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OBSERVAGAO E REGISTRO DE COMPORTAMENTO Marilza Bertassoni Alves Mestre” Ana Maria Moser Cloves Amissis Amorim ™ RESUMO Aobservacdo é@ um instrumento importante e eficaz para qualquer profissao e para o psicdlogo éde fundamental importancia: em qualquer situagao clinica, escolar, empresarial, hospitalar, enfim psicologica, o psicdlogo tera necessidade de OBSERVAR comporta- mentos, justamente para poder CONHECER as variaveis das quais amesma é fungao. O freina da uso de tal instrumento se faz entao fundamental. O objetivo desse artigo 6 auxiliar aos alunos e profissionais no treino desse uso. Um dos desatios permanentes 4 construcao & apropriacao do conhecimento no mundo académico, diz respeito a praxes pedagogica. No curso de psicologia, em particular, estamos buscan- do a melhor forma de encontrar um ensino eficaz e efetivo. Nesta perspectiva, Weber (1997, comunicagao pessoal) destaca a contribuicao e o papel da pesquisa na qualidade e formagao dos profissionais egressos da Universidade. * Mestre em Psicologia Experimental pela USP-SP; professora de Psicologiana PUC- . PR ¢ UTP; psicdloga ica. Mestranda em Psicologia Experimental pela USP-SP: professora de Psicologiana PUC- a PR, psicdloga clinica. Boutorands em Psicologia Clinica. Madrid, Espanha: professor de Psicologia na PUC- PR; psicdlogo clinico. 46 Revista Psicologia Arqumenta- Ano XVI- N2 XXII Abrif1999 Fazer pesquisa implica em desenvolvimento de repertério especifico. Este repertorio contempla a habilidade de manejar dife- rentes ferramentas e, independente da abordagem teorica, a obser- vagao 6 seguramente um pré-requisito. ‘A ciéncia acontece através de pesquisa, e ambas conse- quem produzir mudancas a respeito de nés mesmos, de outros, da Sociedade de um modo geral. A partir delas se pode aventar hipéteses a respeito de problemas e com isso propor instrumentos para compreensao, analise e solugdes. ‘A pesquisa tem sentido enquanto cientifica e Kerlinger (1980) afirma que “uma das coisas mais significativas com respeito a cléncia é seu sistema de valores” e tals valores sao: 1. procura de dados que expliquem o universe e seu funcio- namento; 2. aceitacdo da objetividade imparcial; 3, concordancia em se ater a regras de conduta ja aceltas por cientistas de toda parte; 4, abertura e vontade de reconhecer e aceitar descobertas que possam contradizer teorias ¢ hipéteses existentes. Eoquese esperadaciéncia é que dela, através da pesquisa, resulte conhecimento e compreensao de fendmenos naturais. Essas respostas jamais serao completas e em cada pesquisa, novas perguntas sordo formuladas. Skinner (1978) afirma ser 0 compor- tamento um proceso vivo muito dificil de ser imobilizado para observacéo, por isso mesmo requer do cientista engenhosidade @ energia. A ciénoia tem por caracteristicaum conjunto de atitudes, tais como honestidade, paciéncia e persisténcia. Mas ser cientist@ ultrapassa possuir esse conjunto de atitudes para busea! constantemente uma uniformidade das relagdes entre os eventos da natureza. 'A pesquisa nem sempre 6 compreendida na sua plenitude por alguns profissionais. Pesquisa, via de regra, € vsta apene® enquanto a pesquisa metodoldgica de laboratério ou, no maximo, como aquelas diresionadas a questdes especificas e que de forme sistemdtica se aplica a um campo de conhesimento. (Alencar, 4980) bservagio «resis de comportamento ar Pesquisar implica: 1. um problema a ser descrito, Isto 6, em que condi¢des 0 fenomeno ovorre, em todos os seus detalhes, sem referir-se—ainda =a significado do fenémeno. Tal descrigdo requer objetividade imparcial e isso torna-se dificil, tanto pela tendencicsidade do “observador como pela complexidade do comportamento humano; 2. um fenémeno a ser explicado. Isto 6, tenta-se levantar hipdteses explicativas paraele. Levanta-se uma rede de conexdes nire_@s varidveis que poderiam “causar” o fenémeno. Ea procura 3. a previsao