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ii
SÍNTESE DE FISCHER-TROPSCH: PROCESSOS
INDUSTRIAIS E ADSORÇÃO DE CO EM
AGLOMERADOS METÁLICOS
Aprovado por:
________________________________________
Luciana Camacho (UERJ), D.sc.
________________________________________
Suzana Borschiver (DPO/EQ), D.sc.
________________________________________
Mariana Mattos (DPI/EQ), D.sc.
Orientado por:
________________________________________
Donato A. G. Aranda, D.sc.
________________________________________
Rafael Monteiro (INPI), M.sc.
i
Santana, Cristiane Nascimento.
Síntese de Fischer-Tropsch: Processos Industriais e Adsorção de CO em
Aglomerados Metálicos / Cristiane Nascimento Santana. Rio de Janeiro: UFRJ/EQ,
2006.
vi, 92 p.; il.
(Projeto Final de Curso) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de
Química, 2006. Orientadores: Donato A. G. Aranda e Rafael Monteiro.
1. Fischer-Tropsch. 2. GTL. 3. Catalyst of Fe/Co. 4. Projeto Final de Curso.
(Graduação – UFRJ/EQ). 5. Donato A. G. Aranda e Rafael Monteiro. I. Título.
ii
Dedico este trabalho a minha família e a todas as pessoas
que acreditaram e confiaram em mim.
iii
“Nada acontece por Acaso”
iv
AGRADECIMENTOS
A minha família por todo apoio, carinho e compreensão em todos os momentos, tanto
felizes quanto difíceis.
Ao André, que é uma pessoa muito especial para mim e está sempre ao meu lado em
todos os momentos.
Aos meus orientadores por todo suporte e compreensão durante todo o tempo da
confecção do trabalho.
v
Resumo do Projeto Final apresentado à Escola de Química como parte dos
requisitos necessários para obtenção do grau de Engenheiro Químico com
ênfase na área de Petróleo e Gás Natural – Engenharia de Petróleo.
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RESUMO
vi
No processo de Fischer-Tropsch o gás natural é convertido em
hidrocarbonetos e água com a utilização de catalisadores. Este processo é
muito exotérmico com o calor de reação de 170 kJ/mol. O processo ocorre em
três etapas: geração do gás de síntese, síntese de Fischer-Tropsch e
hidrotratamento. Os catalisadores clássicos para a hidrogenação de CO são
feitos de metais como Fe, Co, Ni, Ru ou Rh suportados em vários óxidos.
Entretanto, outros metais como cobre, por exemplo, e outros suportes também
são utilizados. Os catalisadores mais utilizados na industria atualmente são os
de ferro e de cobalto.
O processo de Fischer-Tropsch gera produtos como o diesel, nafta, óleos
lubrificantes, querosene e outros, combustíveis estes que são considerados
ultra limpos, devido à redução de enxofre, compostos aromáticos e metais.
Esses produtos apresentam alta qualidade, com alto número de cetano para o
diesel, um alto número de octano para a gasolina, alto poder calorífico, muito
baixa toxicidade, boa biodegradabilidade e imiscibilidade em água.
A partir das projeções de demanda realizadas, nota-se que num futuro
próximo, a demanda nacional de diesel é crescente e já que este é um dos
produtos da síntese de Fischer-Tropsch, pode se tornar um dos produtivos
investimentos que o Brasil poderá a vir fazer.
Percebe-se que a oferta de combustíveis de Fischer-Tropsch está
crescendo e diversas novas plantas estão sendo construídas com capacidades
cada vez maiores, isto devido à economia de escala que para os processos
GTL é um grande fator de diminuição dos custos do produto final.
