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Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

PJe - Processo Judicial Eletrônico

21/09/2023

Número: 0717878-02.2022.8.07.0018
Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
Órgão julgador: 3ª Vara da Fazenda Pública do DF
Última distribuição : 24/11/2022
Valor da causa: R$ 3.327,44
Processo referência: 0707454-03.2019.8.07.0018
Assuntos: Concurso de Credores
Nível de Sigilo: 0 (Público)
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
RESENDE MORI HUTCHISON ADVOGADOS ASSOCIADOS
(EXEQUENTE)
LUCAS MORI DE RESENDE (ADVOGADO)
PRISCILA GALINDO REIS (EXEQUENTE)
LUCAS MORI DE RESENDE (ADVOGADO)
DISTRITO FEDERAL (EXECUTADO)

Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
143226424 24/11/2022 Petição Inicial Petição Inicial
08:58
143226425 24/11/2022 Cálculo Petição
08:58
143226426 24/11/2022 Procuração, Contrato e Demais documentos Procuração/Substabelecimento
08:58 postulatórios
143226427 24/11/2022 Documentos Pessoais Documento de Identificação
08:58
143226428 24/11/2022 Comprovante de Residência Comprovante de Residência
08:58
143226429 24/11/2022 Fichas Financeiras Outros Documentos
08:58
143226430 24/11/2022 Sentença Processo de Conhecimento Outros Documentos
08:58
143226431 24/11/2022 Acórdão Apelação Processo de Conhecimento Outros Documentos
08:58
143226432 24/11/2022 Acórdão ED Processo de Conhecimento Outros Documentos
08:58
143226433 24/11/2022 Decisao Inadimissao TJDFT Outros Documentos
08:58
143226434 24/11/2022 Decisão Inadimissão STJ Outros Documentos
08:58
143226435 24/11/2022 Acórdão STJ Processo de Conhecimento Outros Documentos
08:58
143226436 24/11/2022 Acórdão ED STJ Processo de Conhecimento Outros Documentos
08:58
143226438 24/11/2022 Decisão Inadimissão STF Outros Documentos
08:58
143226439 24/11/2022 Certidão de Transito em Julgado Outros Documentos
08:58
143226440 24/11/2022 Citação Processo de Conhecimento Outros Documentos
08:58
143226441 24/11/2022 Custas Judiciais Comprovante de Pagamento de Custas
08:58
143506818 28/11/2022 Decisão Decisão
09:58
143965115 30/11/2022 Certidão de Disponibilização Certidão de Disponibilização
02:37
151406735 06/03/2023 Certidão Certidão
16:45
151415105 07/03/2023 Decisão Decisão
21:52
152070354 13/03/2023 Certidão de Disponibilização Certidão de Disponibilização
00:48
156641148 25/04/2023 Ficha de inspeção judicial Ficha de inspeção judicial
20:10
164595207 07/07/2023 RPV EXPEDIDAS Certidão
10:47
164594577 07/07/2023 Ofício Ofício
17:52
164595205 07/07/2023 Ofício Ofício
17:53
164780547 10/07/2023 Certidão Certidão
13:24
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ____ VARA DA
FAZENDA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL

PROCESSO DE REFERÊNCIA: 0707454-03.2019.8.07.0018

PRISCILA GALINDO REIS, Brasileira, Casada, Professora, portadora do


CPF nº 016.645.711-67 e RG nº 2.539.866 SSP/DF, filha de SILENE DOS SANTOS
GALINDO REIS e SEVERINO RIBEIRO REIS, residente e domiciliada à Quadra 15,
Chacara 10, Lote 18, Setor de Chácaras Anhangüera C, Valparaiso de Goias-GO, CEP:
72871-661, telefone: (61)36243944,e-mail: priscilareis439@gmail.com, por intermédio
de seus advogados, instrumento de mandado incluso, com escritório profissional no SCS,
quadra 01, bloco K, sala 602/603, Edifício Denasa, Brasília – DF, local onde recebem
intimações e publicações, vem, com o devido respeito e acato, perante Vossa Excelência,
apresentar

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DA OBRIGAÇÃO DE PAGAR

em face do DISTRITO FEDERAL, inscrito no CNPJ: 00.394.601-0001/26, devendo ser


citado na pessoa de um de seus procuradores, o qual poderá ser encontrado no SAIN,
Praça do Buriti, Bloco I, Edifício Sede da Procuradoria Geral do Distrito Federal, Brasília
– DF, CEP 70.620-090, com base nos artigos 534 a 535 do Código de Processo Civil e o
faz forte nos argumentos de fato e de direito que a seguir alinha.

I - DA DISTRIBUIÇÃO ENTRE AS VARAS DE FAZENDA PÚBLICA

Primeiramente, antes de adentrar ao mérito do presente cumprimento, deve-se


salientar a necessidade da distribuição aleatória do presente feito, isto pois, de acordo com
o Provimento Geral da Corregedoria do Egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal,
em seu Art. 137, § 3º, inciso II, que em consonância com os precedentes do Colendo
Superior Tribunal de Justiça e do E. TJDFT, definem a não prevenção do juízo prolator da
sentença do processo coletivo, se não, vejamos:

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. PROCES-


SUAL CIVIL. PRIMEIRA VARA DA FAZENDA PÚBLICA.

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Número do documento: 22112210240503200000132224565
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240503200000132224565
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SUSCITANTE. OITAVA VARA DA FAZENDA PÚBLICA.
SUSCITADO. CUMPRIMENTO INDIVIDUAL DE SEN-
TENÇA PROFERIDA EM AÇÃO POPULAR. CONDENAÇÃO
GENÉRICA. PREVENÇÃO DO JUÍZO QUE PROLATOU O
TÍTULO EXECUTADO. INEXISTÊNCIA. DISTRIBUIÇÃO
ALEATÓRIA. Nos termos do artigo 516, inciso II, do Código
de Processo Civil, a regra geral é a de que a competência para
executar os títulos judiciais é do Juízo que tenha sido o com-
petente para a fase de conhecimento, responsável pela prolação
da sentença exequenda. A execução individual de sentença
condenatória genérica, proferida no julgamento de ação popular,
não torna prevento o Juízo da demanda principal, devendo o feito
executivo ser distribuído de forma aleatória. O artigo 137, § 3º,
inciso II, do Provimento Geral da Corregedoria deste Tribunal de
Justiça, determina que os pedidos individuais de cumprimento de
sentença, quando lastreados em título formado em ação coletiva,
devem sofrer nova distribuição. Precedentes do colendo Superior
Tribunal de Justiça e desta Corte.
(Acórdão 1175817, 07049403420198070000, Relator: ESDRAS
NEVES, 2ª Câmara Cível, data de julgamento: 3/6/2019, publi-
cado no PJe: 20/6/2019. Pág.: Sem Página Cadastrada.)

Nestes termos, não se aplica o disposto no Art. 516, inciso II do CPC, afas-
tando a prevenção, assim, exigindo-se a distribuição aleatória do cumprimento individual
de sentença, vejamos mais sobre a jurisprudência:

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA.


JUÍZOS FAZENDÁRIOS. SENTENÇA COLETIVA GENÉ-
RICA. EXECUÇÃO INDIVIDUAL. PREVENÇÃO. JUÍZO
PROLATOR DA CONDENAÇÃO. LIVRE DISTRIBUIÇÃO.
1. Conflito de competência firmado entre juízos fazendários para
processamento da execução de sentença coletiva proferida no bojo
de ação popular que determinou a devolução de valores recebi-
dos indevidamente por agentes e servidores públicos da Câmara
Legislativa do Distrito Federal; 2. A execução individual de de-
cisão proferida em ação coletiva se submete à livre distribuição,
não havendo prevenção do juízo prolator da sentença genérica; 3.
Conflito conhecido. Declarado competente o Juízo suscitante.

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Número do documento: 22112210240503200000132224565
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240503200000132224565
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(Acórdão 1179467, 07057154920198070000, Relator: GISLENE
PINHEIRO, 1ª Câmara Cível, data de julgamento: 10/6/2019, pu-
blicado no DJE: 21/6/2019. Pág.: Sem Página Cadastrada.)

Assim, pugna-se pelo processamento do presente cumprimento de sen-


tença por uma das Varas de Fazenda Pública do Distrito Federal.

II - BREVES RELATOS DA LIDE

Trata-se de cumprimento de sentença de forma individualizada em virtude


de sentença e acórdão julgados procedentes nos autos da ação coletiva de nº 0707454-
03.2019.8.07.0018, movida pelo Sindicato dos Professores no Distrito Federal – SIN-
PRO/DF na qual se questionou a metodologia de cálculo das gratificações pagas aos pro-
fessores em contrato temporário, que resultaram em pagamentos menores do que aqueles
previstos em Lei.
Em sentença, o juízo da 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, deci-
diu:

“(...)
Pauta Tecidas estas considerações, JULGO PROCEDENTES
os pedidos formulados por SINDICATO DOS PROFESSORES
NO DISTRITO FEDERAL em desfavor de DISTRITO FEDE-
RAL, partes qualificadas nos autos, para:
a) CONDENAR o réu a utilizar o vencimento básico padrão, atu-
alizado de acordo com a Lei nº. 5.105/13, como base para o cál-
culo das Gratificações devidas aos professores contratados tem-
porariamente pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito
Federal, de acordo com as atividades por eles desempenhadas;
b) CONDENAR o réu ao pagamento das diferenças entre os valo-
res pagos e os valores efetivamente devidos, a título de Gratifica-
ção, aos professores temporários, desde julho de 2014, adotando-
se o vencimento básico padrão, atualizado de acordo com a Lei
nº. 5.105/13, como base para o cálculo das Gratificações.
Por conseguinte, resolvo o mérito do processo nos termos do art.
487, inciso I, do Código de Processo Civil.
Arcará o Distrito Federal com o pagamento das custas eventual-
mente antecipadas pela parte autora, ficando isento das demais –

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isenção assegurada ao Distrito Federal e às pessoas jurídicas de
direito público de sua administração indireta, conforme art. 1º do
Decreto-Lei nº. 500/1969.
Em face da sucumbência, condeno o réu ao pagamento dos hono-
rários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor
da causa, conforme artigo 85, § 2º do Código de Processo Civil.
Sentença sujeita ao duplo grau obrigatório, conforme art. 496 do
Código de Processo Civil.”

No acordão, decidiu o juízo em negar provimento ao recurso do DF, confir-


mando a decisão retrô, e dar parcial provimento ao recurso do autor, reconhecendo que os
honorários de sucumbência devem ser fixados no momento da liquidação do julgado:

“APELAÇÕES CÍVEIS. REMESSA OBRIGATÓRIA. ADMI-


NISTRATIVO. AÇÃO COLETIVA. PROFESSOR TEMPORÁ-
RIO. CALCULO DAS GRATIFICAÇÕES. LEI DISTRITAL Nº
5.105/13. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. APLICA-
ÇÃO DA LEI. OFENSA À SEPARAÇÃO DOS PODERES NÃO
CONFIGURADA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FASE DE
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Professores
do Distrito Federal contra o Distrito Federal para compelir este a
utilizar o vencimento básico padrão para cálculo das gratificações
dos professores temporários, com base na Lei nº 5.105/13.
2. As gratificações pagas aos professores temporários devem ter o
montante fixado com base no valor do próprio vencimento básico,
e não sobre os índices de reajustes do vencimento.
3. Tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim
de ser aplicada a lei já existente, e não superveniente ao contrato,
não há que se falar em ofensa ao ato jurídico perfeito e aos prin-
cípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle
dos gastos públicos.
4. A existência de lei clara determinando a forma de cálculo das
gratificações dos professores temporários afastas as hipóteses de
modulação dos efeitos da decisão judicial, pois não se trata de
alteração de jurisprudência e nem nova interpretação.

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5. Em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a Fa-
zenda Pública, os honorários advocatícios devem ser fixados por
ocasião da decisão proferida em sede de liquidação de sentença.
6. Remessa obrigatória e apelações conhecidas. Apelo do réu não
provido. Apelo do autor parcialmente provido.”

Na tentativa de reverter tais decisões, o DF apresentou recursos aos Tribu-


nais Superiores, porém, sem obtenção de êxito, conforme decisões que acompanham tal
petição de cumprimento de sentença.
Desta feita, restou o Distrito Federal condenado ao pagamento das diferenças
entre o valor pago e o valor devido, calculados no cumprimento individual.
Pugna, desse modo, pelo deferimento e processamento do presente cumpri-
mento de sentença.

III - DO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE PAGAR

Conforme já explicitado anteriormente, o Distrito Federal foi condenado ao


pagamento das diferenças pagas e efetivamente devidas, a título de gratificação, aos pro-
fessores em contrato temporário, utilizando-se como base de cálculo o vencimento básico
inicial do professor, atualizado de acordo com os critérios constantes da Lei 5.105, de 3
de maio de 2013, em seus anexos IV, V, VI, da referida Lei:

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Dessa forma, de acordo com a sentença, em obediência à prescrição quin-
quenal, a regularização do pagamento das referidas gratificações terá efeitos retroativos
desde quando as gratificações passaram a ser pagas de forma incorreta, respeitado o prazo
máximo de julho de 2014.
Ainda, conforme fichas financeiras em anexo, a conta apresenta como termo
final o último mês em que a parte autora deveria receber corretamente o pagamento das
gratificações ou de seus reflexos em seus contracheques.

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IV - DOS CÁLCULOS

Ante todo o contexto, os cálculos foram realizados de acordo com o estabele-


cido na decisão transitada em julgado, respeitando o prazo prescricional de 07/2014.
Primeiro, foi utilizado como base de cálculo os vencimentos básicos iniciais
de professor (anexos IV, V e VI da Lei n 5.105/13) para se chegar ao valor correspondente
à hora-aula devida. As gratificações correspondem ao percentual de 15% do vencimento
base e a partir desse valor foi calculado o valor da hora-aula, dividido pela média de dias
úteis (22,934) e, posteriormente, pelo número máximo de horas trabalhadas por dia (8hs).
Encontrado o valor, a hora-aula foi multiplicada pelas horas trabalhadas pela
parte autora em cada mês, resultando no real valor devido pelo Distrito Federal referente
as gratificações.
Dessa forma, respeitado o prazo prescricional, deverá o DF quitar os valores
da diferença estabelecida entre o valor pago e o real valor devido, que perfaz o montante
atualizado de R$ 3.327,44 (três mil e trezentos e vinte e sete reais e quarenta e quatro
centavos).

V - DA CORREÇÃO

Quanto a correção monetária a ser aplicada, apesar do título judicial exe-


quendo ter estabelecido o IPCA-E como índice de correção monetária em todo o período
e ainda juros pela caderneta de poupança aplicados desde a data da citação, que ocorreu
em 10/08/2019, a parte exequente aplicou o índice da taxa referencial do Sistema Especial
de Liquidação e de Custódia (Selic) para a correção dos valores devidos, de acordo com
o que estabelece o art. 3º da Emenda Constitucional nº 113 de 2021.

Art. 3º Nas discussões e nas condenações que envolvam a Fa-


zenda Pública, independentemente de sua natureza e para fins de
atualização monetária, de remuneração do capital e de compen-
sação da mora, inclusive do precatório, haverá a incidência, uma
única vez, até o efetivo pagamento, do índice da taxa referencial
do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumu-
lado mensalmente.

Dessa forma, para a correção monetária dos valores devidos foram adotados
o IPCA-E e juros moratórios pela poupança até dezembro/2021. Após, em janeiro/2022
adotou-se a SELIC para a correção, sem a incidência de juros.
Por fim, informa que os valores foram atualizados até novembro de 2022.

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VI - DA FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA NO CUMPRI-
MENTO DE SENTENÇA

A Súmula 345 do STJ determina que são devidos honorários de sucumbência


nos cumprimentos de sentença individualizados decorrentes de ação coletiva, indepen-
dentemente de haver ou não impugnação pela Fazenda Pública:

“São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas


execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas,
ainda que não embargadas.”

Em razão da edição da Súmula ser anterior ao CPC de 2015 o STJ foi chamado
a se manifestar sobre a aplicação ou não do enunciado após a entrada em vigor da nova
Lei processual.
No julgamento do tema 973 o STJ definiu que a regra contida no Art. 85, §
7º, do CPC/2015, não afasta o enunciado da súmula, assim, determinando a fixação de
honorários de sucumbência em cumprimentos de sentenças individuais provindos de ação
coletiva, independentemente de haver impugnação.
Conforme preceituou o Excelentíssimo Ministro do STJ, Sr. Arnaldo Esteves
Lima, em seu voto:

“Ocorre que não se pode menosprezar o trabalho do advogado,


considerando a peculiaridade de cada ação. Na ação civil coletiva,
discute-se o interesse individual homogêneo de uma categoria; na
execução da sentença condenatória proferida nessa ação, a indi-
vidualização, a titularidade do credor, além do montante devido,
que muitas vezes sequer fora apreciado no processo cognitivo.
SÚMULAS - PRECEDENTES RSSTJ, a. 6, (30): 11-65, agosto
2012 21. O fato de ser possível que a execução individualizada
seja promovida pelo próprio advogado que atuou no processo de
conhecimento não pode determinar-lhe prejuízo, tendo em vista
as características de cada ação, conforme exposto.”

Tais fatos reiteram a necessidade do cumprimento de sentença de forma in-


dividualizada, assim, aplicando-se o disposto na Súmula 345 – STJ, sendo devidos tais
honorários de sucumbência.
Dessa forma, requer a fixação de 10% sob o valor da condenação a título de
honorários, conforme cálculo anexo.

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VII - DO DESTAQUE DE HONORÁRIOS

Tendo em vista que se junta ao presente cumprimento de sentença contrato


individualizado entre a parte exequente e seus patronos, requer que nos termos do § 4º do
art. 22 do Estatuto da OAB que seja expedido o Precatório do valor principal da ação,
com o destaque dos honorários contratuais no percentual de 10%:

§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de hono-


rários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precató-
rio, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por
dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este
provar que já os pagou.

Cumpre destacar também o que expõe os parágrafos 14 e 15 do Estatuto da


Ordem que prevê o destacamento dos honorários em favor da Sociedade de Advogados
que compõe o advogado sócio.

§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natu-


reza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos
da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso
de sucumbência parcial.
§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos hono-
rários que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade de
advogados que integra na qualidade de sócio, aplicando-se à
hipótese o disposto no § 14. (grifo nosso)

Requer, portanto, que nos termos dos §§ 14 e 15 do art. 85 do Código de


Processo Civil, que o destaque dos honorários contratuais seja realizado em nome da
Sociedade de Advogados da qual compõe o sócio exequente.

VIII - DAS CUSTAS ADIANTADAS PELA PARTE EXEQUENTE

Embora a Fazenda Pública seja isenta do pagamento de custas no caso de con-


denação imposta, é de entendimento e pacífico de nosso ordenamento jurídico a condena-
ção da fazenda pública em ressarcir as custas adiantadas pelos exequentes ao inaugurar o
cumprimento de sentença, de acordo com o art. 82, §2º.

Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da jus-


tiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem
ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde

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o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação
do direito reconhecido no título.
§ 1º Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja
realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Mi-
nistério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da
ordem jurídica.
§ 2º A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as
despesas que antecipou.
(grifo nosso)

Dessa forma, requer a parte exequente a condenação do DF ao ressarcimento


das custas adiantadas conforme comprovante de pagamento juntado nos autos.

IX - DO PEDIDO

Diante do arrazoado, se digne Vossa Excelência receber este cumprimento de


sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa pela Fazenda
Pública (artigos 534 e 535 do CPC/2015), juntamente com os documentos que a instruem,
admitindo e ordenando o seu processamento nesse H. Juízo, e a seguir ou concomitante-
mente, estando instruída esta petição inicial com os requisitos elencados no artigo 534,
incisos I a VI do Código de Processo Civil, determinar:

a) requer a distribuição aleatória do presente cumprimento de sentença à uma das Varas


de Fazenda Pública do Distrito Federal;

b) pleiteia a Exequente a intimação da Executada, por intermédio de seu patrono judicial,


para, no prazo de 30(trinta) dias (NCPC, art. 535) impugnar a execução;

c) não impugnada presente execução ou rejeitada a impugnação, requer a exequente


desde já, a EXPEDIÇÃO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR, na importância
de R$ 3.327,44 (três mil e trezentos e vinte e sete reais e quarenta e quatro centa-
vos), inerente ao valor principal da causa, conforme cálculos em anexo. Requer ainda
o DESTAQUE dos honorários contratuais no percentual de 10% (dez por cento), no
valor total de R$ 332,74 (trezentos e trinta e dois reais e setenta e quatro centa-
vos) percentual que deverá ser destacado em favor de RESENDE MORI E FONTES
ADVOGADOS ASSOCIADOS, sociedade de advogados, inscrita no CNPJ sob o no
04.252.220/0001-63, e registrada no Conselho Seccional da OAB/DF sob o no 1.354
com escritório no SCS Quadra 01 Bloco K edifício Denasa, Andar, Sala 603, Asa Sul,
Brasília – DF, CEP: 70.398-900;

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d) requer ainda a fixação dos honorários de sucumbência no percentual de 10% (dez
por cento) do valor da condenação nos termos do § 2º do art. 85 do CPC, que per-
faz o valor de R$ 332,74 (trezentos e trinta e dois reais e setenta e quatro cen-
tavos) e a EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR,
conforme Súmula 345 – STJ, inerente aos honorários de sucumbência em favor de
RESENDE MORI E FONTES ADVOGADOS ASSOCIADOS, sociedade de advoga-
dos, inscrita no CNPJ sob o no 04.252.220/0001-63, e registrada no Conselho Secci-
onal da OAB/DF sob o no 1.354 com escritório no SCS Quadra 01 Bloco K edifício
Denasa, Andar, Sala 603, Asa Sul, Brasília – DF, CEP: 70.398-900;

e) ainda, requer a devolução das custas adiantadas pela parte exequente conforme cálculo
anexo. Ressaltando ainda que as custas foram pagas pelo SINPRO/DF e deverão ser
ressarcidas conforme comprovante de pagamento já juntado nos autos.

Devendo-se ainda os valores serem atualizados monetariamente até a data do


efetivo pagamento.

Dá-se à presente causa o valor de R$ 3.327,44 (três mil e trezentos e vinte e


sete reais e quarenta e quatro centavos).

Termos em que, pede e espera deferimento.


Brasília/DF, 11 de novembro de 2022.

