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POLICIA DO BRASIL: SUA ORIGEM E PARTICIPACAO NO SISTEMA CRIMINAL BRASILEIRO INTRODUGAO AAs instituig6es policiais brasileiras esto no foco das principals discuss6es sobre seguranga piiblica no Brasil. Porém, muito pouco sabemos sobre a origem ¢ atividades desenvolvidas 20 longo dos séculos, desde a chegada dos primeitos colonizadores até a atual configuraco na Constituiciio Federal de 1988. Consideramos que, para um bom entendimento sobre nossas atuais instituigdes policials, se faz necessério conhecermos sua histéria, seu funcionamento, estrutura e atribuigées legals em cada periodo histérico, Para isso, iniciaremos abordando a estrutura administrativa inaugurada pelos portugueses no Brasil no século XVI, passando pelo reinado, pelas modificagbes empreendidas no periodo imperial e abordando 2 sua atual configuraco na Constituigéo Federal de 1988, Abordaremos também alguns projetos de lei e propostas de emenda constitucional que tratam da modificagdo da seguranca publi referentes a desmilitarizaco da PM, modernizac3o na investiga¢ao criminal, instituicao do ciclo completo de policia, criagdo da Policia Municipal e Penitenciéria, dentre outros. PERIODO COLONIAL (Camaras Municipais Em 1532, foram criadas as Camaras Municipals por Martin Afonso de Souza que, durante todo ‘© periodo colonial, foi o centro da administrago portuguesa na Coldnia, reunindo as competéncias: Judiciéria; Administrativas locais; ‘Fazendaria € Policial. A escolha de seus membros se dava através de elei¢o para um mandato de trés (03) anos. Somente podiam se candidatar aqueles que fossem considerados “Homens Bons", ou seja, 05 detentores de posses, Estas CAmaras eram compostas por Juizes Ordinérios encarregados dos julgamentos em primeira instancia. J4 existia magistrado com competéncia exclusiva para tratar de assuntos relacionados a menores, denominado Juiz de Orfaos que, juntamente com o Escrivéo, ‘eram responsaveis pela causas envolvendo interesse de menores. Havia também os inquiridores, responsdvels pela oitiva das testemunhas. Os Vereadores exerciam as funcoes ‘administrativas e eram auxiliados por Escrivaes da Cdmara. Havia também o Tesourelro, responsdvel pela arrecadacdo dos impostos municipais e pagamentos das contas da Camara; 05 tabelides das notas que eram responsaveis pela lavratura e a aposicao de fé publica nos alvarés, registros de imévels, escrituras, etc; 0 porteiro tinha a atribuigo de conduzirleildes € efetuar penhoras, 0 Escrivlo das Sisas era o responsavel por proceder ao recolhimento do imposto sobre transmiss3o de bens, Dentre os demais servidores, alguns fazlam parte do corpo policial, dentre eles estavam: 0s Quadrilheiros; 0 Alcaide-mor; Alcalde-peqveno: Meirinho e Escrivdes, ém referéncia aos policials, nos ateremos mais adiante com maior riqueza de detalhes, As principais fontes de arrecadaco das Cémaras Municipals provinham: ‘adios, assim distribuidos: 2/3 de terrenos b i ene pra os servicos de seguranca pablica defesa. de Imposto municipais e dos afo destinados a manutengéo da Camara e 1/3 para Fora, que tinham Com a restauragiio do trono Portugués, foram instituldos os cargos de Juiz de a competéncia de controlar divetamente a administapso da coldniay cae is ce ‘Seonbfnico © polttco de algumas dalasl A Constinulpso de 1824 GetsTRO Pg Sea fossem compostas, exclusivamente, por vereadores atribuindo-thes 0 governo econ municipal das vila e cidade, excluindo a funcio jurisdicional de suas ativiades, SISTEMA CRIMINAL NO BRASIL — COLONIA Durante © perfodo colonial, a seguranga publica brasileira funcionava com base nos regulamentos previstos nas Ordenacées Reais Manoelinas (1521) € Filpinas (1603), onde encontramos o sistema juridico-policial empregado na época. As Ordenacées Filipinas so compostas de cinco livros, acrescidos de aditamentos. 0 Livro | € composto de 100 Titulos, onde podemos encontrar a denomina¢go de varios cargos com suas respectivas atribt ‘Como 0 objeto de nosso estudo se volta para as funcdes € cargos da seguranca publica, faremos um breve relato de alguns que consideramos importantes por estarem inter- relacionados. Juiz Ordindrio[1) Sua investidura se dava através de eleicao anual, sendo escolhido diretamente pelo povo e membros da Camara. Deveria morar em sua jurisdigao de 12 grau que normalmente consistia 2 mesma da C4mara Municipal. Eram responsdveis pelos julgamentos de 1° Instancia, porém ‘também julgavam apelagdes, caso o valor da causa ultrapassasse 400 réis e pela aplicacdo das leis e julgamentos de natureza civel e criminal. Tinham