Os resultados da adsorção de CO nos aglomerados metálicos mostram o
melhor desempenho observado na Síntese de Fischer-Tropsch para o
catalisador de cobalto em comparação com o de ferro, uma vez que este é
menos estável em relação ao outro. Porém em ambos os metais existe uma
boa mobilidade necessária para a reação com o hidrogênio, não deixando o
CO excessivamente “agarrado” a superfície.
vii
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
ÍNDICE
1. Introdução _________________________________________________________ 1
2. O Gás Natural: Pricipal Matéria-Prima para Síntese de Fischer-Tropsch ______ 3
2.1. Características do Gás Natural ____________________________________ 3
2.1.1. Definições___________________________________________________ 3
2.1.2. Composição _________________________________________________ 5
2.2. Usos e Aplicações do Gás Natural __________________________________ 7
2.2.1. Principais Usos e Aplicações do Gás Natural _______________________ 7
2.2.2. Vantagens do Gás Natural _____________________________________ 10
2.3. O Transporte de Gás Natural ____________________________________ 11
2.3.1. Gasodutos __________________________________________________ 11
2.3.2. Navios Metaneiros / Navios Criogênicos __________________________ 12
2.3.3. Como Compostos Derivados ___________________________________ 13
2.3.4. Outros Modos _______________________________________________ 14
2.4. Produção e Reservas de Gás Natural_______________________________ 14
2.4.1. Produção Mundial de Gás Natural _______________________________ 14
2.4.2. Produção Nacional de Gás Natural_______________________________ 16
2.4.3. Reservas Mundiais de Gás Natural_______________________________ 17
2.4.4. Reservas Nacionais de Gás Natural ______________________________ 18
3. O Processo de Fischer-Tropsch _______________________________________ 19
3.1. O Histórico do Processo de Fischer-Tropsch ________________________ 19
3.2. As Etapas do Processo de Fischer-Tropsch__________________________ 21
3.2.1. Geração de Gás de Síntese _____________________________________ 23
3.2.2. Síntese de Fischer-Tropsch_____________________________________ 26
3.2.2.1. Mecanismo da Reação de Fischer-Tropsch _____________________ 27
3.2.3. Recuperação do Produto – Hidroprocessamento ____________________ 30
3.3. Reatores Utilizados na Síntese de Fischer-Tropsch ___________________ 30
3.3.1. Reatores de Leito Fluidizado (FBR)______________________________ 30
3.3.2. Reatores de Lama – Slurry (SBCR) ______________________________ 31
3.3.3. Reatores Multitubulares de Leito Fixo (MTFBR) ___________________ 32
3.3.4. Projetos Alternativos de Reatores________________________________ 33
3.3.4.1. Reatores Monolíticos______________________________________ 33
3.3.4.2. Reator com Recirculação de Gás_____________________________ 35
3.4. Catalisadores Utilizados na Síntese de Fischer-Tropsch _______________ 36
3.4.1. Catalisadores a base de Ferro ___________________________________ 37
3.4.2. Catalisadores a base de Cobalto _________________________________ 39
3.5. Os Produtos da Síntese de Fischer-Tropsch _________________________ 40
4. Estudo Quântico da Síntese de Fischer-Tropsch __________________________ 42
4.1. Métodos em Química Computacional ______________________________ 42
4.1.1. Métodos de Mecânica Molecular ________________________________ 43
4.1.2. Métodos Quânticos ___________________________________________ 45
4.1.2.1. Métodos Semi-empíricos___________________________________ 46
4.1.2.2. Métodos Ab Initio ________________________________________ 47
4.1.2.3. Métodos da Teoria do Funcional da Densidade _________________ 48
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Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
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Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
ÍNDICE DE FIGURAS
iii
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Figura 34 – Novo Ajuste para os pontos de Consumo Ap. x PIB per Capita para
a Gasolina A ________________________________________________ 62
Figura 35 – Ajuste Final dos pontos de Consumo Aparente x PIB per Capita
para Gasolina A _____________________________________________ 63
Figura 36 – Projeção da Demanda de Gasolina A para ambos os Casos
Analisados __________________________________________________ 64
Figura 37 – Produção, Importação e Exportação de Óleo Diesel no Brasil em
m3 _________________________________________________________ 65