Júlio César Borges de Resende Lucas Mori de Resende


OAB/DF 8.583 OAB/DF 38.015

Paulo Fontes de Resende


OAB/DF 38.633

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Num. 143226425 - Pág. 1
Nome PRISCILA GALINDO REIS
CPF 016.645.711-67
DIFERENÇA DE GAA
TOTAL GAA VALOR HORA HORAS AULAS VALOR HORA DIFERENÇA
DATA GAA PAGA DIF GAA PAGA GAA DEVIDA
PAGA AULA PAGA MINISTRADAS AULA DEVIDA DEVIDA
06/2015 R$ 192,96 R$ 192,96 R$ 2,01 96 R$ 2,49 R$ 239,04 R$ 46,08
07/2015 R$ 209,04 R$ 160,80 R$ 369,84 R$ 2,01 184 R$ 2,49 R$ 458,16 R$ 88,32
08/2015 R$ 321,60 R$ 321,60 R$ 2,01 160 R$ 2,49 R$ 398,40 R$ 76,80
*12/2015 R$ 17,60

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„12/2015 R$ 5,87
05/2018 R$ 389,12 R$ 389,12 R$ 2,56 152 R$ 3,15 R$ 478,80 R$ 89,68
*12/2018 R$ 7,47
„12/2018 R$ 2,49
ÍNDICE DE JUROS DE
DIFERENÇA VALOR JUROS DE TOTAL

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DATA ATUALIZAÇÃO POUPANÇA SELIC (%) SELIC ($)
DEVIDA CORRIGIDO POUPANÇA ($) DEVIDO

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MONETÁRIA (%)
06/2015 R$ 46,08 1,422548 R$ 65,55 6,1251 R$ 4,02 10,3600 R$ 7,21 R$ 76,78
07/2015 R$ 88,32 1,408603 R$ 124,41 6,1251 R$ 7,62 10,3600 R$ 13,68 R$ 145,71
08/2015 R$ 76,80 1,400341 R$ 107,55 6,1251 R$ 6,59 10,3600 R$ 11,82 R$ 125,96
*12/2015 R$ 17,60 1,368192 R$ 24,08 6,1251 R$ 1,47 10,3600 R$ 2,65 R$ 28,20

Número do documento: 22112210240550700000132224566


„12/2015 R$ 5,87 1,368192 R$ 8,03 6,1251 R$ 0,49 10,3600 R$ 0,88 R$ 9,40
05/2018 R$ 89,68 1,219294 R$ 109,35 6,1251 R$ 6,70 10,3600 R$ 12,02 R$ 128,07
*12/2018 R$ 7,47 1,184801 R$ 8,85 6,1251 R$ 0,54 10,3600 R$ 0,97 R$ 10,36
„12/2018 R$ 2,49 1,184801 R$ 2,95 6,1251 R$ 0,18 10,3600 R$ 0,32 R$ 3,45
TOTAL
R$ 527,93
DIFERENÇA DE GAEE
DIF GAEE TOTAL GAEE VALOR HORA HORAS AULAS VALOR HORA DIFERENÇA
DATA GAEE PAGA GAEE DEVIDA
PAGA PAGA AULA PAGA MINISTRADAS AULA DEVIDA DEVIDA
05/2018 R$ 389,12 R$ 389,12 R$ 2,56 152 R$ 3,15 R$ 478,80 R$ 89,68
06/2018 R$ 286,72 R$ 286,72 R$ 2,56 112 R$ 3,15 R$ 352,80 R$ 66,08
07/2018 R$ 102,40 R$ 143,36 R$ 245,76 R$ 2,56 96 R$ 3,15 R$ 302,40 R$ 56,64
1
Num. 143226425 - Pág. 2
DIFERENÇA DE GAEE
DIF GAEE TOTAL GAEE VALOR HORA HORAS AULAS VALOR HORA DIFERENÇA
DATA GAEE PAGA GAEE DEVIDA
PAGA PAGA AULA PAGA MINISTRADAS AULA DEVIDA DEVIDA
08/2018 R$ 471,04 R$ 348,16 R$ 819,20 R$ 2,56 320 R$ 3,15 R$ 1.008,00 R$ 188,80
09/2018 R$ 409,60 R$ 409,60 R$ 2,56 160 R$ 3,15 R$ 504,00 R$ 94,40
10/2018 R$ 471,04 R$ 471,04 R$ 2,56 184 R$ 3,15 R$ 579,60 R$ 108,56
11/2018 R$ 450,56 R$ 450,56 R$ 2,56 176 R$ 3,15 R$ 554,40 R$ 103,84
12/2018 R$ 286,72 R$ 286,72 R$ 2,56 112 R$ 3,15 R$ 352,80 R$ 66,08
*12/2018 R$ 64,51
„12/2018 R$ 21,50

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02/2019 R$ 286,72 R$ 286,72 R$ 2,56 112 R$ 3,15 R$ 352,80 R$ 66,08
03/2019 R$ 430,08 R$ 430,08 R$ 2,56 168 R$ 3,15 R$ 529,20 R$ 99,12
04/2019 R$ 450,56 R$ 450,56 R$ 2,56 176 R$ 3,15 R$ 554,40 R$ 103,84
05/2019 R$ 471,04 R$ 471,04 R$ 2,56 184 R$ 3,15 R$ 579,60 R$ 108,56
06/2019 R$ 409,60 R$ 409,60 R$ 2,56 160 R$ 3,15 R$ 504,00 R$ 94,40
07/2019 R$ 471,04 R$ 471,04 R$ 2,56 184 R$ 3,15 R$ 579,60 R$ 108,56
08/2019 R$ 450,56 R$ 450,56 R$ 2,56 176 R$ 3,15 R$ 554,40 R$ 103,84

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09/2019 R$ 430,08 R$ 430,08 R$ 2,56 168 R$ 3,15 R$ 529,20 R$ 99,12

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:35


10/2019 R$ 471,04 R$ 471,04 R$ 2,56 184 R$ 3,15 R$ 579,60 R$ 108,56
11/2019 R$ 102,40 R$ 102,40 R$ 2,56 40 R$ 3,15 R$ 126,00 R$ 23,60
12/2019 R$ 286,72 R$ 327,68 R$ 614,40 R$ 2,56 240 R$ 3,15 R$ 756,00 R$ 141,60
*12/2019 R$ 88,11
„12/2019 R$ 29,37

Número do documento: 22112210240550700000132224566


ÍNDICE DE JUROS DE
DIFERENÇA VALOR JUROS DE TOTAL
DATA ATUALIZAÇÃO POUPANÇA SELIC (%) SELIC ($)
DEVIDA CORRIGIDO POUPANÇA ($) DEVIDO
MONETÁRIA (%)
05/2018 R$ 89,68 1,219294 R$ 109,35 6,1251 R$ 6,70 10,3600 R$ 12,02 R$ 128,07
06/2018 R$ 66,08 1,217590 R$ 80,46 6,1251 R$ 4,93 10,3600 R$ 8,85 R$ 94,24
07/2018 R$ 56,64 1,204223 R$ 68,21 6,1251 R$ 4,18 10,3600 R$ 7,50 R$ 79,89
08/2018 R$ 188,80 1,196565 R$ 225,91 6,1251 R$ 13,84 10,3600 R$ 24,84 R$ 264,59
09/2018 R$ 94,40 1,195011 R$ 112,81 6,1251 R$ 6,91 10,3600 R$ 12,40 R$ 132,12
10/2018 R$ 108,56 1,193937 R$ 129,61 6,1251 R$ 7,94 10,3600 R$ 14,25 R$ 151,80
11/2018 R$ 103,84 1,187052 R$ 123,26 6,1251 R$ 7,55 10,3600 R$ 13,55 R$ 144,36
12/2018 R$ 66,08 1,184801 R$ 78,29 6,1251 R$ 4,80 10,3600 R$ 8,61 R$ 91,70
*12/2018 R$ 64,51 1,184801 R$ 76,43 6,1251 R$ 4,68 10,3600 R$ 8,40 R$ 89,51
„12/2018 R$ 21,50 1,184801 R$ 25,47 6,1251 R$ 1,56 10,3600 R$ 2,80 R$ 29,83
02/2019 R$ 66,08 1,183150 R$ 78,18 6,1251 R$ 4,79 10,3600 R$ 8,60 R$ 91,57
03/2019 R$ 99,12 1,179141 R$ 116,88 6,1251 R$ 7,16 10,3600 R$ 12,85 R$ 136,89
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Num. 143226425 - Pág. 3
ÍNDICE DE JUROS DE
DIFERENÇA VALOR JUROS DE TOTAL
DATA ATUALIZAÇÃO POUPANÇA SELIC (%) SELIC ($)
DEVIDA CORRIGIDO POUPANÇA ($) DEVIDO
MONETÁRIA (%)
04/2019 R$ 103,84 1,172808 R$ 121,78 6,1251 R$ 7,46 10,3600 R$ 13,39 R$ 142,63
05/2019 R$ 108,56 1,164424 R$ 126,41 6,1251 R$ 7,74 10,3600 R$ 13,90 R$ 148,05
06/2019 R$ 94,40 1,160362 R$ 109,54 6,1251 R$ 6,71 10,3600 R$ 12,04 R$ 128,29
07/2019 R$ 108,56 1,159667 R$ 125,89 6,1251 R$ 7,71 10,3600 R$ 13,84 R$ 147,44
08/2019 R$ 103,84 1,158624 R$ 120,31 6,1251 R$ 7,37 10,3600 R$ 13,23 R$ 140,91
09/2019 R$ 99,12 1,157698 R$ 114,75 5,7817 R$ 6,63 10,3600 R$ 12,57 R$ 133,95
10/2019 R$ 108,56 1,156657 R$ 125,57 5,4383 R$ 6,83 10,3600 R$ 13,72 R$ 146,12
11/2019 R$ 23,60 1,155617 R$ 27,27 5,1230 R$ 1,40 10,3600 R$ 2,97 R$ 31,64
12/2019 R$ 141,60 1,154001 R$ 163,41 4,8359 R$ 7,90 10,3600 R$ 17,75 R$ 189,06
*12/2019 R$ 88,11 1,154001 R$ 101,68 4,8359 R$ 4,92 10,3600 R$ 11,04 R$ 117,64

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„12/2019 R$ 29,37 1,154001 R$ 33,89 4,8359 R$ 1,64 10,3600 R$ 3,68 R$ 39,21
TOTAL
R$ 2.799,51
TOTAIS

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GRATIFICAÇÃO TOTAL DEVIDO

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GAA R$ 527,93
GAEE R$ 2.799,51
TOTAL
R$ 3.327,44

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Parcelas marcadas com asterisco (*) indicam reexos sobre o 13º salário.
Parcelas marcadas com obelisco („) indicam reexos sobre o 1/3 de férias.
Critérios e parâmetros do cálculo:
Data de início dos juros moratórios: 08/2019 (de forma decrescente para parcelas com data posterior).
Juros de mora: 6% a.a. até 06/2009, 6% a.a. até 06/2012 e correspondente à Poupança (dia 1o) em diante. Selic a partir do saldo consolidado em 12/2021.
Critério de correção monetária das parcelas: IPCA-E (1) => ORTNOTNBTN  INPC(03/91)  IPCA-E (02/93 em diante) até 12/2021.
Composição: ORTN (10/64-02/86) OTN (03/86-12/88) BTN (01/89-02/91) INPC (03/91-01/93) IPCA-E (02/93 em diante) (SEM EXPURGOS) até 12/2021.
Cálculo atualizado até novembro de 2022.
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Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

2VAFAZPUB
2ª Vara da Fazenda Pública do DF

Número do processo: 0707454-03.2019.8.07.0018

Classe judicial: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL

RÉU: DISTRITO FEDERAL

SENTENÇA

I. RELATÓRIO

Trata-se de ação de conhecimento ajuizada por SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL
em desfavor de DISTRITO FEDERAL, partes qualificadas nos autos.

Narra a parte autora que o réu tem realizado o cálculo da remuneração dos professores de contrato temporário de
forma equivocada. Aduz que a lei de regência prevê que a remuneração do professor em contrato temporário
corresponde ao vencimento do padrão inicial da carreira do Magistério Público, no entanto, tem sido utilizado valor
defasado, de março de 2013, sem o devido reajuste, ocorrido em março de 2015. Alega que há ausência do devido
reajuste também em relação à gratificação recebida por esses profissionais.

Tece considerações acerca do direito aplicado, e pleiteia pela a) condenação do réu a utilizar o vencimento básico
padrão, atualizado de acordo com a Lei nº. 5.105/13, anexo VI, no valor de R$3.858,57, como base para o cálculo das
Gratificações; b) condenação do réu a aplicar os reajustes instituídos por lei e c) condenação do réu ao pagamento das
diferenças dos valores devidos, desde julho de 2014.

Juntou documentos.

Citado, o demandado Distrito Federal apresenta contestação (ID 45330679). Em sede de prejudicial de mérito, aduz a
prescrição. No mérito, sustenta que: a) todos os professores substitutos fazem jus à gratificação denominada GAPED;
b) por essa razão, esse valor é somado ao vencimento básico a fim de fazer o cálculo do valor da hora/aula; c) foram
acrescentadas as porcentagens de aumento ocorridas entre março de 2013 e março de 2015; d) houve reajuste das
gratificações; e) a remuneração dos servidores é prevista em lei; f) não cabe ao judiciário se imiscuir nessa questão.
Juntou documentos.

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Número do documento: 19112918251299700000048622001
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Número do documento: 22112210240722400000132224571
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Réplica (ID 47607964).

Vieram os autos conclusos.

É o relatório. DECIDO.

II. FUNDAMENTAÇÃO

Procedo ao julgamento conforme o estado do processo, nos moldes do artigo 354 do CPC, porquanto não há a
necessidade de produção de outras provas, o que atrai a normatividade do artigo 355, inciso I, do Código de Processo
Civil.

No mais, o Juiz, como destinatário final das provas, tem o dever de apreciá-las independentemente do sujeito que as
tiver promovido, indicando na decisão as razões da formação de seu convencimento consoante disposição do artigo
371 do CPC, ficando incumbido de indeferir as provas inúteis ou protelatórias consoante dicção do artigo 370,
parágrafo único, do mesmo diploma normativo.

A sua efetiva realização não configura cerceamento de defesa, não sendo faculdade do Magistrado, e sim dever, a
corroborar com o princípio constitucional da razoável duração do processo – artigo 5º, inciso LXXVIII da CF c/c
artigos 1º e 4º do CPC.

Passo ao exame da prejudicial:

Da prescrição

A parte ré sustenta a ocorrência de prescrição quinquenal, nos termos do art. 1º do Decreto nº 20.910/32.

A tese não merece acolhimento.

De fato, o referido dispositivo prevê o prazo prescricional de cinco anos em relação a dívidas contra a Administração
Pública.

Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e
qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a
sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se
originarem.

No entanto, não se vislumbra a prescrição de qualquer pleito autoral, uma vez que, proposta a ação em julho de 2019,
o pedido foi expresso em requerer a condenação do réu ao pagamento de eventual saldo devido somente até julho de
2014, em clara observância ao prazo prescricional.

Do mérito

O ponto controvertido da demanda cinge-se em determinar se há equívoco na forma de cálculo da remuneração dos
professores temporários da rede de ensino do DF.

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Número do documento: 19112918251299700000048622001
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A parte autora alega que o réu tem realizado o cálculo da remuneração dos professores temporários em afronta à lei,
desconsiderando os reajustes sobre o vencimento básico, culminando em pagamento a menor do que devido.

Por outro lado, a parte ré argumenta que adotou os reajustes previstos legalmente, tendo realizado o cálculo das
gratificações de forma devida.

Inicialmente, o que se observa é discussão a respeito da forma de cálculo dos reajustes dos professores temporários da
rede pública do Distrito Federal.

O autor sustenta que as gratificações devidas devem ser calculadas sobre o vencimento básico já reajustado
legalmente, mas alega que o Distrito Federal aplica os índices de reajuste sobre o valor da gratificação, não sobre o
valor atualizado do vencimento.

A Lei Distrital n. 4.266/2008 dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público, nos termos do art. 37, IX, da Constituição Federal, e dá outras providências.

O art. 7º, §3º, dessa Lei determina que o cálculo da remuneração dos professores temporários contratados sob a égide
dessa norma será com base nos padrões iniciais da Carreira do Magistério Público, acrescido das gratificações
cabíveis em cada caso:

Art. 7º. (...)

§ 3º A remuneração dos professores de que trata o art. 2º, IV, corresponderá aos
vencimentos correspondentes aos padrões iniciais da Carreira Magistério Público,
adicionados das Gratificações de Atividade de Regência de Classe, de Alfabetização, de
Ensino Especial, em Zona Rural, de Docência em Estabelecimento de Ensino Diferenciado e
de Restrição de Liberdade, obedecidos os critérios constantes da Lei nº 4.075, de 28 de
dezembro de 2007, para sua concessão.

A Lei Distrital 5.105/2013 reestrutura a carreira do Magistério Público do Distrito Federal e prevê o pagamento de
reajuste do vencimento básico de forma escalonada, em seis parcelas, aplicáveis nos meses de março e setembro dos
anos de 2013, 2014 e 2015.

É incontroverso nos autos que o valor do vencimento básico reajustado é adequadamente pago aos professores
temporários. A discussão posta em análise nesse processo se circunscreve especificamente ao cálculo das
gratificações.

O autor sustenta que o Distrito Federal, ao invés de realizar o cálculo do percentual das gratificações sobre o valor do
vencimento reajustado, tem aplicado os índices de reajuste diretamente sobre o valor da gratificação à época de março
de 2013.

O requerente colaciona aos autos documento emitido pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal,

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Número do documento: 19112918251299700000048622001
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Coordenação de Pagamentos e Registros, em que confirma a tese autoral ao descrever que o cálculo das gratificações
tem como referência o valor do vencimento inicial de março de 2013 e sobre este montante incidiu os percentuais de
reajuste (ID 40850882):

“Em relação à metodologia do cálculo das gratificações, a qual refere-se a 15% do


vencimento inicial, foi utilizado como referência o valor de vencimento inicial de março de
2013.”

“Esclarecemos que, para se chegar ao cálculo atual, foi acrescida as porcentagens dos
aumentos ocorridos de março de 2013 a março de 2015. Sendo assim, de março de 2013
para setembro de 2013 houve aumento de 3,81%, para março de 2014 houve aumento de
3,21%, para setembro de 2014, aumento de 3,25% e para março de 2015 ocorreu um
aumento salarial de 4,41%”

Observe-se que, adotando essa forma de cálculo, em que o reajuste da gratificação teve como base os índices de
reajuste do vencimento, e não o próprio valor do vencimento, o Distrito Federal concluiu que o valor da gratificação
por hora-aula era de R$2,56 (dois reais e cinquenta e seis centavos).

Esse valor coincide com a tabela colacionada pelo réu referente ao ano de 2019 de dois servidores (ID 45330684 –
pág. 14).

Nessa tabela, o professor A recebeu a título de vencimento o valor de R$4.374,40 e a título de gratificação, o valor de
R$409,60. Entretanto, se o percentual de 15% do valor da gratificação tivesse sido calculado sobre o valor do
vencimento, seria devido R$656,16.

O professor B, na mesma tabela, recebeu a título de vencimento o valor de R$5.030,56 e, a título de gratificação, o
valor de R$471,04. Entretanto, se o percentual de 15% do valor da gratificação tivesse sido calculado sobre o valor do
vencimento, seria devido R$754,58.

Portanto, nota-se que há flagrante erro na forma de cálculo realizado pelo Distrito Federal, em afronta ao disposto na
Lei, que determina que a gratificação deve ser calculada sobre o vencimento básico:

Art. 17. Os vencimentos dos cargos de professor de educação básica e de pedagogo-


orientador educacional da carreira magistério Público do Distrito Federal são compostos
das seguintes parcelas:

I – Vencimento Básico, na forma dos Anexos II, III, IV, V, VI e VII, observados os regimes
de trabalho, a habilitação do servidor e as datas de vigência neles especificadas;

II – Gratificação de Regência de Classe – GARC, que é modificada e passa a chamar-se

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Gratificação de Atividade Pedagógica – GAPED, calculada no percentual de trinta por
cento do vencimento básico do padrão e da etapa em que o servidor esteja posicionado,
observadas as condições de que trata o art. 18;

III – Gratificação de Atividade de Alfabetização – GAA, que passa a ser calculada no


percentual de quinze por cento do vencimento básico do padrão I da etapa em que o
servidor esteja posicionado;

IV – Gratificação de Atividade de Ensino Especial – GAEE, que passa a ser calculada no


percentual de quinze por cento do vencimento básico do padrão I da etapa em que o
servidor esteja posicionado;

V – Gratificação de Atividade em Zona Rural – GAZR, passa a ser calculada no percentual


de quinze por cento do vencimento básico do padrão I da etapa em que o servidor esteja
posicionado;

VI – Gratificação de Atividade de Suporte Educacional – GASE, calculada no percentual


de trinta por cento do vencimento básico do padrão e da etapa em que o servidor esteja
posicionado;

Tal conduta, além de ilegal, gera indiscutível prejuízo à remuneração dos professores temporários, motivo pelo qual,
reconhecido o equívoco na forma de cálculo, devem os servidores receberem a diferença desse valor.

Gizadas estas razões, outro caminho não há senão o da procedência dos pedidos aduzidos na inicial.

E é justamente o que faço.

III. DISPOSITIVO

\Pauta Tecidas estas considerações, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados por SINDICATO DOS
PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL em desfavor de DISTRITO FEDERAL, partes qualificadas nos
autos, para:

a) CONDENAR o réu a utilizar o vencimento básico padrão, atualizado de acordo com a Lei nº.
5.105/13, como base para o cálculo das Gratificações devidas aos professores contratados
temporariamente pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, de acordo com as
atividades por eles desempenhadas;

b) CONDENAR o réu ao pagamento das diferenças entre os valores pagos e os valores efetivamente
devidos, a título de Gratificação, aos professores temporários, desde julho de 2014, adotando-se o
vencimento básico padrão, atualizado de acordo com a Lei nº. 5.105/13, como base para o cálculo
das Gratificações.

Por conseguinte, resolvo o mérito do processo nos termos do art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil.

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Arcará o Distrito Federal com o pagamento das custas eventualmente antecipadas pela parte autora, ficando isento das
demais – isenção assegurada ao Distrito Federal e às pessoas jurídicas de direito público de sua administração
indireta, conforme art. 1º do Decreto-Lei nº. 500/1969.

Em face da sucumbência, condeno o réu ao pagamento dos honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento)
sobre o valor da causa, conforme artigo 85, § 2º do Código de Processo Civil.

Sentença sujeita ao duplo grau obrigatório, conforme art. 496 do Código de Processo Civil.

Após o trânsito em julgado, inertes as partes, dê-se baixa e arquivem-se.

Sentença registrada nesta data. Publique-se e intimem-se.

Brasília-DF, 29 de novembro de 2019.

Luciano dos Santos Mendes


Juiz de Direito Substituto

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Número do documento: 22112210240722400000132224571
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Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Órgão 7ª Turma Cível

Proces APELAÇÃO CÍVEL 0707454-03.2019.8.07.0018


so N.
APELA SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL
NTE(S)
APELA DISTRITO FEDERAL
DO(S)
Relator Desembargadora LEILA ARLANCH
a

Acórdã 1269118
o Nº

EMENTA

APELAÇÕES CÍVEIS. REMESSA OBRIGATÓRIA. ADMINISTRATIVO. AÇÃO


COLETIVA. PROFESSOR TEMPORÁRIO. CALCULO DAS GRATIFICAÇÕES. LEI
DISTRITAL Nº 5.105/13. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. APLICAÇÃO DA
LEI. OFENSA À SEPARAÇÃO DOS PODERES NÃO CONFIGURADA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. SENTENÇA
REFORMADA.

1. Trata-se ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Professores do Distrito Federal
contra o Distrito Federal para compelir este a utilizar o vencimento básico padrão para
cálculo das gratificações dos professores temporários, com base na Lei nº 5.105/13.

2. As gratificações pagas aos professores temporários devem ter o montante fixado


com base no valor do próprio vencimento básico, e não sobre os índices de reajustes
do vencimento.

3. Tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a lei
já existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato

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jurídico perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e
controle dos gastos públicos.

4. A existência de lei clara determinando a forma de cálculo das gratificações dos


professores temporários afastas as hipóteses de modulação dos efeitos da decisão
judicial, pois não se trata de alteração de jurisprudência e nem nova interpretação.

5. Em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a Fazenda Pública, os


honorários advocatícios devem ser fixados por ocasião da decisão proferida em sede
de liquidação de sentença

6. Remessa obrigatória e apelações conhecidas. Apelo do réu não provido. Apelo do


autor parcialmente provido.

ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Desembargadores do(a) 7ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios, LEILA ARLANCH - Relatora, GISLENE PINHEIRO - 1º Vogal e FÁBIO EDUARDO
MARQUES - 2º Vogal, sob a Presidência da Senhora Desembargadora GISLENE PINHEIRO, em proferir a
seguinte decisão: CONHECIDOS. RECURSO DO RÉU IMPROVIDO. RECURSO DO AUTOR
PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME., de acordo com a ata do julgamento e notas taquigráficas.

Brasília (DF), 29 de Julho de 2020

Desembargadora LEILA ARLANCH


Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de ação coletiva ajuizada pelo SINPRO – SINDICATO DOS PROFESSORES DO


DISTRITO FEDERAL contra o DISTRITO FEDERAL.