o poder de reauisitar diligéncias aos Alcaldes, Meirinhos ou Quedrilheiros, tais como: a condugio de presos para audiéncias; cumprimento de Alvarés de Soltura; rondas noturnas e diurnas; dentre outras. Meirinhos[2] 0s Meirinhos da Corte eram escolhidos entre os fidalgos e tinham varias atribuigdes, das quai podemos citar: prender os mal feitores; cumprir mandados de prisdo e outras ordens expedidas pelo Juiz corregedor; cumprir as penas aplicadas aos excomungados e aos homens casados (barregueiros) que contraissern amantes (barregas), sejam cidadiios, sejam membros da igreja. Tinham o direito a uma parte do que fosse apurado das multas aplicadas por infracdo lei. Ao Meirinho das Cadeias cabia cumprir as determinagdes judiciais de prender e conduzir para audiéncias, Para isso, contava com a ajuda de 12 auxiliares escolhidos e compromissados perante a Camara Municipal, Escrivées(3] Dentre as funcdes exercidas pelos Escrivées que serviam com os Meirinhos da Corte e com os Alcaides da cidade de Lisboa, cabia destacar: participar das diligéncias com os Alcaides Meirinhos; documentar os fatos policiais; receber parte dos procedimentos executados (lavratura dos autos, penhoras, execucdes, prisées e alvards de soltura) Quadritheiros{4] Estes eram Oficiais Inferiores de Justica nomeados pela Camara Municipal. Atuavam na vilas, lugares e seus termos, tendo por funciio proceder a prisdo de malfeitores e apresentar diretamente aos Juizes. O recrutamento se dava da seguinte forma: um (01) a cada vinte (20) habitantes de uma vila ou lugar deveriam prestar servico em sua quadrilha, mediante termo de juramento prestado perante a Camara Municipal. Prestavam servico durante trés (03) anos e era auxiliados por mais 20 cidadaos que também prestavam juramento. Possuiam as seguintes atribuigdes: investigar sobre furtos e outros crimes, com vistas a informar ao Corregedor; investigar vadios, pessoas de mé fama, estrangeiros e estranhos que chegassem ao lugar. Deveriam conhecer e fiscalizar 0 funcionamento das casas de alcouse (casas de prostituicdo) ¢ tavolagem (casas de jogos); feiticeiras; alcoviteiras; receptadores; mulheres mal afamadas; bem como cumprir os mandados de prisdo expedidos pelos Juizes. Poderiam ser punidos caso permitissem a atuaco de vadios em suas quadrilhas, com © pagamento de 300 réis para o ‘Meirinho ou Alcaide, acrescido de pagamento ao dano sofrido pela vitima. Como no recebiam remuneracdo, possuiam alguns privilégios, tais como: propriedade das armas apreendidas; quinhentos (500) réis de cada auxiliar que no atendesse ao seu chamado. Alcaide-Mor{5] Eram Oficiais Militares encarregados do governo e defesa de alguma Praca ou Castelo, recrutados entre as pessoas de boa linhagem, com coragem e que fossem leais e de confianca. Possufam muitas atribuigdes, dentre elas: autoridade de justia; guarda ¢ administrago do Castelo ou Fortaleza, onde deveria recolher somente pessoas poderosas ou que sofresse risco, mediante ordem judicia, consistindo uma espécie de priséo especial. Ainda no exercicio de ‘suas atribuigdes, tinham 0 direito de cobrar taxas de carceragem, bem como a metade das armas apreendidas e das penas pecunidrias, sendo a outra metade pertencente a0 Meirinho, ‘além de: 1/3 da pena aos excomungados; total das penas aplicadas aos barregueiros; metade do ouro, prata ou dinheiro das casas de tavolagem (jogos); total do que for encontrado nas tavernas abertas apés 0 tocar do sino; cento e oitenta (180) réis, acrescido das lougas e armas que forem encontradas a bordo de barcos que estivessem operando depois do sino soar; cento ¢ oitenta (180) réis para as mulheres que fossem flagradas gritando; o produto da pesca realizadas 20s domingos e nos dias de festa religiosas e na véspera, salvo se autorizadas pela lgreja. Alcdides Pequenos{6] + Cidades e Vilas. Eram Oficials de Justica que carregavam insignias dentre elas, proceder a seguranca eiros ou do conduzido, nos casos bem como defender a jores do Exerciam suas atividades na: da autoridade publica. Desempenhavam varias atribuigées, da Autoridade Judicial e a rebater a violencia por parte de tercé de penhoras, embargos e prisdes. Poderiam substituir 0 Alcaide Mor, cadela. Eram recrutados em ntimero de trés (03) pelos Alcaides Mores € pelos Senh Lugar, dentre 0s “homens Bons"(7] casados da cidade, vila ou lugar, desde que fossem abonados, idéneos e de naturalidade portuguesa. Os selecionados eram apresentados 20s juizes e Vereadores que escolhiam um, Deveriam servir pelo tempo de trés (03) anos. Desenvolviam o patrulhamento dos lugares, vilas e