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Cap3 Ampops Eaps EC 2004
Cap3 Ampops Eaps EC 2004
33––Amplificadores
AmplificadoresOperacionais
Operacionais
3.1
3.1––Introdução
Introdução
O amplificador operacional (ampop) foi desenvolvido na década de 40. O
ampop era construído com base em componentes discretos, primeiro com
válvulas (figura 3.1) e mais tarde, final dos anos 40, com transístores. A
implementação do ampop com componentes discretos estendeu-se até 1963, ano
em que surgiu o primeiro amplificador operacional, construído pela FairChild
(µA 702), na forma de um circuito integrado (figura 3.2). Actualmente os
ampops são implementados por cerca de 30 transístores associados a
resistências e a um condensador (compensação na frequência), com se
exemplifica a figura 3.3.
3.1
3.1––Introdução
Introdução(cont.)
(cont.)
Figura 3.1 – Amplificador operacional implementado com válvulas Figura 3.2 – Amplificador operacional actual
3.1
3.1––Introdução
Introdução(cont.)
(cont.)
Embora o ampop, seja de facto um sistema complexo, ele pode ser estudado
como um componente activo discreto, por intermédio da caracterização do seu
comportamento aos terminais. O estudo da sua constituição interna, será feito
num capítulo posterior.
3.1
3.1––Introdução
Introdução(cont.)
(cont.)
3.2
3.2––Os
Osterminais
terminaisdo
doamplificador
amplificadoroperacional
operacional
Do ponto de vista do sinal, o ampop tem três terminais: dois terminais de
entrada, (+) e (-), e um terminal de saída, vo. A figura 3.4 mostra o símbolo que é
usualmente utilizado para representar o ampop. Os terminais 1, (-) e 2 (+), são os
terminais de entrada e o terminal 3 (vo) é o terminal de saída.
A alimentação de uma parte significativa dos ampops, é feita por duas fontes dc,
com um terminal comum. A figura 3.5 mostra o ampop com as tensões de
alimentação aplicadas aos terminais 4 e 5. O terminal 4 está ligado à tensão de
alimentação positiva, V+, e o terminal 5 à negativa, V-. A figura 3.6 apresenta a
mesma informação de uma forma mais simplificada.
3.2
3.2––Os
Osterminais
terminaisdo
doamplificador
amplificadoroperacional
operacional(cont.)
(cont.)
v−
vo
v+
Figura 3.5 –Ampop com a fonte de alimentação dc. Figura 3.6 – Representação simplificada
do ampop com alimentação dc
O terminal de referência dos sinais coincide com o ponto comum (massa) das
fontes de alimentação. Além dos três terminais para o sinal e dos dois para a
alimentação, o ampop tem, usualmente, outros terminais dedicados à
compensação dos desvios ao seu comportamento ideal.
Octávio Páscoa Dias cap.3-6
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
3.2
3.2––Os
Osterminais
terminaisdo
doamplificador
amplificadoroperacional
operacional(cont.)
(cont.)
Figura 3.7 –Encapsulamento flat pack (ampop 741). Figura 3.8 –Encapsulamento metal can (ampop 741).
3.2
3.2––Os
Osterminais
terminaisdo
doamplificador
amplificadoroperacional
operacional(cont.)
(cont.)
3.2
3.2––Os
Osterminais
terminaisdo
doamplificador
amplificadoroperacional
operacional(cont.)
(cont.)
8 7 4
2 −
6
3 +
1 5
V−
3.3
3.3––Características
Característicasdo
doamplificador
amplificadorideal
ideal
O amplificador operacinal é projectado para reagir à diferença entre os sinais
aplicados às entradas inversora (-) e não-inversora (+), produzindo uma tensão
de saída, vo dada por,
vo = A(v + − v − )
onde,
A é um número positivo que representa o ganho do ampop sem realimentação;
v+ é a tensão aplicada à entrada não-inversora;
v- é a tensão aplicada à entrada inversora.
