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ESCOLA SECUNDÁRIA DE NAMPULA

Trabalho em grupo de disciplina de psicopedagogia


Tem: Educação no tempo colonial
11a Classe. Turma B1/6

Estudantes Professora
Cleide Mailitos № 24
David Pedro №
Dulce Amadinho alberto № 31
Gerina Jorge Cebola № 44
Isaque Amade Manuel №
Nelia Isaura Rito № 73
Quimani A.G. Sacuro № 83
Febe Mario № 42

Nampula
2023

Índice

1
Introdução..................................................................................................................................3

Educação....................................................................................................................................4

Educação no período colonial....................................................................................................4

A Educação antes da Independência..........................................................................................4

A Educação no período colonial (1845 – 1974).........................................................................4

Dois subsistemas de ensino do sistema de educação colonial...................................................5

Tabela 1: Características do ensino colonial em Moçambique..................................................6

Vantagens da educação no período colonial..............................................................................7

Desvantagens da educação no período colonial.........................................................................8

Sugestões e propostas.................................................................................................................8

Conclusão...................................................................................................................................9

Referências bibliográficas........................................................................................................10

Introdução
O presente documento e um trabalho de pesquisa da disciplina de psicopedagogia que tem
como tema, educação no período colonial, nele falaremos de vantagens e desvantagens ada

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educação no período colonial, traremos de algumas sugestões e propostas a favor da educação
colonial, o trabalho tem como objetivo:

Objetivo geral

 Falar da educação no período colonial

Objetivos específicos

 A Educação antes da Independência


 Dois subsistemas de ensino do sistema de educação colonial
 Características do ensino colonial em Moçambique
 Vantagens da educação no período colonial
 Desvantagens da educação no período colonial
 Sugestões e propostas da educação no período colonial

Educação
Segundo Demerval (1845), a educação é concebida como "produção do saber", pois o homem
é capaz de elaborar ideias, possíveis atitudes e uma diversidade de conceitos. O ensino como
parte da ação educativa é vista como processo, no qual o professor é o "produtor" do saber e o
aluno "consumidor" do saber. A aula seria produzida pelo professor e consumida pelo aluno.

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O professor por possuir competência técnica é o responsável pela transmissão e socialização
do saber escolar, cabendo ao aluno aprender os conteúdos para ultrapassar o saber
espontâneo.

O processo de educação tem em vista a preparação do homem para sua melhor inserção na
sociedade. Esta preparação é guiada no sentido de alcançar determinados objectivos que
variam com o tempo, de acordo com as exigências da sociedade, tendo em conta que os
objectivos da educação são dinâmicos.

Educação no período colonial


No contexto moçambicano não se pode separar a educação missionária da educação colonial.
A colonização moçambicana é um fenômeno do século XX, e é a partir desse período que um
esforço sistemático de educação é feito. Os acordos entre o governo colonial e a Igreja
Católica, durante a fase mais intensiva e profícua da educação no tempo colonial, provam que
a separação entre a educação colonial e uma educação missionária não é pertinente. De fato,
o governo colonial confia “[…] a educação indígena à igreja, ao mesmo tempo que subordina
a educação aos interesses do nacionalismo colonial” (Ngoenha, 2000, p. 43).

A Educação antes da Independência


A história da educação em Moçambique antes da Independência pode ser dividida em duas
etapas relevantes: a educação no período colonial e a educação no governo de transição.

A Educação no período colonial (1845 – 1974)


A educação neste período foi caracterizada pela dominação, alienação e cristianização. Foi o
período em que surgiu a primeira regulamentação do ensino nas colónias, período da
Monarquia em Portugal, a 2 de Abril de 1845. A 14 de Agosto do mesmo ano, foi
estabelecido um decreto que diferenciava o ensino nas colónias e na Metrópole e criava as
escolas públicas nas colónias.

Em 1846 foi publicada a primeira providência legal para a organização da instrução primária
no ultramar português; depois de 1854 foram criadas, por decreto, as primeiras escolas
primárias na Ilha de Moçambique, no Ibo, Quelimane, Sena, Tete, Inhambane e Lourenço
Marques.

Em 1846 foi publicada a primeira providência legal para a organização da instrução primária
no ultramar português; depois de 1854 foram criadas, por decreto, as primeiras escolas

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primárias na Ilha de Moçambique, no Ibo, Quelimane, Sena, Tete, Inhambane e Lourenço
Marques.