Figura 38 – Ajuste dos pontos de Consumo Aparente x Ano para o Óleo Diesel 66
Figura 39 – Ajuste Final dos pontos de Consumo Aparente x Ano para o Óleo
Diesel ______________________________________________________ 66
Figura 40 – Ajuste dos pontos de Consumo Aparente x PIB per Capita para o
Óleo Diesel _________________________________________________ 67
Figura 41 – Ajuste Final dos pontos de Consumo Aparente x PIB per Capita
para o Óleo Diesel ___________________________________________ 68
Figura 42 – Projeção da Demanda de Óleo Diesel em ambos os Casos
Analisados __________________________________________________ 68
Figura 43 – Estados Eletrônicos dos Aglomerados de Fe11 ___________________ 78
Figura 44 – Estados Eletrônicos dos Aglomerados de Fe7 ___________________ 78
Figura 45 – Espécies Encontradas na Análise Conformacional para o Cluster
de Fe11 _____________________________________________________ 79
Figura 46 – Espécies Encontradas na Análise Conformacional para o Cluster
de Fe7 ______________________________________________________ 80
Figura 47 - Estados Eletrônicos dos Aglomerados de Co6 ____________________ 82
Figura 48 – Estados Eletrônicos dos Aglomerados de Co10 __________________ 82
Figura 49 – Espécie Encontrada na Análise Conformacional para o Cluster de
Co6_________________________________________________________ 83
Figura 50 – Espécies Encontradas na análise Conformacional para o Cluster de
Co10 ________________________________________________________ 83
Figura 51 – Espécie mais Estáveis nos Aglomerados de Ferro e Cobalto ______ 87
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ÍNDICE DE TABELAS
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ÍNDICE DE EQUAÇÕES
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1. INTRODUÇÃO
1
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2.1.1. Definições
3
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2.1.2. Composição
A composição do gás natural pode variar de campo para campo pelo fato
de estar associado ou não ao petróleo e também por ter sido processado em
unidades industriais. É um gás inodoro, incolor, inflamável e asfixiante quando
aspirado em altas concentrações. Geralmente, para facilitar a identificação de
vazamentos, compostos à base de enxofre são adicionados ao gás em
concentrações suficientes para lhe dar um cheiro marcante, mas sem lhe
atribuir características corrosivas, em um processo conhecido como
odorização.
De maneira equivocada, o gás natural muitas vezes é confundido com
outros gases, muito embora cada um deles tenha origem e particularidades
próprias. Pode-se destacar:
• GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) – Gás de botijão ou gás de
cozinha, contém essencialmente propano e butano;
• Gás de Refinaria – Etano;
• Gás Manufaturado – H2 (36,52%), CH4 (25,63%), N2 (20,33%),
CO2, CO e outros – fabricado pela CEG (RJ);
• Gás de Nafta;
• Gás de Carvão ou Town Gás;
• Biogás – Produzido por bactérias anaeróbias.
5
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(Fonte: GasNet)
6
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[1]
Limites especificados são valores referidos a 20ºC e 101,3 kPa (1 atm), exceto onde indicado.
[2]
Para as regiões Norte e Nordeste, admite-se o valor de 3,5.
[3]
Para as regiões Norte e Nordeste, admite-se o valor de 6,0.
[4]
Para as regiões Norte e Nordeste, admite-se o valor de -3,9.
(Fonte: ANP)
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Eletricidade Grade de
Amônia Distribuição
H2 GNL
Gás
Natural
Olefinas
(GTO)
Líquidos de
FT (GTL)
Metanol
Combustíveis
Outros produtos Alfa-olefinas
químicos
Ceras
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2.3.1. Gasodutos
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Ásia -
Racífico América do
África
360,1 Norte
163
750,7
Oriente
Médio
292,5
Américas
Central e do
Sul 136,4
Europa e Ex-
União
Soviética
1061,2
3
Figura 6 – Produção de Gás Natural em bilhões de m
(Fonte: ANP, 2005)
15
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A maior parte das reservas mundiais de gás natural são dos chamados
“stranded gas”. Ele é denominado desta forma, pois é encontrado em regiões
remotas e não são aproveitáveis com as tecnologias de transporte tradicionais
disponíveis (gasodutos e GNL). Esse fato pode ser verificado ao se analisar a
figura abaixo que contém a localização das principais reservas mundiais. A
maior porção do gás natural se concentra no Oriente Médio e na Europa e Ex-
União Soviética (cerca de 80% das reservas mundiais).
