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Segunda Aula
Segunda Aula
ARMAZENAGEM
Equipamentos e estruturas
PEPS (Primeiro a entrar, Primeiro a sair) ou em inglês, FIFO (First In, First Of)
UEPS (Último a entrar, Primeiro a sair) ou em inglês, LIFO (Last In, First Of)
FEFO (First Expire, First Of)
PEPS (Primeiro a entrar, Primeiro a sair)
ou em inglês, FIFO (First In, First Of)
O primeiro que entra é o primeiro que sai do
estoque conforme a ordem cronológica. Esse
método é o exigido pela Receita Federal para
registros contábeis, pois supervaloriza o
estoque, levando a uma maior tributação pelo
FISCO (SCHIER,2012).
UEPS (Último a entrar, Primeiro a sair) ou em
inglês, LIFO (Last In, First Of)
Além das funções de abrigar os produtos, os depósitos servem para agrupar e consolidar
as cargas, transferir e transbordar os materiais.
Existem quatro razões básicas para uma empresa utilizar um espaço físico para
armazenagem, clique nos itens a seguir para ver (BALLOU,2015).
Por meio dos armazéns teremos o uso destes espaços para a formação de estoque, que é
definido como a composição de materiais (matérias-primas, materiais em processamento,
materiais semiacabados, materiais acabados, produtos acabados) que em determinado
momento não são utilizados na empresa, mas serão futuramente. Desta forma, o conceito de
estoque inclui toda a variedade de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de
produção de seus produtos e/ou serviços (CHIAVENATO, 2005).
De acordo com Viana (2002), os principais motivos para a manutenção de um estoque
permanente se deve a necessidade de continuidade operacional, reduzindo perdas no
processo produtivo, nas incertezas da demanda ou variação no planejamento da produção,
disponibilidade imediata dos materiais, cumprimento dos prazos de entrega, além da
segurança contra os riscos de produção do mercado fornecedor e elevação repentina de
preços.
Armazenagem e estoques
Por meio dos armazéns teremos o uso destes espaços para a formação de estoque, que é
definido como a composição de materiais (matérias-primas, materiais em processamento,
materiais semiacabados, materiais acabados, produtos acabados) que em determinado
momento não são utilizados na empresa, mas serão futuramente. Desta forma, o conceito de
estoque inclui toda a variedade de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de
produção de seus produtos e/ou serviços (CHIAVENATO, 2005).
De acordo com Viana (2002), os principais motivos para a manutenção de um estoque
permanente se deve a necessidade de continuidade operacional, reduzindo perdas no
processo produtivo, nas incertezas da demanda ou variação no planejamento da produção,
disponibilidade imediata dos materiais, cumprimento dos prazos de entrega, além da
segurança contra os riscos de produção do mercado fornecedor e elevação repentina de
preços.
Armazenagem e estoques
Método de puxar (pull system): os estoques são repostos com tamanhos de pedidos
baseados nas necessidades específicas de cada armazém.
Método de empurrar (push system): reposição dos estoques por meio da alocação de
suprimentos a cada armazém com base na previsão para cada um deles.
Armazenagem e estoques
Ocorre quando um pedido não pode ser atendido a partir do estoque, pode ser de
dois tipos:
custo de venda perdida: auferido quando o cliente cancela o pedido pelo não
atendimento;
custo de pedidos atrasados: auferido quando o cliente aceita postergar o recebimento do
produto
Ferramentas de gestão de estoque
Estoque de segurança: é aquele que a empresa utiliza como proteção contra incertezas
e possibilidades de stock-out (falta de produto) (BEIER, 1995). Em sua quantificação,
faz-se necessário a avaliação do lote econômico e lead time. - Lote econômico de compra
(LEC): é a quantidade definida como melhor custo- benefício, onde temos o equilíbrio
nos custos de colocação de pedido com os custos de manutenção de estoque. - Lead time:
é o tempo de entrega do produto e é ponto relevante na avaliação dos estoques
Ferramentas de gestão de estoque
Ferramentas de gestão de estoque
• Curva ABC: é a diferenciação dos produtos em três grupos, pois nem todos tem a
mesma importância ou custo. Nessa classificação temos o princípio do 80-20, onde a
maior parte das vendas ou custo de estoque é gerada por poucos itens. Temos que os
itens classificados na categoria “A” são os mais vendidos ou considerados os mais
importantes, itens “B” possuem venda média ou importância mediana e os itens “C”
possuem movimentação baixa ou importância baixa (BALLOU, 2006).
Dimensionamento da instalação: é a definição do tamanho do armazém, isto é,
sua capacidade cúbica. Serve como inputs para a sua definição: a localização,
sazonalidade do produto, a quantidade de produto a ser estocado, suporte à possíveis
ampliações nas vendas e giro de estoque. A empresa deve avaliar a necessidade de
construir e utilizar um armazém próprio, um armazém público ou sublocado de um
terceiro. Assim como as quantidades de docas e estantes necessárias
Sistemas de gestão de estoques
• Just in Time (JIT): os fornecedores disponibilizam o material conforme necessidade
do cliente, não acumulando estoque nele. Esse sistema foi originário da observação
da relação entre a montadora Toyota e seus fornecedores. (RIOS, 2011). O JIT reduz
os custos de manutenção e de estoques, além de transferir custos trabalhistas para o
fornecedor, permitindo que a empresa foque nas atividades que gerem receitas
(WHITSON, 1997).
