae teianstmentes @ sua intervencdo ao servigo da eriagao de emprego ¢ de noone actividades a partir das margens financeira disponiveis. A sua menegj® JePresentou uma alavanca essencial para aumentar o impacto sabre a ages do de emprego do Norte Alentejano, o que exigiu um esforgo especie de todas as entidades locais e regionais envolvidas nesta inicativa, Note ve que os ‘esultados desta intervendo s6 serio visiveis a médio e longo praze, Mat wes EPISTEME, ANO V (2004) ~ 196 Viror Ausearo VacapAs Ross natureza estruturante deste projecto dificulta uma quantificagdo dos impactos directos das acces desenvolvidas ao longo destes trés anos de execugao, nao podemos, no entanto, deixar de referir alguns factos, ocorridos entre Janeiro de 1998 31 de Dezembro de 2001 nesta sub-regiao: * Form criados 1.517 postos de trabalho em actividades directa ow indirectamente ligadas as artes e oficios tradicionais ¢ ao turismo; = Foram realizadas mais de 179 acgdes de formagao profissional em Areas directa ou indirectamente ligadas as artes ¢ oficios tradicionais e ao turismo, abrangendo cerca de 2.093 formandos; + Foram constituidas mais de 160 empresas em actividades directa ou indirectamente associadas as artes ¢ oficios tradicionais e a0 turismo; + Assistiu-se a um investimento superior a trés milhdes de contos de financiamento privado (€ 15.030.539,30) ¢ mais de seis milhdes de contos de financiamento piblico (€ 31.535.230,00), em intervengdes desenvolvidas no Ambito da produg4o, promogio © qualificagdo profissional de actividades associadas As artes ¢ oficios tradicionais ¢ ao turismo; * Criow-se um mimero indeterminado de novos empregos em inumerdveis dominios de actividade social, cultural e econdmica, resultantes das sinergias geradas pela implementago do pacto e em toro dos seus eixos de intervengao; = Verificou-se uma redugfo de 3% da taxa bruta de desemprego; + Foram apoiadas 111 feiras em Areas directa ou indirectamente ligadas a0 artesanato e ao turismo, EVOLUGAO DA TAXA BRUTA DE DESEMPREGO (%) NA SUB-REGIAO DO NORTE, ALENTEJANO E NA REGIAO ALENTEJO (DEZEMBRO 1997, 2001) Anos 1997 1998 1999 2000, 2001 Norte Alentejano 11,91 1319.83 8,99 8,89 ‘Alentejo B81 12,72 H,12 10,50 9.45 Fonte: DRATEFP Se é verdade que esta redugto da taxa bruta de desemprego nio se deve apenas 8 operacionalizacio do PTE-NA, é um facto que este projecto, em conjunto com os diferentes programas ¢ instrumentos financeiros que estavam em vigor nesta zona geografica, com especial destaque para as medidas de apoio ao emprego em geral, implementadas pelo Instituto do Emprego e Formagdo Profissional, foram particularmente mobilizadores para este efeito, pelo que hé que prosseguir de forma permanente a sua actualizagao e teforgo. EPISTEME, ANO ¥ (2004) —N 13-14 recolhidas diversos ps aplicagio de Europeia. Matrizes de Ai Oportunidades politica; © Partci © Existénciag Emprego EPISTEME, ANO V 2 Pacros reen Avaliagio estratégica do PTE-NA PTE-NA, pela sua natureza estruturante, terd, naturalmente, repercussdes médio € longo prazo. Contudo, percorrido 0 espago temporal proposto para a realizado do projecto, é imprescindivel reflectir sobre o seu impacto na regio em que se insere. Nao esquecendo, a percentagem significativa das acges realizadas ¢ as que ainda faltam realizar, importantes, certamente, para reforgar o trabalho jd efectuado, a importincia das medidas de controlo © de avaliagao, tomando em linha de conta as finalidades e objectivos tragados, revestem-se de uma importincia muito significativa para aferir os resultados desta inici qualitativamente, quer quantitativamente, Neste sentido, a avaliagio ‘que se apresenta seguidamente incorpora dois aspecto: 1A Envolvente Externa, onde se explicita os factores de oportunidade e de Constrangimento que afectaram, directa ou indirectamente, positive ou negativamente, o desenvolvimento do Pacto e dos seus resultados; A Bnvolvente Interna, orientada para a avaliago interna dos dominios de concepedo/montagem, fincionamento © resultados do PTE-NA (pontos fortes e fracos), Esta avaliagio baseia-se na ampla experiéncia de acompanhamento e de coordenagdo ao longo dos