You are on page 1of 10
(CC opjetivos + Compreender 0 contexto da formulagao dos ideais ituministas + Entender a formagao de uma esfera publica de dis- cussio, + Explicaro processo de for- ‘magio do pensamento lu minista na Europa, + Avatiar 0 impacto do ilu minismo na socledade da época, destacando suas ‘consequéncias polticas. (CEPALAVRAS-CHAVE _ + Mluminismo + Revolugao Cientifica + Esfera pablica + Despotismo esclarecido Estudantes em laboratério de ‘quimica, $30 Caetano do Su (SP), 2010. A ciéncia contrbulu para o desenvolvimento do luminism, mas também foi beneficiada por ele pois 3 difusio da educacio propagada pelos lluministas propiciou a formagio de Novas geracdes de pensadores, 0 iluminismo 0 legado do iluminismo Nosso cotidiano esté Impregnado de aparelhos @ processos que s6 puderam ser desenvolvidos por meio da pesquisa clentifica, Basta imaginar como seria nossa vida sem eletricidade, antibioticos,telefone ¢ internet para perceber a importancia desses avangos. ‘dela de que o progresso das ciéncias melhoraria a vida humana difundiu-se por meio de um movimento que se delineou na Europano sséculo XVIll:0 iluminismo. Os iluministas acreditavam que os avancos cientifico-tecnol6gicos, aliados ao acesso mais igualitérlo a educagao, conduziriam a um mundo mais pacifico, justo € tolerante, no qual as pessoas viveriam mais e melhor, Para que isso acontecesse, porém, seriam necessarias mudancas ro plano das mentalidades e no das instituigées. Na época, a maior parte da Europa era governada por monarquias absolutas em que a Igreja, fosse catdlica, fosse protestante, ditava as normas. Em razao disso, os iluministas defendiam a separacao entre Estado e religiao. les também difundiam a idela de que o governo deveria garantir a populacdo a liberdade de pensamento e de expresso, a igualdade perante a lei e 0 acesso a educacao, entre outros direitos basicos. Segundo os iluministas, as pessoas eram capazes de orientar a propria conduta de maneira auténoma e racional e, portanto, a or- ganizacao da sociedade devia pautar-se pela razdo e pela liberdade. Assim, 0 iluminismo expressava uma visdo, sobretudo, otimista da ‘capacidade do ser humano de forjar o proprio destino. Esse movimento 60 tema deste capitulo, VIYlalZaUy CUITI Udi lovadl mer O movimento ilum sta Ga Europa e a Franga no inicio do século XVIII Ao iniciar-se 0 século XVIll,a Europa sata de um longo periodo de quer- ras, 0 qual marcou o século anterior e envolveu quase todos os paises do continente. Esses conflitos contribuiram para que uma grave depressio econémica atingisse a Europa, resultando na diminuigao do comércio de agiicar na regiao do Oceano Atlantico e de especiarias no Oriente. Houve também um processo inflacionério, causado, em parte, pela grande quan- tidade de prata extraida das colénias espanholas na América. Durante o reinado de Luis XIV (1643-1715), 0 absolutismo monarquico se consolidou na Franga. 0 rei absolutista aproveitou-se dos rompimentos cau- sados pelas querras religiosas para diminuir o poder da nobreza e aumentar seu dominio sobre toda a sociedade. 0 poder de Luis XIV era incontestavel, ainda que a perda de privilégios dos nobres fosse considerada ilegitima. 4fNesse cenario de intensas transformagoes, uma série de intelectuais franceses passou a reavaliar os valores politicos, religiosos e filos6ficos, buscando ampliar o dominio da razdo, em uma atitude que posteriormente se espalhou por outros paises da Europa e da América. Esses pensadores tornaram-se conhecidos com laine testo. A Revolucao Cientifica Stauimia era urna forma de estudo Ciluminismo foi precedido por um intenso periodo de desenvolvimento da natureza que combinava cientifico no Ocidente. Até o século XVIl, a viséo dor ante sobre a cons- ites rl truco do conhecimento buscava conciliar f€ erazdo. As Sagradas Escrituras 2 experimentagio. Com 0 ‘¢.as autoridades da Antiguldade, como Cicero e Aristoteles, norteavam os desenvolvimento da ciencia festudos das diversas