• por popularidade: os produtos com maior giro de estoque ficam localizados mais
próximos da área de expedição, reduzindo os custos em movimentação de carga;
• por tamanho: os produtos com menor tamanho ficam localizados mais próximos da
área de expedição.
Controle de estoques
Pequena área destinada à circulação, onde o palete fica na forma de um blocado, utilizado em espaços
restritos para armazenagem de produtos de baixo giro e alto valor agregado. Apresenta alta densidade.
• Estrutura tipo Drive-through: usado para o sistema FIFO, possui corredores mais longos, acesso
pela frente e por trás, alta densidade de armazenagem de cargas iguais e alto aproveitamento
volumétrico.
• Estrutura tipo Drive-in: usado para o sistema LIFO, possui corredor frontal, pórticos e braços
que sustentam trilhos destinados a suportar os paletes, não ultrapassando os 12 metros de altura.
• Estrutura dinâmica: usado para o sistema FIFO, permitindo a rotação automática de estoques. O
palete é colocado em uma das extremidades do túnel e desliza até a outra. Utilizado para produtos
perecíveis epossui alto custo de implantação.
Estruturas de armazenagem
Estrutura tipo Cantilever: usado para peças de grande comprimento como: madeiras,
tubos e pranchas, apresentando boa seletividade e velocidade de armazenagem.,
Demanda investimento elevado e é composta por colunas centrais e braços em balanço
para suporte das cargas, formando um tipo de árvore metálica.
Uma preocupação que passou a ser observada com mais atenção pela comunidade e
empresas é em relação ao uso dos recursos naturais como água, minerais, energia
elétrica, uso da terra e consumo de combustíveis. Desta forma, a comunidade como um
todo tem buscado alternativas para se tornar mais sustentável por meio de ações como
redução do consumo de recursos, reutilização e reciclagem de materiais. Para as
empresas o desafio pode ser maior, pois podem surgir questionamentos, como por
exemplo, como reduzir a geração de resíduos? Como tornar sua operação logística mais
sustentável? Qual a vantagem de se investir em sustentabilidade? Essas questões serão
tratadas nos tópicos a seguir.
Princípios de sustentabilidade aplicados à
logística
A Sustentabilidade é definida como o atendimento das necessidades do presente sem
comprometer o atendimento das gerações futuras. Esse conceito envolve as dimensões
ambientais, políticas e sociais. (TADEU et al., 2012)
Operações logísticas sustentáveis
Com a recente preocupação ambiental pelo uso de recursos naturais, cada vez mais escutamos
sobre reciclagem, reaproveitamento de materiais e logística reversa, cuja atuação é observada
em situações como: retorno de mercadorias após o uso (exemplo: botijão de gás), devolução
por problemas de qualidade, retorno de estoque, limpeza nos canais reversos após a vida útil
dos produtos, substituição de componentes e programa de reciclagem (FARHA, 2010).
Segundo Leite (2009), a logística reversa é definida como a área da logística que opera, planeja e
controla o fluxode matérias e as informações de retorno de seus bens produzidos pós-vendas e
pós-consumo ao ciclo de produção ou inicial, ocorrendo através de canais reversos agregando
valor aos seus bens, seja econômico, ecológico, legal, logístico ou de imagem corporativa
Logística humanitária
A logística humanitária tem ganhado mais atenção nos últimos anos, visto que os desastres naturais são cada vez mais frequentes no
mundo, atingindo populações urbanas e rurais, causando danos de ordem material e imaterial, sendo a logística fundamental para
minimizar o sofrimento das vítimas afetadas em todas as fases dosdesastres (BERTAZZO et al., 2013).
Mitigação
Etapa mais eficiente e econômica em termos de inversão de recursos e do custo social. Busca diminuir a exposição das pessoas, a
infraestrutura e o meio ambiente. Consiste em se antecipar as ações, buscando reduzir as consequências esperadas pelo evento.
Preparação
Consiste em um reforço das medidas de mitigação, visto que o fenômeno ou ameaça não podem ser eliminados. As ações buscam
reduzir o sofrimento individual e coletivo e se concretiza na elaboração dos planos de emergência, onde se incorporam os planos de
resposta operativa.
Resposta
Corresponde a execução das ações previstas na etapa de preparação, cujo objetivo é salvar vidas, reduzir o sofrimento e proteger
bens. Consiste em executar o plano de emergência pré-estabelecido, integrando as instituições responsáveis pelo atendimento.
Recuperação
Consiste nas atividades de reabilitação dos serviços básicos de saúde, energia elétrica, educação, transporte, comunicação, água,
sistemas de comunicação e recursos logísticos. Além das ações de reconstrução de infraestrutura e de habitações.