meses de implementagdo do PTE-NA, nas informag®. recolhidas pela Entidade Avaliadora Externa (IPP), na opinido recolhida junto dos diversos parceiros envolvidos, quer oralmente, quer de forma escrita, stravés da aplicagdo de um inquérito por questionério, e ainda nos textos emanados da Unio Europeia, Matrizes de Avaliagai Avaliacio da envolvente externa Oportunidades * Existéncia de diversos instrumentos de apoio, comunitarios, nacionais e regionais, que permitiram a concretizagdo de projectos identificados como imprescindiveis; Existéncia de dois Planos de Emprego: um nacional e outro regional, que funcionam como importantes documentos de orientagio estratégica politica; Participago directa no PTE-NA de diversas entidades gestoras de programas de apoio a nivel regional e sub-regional; Existéncia @ nivel nacional de Pactos Territoriais e Redes Regionais para o Emprego que potencia a troca de experiéncias e boas-praticas; EPISTEME, ANO V (2004) -N. Viror Avgerro Vatapas Ross ‘© Presenga de um n.° significativo de estruturas de regulago do mercado de . emprego com cardcter descentralizado (Centros de Emprego, Centros de - Apoio & Criaglo de Emprego, Centros de Formagio Profissional, - UNIVAS ¢ Clubes de Emprego); © Existéncia de uma grande diversidade de recursos endégenos (naturais, a paisagisticos, produtos artesanais, gastronomia, manifestagdes culturais, etc.), com fortes potencialidades co nivel da criagdo de emprego e de oportunidades de investimento; * Situagao geogréfica privilegiada (junto a Espanha e com ligagdes répidas, - 20 litoral e principais centros urbanos); * Sentimento colectivo da necessidade de articular projectos ¢ acgBes de < parte das diferentes entidades da sub-regido norte alentejana. Constrangimentos ‘© Regressdo demogrifica persistente com consequéncias sobre o potencial de renovagiio de geracdes; ‘* Populagdo envelhecida e com baixa escolaridade, pouco receptiva as novas tecnologias e resistente & mudanca; © Acentuada dicotomia urbano/rural com 0 despovoamento ¢ abandono de algumas areas rurais; Elevadas taxas de desemprego, compatativamente com outras regides; . Existéncia de um mercado de emprego assente, em grande parte, em . instituigdes piiblicas; ‘© Recursos humanos pouco qualificados; Recursos abundantes por explorar na frea de intervengao do projecto; . Dificuldade em promover a articulagdo dos diversos instrumentos financeiros disponiveis (diferentes modelos e priticas de organizagio, . gestio e funcionamento); © Reduzida “cultura de parceria” das entidades envolvidas, colocando . obstaculos no desenvolvimento das ideias e na celeridade da sua coneretizagio; * Inexisténcia de uma entidade responsivel pelo processo de certificagdo . dos produtos ndo-alimentares; ‘* Fraca capacidade de investimento e de espirito empresarial da regio; «© Persisténcia de representacdes sociais negativas de alguns empregos ¢ profissdes, nomeadamente das artes ¢ oficios tradicionais, . ‘© A nfo existéncia de uma estrutura de Ambito nacional que se preocupe especificamente com o sector das artes e oficios tradicionais, © Fraca capacidade de aproveitamento dos recursos produtivos ¢ da ificuldade de escoamento dos produtos locais transformados; EPISTEME, ANO V (2004) -N°% 13-14 ‘PACTOS TenerTORUAIs Pana 0 BuPREGO Fraca dindmica associativa no sector das artes ¢ oficios tradicionais; Dispersio dos artesdios em termos geogrificos; Desconhecimento por parte dos aitesios dos Programas de apoio actividad Fraca divulgagio de experigncias, procedimentos e resultados de trabalho de parcerias jé constituldas, o que dificulta o conhecimento alargado de iniciativas j6 realizadas e o efeito de demonstragao e de transferibilidade de boas priticas; Deficiente equipamento turistico nas vertentes da restauracao, alojamento, servigos de informagao e animago desportiva e cultural; Falta de articulagdo entre os operadores turisticos e as entidades particulares na promogo do artesanato regional valiacio da envolvente inte1 4) Concepeao, montagem e funcionamento Pontos Fortes Coeréncia dos eixos de intervengo do PTE-NA com as probleméticas identificadas no diagnéstico; Consondincia