3.3
3.3––Características
Característicasdo
doamplificador
amplificadorideal
ideal
Outra das características do amplificador operacional ideal, consiste em ter as
correntes de entrada nulas. Assim, com os sinais de corrente produzidos por v+
e v- nulos, a resistência de entrada do ampop é infinita,
Ri = ∞
Quanto á tensão de saída, é suposto que o ampop se comporte como uma fonte
de tensão ideal, ou seja, a tensão medida entre o terminal de saída, vo, e a massa,
deve ser igual a A(v+-v-), independentemente da corrente que o ampop
forneça a uma carga. Por outras palavras, a resistência de saída do ampop deve
ser nula, R =0 o
O ampop ideal deve exibir uma largura de banda infinita, ou seja, o valor de A
deve permanecer constante desde a frequência nula (sinal dc) até à frequência
infinita, Isto é, o ampop amplifica com o mesmo ganho sinais de qualquer
frequência, BW = ∞
Octávio Páscoa Dias cap.3-11
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
3.3
3.3––Características
Característicasdo
doamplificador
amplificadorideal
ideal(cont.)
(cont.)
v−
vo
v+
3.3
3.3––Características
Característicasdo
doamplificador
amplificadorideal
ideal(cont.)
(cont.)
∞
ganho tensão 106 a 108
∞
impedância de entrada alguns MΩ
∞
largura de banda dezenas de Hz
3.3
3.3––Características
Característicasdo
doamplificador
amplificadorideal
ideal(cont.)
(cont.)
Exercício 3.1
Considere um amplificador operacional (ampop) ideal, excepto quanto ao ganho em malha aberta que tem o valor
de A=103. O ampop é usado de acordo com a montagem representada na figura 3.13, sendo medidas as tensões
v1, v2 e vo. Determine,
a) v1 para v2=0 e vo=2 V;
b) v1 para v2=5 V e vo=-10 V;
c) vo para v1=1,002 V e v2=0,998 V;
d) v2 para v1=-3,6 V e vo=-3,6 V.
Soluções: a) v1=-0,002 V; b) v1=5,01 V; c) vo= -4 V; d) v2=-3,6036 V.
v1
vo
v2
3.4
3.4––Conceito
Conceitode
derealimentação
realimentação
Quando existe uma resistência ligada entre o terminal de saída, vo, e o terminal da
entrada inversora (-), diz-se que o ampop tem realimentação negativa (figura
3.14); quando a resistência está ligada entre a saída, vo, e o terminal da entrada não-
inversora (+), diz-se que o ampop tem realimentação positiva (figura 3.15).
R2 R2
R1 R1
vi − vi +
vo vo
+ −
Figura 3.14 – Ampop com realimentação negativa. Figura 3.15 – Ampop com realimentação positiva.
3.5
3.5––Realimentação
RealimentaçãoNegativa
Negativa
curto-circuito
curto-circuitovirtual
virtual
curto-circuito
curto-circuitovirtual
virtual(cont.)
(cont.)
A tensão vo tem um valor finito, e como,
vo = A(v + − v − )
v + = v2 ; v − = v1
vo = A(v2 − v1 )
vo
(v2 − v1 ) =
A
dado que, idealmente,
A→∞
então,
(v + − v − ) → 0
isto é, as tensões v+ e v- são praticamente iguais.
Octávio Páscoa Dias cap.3-17
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
curto-circuito
curto-circuitovirtual
virtual(cont.)
(cont.)
Diz-se, então, que existe um curto-circuito virtual entre as entradas inversora,
v+, e não-inversora, v-. O termo curto-circuito virtual significa que qualquer que
seja a tensão presente em v+, ela aparece automaticamente em v-, devido ao
ganho A tender para infinito. Quando v+ está ligado à massa, diz-se que v- é
uma massa virtual, (figura 3.17) uma vez que, embora v- esteja ao potencial
zero, devido ao curto-circuito virtual, ele não está fisicamente ligado à massa.
−
+
3.5.1
3.5.1––Operação
OperaçãoLinear
Lineardo
doAmpop
Ampop
montagem
montageminversora
inversora
−
+
montagem
montageminversora
inversora(cont.)
(cont.)
A resistência de entrada da montagem inversora (figura 3.18) é dada por,
Ri = R1
uma vez que, a corrente de entrada é dada pela expressão, ii=vI /R1.
As figuras 3.19 e 3.20, representam o modelo da montagem e a sua
característica de transferência, respectivamente.