CUBAGEM RODOVIÁRIA
O fator de cubagem é um número que equivale ao “peso ideal” em relação a 1 m³ (um metro cúbico) dentro do veículo. Esse número já é prefixado e varia de acordo com o modal do transporte:
– Rodoviário: 300 kg
O peso cubado é o valor que representa o espaço que a carga realmente ocupa no veículo. Para calculá-lo, basta multiplicar a metragem cúbica (altura X largura X comprimento) pelo fator de
cubagem.
Vamos para um exemplo prático. Digamos que a mercadoria transportada pesa 1.500 kg e é composta por 3 caixas que medem cada uma 2,0 m de largura x 2,0 m de comprimento e 2,0 m de
altura.
Volume total= 24 m³
Para transformar os 24 m³ em peso, basta multiplicar a metragem cúbica pelo fator de cubagem. Vamos utilizar no exemplo o fator padrão do transporte rodoviário (300 kg):
Sendo assim, temos uma mercadoria que pesa 1.500 kg, mas ocupa o lugar de 7.200 kg dentro do caminhão. Com isso, o cálculo do frete deve ser feito com base no peso cubado de 7.200 kg.
É importante destacar que deve ser considerado sempre o maior peso. Ou seja, se as características dos volumes fossem as mesmas do exemplo anterior, mas o peso real da mercadoria fosse
9.000 kg, deve-se considerar para efeito de cálculo o peso real e não o cubado, já que 9.000 kg é maior que 7.200 kg
CUBAGEM AEREA
PESO CUBADO = QUANTIDADE DE CAIXAS x [ALTURA (m) x LARGURA (m) x COMPRIMENTO (m)] x 166,667 (FATOR
DE CUBAGEM)
Exemplo: Uma empresa precisa transportar 60 caixas de 0,1 m x 0,1 m x 0,2 m, cada uma com 1 kg, o cálculo da
cubagem será:
PESO CUBADO = 60 x [0,1 x 0,1 x 0,2] x 166,667 = 20,000 kg
Assim, apesar da carga total ser de 60 kg, na cubagem aérea seria equivalente a 20,000 kg de carga.
Geralmente as operações áereas contam com pacotes e caixas menores, se tratando de medidas em
centímetros. Por isso é feita uma transformação no fator de cubagem, de quilos para metros cúbicos.
Sabemos que pelo cálculo da cubagem aérea, 166,667 kg correspondem a 1 metro cúbico, ou seja, basta uma
regra de três para saber que 1 kg é equivalente a 0,006 metros cúbicos, ou 6000 centímetros cúbicos.
Conceitos fundamentais em logística
internacional
Com a globalização, cada vez mais países integram suas operações comerciais, que ocorrem através do transporte
internacional de produtos, na qual a movimentação pode ocorrer por diversos modais, sendo o principal meio
utilizado o modal marítimo. O ambiente competitivo leva as empresas importadoras e exportadoras a otimizarem
seus processos de Comércio Exterior, buscando reduzir o tempo perdido na execução de suas atividades, que no geral
são complexas (SILVA, 2004). Sabendo disso, podemos nos perguntar como ocorrem essas negociações comerciais?
Existem uma uniformização nos contratos? Como ocorrem essas operações envolvendo logística internacional? Essas
perguntas serão respondidas nos próximos tópicos
Particularidades da logística
internacional
O OTM tem como principal característica a emissão de um único documento de transporte denominado
Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC) que evidencia o contrato de transporte multimodal e
rege toda a operação de transporte, desde o recebimento da carga até a sua entrega no destino, onde a operação
logística pode ser realizada por meios próprios ou por meio de terceiros. Além disso, o OTM assume toda a
responsabilidade pela execução dos contratos, pelos prejuízos resultantes de perda, por danos ou avaria nas cargas
sob sua custódia, assim como por aqueles decorrentes de atraso em sua entrega, quando houver prazo acordado.
Além do transporte, inclui os serviços de coleta, unitização, desunitização, consolidação, desconsolidação,
movimentação, armazenagem e entrega da carga ao destinatário.
Agentes logísticos internacionais
Trading Company
São empresas que podem atuar na exportação, importação, representação comercial e agenciamento de
operações. Necessitam possuir o Certificado de Registro Especial, documento emitido em conjunto pela
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e Receita Federal (CASTRO, 2005). Os traders são os
profissionais que realizam as operações de compra e venda no mercado internacional, por meio das
Trading Companies.
Armador (Owner)
É o proprietário das embarcações (SILVA, 2004).
Agentes logísticos internacionais
Agências Marítimas
São as representantes do armador em determinada localidade (país ou porto), responsável por
conseguir espaços nas embarcações para os importadores e exportadores (SILVA, 2004).
Embarcador (Shipper)
Segundo Silva (2004, p. 46) “é o responsável pelo embarque da mercadoria no meio de transporte
escolhido”.