reas, que iam do direito as ciénclas naturals, ‘moderna, 0 misticismo foi sende abandonado. ‘A Revolugao Cientifica dos séculos XVI e XVII, no entanto, mudou radicalmente a visio que se tinha sobre a natureza e 0 conhecimento. A Ciancia conquistou autonomia e péde se desvencilhar, pouco a pouco, da religido. Cientistas como Galileu Galilei (1564-1642) argumentavam que +p natureza era regida por leis fixas e imutavels, podendo ser expressas por meio de formulas matematicas. Com a expansio maritima dos séculos XV e XVI, 05 europeus entraram em contato com informages e interpretagdes que contestavam as opinioes Geralmente aceitas sobre o ser humano, a vida eanatureza.Aimprersay por vel difundir e compilar diversos tipos de conhecimento, ios. sua vez, tornou possi ‘como relatos de viajantes e dicion esse periodo, 0s europeus passaram a ressaltar a magnitude de seus empreendimentos, que na visao deles superavam os feitos da Antiguids- de Os gregos, por exemplo, n3o haviam realizado a expanséo mateo ou desenvolvido a ciéncia experimental. Apés 2 Revolucse Cientifica, Gifundiu-se no continente europeu a crenga de que, com base 06s: 88 conhecimentos, o saber humano poderia ultrapassar os limites estabele- cidos pela tradic30. ' wo oT Tanzaul COI GValnocanner | | | | Opinii publica Axsems coeideratestora publica 0 esp1¢0 em que os ccxtados dincutem assuntos 69 propa interesse e podem se expressar livremente. A opine pabtica ¢ 0 resultado dessas discussdes e deba- tes. Atualmente, a maloria das discussbes sobre as so- | ciedades ¢ fomentada e dis- seminada por velculos de ‘comunicagio privados, como (08 jomais, as emissoras de TWeeossites da internet, que sho, de forma geral, respon- siveis pela formacio da opi- nido pablica. Vale destacar 0 fato de quo a etra nos tempos do Ariign Regime no Soest uneamento numa altude ‘neha e pevada era praticada tambo come atvidade coletva (era yeistwamenta comum a tua em voz ‘ta para grupos de ouintes), Giese Antigo Regime © termo comecou a ser usado por volta de 1790, A razao contra a fé © jluminismo fol um movimento intelectual iniciado na Franga que se difundiu pela Europa no decorrer do século XVIIl Ele abrangia a filosofia, as, artes, as cléncias, a politica e o direlto, Seu nome faz referéncia a represen. tagdo do conhecimento como um feixe de luz, em contraposicao as trevas, que representariam a Ignordncia e a supersticao. Entre os séculos XVI ¢ XVIll, 0 termo “luz natural” era usado para designar a capacidade humana de pensar de maneira auténoma. © papel do individuo letrado, segundo os iluministas, era investigar e discutir os limites do poder, dos costumes e da natureza para libertar a humanidade do obscurantismo e dos lagos feudais. O objetivo principal era transformar a sociedade, para que a raz3o norteasse a educacio, as instituig6es politicas e os costumes. (© Acirculagao de ideias e a esfera publica Os iluministas, embora tenham defendido alguns principios comuns, nao formavam uma escola de pensamento. Muitos dos pensadores que hoje consideramos iluministas defendiam pontos de vista diferentes sobre determinados assuntos. Avariedade de opiniées circulava por escrito em livros, panfletos e jor- nais. Entre 1700 e 1789, foram criadas na Franca centenas de periédicos. Somente nos iiltimos seis meses de 1789, o ano da Revolucao Francesa, 250 jornais foram fundados, um dado surpreendente considerando que a maioria da populacao francesa nao era alfabetizada, No século XVIll, os cafés e os restaurantes passaram a dividir espaco com 05 jé existentes saldes aristocraticos, clubes de encontro, oficinas e pracas piblicas. Nesses locais, a leitura de textos alimen- tava o debate e a troca de ideias e opinides. Essa experiéncia resultou no estabelecimento de uma esfera piblica de discussio, na qual as pessoas Podiam manifestar suas opiniGes sobre os mais va- no contexto da Revolucéo Francesa, para diferenciar 6G tnovo regime”, Instaurado pelos revolucionsrios, do Jntigo