cidades. Tinham 0. poder de convocar auriliares, os chamados “Homens da Justica”, que deveriam ser apresentados aos Juizes € Vereadores e prestar juramento. Era responsabilidade do Alcaide 0 pagamento € 0 mantimento desses homens. Estes deveriam ser naturais da terra e moradores do lugar, obrigados pelo Foral. No exercicio de suas atividades, sempre traziam um tabelio nomeado pelo Juiz, que tinha por fim dar fé e testemunhar sobre os fatos em apuracao. Também tinham 2 misao de prender em flagrante ou por determinacdo judicial. Também deveriam escoltar presos em audiéncia. Companhias de Ordenangas Criadas pelo Regimento de 10 de dezembro de 1570, eram forcas militares do Reino e das Colénias Portuguesas compostas por moradores das vilas e cidades. Eram encarregadas pela ordem publica interna e no recebiam remuneracdo. Eram formadas por duzentos e cinquenta (250) homens, divididos em dez (10) esquadras. 0 efetivo oficial era composto pelo Capitso- Mor, Alferes, Sargentos, Meirinho, Escrivéo, cabos, dentre outros. Todos eram eleitos pela Cémara Municipal, onde prestavam juramento e se comprometiam a defender o lugar, favorecer a justiga e ajudar em todos os casos em que fossem solicitados. Os soldados eram os membros das vilas e cidades incumbidos de zelar por suas armas e comparecer quando convocados para os exercicios realizados a cada oito (08) dias, além de se reunirem com suas armas quando convocados para promoverem a defesa do lugar. Atuavam junto com as Miilicias (tropas auxiliares) que eram compostas por filhos de vitivas, lavradores, além de homens casados em idade militar e nao recebiam remuneracao. As tropas de primeira linha eram compostas geralmente pelo segundo filho das familias. As Companhias de Ordenangas © as Milicias constitulam as tropas de segunda linha e atuavam no reforco as tropas de primeira. SISTEMA POLICIAL NO BRASIL-REINO Intendéncia Geral de Policia da Corte e do Reino iene ee familia real em 1808, varias instituigées oficials forma criadas no Brasil, » a Intendéncia Geral de Policia da Corte e do Reino, através do Alvara de 10 de mato de 1808 do Principe Regente D. Joo VI. Foi nomeado para o cargo 0 Desembargador Paulo Fernandes Viana, que também assumiu a funcdo de Ouvidor da Corte. Além das atividades de repressao a pratica de crimes comuns, a Intendéncia se encarregava da atividade de inteligéncia, com 0 objetivo de fornecer a Dom Jodo Vi informagées acerca da movimentacdo de espides franceses, bem como propagadores de ideais revolucionarios, contrérios aos interesses da corte. As atividades desenvolvidas pela Intendéncia néo estavam restritas somente a seguranca publica, exercendo também a outras tarefas tais como: aterrar pAntanos; ituminacao publica; construcdo de estradas; canalizacao de rios; etc. Em relacdo a seguranca piiblica, o grande desafio consistia em diminuir 0 grande numero de crimes de roubo, contrabando, homicidio. Paulo Viana criou a figura do Oficial de Policia dentro da estrutura da Intendéncia, vinculados a uma secretaria que dividia suas atribuig5es em trés (03) tipos de oficios. Ao 1° Oficial cabia, dentre outras fungées: a ‘fiscalizacdo de teatros e divertimentos piiblicos; a expedi¢o de alvara para casas de jogos, botequins; mendicdncia € 0 mapeamento da populacao e exercicio das funcies de intérprete e tradutor de linguas. Ao 22 Oficial cabia a elaboracio de expedientes de todas as capitanias; 0 alistamento dos meios de transporte; a despesas da secretaria; a fiscalizagdo das casas de pastos (restaurantes); as estalagens (pousadas) e albergues; a fiscaliza¢do dos presos; a fiscalizag3o da iluminacéo piiblica, além de exercer as atividades de escrivdo e tesoureiro. 0 3° Oficial era 0 responsdvel pela expedic30 de passaporte; a fiscalizacdo das casas de correcdo (presidios) e calaboucos (prises subterraneas). No exercicio da atividade de inteligéncia, a intendéncia examinava obras e escritos estrangeiros que circulavam na col6nia. Punia aqueles que fossem flagrados veiculando material proibido pela Coroa, Promovia ainda a integrac3o dos imigrantes colaboravam com 0 recrutamento millitar. Pelo Decreto de 13 de maio de 1808, foi criada a Guarda Real, comandada pelo Tenente José Maria, sendo composta por um (01) sargento, trés (03) cabos € vinte e um (21) soldados, que formavam trés (3) esquadras, cada uma formada por um (01) cabo e sete (07) soldados, responsavel, dentre outras atribuigdes, pela seguranca pessoal do monarca. Divisdo Militar da Guarda Real de Policia ‘A chegada da familia Real na cidade do Rio de Janeiro acarretou o crescimento demografico, agravando