Prático
A atividade realizada pelo prático é baseada no conhecimento dos acidentes e pontos característicos da
área onde é desenvolvida a navegação, como portos, baías, lagos, rios, terminais e canais onde há tráfego
de navios (TARDIO, 2016).
Aspectos aduaneiros e legais que afetam logística internacional
De acordo com Silva (2004), os procedimentos aduaneiros podem impactar o transporte da mercadoria,
visto que os trâmites de liberação de cargas variam entre países e blocos econômicos, dependendo do
modal de transporte e características do produto. Alguns países possuem estruturas alfandegárias
inadequadas, com poucos equipamentos e com falta de pessoal, que resultam em atrasos e perda de
competitividade.
Os procedimentos aduaneiros devem ser observados com atenção pelo operador logístico no momento
da importação/exportação, pois o não cumprimento pode resultar em prejuízos. De acordo com a
Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais – SARI (BRASIL, 2017), o Desembaraço aduaneiro na
importação é o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira, liberando a mercadoria.
Neste processo ocorrerá a observação do Despacho de importação, no qual será examinado os “dados
declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à
legislação específica” (BRASIL, 2018). Já o Despacho de Exportação “é o procedimento mediante o qual é
verificada a exatidão dos dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aos documentos
apresentados e à legislação específica, com vistas a seu desembaraço aduaneiro e a sua saída para o
exterior” (BRASIL, 2015).
Custos logísticos
Corriqueiramente escutamos frases como: quanto custa este objeto? Ao avaliarmos a questão,
percebemos que o interesse do consumidor não é no custo de fato, e sim no preço do produto.
Para chegar ao preço final de um produto, temos diversos tipos de custos envolvidos,
juntamente com outras variáveis, como impostos e lucro do vendedor. A área de custos está
em constante aperfeiçoamento e seus controles estão sempre em evolução. Os custos
logísticos são controlados por relatórios gerenciais e por meio de indicadores financeiros e
não- financeiros. Podemos citar como exemplo as reclamações de clientes por atrasos na
entrega, número de avarias no transporte, índice de devoluções de produtos, tempo do ciclo
do pedido até a entrega, variações nos custos logísticos controlados (FERREIRA; SCHNORR,
2011). Iremos conhecer a seguir quais os principais custos envolvidos em uma operação
logística
Cálculos logísticos para análise integrada
Os custos logísticos devem ser conhecidos e considerados no planejamento de uma operação logística ou na
avaliação de um futuro investimento. Na figura abaixo, iremos conhecer os principais tipos de custos e suas
características:
Cálculos logísticos para análise integrada
Para auxiliar na tomada de decisão em relação aos custos logísticos são utilizadas algumas metodologias.
Alguns exemplos são listado a seguir. Clique para ver.
Direct Product Profitability (DPP): também conhecido como Lucratividade Direta do Produto é calculado
considerando o custo direto de atividades como: frete, manuseio, descontos, armazenamento e administração
direta. Não se considera no cálculo os custos indiretos fixos como supervisão, instalações, apoio,
deterioração, compras e custos de estoque. Consiste na apuração da margem bruta e a contribuição de cada
produto para o lucro da empresa.
Cálculos logísticos para análise integrada
Para auxiliar na tomada de decisão em relação aos custos logísticos são utilizadas algumas metodologias.
Alguns exemplos são listado a seguir. Clique para ver.
Direct Product Profitability (DPP): também conhecido como Lucratividade Direta do Produto é calculado
considerando o custo direto de atividades como: frete, manuseio, descontos, armazenamento e administração
direta. Não se considera no cálculo os custos indiretos fixos como supervisão, instalações, apoio,
deterioração, compras e custos de estoque. Consiste na apuração da margem bruta e a contribuição de cada
produto para o lucro da empresa.
Cálculos logísticos para análise integrada
Customer Profitability Analysis (CPA): a Análise de Lucratividade do Cliente avalia a rentabilidade dos
clientes, permitindo decisões como a de alterar a distribuição dos produtos, focando nos clientes mais
lucrativos e encerrando ou reduzindo os negócios com os clientes não lucrativos. Alguns clientes, apesar de
não serem rentáveis por comprarem grandes volumes, acabam sendo mantidos na carteira.
Total Cost of Ownership (TCO): o Custo Total da Propriedade avalia a composição do preço de compra do
produto, considerando outros custos como os de pequisa e qualificaçao de fornecedores, colocação de
pedido, requisitos de entrega, comunicação com o fornecedor, tempo de perda devido a falhas, nível de
serviço prestado e estoques.
Efficient Consumer Response (ECR): a Resposta Eficiente ao Cliente é a implantação de práticas de negócios
colaborativos, criando valor entre o cliente e fornecedor, objetivando disponibilizar o produto com um menor
custo e melhor atendimento possível. Podem ser utilizados sistemas para realizar essa integração, como, por
exemplo, os sistemas de ERP e EDI mencionados.