Américas
Ásia -
América do Central e do
Pacífico
África Norte 7,46 Sul
14,84
14,39 7,02
Europa e Ex-
União
Soviética
Oriente 64,01
Médio 72,13
3
Figura 9 – Reservas Mundiais de Gás Natural em trilhões de m
(Fonte: ANP, 2005)
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3. O PROCESSO DE FISCHER-TROPSCH
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Gás Natural
Carvão
Biomassa
Garrafa PET
Lixo CO
H2
O2
Combustíveis
Uma Líquidos
Opção Geração de
Planta de
Ar Energia
Oxigênio
Separação do Cera
Hidrogênio
Recuperação
de Hidrogênio
H2
Hidrogênio Hidrocraqueamento
da Cera
Combustíveis
Líquidos
Transporte dos
Combustíveis
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GASOLINAS 27%
DESTILADOS 50-75%
DESTILADOS MÉDIOS
40%
MÉDIOS
40
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Especificações
Propriedades Diesel CARB* Diesel GTL
EPA para 2006
Aparência -- -- Transparente
Aromáticos (%
-- 10 <1
vol)
Enxofre (ppm) 15 (máx) 15 (máx) <1
Destilação 90%
de recuperado 338 321 325
(°C)
Número de
40 48 >75
cetano
Densidade a 15
-- 820-870 770
°C (Kg/m 3 )
Viscosidade a 40
-- 2,0-4,1 2,2
°C (cSt)
* Diesel produzido conforme as especificações da Califórnia Air Resources Board (CARB)
(Fonte: Aranda et al., 2004)
41
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+ NÃO.LIGADOS
EijNÃO.LIGADOS
i j
Equação 1 – Energia Total de uma Molécula
1
E ESTIRAMENTO (r ) = k ESTIRAMENTO (r − r EQ ) 2
2
Equação 2 – Energia de Estiramento
1
E DEFORMAÇÃO (α ) = k DEFORMAÇÃO (α − α EQ ) 2
2
Equação 3 – Energia de Deformação
44
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H Ψ = EΨ
Equação 4 – Equação de Schrödinger
−h2 2 e2
∇ − ψ ( x, y , z ) = Eψ ( x, y , z )
8π 2 m r
Equação 5 – Equação de Schrödinger
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5. METODOLOGIA
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Figura 24 – Clusters de Ferro. (a) Com 11 átomos (Fe11), vista superior; (b) Com 11
átomos (Fe11), vista lateral; (c) Com 7 átomos (Fe7)
Figura 25 – Clusters de Cobalto. (a) Com 10 átomos (Co10), vista superior; (b) Com 10
átomos (Co10), vista lateral; (c) Com 6 átomos (Co6)
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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Querosene
Outros*; 130
Iluminante;
50
Gasolina A;
QAV; 4.118 19.978
Gasolina de
Aviação; 70
Óleo Diesel;
38.396 GLP; 11.691
Óleo
Combustível;
15.075
3
Figura 27 – Produção Nacional de Derivados de Petróleo Energéticos em mil m
(Fonte: ANP, 2005)
Outros*;
Solvente;
1.437
827 Asfalto;
1.420
Parafina; 140 Coque; 2.395
Óleo
Lubrificante;
732
Nafta; 8.498
3
Figura 28 – Produção Nacional de Derivados do Petróleo Não-Energéticos em mil m
(Fonte: ANP, 2005)
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6.1.1.1. Gasolina A
25.000.000
20.000.000
Quantidade em m3
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Ano
58
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20.000.000
y = 742552Ln(x) + 2E+07
18.000.000 R2 = 0,3181
16.000.000
Consumo Aparente (m3)
y = 106326x + 2E+07
14.000.000
y = 2E+07x 0,0475 R2 = 0,1292
12.000.000 R2 = 0,3424
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
0 2 4 6 8 10 12
Ano
3
Figura 30 – Ajuste dos pontos de Consumo Aparente (m ) x Ano para a Gasolina A
(Fonte: Elaboração própria)
A partir dos valores dos R2 obtidos pode-se perceber que os pontos não
se adequaram bem a esses ajustes. Isto pode ter sido ocasionado pelos pontos
de 1997, 1998 e 1999 que estão acima da tendência, indicando picos de
consumo.
