Sintoma como metáfora ou mesmo ciframento semântico das experiências
pulsionais, produzindo um eclipse do corpo pelo simbólico, até o sintoma como acontecimento de corpo. Nesse viés, Lacan remete a existência humana a sintomas perambulando pelo mundo e introduz assim uma nova psicologia das massas, na qual, o laço social se dará não tanto mais fundado na identificação, mas a partir do acontecimento de corpo.
Um lugar para o fora do corpo e o sem-lugar
Com o objeto a inaugura-se a dimensão do gozo que escapa ao corpo, uma experiência que vai além do corpo. Invento de algo que resta como excedente ao simbólico que já não é mais, ele mesmo, significante. A natureza de semblante do objeto a, pois mesmo que esse objeto se encontre no caminho que vai do simbólico ao real, é ainda, um modo para o corpo se gozar, através de um desvio pelo roteiro ritualizado de sentido que a fantasia proporciona. Fort-da, o efeito do desaparecimento da mãe se torna secundário, sendo o ponto em que ela abandonou perto do filho o que ele vigia. Apontando uma falha do significante em simbolizar essa ausência, o que faz com que o sujeito, diante desse fosso e reduzido ao silêncio, se apegue ao objeto. Logo, o sintoma, sustentado na lógica fálica fantasmática, visa obturar pelo sentido a experiência do sem-lugar no corpo para o gozo, equivalente essa experiência do sem-lugar no corpo para o gozo, equivalente essa experiência a uma falta-a-ser. O sintoma proporciona ao sujeito a ilusão de ganhar corpo através de uma pretensa consistência ontológica. Assim, o sintoma buscaria ser. Ter um corpo seria fazer a experiência do gozo, que se inscreve pela incidência da língua nesse corpo. Daí produz-se um sujeito como ausência, como furo, furotraumatismo, veiculada pelo sinthoma que insiste em fazer o corpo se ausentar, pois há sempre um furo na linguagem. A linguagem saí do seu papel na comunicação para o papel de gozo. O que faz sinthoma para um corpo a consistência de gozo que faz com que esse corpo ex-sista. Acontecimento de corpo político e a imanência do sinthoma laço que me permite manter quem eu sou fica preso na fantasia, demanda que o outro ocupe uma posição fálica, uma relação mortífera fantasia - uma forma de apreensão do gozo
O laço social, em Freud, se constitui no traço identificatório com o pai da
horda, o líder do grupo ocupa o lugar do ideal do eu, sendo elevado ao grau máximo de autoridade. Nesse viés, o ser falante em Lacan, que goza da linguagem, é um ser social, o coletivo não é nada mais do que o sujeito do individual.
A dança como o sinthoma
arte tem que causar impacto
Parte da relação entre trauma e o acontecimento de corpo.
O sintoma histérico se constituiria como aquele que ao fazer o corpo falar, esse corpo fala a língua do pai, ao sintoma que se limita à escrita silenciosa da consistência de gozo.