A 30 de Novembro de 1869, foi reformado o Ensino Ultramar, onde se decretava o ensino


primário obrigatório, dividido em dois graus, com duas classes cada, em que as escolas
estavam sob tutela das missões católicas.

Em 1912 foi criada, em Lourenço Marques, a primeira escola secundária em Moçambique.

Dois subsistemas de ensino do sistema de educação colonial


Um dos maiores marcos da educação colonial em Moçambique é a vigência de dois
subsistemas de ensino, nomeadamente:

 Ensino Oficial – para os filhos dos colonos ou assimilados;


 Ensino rudimentar – para os chamados “indígenas”- os nativos.

Neste sentido, o sistema de ensino em Moçambique era de dois tipos, correspondendo a duas
concepções de educação - para indígenas e educação da elite, para o colonizador e
assimilado.

O ensino oficial destinava-se à transmissão de valores e padrões aristocráticos. O ensino para


indígenas era para o povo colonizado que praticamente estava reduzido apenas a aprender a
ler, escrever e a domesticação.

O ensino estava estruturado basicamente para acomodar os interesses do colono, preparar


indivíduos para desempenhar funções sociais distintas na sociedade, daí que se caracterizava
por:

Tabela 1: Características do ensino colonial em Moçambique

Característica do
Descrição
sistema colonial

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Estabelecimento de dois tipos de educação, um destinado à
população negra e dirigido pelas missões, e outro reservado às
crianças brancas e aos assimilados, confiado ao estado e às
Carácter
instituições privadas;
discriminatório
Limitação de ingresso na escola primária oficial e nos níveis
superiores de escolarização
As escolas oficiais localizavam-se nos centros urbanos e eram
melhor equipadas, enquanto que os postos escolares eram
Carácter urbano da construidos em zonas rurais para a maioria da população
rede escolar moçambicana;

As escolas para indígenas eram mal equipadas.


A organização, direcção e controlo do “ensino para indigenas”
estavam confiadas aos missionários;

O processo de assimilação e aculturação dos moçambicanos era


Unidade entre a sobretudo feito através da educação moral cristã.católica;
religião e o ensino
O ensino da religião e moral católicas eram obrigatório em
quase todas as escolas e níveis de ensino;

A religião católica era religião oficial do Estado.


A limitação dos ingressos na escola na base da idade, a
existência de uma rede escolar insuficiente e inadequada foram,
entre outros, factores inibidores para uma melhor oferta dos
serviços educativos e maior acesso aos mesmos;
Carácter fictício da
escolarização
Outros factores inibidores foram: i) carências familiares e
obrigatória
individuais de natureza económica; ii) elevadas taxas de
escolarização; iii) discriminação no recenseamento escolar; iv)
proibição de inscrição e matrícula nas escolas oficiais de
crianças não recenseadas
Complexo de superioridade do branco em relação ao “negro”
era bem patente em alguns livros de leitura em uso nas escolas
primárias para indígenas;
Carácter paternalista
A ideia subjacente consistia em fazer crer que os brancos
fizeram enorme bem aos negros e que, estes, por sua vez, eram
ociosos, improdutivos, apesar de enormes recursos que a sua
terra lhes oferece.

Foi a partir de 1930, com a assinatura dos acordos missionários (A concordata em 1940 e o
Estatuto missionário em 1941) que o governo impôs uma política rigorosa de educação e
assimilação em Moçambique. Com a assinatura da Concordata e do Estatuto Missionário, o

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Estado transferiu para a igreja a sua responsabilidade sobre o ensino rudimentar,
comprometendo-se a dar um apoio financeiro às missões e às escolas católicas.

Enquanto nas zonas rurais os moçambicanos dispunham de escolas das missões, os centros
administrativos dispunham de escolas oficiais e particulares para os brancos e assimilados.
Era um ensino relativamente evoluído em comparação com o ensino para indígenas.