entre as acgdes promovidas ¢ os abjectivos propostos; Adequasio da metodologia adoptada, que se caracteriza pela ampla articipagdo de intervenientes, quer do sector piblico, quer privado, no Projecto, estando os mesmos disponiveis e com espirito de colaboragio; A natureza das entidades que comps a parceria do PTE-NA foi adequada 0s objectivos propostos; Apresentagio de uma proposta de alargamento do Pacto e a definigdo ambiciosa de objectivos; Estabelecimento de relagses de parceria a todos os niveis, associando as. instituigdes nacionais © europeias para a concretizagao de objectivos comun: Criagdo de érgios de gestdo - 0 Férum Alargado ¢ a Comissdo Executiva estruturando-se como espagos de construcio de ideias, propostas, ajustamento ao funcionamento de projectos e reforgo da identificagao dos arceiros com a filosofia e objectivos de trabalho do PTE-NA: Promogio de um espirito de colaboragio - 0 individualismo ¢ a Competitividade entre si, que tanto caracterizam as entidades, passaram a Ser substituidos pela colaboracéo e entreajuda, com objectives comuns, 0 que permitiu 0 aproveitamento de sinergias ‘nas acgdes conjuntamente desenvolvidas por diversos parceiros; -EPISTEME, ANO ¥ (2004) -W: Viro Aussavo Vatapas Rosa ‘+ Existéncia de diversos momentos de trabalho em grupo, em duas . modalidades: uma mais alargada, Férum Alargado, ¢ outras de carécter mais restrito (Grupo Restrito) para preparagao dos trabalhos referentes . cada projecto/acgao; ‘+ Aposta no desenvolvimento de produtos de exceléncia e na capacidade de garantira sua divulgagao e comercializagao; . ‘* Aposta no desenvolvimento do turismo, orientado para um mercado que . aposta nos valores culturais e ecolégicos; * 0 entrosamento existente entre as entidades parceiras do PTE-NA e entidades exteriores & regitio Alentejo, Trabalhou-se, assim, em parceria, . nio s6 com os parceiros alentejatios, mas também com entidades de outras regides do Pais, as quais, pela experiéncia demonstrada nas. diversas ‘matérias, deram um enorme contributo ao desenvolvimento’ execugo das acgdes do PTE-NA. Pontos Fracos + Participagio pouco efectiva de alguns parceiros, ou seja, algumas das instituigSes parceiras que assinaram 0 acordo de colaboragao inicial . foram-se afistando do PTE-NA, nfo comparecendo nas reunides encontros que foram promovidos ao longo dos trés anos do projecto, levando a uma ndo discuss e reflexio de ideias e projectos, quet do ponto de vista da montagem, quer da execugZo; © Inexisténcia de metas especificas para o PTE-NA, dificultando, assim, a operacionalizago de um sistema de acompanhamento e de avaliagio eficiente; ‘+ Auséncia de um quadro contratualizado para a promog&o das acgdes, remetendo a articulagdo entre as entidades para um plano de construgo de boas vontades; * Falta de sensibilidade ¢ interesse das Autarquias regionais na implementagao das acges; + Inexisténcia, no Ambito restrito do PTE-NA de medidas directas de apoio . financeiro, pelo menos a alguns projectos, que permitisse uma maior capacidade de resposta as entidades envolvidas; * Incapacidade, por parte de algumas entidades, de decisio e de competéncias dos técnicos que acompanharam 0 projecto; © Concretizago de agendas de trabalho muito genéricas, no que se refere As reunides do Férum Alargado © da Comissdo Executiva e por vezes reuniGes pouco produtivas ¢ com intervengdes desligadas do contexto da Promogo da agenda de trabalhos; ‘i como ele! diversificagdo EPISTEME, ANO V (2004) —N% 13-14 EPISTEME, ANO V (2004) — PACTOS TERRITORUAIS PAR& O BUPREGO Dificuldades intemas de algumas instituigSes quer em termos de recursos ‘humanos, quer em termos finaneeiros; se ter assumido como objectivos apenas o artesanato eo turismo, quando estes nfo podem ser mais do que uma vertente do desenvolvimento da regio; Dificuldade de alguns parceiros assumirem o trabalho em parceria Dificuldades resultantes da prépria natureza alargada da parceria; Alguma escassez de orientago para a acgdo e excesso de orientagdes para o debate - problema tipico das parcerias muito alargadas Desconhecimento por parte de algumas entidades/pessoas sobre o que é 0 