Parâmetros e variáveis de cálculo logístico
Incidência de impostos e taxas
Os impostos e taxas devem ser observados com bastante atenção, pois há cobranças de taxas diferentes entre
países, respeitando acordos internacionais. Quando analisamos o impacto dos impostos no Brasil, verificamos
a existência de alíquotas com valores diferentes entre os Estados, como por exemplo o Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). As diferenças de alíquotas fazem com que as empresas
busquem se instalar em locais com menor alíquota, propiciando o chamado “turismo” fiscal, em que as
empresas movimentam seus produtos apenas para obter benefícios fiscais (créditos tributários) (ANDRADE,
2013).
Custo de Oportunidade
Consiste em uma análise que identifica qual o custo da opção rejeitada dentre as alternativas possíveis de
aplicação dos recursos, assim como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir da opção abandonada ou
ainda a renda gerada em outras aplicações (NETO et al., 2006).
Parâmetros e variáveis de cálculo
Hedge
logístico
Ferramenta utilizada por empresas que operam internacionalmente, que buscam mitigar o risco de perdas
financeiras por fortes variações cambiais através do uso de instrumentos derivativos (ROCHA, 2007).
Tivemos a oportunidade de conhecer algumas das variáveis que devem ser consideradas no planejamento
logístico e que resultam em permitem aumentar o resultado da empresa através de ganhos logísticos. Com
esse aprendizado, concluímos o capítulo sobre os impactos do sistema de informação na logística.
COMO OBTER O MELHOR RESULTADO EM
SUA OPERAÇÃO LOGÍSTICA?
Desenvolvendo um planejamento logístico
Como você já deve saber, o planejamento logístico tem como objetivo fazer com que bens ou
serviços cheguem na condição adequada, no lugar correto e no instante exato. Esse objetivo será
alcançado por meio de uma série de decisões, sendo que algumas delas são pouco frequentes
(estratégicas), enquanto outras são feitas várias vezes por dia (operacionais).
Durante o processo de planejamento, algumas questões devem ser respondidas, como “Quantos
depósitos devem ser utilizados?”, “Qual o tamanho da área física do depósito?”, “Que tipo de
depósito deve ser construído?”, “Onde construir o depósito?” Qual tipo de modal devo utilizar?”,
“Devo comprar ou terceirizar o transporte das mercadorias?”.
As respostas dessas questões servem como inputs ao gestor no decorrer do seu planejamento
(BALLOU, 2015). Vamos descobrir como neste tópico.
Visão sistêmica em logística
A análise sistêmica, de acordo com Camargo et al. (2008, p. 2), engloba os itens
apresentados a seguir.
a) Descrição da estrutura atual (atividades, agentes e as regras envolvidas).
b) Explicação de como e por que tal estrutura surgiu.
c)Análise das implicações de tal estrutura sobre o desempenho econômico,
presente e futuro.
d) Análise de possíveis pontos de mudança sobre o desempenho do sistema.
Etapas do planejamento
• Planejamento tático: utilizado para decisões de curto prazo. Quando falamos sobre planejamento
tático da produção, há uma preocupação das empresas para o atendimento adequado da demanda,
influenciando nas decisões de produção em médio prazo, visando soluções que contribuam
positivamente para o resultado da empresa. (ARRUDA JUNIOR, 2014)
• Planejamento operacional: utilizado nas decisões operacionais de curto prazo, nas quais temos os
métodos definidos, assim como os processos e sistemas a serem utilizados.
Cada nível de planejamento, perceba, possui uma função crucial no processo decisório, compondo o corpo da
organização na contribuição para o alcance dos objetivos traçados pelo gestor (OLIVEIRA, 2007).
Etapas do planejamento
O planejamento logístico busca resolver quatro grandes áreas de problemas. Veja quais são elas clicando nas
abas seguir.
Níveis de serviço ao cliente
Pode ser entendido como a capacidade em gerar valor e oferecer aos seus clientes produtos/serviços que
excedam ou equilibrem as suas expectativas por uma organização (FARIA; COSTA, 2008).
Com exceção do nível de serviço ao cliente, que é definido como o resultado das outras três áreas, podemos
considerar o planejamento logístico como um triângulo de tomada de decisões logísticas. Nele, perceba, as
áreas de decisão estão inter-relacionadas. Na figura a seguir, temos esse triângulo.
O cenário brasileiro e a estrutura de
logística e transportes
O Brasil tem vivenciado um crescimento e modernização das empresas logísticas, que buscam operações
mais eficientes, confiáveis e sofisticadas, a fim de serem mais competitivas mundialmente. Contudo, há em
nosso território uma infraestrutura problemática, que compromete a qualidade do serviço, elevando os
custos operacionais e impactando o desenvolvimento econômico do país como um todo (WANKE, 2010).
Na raiz desses problemas estruturais temos como causas a forma como são realizados a priorização dos
investimentos governamentais, sua regulação e fiscalização, que acabam por levar o país a uma grande
dependência do modal rodoviário, refletindo na baixa produtividade logística, baixa eficiência energética e
elevado nível de insegurança nas estradas (WANKE, 2010). Essas causas atreladas à burocracia e ao descaso
com as ferrovias, portos e aeroportos, resultam em uma logística lenta e cara para o consumidor final,
impactando as operações de comércio nacional e internacional (SARTO et al, 2015).
