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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Direito

Licenciatura em Administração Publica

Nome do estudante‫ ׃‬Lurdes Bento Inácio, 3º ano, Período Pós – Laboral.

Cadeira‫ ׃‬Economia do desenvolvimento

Docente‫ ׃‬Ph. D. Alexandre Tocoloa.

Introdução

Este presente ensaio de carácter avaliativo tem como tema indicadores económicos cujo tema
circunscreve-se na cadeira de Economia do Desenvolvimento. A falta de dados económicos
locais precisos é um empecilho para a gestão das organizações e na formulação de suas
políticas, pois na tomada de decisões o gestor, em muitas situações, tem que decidir baseado
na intuição, por persuasão de pessoas influentes ou baseado em dados defasados.

Por esse motivo, há a necessidade da construção de indicadores económicos para um


conhecimento mais aprofundado da realidade local e regional. No que tange ao tema atinente,
para melhor compreensão deste tema irei abordar os aspectos relevantes, tais como: conceitos
de indicadores económicos, conceitos de produto interno bruto, produto nacional bruto,
industrialização e renda per capita.

Quanto aos procedimentos metodológicos, recorreu-se ao método dedutivo, porque tal método
cinge-se no estudo de aspectos gerais para compreender os aspectos particulares. Por outro
lado, optou-se pela pesquisa bibliográfica

INDICADORES ECONÓMICOS

Segundo Robert (1998), os indicadores económicos representam essencialmente dados ou


informações sinalizadoras ou apontadas do comportamento (individual ou integrado) das
diferentes variáveis e fenómenos componentes de um sistema económico de um pais, região
ou estado.

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Contudo os indicadores económicos são dados numéricos usados para medir o desempenho da
actividade económica de um pais, estado, cidade ou região. Esses dados podem ser
trabalhados de diversas formas, a depender do que esta a pessoa deseja analisar.

Para a economia de um pais, o costume é observar as informações a nível macroeconómico,


como a taxa de juros, o crescimento económico, a inflação e o desemprego.

Nesta perspectiva Samuelson (2005), diz que os indicadores económicos são fundamentais
tanto para propiciar uma melhor compreensão da situação presente e o delineamento das
tendências de curto prazo da economia, quanto para subsidiar o processo de tomada de
decisões estratégicas dos agentes públicos (governo) e privados (empresas e consumidores).

Os indicadores económicos podem ser classificados em cinco subconjuntos de variáveis


macroeconómicas que são nível de actividade, preços, sector externo, agregados monetários,
sector publico. Contudo importa – nos abordar quanto ao nível de actividade.

De acordo com Pindyick (2009), os indicadores do nível de actividade funcionam como um


termómetro das condições gerais dos elementos mais sensíveis as flutuações cíclicas do lado
real da economia, sintetizados no comportamento do produto interno bruto, da produção
industrial e das estatísticas de emprego e desemprego.

Actualmente, os indicadores de actividade económica estão centrados, em sua maioria, em


nível agregado de informações, principalmente no contexto espacial, pois dependendo do
indicador, este é construído congregando-se informações de diversos espaços geográficos para
apresentar a conjuntura económica do país ou do estado federado.

Por este motivo que Ribeiro e Dias (2003) apontam para o fato de que “a economia local pode
não apresentar as mesmas características que a nacional ou aquela para qual existem
indicadores agregados (estado ou região) e para onde tenham sido estabelecidos como
parâmetro” (p. 23).

Essas estatísticas, apesar de importantes, possuem certa desfasagem entre a colecta dos dados
e a produção do indicador pelo fato de buscarem medir o aspecto produtivo de período
anterior (a conjuntura). Essa defasagem é um dos maiores inconvenientes para a utilização de
indicadores agregados para aferir o comportamento de economias locais (espacialmente
menores ao teor mensurado pelo indicador), pois, ao reunir as informações e basear estudos e

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planeamentos, as mesmas já vão ter sido alteradas, devido à movimentação dos agentes
económicos.