Regime, superado pelo mesmo processo. Assim, ssa expressa0 designa 0 conjunto de insttulgdes. felagoes sociais, formas de poder e tradicoes que Caratterizavam a sociedades europelas entre o fim da Idade Média eo século XVI Na perspectiva dos revolucionsrias,o Antigo Regi- me era caracterizado pela monarquia absolutista, por dima soctedade marcada pelos privilégios docleroe da obreza, pela unido entre Estado e reliiao, por deveres € taxas feudals que pesavam sobre os camponeses e pela politica mercantillsta, Tudo Isso fol colocado em Aiestio pelos revoluclonsrios, que queriam insttur Gr regime de liberdade e Igualdade entre todos os cites orlogafia,dscutlu-se multo sobre ograude ccontinuldade e ruptura entre antigo e onovo regime. COrhistoriadores dividemse entre duas posigdes: uns os endem a dela de que a revoluz0 6s fim a0 Antigo pepime; outros sustentam a hipétese de que aruptura pea tao profunda assim, pos diversas caracteriticas sao tigo Regime se mantiveram 9p6s 3 revolugéo, riados assuntos, sem a necessidade de submeter seu Ponto de vista 8 aprovacao da Igreja ou do Estado. Entretanto, na Franca, até meados do século XVIll, nao havia esse movimento continuo de idelas. 'Na sociedade do Antigo Regime, as publicagdes 86 circulavam com aautoriza¢ao do rel, concedida Por meio de um corpo de funcionérios censores. Entre os critérios que podiam impedir a circulacd0 de uma obra estava o questionamento dos dogmas da Igreja, Para fugir do controle do Estado ou da lareja, editores e livreiros organizavam-se em comu- nidades, imprimiam livros clandestinamente ou no exterior € os vendiam ilegalmente. Por ess¢ meio, circulavam desde obras que criticavam @ moral vigente, como os romances do Marques d¢ Sade (1740-1814), até livros de filésofos ilumi- nistas, como Voltaire (1694-1778) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). VIYIlalZaUy CUITI Udlllovadl mer i i { { i | i GA Enciclopédia nobra mais representativa dos ideals iluminis! seax¢30 foi coordenada por Denis Diderot Tiaras een need gavembert (1727-1783) ¢ reuniu alguns dos prineipais sdblos e intetectuals Go epoca. OS 28 volumes que compdem a Enciclopédia, publicada entre 1751¢ 1772, estio agrupados conforme o assunto e divididos entre volumes textuais eiustrados. O conjunto apresentava, segundo seus coordenadores, {edo o conhecimento formulado pela humanidade até entao, desde temas miicos a oficios e costumes. A vocacao universalista e a crenga no co- frecimento € na raza0, marcas do iluminismo, eram também os princi que norteavam a Enciclopédia, A primeira edigdo vendeu quase 25 mil exemplares. A Enciclopédia privilegiava a ciéncia e a tecnologia, dedicando pouco espaco a teologia ¢ 4 religiso. O cardter abrangente e o esforgo coletivo eram as principals novidades da obra. Sua difusao s6 nao foi maior porque inicialmente o pre- o dos volumes era muito elevado e a maior parte da populagao francesa era analfabeta. Leia, a seguir, um texto sobre a importancia do legado da Enciclopédia para 0 mundo moderna. *Constitufda por uma ‘sociedade de gente de letras’, ela nao era concebida _Fronstspicio da Enciciopédla, de Diderot e O’Alembert, publicada como obra de um Gnico individuo |...]. Mas sua verdadeira importancia decorre de oUtro fato; ela ocupa halhistéria da idelas ena Hizterta social SMCS tose watts por um lugar Gnico, resultado de seu papel antropolégico e politico ¢ do uma luz intensa, tendo seu vou espirito militante que a inspirava. Ela foi, de fato, 0 ‘laboratério’ em que _rettedo pela Razdo. Biblioteca se preparavam mudancas de toda espécie, sobretudo de mentalidade, € Naclonal da Francs, Paris. foi gracas a tais mudangas que puderam ser inseridos diversos aspectos daquilo que é possfvel chamar de ‘mundo moderno’.” AT Michel O'Alembert, ou 0 raz fisico-matemtca no século do iain, “Sb Paul esta Libercade, 2005, p. 21 (Colegao Figures do saber) O declinio das enciclopédias impressas Ainternet pode ser considerada a realizagao de um sonho