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UEMG - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MINAS GERAIS

Disciplina: História da Educação

Curso: 2º período Pedagogia

Professora: Elizete Oliveira de Andrade

Aluna: Jessica Aparecida Silva Martins

1) Resumo do artigo: “A Evolução da Educação no Brasil”:


“Ele (plano de estudo dos jesuítas) concentrava sua programação nos elementos da cultura
europeia, mais precisamente de Portugal, valorizando conhecimentos religiosos e da área
de Humanas. Era direcionado para os filhos dos dirigentes da sociedade da época, sem
pretensão de instruir índios e negros: a estes era destinada exclusivamente a catequese.”
Quando a companhia de jesus chegou no Brasil com a missão de converter os nativos a fé
católica, trouxeram com eles métodos pedagógicos. A alfabetização era o caminho mais
seguro para a catequese, com o intuito de mudar hábitos e costumes. Nos primeiros anos a
companhia de jesus, tendo à frente o padre Manoel da Nóbrega, fundou colégios e escolas
de instrução elementar. Os jesuítas aplicavam dois modelos de instrução: Um para os
indígenas, focados na leitura escrita e poucas operações; eram ensinados a obedecer e
aceitar os dogmas e leis impostas pelos religiosos, sob pena de serem castigados. Outro
modelo de ensino era voltado para os filhos dos colonos, consistindo no ensino mais culto.
A presença da Companhia de Jesus garantiu a importação da cultura vinda da Europa,
dessa forma iniciou-se a educação escolar no Brasil. Quando foram expulsos do brasil em
1759, havia no Brasil 17 colégios e escolas de primeiras letras funcionando, sem os jesuítas
a educação brasileira praticamente voltava à estaca zero.
“(...) Portugal encontrava-se em crise por causa das mudanças sociais, políticas e
econômicas que estavam ocorrendo na Europa. (...) o Marquês de Pombal, aderiram às
ideias do Iluminismo e produziram as Reformas Pombalinas, que visavam prioritariamente o
desenvolvimento da razão, da ciência e da tecnologia. Para tanto, foi necessário diminuir o
poder absolutista do rei e o poder religioso e o domínio educacional dos jesuítas, que foram
expulsos de Portugal e de suas colônias em 1759. As principais medidas no âmbito
educacional foram a instauração das Aulas Régias e do ensino laico.”
Com Marquês de Pombal os expulsando os jesuítas com a intenção de redirecionar os
objetivos da educação, tivemos a implantação das Reformas Pombalinas, o objetivo dessa
mudança era a implantação do ensino laico (desvinculado de aspectos religiosos) e público
(acessível a todos).

Em 1808 a família real deixa Portugal e se muda para o Brasil. Com a chegada da corte há
investimentos no ensino técnico e se multiplicam as escolas de ensino superior. Por outro
lado, a educação popular, estudos primários e médios ficam esquecidos.
“A vinda de D. João VI propiciou também a criação de Academias Militares; Escolas de
Direito e Medicina; da Imprensa Régia (1808) - que possibilitou a divulgação e circulação de
informações e ideias, inclusive políticas, entre a população letrada da época; da Biblioteca
Real (1810), franqueada ao público em 1814; do Jardim Botânico do Rio (1810) e do Museu
Nacional (1818).”
2) Principais mudanças na educação no período do Estado Novo e a importância do
ensino para o crescimento do país:

“(...) a Primeira República foi marcada por conflitos nas áreas política, social e educacional.
A economia era voltada, predominantemente, para a exportação do café. (...)”

“(...) A educação era destinada à elite dirigente. Não foram ampliadas as vagas nas escolas
e não houve preocupação em melhorar a qualidade do ensino ofertado. A prática
pedagógica consistia na aplicação de teorias importadas da Europa.”

“(...) Em 1930, foi criado o Ministério de Educação e Saúde, que priorizou o surgimento da
universidade brasileira, unificando as faculdades isoladas. (...)”

“(...) A Constituição de 1934 estabelecia a gratuidade e obrigatoriedade do ensino primário;


o ensino religioso facultativo; as responsabilidades em nível Federal, Estadual e Municipal
sobre o financiamento da educação; a criação de um Plano Nacional de Educação que
fiscalizasse todos os graus de ensino; a presença das disciplinas de educação moral e
política nos currículos escolares (para desenvolver o espírito ético e patriótico). (...)”

“(...) Já a Constituição de 1937 defendia ideias fascistas e ditatoriais. Ela oficializou a


dualidade do sistema escolar, oferecendo ensino secundário para os que pretendiam cursar
o ensino superior e ensino profissionalizante para os que tinham necessidade imediata de
ingressar no mercado de trabalho. Estabelecia a obrigatoriedade de se criarem escolas nas
indústrias e sindicatos para os filhos dos operários. (...)”

A partir de 1930, a educação como instituição, ganha contornos mais definidos com a
criação do ministério da educação e saúde pública pelo governo provisório de Getúlio
Vargas. A constituição de 1934 estabelece pela primeira vez na nossa história, que a
educação passa a ser um direito de todos e que deve ser promovida pelos poderes públicos
e pela família. A esse período segue o estado novo de Getúlio Vargas e a valorização do
ensino profissionalizante. Nesta época o ensino era dividido em cinco anos de curso
primário, 4 de curso ginasial e três de colegial. Em 1947 o governo federal lança uma
campanha nacional de alfabetização. Durante o período da ditadura militar de 1964 a 1984,
o ensino superior privado ganha espaço. Para acabar com excedente de estudantes
aprovados em vagas nas universidades, foi criado um exame de vestibular classificatório.
Com o fim do regime militar, educadores de diversas áreas do conhecimento passaram a
discutir o ensino de uma forma mais ampla e democrática.
Com a promulgação da nova constituição em 1988, nasce a última versão da ldb. Baseada
no princípio do direito universal à educação para todos, ela traz entre suas principais
características, o ensino fundamental obrigatório e gratuito, a gestão democrática do ensino
público e progressiva autonomia pedagógica e administrativa das unidades escolares. Ela é
aprovada em 1996.
A educação vai além do que se é ensinado nas escolas, ela é uma prática existente em
qualquer sociedade ou cultura, assim sendo, o investimento na educação se torna um
instrumento de grande importância para o desenvolvimento, não só individual, mas do país
em si.

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