da ocorréncia do fenémeno, Isto 6, a0. rela- cionar 0 comportamento descrito com as “causas” provaveis, 0 profissional poderd prevero comportamentodo sujeito em questao; 4, ocontrole da ocorréncia do fenémeno. Ou seja, de ntrole, proporcionando o contracontrole por parte do sujeito le age, sobre seu préprio comportamento. Com uma leitura atenta do pardgrafo anterior, o profissional “0 mesmo 0 aluno- podera reconhecer nesses passos aquilo que 3corre na situacaoterapéutica (quer clinica ou de outra Area), na qual ever a probahilidade de suas conseqiiéncias e, assim, elaborar plano ou estratégia de acdc terapéutica (contracontrole) Os padrées profissionais e as normas das instituig6es geral- Mente requerem que os terapeutas elaborem documentapéo escrita dos contatos com os clientes. Os profissionais mais experientes ralmente reconhecem a importancia de se manter anotacdes bem tas. A razao desses relatorios baseia-se na descrigao e planeja- ento de estratégias, além de razées administrativas (Zaro, Barack sdelman e Dreblatt, 1980) : : __ 0 Método Cientifico (McGuigan, 1976) possui instrumento Oprio de coletar dados para a cescricdo do fenémeno e subdivide- a 1. método experimental: pode ser um modo eficaz de i'dados e ele pode ser de natureza exploratéria (novos dados) sicologia Argumento ~ Ano XVI N® XXII Abr 48 Bev 8 = “gostaria de saber 0 que aconteceria se fizesse isso...”; ou confirmatéria (replicagao), como na assertiva: “aposto que isso aconteceria se agisse...”. Nesse método, 0 pesquisador manipula as variéveis que sua hipdtese pressupde que controlam o fendmeno investigado. 2, métodos nao-experimentais também sao métodos efica- zes delevantar dados descritivos do fenémeno. Entre estes estao: 2.1) métedo clinico (ou estudo de caso) seus instrumentos utilizaveis sao a entrevistacom o sujeito ou com terceiros, registros minuciosos, testes psicoldgicos (ou da area pertinente), estudo de trabalhos escritos da pessoa (tais como inventario ou questionari- os). 2.2) método de estudo de campo, seu instrumento maior & aocbservagao sistematica. Neste método, o pesquisador vai a “campo” para coletar seus dados, mas nao interfere com o meio ambiente, Este método também € conhecido como Etolégico, e pode servir para testar hipdteses na construgao de relatos de evidércia. ‘A observacéo € 0 registro sistematico do comportamento vem sendo amplamente utilizados desde sempre pela ciénciae 0 advento do DSM (Manuel de Diagnéstico e Estatistica dos disturbios Mentais, criado pela Associacao Norte-Americana de Poiquiatria em 1952) foi prova de quanto asociedad= pode se beneficiar com a descrigdo minuciosa de comportamentos observados. Com o DSM, profissionais de vérias areas da sade puderam estabelecer comunicagaa sobre um mesmo fendmeno, independente do que cada um possui como _filosofia explicativa paras causas do fendmeno observado. E importante paraisso, que ofendmeno seja descrito segundo umalinguagem cientifica, comum a qualquer profissional de qualquer ciéncia estabelecida. O uso de tal linguagem possibilita que 0 registro do fenémeno observaco posse ser utilizado por qualquer profissional, enquanto coleta de dados, pois os outros passos relatives & explicacdo, predicao e controle poderao, entao, serem elaborados de acordo com a ética filosfica daquele que pesquisa. A linguagem cientifica que 0 DSM preconiza e enfatiza 0 ) Observagao eresistro de comportamento 49. seu uso como fundamental, possui algumas caracteristicas que podem ser descritas como: 4. objetividade - Relatar fatos efetivamente observados. Isto 6, aqueles que nossos érgaos dos sentidos (ou mesmo maquinas) foram capazes de captar. Esta regra visa diminuir os efeitos da subjetividade daquele que observa, uma vez que a dtica do observador infiuencia o relato do que se observa. A inferéncia subjetiva leva a graves distorgdes daquilo que se observa. 