A f = tg (α ) vo
L+
α
vI
L−
Figura 3.19 – Modelo da montagem inversora. Figura 3.20 – Característica de transferência da montagem inversora.
montagem
montageminversora
inversora(cont.)
(cont.)
Exercício 3.2
Dimensione as resistências R1 e R2 para que o amplificador inversor representado na figura 3.21, tenha o ganho de
-10, e a resistência de entrada de 100 kΩ.
Soluções: R1=100 kΩ; R2=1 MΩ.
montagem
montageminversora
inversora(cont.)
(cont.)
Exercício 3.3
O circuito representado na figura 3.22, é usado para implementar um amplificador de transresistência. Determine,
a) a resistência de entrada, Ri;
b) a transresistência, Rm;
c) a resistência de saída, Ro;
d) qual o valor da tensão de saída, v0, se for ligada à entrada do amplificador a fonte de sinal representada na figura
3.23.
Figura 3.22 – Conversor corrente-tensão para o exercício 3.3. Figura 3.23 – Fonte de corrente para o exercício 3.3.
montagem
montagemnão-inversora
não-inversora
A figura 3.24 representa a montagem não-inversora do amplificador
operacional.
R2
Af = 1 +
R1
vi = v A
R1
v A = vo
R1 + R2
Figura 3.24 – Montagem não-inversora.
Octávio Páscoa Dias cap.3-23
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
montagem
montagemnão-inversora
não-inversora(cont.)
(cont.)
A resistência de entrada da montagem não-inversora (figura 3.24) é dada por,
Ri = ∞
uma vez que, a corrente de entrada é dada pela expressão, ii=vI /R1; com i=0.
outras
outrasconfigurações
configuraçõesde
deoperação
operaçãolinear
linear
somador
somadorinversor dennentradas
inversorde entradas
O circuito representado na figura 3.27 realiza um somador inversor de n
entradas.
Rf Rf Rf
vo = −( v1 + v2 + ... + vn )
R1 R2 Rn
vn
in =
Rn
n
vo
i=− ; i = ∑ in
Rf 1
Figura 3.27 – Circuito somador inversor de n entradas
Octávio Páscoa Dias cap.3-25
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
somador
somadornão-inversor dennentradas
não-inversorde entradas
seguidor
seguidorde
detensão
tensão
Figura 3.29 – Circuito seguidor de tensão. Figura 3.30 – Modelo do ampop na configuração seguidor de tensão.
Octávio Páscoa Dias cap.3-27
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
amplificador
amplificadorde
dediferença
diferença
amplificador
amplificadorde
dediferença
diferença(cont.)
(cont.)
Aplicando o Teorema da Sobreposição (figura 3.32)
R2 R4 R2
vo1 = − v1 ; vo 2 = v2 (1 + )
R1 R3 + R4 R1
escolhendo-se R1=R3 e R2=R4 R2
vo = (v2 − v1 )
R1
Octávio Páscoa Dias cap.3-29
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
integrador
integrador
i2
integrador
integrador(cont.)
(cont.)
vi dvC dvo
i1 = i2 ; i1 = ; i2 = C ⇒ i2 = −C
R dt dt
dvo vi 1
−C = ⇔ dvo = − vi dt
dt R CR
t t t
1 1
∫0 dvo = − CR ∫0 vi dt ⇒ vo = − CR ∫0 vi dt
integrador
integrador(cont.)
(cont.)
Aplicando o conceito de impedância generalizada ao integrador representado na
figura 3.33, obtém-se,
1
Vo ( s ) sC Vo ( s ) 1 1 1
=− ⇔ =− ⇒ Vo ( s ) = − × Vi ( s )
Vi ( s ) R Vi ( s ) sRC RC s
Comparando este resultado, com a TL do integral, conclui-se que circuito
realiza a função de integração, dada a presença do factor 1/s na expressão de
Vo=f(Vi).
integrador
integrador(cont.)
(cont.)
Pode traçar-se o diagrama de Bode para o ganho do circuito, como se ilustra na
figura 3.34.
Vo 1 1
T ( s) = =−
G (ω ) Vi RC s
[dB]
1
20 log −
RC − 20 db / década
− 6 dB / oitava
0
1 ω [rad / s]
RC
Figura 3.34 – Diagrama de Bode para o módulo da função de transferência, T(jω), do integrador.
integrador
integrador(cont.)