Conforme relatório da sentença, a parte autora narra que “o réu tem realizado o cálculo da
remuneração dos professores de contrato temporário de forma equivocada. Aduz que a lei de
regência prevê que a remuneração do professor em contrato temporário corresponde ao
vencimento do padrão inicial da carreira do Magistério Público, no entanto, tem sido

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utilizado valor defasado, de março de 2013, sem o devido reajuste, ocorrido em março de
2015. Alega que há ausência do devido reajuste também em relação à gratificação recebida
por esses profissionais. Tece considerações acerca do direito aplicado, e pleiteia pela a)
condenação do réu a utilizar o vencimento básico padrão, atualizado de acordo com a Lei nº.
5.105/13, anexo VI, no valor de R$3.858,57, como base para o cálculo das Gratificações; b)
condenação do réu a aplicar os reajustes instituídos por lei e c) condenação do réu ao
pagamento das diferenças dos valores devidos, desde julho de 2014.”.

A ação foi julgada procedente, nos seguintes termos (ID. 16274995):

Tecidas estas considerações, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados por


SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL em desfavor de
DISTRITO FEDERAL, partes qualificadas nos autos, para:

a) CONDENAR o réu a utilizar o vencimento básico padrão, atualizado de acordo


com a Lei nº. 5.105/13, como base para o cálculo das Gratificações devidas aos
professores contratados temporariamente pela Secretaria de Estado de Educação do
Distrito Federal, de acordo com as atividades por eles desempenhadas;

b) CONDENAR o réu ao pagamento das diferenças entre os valores pagos e os


valores efetivamente devidos, a título de Gratificação, aos professores temporários,
desde julho de 2014, adotando-se o vencimento básico padrão, atualizado de acordo
com a Lei nº. 5.105/13, como base para o cálculo das Gratificações.

Por conseguinte, resolvo o mérito do processo nos termos do art. 487, inciso I, do
Código de Processo Civil.

Arcará o Distrito Federal com o pagamento das custas eventualmente antecipadas


pela parte autora, ficando isento das demais – isenção assegurada ao Distrito
Federal e às pessoas jurídicas de direito público de sua administração indireta,
conforme art. 1º do Decreto-Lei nº. 500/1969.

Em face da sucumbência, condeno o réu ao pagamento dos honorários advocatícios


fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, conforme artigo 85, § 2º do
Código de Processo Civil.

Sentença sujeita ao duplo grau obrigatório, conforme art. 496 do Código de


Processo Civil.

O réu, Distrito Federal, opôs embargos de declaração (ID. 16274997), que restaram
rejeitados (ID. 16275006).

Inconformado, o autor SINPRO/DF interpôs apelação (ID. 16275359), alegando que: 1) os


honorários advocatícios foram fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, e não
sobre o proveito econômico obtido na presente demanda; 2) os valores exatos serão apurados

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na fase de liquidação da sentença, quando poderá ser auferida a quantidade de professores
beneficiados com a decisão e o termo final (marco temporal) para o cálculo dos valores das
diferenças que não foram pagas aos professores, sendo este resultado o real proveito
econômico da demanda; 3) se considerarmos a quantidade de professores que serão
beneficiados com a presente decisão, o valor atribuído à causa torna-se irrisório em relação
ao valor do proveito econômico obtido; 4) o STJ entende que em causas complexas, como a
dos autos, a fixação do percentual dos honorários advocatícios sobre o proveito econômico
pode ser apurado na fase de liquidação do julgado; 5) a sentença deve ser reformada para
afastar o valor da causa como base de cálculo para os honorários advocatícios e estabelecer
como parâmetro o proveito econômico obtido.

Preparo devidamente recolhido (ID. 16275360).

O Distrito Federal também interpôs apelação (ID. 16275363), alegando que: 1) deve ser
reconhecida a prescrição quinquenal, nos termos do artigo 1º do Decreto nº 20.910/32; 2) a
metodologia de cálculo das gratificações devidas a professores substitutos é minudenciada
pelo Gerente de Gestão dos Servidores Temporários-Substituto, da Secretaria de Educação,
no Despacho SEI-GDF SEE/SUGEP/DISET/GSET, de 02/09/2019; 3) a pretensão autoral
esbarra nos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle dos gastos
públicos; 4) a pretensão de equiparação remuneratória por isonomia ofende diretamente o
enunciado da Súmula Vinculante n. 37; 5) o artigo 57, §2º, da Lei Complementar 840/2011,
é expresso ao afirmar que “é vedado aplicar ao regime de trabalho interpretação por
analogia, extensão ou semelhança de atribuições”; 6) não se aplicam à contraprestação
contratual (remuneração ao professor substituto) as leis supervenientes que alterem a
remuneração de professor estatutário; 7) a alteração contratual por lei superveniente afronta
o ato jurídico perfeito; 8) a pretensão autoral esbarra na vedação à incidência em cascata de
acréscimos pecuniários, plasmada no art. 37, XIV, da CF; 9) em tempos de direito à
informação (Lei 12527/2011), não há motivo algum para se inverter o ônus da prova e
determinar ao requerido que junte aos autos prova facilmente disponível ao autor; 10) atos
administrativos são dotados da presunção de legitimidade, de tal modo que deve a parte
infirmá-los por prova constituída; 11) é desproporcional e desarrazoado submeter a
Administração Pública à pesquisa e levantamento de dados e informações que o sindicato
pode obter prontamente junto aos seus substituídos mediante convocação coletiva e pública
ou individualizada; 12) acaso se entenda por deferir o pedido inicial, roga-se seja concedido
efeitos prospectivos à decisão para que fique ressalvada a impossibilidade de cobrança de
valores anteriores à ordem que vier a ser concedida; 13) deve haver a modulação temporal

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dos efeitos de nova intepretação judicial, para que seja aplicada apenas a partir da data do
trânsito em julgado ou na data da prolação de decisão favorável ao autor, nos termos dos
artigos 23 e 24 da LINDB e 927, §3º, do CPC; 14) os pedidos iniciais devem ser julgados
improcedentes.

Sem preparo ante a isenção legal.

Contrarrazões do Distrito Federal pelo não provimento do apelo do autor (ID. 16275366).

Contrarrazões do SINPRO/DF pelo não provimento do apelo do réu 9ID. 16275368).

É o relatório.

VOTOS

A Senhora Desembargadora LEILA ARLANCH - Relatora

Presentes os pressupostos de admissibilidade, a remessa obrigatória e os recursos das partes


devem ser conhecidos.

Trata-se de ação coletiva ajuizada pelo SINPRO – SINDICATO DOS PROFESSORES DO


DISTRITO FEDERAL contra o DISTRITO FEDERAL.

Conforme relatório da sentença, a parte autora narra que “o réu tem realizado o cálculo da
remuneração dos professores de contrato temporário de forma equivocada. Aduz que a lei de
regência prevê que a remuneração do professor em contrato temporário corresponde ao
vencimento do padrão inicial da carreira do Magistério Público, no entanto, tem sido
utilizado valor defasado, de março de 2013, sem o devido reajuste, ocorrido em março de
2015. Alega que há ausência do devido reajuste também em relação à gratificação recebida
por esses profissionais. Tece considerações acerca do direito aplicado, e pleiteia pela a)
condenação do réu a utilizar o vencimento básico padrão, atualizado de acordo com a Lei nº.
5.105/13, anexo VI, no valor de R$3.858,57, como base para o cálculo das Gratificações; b)
condenação do réu a aplicar os reajustes instituídos por lei e c) condenação do réu ao
pagamento das diferenças dos valores devidos, desde julho de 2014.”.

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Número do documento: 20081921345800000000116425181
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A ação foi julgada procedente, nos seguintes termos (ID. 16274995):

Tecidas estas considerações, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados por


SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL em desfavor de
DISTRITO FEDERAL, partes qualificadas nos autos, para:

a) CONDENAR o réu a utilizar o vencimento básico padrão, atualizado de acordo


com a Lei nº. 5.105/13, como base para o cálculo das Gratificações devidas aos
professores contratados temporariamente pela Secretaria de Estado de Educação
do Distrito Federal, de acordo com as atividades por eles desempenhadas;

b) CONDENAR o réu ao pagamento das diferenças entre os valores pagos e os


valores efetivamente devidos, a título de Gratificação, aos professores temporários,
desde julho de 2014, adotando-se o vencimento básico padrão, atualizado de
acordo com a Lei nº. 5.105/13, como base para o cálculo das Gratificações.

Por conseguinte, resolvo o mérito do processo nos termos do art. 487, inciso I, do
Código de Processo Civil.

Arcará o Distrito Federal com o pagamento das custas eventualmente antecipadas


pela parte autora, ficando isento das demais – isenção assegurada ao Distrito
Federal e às pessoas jurídicas de direito público de sua administração indireta,
conforme art. 1º do Decreto-Lei nº. 500/1969.

Em face da sucumbência, condeno o réu ao pagamento dos honorários advocatícios


fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, conforme artigo 85, § 2º do
Código de Processo Civil.

Sentença sujeita ao duplo grau obrigatório, conforme art. 496 do Código de


Processo Civil.

O réu, Distrito Federal, opôs embargos de declaração (ID. 16274997), que restaram
rejeitados (ID. 16275006).

Inconformado, o autor, SINPRO/DF, interpôs apelação (ID. 16275359), alegando que: 1) os


honorários advocatícios foram fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, e não
sobre o proveito econômico obtido na presente demanda; 2) os valores exatos serão
apurados na fase de liquidação da sentença, quando poderá ser auferida a quantidade de
professores beneficiados com a decisão e o termo final (marco temporal) para o cálculo dos
valores das diferenças que não foram pagas aos professores, sendo este resultado o real
proveito econômico da demanda; 3) se considerarmos a quantidade de professores que serão
beneficiados com a presente decisão, o valor atribuído à causa torna-se irrisório em relação
ao valor do proveito econômico obtido; 4) o STJ entende que em causas complexas, como a
dos autos, a fixação do percentual dos honorários advocatícios sobre o proveito econômico

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pode ser apurado na fase de liquidação do julgado; 5) a sentença deve ser reformada para
afastar o valor da causa como base de cálculo para os honorários advocatícios e estabelecer
como parâmetro o proveito econômico obtido.

O Distrito Federal também interpôs apelação (ID. 16275363), alegando que: 1) deve ser
reconhecida a prescrição quinquenal, nos termos do artigo 1º do Decreto nº 20.910/32; 2) a
metodologia de cálculo das gratificações devidas a professores substitutos é minudenciada
pelo Gerente de Gestão dos Servidores Temporários-Substituto, da Secretaria de Educação,
no Despacho SEI-GDF SEE/SUGEP/DISET/GSET, de 02/09/2019; 3) a pretensão autoral
esbarra nos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle dos gastos
públicos; 4) a pretensão de equiparação remuneratória por isonomia ofende diretamente o
enunciado da Súmula Vinculante n. 37; 5) o artigo 57, §2º, da Lei Complementar 840/2011,
é expresso ao afirmar que “é vedado aplicar ao regime de trabalho interpretação por
analogia, extensão ou semelhança de atribuições”; 6) não se aplicam à contraprestação
contratual (remuneração ao professor substituto) as leis supervenientes que alterem a
remuneração de professor estatutário; 7) a alteração contratual por lei superveniente afronta
o ato jurídico perfeito; 8) a pretensão autoral esbarra na vedação à incidência em cascata de
acréscimos pecuniários, plasmada no art. 37, XIV, da CF; 9) em tempos de direito à
informação (Lei 12527/2011), não há motivo algum para se inverter o ônus da prova e
determinar ao requerido que junte aos autos prova facilmente disponível ao autor; 10) atos
administrativos são dotados da presunção de legitimidade, de tal modo que deve a parte
infirmá-los por prova constituída; 11) é desproporcional e desarrazoado submeter a
Administração Pública à pesquisa e levantamento de dados e informações que o sindicato
pode obter prontamente junto aos seus substituídos mediante convocação coletiva e pública
ou individualizada; 12) acaso se entenda por deferir o pedido inicial, roga-se seja concedido
efeitos prospectivos à decisão para que fique ressalvada a impossibilidade de cobrança de
valores anteriores à ordem que vier a ser concedida; 13) deve haver a modulação temporal
dos efeitos de nova intepretação judicial, para que seja aplicada apenas a partir da data do
trânsito em julgado ou na data da prolação de decisão favorável ao autor, nos termos dos
artigos 23 e 24 da LINDB e 927, §3º, do CPC; 14) os pedidos iniciais devem ser julgados
improcedentes.

A controvérsia dos autos cinge-se em verificar se há equívoco na forma de cálculo das


gratificações dos professores temporários da rede de ensino do DF, a ocorrência de
prescrição e a forma de fixação dos honorários advocatícios.

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DO APELO DO RÉU - DISTRITO FEDERAL

DO NÃO RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO

O Distrito Federal alega que deve ser reconhecida a prescrição quinquenal, nos termos do
artigo 1º do Decreto nº 20.910/32.

Sem razão.

Conforme explicado na r. sentença, o sindicato autor propôs a ação em julho de 2019 e já


delimitou a condenação do réu ao pagamento de eventual saldo devido a partir de julho de
2014, em clara observância ao prazo prescricional.

Portanto, rejeito a prejudicial de mérito.

DO EQUÍVOCO NO CALCULO DA GRATIFICAÇÃO E DO TERMO INICIAL DA


INCIDÊNCIA DO REAJUSTE

O Distrito Federal alega que: 1) a metodologia de cálculo das gratificações devidas a


professores substitutos é minudenciada pelo Gerente de Gestão dos Servidores Temporários-
Substituto, da Secretaria de Educação, no Despacho SEI-GDF SEE/SUGEP/DISET/GSET,
de 02/09/2019; 2) a pretensão autoral esbarra nos princípios da isonomia, legalidade,
separação dos poderes e controle dos gastos públicos; 3) a pretensão de equiparação
remuneratória por isonomia ofende diretamente o enunciado da Súmula Vinculante n. 37; 4)
o artigo 57, §2º, da Lei Complementar 840/2011, é expresso ao afirmar que “é vedado
aplicar ao regime de trabalho interpretação por analogia, extensão ou semelhança de
atribuições”; 5) não se aplicam à contraprestação contratual (remuneração ao professor
substituto) as leis supervenientes que alterem a remuneração de professor estatutário; 6) a
alteração contratual por lei superveniente afronta o ato jurídico perfeito; 7) a pretensão
autoral esbarra na vedação à incidência em cascata de acréscimos pecuniários, plasmada no
art. 37, XIV, da CF; 8) acaso se entenda por deferir o pedido inicial, roga-se seja concedido

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efeitos prospectivos à decisão para que fique ressalvada a impossibilidade de cobrança de
valores anteriores à ordem que vier a ser concedida; 9) deve haver a modulação temporal
dos efeitos de nova intepretação judicial, para que seja aplicada apenas a partir da data do
trânsito em julgado ou na data da prolação de decisão favorável ao autor, nos termos dos
artigos 23 e 24 da LINDB e 927, §3º, do CPC.

Sem razão.

O autor alega, na inicial, que o valor da gratificação que compõe os vencimentos dos
professores temporários está sendo pago a menor, visto que, de acordo com a Lei nº
5.105/2013, a gratificação deve ser calculada em percentual sobre o vencimento básico
padrão, e o Distrito Federal, ao invés de realizar o cálculo do percentual das gratificações
sobre o valor do vencimento reajustado, tem aplicado os índices de reajuste diretamente
sobre o valor da gratificação à época de março de 2013.

O despacho técnico emitido pela Assessoria Jurídico-Legislativa da Secretaria de Educação


do Distrito e colecionado aos autos esclarece que, de fato, em relação à metodologia do
cálculo das gratificações, a qual refere-se a 15% do vencimento inicial, foi utilizado como
referência o valor de vencimento inicial de março de 2013 e sobre este montante incidiu os
percentuais de reajuste (ID. 16274579 – Pág. 7), in verbis:

Em relação à metodologia do cálculo das gratificações, a qual refere-se a 15% do


vencimento inicial, foi utilizado como referência o valor de vencimento inicial de
março de 2013. Ou seja, 15% do vencimento, dividido pela média de dias úteis
compreendidos no calendário escolar (22,934), o resultado foi dividido por 8 que
refere-se ao máximo de horas trabalhadas por dia, resultando assim no valor da
gratificação por hora, conforme abaixo:

R$ 2.714,48 (15%) = R$ 407,17 / 22,934 = R$ 17,75 / 8 = R$ 2,22

Esclarecemos que, para se chegar ao cálculo atual, foi acrescida as porcentagens


dos aumentos ocorridos de março de 2013 a março de 2015. Sendo assim, de março
de 2013 para setembro de 2013 houve aumento de 3,81%, para março de 2014
houve aumento de 3,21%, para setembro de 2014, aumento de 3,25% e para março
de 2015 ocorreu um aumento salarial de 4,41%, desta forma, o valor das
gratificações progrediu da seguinte forma:

R$ 2,22 x 3,81% = 0,08 + 2,22 = R$ 2,30

R$ 2,30 x 3,21% = 0,08 + 2,30 = R$ 2,38

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R$ 2,38 x 3,25% = 0,08 + 2,38 = R$ 2,46

R$ 2,46 x 4,41% = 0,10 + 2,46 = R$ 2,56

A Lei Distrital n. 4.266/2008, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do art. 37,
IX, da Constituição Federal, determina que o cálculo da remuneração dos professores
temporários contratados será com base nos padrões iniciais da Carreira do Magistério
Público, acrescido das gratificações cabíveis em cada caso, como se verifica a seguir:

Art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse público:

[...]

IV – admissão de professor substituto para a rede pública de ensino;

Art. 7º A remuneração do pessoal contratado nos termos desta Lei será fixada:

[...]

§ 3º O professor de que trata o art. 2º, IV, terá a remuneração correspondente aos
vencimentos do padrão inicial da Carreira Magistério Público do Distrito Federal,
adicionadas as Gratificações de Atividade Pedagógica, de Alfabetização, de Ensino
Especial, em Zona Rural, de Docência em Estabelecimento de Ensino Diferenciado
e de Restrição de Liberdade, obedecidos os critérios constantes da Lei nº 5.105, de
3 de maio de 2013, e os benefícios de que tratam os arts. de 107 a 112 da Lei
Complementar nº 840, de 23 de dezembro de 2011. (Parágrafo alterado(a) pelo(a)
Lei 5626 de 14/03/2016)

Por sua vez, a Lei Distrital nº 5.105/2013, que reestrutura a carreira do Magistério Público
do DF Lei, determina que a gratificação deve ser calculada sobre o vencimento básico, in
verbis:

Art. 17. Os vencimentos dos cargos de professor de educação básica e de


pedagogo-orientador educacional da carreira magistério Público do Distrito
Federal são compostos das seguintes parcelas:

I – Vencimento Básico, na forma dos Anexos II, III, IV, V, VI e VII, observados os
regimes de trabalho, a habilitação do servidor e as datas de vigência neles
especificadas;

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II – Gratificação de Regência de Classe – GARC, que é modificada e passa a
chamar-se Gratificação de Atividade Pedagógica – GAPED, calculada no
percentual de trinta por cento do vencimento básico do padrão e da etapa em que
o servidor esteja posicionado, observadas as condições de que trata o art. 18;

III – Gratificação de Atividade de Alfabetização – GAA, que passa a ser calculada


no percentual de quinze por cento do vencimento básico do padrão I da etapa em
que o servidor esteja posicionado;

IV – Gratificação de Atividade de Ensino Especial – GAEE, que passa a ser


calculada no percentual de quinze por cento do vencimento básico do padrão I da
etapa em que o servidor esteja posicionado;

V – Gratificação de Atividade em Zona Rural – GAZR, passa a ser calculada no


percentual de quinze por cento do vencimento básico do padrão I da etapa em que
o servidor esteja posicionado;

VI – Gratificação de Atividade de Suporte Educacional – GASE, calculada no


percentual de trinta por cento do vencimento básico do padrão e da etapa em que
o servidor esteja posicionado; (grifo nosso)

Da leitura dos dispositivos legais transcritos, extrai-se que as gratificações pagas aos
professores temporários devem ter o montante fixado com base no valor do próprio
vencimento básico, e não sobre os índices de reajustes do vencimento, como vem sendo
feito pelo Distrito Federal.

Dessa forma, tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a
lei já existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato
jurídico perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle
dos gastos públicos, à Súmula Vinculante 37[1], ao artigo 57, §2º, da Lei Complementar
Distrital nº 840/2011[2], ao inciso XIV do artigo 37 da Constituição Federal[3].

Isso porque o Poder Judiciário não está legislando, está apenas determinando a aplicação da
lei editada pelo próprio réu, de forma que, havendo lei específica aplicável ao caso dos
autos, não há que se falar em aplicação de regime de trabalho por interpretação, analogia,
extensão ou semelhança de atribuições e, tampouco, se trata de equiparação ou vinculação
de espécies remuneratórias ou de incidência em cascata de acréscimos pecuniários.

Pela mesma razão, qual seja, existência de lei clara determinando a forma de cálculo das
gratificações dos professores temporários, os efeitos da decisão judicial não devem ser
modulados, pois não se trata de hipótese de alteração de jurisprudência dominante do
Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de
casos repetitivos, previsto no artigo 927, §3º, do CPC, e nem de decisão judicial que

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estabeleceu interpretação nova em conteúdo indeterminado ou mudança de orientação, nos
termos dos artigos 23 e 24 da LINDB.

Portanto, nego provimento ao apelo do réu, neste ponto.

DO ÔNUS DA PROVA – FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Quanto à distribuição do ônus da prova, verifica-se que as fichas financeiras se prestam para
apuração do quantum a ser aferido em liquidação de sentença, não influenciando o
julgamento desta apelação.

Assim, a pertinência da prova e a inversão de seu ônus é matéria a ser dirimida em eventual
cumprimento de sentença.

DO APELO DO AUTOR - SINPRO-DF

O autor, SINPRO-DF, alega que: 1) os honorários advocatícios foram fixados em 10% (dez
por cento) sobre o valor da causa, e não sobre o proveito econômico obtido na presente
demanda; 2) os valores exatos serão apurados na fase de liquidação da sentença, quando
poderá ser auferida a quantidade de professores beneficiados com a decisão e o termo final
(marco temporal) para o cálculo dos valores das diferenças que não foram pagas aos
professores, sendo este resultado o real proveito econômico da demanda; 3) se
considerarmos a quantidade de professores que serão beneficiados com a presente decisão, o
valor atribuído à causa torna-se irrisório em relação ao valor do proveito econômico obtido;
4) o STJ entende que em causas complexas, como a dos autos, a fixação do percentual dos
honorários advocatícios sobre o proveito econômico pode ser apurado na fase de liquidação
do julgado; 5) a sentença deve ser reformada para afastar o valor da causa como base de
cálculo para os honorários advocatícios e estabelecer como parâmetro o proveito econômico
obtido.

Com razão parcial.

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O autor requereu a fixação dos honorários com base no proveito econômico da demanda.

Contudo, em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a Fazenda Pública, os


honorários advocatícios devem ser fixados por ocasião da decisão proferida em sede de
liquidação de sentença, e majorados conforme entendimento firmado no bojo do acórdão
pelo Colegiado, consoante interpretação do § 2º, incisos I a IV, § 3º, § 4º, inciso II e § 11,
todos do art. 85 do Código de Processo Civil, in verbis:

Art. 85
[...]
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por
cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado zado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários
observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes
percentuais:
I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000
(dois mil) salários-mínimos;
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou
do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até
20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até
100.000 (cem mil) salários-mínimos;
V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.
4º Em qualquer das hipóteses do § 3º :
[...]
II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos
nos incisos I a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado;
[...]
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente
levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando,
conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a 6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo
geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os
respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de conhecimento.

Assim, como a condenação do caso em tela é ilíquida, a definição do percentual deve ser
apurada por ocasião da decisão de liquidação, a teor do disposto no § 4º, inciso II, e

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majorada em 1% (um por cento), nos termos do § 11, do já citado artigo 85, do CPC.

Portanto, dou parcial provimento ao apelo do autor para determinar que o valor dos
honorários advocatícios seja fixado quando liquidado o julgado.

Pelo exposto, conheço do recurso e da remessa obrigatória para NEGAR PROVIMENTO


ao apelo do réu, Distrito Federal, e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao apelo do autor,
SINPRO-DF, para reformar a sentença apenas quanto aos honorários advocatícios de
sucumbência, que deverão ser majorados em 1% (um por cento) sobre o percentual que será
estabelecido por ocasião da decisão proferida em sede de liquidação de sentença.

