MATERIAL DE REDAÇÃO

PARTE 2

Redação 1
 OS PARÁGRAFOS DE DESENVOLVIMENTO

1. QUAL A FUNÇÃO DE UM PARÁGRAFO DE DESENVOLVIMENTO

A função do parágrafo de desenvolvimento é, basicamente, apresentar aspectos

pertinentes ao tema que sejam capazes de auxiliar na argumentação ou na reflexão
apresentada pelo autor. Importante é salientar que o parágrafo de desenvolvimento
não deve apenas se preocupar em emitir opiniões ou em expressar o que o candidato
acha que deveria ser feito para que o problema em questão fosse solucionado.
Temos, acima de tudo, que refletir sobre o que falamos. Mas como refletimos? Ora,
refletimos pensando nas causas das coisas, nos porquês de elas ocorrerem, no modo
como elas ocorrera. Por exemplo: dizer “devemos resolver o problema da educação no
país” é apenas uma opinião, sem nenhuma carga informativa ou reflexiva. Já se
dizemos “devemos resolver o problema da educação no país, já que a falta de ensino
está fazendo com que nossos jovens se marginalizem”, estamos refletindo sobre o que
foi dito. Portanto, jamais apenas apresentar opiniões: é importantíssimo que façamos
uma reflexão sobre elas.

2. A ESTRUTURA IDEAL DE UM PARÁGRAFO DE DESENVOLVIMENTO

Um parágrafo de desenvolvimento é, em última instância, uma dissertação de curta

extensão. Portanto, se houver problemas na sua construção, pensemos no seguinte. A
primeira parte do parágrafo pode apresentar o tema a ser desenvolvido no parágrafo.
A segunda frase, ou a segunda e a terceira, se houver espaço, podem ser as
responsáveis pela reflexão do candidato sobre o que foi enunciado na primeira. E a
terceira frase, se possível, pode ser uma conclusão a respeito da sintética discussão
empreendida dentro do próprio parágrafo. Por isso, devemos ser cuidadosos ao
promover uma troca de parágrafos. Cada parágrafo deve ter uma e apenas uma ideia
central, a qual devem se juntar outras para que se produza uma unidade de sentido,
um todo coeso e significativo.

3. O TÓPICO FRASAL: O QUE É E PARA QUE SERVE

O tópico frasal, que não é uma obrigatoriedade de um parágrafo, mas que pode nos
ser bastante útil, nada mais é do que uma frase que sintetiza e delimita o âmbito de
discussão do parágrafo. A minha dica é que o tópico frasal (a frase-síntese) seja posta
logo na abertura do parágrafo, para facilitar a nossa tarefa de desenvolvê-lo. Assim,
imaginemos que eu inicio o parágrafo com a seguinte frase: “A Constituição Federal
brasileira é clara no que diz respeito à pena de morte”. Esta frase é uma delimitação
de aspectos: nela só cabem elementos que relacionem a penas de morte e a
Constituição, ou as intenções de uma ou de outra. Se eu colocar nesse parágrafo
alusões à religião, por exemplo, estarei incorrendo em erro, uma vez que a nossa
Constituição é a Constituição de um Estado laico, compreendem? “Ah, mas eu quero
porque quero falar da religião!” Ok. Para isso, abrimos um novo parágrafo, com um
novo tópico frasal: “Também as religiões costumam se posicionar contra a pena
capital”. E daqui seguimos.

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4. ARGUMENTOS BONS E ARGUMENTOS RUINS

Não há, objetivamente falando, uma divisão entre argumentos bons e argumentos
ruins. Devemos só tomar alguns cuidados, como não nos basearmos em nossas
crenças pessoais para embasar a argumentação (reencarnação, existência de Deus),
não sermos demasiado otimistas (quando o homem for mais solidário...), e não
assumirmos posturas muito polêmicas e difíceis de defender. Afora isso, o que vale
mesmo é a qualificação da linguagem e da argumentação empreendida.

A CONCLUSÃO

PREOCUPAÇÕES ELEMENTARES NA CONSTRUÇÃO DE UMA BOA

CONCLUSÃO

1. Apresenta um caráter de retomada, mas em novos termos, do que já foi dito.

2. Deve tecer as considerações finais a respeito do tema desenvolvido.

3. Se possível, reafirmar o ponto de vista defendido ao longo do texto

CONCLUSÕES PARA ANÁLISE

1. “Forçar” a entrada em escolas superiores de brasileiros historicamente destituídos

de direitos fundamentais como a educação, através de ações “inclusivas” como as
cotas, não deve ser o desejo da sociedade nacional, mas sim uma promoção geral
do sistema educacional dando condições a qualquer aluno à igualdade de
concorrência por uma vaga.

2. Nesta seara, concluímos que não é a cor da pele que deve ser utilizada como
critério de inclusão de afro-descendentes nas universidades públicas, pois adotando
esse modelo estaríamos criando e incentivando novas formas de discriminação,
aliado ao fato de estarmos lidando de forma paliativa com a questão da inclusão
social.