os problemas enfrentados pela populacdo local tals como: péssimas condicoes sanitérias da cidade, auséncia de regulamentagéo do uso do espaco urbano e a sempre deficiente seguranca piiblica, afetada pelo aumento da criminalidade. Para reforser 2 seguranca piblica, foi criada no 4mbito da Intendéncia Geral, através do Decreto 13 de malo de 1809, a Divisdo Militar da Guarda Real de Policia. Era uma forca policial organizada que tinha por fim prover a seguranga e tranqullidade publica da Corte, promovendo © patrulhamento ostensivo diurno e noturno da vila ou cidade, além de repressdo a0 contrabando, Era eomposta’ por um’ Estado — Maior com (05) componentes: trés: (03) tes cada e uma (01) de Cavalaria com fe 1821, D. Joo VI retorna a Portugal, torno imediato de D. baixo-assinado ia com cinquenta (53) compone! Em 25 de abril d determinou também o rel brasileiro que elaboraram um al ‘A Divisso do Exército Portugués tentou porém foram impedidos pela Guarda Real waneceu leal a D. Pedro |. companhias de Infantari cinquenta e quatro (54) componentes. conforme exigéncia da Corte de Lisboa que Pedro |, acarretando a insatisfagdo do povo ‘onde pediam a sua permanéncia no Brasil. implementar as determinacdes da Corte de Lisboa, de Policia, comandada pelo Major Miguel Nunes Vidigal, que perm: FORMACAO DO APARATO POLICIAL DURANTE O IMPERIO Imperial Guarda de Policia Com a confirmago da permanéncia de D. Pedro |, através da proclamacao do “fico”, em 9 de Janeiro de 1822, seguida pela Declaracdo de Independencia, houve a transformagao da Guarda Real de Policia em Imperial Guarda de Policia, comandada inicialmente pelo recém Tenente- Coronel Luis Alves de Lima e Silva, futuramente nomeado Duque de Caxias e hoje patrono do Exército Brasileiro. Durante o primeiro reinado, foi outorgada a Constituigéo de 1824 € algumas leis que tratavam sobre as atividade policiais. No art. 169 da Constituicio de 1824 ficou estabelecido que o exercicio das fungSes municipais e a formacdo de posturas policiais, dentre outras, seriam decretadas por lei regulamentar, que foi publicada em 1 de outubro de 1828. Esta lei tratava de varios assuntos, dentre eles, as eleic6es municipais e as posturas policiais, tais como: a conservagio reparo para seguranca dos edificios e prisdes puiblicas; 0 barulho nas ruas apés 0 toque de sil€ncio; as injurias e obscenidades contra a moral piiblica Guarda Nacional ‘Com a abdicacao D. Pedro |, tem inicio ao periodo regencial (1831-1840) que tinha por fim garantir 2 monarquia até que D. Pedro Il, que contava com apenas cinco (05) anos de idade, completasse a maioridade e assumisse 0 trono. No contexto politico, podemos destacar a existéncia de duas (02) correntes: 0 liberais, que defendiam a criacao de governos regionais e suas respectivas Assembléias Legislativas; e os conservadores que defendiam a manutenco do poder monérquico para sufocar as revoltas que pudessem ocorrer. Diante das varias revoltas que surgiram{8], ambas correntes perceberam que melhor seria que D. Pedro ll, que contava apenas com 14 anos, assumisse o trono. Os liberais buscavam cargos importantes no governo os conservadores estavam preocupados em manter a unidade territorial. Para garantir 0 fortalecimento do Poder Central, com a conciliagdo de interesses entre o Governo Imperial e os mandatarios locais, foi criada a Guarda Nacional em 18 de agosto de 1831, pelo Ministro da Justica Diogo Anténio Feijé. Também conhecida por “Milicia Cidada”, eram compostas por todos os brasileiros sadios que tivessem direito a voto (renda minima); na faixa etaria de 18 a 60 anos. Seus componentes ndo eram remunerados e deveriam providenciar seus préprios uniformes, fazer a manutengao de seus equipamentos e armas, além de pagar contribuicbes em dinheiro. Eram excluidas as autoridades administrativas, judicidrias, militares e religiosas. Exerciam as atribuig®es de auxiliar das forcas policiais ¢ do exército na manutengio das ordem interna e externa. As fungdes de comando dessa instituigio eram atribuldas aos cidadios Provenientes das elites proprietdrias de terra, os “coronéis”. Perdeu importincia com a Proclamagio da Republica, sendo extinta em 1922. SISTEMA DE JUSTICA CRIMINAL DO IMPERIO Estrutura Policial Durante 0 periodo regencial, foi sancionado 0 Cédigo de Processo Criminal de Primeira Instancia, com disposi¢so provisoria da administrac3o da Justica civil, através lei de 29 de novembro de 1832. A organizacio judiciéria territorial de juizos de primeira instancia continuou dividido em Distrito de Paz, Termos e Comarcas. Esta divisdo era feita de acordo