É como voto.

[1] Súmula Vinculante 37 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia.

[2] Art. 57. Salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica sujeito ao regime de trabalho de trinta horas semanais.
[...]
§ 2º É vedado aplicar ao regime de trabalho interpretação por analogia, extensão ou semelhança de atribuições.

[3] CF Art. 37

[...]

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

A Senhora Desembargadora GISLENE PINHEIRO - 1º Vogal


Com o relator
O Senhor Desembargador FÁBIO EDUARDO MARQUES - 2º Vogal
Com o relator

DECISÃO

CONHECIDOS. RECURSO DO RÉU IMPROVIDO. RECURSO DO AUTOR PARCIALMENTE


PROVIDO. UNÂNIME.

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APELAÇÕES CÍVEIS. REMESSA OBRIGATÓRIA. ADMINISTRATIVO. AÇÃO
COLETIVA. PROFESSOR TEMPORÁRIO. CALCULO DAS GRATIFICAÇÕES. LEI
DISTRITAL Nº 5.105/13. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. APLICAÇÃO DA
LEI. OFENSA À SEPARAÇÃO DOS PODERES NÃO CONFIGURADA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. SENTENÇA
REFORMADA.

1. Trata-se ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Professores do Distrito Federal
contra o Distrito Federal para compelir este a utilizar o vencimento básico padrão para
cálculo das gratificações dos professores temporários, com base na Lei nº 5.105/13.

2. As gratificações pagas aos professores temporários devem ter o montante fixado


com base no valor do próprio vencimento básico, e não sobre os índices de reajustes
do vencimento.

3. Tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a lei
já existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato
jurídico perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e
controle dos gastos públicos.

4. A existência de lei clara determinando a forma de cálculo das gratificações dos


professores temporários afastas as hipóteses de modulação dos efeitos da decisão
judicial, pois não se trata de alteração de jurisprudência e nem nova interpretação.

5. Em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a Fazenda Pública, os


honorários advocatícios devem ser fixados por ocasião da decisão proferida em sede
de liquidação de sentença

6. Remessa obrigatória e apelações conhecidas. Apelo do réu não provido. Apelo do


autor parcialmente provido.

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Presentes os pressupostos de admissibilidade, a remessa obrigatória e os recursos das partes
devem ser conhecidos.

Trata-se de ação coletiva ajuizada pelo SINPRO – SINDICATO DOS PROFESSORES DO


DISTRITO FEDERAL contra o DISTRITO FEDERAL.

Conforme relatório da sentença, a parte autora narra que “o réu tem realizado o cálculo da
remuneração dos professores de contrato temporário de forma equivocada. Aduz que a lei de
regência prevê que a remuneração do professor em contrato temporário corresponde ao
vencimento do padrão inicial da carreira do Magistério Público, no entanto, tem sido
utilizado valor defasado, de março de 2013, sem o devido reajuste, ocorrido em março de
2015. Alega que há ausência do devido reajuste também em relação à gratificação recebida
por esses profissionais. Tece considerações acerca do direito aplicado, e pleiteia pela a)
condenação do réu a utilizar o vencimento básico padrão, atualizado de acordo com a Lei nº.
5.105/13, anexo VI, no valor de R$3.858,57, como base para o cálculo das Gratificações; b)
condenação do réu a aplicar os reajustes instituídos por lei e c) condenação do réu ao
pagamento das diferenças dos valores devidos, desde julho de 2014.”.

A ação foi julgada procedente, nos seguintes termos (ID. 16274995):

Tecidas estas considerações, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados por


SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL em desfavor de
DISTRITO FEDERAL, partes qualificadas nos autos, para:

a) CONDENAR o réu a utilizar o vencimento básico padrão, atualizado de acordo


com a Lei nº. 5.105/13, como base para o cálculo das Gratificações devidas aos
professores contratados temporariamente pela Secretaria de Estado de Educação do
Distrito Federal, de acordo com as atividades por eles desempenhadas;

b) CONDENAR o réu ao pagamento das diferenças entre os valores pagos e os


valores efetivamente devidos, a título de Gratificação, aos professores temporários,
desde julho de 2014, adotando-se o vencimento básico padrão, atualizado de acordo
com a Lei nº. 5.105/13, como base para o cálculo das Gratificações.

Por conseguinte, resolvo o mérito do processo nos termos do art. 487, inciso I, do
Código de Processo Civil.

Arcará o Distrito Federal com o pagamento das custas eventualmente antecipadas


pela parte autora, ficando isento das demais – isenção assegurada ao Distrito
Federal e às pessoas jurídicas de direito público de sua administração indireta,
conforme art. 1º do Decreto-Lei nº. 500/1969.

Em face da sucumbência, condeno o réu ao pagamento dos honorários advocatícios

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fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, conforme artigo 85, § 2º do
Código de Processo Civil.

Sentença sujeita ao duplo grau obrigatório, conforme art. 496 do Código de


Processo Civil.

O réu, Distrito Federal, opôs embargos de declaração (ID. 16274997), que restaram
rejeitados (ID. 16275006).

Inconformado, o autor, SINPRO/DF, interpôs apelação (ID. 16275359), alegando que: 1) os


honorários advocatícios foram fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, e não
sobre o proveito econômico obtido na presente demanda; 2) os valores exatos serão apurados
na fase de liquidação da sentença, quando poderá ser auferida a quantidade de professores
beneficiados com a decisão e o termo final (marco temporal) para o cálculo dos valores das
diferenças que não foram pagas aos professores, sendo este resultado o real proveito
econômico da demanda; 3) se considerarmos a quantidade de professores que serão
beneficiados com a presente decisão, o valor atribuído à causa torna-se irrisório em relação
ao valor do proveito econômico obtido; 4) o STJ entende que em causas complexas, como a
dos autos, a fixação do percentual dos honorários advocatícios sobre o proveito econômico
pode ser apurado na fase de liquidação do julgado; 5) a sentença deve ser reformada para
afastar o valor da causa como base de cálculo para os honorários advocatícios e estabelecer
como parâmetro o proveito econômico obtido.

O Distrito Federal também interpôs apelação (ID. 16275363), alegando que: 1) deve ser
reconhecida a prescrição quinquenal, nos termos do artigo 1º do Decreto nº 20.910/32; 2) a
metodologia de cálculo das gratificações devidas a professores substitutos é minudenciada
pelo Gerente de Gestão dos Servidores Temporários-Substituto, da Secretaria de Educação,
no Despacho SEI-GDF SEE/SUGEP/DISET/GSET, de 02/09/2019; 3) a pretensão autoral
esbarra nos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle dos gastos
públicos; 4) a pretensão de equiparação remuneratória por isonomia ofende diretamente o
enunciado da Súmula Vinculante n. 37; 5) o artigo 57, §2º, da Lei Complementar 840/2011,
é expresso ao afirmar que “é vedado aplicar ao regime de trabalho interpretação por
analogia, extensão ou semelhança de atribuições”; 6) não se aplicam à contraprestação
contratual (remuneração ao professor substituto) as leis supervenientes que alterem a
remuneração de professor estatutário; 7) a alteração contratual por lei superveniente afronta
o ato jurídico perfeito; 8) a pretensão autoral esbarra na vedação à incidência em cascata de
acréscimos pecuniários, plasmada no art. 37, XIV, da CF; 9) em tempos de direito à

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informação (Lei 12527/2011), não há motivo algum para se inverter o ônus da prova e
determinar ao requerido que junte aos autos prova facilmente disponível ao autor; 10) atos
administrativos são dotados da presunção de legitimidade, de tal modo que deve a parte
infirmá-los por prova constituída; 11) é desproporcional e desarrazoado submeter a
Administração Pública à pesquisa e levantamento de dados e informações que o sindicato
pode obter prontamente junto aos seus substituídos mediante convocação coletiva e pública
ou individualizada; 12) acaso se entenda por deferir o pedido inicial, roga-se seja concedido
efeitos prospectivos à decisão para que fique ressalvada a impossibilidade de cobrança de
valores anteriores à ordem que vier a ser concedida; 13) deve haver a modulação temporal
dos efeitos de nova intepretação judicial, para que seja aplicada apenas a partir da data do
trânsito em julgado ou na data da prolação de decisão favorável ao autor, nos termos dos
artigos 23 e 24 da LINDB e 927, §3º, do CPC; 14) os pedidos iniciais devem ser julgados
improcedentes.

A controvérsia dos autos cinge-se em verificar se há equívoco na forma de cálculo das


gratificações dos professores temporários da rede de ensino do DF, a ocorrência de
prescrição e a forma de fixação dos honorários advocatícios.

DO APELO DO RÉU - DISTRITO FEDERAL

DO NÃO RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO

O Distrito Federal alega que deve ser reconhecida a prescrição quinquenal, nos termos do
artigo 1º do Decreto nº 20.910/32.

Sem razão.

Conforme explicado na r. sentença, o sindicato autor propôs a ação em julho de 2019 e já


delimitou a condenação do réu ao pagamento de eventual saldo devido a partir de julho de
2014, em clara observância ao prazo prescricional.

Portanto, rejeito a prejudicial de mérito.

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DO EQUÍVOCO NO CALCULO DA GRATIFICAÇÃO E DO TERMO INICIAL DA
INCIDÊNCIA DO REAJUSTE

O Distrito Federal alega que: 1) a metodologia de cálculo das gratificações devidas a


professores substitutos é minudenciada pelo Gerente de Gestão dos Servidores Temporários-
Substituto, da Secretaria de Educação, no Despacho SEI-GDF SEE/SUGEP/DISET/GSET,
de 02/09/2019; 2) a pretensão autoral esbarra nos princípios da isonomia, legalidade,
separação dos poderes e controle dos gastos públicos; 3) a pretensão de equiparação
remuneratória por isonomia ofende diretamente o enunciado da Súmula Vinculante n. 37; 4)
o artigo 57, §2º, da Lei Complementar 840/2011, é expresso ao afirmar que “é vedado
aplicar ao regime de trabalho interpretação por analogia, extensão ou semelhança de
atribuições”; 5) não se aplicam à contraprestação contratual (remuneração ao professor
substituto) as leis supervenientes que alterem a remuneração de professor estatutário; 6) a
alteração contratual por lei superveniente afronta o ato jurídico perfeito; 7) a pretensão
autoral esbarra na vedação à incidência em cascata de acréscimos pecuniários, plasmada no
art. 37, XIV, da CF; 8) acaso se entenda por deferir o pedido inicial, roga-se seja concedido
efeitos prospectivos à decisão para que fique ressalvada a impossibilidade de cobrança de
valores anteriores à ordem que vier a ser concedida; 9) deve haver a modulação temporal dos
efeitos de nova intepretação judicial, para que seja aplicada apenas a partir da data do
trânsito em julgado ou na data da prolação de decisão favorável ao autor, nos termos dos
artigos 23 e 24 da LINDB e 927, §3º, do CPC.

Sem razão.

O autor alega, na inicial, que o valor da gratificação que compõe os vencimentos dos
professores temporários está sendo pago a menor, visto que, de acordo com a Lei nº
5.105/2013, a gratificação deve ser calculada em percentual sobre o vencimento básico
padrão, e o Distrito Federal, ao invés de realizar o cálculo do percentual das gratificações
sobre o valor do vencimento reajustado, tem aplicado os índices de reajuste diretamente
sobre o valor da gratificação à época de março de 2013.

O despacho técnico emitido pela Assessoria Jurídico-Legislativa da Secretaria de Educação


do Distrito e colecionado aos autos esclarece que, de fato, em relação à metodologia do
cálculo das gratificações, a qual refere-se a 15% do vencimento inicial, foi utilizado como
referência o valor de vencimento inicial de março de 2013 e sobre este montante incidiu os
percentuais de reajuste (ID. 16274579 – Pág. 7), in verbis:

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Em relação à metodologia do cálculo das gratificações, a qual refere-se a 15% do
vencimento inicial, foi utilizado como referência o valor de vencimento inicial de
março de 2013. Ou seja, 15% do vencimento, dividido pela média de dias úteis
compreendidos no calendário escolar (22,934), o resultado foi dividido por 8 que
refere-se ao máximo de horas trabalhadas por dia, resultando assim no valor da
gratificação por hora, conforme abaixo:

R$ 2.714,48 (15%) = R$ 407,17 / 22,934 = R$ 17,75 / 8 = R$ 2,22

Esclarecemos que, para se chegar ao cálculo atual, foi acrescida as porcentagens


dos aumentos ocorridos de março de 2013 a março de 2015. Sendo assim, de março
de 2013 para setembro de 2013 houve aumento de 3,81%, para março de 2014
houve aumento de 3,21%, para setembro de 2014, aumento de 3,25% e para março
de 2015 ocorreu um aumento salarial de 4,41%, desta forma, o valor das
gratificações progrediu da seguinte forma:

R$ 2,22 x 3,81% = 0,08 + 2,22 = R$ 2,30

R$ 2,30 x 3,21% = 0,08 + 2,30 = R$ 2,38

R$ 2,38 x 3,25% = 0,08 + 2,38 = R$ 2,46

R$ 2,46 x 4,41% = 0,10 + 2,46 = R$ 2,56

A Lei Distrital n. 4.266/2008, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do art. 37, IX,
da Constituição Federal, determina que o cálculo da remuneração dos professores
temporários contratados será com base nos padrões iniciais da Carreira do Magistério
Público, acrescido das gratificações cabíveis em cada caso, como se verifica a seguir:

Art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse público:

[...]

IV – admissão de professor substituto para a rede pública de ensino;

Art. 7º A remuneração do pessoal contratado nos termos desta Lei será fixada:

[...]

§ 3º O professor de que trata o art. 2º, IV, terá a remuneração correspondente aos
vencimentos do padrão inicial da Carreira Magistério Público do Distrito Federal,

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adicionadas as Gratificações de Atividade Pedagógica, de Alfabetização, de Ensino
Especial, em Zona Rural, de Docência em Estabelecimento de Ensino Diferenciado
e de Restrição de Liberdade, obedecidos os critérios constantes da Lei nº 5.105, de 3
de maio de 2013, e os benefícios de que tratam os arts. de 107 a 112 da Lei
Complementar nº 840, de 23 de dezembro de 2011. (Parágrafo alterado(a) pelo(a)
Lei 5626 de 14/03/2016)

Por sua vez, a Lei Distrital nº 5.105/2013, que reestrutura a carreira do Magistério Público
do DF Lei, determina que a gratificação deve ser calculada sobre o vencimento básico, in
verbis:

Art. 17. Os vencimentos dos cargos de professor de educação básica e de pedagogo-


orientador educacional da carreira magistério Público do Distrito Federal são
compostos das seguintes parcelas:

I – Vencimento Básico, na forma dos Anexos II, III, IV, V, VI e VII, observados os
regimes de trabalho, a habilitação do servidor e as datas de vigência neles
especificadas;

II – Gratificação de Regência de Classe – GARC, que é modificada e passa a


chamar-se Gratificação de Atividade Pedagógica – GAPED, calculada no
percentual de trinta por cento do vencimento básico do padrão e da etapa em que o
servidor esteja posicionado, observadas as condições de que trata o art. 18;

III – Gratificação de Atividade de Alfabetização – GAA, que passa a ser calculada


no percentual de quinze por cento do vencimento básico do padrão I da etapa em
que o servidor esteja posicionado;

IV – Gratificação de Atividade de Ensino Especial – GAEE, que passa a ser


calculada no percentual de quinze por cento do vencimento básico do padrão I da
etapa em que o servidor esteja posicionado;

V – Gratificação de Atividade em Zona Rural – GAZR, passa a ser calculada no


percentual de quinze por cento do vencimento básico do padrão I da etapa em que
o servidor esteja posicionado;

VI – Gratificação de Atividade de Suporte Educacional – GASE, calculada no


percentual de trinta por cento do vencimento básico do padrão e da etapa em que o
servidor esteja posicionado; (grifo nosso)

Da leitura dos dispositivos legais transcritos, extrai-se que as gratificações pagas aos
professores temporários devem ter o montante fixado com base no valor do próprio
vencimento básico, e não sobre os índices de reajustes do vencimento, como vem sendo feito
pelo Distrito Federal.

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Dessa forma, tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a
lei já existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato jurídico
perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle dos
gastos públicos, à Súmula Vinculante 37[1], ao artigo 57, §2º, da Lei Complementar Distrital
nº 840/2011[2], ao inciso XIV do artigo 37 da Constituição Federal[3].

Isso porque o Poder Judiciário não está legislando, está apenas determinando a aplicação da
lei editada pelo próprio réu, de forma que, havendo lei específica aplicável ao caso dos autos,
não há que se falar em aplicação de regime de trabalho por interpretação, analogia, extensão
ou semelhança de atribuições e, tampouco, se trata de equiparação ou vinculação de espécies
remuneratórias ou de incidência em cascata de acréscimos pecuniários.

Pela mesma razão, qual seja, existência de lei clara determinando a forma de cálculo das
gratificações dos professores temporários, os efeitos da decisão judicial não devem ser
modulados, pois não se trata de hipótese de alteração de jurisprudência dominante do
Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de
casos repetitivos, previsto no artigo 927, §3º, do CPC, e nem de decisão judicial que
estabeleceu interpretação nova em conteúdo indeterminado ou mudança de orientação, nos
termos dos artigos 23 e 24 da LINDB.

Portanto, nego provimento ao apelo do réu, neste ponto.

DO ÔNUS DA PROVA – FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Quanto à distribuição do ônus da prova, verifica-se que as fichas financeiras se prestam para
apuração do quantum a ser aferido em liquidação de sentença, não influenciando o
julgamento desta apelação.

Assim, a pertinência da prova e a inversão de seu ônus é matéria a ser dirimida em eventual
cumprimento de sentença.

DO APELO DO AUTOR - SINPRO-DF

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O autor, SINPRO-DF, alega que: 1) os honorários advocatícios foram fixados em 10% (dez
por cento) sobre o valor da causa, e não sobre o proveito econômico obtido na presente
demanda; 2) os valores exatos serão apurados na fase de liquidação da sentença, quando
poderá ser auferida a quantidade de professores beneficiados com a decisão e o termo final
(marco temporal) para o cálculo dos valores das diferenças que não foram pagas aos
professores, sendo este resultado o real proveito econômico da demanda; 3) se
considerarmos a quantidade de professores que serão beneficiados com a presente decisão, o
valor atribuído à causa torna-se irrisório em relação ao valor do proveito econômico obtido;
4) o STJ entende que em causas complexas, como a dos autos, a fixação do percentual dos
honorários advocatícios sobre o proveito econômico pode ser apurado na fase de liquidação
do julgado; 5) a sentença deve ser reformada para afastar o valor da causa como base de
cálculo para os honorários advocatícios e estabelecer como parâmetro o proveito econômico
obtido.

Com razão parcial.

O autor requereu a fixação dos honorários com base no proveito econômico da demanda.

Contudo, em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a Fazenda Pública, os


honorários advocatícios devem ser fixados por ocasião da decisão proferida em sede de
liquidação de sentença, e majorados conforme entendimento firmado no bojo do acórdão
pelo Colegiado, consoante interpretação do § 2º, incisos I a IV, § 3º, § 4º, inciso II e § 11,
todos do art. 85 do Código de Processo Civil, in verbis:

Art. 85
[...]
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por
cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado zado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários
observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes
percentuais:
I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000
(dois mil) salários-mínimos;
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000
(vinte mil) salários-mínimos;

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IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até
100.000 (cem mil) salários-mínimos;
V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do
proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.
4º Em qualquer das hipóteses do § 3º :
[...]
II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos
nos incisos I a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado;
[...]
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente
levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando,
conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a 6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo
geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os
respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de conhecimento.

Assim, como a condenação do caso em tela é ilíquida, a definição do percentual deve ser
apurada por ocasião da decisão de liquidação, a teor do disposto no § 4º, inciso II, e
majorada em 1% (um por cento), nos termos do § 11, do já citado artigo 85, do CPC.

Portanto, dou parcial provimento ao apelo do autor para determinar que o valor dos
honorários advocatícios seja fixado quando liquidado o julgado.

Pelo exposto, conheço do recurso e da remessa obrigatória para NEGAR PROVIMENTO ao


apelo do réu, Distrito Federal, e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao apelo do autor,
SINPRO-DF, para reformar a sentença apenas quanto aos honorários advocatícios de
sucumbência, que deverão ser majorados em 1% (um por cento) sobre o percentual que será
estabelecido por ocasião da decisão proferida em sede de liquidação de sentença.

É como voto.

[1] Súmula Vinculante 37 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia.

[2] Art. 57. Salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica sujeito ao regime de trabalho de trinta horas semanais.
[...]
§ 2º É vedado aplicar ao regime de trabalho interpretação por analogia, extensão ou semelhança de atribuições.

[3] CF Art. 37

[...]

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

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Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226431 - Pág. 24
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Num. 125661954 - Pág. 10

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Número do documento: 22112210240746400000132224572
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Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226431 - Pág. 25
Trata-se de ação coletiva ajuizada pelo SINPRO – SINDICATO DOS PROFESSORES DO
DISTRITO FEDERAL contra o DISTRITO FEDERAL.

Conforme relatório da sentença, a parte autora narra que “o réu tem realizado o cálculo da
remuneração dos professores de contrato temporário de forma equivocada. Aduz que a lei de
regência prevê que a remuneração do professor em contrato temporário corresponde ao
vencimento do padrão inicial da carreira do Magistério Público, no entanto, tem sido
utilizado valor defasado, de março de 2013, sem o devido reajuste, ocorrido em março de
2015. Alega que há ausência do devido reajuste também em relação à gratificação recebida
por esses profissionais. Tece considerações acerca do direito aplicado, e pleiteia pela a)
condenação do réu a utilizar o vencimento básico padrão, atualizado de acordo com a Lei nº.
5.105/13, anexo VI, no valor de R$3.858,57, como base para o cálculo das Gratificações; b)
condenação do réu a aplicar os reajustes instituídos por lei e c) condenação do réu ao
pagamento das diferenças dos valores devidos, desde julho de 2014.”.

A ação foi julgada procedente, nos seguintes termos (ID. 16274995):

Tecidas estas considerações, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados por


SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL em desfavor de
DISTRITO FEDERAL, partes qualificadas nos autos, para:

a) CONDENAR o réu a utilizar o vencimento básico padrão, atualizado de acordo


com a Lei nº. 5.105/13, como base para o cálculo das Gratificações devidas aos
professores contratados temporariamente pela Secretaria de Estado de Educação do
Distrito Federal, de acordo com as atividades por eles desempenhadas;

b) CONDENAR o réu ao pagamento das diferenças entre os valores pagos e os


valores efetivamente devidos, a título de Gratificação, aos professores temporários,
desde julho de 2014, adotando-se o vencimento básico padrão, atualizado de acordo
com a Lei nº. 5.105/13, como base para o cálculo das Gratificações.

Por conseguinte, resolvo o mérito do processo nos termos do art. 487, inciso I, do
Código de Processo Civil.

Arcará o Distrito Federal com o pagamento das custas eventualmente antecipadas


pela parte autora, ficando isento das demais – isenção assegurada ao Distrito
Federal e às pessoas jurídicas de direito público de sua administração indireta,
conforme art. 1º do Decreto-Lei nº. 500/1969.

Em face da sucumbência, condeno o réu ao pagamento dos honorários advocatícios


fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, conforme artigo 85, § 2º do
Código de Processo Civil.

Sentença sujeita ao duplo grau obrigatório, conforme art. 496 do Código de


Processo Civil.

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Número do documento: 20081921345800000000116425184
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Assinado eletronicamente por: LEILA CRISTINA GARBIN ARLANCH - 19/08/2020 21:34:58
Num. 125661955 - Pág. 1

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Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226431 - Pág. 26
O réu, Distrito Federal, opôs embargos de declaração (ID. 16274997), que restaram
rejeitados (ID. 16275006).