Infraestrutura
De acordo com o CNT (2017), quando discorremos sobre a infraestrutura rodoviária brasileira, temos que o
Brasil possui 1.720.756km de rodovias, dos quais apenas 211.468km são pavimentados, representando
12,3% da extensão total. Esse valor representa uma densidade de infraestrutura rodoviária de 24,8km por
1.000km² de área, o que é um valor baixo quando comparado a outros países de dimensão territorial
semelhante. Podemos citar como exemplo os Estados Unidos, que possuem 438,1km por 1.000km² de área.
Veja e compare essas estatísticas no gráfico a seguir
Agentes
Nas operações logísticas, os agentes são os responsáveis pela execução das diversas atividades envolvidas e
executadas. Podemos citar os transportadores (que são os proprietários dos equipamentos utilizados para o
transporte da carga, independentemente do modal escolhido); os agenciadores de cargas (profissionais que
fazem a integração entre o proprietário da carga e o transportador); as concessionários (empresas que
possuem a concessão para explorar uma rodovia, ferrovia, porto ou aeroporto); os operadores logísticos
(empresas que executam diversas atividades logísticas por meio de contratos distintos); os operadores de
transporte multimodal (empresas que executam diversas atividades logísticas por meio de um único
contrato); os armazenadores (empresas que prestam o serviço de armazenagem); e os distribuidores
(empresas que realizam a distribuição de produtos através de transporte próprio ou pela contratação de
transportadores).
Esses são os principais agentes logísticos envolvidos em uma operação logística. A seguir conheceremos mais
profundamente sobre as ações de contingência
Contingências
As empresas buscam concentrar seus esforços e recursos na obtenção de operações eficientes, contudo
podem ocorrer situações atípicas que alterarem de forma significativa a operação no curto prazo. Esses
eventos podem ser fenômenos climáticos como enchentes, terremotos, assim como greves, incêndios ou
defeitos dos produtos (BALLOU, 2015).
A seguir, detalharemos duas ocorrências típicas que envolvem planos de contingências: as paradas do sistema
e o recolhimento do produto:
Parada do sistema
Ocorre quando uma empresa interrompe suas atividades por algum motivo (parada para manutenção, greve,
incêndio, entre outros) impactando na oferta de seu produto no mercado. Nesse caso, a empresa atua
buscando outros meios de fornecer o produto, que pode ocorrer por meio de importações, utilização de
outras fábricas ou centros de distribuição (BALLOU, 2015).
Contingências
Recolhimento do produto
Ocorre quando uma empresa oferta um produto que possui algum item com defeito ou quebrado. Nesse caso,
a empresa atua com seu plano de contingência, recolhendo o produto defeituoso ou substituindo-o por outro
em condições adequadas. Essas operações são caras, pois envolvem diversas áreas da empresa para o
recebimentodo produto defeituoso (BALLOU, 2015).
O motivo para uma empresa elaborar um plano de contingência se deve principalmente ao seu compromisso
em atender seus clientes, utilizando seus recursos logísticos para manter um bom nível de serviço ao seu
cliente, evitando perdê-lo, mesmo em momentos extraordinários e críticos (BALLOU, 2015).
Avaliação de desempenho de
operações logísticas
O crescimento da concorrência vivenciado nos últimos anos, em que a competição deixou de ser
no âmbito regional e passou a ser mundial, levou muitas empresas a se preocuparem quanto à
qualidade dos seus processos produtivos. Essa mudança de cenário demanda dos gestores dessas
instituições o uso de sistemas de controle que forneçam informações essenciais para a
compreensão, acompanhamento e aperfeiçoamento das suas atividades, permitindo comparar
seus resultados aos seus concorrentes (informações comparativas) (MELLO, 2005).
Sabendo disso, podemos nos perguntar: “Como medir o desempenho das operações logísticas?”;
“Como comparar seus resultados aos de seus concorrentes?”.
Avaliação de desempenho de
operações logísticas
Indicadores
A avaliação do desempenho permite aos gestores conhecer a real situação de uma empresa em relação aos
objetivos estabelecidos, além dos desvios quantitativos e qualitativos, subsidiando a tomada de decisões e
ações corretivas quando necessárias. No processo de avaliação de desempenho devemos nos perguntar: “Por
que medir?”; “O que medir?”; “Como medir?” (MIRANDA; SILVA, 2002).
A resposta à primeira pergunta (Por que medir?) é motivada pela necessidade que as organizações possuem
de acompanhar e conhecer se as ações implementadas estão de acordo com a missão. A segunda pergunta (O
que medir?) está relacionada à verificação da realização da meta ou objetivo, da estratégia e da missão. E a
terceira pergunta (Como medir?) é respondida pela avaliação do desempenho que possibilita conhecer quem
contribuiu para atingir os objetivos, quando foram atingidas, quais as dificuldades e quais as falhas ocorreram
no processo decisório (MIRANDA; SILVA, 2002).