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Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
17.500.000
y = 185173x + 2E+07
17.000.000 R2 = 0,5992
Consumo Aparente (m3)
y = 946080Ln(x) + 1E+07
16.500.000
R2 = 0,7895
16.000.000
y = 1E+07x0,0595
15.500.000 R2 = 0,7944
15.000.000
14.500.000
14.000.000
0 2 4 6 8 10 12
Ano
Figura 31 – Novo Ajuste dos pontos de Consumo Aparente x Ano para a Gasolina A
(Fonte: Elaboração Própria)
Observa-se que os valores de R2 obtidos com esse novo ajuste são muito
mais próximos de 1. Entretanto, pode-se perceber agora um pico seguido de
uma queda acentuada de consumo nos anos de 2002 e 2003, que também
pode ter sido causada por preços.
60
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
R2 = 0,7133
16500000 y = 1E+07x 0,0618
R2 = 0,9075
16000000
15500000
15000000
14500000
14000000
0 2 4 6 8 10 12
Ano
Figura 32 – Ajuste Final dos pontos de Consumo Aparente x Ano para a Gasolina A
(Fonte: Elaboração Própria)
61
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
20.000.000
y = 1E+06Ln(x) + 5E+06
18.000.000 R2 = 0,1471
16.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
3000,00 4000,00 5000,00 6000,00 7000,00 8000,00 9000,00 10000,00 11000,00 12000,00
Figura 33 – Ajuste dos pontos de Consumo Aparente x PIB per Capita para a Gasolina A
(Fonte: Elaboração Própria)
Da mesma forma que o ajuste por ano neste também podem ser vistos os
picos de consumo nos anos de 1997, 1998 e 1999. Essas duas modalidades
de curva apresentam tendências semelhantes que são visualmente
perceptíveis. Assim foram feitas as médias trienais para esses três anos.
17.500.000
y = 267,05x + 1E+07
17.000.000
R2 = 0,4704
Consumo Aparente (m3)
16.500.000
y = 2E+06Ln(x) - 2E+06
R2 = 0,5679
16.000.000
y = 5E+06x 0,1309
R2 = 0,5661
15.500.000
15.000.000
14.500.000
14.000.000
3000,00 4000,00 5000,00 6000,00 7000,00 8000,00 9000,00 10000,00 11000,00 12000,00
Figura 34 – Novo Ajuste para os pontos de Consumo Ap. x PIB per Capita para a
Gasolina A
(Fonte: Elaboração Própria)
62
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
18000000
y = 2E+06Ln(x) - 3E+06
17500000 R2 = 0,6889
y = 286,41x + 1E+07
R2 = 0,5793
Consumo Aparente (m3)
17000000
16500000
16000000
y = 5E+06x 0,1393
R2 = 0,6795
15500000
15000000
14500000
14000000
3000,00 4000,00 5000,00 6000,00 7000,00 8000,00 9000,00 10000,00 11000,00 12000,00
Figura 35 – Ajuste Final dos pontos de Consumo Aparente x PIB per Capita para
Gasolina A
(Fonte: Elaboração Própria)
Onde o último PIB per capita é o valor do PIB do último ano analisado que
neste caso é o valor referente ao ano de 2005.