Inconformado, o autor SINPRO/DF interpôs apelação (ID. 16275359), alegando que: 1) os


honorários advocatícios foram fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, e não
sobre o proveito econômico obtido na presente demanda; 2) os valores exatos serão apurados
na fase de liquidação da sentença, quando poderá ser auferida a quantidade de professores
beneficiados com a decisão e o termo final (marco temporal) para o cálculo dos valores das
diferenças que não foram pagas aos professores, sendo este resultado o real proveito
econômico da demanda; 3) se considerarmos a quantidade de professores que serão
beneficiados com a presente decisão, o valor atribuído à causa torna-se irrisório em relação
ao valor do proveito econômico obtido; 4) o STJ entende que em causas complexas, como a
dos autos, a fixação do percentual dos honorários advocatícios sobre o proveito econômico
pode ser apurado na fase de liquidação do julgado; 5) a sentença deve ser reformada para
afastar o valor da causa como base de cálculo para os honorários advocatícios e estabelecer
como parâmetro o proveito econômico obtido.

Preparo devidamente recolhido (ID. 16275360).

O Distrito Federal também interpôs apelação (ID. 16275363), alegando que: 1) deve ser
reconhecida a prescrição quinquenal, nos termos do artigo 1º do Decreto nº 20.910/32; 2) a
metodologia de cálculo das gratificações devidas a professores substitutos é minudenciada
pelo Gerente de Gestão dos Servidores Temporários-Substituto, da Secretaria de Educação,
no Despacho SEI-GDF SEE/SUGEP/DISET/GSET, de 02/09/2019; 3) a pretensão autoral
esbarra nos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle dos gastos
públicos; 4) a pretensão de equiparação remuneratória por isonomia ofende diretamente o
enunciado da Súmula Vinculante n. 37; 5) o artigo 57, §2º, da Lei Complementar 840/2011,
é expresso ao afirmar que “é vedado aplicar ao regime de trabalho interpretação por
analogia, extensão ou semelhança de atribuições”; 6) não se aplicam à contraprestação
contratual (remuneração ao professor substituto) as leis supervenientes que alterem a
remuneração de professor estatutário; 7) a alteração contratual por lei superveniente afronta
o ato jurídico perfeito; 8) a pretensão autoral esbarra na vedação à incidência em cascata de
acréscimos pecuniários, plasmada no art. 37, XIV, da CF; 9) em tempos de direito à
informação (Lei 12527/2011), não há motivo algum para se inverter o ônus da prova e
determinar ao requerido que junte aos autos prova facilmente disponível ao autor; 10) atos

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Número do documento: 20081921345800000000116425184
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Num. 125661955 - Pág. 2

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Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226431 - Pág. 27
administrativos são dotados da presunção de legitimidade, de tal modo que deve a parte
infirmá-los por prova constituída; 11) é desproporcional e desarrazoado submeter a
Administração Pública à pesquisa e levantamento de dados e informações que o sindicato
pode obter prontamente junto aos seus substituídos mediante convocação coletiva e pública
ou individualizada; 12) acaso se entenda por deferir o pedido inicial, roga-se seja concedido
efeitos prospectivos à decisão para que fique ressalvada a impossibilidade de cobrança de
valores anteriores à ordem que vier a ser concedida; 13) deve haver a modulação temporal
dos efeitos de nova intepretação judicial, para que seja aplicada apenas a partir da data do
trânsito em julgado ou na data da prolação de decisão favorável ao autor, nos termos dos
artigos 23 e 24 da LINDB e 927, §3º, do CPC; 14) os pedidos iniciais devem ser julgados
improcedentes.

Sem preparo ante a isenção legal.

Contrarrazões do Distrito Federal pelo não provimento do apelo do autor (ID. 16275366).

Contrarrazões do SINPRO/DF pelo não provimento do apelo do réu 9ID. 16275368).

É o relatório.

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Num. 125661955 - Pág. 3

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Número do documento: 22112210240746400000132224572
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240746400000132224572
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226431 - Pág. 28
APELAÇÕES CÍVEIS. REMESSA OBRIGATÓRIA. ADMINISTRATIVO. AÇÃO
COLETIVA. PROFESSOR TEMPORÁRIO. CALCULO DAS GRATIFICAÇÕES. LEI
DISTRITAL Nº 5.105/13. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. APLICAÇÃO DA
LEI. OFENSA À SEPARAÇÃO DOS PODERES NÃO CONFIGURADA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. SENTENÇA
REFORMADA.

1. Trata-se ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Professores do Distrito Federal
contra o Distrito Federal para compelir este a utilizar o vencimento básico padrão para
cálculo das gratificações dos professores temporários, com base na Lei nº 5.105/13.

2. As gratificações pagas aos professores temporários devem ter o montante fixado


com base no valor do próprio vencimento básico, e não sobre os índices de reajustes
do vencimento.

3. Tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a lei
já existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato
jurídico perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e
controle dos gastos públicos.

4. A existência de lei clara determinando a forma de cálculo das gratificações dos


professores temporários afastas as hipóteses de modulação dos efeitos da decisão
judicial, pois não se trata de alteração de jurisprudência e nem nova interpretação.

5. Em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a Fazenda Pública, os


honorários advocatícios devem ser fixados por ocasião da decisão proferida em sede
de liquidação de sentença

6. Remessa obrigatória e apelações conhecidas. Apelo do réu não provido. Apelo do


autor parcialmente provido.

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Número do documento: 20082016154000000000116425185
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Assinado eletronicamente por: LEILA CRISTINA GARBIN ARLANCH - 19/08/2020 21:34:57
Num. 125661956 - Pág. 1

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Número do documento: 22112210240746400000132224572
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240746400000132224572
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226431 - Pág. 29
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Órgão 7ª Turma Cível

Proces EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CÍVEL 0707454-03.2019.8.07.0018


so N.
EMBAR DISTRITO FEDERAL
GANTE
(S)
EMBAR SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL
GADO(
S)
Relator Desembargadora LEILA ARLANCH
a

Acórdã 1286069
o Nº

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.


REEXAME DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO.
REJEIÇÃO.

1. Os embargos de declaração têm por finalidade a eliminação de obscuridade, contradição e


omissão existentes no julgado, e, ainda, pela novel legislação, a correção do erro material.

2. Ausentes os vícios suscitados, a via dos embargos de declaração não se mostra adequada
para recepcionar o inconformismo contra o desfecho empregado pelo Colegiado, que se
pronunciou categoricamente sobre os pontos relevantes do apelo.

3. Ainda que se tenha a finalidade de prequestionamento, deve o embargante apontar


omissão, obscuridade ou contradição, sob pena de desvirtuar a finalidade do recurso,
causando a sua rejeição.

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Número do documento: 20093018532100000000116427098
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Assinado eletronicamente por: LEILA CRISTINA GARBIN ARLANCH - 30/09/2020 18:53:21
Num. 125661969 - Pág. 1

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Número do documento: 22112210240762700000132224573
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240762700000132224573
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226432 - Pág. 1
4. Embargos de declaração rejeitados.

ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Desembargadores do(a) 7ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios, LEILA ARLANCH - Relatora, GISLENE PINHEIRO - 1º Vogal e FÁBIO EDUARDO
MARQUES - 2º Vogal, sob a Presidência da Senhora Desembargadora GISLENE PINHEIRO, em proferir a
seguinte decisão: CONHECIDO. IMPROVIDO. UNANIME., de acordo com a ata do julgamento e notas
taquigráficas.

Brasília (DF), 23 de Setembro de 2020

Desembargadora LEILA ARLANCH


Relatora

RELATÓRIO

Cuida-se de embargos de declaração opostos por DISTRITO FEDERAL em face de acórdão


proferido por esta egrégia Turma Cível, que foi ementado nos seguintes termos (ID.
16515828):

PROFESSOR TEMPORÁRIO. CALCULO DAS GRATIFICAÇÕES. LEI DISTRITAL


Nº 5.105/13. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. APLICAÇÃO DA LEI.
OFENSA À SEPARAÇÃO DOS PODERES NÃO CONFIGURADA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. SENTENÇA
REFORMADA.

1. Trata-se ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Professores do Distrito


Federal contra o Distrito Federal para compelir este a utilizar o vencimento básico
padrão para cálculo das gratificações dos professores temporários, com base na Lei
nº 5.105/13.

2. As gratificações pagas aos professores temporários devem ter o montante fixado


com base no valor do próprio vencimento básico, e não sobre os índices de reajustes
do vencimento.

Este documento foi gerado pelo usuário 017.***.***-03 em 21/09/2022 11:21:48


Número do documento: 20093018532100000000116427098
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20093018532100000000116427098
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Num. 125661969 - Pág. 2

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Número do documento: 22112210240762700000132224573
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240762700000132224573
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226432 - Pág. 2
3. Tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a
lei já existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao
ato jurídico perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos
poderes e controle dos gastos públicos.

4. A existência de lei clara determinando a forma de cálculo das gratificações dos


professores temporários afastas as hipóteses de modulação dos efeitos da decisão
judicial, pois não se trata de alteração de jurisprudência e nem nova interpretação.

5. Em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a Fazenda Pública, os


honorários advocatícios devem ser fixados por ocasião da decisão proferida em
sede de liquidação de sentença.

6. Remessa obrigatória e apelações conhecidas. Apelo do réu não provido. Apelo do


autor parcialmente provido.

Nas razões do inconformismo (ID. 19639602), o embargante sustenta que há omissão no


acórdão quanto à intangibilidade do ato jurídico perfeito, à impossibilidade de combinação
de regimes jurídicos e aos princípios da legalidade e separação dos poderes.

Ao final, pugna o provimento do recurso, a fim de afastar os vícios apontados no v. acórdão


e conferir-lhe efeitos infringentes, assim como prequestiona a matéria arguida.

Contrarrazões do embargado pela rejeição dos embargos (ID. 19985872).

É o relatório.

VOTOS

A Senhora Desembargadora LEILA ARLANCH - Relatora

Presentes os pressupostos de admissibilidade, recebo os embargos de declaração.

Tem-se que os embargos de declaração configuram incidente do julgado, de caráter recursal


mitigado, tendo eventual decisão de acolhimento, na verdade, caráter integrativo, em razão

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Número do documento: 20093018532100000000116427098
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de obscuridade, omissão ou contradição no decisum, e, ainda, por novel legislativo, a
correção do erro material.

Nesse esteio, deve o embargante apontar omissão, obscuridade ou contradição, e não


somente buscar a reapreciação do feito sob pena de desvirtuar a finalidade do recurso,
causando a sua rejeição.

Acaso o julgador não se manifeste sobre todos os argumentos trazidos pela parte recorrente,
isso per si, não basta para caracterizar a omissão, sendo suficiente que o magistrado adote
determinada tese e a fundamente de forma inequívoca.

Ou seja, não está o órgão fracionário obrigado a se manifestar sobre todas as alegações
levantadas no recurso, nem a se pronunciar sobre os dispositivos legais que o recorrente
entende aplicáveis ao caso concreto, mas apenas sobre os pontos relevantes para a
fundamentação do decisum.
[1]
De acordo com o teor do enunciado n.º 98 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça ,
configura-se legítima a oposição dos aclaratórios com a finalidade de prequestionar matéria
para fins de interposição de recursos especiais.

Contudo, ainda que se tenha a finalidade de prequestionar a matéria, deve o embargante


apontar omissão, obscuridade ou contradição, sob pena de desvirtuar a finalidade do recurso,
causando a sua rejeição.

Portanto, mesmo para fins de prequestionamento, o órgão fracionário não resta obrigado a se
manifestar sobre todas as alegações levantadas no recurso, nem a se pronunciar sobre os
dispositivos legais que o recorrente entende aplicáveis ao caso concreto, mas apenas sobre
os pontos relevantes para a fundamentação do decisum.

Nesse sentido:

O julgador não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas


partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão. O
julgador possui o dever de enfrentar apenas as questões capazes de infirmar
(enfraquecer) a conclusão adotada na decisão recorrida. Essa é a interpretação
que se extrai do art. 489, § 1º, IV, do CPC/2015. Assim, mesmo após a vigência do
CPC/2015, não cabem embargos de declaração contra a decisão que não se
pronunciou sobre determinado argumento que era incapaz de infirmar a conclusão
adotada. STJ. 1ª Seção. EDcl no MS 21.315-DF, Rel. Min. Diva Malerbi
(Desembargadora convocada do TRF da 3ª Região), julgado em 8/6/2016 (Info

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Número do documento: 20093018532100000000116427098
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Número do documento: 22112210240762700000132224573
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Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226432 - Pág. 4
585).

Ao exame do recurso interposto, não verifico qualquer omissão a ser corrigida pela via dos
embargos de declaração, pois o acórdão está claramente fundamentado no sentido de que
tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a lei já
existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato jurídico
perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle dos
gastos públicos, à Súmula Vinculante 37, ao artigo 57, §2º, da Lei Complementar Distrital nº
840/2011, ao inciso XIV do artigo 37 da Constituição Federal.

Isso porque o Poder Judiciário não está legislando, está apenas determinando a aplicação da
lei editada pelo próprio réu, de forma que, havendo lei específica aplicável ao caso dos
autos, não há que se falar em aplicação de regime de trabalho por interpretação, analogia,
extensão ou semelhança de atribuições e, tampouco, se trata de equiparação ou vinculação
de espécies remuneratórias ou de incidência em cascata de acréscimos pecuniários.

Pela mesma razão, qual seja, existência de lei clara determinando a forma de cálculo das
gratificações dos professores temporários, os efeitos da decisão judicial não devem ser
modulados, pois não se trata de hipótese de alteração de jurisprudência dominante do
Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de
casos repetitivos, previsto no artigo 927, §3º, do CPC, e nem de decisão judicial que
estabeleceu interpretação nova em conteúdo indeterminado ou mudança de orientação, nos
termos dos artigos 23 e 24 da LINDB.

Evidencia-se, desta feita, nítida intenção de conferir efeitos infringentes aos presentes
embargos de declaração, debate que nesta seara se mostra impertinente, devendo a pretensão
ser buscada por meio do recurso cabível.

Portanto, não se identificando no julgado a ocorrência de qualquer violação ao ordenamento


jurídico vigente, os embargos de declaração devem ser rejeitados.

Pelo exposto, REJEITO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO do Distrito Federal.

É como voto.

[1] Embargos de declaração manifestados com notório propósito de prequestionamento não têm caráter

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Número do documento: 20093018532100000000116427098
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Num. 125661969 - Pág. 5

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protelatório.

A Senhora Desembargadora GISLENE PINHEIRO - 1º Vogal


Com o relator
O Senhor Desembargador FÁBIO EDUARDO MARQUES - 2º Vogal
Com o relator

DECISÃO

CONHECIDO. IMPROVIDO. UNANIME.

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Número do documento: 20093018532100000000116427098
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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.
REEXAME DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO.
REJEIÇÃO.

1. Os embargos de declaração têm por finalidade a eliminação de obscuridade, contradição e


omissão existentes no julgado, e, ainda, pela novel legislação, a correção do erro material.

2. Ausentes os vícios suscitados, a via dos embargos de declaração não se mostra adequada
para recepcionar o inconformismo contra o desfecho empregado pelo Colegiado, que se
pronunciou categoricamente sobre os pontos relevantes do apelo.

3. Ainda que se tenha a finalidade de prequestionamento, deve o embargante apontar


omissão, obscuridade ou contradição, sob pena de desvirtuar a finalidade do recurso,
causando a sua rejeição.

4. Embargos de declaração rejeitados.

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Num. 125661970 - Pág. 1

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Presentes os pressupostos de admissibilidade, recebo os embargos de declaração.

Tem-se que os embargos de declaração configuram incidente do julgado, de caráter recursal


mitigado, tendo eventual decisão de acolhimento, na verdade, caráter integrativo, em razão
de obscuridade, omissão ou contradição no decisum, e, ainda, por novel legislativo, a
correção do erro material.

Nesse esteio, deve o embargante apontar omissão, obscuridade ou contradição, e não


somente buscar a reapreciação do feito sob pena de desvirtuar a finalidade do recurso,
causando a sua rejeição.

Acaso o julgador não se manifeste sobre todos os argumentos trazidos pela parte recorrente,
isso per si, não basta para caracterizar a omissão, sendo suficiente que o magistrado adote
determinada tese e a fundamente de forma inequívoca.

Ou seja, não está o órgão fracionário obrigado a se manifestar sobre todas as alegações
levantadas no recurso, nem a se pronunciar sobre os dispositivos legais que o recorrente
entende aplicáveis ao caso concreto, mas apenas sobre os pontos relevantes para a
fundamentação do decisum.
[1]
De acordo com o teor do enunciado n.º 98 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça ,
configura-se legítima a oposição dos aclaratórios com a finalidade de prequestionar matéria
para fins de interposição de recursos especiais.

Contudo, ainda que se tenha a finalidade de prequestionar a matéria, deve o embargante


apontar omissão, obscuridade ou contradição, sob pena de desvirtuar a finalidade do recurso,
causando a sua rejeição.

Portanto, mesmo para fins de prequestionamento, o órgão fracionário não resta obrigado a se
manifestar sobre todas as alegações levantadas no recurso, nem a se pronunciar sobre os
dispositivos legais que o recorrente entende aplicáveis ao caso concreto, mas apenas sobre os
pontos relevantes para a fundamentação do decisum.

Nesse sentido:

O julgador não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas


partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão. O

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Número do documento: 20093018532100000000116427100
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julgador possui o dever de enfrentar apenas as questões capazes de infirmar
(enfraquecer) a conclusão adotada na decisão recorrida. Essa é a interpretação que
se extrai do art. 489, § 1º, IV, do CPC/2015. Assim, mesmo após a vigência do
CPC/2015, não cabem embargos de declaração contra a decisão que não se
pronunciou sobre determinado argumento que era incapaz de infirmar a conclusão
adotada. STJ. 1ª Seção. EDcl no MS 21.315-DF, Rel. Min. Diva Malerbi
(Desembargadora convocada do TRF da 3ª Região), julgado em 8/6/2016 (Info
585).

Ao exame do recurso interposto, não verifico qualquer omissão a ser corrigida pela via dos
embargos de declaração, pois o acórdão está claramente fundamentado no sentido de que
tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a lei já
existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato jurídico
perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle dos
gastos públicos, à Súmula Vinculante 37, ao artigo 57, §2º, da Lei Complementar Distrital nº
840/2011, ao inciso XIV do artigo 37 da Constituição Federal.

Isso porque o Poder Judiciário não está legislando, está apenas determinando a aplicação da
lei editada pelo próprio réu, de forma que, havendo lei específica aplicável ao caso dos autos,
não há que se falar em aplicação de regime de trabalho por interpretação, analogia, extensão
ou semelhança de atribuições e, tampouco, se trata de equiparação ou vinculação de espécies
remuneratórias ou de incidência em cascata de acréscimos pecuniários.

Pela mesma razão, qual seja, existência de lei clara determinando a forma de cálculo das
gratificações dos professores temporários, os efeitos da decisão judicial não devem ser
modulados, pois não se trata de hipótese de alteração de jurisprudência dominante do
Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de
casos repetitivos, previsto no artigo 927, §3º, do CPC, e nem de decisão judicial que
estabeleceu interpretação nova em conteúdo indeterminado ou mudança de orientação, nos
termos dos artigos 23 e 24 da LINDB.

Evidencia-se, desta feita, nítida intenção de conferir efeitos infringentes aos presentes
embargos de declaração, debate que nesta seara se mostra impertinente, devendo a pretensão
ser buscada por meio do recurso cabível.

Portanto, não se identificando no julgado a ocorrência de qualquer violação ao ordenamento


jurídico vigente, os embargos de declaração devem ser rejeitados.

Pelo exposto, REJEITO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO do Distrito Federal.

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Número do documento: 20093018532100000000116427100
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Número do documento: 22112210240762700000132224573
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É como voto.

[1]Embargos de declaração manifestados com notório propósito de prequestionamento não têm caráter
protelatório.

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Número do documento: 20093018532100000000116427100
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20093018532100000000116427100
Assinado eletronicamente por: LEILA CRISTINA GARBIN ARLANCH - 30/09/2020 18:53:21
Num. 125661971 - Pág. 3

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Número do documento: 22112210240762700000132224573
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240762700000132224573
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226432 - Pág. 10
Cuida-se de embargos de declaração opostos por DISTRITO FEDERAL em face de acórdão
proferido por esta egrégia Turma Cível, que foi ementado nos seguintes termos (ID.
16515828):

PROFESSOR TEMPORÁRIO. CALCULO DAS GRATIFICAÇÕES. LEI DISTRITAL


Nº 5.105/13. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. APLICAÇÃO DA LEI.
OFENSA À SEPARAÇÃO DOS PODERES NÃO CONFIGURADA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. SENTENÇA
REFORMADA.

1. Trata-se ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Professores do Distrito


Federal contra o Distrito Federal para compelir este a utilizar o vencimento básico
padrão para cálculo das gratificações dos professores temporários, com base na Lei
nº 5.105/13.

2. As gratificações pagas aos professores temporários devem ter o montante fixado


com base no valor do próprio vencimento básico, e não sobre os índices de reajustes
do vencimento.

3. Tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a


lei já existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao
ato jurídico perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos
poderes e controle dos gastos públicos.

4. A existência de lei clara determinando a forma de cálculo das gratificações dos


professores temporários afastas as hipóteses de modulação dos efeitos da decisão
judicial, pois não se trata de alteração de jurisprudência e nem nova interpretação.

5. Em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a Fazenda Pública, os


honorários advocatícios devem ser fixados por ocasião da decisão proferida em
sede de liquidação de sentença.

6. Remessa obrigatória e apelações conhecidas. Apelo do réu não provido. Apelo do


autor parcialmente provido.

Nas razões do inconformismo (ID. 19639602), o embargante sustenta que há omissão no


acórdão quanto à intangibilidade do ato jurídico perfeito, à impossibilidade de combinação
de regimes jurídicos e aos princípios da legalidade e separação dos poderes.

Ao final, pugna o provimento do recurso, a fim de afastar os vícios apontados no v. acórdão


e conferir-lhe efeitos infringentes, assim como prequestiona a matéria arguida.

Contrarrazões do embargado pela rejeição dos embargos (ID. 19985872).

É o relatório.

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Número do documento: 20093018532100000000116427101
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Num. 125661972 - Pág. 1

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Número do documento: 22112210240762700000132224573
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240762700000132224573
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Este documento foi gerado pelo usuário 017.***.***-03 em 21/09/2022 11:21:49
Número do documento: 20093018532100000000116427101
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20093018532100000000116427101
Assinado eletronicamente por: LEILA CRISTINA GARBIN ARLANCH - 30/09/2020 18:53:21
Num. 125661972 - Pág. 2

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Número do documento: 22112210240762700000132224573
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240762700000132224573
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226432 - Pág. 12
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.
REEXAME DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO.
REJEIÇÃO.

1. Os embargos de declaração têm por finalidade a eliminação de obscuridade, contradição e


omissão existentes no julgado, e, ainda, pela novel legislação, a correção do erro material.

2. Ausentes os vícios suscitados, a via dos embargos de declaração não se mostra adequada
para recepcionar o inconformismo contra o desfecho empregado pelo Colegiado, que se
pronunciou categoricamente sobre os pontos relevantes do apelo.

3. Ainda que se tenha a finalidade de prequestionamento, deve o embargante apontar


omissão, obscuridade ou contradição, sob pena de desvirtuar a finalidade do recurso,
causando a sua rejeição.

4. Embargos de declaração rejeitados.

Este documento foi gerado pelo usuário 017.***.***-03 em 21/09/2022 11:21:49


Número do documento: 20100110513300000000116427102
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20100110513300000000116427102
Assinado eletronicamente por: LEILA CRISTINA GARBIN ARLANCH - 30/09/2020 18:53:21
Num. 125661973 - Pág. 1

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:37


Número do documento: 22112210240762700000132224573
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240762700000132224573
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226432 - Pág. 13
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Gabinete da Presidência

ÓRGÃO: PRESIDÊNCIA
CLASSE: RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO
PROCESSO: 0707454-03.2019.8.07.0018
RECORRENTE: DISTRITO FEDERAL
RECORRIDO: SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL

DECISÃO

I – Trata-se de recursos especial e extraordinário interpostos, respectivamente, com fundamento nos artigos
105, inciso III, alínea “a”, e 102, inciso III, alínea “a”, ambos da Constituição Federal, contra acórdão
proferido pela Sétima Turma Cível deste Tribunal de Justiça, cuja ementa é a seguinte:

APELAÇÕES CÍVEIS. REMESSA OBRIGATÓRIA. ADMINISTRATIVO. AÇÃO COLETIVA.