2. clareza e exatidao - Normaimente, quando a objetividade 6 ferida, também faltard clareza ao relato. Os tempos dos verbos, por setratar de relato, devem estar no passado. Fica proibido utilizar termos que possam apresentar ambigitidade, como por exemplo: pouce, grande, muito, perto, etc. Permite-se, utilizar padroestidedig- nos em determinadas culturas para caracterizar determinadas descrigdes fisicas, como por exemplo: faixa etdria adolescéncia (faixa etéria entre entre 11 ¢ 20 anos), estatura acima da média feminina brasileira (1,60 m) , peso abaixo da média (compreenden- do-se aqui o previsto pela tabela nutricional médica), etc. 3. afirmagao - deve ser feita apenas a descricao dos comportamentos que ocorreram. Ficam proibidas expressdes como nao, nunca, sem, etc. 4.diretividade-a ordem das frases deve obedecer as regras gramaticais de: sujeito- verbo- predicado. Isto 6, ficam proibidas trases como: Passoua bola, José para Fernando; a forma correta é a direta, ou seja: José passou a bola em ditegdo a Fernando . 5, brevidade ou concisao - ser breve, dizer o maximo com © minimo de palavras. Porém, s6 vale quando a clareza for preservada. E permitido, nomear e operacionalizer um determinado termo © depois, quando nocossério, usar apenas a nomeagao. Além dessas caracteristicas da linguagem cientifica deve- se levar em conta os aspectos da concordancia e fidedignidade No relato, quando a observacao é feita entre dois ou mais observadores. Aconcordénciase define comoaconsisténcia entreorelato dos observadores, quando se observa simultaneamente o mesmo 50 jogia Argumento - Ano XVI- NE XXII = Abit 998 evento, Para verificaro grau de concordancia entre os observadores, isto €, se registro é fiel ao evento observado, utiiza-se o calculo de fidedignidade. Esse calculo pode ser feito para um ou varios comportamentos, separados ou em conjunto, entre dois obser- vadores, ou entre mais de dois Fagundes (1982) propée a seguinte formula para proceder 0 célculo de fidedignidade: indice de concordancia = cone ordancia __ concordancias + discordancias x 100 ‘Ainda, seguindo a orientagao de Fagundes (1982), velamos 0 exemplo: 0 observador A indicou ocorréncia dex comportamento em numero de 30 vezes, © 0 observador B indicou 26 vezes, quer dizer concordam em 26 e discordam em 4 vezes; entao, na formula ficaria: Ic = 26/26+4 X 100 = 86% Um indice de concordancia acima de 70% € considerado fidedigno. Seguindo essas regras basicas, 0 registro do comportamen- to observado se transformara em uma excelente fonte descritiva de dados (Fagundes, 1882) (© comportamento observado pode ser “registrado” de tres formas basicas: 1. por registros automaticos - s4o aqueles feltos por mAquinas, como por exemplo: filmes, gravadores, maquinas regis- tradoras, ete. 2. por mensuragao direta de produtos permanentes- quando comportamento produz material concreto, como por exer plo: respostas a um questiondrio, um didrio escrito, uma toalha bordada, um quadro pintado ou uma partitura musical, etc. 3. por registro de observagao - existem varios tipos destes registros. Obseragioeresistio de comportamento Neste trabalho serao_apontados somente dois: 3.1) registro cursivo, continuo ou anedotico: E 0 mais comum e 0 mais usado. Aqui também se pode apontar duas formas de Registro Cursivo: 0 proposto por Fagundes (1982) e outro proposto por Dana e Mattos (1984). Em ambos & construido um texto, dinamico e objetivo, com todos os fatos que ocorrerem, na ordem cronolégica dessa ocorréncia. Descreve-se 0 que ocorre, na seqiiéncia em que ocorre. Segue-se as recomendagdes técnicas, para que se obtenha uma linguagem cientifica Entretanto, deve-se salientar que esse tipo de registro apresenta vantagens ¢ desvantagens: vantagens: permite incluir muitas classes de respostas; da uma visao global do comportamento e€ necessério para fase inicial de trabalhos e pesquisas; desvantagens: toma tempo do observador; provoca uma impossibilidade de registrar tudo 0 que ocorre e no se percebem todos os comportamentos que ocorrem. MODELO de PROTOCOLO de REGISTRO CURSIVO 1. Técnica de registro de observacao = registro cursivo. 