63
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
18.000.000,00
Projeção do Consumo Aparente (m3)
16.000.000,00
14.000.000,00
12.000.000,00
10.000.000,00
8.000.000,00
6.000.000,00
4.000.000,00
2.000.000,00
0,00
1 2 3 4 5
64
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
45.000.000
40.000.000
Quantidade em m3
35.000.000
30.000.000
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Ano
3
Figura 37 – Produção, Importação e Exportação de Óleo Diesel no Brasil em m
(Fonte: Elaboração Própria a partir de dados da ANP e MDIC)
65
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
70.000.000
y = 3E+07x0,23
60.000.000
R2 = 0,5903
y = 2E+06x + 3E+07
Consumo Aparente (m3)
R2 = 0,5604
50.000.000
40.000.000
y = 9E+06Ln(x) + 3E+07
30.000.000
R2 = 0,4766
20.000.000
10.000.000
0
0 2 4 6 8 10 12
Ano
Figura 38 – Ajuste dos pontos de Consumo Aparente x Ano para o Óleo Diesel
(Fonte: Elaboração Própria)
60000000
y = 7E+06Ln(x) + 3E+07
R2 = 0,731
Consumo Aparente (m3)
50000000
y = 2E+06x + 3E+07
R2 = 0,8487
40000000
y = 3E+07x0,197
R2 = 0,7912
30000000
20000000
10000000
0
0 2 4 6 8 10 12
Ano
Figura 39 – Ajuste Final dos pontos de Consumo Aparente x Ano para o Óleo Diesel
(Fonte: Elaboração Própria)
66
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
70.000.000
60.000.000
Consuma Aparente (m3)
40.000.000
y = 146616x0,6325
30.000.000
R2 = 0,6578
20.000.000
10.000.000
0
3000,0 4000,0 5000,0 6000,0 7000,0 8000,0 9000,0 10000, 11000, 12000,
0 0 0 0 0 0 0 00 00 00
PIB per Capita (R$)
Figura 40 – Ajuste dos pontos de Consumo Aparente x PIB per Capita para o Óleo Diesel
(Fonte: Elaboração Própria)
67
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
60000000
y = 2906,6x + 2E+07 y = 2E+07Ln(x) - 1E+08
R2 = 0,8401 R2 = 0,8422
50000000
20000000
10000000
0
3000,00 4000,00 5000,00 6000,00 7000,00 8000,00 9000,00 10000,00 11000,00 12000,00
Figura 41 – Ajuste Final dos pontos de Consumo Ap. x PIB per Capita para o Óleo Diesel
(Fonte: Elaboração Própria)
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
0
1 2 3 4 5
68
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
69
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
SASOL
70
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
China
Syntroleum
71
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Rentech
72
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
US DOE
Shell[15]
73
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Exxon Mobil[15]
74
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
75
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Capacidade
Empresa Localização Catalisador Matéria-Prima
(bbl/dia)
Plantas GTL
76
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
77
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Multiplicidade
-1358,1
0 10 20 30 40
-1358,2
-1358,4
-1358,5
-1358,6
-1358,7
-1358,8
-1358,9
Multiplicidade
-863,9
0 5 10 15 20 25 30
-864
-864,1
Energia (a.u.)
-864,2
-864,3
-864,4
-864,5
-864,6
78
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Energia de
Espécie
Adsorção (eV)
1 -1,61
2 -1,63
3 -1,73
4 -1,44
5 -1,56
6 -1,57
7 -1,74
8 -1,77
9 -1,77
(Fonte: Elaboração Própria)
79
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
80
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Energia de
Espécie
Adsorção (eV)
1 -1,58
2 -1,58
3 -1,62
4 -1,55
5 -1,40
6 -1,46
7 -1,56
8 -1,55
9 -1,58
(Fonte: Elaboração Própria)
81
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
-870,200000
0 5 10 15 20 25
-870,300000
-870,400000
Energia (a.u.)
-870,500000
-870,600000
-870,700000
-870,800000
-870,900000
-871,000000
-871,100000
Multiplicidade
Como pode ser observado, o cluster de menor energia foi aquele que
apresentava multiplicidade 15 sendo este portanto, o mais estável. Uma análise
semelhante foi realizada para os aglomerados de Co10. Conforme a figura a
seguir, pode-se verificar que para este caso os clusters que apresentavam
multiplicidade 13 são os mais estáveis.
-1.450,000000
0 5 10 15 20 25
-1.450,100000
-1.450,200000
Energia (a.u.)