PROFESSOR TEMPORÁRIO. CALCULO DAS GRATIFICAÇÕES. LEI DISTRITAL Nº
5.105/13. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. APLICAÇÃO DA LEI. OFENSA À
SEPARAÇÃO DOS PODERES NÃO CONFIGURADA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. SENTENÇA REFORMADA.

1. Trata-se ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Professores do Distrito Federal contra
o Distrito Federal para compelir este a utilizar o vencimento básico padrão para cálculo das
gratificações dos professores temporários, com base na Lei nº 5.105/13.

2. As gratificações pagas aos professores temporários devem ter o montante fixado com base
no valor do próprio vencimento básico, e não sobre os índices de reajustes do vencimento.

3. Tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a lei já
existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato jurídico
perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle dos
gastos públicos.

4. A existência de lei clara determinando a forma de cálculo das gratificações dos


professores temporários afastas as hipóteses de modulação dos efeitos da decisão judicial,
pois não se trata de alteração de jurisprudência e nem nova interpretação.

5. Em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a Fazenda Pública, os honorários


advocatícios devem ser fixados por ocasião da decisão proferida em sede de liquidação de
sentença

6. Remessa obrigatória e apelações conhecidas. Apelo do réu não provido. Apelo do autor
parcialmente provido.

Este documento foi gerado pelo usuário 017.***.***-03 em 21/09/2022 11:21:52


Número do documento: 20111805565400000000116427124
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20111805565400000000116427124
Assinado eletronicamente por: ROMEU GONZAGA NEIVA - 17/11/2020 18:27:35
Num. 125662045 - Pág. 1

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Número do documento: 22112210240780200000132224574
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240780200000132224574
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:07 Num. 143226433 - Pág. 1
No especial, o recorrente alega violação aos seguintes dispositivos legais:

a) 489, §1º, incisos III e IV, e 1.022, ambos do CPC, sustentando que a turma julgadora, mesmo instada a
fazê-lo, por intermédio dos embargos de declaração, não sanou os vícios apontados, ficando caracterizada a
deficiência na prestação jurisdicional;

b) 6º, caput, e § 1º, da LINDB, afirmando que a remuneração devida aos professores em contrato temporário
é a fixada pelo contrato, ainda que venha a ser reconhecido como ilícito. Ou seja, não se aplica a
remuneração fixada ao servidor estatutário, sob pena de afronta ao ato jurídico perfeito.

Em sede de extraordinário, após defender a repercussão da matéria debatida, afirma contrariedade aos
artigos 2º, 5º, caput e inciso XXXVI, 37, caput, e incisos IX, X, XIII e XIV, 60, §4º, incisos III e IV, e 61,
§º1, inciso II, alíneas “a” e “c”, todos da CF, repisando os argumentos do apelo especial.

II – Os recursos são tempestivos, as partes são legítimas e está presente o interesse em recorrer. Preparos
dispensados por isenção legal.

Passo à análise dos pressupostos constitucionais de admissibilidade.

O recurso especial não merece ser admitido quanto à mencionada contrariedade aos artigos 489, §1º, incisos
III e IV, e 1.022, ambos do CPC, porque, de acordo com o entendimento jurisprudencial pacífico da Corte
Superior, “Inexiste afronta aos arts. 489 e 1.022 do CPC/2015 quando o acórdão recorrido pronuncia-se,
de forma clara e suficiente, acerca das questões suscitadas nos autos, manifestando-se sobre todos os
argumentos que, em tese, poderiam infirmar a conclusão adotada pelo Juízo” (AgInt no REsp 1804739/RO,
Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, DJe 19/12/2019). Nesse sentido, confira-se recente
julgado: AgInt no REsp 1781815/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 24/9/2020.

Igualmente não deve prosseguir o inconformismo no tocante à suposta ofensa ao artigo 6º, caput, e § 1º, da
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, pois “é "inviável o conhecimento do Recurso Especial
por violação do art. 6º da LICC, uma vez que os princípios contidos na Lei de Introdução ao Código Civil -
direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada -, apesar de previstos em norma infraconstitucional,
são institutos de natureza eminentemente constitucional (art. 5º, XXXVI, da CF/1988)" - (AgRg no REsp n.
1.402.259/RJ, Relator o Ministro Sidnei Beneti, DJe 12/6/2014)” (AgInt no REsp 1754766/BA, Rel.
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, DJe 5/12/2019). Nesse trilhar, registre-se recente decisão: AgInt
nos EDcl no AgInt nos EDcl no AREsp 1526524/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, DJe 1/10/2020.

Tampouco merece transitar o apelo extraordinário, no que se refere ao indicado vilipêndio aos artigos 2º, 5º,
caput e inciso XXXVI, 37, caput, e incisos IX, X, XIII e XIV, 60, §4º, incisos III e IV, e 61, §º1, inciso II,
alíneas “a” e “c”, todos da CF, embora a parte recorrente tenha afirmado a existência de repercussão geral.
Com efeito, para que se pudesse vislumbrar a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais invocados,
seria necessária antes, a análise da matéria à luz de lei local, imune ao recurso extremo por força do
enunciado 280 da Súmula do STF. Nesse sentido, confiram-se o ARE 1239489 AgR, Relator: Min. LUIZ
FUX, DJe 18/12/2019; o ARE 1222087 AgR, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe 6/12/2019;
e o ARE 1075391 AgR, Relator: Min. EDSON FACHIN, DJe 11/12/2019. Nesse sentido, confira-se a
jurisprudência recente no EDcl no AgInt no REsp 1812243/SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, DJe
3/6/2020.

Ainda que superado referido óbice, a turma entendeu que a ilegalidade foi perpetrada pelo ora recorrente e,
assim, desconstituir tal conclusão seria necessário o reexame do acervo probatório dos autos, o que não se
mostra possível a teor do enunciado 279 da Súmula do STF (ARE 1211913 AgR, Relator: Min. GILMAR
MENDES, DJe 17/12/2019). Nessa linha, tem-se recente precedente: ARE 1275870 AgR-segundo, Relator

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Min. ROBERTO BARROSO, DJe 14/10/2020.

III - Ante o exposto, INADMITO os recursos especial e extraordinário.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente


Desembargador ROMEU GONZAGA NEIVA
Presidente do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios

A034

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(e-STJ Fl.680)

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1865330 - DF (2021/0091915-0)

RELATOR : MINISTRO SÉRGIO KUKINA


AGRAVANTE : DISTRITO FEDERAL
PROCURADORES : FABIANO LIMA PEREIRA - DF034228
LUCAS MORI DE RESENDE - DF038015
EDSON ROBERTO CELLEGHIM - DF057533
AGRAVADO : SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL
ADVOGADOS : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE - DF008583
LUCAS MORI DE RESENDE - DF038015
PAULO FONTES DE RESENDE - DF038633

DECISÃO

Trata-se de agravo manejado pelo Distrito Federal contra decisão que não
admitiu recurso especial, este interposto com fundamento no art. 105, III, a, da CF,
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desafiando acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios,


assim ementado (fl. 440):

APELAÇÕES CÍVEIS. REMESSA OBRIGATÓRIA. ADMINISTRATIVO. AÇÃO


COLETIVA. PROFESSOR TEMPORÁRIO. CALCULO DAS
GRATIFICAÇÕES. LEI DISTRITAL Nº 5.105/13. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA. APLICAÇÃO DA LEI. OFENSA À SEPARAÇÃO DOS PODERES
NÃO CONFIGURADA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FASE DE
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Professores do Distrito
Federal contra o Distrito Federal para compelir este a utilizar o vencimento
básico padrão para cálculo das gratificações dos professores temporários, com
base na Lei nº 5.105/13.
2. As gratificações pagas aos professores temporários devem ter o montante
fixado com base no valor do próprio vencimento básico, e não sobre os índices
de reajustes do vencimento.
3. Tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser
aplicada a lei já existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar
em ofensa ao ato jurídico perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade,
separação dos poderes e controle dos gastos públicos.
4. A existência de lei clara determinando a forma de cálculo das gratificações
dos professores temporários afastas as hipóteses de modulação dos efeitos da
decisão judicial, pois não se trata de alteração de jurisprudência e nem nova
interpretação.
5. Em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a Fazenda Pública, os
honorários advocatícios devem ser fixados por ocasião da decisão proferida em
sede de liquidação de sentença 6. Remessa obrigatória e apelações conhecidas.
Apelo do réu não provido. Apelo do autor parcialmente provido.

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(e-STJ Fl.681)

Opostos embargos declaratórios, foram rejeitados ante a inexistência dos


vícios elencados no art. 1.022 do CPC/2015 (fls. 478/483).
Nas razões do recurso especial, a parte agravante aponta violação aos arts.
489, §1º, IV, e 1.022, do CPC e 6º, caput, e §1º do Decreto-Lei nº 4.657/42. Sustenta,
além de negativa de prestação jurisdicional, violação ao ato jurídico perfeito, sob o
argumento de que "a remuneração do professor temporário é fixada em contrato
entabulado entre o mesmo e o Distrito Federal. Ao contrário do que pretende a parte
autora, não se aplicam à contraprestação contratual (remuneração ao professor
substituto) as leis supervenientes que alterem a remuneração de professor estatutário.
Lei posterior que altere o vencimento de professor efetivo durante a vigência de contrato,
portanto, não se aplica a contratos já entabulados, sob pena de frontal violação à
garantia do ato jurídico perfeito." (fl. 527).
Ressalta que, "fixada a contraprestação contratual em valor certo, não
incide ao contrato uma lei posterior que altere a remuneração de carreira de servidores
públicos estatutários. Do contrário, a garantia do ato jurídico perfeito seria letra morta,
pois o contrato sempre seria alterado por lei superveniente. Colocando tema em outros
termos, o contrato se rege pela lei aplicável ao tempo de sua formação, conforme o
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brocardo tempus regit actum." (fl. 531).


É O RELATÓRIO. SEGUE A FUNDAMENTAÇÃO.
A irresignação não comporta acolhida.
Verifica-se, inicialmente, não ter ocorrido ofensa aos arts. 489, § 1º, e
1.022, II, do CPC, na medida em que o Tribunal de origem dirimiu, fundamentadamente,
as questões que lhe foram submetidas e apreciou integralmente a controvérsia posta nos
autos; não se pode, ademais, confundir julgamento desfavorável ao interesse da parte com
negativa ou ausência de prestação jurisdicional.
De outro lado, no presente caso, o recurso especial não impugnou
fundamento basilar que ampara o acórdão recorrido, qual seja, o de que "tratando-se
correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a lei já existente, e
não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato jurídico perfeito e
aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle dos gastos
públicos, à Súmula Vinculante 37[1], ao artigo 57, §2º, da Lei Complementar Distrital nº
840/2011[2], ao inciso XIV do artigo 37 da Constituição Federal[3]. Isso porque o
Poder Judiciário não está legislando, está apenas determinando a aplicação da lei
editada pelo próprio réu, de forma que, havendo lei específica aplicável ao caso dos

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(e-STJ Fl.682)

autos, não há que se falar em aplicação de regime de trabalho por interpretação,


analogia, extensão ou semelhança de atribuições e, tampouco, se trata de equiparação
ou vinculação de espécies remuneratórias ou de incidência em cascata de acréscimos
pecuniários" (fl. 447), esbarrando, pois, no obstáculo da Súmula 283/STF, que assim
dispõe: "É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em
mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles". A respeito do
tema: AgInt no REsp 1711262/SE, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, DJe
17/02/2021; AgInt no AREsp 1679006/SP, Rel. Ministro Raul Araújo, Quarta Turma,
DJe 23/02/2021.
Ainda que assim não fosse, o exame da controvérsia, tal como enfrentada
pelas instâncias ordinárias, exigiria a análise de dispositivos de legislação local, quais
sejam, das Leis Distritais nº 5.105/2013 e 4.266/2008, pretensão insuscetível de ser
apreciada em recurso especial, conforme a Súmula 280/STF ("Por ofensa a direito local
não cabe recurso extraordinário.”).
ANTE O EXPOSTO, nego provimento ao agravo. Levando em conta o
trabalho adicional realizado em grau recursal, impõe-se à parte recorrente o pagamento de
honorários advocatícios equivalentes a 20% (vinte por cento) do valor a esse título já
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fixado no processo (art. 85, § 11, do CPC).


Publique-se.
Brasília, 02 de agosto de 2021.

Sérgio Kukina
Relator

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Signatário(a): SÉRGIO LUIZ KUKINA Assinado em: 02/08/2021 15:35:54
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Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 8

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Número do documento: 22112210240799600000132224575
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Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:08 Num. 143226434 - Pág. 3
(e-STJ Fl.719)

AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1865330 - DF (2021/0091915-0)

RELATOR : MINISTRO SÉRGIO KUKINA


AGRAVANTE : DISTRITO FEDERAL
ADVOGADOS : FABIANO LIMA PEREIRA - DF034228
LUCAS MORI DE RESENDE - DF038015
EDSON ROBERTO CELLEGHIM - DF057533
AGRAVADO : SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL
ADVOGADOS : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE - DF008583
LUCAS MORI DE RESENDE - DF038015
PAULO FONTES DE RESENDE - DF038633

EMENTA

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


PROFESSOR TEMPORÁRIO. CÁLCULO DAS
Documento eletrônico juntado ao processo em 21/09/2021 às 21:30:10 pelo usuário: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

GRATIFICAÇÕES. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO


JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. FUNDAMENTO QUE
AMPARA O ACÓRDÃO RECORRIDO NÃO IMPUGNADO.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283/STF. CONTROVÉRSIA
DIRIMIDA COM BASE NAS LEIS DISTRITAIS Nº 5.105/2013 e
4.266/2008. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE EM RECURSO
ESPECIAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280/STF.
1. Verifica-se não ter ocorrido ofensa aos arts. 489, § 1º, e 1.022, II,
do CPC, na medida em que o Tribunal de origem dirimiu,
fundamentadamente, as questões que lhe foram submetidas e
apreciou integralmente a controvérsia posta nos autos; não se pode,
ademais, confundir julgamento desfavorável ao interesse da parte
com negativa ou ausência de prestação jurisdicional.
2. No presente caso, o recurso especial não impugnou fundamento
basilar que ampara o acórdão recorrido, esbarrando, pois, no
obstáculo da Súmula 283/STF. A respeito do tema: AgInt no REsp
1711262/SE, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, DJe
17/2/2021; AgInt no AREsp 1679006/SP, Rel. Ministro Raul
Araújo, Quarta Turma, DJe 23/2/2021.
3. Ainda que assim não fosse, o exame da controvérsia, tal como
enfrentada pelas instâncias ordinárias, exigiria a análise de
dispositivos de legislação local, quais sejam, as Leis Distritais nº

Documento eletrônico VDA30215349 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Sérgio Kukina Assinado em: 21/09/2021 21:09:33
Publicação no DJe/STJ nº 3237 de 23/09/2021. Código de Controle do Documento: 0138dfb5-a9e2-402d-9a9d-0f2e229182e2

Este documento foi gerado pelo usuário 017.***.***-03 em 21/09/2022 11:21:56


Número do documento: 22052415292300000000116427198
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052415292300000000116427198
Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 43

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:37


Número do documento: 22112210240818500000132224576
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240818500000132224576
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:08 Num. 143226435 - Pág. 1
(e-STJ Fl.720)

5.105/2013 e 4.266/2008, pretensão insuscetível de ser apreciada


em recurso especial, conforme a Súmula 280/STF ("Por ofensa a
direito local não cabe recurso extraordinário.").
4. Agravo interno não provido.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, acordam
os Ministros da PRIMEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Benedito Gonçalves, Regina Helena Costa, Gurgel de Faria
e Manoel Erhardt (Desembargador convocado do TRF-5ª Região) votaram com o Sr.
Ministro Relator.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Benedito Gonçalves.

Brasília, 20 de setembro de 2021.

Sérgio Kukina
Relator
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Documento eletrônico VDA30215349 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Sérgio Kukina Assinado em: 21/09/2021 21:09:33
Publicação no DJe/STJ nº 3237 de 23/09/2021. Código de Controle do Documento: 0138dfb5-a9e2-402d-9a9d-0f2e229182e2

Este documento foi gerado pelo usuário 017.***.***-03 em 21/09/2022 11:21:56


Número do documento: 22052415292300000000116427198
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052415292300000000116427198
Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 44

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Número do documento: 22112210240818500000132224576
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240818500000132224576
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:08 Num. 143226435 - Pág. 2
(e-STJ Fl.721)

AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1865330 - DF (2021/0091915-0)

RELATOR : MINISTRO SÉRGIO KUKINA


AGRAVANTE : DISTRITO FEDERAL
ADVOGADOS : FABIANO LIMA PEREIRA - DF034228
LUCAS MORI DE RESENDE - DF038015
EDSON ROBERTO CELLEGHIM - DF057533
AGRAVADO : SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL
ADVOGADOS : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE - DF008583
LUCAS MORI DE RESENDE - DF038015
PAULO FONTES DE RESENDE - DF038633

EMENTA

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


PROFESSOR TEMPORÁRIO. CÁLCULO DAS
GRATIFICAÇÕES. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
Documento eletrônico juntado ao processo em 23/09/2021 às 05:06:05 pelo usuário: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. FUNDAMENTO QUE


AMPARA O ACÓRDÃO RECORRIDO NÃO IMPUGNADO.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283/STF. CONTROVÉRSIA
DIRIMIDA COM BASE NAS LEIS DISTRITAIS Nº 5.105/2013 e
4.266/2008. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE EM RECURSO
ESPECIAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280/STF.
1. Verifica-se não ter ocorrido ofensa aos arts. 489, § 1º, e 1.022, II,
do CPC, na medida em que o Tribunal de origem dirimiu,
fundamentadamente, as questões que lhe foram submetidas e
apreciou integralmente a controvérsia posta nos autos; não se pode,
ademais, confundir julgamento desfavorável ao interesse da parte
com negativa ou ausência de prestação jurisdicional.
2. No presente caso, o recurso especial não impugnou fundamento
basilar que ampara o acórdão recorrido, esbarrando, pois, no
obstáculo da Súmula 283/STF. A respeito do tema: AgInt no REsp
1711262/SE, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, DJe
17/2/2021; AgInt no AREsp 1679006/SP, Rel. Ministro Raul
Araújo, Quarta Turma, DJe 23/2/2021.
3. Ainda que assim não fosse, o exame da controvérsia, tal como
enfrentada pelas instâncias ordinárias, exigiria a análise de
dispositivos de legislação local, quais sejam, as Leis Distritais nº
5.105/2013 e 4.266/2008, pretensão insuscetível de ser apreciada

Documento eletrônico VDA30060527 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
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Num. 125662069 - Pág. 45

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(e-STJ Fl.722)

em recurso especial, conforme a Súmula 280/STF ("Por ofensa a


direito local não cabe recurso extraordinário.").
4. Agravo interno não provido.

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO SÉRGIO KUKINA (Relator): Trata-se de


agravo interno interposto pelo Distrito Federal contra decisão que negou provimento ao
agravo recurso especial, com base nos seguinte fundamentos: (I) ausência de negativa de
prestação jurisdicional; e (II) incidência das Súmulas 280 e 283 do STF (fls. 680/682).
Inconformada, a parte agravante reitera a negativa de prestação jurisdicional
e defende a inaplicabilidade dos referidos óbices.
Sustenta que, "ao contrário do quanto afirmado na r. decisão agravada, os
fundamentos decisórios relativos a ausência de ofensa a ato jurídico perfeito e aos
princípios da isonomia, legalidade, separação de poderes, súmula vinculante n. 37 e que
o Poder Judiciário não está legislando e, sim, apenas determinando aplicação da lei
editada pelo DF foram efetivamente combatidos de modo a se justificar a reconsideração
da r. decisão agravada e garantir livre trânsito e posterior acolhimento do especial,
Documento eletrônico juntado ao processo em 23/09/2021 às 05:06:05 pelo usuário: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

como de direito. Não se diga, por fim, que a avaliação da pretensão recursal demandaria
o exame das disposições locais de regência da matéria na justa medida em que, é
incontroverso dos autos, a pretensão da parte autora consiste em diferenças decorrentes
da metodologia de reajuste remuneratório. [...] a controvérsia reside em definir se o
reajuste aplicado à categoria representada pela parte autora se dá, no que diz com os
contratos temporários, a partir da aplicação do percentual de aumento salarial sobre o
valor da gratificação calculada a partir do vencimento padrão de março de 2013 – sob a
égide das disposições contratuais – ou, como pretende a parte contrária, a partir do
valor majorado do vencimento padrão. Não há necessidade de exame de lei local." (fls.
690/691).
Requer a reconsideração do decisum, ou a submissão do feito ao julgamento
colegiado.
Houve impugnação da parte recorrida (fls. 695/714).
É o relatório.

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO SÉRGIO KUKINA (Relator): Em que pese


aos argumentos aduzidos no presente recurso, a decisão agravada não merece reparos.

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Num. 125662069 - Pág. 46

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(e-STJ Fl.723)

Consoante anteriormente mencionado, verifica-se não ter ocorrido ofensa


aos arts. 489, § 1º, e 1.022, II, do CPC, na medida em que o Tribunal de origem dirimiu,
fundamentadamente, as questões que lhe foram submetidas e apreciou integralmente a
controvérsia posta nos autos; não se pode, ademais, confundir julgamento desfavorável ao
interesse da parte com negativa ou ausência de prestação jurisdicional.
Dessarte, observa-se pela fundamentação do acórdão recorrido (fls.
439/450), integrada em sede de embargos declaratórios (fls. 478/483), que o Tribunal de
origem motivou adequadamente sua decisão e solucionou a controvérsia com a aplicação
do direito que entendeu cabível à hipótese. Afastam-se, assim, as alegadas omissão ou
negativa de prestação jurisdicional tão somente pelo fato de o acórdão recorrido ter
decidido em sentido contrário à pretensão da parte.
De outro lado, reitera-se que, no presente caso, o recurso especial não
impugnou fundamento basilar que ampara o acórdão recorrido, qual seja, o de que, "
tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo réu, a fim de ser aplicada a lei já
existente, e não superveniente ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato jurídico
perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos poderes e controle dos
gastos públicos, à Súmula Vinculante 37[1], ao artigo 57, §2º, da Lei Complementar
Documento eletrônico juntado ao processo em 23/09/2021 às 05:06:05 pelo usuário: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Distrital nº 840/2011[2], ao inciso XIV do artigo 37 da Constituição Federal[3]. Isso


porque o Poder Judiciário não está legislando, está apenas determinando a aplicação da
lei editada pelo próprio réu, de forma que, havendo lei específica aplicável ao caso
dos autos, não há que se falar em aplicação de regime de trabalho por interpretação,
analogia, extensão ou semelhança de atribuições e, tampouco, se trata de equiparação
ou vinculação de espécies remuneratórias ou de incidência em cascata de acréscimos
pecuniários" (fl. 447), esbarrando, pois, no obstáculo da Súmula 283/STF, que assim
dispõe: "É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em
mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles". A respeito do
tema: AgInt no REsp 1711262/SE, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, DJe
17/02/2021; AgInt no AREsp 1679006/SP, Rel. Ministro Raul Araújo, Quarta Turma,
DJe 23/02/2021.
Ainda que assim não fosse, o exame da controvérsia, tal como enfrentada
pelas instâncias ordinárias, exigiria a análise de dispositivos de legislação local, quais
sejam, das Leis Distritais nº 5.105/2013 e 4.266/2008, pretensão insuscetível de ser
apreciada em recurso especial, conforme a Súmula 280/STF ("Por ofensa a direito local
não cabe recurso extraordinário.").
ANTE O EXPOSTO, nega-se provimento ao agravo interno.