2. Descrigaio dos sujeitos - (do sujeito da acdo, bem como dos demais que com ele interagem). 3. Descri¢ao do local- (inclusive croqui— desenho do local- com respectiva legenda), situagao da observagao, ondeo sujeito se encontra, por exemplo: em uma sala de aula (e de que espécie de aula se est observando), em um bar, etc, descrever 0 local — fisico e social — onde decorrem os fatos. 0.0 G0 legenda: garotas = A S rapazes - O mesa =O a 2 Roviste Psicologia Aqumenta - Ano XVI- N? XXII = Abril 4, Data da observacao. 5. Hora de inicio e término da observacdo. 6. Observador : (nome e profisséo de quem observa). 7. Definigao Operacional dos termos (somente se for necessério) 8, Registio - deve vir um registro definitivo (o quo se denomi. nade“passado alimpo") e em anexo o registro provisério (rascunho) no caso de observadores em treinamento, Para observadores expe- rientes 0 definitive é suficiente. 8. Percepcéo pessoal : Deletty (1993) e Banaco (993) falam da importancia dos comportamentos encobertos do observacor enquanto fungao de estimulos discriminativos dentro do processo torapéutico, Pois bem, as vezes o observador “percebe” comporta- mentos que nao conseguiriarelatar sem ferir uma das caracteristicas da linguagem cientifica, a objetividade, e conseqlientemente a clareza. Nessescasos, 6 importante que haja espaco noregistro da observagao para que tals comportamentos encobertos (sentimentos e/ou pensamentos do observador) possam ficar registrados. Por exemplo: © observador “sentiu” empatia pelo sujeito observado e 0 observador chorou ao perceber o sujeito dizer ao S,:*- Puxa, voce quebrou meu boneco. Vocé é mau!” O observador devera explicar para ele o que é “empatia” Qu outro exemplo: O observador ‘sentiu” aversao pelo sueeito observado quan- do ouviu o sujeito dizer ao S, : “- Puxa, vocé quebrou meu boneco. Vocé 6 maul” © observador devera explicar para ele 0 que é “aversao". Esses relatos de sentimentos e/ou pensamentos do obser- vador podem auxiliar o pesquisador a encontrar dados relevantes para a formulagao de hipdteses etiol6gicas do comportamenio observado. ‘Um dado importante a ser mencionado € que, tradicionel- mente, o observador deve manter uma postura “neutra e discrete”, a uma distancia “razoavel” do sujeito. Deve também, antes da observagao, ir ao local para se ambientar ao mesmo, permitindo ao sujeito e a si mesmo que ocorra uma habituacao ( Fagundes, 1982). No entanto, Pato (1985) aponta a importancia da presenca Observagao e registro de comportamenio 53 do observador na situagao observada, ou seja, © observador como uma variavel independente, importante no comportamento do sujei- to observado. Nesse caso, fica clara a impossibilidade de tal neutra- lidade e a autora aponta que ha uso inadequado do instrumento de observacao sistematica, e sugere que a observecao (e seu conse- quente registro) seja felta a partir de um modelo de observacao participante. Nesse modelo, o observador nao apenas observa, mas participa da situac&o observada, conversa com os sujeitos da aco ese torna ele mesmo um desses sujeitos, procedendo assim dentro da observagao uma entrevista informal. Essa autora remete que oobservador passa, entao, aser um informante participante ative do processo que observa. O modelo proposto por Fagundes(1982) propde uma desorigao textual dos fatos ocorridos, ex: S, olha em direcdo & 8, e diz: “Ah! Esqueci de dizer que vocé deve ir até a biblioteca, M. espera por vacé |4 até as 16 horas, ok?”. S, acena com a cabeca (com gestos, vira 0 pescogo para cima e depois para baixo 0 tempo todo que S, fala)”. © modelo de Dana e Mattos (1984) se caracteriza por permitir abreviagdes de alguns comportamentos repetitives medi- ante 0 uso de simbolos convencionados antecipadamente pelo observador e descritos no protocoloyex: eventos sucessivos em linhas separadas, uma abaixo da outra; eventos simultaneos numa mesma linha, separados por barras verticais; uso de fiechas verticais indicando a continuidade da ago e assim nao ser necessario repetir a frase ou termas desnecessérios (a flecha deve ser colocada entre umalinha e outra indicando a repeticao da aco}. Ex: 41. 