(cont.)
Na figura 3.35, representa-se o diagrama de Bode para a fase do integrador
(figura 3.33). É de realçar que a fase de -90º se deve ao facto do integrador ser
inversor. De facto,
1 1 1
T ( jω ) = − ⇔ T ( jω ) = − ( − j ) ⇔ T ( jω ) = j ⇒ Φ (ω ) = +90º
jωRC ωRC ωRC
Φ (ω )
Vo 1 1
+ 90º T (s) = =−
Vi RC s
ω [rad / s]
Figura 3.35 – Diagrama de Bode para a fase da função de transferência, T(jω), do integrador.
Octávio Páscoa Dias cap.3-34
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
integrador
integrador(cont.)
(cont.)
R2
R1
diferenciador
diferenciador
i2
i1
diferenciador
diferenciador(cont.)
(cont.)
vo dvC dvi
i1 = i2 ; i2 = − ; i1 = C ⇒ i1 = C
R dt dt
vo dvi dvi
− =C ⇔ vo = − RC
R dt dt
Utilizando o conceito de impedância generalizada ao circuito, obtém-se,
Vo ( s ) R Vo ( s )
=− ⇔ = − sRC ⇒ Vo ( s ) = − RC × s × Vi ( s )
Vi ( s ) 1 Vi ( s )
sC
Comparando o resultado obtido, com a TL da derivada, conclui-se que circuito
realiza a função de diferenciação, tendo em conta a existência do factor s na
expressão de Vo=f(Vi).
Octávio Páscoa Dias cap.3-37
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
diferenciador
diferenciador(cont.)
(cont.)
y Tendo em conta a função de transferência do circuito diferenciador da figura
3.37, Vo
T ( s) = = − sRC
Vi
pode esboçar-se o diagrama de Bode para o ganho do circuito, como mostra a
figura 3.38.
G (ω )
[dB]
20dB / década
6dB / oitava
Figura 3.38 – Diagrama de Bode para o módulo da função de transferência, T(jω), do diferenciador.
Octávio Páscoa Dias cap.3-38
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
diferenciador
diferenciador(cont.)
(cont.)
T ( jω ) = − jωRC ⇒ Φ (ω ) = −90º
Φ (ω )
Vo
0
T (s) = = − sRC
ω [rad / s] Vi
− 90
Figura 3.39 – Diagrama de Bode para a fase da função de transferência, T(jω), do diferenciador.
diferenciador
diferenciador(cont.)
(cont.)
R2
R1
C
vi
vo
Exercício 3.4
Considere uma onda quadrada simétrica com 20 Vpp, 0 V de valor médio e com o período de 2 ms, aplicada a um
integrador de Miller. Determine o valor da constante de tempo, τ = RC, para que a tensão de saída tenha a forma
triangular com 20 Vpp.
Exercício 3.5
Use um ampop ideal para projectar um integrador inversor com a resistência de entrada de 10 kΩ e a constante de
tempo de 10 -3 s, e determine,
a) o valor do ganho (módulo da função de transferência) e a respectiva fase à frequência de 10 rad/s;
b) o valor do ganho e a respectiva fase à frequência de 1 rad/s;
c) a frequência à qual o ganho é unitário.
Soluções: R=10 kΩ; C=0,1 µF; a) |Vo/Vi|=100; Φ=+90º , b) |Vo/Vi|=1000; Φ=+90º ; c) 1000 rad/s
Exercício 3.6
Com base num ampop considerado ideal, projecte um diferenciador para ter a constante de tempo de 10-2 s para um
condensador de entrada com a capacidade de 0,01 µF. Determine,
a) a amplitude da resposta e a respectiva fase à frequência de 10 rad/s;
b) a amplitude e a fase da resposta à frequência de 103 rad/s;
c) o valor da resistência ligada em seríe com o condensador para limitar a 100 o ganho do diferenciador.
Solução: C=0,01 µF; R=1 MΩ;; a) |Vo/Vi|=0,1; Φ = -90º , b) |Vo/Vi|=10; Φ = -90º ; c) 10 kΩ.