Avaliação de desempenho de
operações logísticas
Indicadores acabam por ganhar uma importância significativa na orientação dos gestores, visto que serão
subsídio na tomada de decisão, podendo ser desdobradas em três níveis diferentes: estratégico, tático e
medidas de rotina (NEVES, 2009).
A seguir, detalharemos um pouco mais esses níveis. Confira!
Indicadores Estratégicos ou Business Intelligence – BI: usualmente são acompanhados pela diretoria,
totalizando cerca de cinco indicadores, fazendo parte do sistema de inteligência da empresa. São
monitorados constantemente pelos diretores de logística ou Supply Chain (SILVA et al., 2018).
On-time delivery
OTD: é um indicador feito para medir o percentual de
pedidos entregues no prazo, ele avalia a qualidade do serviço
prestado ao cliente (SILVA, 2007).
Eficiência Global de Equipamento
OEE: é um indicador formado a partir da análise da
disponibilidade, o desempenho e a qualidade (SILVA JUNIOR,
2014).
Avaliação de desempenho de
operações logísticas
Metodologias
Existem diversas metodologias de sistemas de medição de desempenho, vamos descrever algumas delas a
seguir.
• Strategic Measument, Analysis, and Reporting Technique – SMART – Performance Pyramid – tem
como principal característica ser uma medida de desempenho desdobrada da estratégia da empresa,
que mede a eficiência interna e a eficácia externa. Nesse método, é utilizada a pirâmide de performance
que foi desenvolvida com base nos conceitos de Gestão da Qualidade Total, Engenharia Industrial e
Custeio Baseado em Atividades (MARTINS,1999). Na figura a seguir, temos a estrutura da Performance
Pyramid.
Avaliação de desempenho de operações logísticas
Avaliação de desempenho de operações
logísticas
Nessa metodologia, o foco é a integração entre as estações de trabalho de tal maneira que elas façam a gestão
das medidas de desempenho operacionais que sustentam a visão da corporação. Os níveis de unidade de
negócios e de sistemas de operação do negócio intermediam a ligação entre os departamentos e a alta
administração. De acordo com Martins (1999),
[...] as medidas de desempenho são divididas em dois grupos: aquelas que medem a eficiência interna das
atividades e dos departamentos expressos para a alta administração, em termos financeiros, e para as
operações, em termos físicos (tempo de ciclo e perdas); e aquelas que medem a efetividade externa em
termos de mercado.
Balanced Scorecard – BSC: é um dos métodos mais utilizados pelas empresas e possui como característica
ser uma medida de desempenho agrupado em quatro perspectivas (financeiro, cliente, processo interno de
negócio e aprendizagem e crescimento). Na figura a seguir, temos a estrutura do BSC.
Avaliação de desempenho de operações logísticas
Avaliação de desempenho de operações
logísticas
Vamos detalhar um pouco mais sobre as quatro perspectivas do BSC? Acompanhe!
Perspectiva financeira
São os resultados econômicos das ações já realizadas. Essas medidas de desempenho são usualmente
relacionadas à rentabilidade. Podemos citar entre elas o retorno sobre o capital investido, a receita operacional
e o EVA (Economic Value-Added - valor econômico adicionado) (MARTINS, 1999).
Perspectiva do cliente
São as medidas de resultados para os segmentos de mercados e clientes atendidos. Podemos citar entre elas a
satisfação e retenção do cliente, assim como a rentabilidade por cliente (MARTINS, 1999).
São as medidas que identificam onde a organização precisa focar para atingir uma ruptura significativa no
desempenho. Podemos citar entre elas, a capacidades do funcionário, “capabilidade” do sistema de informação
e motivação, empowerment e alinhamento (MARTINS, 1999).
Sete Critérios de Desempenho: metodologia proposta por Sink e Tuttle (1993), em que temos que sete
critérios devem ser medidos em um sistema organizacional (eficácia, eficiência, qualidade, produtividade,
qualidade de vida do trabalho, inovação e lucratividade). Na figura abaixo, temos a estrutura com os sete
critérios.
Avaliação de desempenho de operações
logísticas
Simulações em logística empresarial
Mas, a partir dessas avaliações, como saber se a decisão tomada foi a mais adequada? Tenha em mente
que muitas questões são respondidas por meio da simulação computacional, que busca reduzir o risco do
gestor em sua tomada de decisão. A seguir, conheceremos os cálculos que integram os custos logísticos,
assim como ferramentas utilizadas em simulações para apoio na tomada de decisão (PIZZOLATO;
GANDOLPHO, 2009).