iluminista, uma forma de difundir conhecimentos pelo mundo inteiro. Nela, ha mul- tos omnais e revistas, além de livros, dispontveis em grandes projetos de bibliotecas virtuais. Porém, um dos maiores problemas ainda é a chamada “exclu- sio digital’, jé que apenas um terco da populagéo mundial tem acesso a rede. ‘Aconcretizacao do sonho iluministaironicamente, colocou em risco um de seus principals legados: a enc clopédia impressa, Em 2012, apés 244 anos, foi anun- ciado o fim da publicaga0, em papel, da Enciclopédia Briténica (mantida apenas na verséo vitual).A principal rao para essa mudanca foi o aparecimento de enci- clopédias gratuitas na internet, com verbetes escritos coletivamente por usuérios anénimos. Criticos 20 modelo colaborativo de elabora~ Gio de verbetes afirmam que a falta de especia- Jovem pesquisando em uma enciclopéia on-line. lizagdo das pessoas que contribuem para essas Foto de 2008. A dsseminasao da educago por melo das enciclopédias vituais indica o alcance do enciclopédias virtuais compromete a precisaoe me Snell eI eu Leas ae cada era oxo clsretnins do ste Independentemente das criticas, milhoes de essoas em todo o mundo acessam diariamente 35 enciclopédias virtuals. \ - —biyitaizado Coll Calnocanner @ luminismo e educacao ma das principals preocupacées dos iluministas fol a reforma edk cjonal. Na Franca do Antigo Regime, o ensino era restrito 2 uma pequena arcela da populagao © estava sob a responsabilidade da lorea Catolice, 1s familia ricas contratavam BteeeptOFeS para educar os filhos, Nao havia Amv sistema pablico nem universal de ensino, a Os mints defendlam uma educa gratuit, obigatiielacaou sseja livre la da religiéo, Em st fi sel ssidade de incluir historia e cléncias no Pcie ae artes plinas eram consideradas importantes no combate aos dogmas religiosos, fevando 0s individuos a buscar explicagdes racional tanto para os fend. menos naturais quanto para os acontecimentos socials, Acritica de Rousseau 0 principal renovador do conceito de educa¢ao foi o iluminista suigo radicado na Franga Jean-Jacques Rousseau. De acordo com seu pensamento, a sociedade civil havia afastado o ser humano de sua natureza, gerando efeitos nocivos ao individuo [doc. 1]. Rousseau acreditava que as socie- dades, em vez de contribuir para o desenvolvimento das potencialidades humanas, pervertiam sua bondade natural, incutindo nos individuos afetos evontades artificiais. Para Rousseau, havia um estado de natureza que nao era um estagio inferior de desenvolvimento da humanidade, mas a propria esséncia do ser humano. 0 homem natural de Rousseau ainda nao havia adquirido as marcas da civilizagao que o tornavam egoista, calculista e vaidoso. Diferentemente dos demais iluministas, que glorificavam sua época como o estagio superior do desenvolvimento humano, Rousseau expressava uma viséo negativa € pessimista a respeito do progresso e da civilizagao. A origem da propriedade privada Diferentemente da matoria dos iluministas franceses, provenientes das ccamadas prvilegiadas, Rousseau tinha origem estrangelra e humilde. Em suas obras, ele fez uma critica & sociedade de sua época, condenando a proprie- dade privada como origem das desigualdades sociais. 0 primeiro que, tendo cercado um terreno, atreveu-se a dizer: ‘sto é meu, e encontrou pessoas simples o suficiente para acreditar nele, foi 0 verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras,assas ias e horrores nao teria poupado ao género humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, houvesse gritado aos seus semelhantes: ‘Evital ouvir esse impostor. Estareis perdidos se esquecerdes ue 0s frutos sio de todos e que a terra nao é de ninguém’.” Discurso sobre a onigem ees fundomentos da desgualdade ‘gure os homers. sb0 Paulo: Marrs Fontes, 2005. 203. quantas mis ROUSSEAU, Jean Jacques Dislogando com 3 FILOSOFIA estes 1e Rousseau estabeleceu entre a existéncia da pro- 1, Explique a relagao qu 10s, querras, misérias priedade privada e a ocorréncia de crimes, assassinat e horrores. 