8, olha em diregdo aS, 2 diz: 12. “Esqueci de dizer que vocé deve ir até a biblioteca, M. espera vocé Id até as 16 horas, ok?* 43./S, acena com a cabega, com gestes, vira 0 pescogo para cima e depois para baixo o tempo todo que S, fala’ 32) registro de evento (= comportamento) 54 Oodservador quantifica o comportamento observado, fazen- do uso de sinais. $6 ¢ possivel quando foi realizada observagao cursiva prévia e j& se conhece o repert6rio comportamental do cliente. Nesses casos, 0 primeiro passo é operacionalizar o evento (ou comportamento) a sar observado. DEFINIGAO OPERACIONAL Definir operacionalmente significa tornar mensuravel o comportamento observavel. Isso € possivel quando transforma-se em acdes concretas, visiveis, 0 comportamento em questao Exemplo: Se o comportamento a ser observado 6 0 estudo, este poderia ser transformado em acées, através de passos. Damos aseguir 4 dicaspara faciitara operacionalizagao (Fagundes, 1982) |. = Nomear 0 comportamento - no caso, chamamos “es- tudo” ll - Transformar em ag6es concretas : (tantas quantas forem nevessérias, para tornaro relato do comportamento observado, objetivo e claro). Exemplo: ‘A.0 aluno clha em diregéo A professora enquanto ela explica; B. 0 aluno escrave no préprio cadernon que esté no quadro. C.o alunolé textos complementares e escreve um resumo sobre o tema abordado em sala; D.0 aluno responde adequadamente ao que a professora perguntar, referente ao tema que esta sendo explanado; E.o aluno questiona a professora referente ao tema expla- nado. Ill - Estabelecer critérios de ocorréncia. Estabelecer queo individuo usou todos esses comportamen- tos durante 0 periodo de aula, ou pelo menos trés deles. Este tipo de registro possui um modelo proprio de protocalo para ser relatado, ‘Obseivacao e registro de comportamente 55 MODELO DE PROTOCOLO DE REGISTRO DE EVEN- Tos 1. Técnicas de Registro de Observagdo = Registro de Evento. 2, Descrigao do sujeito: (0 sujeito de acao). 3. Comportamento abservado : nome do evento. 4, Definigao operacional do evento (com critérios de ocorrén- cia), 5. Descrigao do local da observagao (com croqui incluso e respectiva legenda) 6, Data da observagao. 7. Inicio etérmino da observagao: hora e minuto, tempo total: 8. Observador: nome e profissao 9. Registro (para isso utiliza-se uma tabela). Ex.: Comportamento de estudar: se aparecer qualquer um dos comportamentos previamente operacionalizados, poderao ser registrados indiscriminadamente enquanto todos pertencentes & classe dos comportamentos rotulados como estudo (vide tabela 4). Porém, se for necessario registrar separadamente cada um dos comportamentos listados como estudar, a forma de registro seguiré 0 modelo da tabela 2 Tabela 1: registro de eventos do comportamento de estudar tempo (min) | treqiéncia total geral_| total acurnulado 1 a = ts = ft oT 3 3 ue 2 5 4 Ut 3 8 58 Revista Psicologia Argumanto - Ano XVI: NP XXII - Abril1998 Tabela 2: registro de eventos do comportamento de estudar Comportamento de Estudar Tempo A B c D E total lacumulado| Freq, total Freq. total| Freq, total] Frea. tctal | Freq. total Com essas reflexdes esperamos ter auxiliado 0 aluno e/ ou © profissional iniciante na arte de observar, que embora seja arte, requer ser feta com ciéncia. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ALENCAR, E.M.L. (1980). Psicologia: Introdueao aos principios basicos do omportamento. Petropdlis : Vozes BANACO, R. A(1993). O Impacto do atendmentona Pessoa do Terapeuta. Texto proferido durante III Encontro Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental. 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