Documento eletrônico VDA30060527 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
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Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 47

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:37


Número do documento: 22112210240818500000132224576
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Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:08 Num. 143226435 - Pág. 5
(e-STJ Fl.744)

EDcl no AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1865330 - DF


(2021/0091915-0)

RELATOR : MINISTRO SÉRGIO KUKINA


EMBARGANTE : SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL
ADVOGADOS : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE - DF008583
LUCAS MORI DE RESENDE - DF038015
PAULO FONTES DE RESENDE - DF038633
EMBARGADO : DISTRITO FEDERAL
ADVOGADOS : FABIANO LIMA PEREIRA - DF034228
LUCAS MORI DE RESENDE - DF038015
EDSON ROBERTO CELLEGHIM - DF057533

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


Documento eletrônico juntado ao processo em 07/12/2021 às 18:10:23 pelo usuário: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS DO ART. 1.022 DO CPC.
REDISCUSSÃO DE QUESTÕES DECIDIDAS.
IMPOSSIBILIDADE.
1. De acordo com a norma prevista no art. 1.022 do CPC, são
cabíveis embargos de declaração nas hipóteses de obscuridade,
contradição, omissão ou erro material na decisão embargada.
2. No caso, não se verifica a existência de nenhum dos vícios em
questão, pois o acórdão embargado enfrentou e decidiu, de maneira
integral e com fundamentação suficiente, toda a controvérsia posta
no recurso.
3. Não podem ser acolhidos embargos de declaração que, a pretexto
de alegadas omissões no julgado combatido, traduzem, na verdade,
o inconformismo da parte com a decisão tomada, buscando
rediscutir o que decidido já foi.
4. Embargos de declaração rejeitados.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, acordam
os Ministros da PRIMEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Benedito Gonçalves, Regina Helena Costa, Gurgel de Faria
e Manoel Erhardt (Desembargador convocado do TRF-5ª Região) votaram com o Sr.
Ministro Relator.

Documento eletrônico VDA30993733 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): SÉRGIO LUIZ KUKINA Assinado em: 07/12/2021 17:46:29
Publicação no DJe/STJ nº 3286 de 09/12/2021. Código de Controle do Documento: fd1cf65b-4a9b-4dfc-8495-7191b5b6fb46

Este documento foi gerado pelo usuário 017.***.***-03 em 21/09/2022 11:21:56


Número do documento: 22052415292300000000116427198
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052415292300000000116427198
Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 63

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:37


Número do documento: 22112210240834700000132224577
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240834700000132224577
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:08 Num. 143226436 - Pág. 1
(e-STJ Fl.745)

Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Benedito Gonçalves.

Brasília, 06 de dezembro de 2021.

Sérgio Kukina
Relator
Documento eletrônico juntado ao processo em 07/12/2021 às 18:10:23 pelo usuário: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Documento eletrônico VDA30993733 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): SÉRGIO LUIZ KUKINA Assinado em: 07/12/2021 17:46:29
Publicação no DJe/STJ nº 3286 de 09/12/2021. Código de Controle do Documento: fd1cf65b-4a9b-4dfc-8495-7191b5b6fb46

Este documento foi gerado pelo usuário 017.***.***-03 em 21/09/2022 11:21:56


Número do documento: 22052415292300000000116427198
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052415292300000000116427198
Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 64

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:37


Número do documento: 22112210240834700000132224577
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240834700000132224577
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:08 Num. 143226436 - Pág. 2
(e-STJ Fl.746)

EDcl no AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1865330 - DF


(2021/0091915-0)

RELATOR : MINISTRO SÉRGIO KUKINA


EMBARGANTE : SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL
ADVOGADOS : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE - DF008583
LUCAS MORI DE RESENDE - DF038015
PAULO FONTES DE RESENDE - DF038633
EMBARGADO : DISTRITO FEDERAL
ADVOGADOS : FABIANO LIMA PEREIRA - DF034228
LUCAS MORI DE RESENDE - DF038015
EDSON ROBERTO CELLEGHIM - DF057533

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS DO ART. 1.022 DO CPC.
Documento eletrônico juntado ao processo em 09/12/2021 às 05:05:42 pelo usuário: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

REDISCUSSÃO DE QUESTÕES DECIDIDAS.


IMPOSSIBILIDADE.
1. De acordo com a norma prevista no art. 1.022 do CPC, são
cabíveis embargos de declaração nas hipóteses de obscuridade,
contradição, omissão ou erro material na decisão embargada.
2. No caso, não se verifica a existência de nenhum dos vícios em
questão, pois o acórdão embargado enfrentou e decidiu, de maneira
integral e com fundamentação suficiente, toda a controvérsia posta
no recurso.
3. Não podem ser acolhidos embargos de declaração que, a pretexto
de alegadas omissões no julgado combatido, traduzem, na verdade,
o inconformismo da parte com a decisão tomada, buscando
rediscutir o que decidido já foi.
4. Embargos de declaração rejeitados.

RELATÓRIO

Trata-se de embargos de declaração opostos pelo SINPRO/DF contra


acórdão proferido pela Primeira Turma do STJ, resumido pela seguinte ementa (fls.
719/720):

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROFESSOR

Documento eletrônico VDA30848461 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): SÉRGIO LUIZ KUKINA Assinado em: 24/11/2021 21:01:54
Código de Controle do Documento: 946fdf08-d9c8-4416-9737-9dc786b810c6

Este documento foi gerado pelo usuário 017.***.***-03 em 21/09/2022 11:21:56


Número do documento: 22052415292300000000116427198
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052415292300000000116427198
Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 65

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:37


Número do documento: 22112210240834700000132224577
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240834700000132224577
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:08 Num. 143226436 - Pág. 3
(e-STJ Fl.747)

TEMPORÁRIO. CÁLCULO DAS GRATIFICAÇÕES. NEGATIVA DE


PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. FUNDAMENTO QUE
AMPARA O ACÓRDÃO RECORRIDO NÃO IMPUGNADO. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 283/STF. CONTROVÉRSIA DIRIMIDA COM BASE NAS LEIS
DISTRITAIS Nº 5.105/2013 e 4.266/2008. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE
EM RECURSO ESPECIAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280/STF.
1. Verifica-se não ter ocorrido ofensa aos arts. 489, § 1º, e 1.022, II, do CPC,
na medida em que o Tribunal de origem dirimiu, fundamentadamente, as
questões que lhe foram submetidas e apreciou integralmente a controvérsia
posta nos autos; não se pode, ademais, confundir julgamento desfavorável ao
interesse da parte com negativa ou ausência de prestação jurisdicional.
2. No presente caso, o recurso especial não impugnou fundamento basilar que
ampara o acórdão recorrido, esbarrando, pois, no obstáculo da Súmula
283/STF. A respeito do tema: AgInt no REsp 1711262/SE, Rel. Ministro Gurgel
de Faria, Primeira Turma, DJe 17/2/2021; AgInt no AREsp 1679006/SP, Rel.
Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, DJe 23/2/2021.
3. Ainda que assim não fosse, o exame da controvérsia, tal como enfrentada
pelas instâncias ordinárias, exigiria a análise de dispositivos de legislação
local, quais sejam, as Leis Distritais nº 5.105/2013 e 4.266/2008, pretensão
insuscetível de ser apreciada em recurso especial, conforme a Súmula 280/STF
("Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.").
4. Agravo interno não provido.

Em suas razões, a parte embargante afirma "O Acordão prolatado negou


provimento ao Agravo Interno da decisão denegatório de recurso especial interposto
pelos Embargados. Contudo, o Acordão omitiu a majoração dos honorários advocatícios
devidos." (fl. 729), nos termos do art. 85, §11, do CPC.
Documento eletrônico juntado ao processo em 09/12/2021 às 05:05:42 pelo usuário: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

A parte embargada apresentou impugnação (fls. 736/738).


É o relatório.

VOTO

Não prospera a irresignação da parte embargante.


De acordo com o previsto no artigo 1.022 do CPC, são cabíveis embargos
de declaração nas hipóteses de obscuridade, contradição, omissão ou erro material na
decisão embargada.
Entretanto, no caso dos autos, não se verifica a existência de nenhum desses
vícios, pois o acórdão embargado enfrentou e decidiu, de maneira integral e com
fundamentação suficiente, toda a controvérsia posta no recurso.
Com efeito, é entendimento assente nesta Corte que "No julgamento do
agravo interno, demonstra-se incabível a fixação de honorários recursais." (AgInt nos
EDcl no REsp 1.861.072/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
TERCEIRA TURMA, julgado em 19/10/2020, DJe 26/10/2020).
Em reforço:

Documento eletrônico VDA30848461 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): SÉRGIO LUIZ KUKINA Assinado em: 24/11/2021 21:01:54
Código de Controle do Documento: 946fdf08-d9c8-4416-9737-9dc786b810c6

Este documento foi gerado pelo usuário 017.***.***-03 em 21/09/2022 11:21:56


Número do documento: 22052415292300000000116427198
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052415292300000000116427198
Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 66

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:37


Número do documento: 22112210240834700000132224577
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240834700000132224577
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(e-STJ Fl.748)

PROCESSO CIVIL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AGRAVO INTERNO.


JULGAMENTO VIRTUAL. POSSIBILIDADE. REGIMENTO INTERNO DO
STJ. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. INDENIZAÇÃO POR DANO
MATERIAL. COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL. RESCISÃO
CONTRATUAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. VIOLAÇÃO
DO ART. 1.022 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. SOLUÇÃO INTEGRAL DA
LIDE. FUNDAMENTO DO ACÓRDÃO NÃO IMPUGNADO. SÚMULA
283/STF. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INTERPRETAÇÃO DE
CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INADMISSIBILIDADE. DISSÍDIO
JURISPRUDENCIAL. SIMILITUDE FÁTICA NÃO DEMONSTRADA. MULTA
DO ART. 1.021, §4º DO CPC NÃO APLICADA. MAJORAÇÃO DOS
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA PELO JULGAMENTO DO AGRAVO
INTERNO. NOVO GRAU RECURSAL NÃO INAUGURADO.
IMPOSSIBILIDADE.
1. Ação de obrigação de fazer, indenização por dano material, compensação
por dano moral e rescisão de contrato de compra e venda de imóvel.
2. O agravo interno constitui espécie recursal expressamente autorizada pelo
Regimento Interno do STJ (art. 184-A, parágrafo único, II) a ser incluída na
modalidade de julgamento virtual, sobretudo porque não admite a realização
de sustentação oral na sessão presencial (art. 159 do RISTJ).
3. É firme a jurisprudência do STJ no sentido de que não há ofensa ao art.
1.022 do CPC/15 quando o Tribunal de origem, aplicando o direito que entende
cabível à hipótese soluciona integralmente a controvérsia submetida à sua
apreciação, ainda que de forma diversa daquela pretendida pela parte.
Precedentes.
4. A existência de fundamentos do acórdão recorrido não impugnados quando
suficientes para a manutenção de suas conclusões impede a apreciação do
recurso especial.
5. O reexame de fatos e provas e a interpretação de cláusulas contratuais em
Documento eletrônico juntado ao processo em 09/12/2021 às 05:05:42 pelo usuário: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

recurso especial são inadmissíveis.


6. O dissídio jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejo analítico
entre acórdãos que versem sobre situações fáticas idênticas.
7. A multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/15 não é consequência
automática do não conhecimento ou do desprovimento unânime do agravo
interno. Precedentes.
8. Não há majoração de honorários em virtude da interposição de agravo
interno em face da decisão monocrática que julgou o recurso especial da
agravante, na medida em que a jurisprudência do STJ se consolidou no sentido
de que descabe a fixação de honorários recursais no julgamento de agravo
interno ou de embargos de declaração, porque não inaugurado novo grau de
jurisdição que a justifique.
9. Agravo interno não provido.
(AgInt no AREsp 1738588/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 25/10/2021, DJe 28/10/2021)

Dessa forma, não podem ser acolhidos embargos de declaração que, a


pretexto de alegada omissão no julgado, traduzem, na verdade, o inconformismo da parte
com a decisão tomada, buscando rediscutir o que decidido já foi. Nesse panorama,
inexistente qualquer vício no acórdão embargado, conforme exige o art. 1.022 do CPC,
impõe-se a rejeição do pleito integrativo.
A propósito:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS


DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CONTRADIÇÃO E OMISSÃO. VÍCIOS NÃO CONFIGURADOS. PROPÓSITO

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(e-STJ Fl.749)

DE MODIFICAÇÃO DO JULGAMENTO. MEIO IMPRÓPRIO.


1. Os embargos de declaração, conforme dispõe o art. 1.022 do CPC/2015,
destinam-se a esclarecer obscuridade, eliminar contradição, suprir omissão ou
corrigir erro material.
2. Não se identifica, no recurso, qualquer ponto sobre o qual era necessária
manifestação, mas apenas a discordância da parte com a solução apresentada
no julgamento e seu propósito de modificação.
3. Por contradição entende-se coexistência de afirmações em desacordo no
mesmo julgado, gerando ilogicidade ao texto. Mas desse problema não se
ressente o julgado.
4. Embargos de declaração rejeitados, com aplicação de multa de 1% (um por
cento) sobre o valor atualizado da causa.
(EDcl no AgInt nos EAREsp 666.334/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/8/2018, DJe 28/8/2018)

ANTE O EXPOSTO, rejeitam-se os embargos de declaração.


É o voto.
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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.373.000 DISTRITO
FEDERAL

RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI


RECTE.(S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
RECDO.(A/S) : SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO
FEDERAL
ADV.(A/S) : PAULO FONTES DE RESENDE

Trata-se de agravo contra decisão por meio da qual foi negado


seguimento ao recurso extraordinário interposto em desfavor de acórdão
assim ementado:

“APELAÇÕES CÍVEIS. REMESSA OBRIGATÓRIA.


ADMINISTRATIVO. AÇÃO COLETIVA. PROFESSOR
TEMPORÁRIO. CALCULO DAS GRATIFICAÇÕES. LEI
DISTRITAL Nº 5.105/13. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA. APLICAÇÃO DA LEI. OFENSA À SEPARAÇÃO
DOS PODERES NÃO CONFIGURADA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA.
SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos
Professores do Distrito Federal contra o Distrito Federal para
compelir este a utilizar o vencimento básico padrão para cálculo
das gratificações dos professores temporários, com base na Lei
nº 5.105/13.
2. As gratificações pagas aos professores temporários
devem ter o montante fixado com base no valor do próprio
vencimento básico, e não sobre os índices de reajustes do
vencimento.
3. Tratando-se correção de ilegalidade perpetrada pelo
réu, a fim de ser aplicada a lei já existente, e não superveniente
ao contrato, não há que se falar em ofensa ao ato jurídico
perfeito e aos princípios da isonomia, legalidade, separação dos
poderes e controle dos gastos públicos.
4. A existência de lei clara determinando a forma de
cálculo das gratificações dos professores temporários afastas as

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ARE 1373000 / DF

hipóteses de modulação dos efeitos da decisão judicial, pois não


se trata de alteração de jurisprudência e nem nova
interpretação.
5. Em se tratando de condenação ilíquida imposta contra a
Fazenda Pública, os honorários advocatícios devem ser fixados
por ocasião da decisão proferida em sede de liquidação de
sentença
6. Remessa obrigatória e apelações conhecidas. Apelo do
réu não provido. Apelo do autor parcialmente provido.” (pág. 1
do doc. eletrônico 10).

Os embargos de declaração que se seguiram foram rejeitados (doc.


eletrônico 11).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se


ofensa aos arts. 2º; 5º, caput e XXXVI; 37, caput, IX, X, XIII e XIV; 60, § 4º,
III e IV; e 61, § 1º, II, a e c da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida.

Isso porque o recorrente, embora tenha afirmado a existência de


repercussão geral no recurso extraordinário, não demonstrou as razões
pelas quais entende que a questão constitucional aqui versada
ultrapassaria os interesses subjetivos do processo. Na verdade, limitou-se
a desenvolver considerações genéricas sobre a repercussão geral, sem
particularizar de que modo o tema tratado transcenderia os interesses
subjetivos da causa.

Desse modo, a mera alegação de existência do requisito, desprovida


de fundamentação adequada que demonstre seu efetivo preenchimento,
não satisfaz a exigência prevista no art. 1.035, § 2°, do Código de Processo
Civil/2015. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

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ARE 1373000 / DF

EXTRAORDINÁRIO. DEMONSTRAÇÃO DE REPERCUSSÃO


GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SUPOSTA
AFRONTA AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO
CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO
PROCESSO LEGAL. NECESSIDADE DE REEXAME DE
NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 660. AGRAVO REGIMENTAL
A QUE SE NEGA PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE
MULTA.
I - A mera alegação, nas razões do recurso extraordinário,
de existência de repercussão geral das questões
constitucionais discutidas, desprovida de fundamentação
adequada que demonstre seu efetivo preenchimento, não
satisfaz a exigência prevista no art. 1.035, § 2°, do CPC.
II - O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o ARE 748.371-
RG (Tema 660), de relatoria do Ministro Gilmar Mendes,
rejeitou a repercussão geral da controvérsia referente à suposta
ofensa aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla
defesa e do devido processo legal, quando o julgamento da
causa depender de prévia análise de normas
infraconstitucionais, por configurar situação de ofensa apenas
indireta à Constituição Federal.
III - Agravo regimental a que se nega provimento, com
aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4° do CPC” (RE
1.018.956-AgR/GO, de minha relatoria - grifei).

“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM


RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUXÍLIO
CRECHE DE SERVIDOR PÚBLICO DO PODER JUDICIÁRIO
FEDERAL. NÃO DEMONSTRAÇÃO DA RELEVÂNCIA E
TRANSCENDÊNCIA DO CASO CONCRETO PARA FINS
DE RECONHECIMENTO DA REPERCUSSÃO GERAL.
REQUISITOS FÁTICOS, JURÍDICOS E COMPARATIVOS NÃO
PREENCHIDOS.
1. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado
em 25% o valor da verba honorária fixada anteriormente,

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ARE 1373000 / DF

observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015.


2. Agravo interno a que se nega provimento, com
aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015
(ARE 771.403-AgR/PE, Rel. Min. Roberto Barroso - grifei).

Por fim, verifico que o acórdão recorrido decidiu as questões postas


nos autos com fundamento na interpretação da legislação
infraconstitucional aplicável à espécie (Lei Distrital 5.105/2013), bem
como no conjunto fático-probatório constante do processo. Dessa forma, o
exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da
interpretação dada àquela norma pelo Juízo a quo, além de incidir, na
espécie, o óbice das Súmula 279 e 280/STF, o que também inviabiliza o
extraordinário. Na mesma linha de raciocínio, menciono as seguintes
decisões:

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. PROFESSORA DO


MAGISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL.
APOSENTADORIA. PARIDADE E INTEGRALIDADE.
COMPLEMENTAÇÃO SALARIAL TEMPORÁRIA. LEI
DISTRITAL Nº 4.075/2007. TRANSFORMAÇÃO EM VPNI. LEI
DISTRITAL Nº 5.105/2013. NATUREZA JURÍDICA DA
GRATIFICAÇÃO. INDIVIDUAL E INDENIZATÓRIA.
IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AO INATIVOS
APOSENTADOS ANTES DO MARCO LEGAL. SENTENÇA
REFORMADA. PEDIDOS JULGADOS IMPROCEDENTES.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE
DO CPC/2015. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, XXXVI,
DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. SÚMULA 279 E 280
DESTA CORTE. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REELABORAÇÃO DA
MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA
INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO MANEJADO
SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. Obstada a análise da
suposta afronta aos preceitos constitucionais invocados,
porquanto dependeria de prévia análise da legislação

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ARE 1373000 / DF

infraconstitucional aplicada à espécie, procedimento que refoge


à competência jurisdicional extraordinária desta Corte
Suprema, a teor do art. 102 da Magna Carta. 2. As razões do
agravo não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que
lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à
ausência de ofensa a preceito da Constituição da República. 3.
Agravo interno conhecido e não provido.” (ARE 1.120.535-
AgR/DF, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma).

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO
TRIBUTÁRIO. AUTO DE INFRAÇÃO. NULIDADE.
INOCORRÊNCIA. CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
EXIGIBILIDADE. SUSPENSÃO. LANÇAMENTO FISCAL.
NÃO IMPEDIMENTO. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DOS
PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA
E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. FATOS E
PROVAS. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
1. O tema relativo à suposta violação dos princípios do
contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do
devido processo legal não possui repercussão geral (ARE
748.371-RG, Plenário, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de
1º/8/2013, Tema 660).
2. O recurso extraordinário não se presta à análise de
matéria infraconstitucional, tampouco ao reexame dos fatos e
das provas constantes dos autos (Súmula 279 do STF).
3. Agravo interno desprovido, com imposição de multa de
5% (cinco por cento) do valor atualizado da causa (artigo 1.021,
§ 4º, do CPC), caso seja unânime a votação.
4. Honorários advocatícios majorados ao máximo legal em
desfavor da parte recorrente, caso as instâncias de origem os
tenham fixado, nos termos do artigo 85, § 11, do Código de
Processo Civil, observados os limites dos §§ 2º e 3º e a eventual
concessão de justiça gratuita” (ARE 1.294.977-AgR/SP, Rel. Min.

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ARE 1373000 / DF

Presidente Luiz Fux, Plenário – grifos no original).

“DIREITO ADMINISTRATIVO. PARCERIA PÚBLICO-


PRIVADA. COBRANÇA DE TARIFA DOS USUÁRIOS DE
SERVIÇO PÚBLICO NA ÁREA DA EDUCAÇÃO. AUSÊNCIA
DE DEMONSTRAÇÃO DA REPERCUSSÃO GERAL.
INOBSERVÂNCIA DO ART. 1.035, §§ 1º E 2º, DO CPC/2015.
REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA OU RECONHECIDA
EM OUTRO RECURSO NÃO VIABILIZA APELO SEM A
PRELIMINAR FUNDAMENTADA DA REPERCUSSÃO
GERAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DE
LEI MUNICIPAL. VIOLAÇÃO DE DISPOSITIVO DE
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO
DA NORMA DE REPRODUÇÃO OBRIGATÓRIA PREVISTA
NA CARTA ESTADUAL.
1. As razões do agravo interno não se mostram aptas a
infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.
2. Deficiência na fundamentação, em recurso
extraordinário interposto sob a égide do CPC/2015, da
existência de repercussão geral da questão constitucional
suscitada. Inobservância do art. 1.035, §§ 1º e 2º, do CPC/2015.
O preenchimento desse requisito demanda a demonstração, no
caso concreto, da existência de questões relevantes do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
interesses subjetivos do processo. A afirmação genérica da
existência de repercussão geral ou a simples indicação de tema
ou precedente desta Suprema Corte são insuficientes para o
atendimento do pressuposto.
3. Cristalizada a jurisprudência desta Suprema Corte, nos
termos das Súmulas nºs 282 e 356/STF: ‘Inadmissível o recurso
extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão
federal suscitada”, bem como “O ponto omisso da decisão, sobre o
qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de
recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento’.
4. Agravo interno conhecido e não provido.
5. A teor do art. 85, § 11, do CPC/2015, o ‘tribunal, ao julgar

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Número do documento: 22112210240883500000132224579
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240883500000132224579
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:08 Num. 143226438 - Pág. 6
ARE 1373000 / DF

recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em


conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando,
conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a 6º, sendo vedado ao tribunal,
no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do
vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e
3º para a fase de conhecimento’” (RE 1.334.066-AgR-segundo/RN,
Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma – grifos no original).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E
TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL.
AUTO DE INFRAÇÃO. REQUISITOS PARA AFASTAMENTO
DO SIGILO BANCÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME
DA LEGISLAÇÃO LOCAL E DE PROVAS: SÚMULAS NS. 279
E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO
DO RECURSO PELA AL. C DO INC. III DO ART. 102 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 1.273.495-AgR/DF,
Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma).