Cálculos integrados de custos logísticos
Os custos logísticos devem ser vistos de forma integrada, pois considerações ou decisões tomadas sem visualizar
o sistema logístico como um todo podem impactar de forma significativa a lucratividade da operação. De acordo
com Ballou (2015), quando uma organização opta por utilizar um espaço físico para armazenagem, tende a
usufruir de uma redução nos custos de transporte, pois utiliza melhor a capacidade de carga do modal,
movimentando lotes maiores. Essa avaliação entre a elevação do custo de armazenagem em detrimento da
redução no custo de transporte deve ser avaliada pelo gestor, que decidirá qual operação é mais rentável para a
empresa. Se é mais rentável realizar mais viagens com os veículos que possui, ou construir um armazém e
reduzir as viagens de sua frota.Outro tipo de avaliação de custos logísticos que podem surgir é a de construir um
armazém em detrimento de alugar um de terceiro. Situação similar pode ser a demanda em relação ao uso de
frota própria em detrimento deterceirizar o transporte para transportadores autônomos.
Confira, no vídeo a seguir, um caso prático que exemplifica a avaliação dos custos logísticos para a implantaçãode
um projeto logístico.
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1
972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1549634681&entry_id=0_toou4dyn
Análise de cenários e tomada de decisão
De acordo com Pizzolato e Gandolpho (2009), nos estudos de Pesquisa Operacional, a utilização de
modelos é corriqueira, visto que esse é um recurso adotado para problemas complexos que desafiam a
criatividade humana. Quando o problema é simples, não são necessários muitos estudos para sua solução,
bastando usar a experiência, a intuição, o saber comum. Contudo, conforme se aumenta a complexidade
do problema, há a necessidade de se construir um modelo, que busca simplificar a realidade, preservando
as relações essenciais de causa e efeito sobre o problema.
Como resultado, é criado um modelo simbólico, usando-se as relações matemáticas que descrevem o
problema em estudo. A figura a seguir ilustra o procedimento. Confira!
Análise de cenários e tomada de decisão
Análise de cenários e tomada de decisão
Suas capacidades.
Suas capacidades.
O uso de simuladores é uma ferramenta poderosa na análise de cenários, contudo existem outras
metodologiasde suporte a tomada de decisão, como as citadas a na interação a seguir. Clique para ver.
Análise PEST (Política, Economia, Social e Tecnologia): nessa metodologia se avalia os ambientes político-
legal, econômico-demográfico, sociocultural e tecnológico-natural, sendo que, a partir dessa ferramenta de
análise, o gestor consegue visualizar com maior clareza desafios, oportunidades e tendências presentes em
seu contexto competitivo (KOTLER, 2000).
Análise de cenários e tomada de decisão
Princípio de Pareto: por meio desse diagrama, é possível visualizar a relação ação/benefício, ou seja,
prioriza a ação que trará o melhor resultado. Consiste em um gráfico de barras que ordena as frequências das
ocorrências da maior para a menor e permite a localização de problemas vitais e a eliminação de perdas. O
principal benefício é a identificação dos itens mais relevantes entre aqueles com baixa significância (BARBOSA,
2009).
Método AHP (Analytic Hierarchy Process) ou Método da Análise Hierárquica do Processo: é uma
teoria demedição relativa, em que o problema requer uma avaliação tanto quantitativa quanto qualitativa.
Nesse método, é utilizada uma hierarquização dos critérios, seguido da comparação entre eles, classificando
os itens quanto à sua prioridade. As comparações obedecem a uma escala de números absolutos de 1 a 9. Após
a análise da matriz obtida, o gestor poderá escolher qual a melhor opção, sendo aquela com maior pontuação
(BRICHI et al., 2015).
Análise de cenários e tomada de decisão
As rápidas mudanças vivenciadas pelas empresas têm-nas levado a utilizar modelos de gestão cada vez mais
flexíveis, que permitem a rápida tomada de decisão frente às influências/demandas crescentes dos grupos de
stakeholders. Dessa forma, a visão sistêmica tem contribuído para o avanço de estruturas organizacionais que
permitem responder a esse novo cenário emergente. Além disso, esperamos que as organizações sejam
analisadas de uma forma mais ampla, permitindo ao gestor entender a complexidade das decisões do dia a dia
e a sua integração com as demais áreas da empresa (PRADO et al., 2013).
Qualquer que seja a natureza de uma organização, as diversas áreas devem ser bem conduzidas em busca do
sucesso organizacional, evitando conflitos e buscando a integração entre as atividades. A integração é
fundamentada por um correto fluxo de comunicação, facilitando o alinhamento entre os objetivos e metas das
áreas (PRADO et al., 2013).
Visão sistêmica e estratégica aplicada à tomada de decisão
logística
A organização dos recursos de forma integrada possibilitará que as empresas sejam mais eficientes e efetivas,
tornando-as mais competitivas em seus mercados, aumentando sua produtividade e satisfação dos
colaboradores. Assim, o modelo sistêmico propõe que os gestores estejam alinhados entre si, para que as
áreas se sintam parte de uma única empresa, uma organização maior (PRADO et al., 2013).
A integração entre as lideranças permite um melhor suporte ao gestor no momento da tomada de decisão, em
que a decisão é de todos e não somente do gestor que “assina”. Neste tópico, tivemos a oportunidade de
conhecercomo a visão sistêmica e estratégica é aplicada na tomada de decisão.