De acordo com Galves (2004), dentro do ciclo económico destaca-se a actividade económica
como o fenómeno da geração da riqueza económica e, nesse processo se situam os fenómenos
da produção, da repartição e consumo. Além desses três fenómenos existe, ainda, um quarto
fenómeno fundamental que é o da circulação económica.

A junção desses fenómenos de maneira dinâmica e interdependente é que culminam no


processo de crescimento e desenvolvimento económico. Porém, no que tange à mensuração
da actividade económica, os indicadores económicos se pautam na actividade de produção
(primária, secundária e terciária), como o PIB (Produto Interno Bruto).

Produto Interno Bruto (PIB)

De acordo com Perloff (2003), o produto interno bruto corresponde ao valor de mercado do
fluxo de bens e serviços finais disponibilizados por uma economia em um determinado
período de tempo (normalmente um ano), propiciando o acompanhamento de suas
modificações estruturais e de seu curso conjuntural.

O PIB pode ser aferido a preços correntes (nominais ou monetários) e constantes (reias).
Ambos representam importantes medidas de desempenho. Os valores monetários servem para
dar uma ideia da dimensão do sistema, pois resultam da agregação da produção física de todos
bens e serviços pelos respectivos preços, descontadas as transacções intermediarias.

Produto Nacional Bruto (PNB)

Acrescenta o autor acima citado que o Produto Nacional Bruto (PNB) é a somatória de todas
as riquezas produzidas por empresas pertencentes a um país, independentemente do local em
que elas estejam actuando. Por exemplo: o PNB do Moçambique é o conjunto de riquezas
geradas a partir de produtos fabricados por empresas moçambicanas, independentemente se
essas empresas actuarem no país ou não.

Renda per capita

Segundo Ribeiro e Dias (2003), a renda per capita é um dos indicadores socioeconómicos que
avaliam o grau de desenvolvimento económico de um determinado lugar. A média é obtida
através da divisão do Produto Nacional Bruto (PNB) pelo número total de habitantes.

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Industrialização

De acordo com Robert (1998) a industrialização é o nome que se dá para o processo onde os
países deixam uma economia voltada para a agricultura ou para a manufactura, para adentrar
na modernização do processo industrial. Esse processo teve início na Inglaterra, através da
denominada revolução industrial.

Conclusão

Ao fim da elaboração do ensaio, constatei que a diferença entre Produto Interno Bruto e
Produto Nacional Bruto está no fato de o PIB ser a somatória de todas as riquezas produzidas
dentro do território sem considerar a sua nacionalidade e também sem levar em consideração
as remessas advindas do exterior. Por isso, fala-se em “interno”, pois diz respeito apenas ao
território do país. Já o PNB não se preocupa com a localidade, e sim com a nacionalidade,
haja vista que as empresas nacionais que atuam no exterior remetem parte de seus lucros para
o seu país de origem.

O PNB é o valor total dos bens e serviços, sendo composto pela produção anual juntamente
com os rendimentos oriundos do exterior, subtraídos pela renda que saiu para o exterior. Essa
quantia é dividida pelo número de habitantes, obtendo-se a renda per capita.
Apesar de ser um indicador muito utilizado para se estabelecer o padrão social de uma
população, a renda per capita apresenta alguns problemas metodológicos em seu cálculo. O
principal é que ela não considera a distribuição de renda, nivelando os habitantes. Sendo
assim, a renda per capita não avalia as desigualdades económicas entre os indivíduos.

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Referência bibliográfica

Galves, C. (2004). Economia Empresarial. São Paulo‫ ׃‬Colectânea.

Perloff, J. M. (2003). Microeconomia. (3ª. ed). Boston‫ ׃‬Pearson.

Pindyick, R. (2009). Microeconomia. (7ª. ed). Brasil‫ ׃‬MacronBooks.

Ribeiro, G. M. Dias, M. (2003). Indicadores económicos. Portugal‫ ׃‬Elsevier.

Robert, F. (1998). Microeconomia e Comportamento. (3ª. ed). Portugal‫ ׃‬McGraw-Hill.

Samuelson, P. Northaus, W. (2005). Economia. (18ª. ed). Lisboa‫ ׃‬McGraw-Hill.

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