com a necessidade da populacdo e levada a aprovagdo pelo corpo legislativo. Os Distritos de Paz eram criados pelas CAmaras Municipals e deveriam conter pelos menos setenta ¢ cinco (75) casas habitadas, onde havia um Juiz de Paz, um Escrivdo e tantos Inspetores quantos fossem os Quarteirdes. Além desses, havia também os Oficiais de Justi¢a. Nos Termos, havia um Conselho de Jurados, um Juiz Municipal, um Promotor Piblico, um Escrivéo das ExecucBes e tantos Oficiais de Justica quantos fossem necessérios. Nas Comarcas havia um Juiz de Direito, ‘até o limite de trés com jurisdicS0 cumulativa, levando-se em conta o tamanho da populacao. ‘Um desses Juizes deveria exercer a funco de Chefe de Policia. Foram extintas as Quvidorias da Comarca, © cargo de Juiz de Fora e Ordindrios, bem como qualquer outra que possulsse jurisdigdo criminal. Nos distritos, a administracdo da justica se dava através de juizes eleitos ‘em néimero de quatro (04). O cargo de Juiz de Paz cabia ao mais votado pela populacdo, devendo exercer a funcdo pelo prazo de um ano. Os demais eram seus suplentes. Ao Juiz de Paz competia tomar conhecimento das novas pessoas viessem habitar no seu Distrito, caso fossem desconhecidas, ou suspeitas. Concediam passaporte e obrigavam 2 assinar termo de bem viver entre os vadios, mendigos, bébados habituals, prostitutas que perturbam o sossego piblico; aos que ofendessem os costumes, a tranquilidade publica, e 2 paz das familias Competia também obrigar a assinar termo de seguranga aos legalmente suspeitos da pretenso de cometer algum crime, podendo cominar neste caso, a aqueles do parégrafo anterior, multa até trinta mil réis, prisdo até trinta dias, e trés meses de Casa de Corre¢ao, ou COficinas piblicas, Procediam a lavratura do Auto de Corpo de delito, além de formar a culpa 205 delinquentes. Determinavam prisdes dos culpados no seu, ou em qualquer outro Juizo. Podiam conceder fianga na forma da lei, aos declarados culpados no Juizo de Paz. Julgavam as contravencBes as Posturas das CAmaras Municipais, bem como os crimes a que no esteja imposta pena maior que a multa até cem mil réis, pristo, degredo, ou desterro até seis meses, com multa correspondente 8 metade deste tempo, ou sem ela, e trés meses de Casa de Correco, ou Oficinas piblicas onde as houvesse. Podiam também dividir o seu Distrito em QuarteirBes, contendo cada um pelo menos vinte e cinco casas habltadas, Os Escrivaes de Paz eram nomeados pelas Caras Municipals, mediante proposta dos Julzes de Paz dentre as pessoas, que, além de bons costumes e vinte € um (21) anos de Idade, tenham pratica de processes, ou aptidio para adquir-la facilmente, competindo-Ihes: escrever em forma os de processos,oficios, mandados, e precatérias; passar procuragBes Nos autos © eee ‘no contiver segredo, sem dependéncia de despacho; assistir as audiéncias, ¢ fora delas, citagdes por palavras, ou por carta; acompanhar os Julzes de Paz nas aaa peins 2 seus oficios. Em cada Quarteirso havers um Inspetor, nomeado pela Camara Municipal, mediante proposta do Juiz de Paz dentre as pessoas bem conceituadas do Quarteirdo, e que sejam maiores de vinte e um (21) anos. Serdo dispensados de todo o servico militar de 1* linha e das Guardas Nacionais, servindo por um ano, podendo recusar no caso de reelei¢ao. Aos Inspetores competiam as seguintes atribuicées: vigiar sobre a prevengao dos crimes; prender 08 pronunciados no afiancados, ou os condenados 4 priséo; observar e guardar as ordens e instrugdes que Ihes forem dadas pelos Juizes de Paz para 0 bom desempenho de suas obrigagées. Vale destacar que 0 artigo 19, do Cédigo de Proceso Penal do Império, suprimiu a funcdo de delegado. Antes nao havia o cargo de Delegado, o que havia era a pos lade de delegacdo de algumas funcées, pois a concepcao de poder girava ‘em torno do Monarca e naqueles que recebessem o poder que Ihe fora atribuido, formando uma estrutura com funcées especificas junto ao Rei. Isso pode ser observado na Lei n® 601 de 18 de setembro de 1850[9], que criou a Repartico Geral das Terras Publicas, subordinada a0 Ministro e Secretario do Estado dos Negécios do Império, onde previa que todos os ‘empregados[10] deveriam ser nomeados por Decreto Imperial. Nas Provincias haviam ReparticGes Especiais das Terras Publicas que eram dirigidas por um delegado do Diretor Geral das Terras Publicas, que também era nomeado através de Decreto Imperial. Na seguranca piiblica também ficou estabelecido o instituto da delegacao, mais precisamente durante o periodo regencial provisério, onde foi editada a lei de 06 de junho de 1831[11] que, dentre ‘outras medidas, estabelecia aos Juizes de Paz competéncias ex-officio para a puni¢ao de todos os crimes de Policia, exercendo autoridade cumulativa em todo o municipio inclusive nomeando delegados nos seus distritos, através de edital. Observa-se que esta lei tinha cardter rigido devido ao periodo de conturbagées e incertezas que giravam naquela época em relac3o @ politica local e a abdicagdo de D. Pedro |. Constam em seu texto varias medidas de excecdo. Dentre elas, podemos destacar a proibic¢éo de ajuntamento noturno de cinco (05) ou mais pessoas nas ruas, pracas e estradas, sem um fim justo, estabelecendo pena de um a trés meses de prisdo e proibicdo de fianca para os presos em flagrante nos casos de crimes policiais. Por esta lei, 0 governo estava autorizado a alistar, armar e empregar cidadios eleitores para res enquanto no organizavam a Guarda Nacional, fornecendo-lhes ‘05 criminosos em flagrante di auxiliarem os j armamento e muni¢ao a custa da fazenda publica. Competia também aos Juizes de Paz nomear tantos Oficiais de Justica quantos fossem necessarios para o desempenho das suas atribuig6es, competindo-Ihes fazer pessoalmente citacées, prises, e mais diligencias, além de executar todas as ordens do Juiz. Para prisdo dos delinquentes, e para testemunhar sobre qualquer fato de sua atribuicao, poderiam os Oficiais de Justica intimar qualquer pessoa, ¢ estas deveriam obedecer sob pena de serem punidas pelo crime de desobediéncia. Em 03 de dezembro de 1841 foi publicada a Lei N® 261, que tratava da reforma do Cédigo de Processo Criminal do Império por D. Pedro II. Toda matéria referente a Policia vem descrita no primeiro capitulo do Titulo |, que prevé o funcionamento da estrutura do Sistema de Justiga Criminal, ‘onde podemos observar as atribuig6es dos Juizes Municipals, que esto previstas no Capitulo I! do Titulo |. Estes Juizes eram nomeados pelo Imperador dentre os Bacharéis em Direito, que Possulssem, pelo menos um ano de pritica forense adquirida depois da sua formatura, devendo servir pelo tempo de quatro anos e ser reconduzido ou nomeados para outros lugares. O art. 17 © seus julgamento definitive Conhecimento na form; Pardgrafos trazem as suas competéncias, dentre elas podemos citar 0 do contrabando, 'a da Lei e Regulamentos de Fazenda, pertencia as Autoridades See i He competia também as atribuicdes criminals e policials, que antes pelos delegate a ce Pa sl de sstentar, ov revogar, exci, a6 proninciasfitas ubdelegados. Vale ressaltar que nesta reforma do Cédigo de Processo do Império, foi ressuscitada a funcSo de delegado na atividade policial. Havia a possibilidade de Nomeacso pelo Governo da Corte € pelos Presidentes de Provincias de substitutos aos Juizes Municipais, desde que fossem obedecidos os seguintes critérios: eleiggo de seis Cidadaos notaveis do lugar para o exercicio da funciid por quatro anos, sendo exigido fortuna, inteligéncia e boa conduta. Os chefes de Policia eram escolhidos pelo Imperador dentre os Desembargadores e Juizes de Direito. Qualquer cidadao ou Juiz poderia ser nomeado delegado ‘ou subdelegado. Todos eram reconhecidamente autoridades policiais, inamoviveis e obrigados @ aceitar 0 encargo. Em cada Provincia e no Mut ipio da Corte tinha um Chefe de Policia, com tantos delegados e subdelegados quantos fossem necessarios. Os desembargadores que exerciam 0 encargo de Chefe de Policia faziam jus ao seu ordenado, acrescido de uma Bratificacdo. Aos Chefes de Policia e aos seus Delegados competiam tomar conhecimento das Pessoas que viessem morar seu Distrito, bem como, conceder passaporte, lavrar termos de ‘convivéncia aos vadios, mendigos, bébados por habito, Prostitutas que perturbam o sossego piiblico. Procediam a lavratura de auto de corpo de delito e formar a culpa aos delinquentes; render os culpados e julgar as contravengées as condutas contrdrias as posturas das Camaras. Municipais e os crimes a que nao esteja imposta pena maior que a multa até cem mil réis, prisdo, degredo, ou desterro até seis meses, dentre outras. Concediam fianca e mandado de busca, na forma da lei, aos réus que pronunciassem ou prendessem. Inspecionavam os teatros € espetaculos publicos, bem como as prisdes da Provincia. Os Escrives de Paz e os Inspetores de Quarteirgo serviam perante os subdelegados e delegados, mediante nomeacao deste. Os Promotores Publicos eram cargos de livre nomeagao e exonerac3o pelo Imperador ou Pelos Presidentes das Provincias, escolhidos preferencialmente dentre os Bacharéis, que fossem idéneos. Havia, pelo menos um Promotor em cada Comarca. O cargo era