verdadeiro artesanato tradicional da regio, 4) Resultados Pontos Fortes Criago de algumas infta-estruturas de base para apoio 20 artesanato ¢ turismo regional; Reflexao conjunta com diferentes seginentos da sociedade local, regional, nacional e comunitiria e estabelecimento um dislogo social e institucional em tomo de questdes de interesse para a regio Alentejo; Apresentago de iniciativas inovadoras - 0 PTE-NA nio foi apenas um mero “chapéu” de enquadramento de projectos, mas também um espago de'inovagio ¢ de concertacdo de estratégias, reforgando a eficiéncia na Utilizagdo dos recursos (tEcnicos, financeiros, logisticos);, Mobilizagio de uma parceria efectiva, permitindo ser um instrumento eficaz para detectar os obsticulos que persistem e frequentemente dificultam 0 sector do artesanato e do turismo; Divulgagio de boas priticas, ideias e resultados desta iniciativa, procurando influenciar a concepc0 das politicas ¢ priticas futuras em matéria de emprego e formagio (mainstreaming); Promosio de uma metodologia de trabalho sub-regional inédita, prosseguida na implementacao ¢ desenvolvimento do projecto, permitindo desde 0 inicio do processo uma acentuada sensibilizagao dos actores institucionais, determinante para a prossecugo dos trabalhos; Promogio da responsabiliza¢do de todos os intervenientes no projecto; Compatibilizagio e canalizacdo dos instrumentos disponiveis adequados aos objectivos tracados no plano de acgdes Promogio da valorizagio e revitalizagao das artes e oficios tradicionais como elemento das economias locais ¢ regionais, contribuindo para a iversificagdo e/ou consolidago do tecido econémico e criagio de 2ME, ANO ¥ (2004) — N° 13-14 Vira Ausea0 Vataoas Ross emprego, incluindo todo um conjunto de iniciativas relacionadas com a organizagio, certificagdo, comercializagao e marketing, A patceria permitiu conhecer melhor o funcionamento de cada entidade e fomentar futuros dominios de cooperacdo; Mobilizagio dos recursos das entidades envolvidas de modo a apoiar a estratégia de emprego adoptada e apresentagio de propostas concretas as entidades coordenadoras; Promogio de um dilogo permanente - as entidades parceiras nao foram s6 mantidas ao corrente da execucio das medidas previstas pelo Pacto, de modo a poderem a seguir 0 seu avango, como também puderam desempenhar um papel activo no acompanhamento da execugio das acgdes promovidas pelos outros parceiros; Registo de varios projectos ¢ acgdes suportados técnica e financeiramente ppelas proprias entidades promotoras; A criago de um estrutura associativa dos artestios do Norte Alentejano - ARANA; Criagio de uma imagem de marca colectiva de associagio por parte da ARANA; Promogao do associativismo no sector das artes ¢ oficios tradicionais; ‘Aproximacdo dos servigos piiblicos as populacdes; O efeito demonstrativo de algumas acgdes e de boas priticas pode levar a inspirar determinados modelos de outras iniciativas e aumentar a adesto & filosofia e metodologias de intervengao de base local; Desenvolvimento de acgdes de fomento do espirito empreendedor na regio; Maior visibilidade dos projectos dos parceiros, proporcionando-Ihes maior protagonismo em resultado da partilha de do conhecimento de iniciativas enquadradas em logicas de desenvolvimento local/regional; Divulgago da imagem do PTE-NA; Promoveu-se a imagem do Norte Alentejano e 0 reconhecimento dos produtos tradicionais desta sub-regiao com o simbolo de qualidade ¢ genuinidade, Pontos Fracos Reduzida participagio de algumas entidades parceiras, impedindo um maior acompanhamento dos projectos e acgdes promovidas pelo Pacto; A adesto dos artesios ao PTE-NA foi progressiva, merecendo melhor atengdo 4 medida que as acgdes, principalmente as de cariz estruturante, comegaram a surtir efeito © a obter apoios, de que até entio nao EPISTEME, ANO V (2004) — NO 13-14 diversas partes. Isto & EPISTEME, ANO V (2004) = I PaRa 0 BMPREGO dispunham. A divulgagfio de boas priticas no ambito do artesanato turismo no Injormativo contribuiu para esse efeito; Deficiente projeccdo da “imagem de marca” do PTE-NA; A ni conclusao de algumas acces de cardcter estruturant. As relagdes