“Agravo regimental no recurso extraordinário. 2. Direito


Constitucional. 3. O relator pode decidir monocraticamente
pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente,
prejudicado ou contrário à jurisprudência dominante ou a
Súmula desta Corte, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF.
Precedentes. 4. Representação de inconstitucionalidade de lei
municipal em face de Constituição Estadual. Processo
legislativo. Normas de reprodução obrigatória. Organização e
funcionamento da Administração Pública municipal.
Competência do Chefe do Poder Executivo. Iniciativa
parlamentar. Inconstitucionalidade formal. Precedentes. 5.
Negado provimento ao agravo regimental” (RE 1.294.053-
AGR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 121, §1º, do RISTF).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 047C-7FD1-40ED-9844 e senha A6C0-AEF7-F539-682F

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Número do documento: 22052415292300000000116427198
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052415292300000000116427198
Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 81

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ARE 1373000 / DF

Publique-se.

Brasília, 31 de março de 2022.

Ministro Ricardo Lewandowski


Relator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Num. 125662069 - Pág. 82

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Supremo Tribunal Federal
CERTIDÃO DE TRÂNSITO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1373000

RECORRENTE(S): DISTRITO FEDERAL

PROCURADOR(ES): PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECORRIDO(A/S): SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL

ADVOGADO(A/S): PAULO FONTES DE RESENDE

Certifico que o(a) acórdão/decisão transitou em julgado em 21/05/2022.

Brasília, 21 de maio de 2022.

Secretaria Judiciária
(documento eletrônico)

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Número do documento: 22052415292300000000116427198
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052415292300000000116427198
Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 84

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Número do documento: 22112210240901300000132224580
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240901300000132224580
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:09 Num. 143226439 - Pág. 1
Supremo Tribunal Federal
Secretaria Judiciária

ARE 1373000

TERMO DE BAIXA DEFINITIVA


Faço a baixa deste processo e a transmissão eletrônica das peças processuais ao (à)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS.

Brasília, 21 de maio de 2022

Secretaria Judiciária
(documento eletrônico)

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Número do documento: 22052415292300000000116427198
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052415292300000000116427198
Assinado eletronicamente por: TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER - 24/05/2022 15:29:22
Num. 125662069 - Pág. 85

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Número do documento: 22112210240901300000132224580
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240901300000132224580
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:09 Num. 143226439 - Pág. 2
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Número do documento: 22112210240917700000132224581
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240917700000132224581
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:09 Num. 143226440 - Pág. 1
O pagamento desta GRU Cobrança poderá ser efetuado em qualquer banco.
Para pagamento via Internet banking ou caixa eletrônico, utilize a oção pagamento de títulos.
Instruções:
1. Imprima em impressora jato de tinta ou laser em qualidade normal ou alta. Não use modo econômico.
2. Utilize papel A4 (210 x 297 mm) e margens mínimas à esquerda e à direita do formulário.
3. Corte na linha indicada. Não rasure, não risque, não fure e não dobre a região onde se encontra o código de barras.
4. Para pagamento via Internet banking ou caixa eletrônico, utilize a opção pagamento de títulos.
Via do Processo
Guia de Custas e Emolumentos / Guia Inicial - 1ª Instância
001-9 00190.00009 02941.725018 01629.521178 7 91750000006767
Cedente Vencimento Valor do documento
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios 20/11/2022 R$ 67,67
Processo Data do documento Número da Guia
11/11/2022 29417250101629521
Competência/Juízo
Fazenda Pública
Circunscrição / Forum
BRASÍLIA / Fórum Des. Joaquim de Sousa Neto
Nome da Petição
8140 - CUMPRIMENTO DE SENTENCA
Polo Ativo
PRISCILA GALINDO REIS
Polo Passivo
DISTRITO FEDERAL
Valor da Causa
R$ 3.327,44
Mandados:7,97 / Ofícios:7,97 / Contador:11,92 / Custas:39,81
Válida até 20/11/2022 ressalvados os prazos recursais.
Os itens cobrados estão de acordo com as tabelas do Decreto-Lei nº 115/67 e do § 2º do artigo 191 do 06030142160 17:11
Provimento Geral da Corregedoria.
Sacado / Pago Por
SINPRO/DF - CPF/CNPJ: 00543363000173

corte na linha pontilhada

Ficha de Compensação
Guia de Custas e Emolumentos / Guia Inicial - 1ª Instância
001-9 00190.00009 02941.725018 01629.521178 7 91750000006767
Local do pagamento Vencimento
Pagável em qualquer banco. 20/11/2022
Cedente Agência/Código do cendente
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios 4200/333050
Praça municipal, Lote 01 - CEP 70094-900 - Brasília/DF CNPJ: 00531954/0001-20
Data do documento Número do documento Espécie DOC Aceite Data process. Nosso Número
11/11/2022 29417250101629521 N 11/11/2022 29417250101629521
Uso do Banco Carteira Espécie Quantidade x Valor (=) Valor do documento
17 R$ R$ 67,67
Instruções (-) Desconto/Abatimento
********************
1. Senhor(a) caixa, por favor não receba este documento após a data de
********************
vencimento. (+) Juros/Multa
2. Não receber por depósito. ********************
3. SR. CAIXA: NÃO RECEBER EM CHEQUE.
4. Verifique se o pagamento do Preparo Recursal foi efetuado. ********************
(=) Valor Cobrado
R$ 67,67
Sacado
SINPRO/DF - CPF/CNPJ: 00543363000173
Sacador/Avalista Autenticação mecânica - Ficha de compensação

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Número do documento: 22112210240935000000132224582
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240935000000132224582
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:09 Num. 143226441 - Pág. 1
18/11/2022 - BANCO DO BRASIL - 15:35:39
359903599 0027

COMPROVANTE DE PAGAMENTO DE TITULOS

CLIENTE: RESENDE MORI ADVOGADOS AS


AGENCIA: 3599-8 CONTA: 109.319-3
================================================
BANCO DO BRASIL
------------------------------------------------
00190000090294172501801629521178791750000006767
BENEFICIARIO:
TRIB J DF-CORREGEDORIA JUSTICA
NOME FANTASIA:
TRIB DE JUSTICA DO DF-CORREGEDORIA
CNPJ: 00.531.954/0031-46
PAGADOR:
SINPRO/DF
CNPJ: 00.543.363/0001-73
------------------------------------------------
NR. DOCUMENTO 111.775
NOSSO NUMERO 29417250101629521
CONVENIO 02941725
DATA DE VENCIMENTO 20/11/2022
DATA DO PAGAMENTO 17/11/2022
VALOR DO DOCUMENTO 67,67
VALOR COBRADO 67,67
================================================
NR.AUTENTICACAO 2.5C2.BB2.EF8.F24.9BC
================================================
Central de Atendimento BB
4004 0001 Capitais e regioes metropolitanas
0800 729 0001 Demais localidades.
Consultas, informacoes e servicos transacionais.

SAC BB
0800 729 0722
Informacoes, reclamacoes, cancelamento de
produtos e servicos.

Ouvidoria
0800 729 5678
Reclamacoes nao solucionadas nos canais
habituais agencia, SAC e demais canais de
atendimento.

Atendimento a Deficientes Auditivos ou de Fala


0800 729 0088
Informacoes, reclamacoes,cancelamento de cartao,
outros produtos e servicos de Ouvidoria.

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Número do documento: 22112210240935000000132224582
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112210240935000000132224582
Assinado eletronicamente por: LUCAS MORI DE RESENDE - 22/11/2022 10:24:09 Num. 143226441 - Pág. 2
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

3VAFAZPUB
3ª Vara da Fazenda Pública do DF

Número do processo: 0717878-02.2022.8.07.0018

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA (12078)


- Concurso de Credores (9418)

EXEQUENTE: PRISCILA GALINDO REIS

EXECUTADO: DISTRITO FEDERAL

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Custas recolhidas.

Recebo o pedido de cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública, em


conformidade com o artigo 534 do CPC. Anote-se no sistema.

Intime-se a Fazenda Pública, na forma do artigo 535 do CPC, para, se for o caso,
apresentar impugnação, no prazo de 30 dias.

Em caso de impugnação, intime-se a parte credora para apresentar resposta no


prazo de 15 dias.

Decorrido o prazo, ou caso venha a ser rejeitada, expeça-se precatório ou ordem


de requisição, conforme o caso, consoante dispõe o artigo 535, §3º, I, do CPC.

O pagamento de obrigação da RPV, se for o caso, será processado por este Juízo, nos termos
do artigo 3º, da Portaria Conjunta TJDFT n. 61/2018, e será realizado no prazo de 2 (dois) meses,
contados da entrega da requisição, conforme o artigo 535, §3º, inciso II, do CPC.

Com a juntada aos autos o comprovante do depósito judicial no valor requerido,


expeça-se alvará de levantamento em favor da parte credora, e na sequência, promova-se
o arquivamento dos autos, com as cautelas de praxe.

Transcorrido o prazo sem manifestação, proceda-se ao bloqueio e à


transferência para conta vinculada a este processo do valor devido, por meio do sistema
SISBAJUD, mediante expedição do correspondente alvará de levantamento e intimação da
parte credora para imprimi-lo.

No que concerne aos honorários relativos ao cumprimento de sentença, fixo


honorários advocatícios em 10% (dez por cento) sobre o valor da execução a favor

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Número do documento: 22112809583572700000132475511
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112809583572700000132475511
Assinado eletronicamente por: PAULO MARQUES DA SILVA - 28/11/2022 09:58:35 Num. 143506818 - Pág. 1
do advogado da parte exequente, pois essa verba é cabível em sede de cumprimento de
sentença coletivo, nos termos do enunciado sumular n. 345 do c. STJ.

Defiro o pedido de destaque dos honorários contratuais formulado pelo causídico, nos
termos do contrato juntado aos autos, o qual deverá ser destacado no bojo da RPV e/ou precatório a ser
expedido em favor da parte credora.

Dessa maneira, poderão ser destacados no bojo do precatório e/ou da


Requisição de Pequeno Valor os honorários contratuais, de forma que o depósito seja
disponibilizado diretamente ao advogado, quando da liberação do valor ao beneficiário,
seja por precatório ou por requisição de pequeno valor (RPV), por força do contrato e do
disposto no artigo 22, §4º, da Lei n. 8.906/1994, sem, entretanto, importar na expedição de
outro precatório ou RPV.

No que tange ao reembolso das custas adiantadas, embora a Fazenda Pública


seja isenta do pagamento das custas processuais pelo Decreto-Lei n. 500/1969, essa
isenção legal não a desonera de ressarcir a parte vencedora do litígio das despesas
realizadas. Portanto, o ente público deve reembolsar as custas adiantadas pelo vencedor
na demanda (Lei n. 9.289/96, artigo 4º, parágrafo único).

Tudo feito, após o pagamento, dê-se baixa e arquivem-se com as cautelas de


praxe.

Intimem-se. Cumpra-se.

Brasília/DF, 28 de novembro de 2022.

Paulo Marques da Silva


Juiz de Direito Substituto
(assinado eletronicamente)

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Número do documento: 22112809583572700000132475511
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22112809583572700000132475511
Assinado eletronicamente por: PAULO MARQUES DA SILVA - 28/11/2022 09:58:35 Num. 143506818 - Pág. 2
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3� Vara da Fazenda P�blica do DF

Número do processo: 0717878-02.2022.8.07.0018

CERTIDÃO DE DISPONIBILIZAÇÃO DJE

O ato Judicial Decis�o ID 143506818 foi disponibilizado no Diário da Justiça Eletrônico (DJe) em
30/11/2022, e será publicado no primeiro dia útil subsequente.

30 de novembro de 2022

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Número do documento: 22113002373981500000132884506
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22113002373981500000132884506
Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 30/11/2022 02:37:39 Num. 143965115 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3VAFAZPUB
3ª Vara da Fazenda Pública do DF
Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto (Fórum VERDE)
Cartório Judicial Único - 1ª a 4ª Vara da Fazenda Pública
Endereço: SAM Norte, Lote M, Bloco 1, Térreo, Sala T-03, Brasília/DF
CEP 70620-000 // Telefone: (61) 3103-4321 // Email: cju.faz1a4@tjdft.jus.br

Processo n°: 0717878-02.2022.8.07.0018

Ação: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA (12078)

Requerente: PRISCILA GALINDO REIS e outros

Requerido: DISTRITO FEDERAL

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que transcorreu in albis o prazo para o DISTRITO FEDERAL apresentar
manifestação.

Remeto os autos conclusos.

BRASÍLIA, DF, 6 de março de 2023 16:44:59.

BRUNA CHAVES FERREIRA ANSELMO

Servidor Geral

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Número do documento: 23030616455659300000139519134
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23030616455659300000139519134
Assinado eletronicamente por: BRUNA CHAVES FERREIRA ANSELMO - 06/03/2023 16:45:56 Num. 151406735 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS

3VAFAZPUB
3ª Vara da Fazenda Pública do DF

Número do processo: 0717878-02.2022.8.07.0018

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA (12078)


- Concurso de Credores (9418)

EXEQUENTE: PRISCILA GALINDO REIS, RESENDE MORI HUTCHISON ADVOGADOS


ASSOCIADOS

EXECUTADO: DISTRITO FEDERAL

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
O Distrito Federal não apresentou impugnação, consoante certidão de ID 151406735..

Acolho e homologo os cálculos apresentados pela parte exequente ao ID 143226424.

Expeçam-se as RPVs.

Após o pagamento, arquivem-se os autos com observação às normas internas da


Corregedoria deste Tribunal.

Intimem-se.

Brasília/DF, 7 de março de 2023.

Paulo Marques da Silva


Juiz de Direito Substituto
(assinado eletronicamente)

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Número do documento: 23030721522699400000139531008
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23030721522699400000139531008
Assinado eletronicamente por: PAULO MARQUES DA SILVA - 07/03/2023 21:52:27 Num. 151415105 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3� Vara da Fazenda P�blica do DF

Número do processo: 0717878-02.2022.8.07.0018

CERTIDÃO DE DISPONIBILIZAÇÃO DJE

O ato Judicial Decis�o ID 151415105 foi disponibilizado no Diário da Justiça Eletrônico (DJe) em
13/03/2023, e será publicado no primeiro dia útil subsequente.

13 de mar�o de 2023

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Número do documento: 23031300481732700000140114660
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23031300481732700000140114660
Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 13/03/2023 00:48:17 Num. 152070354 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3VAFAZPUB
3ª Vara da Fazenda Pública do DF

Número do processo: 0717878-02.2022.8.07.0018

Classe judicial: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA (12078)

EXEQUENTE: PRISCILA GALINDO REIS, RESENDE MORI HUTCHISON ADVOGADOS


ASSOCIADOS

EXECUTADO: DISTRITO FEDERAL

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que foi realizada Inspeção Ordinária relativa ao ciclo de 2023 nos presentes autos e
que os mesmos se encontram em ordem.

Prossiga-se, cumprindo as determinações precedentes.

BRASÍLIA, DF, 25 de abril de 2023.

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Número do documento: 23042520102492100000144196587
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Assinado eletronicamente por: ELVINA LAURA PEIXOTO - 25/04/2023 20:10:25 Num. 156641148 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3VAFAZPUB
3ª Vara da Fazenda Pública do DF
Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto (Fórum VERDE)
Cartório Judicial Único - 1ª a 4ª Vara da Fazenda Pública
Endereço: SAM Norte, Lote M, Bloco 1, Térreo, Sala T-03, Brasília/DF
CEP 70620-000 // Telefone: (61) 3103-4321 // Email: cju.faz1a4@tjdft.jus.br

Processo n°: 0717878-02.2022.8.07.0018

Ação: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA (12078)

Requerente: PRISCILA GALINDO REIS e outros

Requerido: DISTRITO FEDERAL

CERTIDÃO

Certifico que a Requisição de Pequeno Valor (RPV) foi expedida e encaminhada para
assinatura do Magistrado.

Após, a Secretaria do CJU intimará a parte devedora para pagamento do valor no prazo de
2 (dois) meses, conforme o inciso II, parágrafo 3° do art. 535 do CPC.

Por fim, o feito aguardará, em pasta própria, o pagamento da RPV.

BRASÍLIA, DF, 7 de julho de 2023 10:47:02.

BRUNA CHAVES FERREIRA ANSELMO

Servidor Geral

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Número do documento: 23070710471701100000151252564
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Assinado eletronicamente por: BRUNA CHAVES FERREIRA ANSELMO - 07/07/2023 10:47:17 Num. 164595207 - Pág. 1
Poder Judiciário da União

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Cartório Judicial Único - 1ª a 4ª Vara de Fazenda Pública do DF

Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto, Térreo, Setores Complementares

BRASÍLIA - DF - CEP: 70620-000. Horário de atendimento: 12:00 às 19:00.

Telefone: 3103-4321 - Email: cju.faz1a4@tjdft.jus.br

REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR - RPV

Processo: 0717878-02.2022.8.07.0018 Cumprimento / Execução

O Dr. CARLOS FERNANDO FECCHIO DOS SANTOS, Juiz de Direito Substituto da 3ª Vara da Fazenda

Pública do DF, intima para que tome as providências necessárias quanto ao pagamento da importância total de R$ 3.395,11

(três mil trezentos e noventa e cinco reais e onze centavos), na forma a seguir discriminada:

Credor/Autor: PRISCILA GALINDO REIS - CPF/CNPJ: 016.645.711-67

Valor do Crédito (R$): 3.062,37 (três mil e sessenta e dois reais e trinta e sete centavos)

Natureza do Crédito: Alimentar

Credor/Advogado: RESENDE MORI HUTCHISON ADVOGADOS ASSOCIADOS - CNPJ: 04.252.220/0001-63

(EXEQUENTE)

Valor do Crédito (R$): 332,74 (trezentos e trinta e dois reais e setenta e quatro centavos)

Natureza do Crédito: Alimentar (honorários contratuais)

ENTIDADE DEVEDORA: DISTRITO FEDERAL(00.394.601/0001-26);

Data do Ajuizamento da ação: 29/07/2019

Data base dos cálculos: 01/11/2022

Data do Trânsito em Julgado (fase de conhecimento): 21/05/2022

Data do Trânsito em Julgado/preclusão para impugnação (fase cumprimento de sentença): 07/03/2023

Renúncia de Créditos: ( ) SIM ( X ) NÃO

Contribuição Previdenciária: Não incide

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:39


Número do documento: 23070717522212300000151252558
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23070717522212300000151252558
Assinado eletronicamente por: CARLOS FERNANDO FECCHIO DOS SANTOS - 07/07/2023 17:52:22 Num. 164594577 - Pág. 1
Informações complementares: Não informado

Nos termos da Portaria Conjunta 61, de 28 de junho de 2018 do Egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios e, considerando o disposto no art. 535, § 3º, inc. II, do CPC, fica intimada a FAZENDA PÚBLICA a efetuar o
pagamento da RPV expedida no prazo de 2 (dois) meses corridos, contados da intimação via sistema - PJE, mediante
depósito judicial vinculado aos presentes autos.

Efetuado o depósito, expeça-se o Alvará de Levantamento em favor da parte credora e, na sequência, arquivem-se os autos.

Decorrido o prazo sem o pagamento, venham conclusos para realização de sequestro de verbas. Efetivado, expeça-se o

Alvará de Levantamento e arquivem-se os autos.

Brasília, Sexta-feira, 07 de Julho de 2023

FABIANA SPINDOLA FURTADO CARLOS FERNANDO FECCHIO DOS SANTOS


Juiz de Direito Substituto
Coordenadora CJUFAZ1A4

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:39


Número do documento: 23070717522212300000151252558
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23070717522212300000151252558
Assinado eletronicamente por: CARLOS FERNANDO FECCHIO DOS SANTOS - 07/07/2023 17:52:22 Num. 164594577 - Pág. 2
Poder Judiciário da União

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Cartório Judicial Único - 1ª a 4ª Vara de Fazenda Pública do DF

Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto, Térreo, Setores Complementares

BRASÍLIA - DF - CEP: 70620-000. Horário de atendimento: 12:00 às 19:00.

Telefone: 3103-4321 - Email: cju.faz1a4@tjdft.jus.br

REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR - RPV

Processo: 0717878-02.2022.8.07.0018 Cumprimento / Execução

O Dr. CARLOS FERNANDO FECCHIO DOS SANTOS, Juiz de Direito Substituto da 3ª Vara da Fazenda

Pública do DF, intima para que tome as providências necessárias quanto ao pagamento da importância total de R$ 332,74

(trezentos e trinta e dois reais e setenta e quatro centavos), na forma a seguir discriminada:

Credor/Advogado: RESENDE MORI HUTCHISON ADVOGADOS ASSOCIADOS - CNPJ: 04.252.220/0001-63


(EXEQUENTE)

Valor do Crédito (R$): 332,74

Natureza do Crédito: Alimentar (honorários sucumbenciais)

ENTIDADE DEVEDORA: DISTRITO FEDERAL(00.394.601/0001-26);

Data do Ajuizamento da ação: 29/07/2019

Data base dos cálculos: 01/11/2022

Data do Trânsito em Julgado (fase de conhecimento): 21/05/2022

Data do Trânsito em Julgado/preclusão para impugnação (fase cumprimento de sentença): 07/03/2023

Renúncia de Créditos: ( ) SIM ( X ) NÃO

Contribuição Previdenciária: Não incide

Informações complementares: Não informado

Nos termos da Portaria Conjunta 61, de 28 de junho de 2018 do Egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios e, considerando o disposto no art. 535, § 3º, inc. II, do CPC, fica intimada a FAZENDA PÚBLICA a efetuar o
pagamento da RPV expedida no prazo de 2 (dois) meses corridos, contados da intimação via sistema - PJE, mediante
depósito judicial vinculado aos presentes autos.

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:39


Número do documento: 23070717534410000000151252562
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23070717534410000000151252562
Assinado eletronicamente por: CARLOS FERNANDO FECCHIO DOS SANTOS - 07/07/2023 17:53:44 Num. 164595205 - Pág. 1
Efetuado o depósito, expeça-se o Alvará de Levantamento em favor da parte credora e, na sequência, arquivem-se os autos.

Decorrido o prazo sem o pagamento, venham conclusos para realização de sequestro de verbas. Efetivado, expeça-se o

Alvará de Levantamento e arquivem-se os autos.

Brasília, Sexta-feira, 07 de Julho de 2023

FABIANA SPINDOLA FURTADO CARLOS FERNANDO FECCHIO DOS SANTOS


Juiz de Direito Substituto
Coordenadora CJUFAZ1A4

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:39


Número do documento: 23070717534410000000151252562
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23070717534410000000151252562
Assinado eletronicamente por: CARLOS FERNANDO FECCHIO DOS SANTOS - 07/07/2023 17:53:44 Num. 164595205 - Pág. 2
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3VAFAZPUB
3ª Vara da Fazenda Pública do DF

Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto (Fórum VERDE)Cartório Judicial Único - 1ª a 4ª Vara da Fazenda Pública

Endereço: SAM Norte, Lote M, Bloco 1, Térreo, Sala T-03, Brasília/DF, CEP 70620-000

Telefone: (61) 3103-4321

Email: cju.faz1a4@tjdft.jus.br

Processo n°: 0717878-02.2022.8.07.0018

Ação: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA (12078)

Requerente: PRISCILA GALINDO REIS e outros

Requerido: DISTRITO FEDERAL

CERTIDÃO

De ordem do MM. Juiz de Direito, nos termos da Portaria Conjunta 61, de 28 de junho de 2018 do
Egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e, considerando o disposto no artigo 535, § 3º,
inciso II, do CPC, fica intimada a FAZENDA PÚBLICA a efetuar o pagamento da RPV expedida no prazo de
2 (dois) meses corridos, contados da intimação via sistema - PJE, mediante depósito judicial vinculado aos
presentes autos.

BRASÍLIA, DF, 10 de julho de 2023 13:24:13.

SONIA REGINA ALVES MENEZES

Diretor de Secretaria

Este documento foi gerado pelo usuário 051.***.***-10 em 21/09/2023 11:08:39


Número do documento: 23071013241989500000151417477
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23071013241989500000151417477
Assinado eletronicamente por: SONIA REGINA ALVES MENEZES - 10/07/2023 13:24:20 Num. 164780547 - Pág. 1

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