3. Portanto, a legislação serve para guiar a sociedade. De nada adianta uma lei que
não atenda às necessidades atuais da população. Por isso, legisladores e agentes
políticos devem estar atentos às mudanças para manter nossa legislação
atualizada.

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4. Pelo exposto, podemos perceber quee o surgimento de outras legislações ao
nosso ordenamento jurídico que possibilitou a sua aplicabilidade face às novas
necessidades. Além disso, sendo a sociedade dinâmica, não podemos permitir o
erro da lei se torrnar inexequível.

5. Cidadão é quem, antes de tudo, tem consciência de que a garantia dos seus
direitos depende da sua vigilância, do seu senso crítico, da sua seletividade e do
seu não-conformismo. A filiação partidária e o ato de votar fazem parte do brasileiro
em busca de melhores políticos e bons governantes.

6. Portanto, a utilização da internet configura-se em importante ferramenta de

“marketing”, cabendo aos partidos utilizá-la de forma adequada, respeitando as
imposições legais.

7. A efeitividade do sistema de tripartição de poderes na nossa democrqacia

depende da força que cada poder deve ser para, de maneira coordenada com os
demais poderes, exercer sua função precípua.

8. Destarte, se um desses poderes não exercer as suas competências dentro de

seus limites, estará colocando em risco o equilíbrio (freios e contrapesos) e a
harmonia do sistema democrático de direito.

9. Enquanto essa questão não for prioridade, continuaremos assistindo a notícias

sobre mensalões, fraudes nas instituições e políticos sem escrúpulos perpetuados
em seus cargos públicos.

10. Cabe a cada cidadão a fiscalização e a valorização de tais preceitos. A

conquista da democracia nos foi muito cara: anos de luta, muito sofrimento e várias
mortes. Temos uma tarefa, de certa forma, mais fácil que nossas gerações
passadas: manter e aperfeiçoar suas conquistas, para não mais nos submetermos a
nenhum tipo de despotismo.

11. Portanto, em um estado democrático, com seus respectivos poderes bem

definidos, o fortalecimento de cada um deve ser harmonioso dentro da legalidade.
Dessa forma, é mantida a efetiva democracia priorizando o interesse público.

12. Por fim, pode-se concluir que, para uma efetiva democracia, os três poderes da
união devem seguir uma harmonia entre suas respectivas competências.
Lembrando-se sempre de que o Governo é a resultante desse equilíbrio.

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13. Dessa maneira, não basta que constem os direitos sociais explícitos na lei, se a
Administração Pública, em conjunto com a própria sociedade, não coloca em prática
o que é garantido. É necessário consciência sobre os valores morais e sociais e,
mais que tudo, é preciso que as pessoas respeitem o direito das outras.

14. Assim sendo, tais fatos demonstram que o Brasil, embora tenha leis contra a
discriminação, não terá sua sociedade igualitária enquanto também não buscar
meios de educação e esclarecimento social. De fato, deve-se criar uma cultura de
respeito, em vez de apenas publicar normas e acreditar que a igualdade ocorrerá
por alguém ter medo de sofrer alguma punição.

15. As leis existem para orientar a conduta das pessoas, seja impondo limites, seja
deliberando sobre direitos, devendo ocorrer uma harmonia entre os dois tópicos.
Dessa forma, de nada adianta um conjunto de leis perfeito, se não houver a
consciência de cada um em relação ao seu papel na busca da ordem social justa e
estável.

16. Neste sentido, um estado democrático de direito só se sustentará se houver

poderes de Estado e instituições fortes mas independentes, que atuem em
harmonia. O equilíbrio institucional só se manterá se um poder não se sobrepuser
ao outro, desestabilizando a própria democracia.

17. Sendo assim, os cidadãos devem sempre estar atentos às três esferas do
poder, pois é dever de todos, assim como bem comum, a conquista e a manutenção
da democracia. Enquanto a democracia estiver preservada, a sociedade sabe que
pelo menos tem meios de fazer valer a sua vontade de maneira pacífica.

18. Dessa forma, fica evidenciado que a propaganda eleitoral feita pela internet é
muito benéfica para a cidadania. Devemos, contudo, ficar atentos aos abusos como
propagandas antecipadas.

19. Portanto, com o acesso à internet cada vez mais popularizado, este será uma
forma de divulgação muito efetivo e eficaz. Pois os eleitores serão atraídos a busar
informações e as obterão de maneira rápida e fácil.

20. Enfim, a grande quantidade de leis publicadas em nosso país sobre os mais
variados temas tem de ser melhor aplicada pelos responsáveis, sobretudo com o
intuito de conscientização. É necessário, sem dúvidas, fiscalização,
acompanhamento e controle mais eficiente para que a lei seja cumprida.

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