custo/beneficio das iniciativas tomadas, o seu grau de inovagdo, exemplaridade e eficécia que representam para os participantes sdo bastante variaveis e, muitas vezes, dificeis de ealcular correctamente; Manutengio do grave problema do desemprego na regio, apesar de todos 08 esforcos das autoridades piiblicas ¢ dos agentes econémicos e sociais; Manuteneo da tendéncia para a desertificago e envelhecimento da populagio; Dificuldade em se poder fazer uma avaliagdo mais quantitativa e objectiva, melhorando assim os padres de referéncia para a apreciagao do desempenho do Pacto; Persisténcia de representacdes sociais negativas de alguns empregos ¢ profissdes, nomeadamente os empregos artesanais, Dificuldade na apreenso ¢ interiorizagdo da metodologia de trabalho em Parceria, nomeadamente do espirito de partilha de recursos e de responsabilidades que Ihes esto inerentes, o que origina impasses, baixos niveis de execugo e até mesmo abandono ou paragem de projectos; A morosidade, por parte da Unido Europeia e do Governo Central, nos Pagamentos respeitantes as candidaturas apresentadas a programas de financiamento comunitirios, o que se traduziu na néo execugao de acces ‘ou na nao continuidade das mesmas; Dificuldades internas em algumas instituigdes parceiras - falta de recursos humanos, técnicos e financeiros; As debilidades de alguns programas de apoio financeiro existentes no respondem ao real funcionamento dos projectos; A no criago de um sistema de incentivos com dotagio orgamental especifica e com de decisfio local sobre os projectos promovidos no Ambito do PTE-NA; A nniio criagao de uma Estrutura Regional, tendo por objectivo a promogiio, estilo e comercializagao dos produtos tradicionais; Escassez de resultados priticos face as necessidades da sub-tegio do Norte Alentejano e as potencialidades da parceria; Fim precoce da parceri ficuldades em transmitir uma imagem de relagio directa entre a coneretizagao dos projectos e o PTE-NA, j4 que os mesmnos acabam por ficar inevitavelmente ligados aos Programas que os apoiam; Uma ligio clara @ retirar é 0 facto de que 0 todo é maior do que a soma das diversas partes. Isto é, a0 reunir a experiéncia de todos os intervenientes, os LEPISTEME, ANO V (2008) -N? Viron AvaeRro Vatap4s Rost resultados obtidos so muito mais significativos do que quando as organizagdes ‘rabalham cada uma per si. Deste modo, podemos dizer que os pontos fortes realgados superam 08 pontos fracos. O PTE-NA demonstrou, ao longo da sua implantagéo, ser possivel, numa regifo com graves problemas de ordem demogrifica, econémica, social, entre outros, organizar e estruturar esforgos, agregar parceiros de diferente indole e caracteristicas, concertar uma estratégia comum para ultrapassar problemas, modificar processos © valorizat os seus recursos no sentido de alcangar um efectivo desenvolvimento. Com 0 PTE-NA foi possivel traduzir ideias na prética, destinadas a combater problemas especiticos. Foi possivel explorar, testar ¢ validar solugdes inovadoras. A nivel regional o acto permitiu nao s6 melhor conhecer algumas das causas locais de desemprego, mas também encontrar respostas e estratégias especificas. A nivel comunitirio, . processo implementado por este projecto serviu para divulgar os resultados obtidos, facilitando uma melhor utilizagao dos fundos estruturais em beneficio do . emprego. De uma forma geral, os parceiros foram unénimes ao considerar que animagdo e mobilizagio da sociedade civil, a partilha das responsabilidades face 3 aos problemas dos seus territérios ¢ a promogdo de uma mentalidade inovadora foram os maiores trunfos desta metodologia PTE-NA. es Tendo por base as respostas a0 questiondrio de avaliagio aplicado a todos os parceiros, constata-se que mais de metade dos parceiros considera que as actividades realizadas em prol do artesanato ¢ do turismo foram importantes ou ‘muito importantes para a concretizagao dos objectivos propostos. . Aval io da Participacio das Entidades Parceiras ‘+ Os contributos das diferentes entidades que participaram no PTE-NA, OPacuitll foram bastantes distintas. Em primeiro lugar, pelo seu grau de cenvolvimento