2. 0 que vocé entende por propriedade privada? Cite alguns exemplos. VIYIlalZaUy CUITI Udlllovadl er Proceptor: professor oncart 0 de educegdo de um aluno ‘quentemente ministrando oulas fm domictic © concete de bondade natural Sorhurmano lrmussdo por Rousseau Se contapoe A tone do foto nals roms Hobbes, seado 8a Gua e agaist, necesstande do, Evtnuo para contars0us impulses fans 0 permite convivie soc Jean-Jacques Rousseau (século XVI), pintura de Maurice Quentin de La Tour. Museu Antoine Lecuyer, Saint “Quentin, Franca, 4 i y Rousseau © a educacho Rousseau acreditava que a sociedade europela » epoca estava corronpidta. Env uy primetto onto, ve modelo expartano da Grecla que omndividua deverta ser ed Joe 8 patria te. env seu livre Emilio, ou da edu cope, Se 1762, Rousseau desenvolven 0 concelto we esucegdo para a formagdo de unv Individuo ar de viver em qualquer sociedade. ma, por meio da educagao, seria possivel na nova pessoa, reabilitada, Emit, portanto, a proposta de Rousseau nao era. a de regenerar a sociedade, mas a de permi- {8 que © individuo se tornasse imune aos vicios da civilzagdo. Por meio desse pensamento, Rousseau ae ietivid castigos @ humithagoes, mas ter respeitadas a sua individualidade @ suas etapas de desenvolvimento, Idoc. 21 Tudo 0 que: nda temas ao nascer, © de que Jecisannos adultos, 6nos dado pela educagio, Essa educagao nos vem da natureza ou dos. homens ou das coisas. O desenvolvimento inter no de nossas faculdades © dle nossos Gros 6 4 educagio da natureza; 6 uso que nos ensinam a fazer desse desenvolvimento 6 a educagio dos homens; © 6 ganho de nossa propria experiencia sobre 0s objetos que nos afetam 6 a educa coisas. [ol Ora, dessas tres educagdes diferentes, a da natureza nao depende dle nds; a das coisas s6 em certos pontos depende. A dos homens 6 a Gnica dde que somos realmente senhores ¢ ainda assim 56.0 somos por suposigo, pois quem pode esperar dltigirinteiamente as palavras e as agbes de todos, (0s que cercam uma crianga?” ! concebeu um modelo hipotético de educagio para reconcitiat © homem com sua natureza. Segundo 0 modelo concebido por Rousseau, @ crianga, quando ainda nao corrompida pela ci lizagao, preservava sua bondade natural, Por isso, deveria crescer livre das influéncias negativas da sociedade e, a0 ser educada, ndo deveria receber Rousseau na atualidade As ideias de Rousseau sobre a educagio ea infancia estado presen- tes nos dias de hoje. Uma dessas ideias expressa-se na formulagao de leis que protegem criancas e adotescentes de executar atividades especificas do mundo adulto, como trabalhar, No Brasil, Estatuto da Crianga e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990, proibe o tra- batho infantile estabelece o direito & educagao e ao convivio familiar. ROUSSEAU eanjacqus Emi, ou da edvcagio (76a | fonts ul Robrt nse Rove 0 bom eoge so Pads HurantaOco Eon, 2001. 119120 Texto 1 “Respeitaia infancia ¢ no vos apressei em julgé-la, quer para bem, quer para mal. [..] Ficais alarmados por vé-la [a criangal consumir seus primeiros anos sem nada fazer. Como! Nao é nada set feliz? Nao é nada saltar, brincar, correr 0 dia todo? Em toda sua vida, nunca estard 130 ocupada.” ROUSSEAU, Jean Jacques. Emilio, ou ds educagso In: SOETARD, Michel feo: ques Rousseau, Recife: Fundagso Joaquim Nabuco/Massangara, 2010. p. 38 Palestra sobre alimentagao saudével Texto 2 ministrada em escola piblica de Campina “Ant. 16. O direito a liberdade compreende os seguintes aspectos:; _St#nde (PB), 2012. fi Questées if Il - opiniao e expressio; Tea fa) Identifique a relagao entre as ideias de Rousseau, no texto 1, € 0 trecho do Estatuto da Crianga e do Adolescente, no texto 2. 2. Na sua opinio, como as atividades lidi- cas ajudaram no seu desenvolvimento? IV - brincar, praticar esportes ¢ divertir-se; \V = partcipar da vida familiar e comunitéria, sem discriminacao BRASIL. Loin 8.069, de 13 de jlho de 1990, Dispde sobre o Estatuto

You might also like