remunerado de acordo com 0 trabalho exercido, tais como: oferecimento de dentncias, atuacdo em Juri; etc. Os Juizes de Direito eram nomeados pelo Imperador, de acordo com os critérios estabelecidos no art. 44 do Cédigo de Processo do Império, ou seja: deveriam ser bacharéis em direito; maiores de vinte e dois (22) anos, bem conceituados, e que tivessem, pelo menos, um (01) ano de pratica no foro, podendo ser provada por certiddo dos Presidentes das Relagdes, tendo preferéncia os que tiverem servido de Juizes Mut ipais e Promotores. Aos Juizes de Direito das Comarcas competia, além das atribuicbes que tem pelo Cédigo do Processo Criminal: formar culpa aos Empregados Publicos no privilegiados nos crimes de responsabilidade; julgando definitivamente e julgar as suspeigdes postas aos Juizes Municipais e Delegados. ITUCIONAL E PROPOSTAS DE MODERNIZACAO como sendo as mais antigas: Policie atuagdo na Camara dos Deputados « POLICIA: PREVISAO CONST! Em termos de previséo constitucional, podemos: destacal jira, organizada para : a Legislativa e a Policia Militar. A primel Bias AC 4 no Senado e a segunda com as atribuigdes de manutengdo da seguranga outras fungées, fm seu art, 18, estabeleceu que, compete & CAmarm es De Pueaen aes TS eon regular 0 servigo de sua policia interna. Em relagdo ao Congress Nacional, ¢ eke estabelecido que era de sua competéncia legislar sobre a corganizag3o municipal Federal e policia. Esta competéncia foi suprimida pela setembro de 1926. Na CF de 16 de julho de 1934, em seu art. art. 52, ee brevista a competéncia exclusiva da Unido para organizar 2 defesa externa, 2 policie © seguranga das fronteiras, as forgas armadas, a prover aos servicos da policia maritima © portuaria, sem prejuizo dos servigas policiais dos Estados. Manteve no art. 26 2 competencie da Camara Federal em regular a sua propria policia. Em seu art. 91, inciso Vi, atribuiu ap Senado a regulaco de sua propria policia. A CF de 1946, em seu art.52, inciso Vil, estabeleceu competéncia para Unido Superintender os servigos de Policia Maritima, Aérea de Fronteiras em todo o territério federal. A Policia Legislativa manteve-se prevista no art. 40, se referindio somente & Camara dos Deputados sem fazer referéncia & do Senado. Podemos constatar 2 constitucionalizagao das atribuigées da Policia Militar que foram instituidas para 2 segurance interna e a manutengéo da ordem nos Estados, Territérios e no Distrito Federal, sendo também consideradas como forcas auxiliares e reserva do Exército, Com a edicSo da CF/S7, no capitulo referente a competéncia dos Estados e Municipios, faz-se constar que, além ds Polici= Militar, institui os Corpos de Bombeiros Militares como forcas auxiliares e reserva do Exército. © ato Complementar n? 40 de 1968, que modificou a CF/67, estabeleceu a proibicko ce percepcao de retribuigéo superior fixada para 0 correspondente posto ou graduacSo ao Exército, absorvidas por ocasido dos futuros aumentos, A CF/B8 estabeleceu © atusi) macisto institucional dos érgéos seguranca publica, estabelecendo que a seguranga publica & dover ie Estado, direito e responsabilidade de todos, sendo exercida para a preservacio aa aratom piiblica e da incolumidade das pessoas e do patrimdnio, através dos seguintes drgiies: Paice Federal; Policia Rodovisria Federal; Policia Ferrovidria Federal; Policias Civis; Policias Niliennes © Corpos de Bombeiros Militares. Nas ultimas décadas as discusses acerca da mociarnivaghe aie seguranga publica, tanto dos profissionais quanto da sociedade civil, resultarayn am sins propostas legislativas que modernizam e/ou modificam a estrutura © a forma de atuagike ios policias brasileiras. A PEC 51/13, de autoria do Senador Lindhergh Farias, altera os ages 2 « 24 da CF/88 e acrescenta a0 144 0s arts. 143-A, 144-A e 144-6, regulamentanda, dante putes assuntos, a carreira tinica na Policia Federal, Rodovisria e Ferrovidria Federals; 8 jnstieuiglko ae ciclo completo para todas as instituigdes policiais, que devem se responsabilisat peas Yarston ostensivas, preventivas, investigativas e de persecugo criminal, a alm de aman desmilitarizacao da policia. Também vale mencionar @ PEC 361/13, de autoria ao Dewuirea Federal Otoniel Lima, que tem por fim definir diretrizes sobre a carreira Policia Feeloral, 227m criago de um cargo e carreira nica com atribuigdes de nivel superior, dem eae ws atribuig6es bem definidas de policia investigativa, judicidria, administrativa e técnikocenehey, Estabelece ainda a criagio de critérios meritocraticos para o exercicio de chefias © fungtes comissionadas, dentre outros. O