na execugdo das acydes - enquanto que algumas entidades foram promotoras directas de acydes, outras tiveram uma participagdo mais complementar no programa de actividades do PTE-NA. Em segundo Jngar, os contributos da parceria do PTE-NA foram também diferenciados, face & natureza especifica de cada uma das entidades envolvidas. De qualquer forma, e néo obstante de se ter verificado diferentes graus de adesiio da parceria ao projecto, os resultados do inquérito mostram que foi consensual que o principal contributo das entidades pare 0 PTE-NA residiu precisamente na parceria estabelecida em tomo deste projecto, permitindo uma ampla participago dos sectores piiblico, privado e associativo em foruns de reflexdo e debate sobre os principais problemas que afectam a sub-regiao do Norte Alentejano. Mas 0 desenvolvimento do PTE-NA, como em qualquer projecto deste tipo, deparou-se com algumas dificuldades um instrumente assumiu como fortemente at promissora em regional. Ambos os: das sinergias liber mais forte conjunto outros agentes € PTE-NA assumiu-se, pretendia acrescent promogao do territéri EPISTEME, ANO V (2004) — WS" 13-14 ACTOS TERRITORLAS PARA 0 EMPREGO Interesse do Projecto no Quadro da Problematica Regional do Emprego e Desemprego Em resposta a questio sobre o interesse do projecto na problemética regional do desemprego e emprego, os parceiros salientaram os seguintes aspectos: © Independentemente das dificuldades, o projecto teve um grande interesse para a regifio tanto mais que foi o tinico forum no Norte Alentejano que permitiu e fomentou a discussio colectiva dos problemas que se colocam nesta sub-regido, assim como estimulou o encontrar de respostas através de acgdes em parceria, optimizando recursos fisicos, humanos ¢ financein Foi catalisador de uma dindmica de criagio de oportunidades de emprego no sector do artesanato e do turismo; Permitiu que as entidades piblicas tivessem mais interesse pelo artesanato regional; Fomentou a empregabilidade, pela via do desenvolvimento artesanal ¢ turistico; © PTE-NA constituiu-se como um Férum Alargado para anélise discussio da problemética ligada a eriagdo de melhores condigdes para 0 desenvolvimento da actividade produtiva e consequente eriagdo de postos de trabalho; Foi consensual que as acgdes levadas a cabo pelo PTE-NA deveriam prosseguir através de um projecto em moldes semelhantes, na medida em que se trata de uma via ndo esgotada de promover o potencial desta sub- regio. © Pacto do Norte Alentejano, nfo sendo um instrumento financeiro mas sim m instrumento de concertacio e mobilizagio de recursos, desde sempre se sumiu como uma intervenedo estruturante e estratégica muma zona geogrifica femente atingida por debilidades de diversa natureza, mas potencialmente omissora em funcao de alguns dos seus recursos que urge aproveitar e valorizar, s também complementar. A iniciativa visou, assim, para além dos aspectos dos melhoria das condigdes do emprego, uma actuag2o positiva a0 nivel ral que favorecesse a integragio dos promotores do desenvolvimento gional. Ambos os objectivos, contudo, ainda que tendo beneficiado da utilizagio sinergias libertadas por uma nova metodologia de trabalho, necessitam de um is forte conjunto de iniciativas que permitam a captagio de outras forgas e de agentes e externalidades positivas que reforcem o potencial regional. O ENA assumiu-se, desde 0 primeiro momento, como um instrumento que endia acrescentar valor, mobilizar interesses, capacidades e recursos na movio do territério. E isso foi, sem diivida, conseguido. STEME, ANO V (2004) - N.% 13-14 Vitor Ausenro Vatapas Rose Referéncias bibliogrificas ALBINO, Joio et al. 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Consideragées Este trabalho financiada pelo Banco titulo “Novo Ciclo de da tentativa deo: selecionados, e de uma. Tem a preocupacio de politicas que estimuler que levem & consoli redes produtivas, dos confecedes, cerdmica Apesar da necessidade selores, observou-se que ‘como importantes fatores surge a divida de saber prazo; trazendo impactos EPISTEME, ANO ¥ (2004) — NS

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