-1.450,300000
-1.450,400000
-1.450,500000
-1.450,600000
-1.450,700000
-1.450,800000
Multiplicidade
82
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Energia de
Espécie
Adsorção (eV)
Co6 -1,99
(Fonte: Elaboração Própria)
83
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Energia de
Espécie
Adsorção (eV)
1 -2,99
2 -2,63
3 -2,80
(Fonte: Elaboração Própria)
84
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Tabela 12 – Distância Fe-C, Distância C-O e Ângulo com a Superfície para as Espécies
Estudadas de Fe11
Ângulo com a
Espécie Distância Fe-C (Â) Distância C-O (Â)
Superfície (º)
1 1,82 1,21 85,760
2 1,82 1,21 90,000
3 1,80 1,21 90,000
4 1,40 1,24 180,000
5 1,57 1,22 180,000
6 1,31 1,24 96,820
7 1,25 1,25 92,478
8 1,36 1,25 90,000
9 1,40 1,25 93,575
(Fonte: Elaboração Própria)
85
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Tabela 13 - Distância Fe-C, Distância C-O e Ângulo com a Superfície para as Espécies
Estudadas de Fe7
Ângulo com a
Espécie Distância Fe-C (Â) Distância C-O (Â)
Superfície (º)
1 1,57 1,23 123,909
2 1,83 1,21 180,000
3 1,83 1,21 90,000
4 1,43 1,24 90,000
5 1,57 1,23 90,000
6 1,58 1,23 90,000
7 1,56 1,23 119,580
8 1,39 1,24 138,615
9 1,46 1,24 96,597
(Fonte: Elaboração Própria)
Tabela 14 - Distância Co-C, Distância C-O e Ângulo com a Superfície para as Espécies
Estudadas de Co6 e Co10
86
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
87
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
Aglomerado Energia de
Forma de Adsorção Distância C-O (Â)
Metálico Adsorção (eV)
Fe11 4-buraco -1,77 1,250
Fe7 linear -1,62 1,210
Co6 linear -1,99 1,200
Co10 linear -2,99 1,204
(Fonte: Elaboração Própria)
88
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
7. CONCLUSÕES
A partir de tudo o que foi visto até aqui, pode-se concluir que a tecnologia
GTL apresenta um futuro promissor na área de combustíveis, uma vez que
seus produtos são muito mais limpos que os combustíveis fósseis usuais, em
consideração às severas restrições ambientais atuais.
Em relação à demanda nacional de combustíveis, viu-se que esta está
crescendo principalmente para o óleo diesel em comparação com a gasolina,
pois o setor de transportes brasileiro é basicamente movido a esse
combustível. Isso mostra que a criação de plantas GTL no Brasil seria uma
possibilidade de investimento (que são viáveis como mostrou estudos
anteriores), já que há uma significativa demanda nacional por óleo diesel e por
possuirmos uma grande reserva de gás natural.
A oferta por sua vez também vem crescendo com cada vez mais
empresas adotando a tecnologia GTL para produção de combustíveis. Diversos
novos projetos já estão sendo estudados para a criação de plantas em escalas
comerciais maiores do que as existentes, com base na economia de escala
que diminui bastante os custos da planta, na descoberta de novas reservas de
gás natural, nas restrições ambientais e nos preços abusivos do barril de
petróleo.
Com o estudo da adsorção de CO nos aglomerados metálicos, percebeu-
se que os de cobalto são mais bem estáveis que os de ferro, como realmente
acontece na prática. Porém os catalisadores de ferro ainda são utilizados
devido ao seu menor preço em relação aos de cobalto, que são bem mais
caros. Desta forma seria interessante se tentar otimizar o catalisador de cobalto
até um ponto que as vantagens com o seu uso superem o seu preço.
Então, principalmente no caso brasileiro, seria vantajoso ter a atenção
voltada para o catalisador de cobalto, pois além deste ser mais estável é mais
seletivo ao óleo diesel, principal item de nossa demanda energética.
89
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
90
Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
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Projeto Final de Curso – PRH 13 ANP / Escola de Química
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