Vantagens da educação no período colonial


 Nos finais do século XV e princípios do século XXVI como consequência da
expassão marítima iniciada na Europa, iniciaram os primeiros contactos entre os
portugueses e a sociedade que actualmente chama-se moçambicana. Esses contactos
vieram modifiar o estilo de vida dos moçambicanos mudanças essas foram notóras em
várias vertentes partindo da vertente política à económica e até a cultural.
 Segundo Manuel Golias (1993:31), o governo português implantou nas suas colónias
o Sistema de Assimilação, este que consistia na desnaturalização do colonizado
atravez da educação e outros meios de propaganda da sua ideologia.assim todos
aqueles que desejassem ser assimilados (civilizados) tinham que seguir procedimentos
jurídicos que consistiam em:
 Domínio da língua portuguesa quer na fala assim como na escrita;
 Ter mais de 18 anos;
 Ter bom comportamento;
 Ser finaceiramente estável;
 Não ter sido consederado refratório no serviço militar. Desta forma, o preto passava a
se considerar branco e usufruia de algumas regalias tais como:
 Direito a identidade e a passaporte;
 Os seus filhos teriam direito a frequentar as scolas do estado;
 Ter precedência sobre outros nativos;
 Direito a voto;
 Deixar de pagar imposto de palhota passando apenas a pagar o imposto por
rendimento.

Desvantagens da educação no período colonial


 A Educação no período colonial (1845 – 1974), educação neste período foi
caracterizada pela dominação, alienação e cristianização;

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 Estabelecimento de dois tipos de educação, um destinado à população negra e dirigido
pelas missões, e outro reservado às crianças brancas e aos assimilados, confiado ao
estado e às instituições privadas;
 Limitação de ingresso na escola primária oficial e nos níveis superiores de
escolarização;
 As escolas oficiais localizavam-se nos centros urbanos e eram melhor equipadas,
enquanto os postos escolares eram construidos em zonas rurais para a maioria da
população moçambicana;
 As escolas para indígenas eram mal equipadas.
 Complexo de superioridade do branco em relação ao “negro” era bem patente em
alguns livros de leitura em uso nas escolas primárias para indígenas;

O objetivo principal da educação, nesta fase da colonização, era a “[…] civilização dos
indígenas” (Mazula, 1995, p. 47), principalmente por meio da propagação da fé cristã e dos
valores e práticas europeus. A tolerância da língua indígena surgia como uma estratégia e um
instrumento para exercer e reforçar o processo de colonização e de imposição territorial da
língua portuguesa.

Sugestões e propostas
Logo após a assinatura da Concordata, a administração colonial estabeleceu a estrutura de
ensino seguindo o modelo de organização do ensino ministrado por entidades religiosas. No
ano de 1941, a administração portuguesa dividiu o ensino em ‘indígena’ e ‘oficial’. no
entanto essa divisão não haveria, porque mostra descriminação de raças preto e branco.

O ensino oficial era destinado aos filhos dos colonos ou assimilados, o outro, indígena, era
engenhosamente articulado à estrutura do sistema de dominação em todos os seus aspetos. O
ensino indígena (designado também ensino primário rudimentar) tinha por fim elevar
gradualmente da ‘vida selvagem’ à ‘vida civilizada’ dos povos cultos a população autóctone
das províncias ultramarinas, enquanto o ensino oficial (designado também ensino primário
elementar para os não indígenas), visava dar à criança os instrumentos fundamentais de todo
o saber e as bases de uma cultura geral, preparando-a para a vida social.

Conclusão

Portanto foi graças a independência que trouxe uma nova dinâmica na educação em
Moçambique, a qual se reflectiu na garantia, pelo Estado, da educação para todos, expansão

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da rede escolar; sistematização da experiência de educação nas zonas libertadas, formação de
professores e revisão curricular contínua.

A proclamação do direito à educação para todos os moçambicanos, pela Constituição da


República e a consequente massificação do acesso à educação, em todos os níveis de ensino,
constitui o principal marco da educação pós-independência.

Referências bibliográficas
Educação, Grave Problema». Enciclopédia Delta de História do Brasil. [S.l.]: Editora Delta
S/A. 1969. p. 1995

MARIANI, Clemente. Exposição de motivos da mensagem presidencial n. 605 de 29 de


outubro de 1948. Diário do Congresso Nacional, 13/11/1948, p. 11615-11617.

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BATTISTUS, C.; LIMBERGER, C.; CASTANHA, A. Estado militar e as reformas
educacionais. Revista Educere et Educare, Cascavel, v. 1 , n. 1, p. 227-232, 2006.

Ribeiro, Darcy (1975). Teoria do Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. p. 166-
167

DEMERVAL Aranha, de Arruda. História da Educação e da Pedagogia. 3a ed. São Paulo:


Moderna, 1845), p. 222.

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