Projetos de Lei 374/15 e 586/15, ambos de auton a Deputado Federal Laudivio Carvalho, visam modificar as leis 9,807 de julho de 1889 fie) ae protecao a testemunha: siege ca ee vitimas de crimes vulneraveis) ¢ © Decreto-lei 3.689/41 (Cédigo 10 aos delegados de policia poderes jurisdicionais de aplicar medidas cautelares aos inv sacra ae acusados de ameacar vitimas e testemunhas vulneravels, dentre amet 1 tals como: proibigso de manter contato com a vitima ou Se eae Pat determinados, proibicso de ausentar-se do local ou residéncia Sheehan satis ae dara, de autoria do Deputado Federal Jorginho Melo, visa we ig0 Penal, criando a audiéncia de custédia. Nesta, qualquer pessoa grante deverd ser apresentada, no prazo maximo de 24 horas, a0 juiz competente Para que decida sobre a legalidade da prisdo, e, se for 0 caso, aplicagdo das medidas ca i ; utelares, tais como: aplicago de fianga, uso de tornozeleira eletrOnica, afastamento do lar, dentre outras. CONCLUSAO Com © estudo acima exposto, podemos verificar que as organizagdes policiais brasileiras sempre estiveram presente na estrutura politico-administrativa do Brasil desde 2 col6nia, tendo como nascedouro as legislagdes de Portugal. Tendo natureza civil ou militar, sempre autuaram junto 20s érgéos responséveis pela jurisdi¢o criminal, tanto nas atividades de investigago como no patrulhamento ostensivo de manutengio da seguranca publica. Ao longo do tempo sofreu varias modificacBes em sua estrutura e atribuig6es, acompanhando 2s transformagies estatais e socials, atendendo as legislagdes vigentes em cada época, tendo participado ativamente dos varios movimentos sociais transformadores de seu tempo. Desde 2 Colénia, a policia brasileira vem se desenvolvendo e se modemizando, com o fim de acompanhar as complexas transformacdes sociais, atendo aos anseios socials por uma seguranca publica de qualidade, trazendo algumas qualidades que perduram até hoje. © policial, no primérdio da nossa histéria, ea recrutado dentre os cidaddos da comunidade onde habitava ou tinha fortes lagos com ela. 1s50, hoje, pode ser considerado o bergo de pol comunitéria, onde se busca uma aproximagao maior dos policiais com as necessidades da populagSo onde se exerce a manutencéo da seguranca pUblica, N30 podemos desconsiderar @ policial como um agente ativo das grandes transformacées na seguranga publica. Hoje, as exigencias impostas aos candidatos para o ingresso nas insttuigdes atesta o alto nivel de qualificagao desses profi A formacdo voltada ao aprimoramento a defesa dos direitos garantias fundamentals garantem uma instituicdo que zela pele defesa do cidadao © dos institutos legalmente constituidos pela sociedade. Analisando a origem histérica das organizacées policiais, fica facil perceber os caminhos 2 serem tomados pelas propostas de modernizacio da seguranca publica, tanto as que refletem tum avanco com medidas efetivas que respondem aos anseios socials, como aquelas que S80 apresentadas com 0 objetivo de atender a interesses de setores das organizagbes que compéem a seguranca publica que no atendem as necessidades de grande parte da sociedade. Certo que a matéria aqui tratada no foi esgotada, far-se necessario continuar 0 processo de modernizacio das organizagées policais, contando com a participacdo efetiva da sociedade a que serve, quanto pelos profissionais que as integram, buscando atinglr nivels de conforto social tolerdveis em busca da tao almejada paz social. BIBLIOGRAFIA ue dos, RAMOS, Frank dos Santos. A ASSIS, Angelo Adriano Faria de, SANTOS, Joao Henriq| taeda Filipinas. Rio Gran ie figura do herege no livro V das Ordenagbes Manuelinas @ a i i ivel em: do Sul: Revista Justica e Histéria, vol. 4, n® 7, 2010. Disponi ih ba ‘3 r_judiciario/ {1}http://www.tirs.jus.br/export/poder - judiciario/historia/memorial_do. _poder_j memorial judiciario_gaucho/revista_justica_e_historia/issn_1676- 5834/v4n7/doc/02__Angelo_Assis_formatado.pdf. Acesso em: 27 abr 2015. BRASIL. Decreto de 13 de mato de 1808. Crea a Guarda Real para o servico do Principe Regente, Camara dos Deputados. 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[7] Este termo designa o que hoje convencionamos chamar de cidadéo. 8] Varias revoltas surgiram no periodo: Cabanagem (Pard), Sabinada (Bahia) e Balaiada (Maranhdo). {9] Consta no livro IV das Ordenacées Filipinas, pag. 1088, [10] Os empregados eram: Diretor Geral, Fiscal, Official maior, Officiaes, Amanuenses, Porteiro e Continuo. [11] O inteiro teor poderd ser encontrado no no art. 62 da referida lei.

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