Exercício 3.7
Use um ampop para projectar um circuito amplificador inversor ponderado com duas entradas, v1 e v2.
É exigida a condição vo= - (v1+5v2). Seleccione valores para R1 e R2 para que à tensão máxima de saída de 10 V a
corrente na resistência de realimentação, Rf, não exceda 1 mA.
Exercício 3.8
Considere o circuito da figura 3.41 e determine vo em função de v1 e v2.
Solução: vo=6v1+4v2
Exercício 3.9
Para o circuito representado na figura 3.42 determine vo em função de v1, v2 e v3.
Solução: vo=6v1+4v2-9v3
v3
Exercício 3.10
Projecte um amplificador não-inversor com o ganho de 2. À tensão máxima de saída de 10 V a corrente no divisor
deve 10 µA.
Exercício 3.11
Para o circuito representado na figura 6.43, considere R1=R3=10 kΩ e R2=R4=20 kΩ. Determine a resistência de
entrada do circuito.
Solução: 20 kΩ
Conversor
Conversortensão-tensão
tensão-tensão
(fonte
(fontede
detensão
tensãocontrolada
controladapor
portensão)
tensão)
As figuras 6.44 e 6.45 mostram duas implementações possíveis para um
conversor tensão-tensão, inversor e não inversor, respectivamente.
R2 R2
vo = −vi vo = vi (1 + )
R1 R1
R2
R1
vi
vO
Figura 6.44 – Conversor tensão-tensão, inversor. Figura 6.45 – Conversor tensão-tensão, não-inversor.
Octávio Páscoa Dias cap.3-45
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
Conversor
Conversortensão-corrente
tensão-corrente
(fonte
(fontede
decorrente
correntecontrolada
controladapor
portensão)
tensão)
RL
i1 = i L R1 iL vi
i1 =
vi vi iL =
R1 R1
Conversor
Conversorcorrente-tensão
corrente-tensão
(fonte
(fontede
detensão
tensãocontrolada
controladapor
porcorrente)
corrente)
Na figura 6.47 representa-se uma montagem de um conversor corrente-tensão.
R
i1 = i2 i2
vo i1
i2 = − vo
R
vo vo = −i1 R
i1 = −
R
Conversor
Conversorcorrente-corrente
corrente-corrente
(fonte
(fontede
decorrente
correntecontrolada
controladapor
porcorrente)
corrente)
A figura 6.48 representa uma implementação para um conversor corrente-
corrente.
R1
R2 RL iL = i1 + i1
R2
i = i1 i2 iL
R1
iL = i1 + i2 i1 R1
iL = i1 (1 + )
R2
0 − (−i1 R1 )
i2 = i
R1
R2 iL = i (1 + )
R2
R1
i2 = i1
R2
Figura 6.48 – Conversor corrente-corrente.
Octávio Páscoa Dias cap.3-48
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
amplificador
amplificadorde
deinstrumentação
instrumentação
y O amplificador diferença representado na figura 6.31, apresenta alguns
problemas que o impedem de satisfazer inteiramente a função de
amplificador de instrumentação, nomeadamente a sua baixa
impedância de entrada e o facto do seu ganho não poder ser ajustado
com facilidade. Para obviar estes aspectos, ilustra-se na figura 6.49 uma
solução muito utilizada para implementar um amplificador de
instrumentação.
amplificador
amplificadorde
deinstrumentação
instrumentação(cont.)
(cont.)
Na figura 6.50, explicitam-se as etapas mais relevantes para a análise da
operação do amplificador de instrumentação.
amplificador
amplificadorde
deinstrumentação
instrumentação(cont.)
(cont.)
vo1 − v1 v1 − v2 R2
= ⇒ (vo1 − v1 ) R1 = (v1 − v2 ) R2 ⇒ (vo1 − v1 ) = (v1 − v2 )
R2 R1 R1
R2 R
vo1 − v1 = (v1 − v2 ) ⇒ vo1 = (v1 − v2 ) 2 + v1
R1 R1
v2 − vo 2 v1 − v2 R2
= ⇒ (v2 − v02 ) R1 = (v1 − v2 ) R2 ⇒ (v2 − vo 2 ) = (v1 − v2 )
R2 R1 R1
R2 R2
v2 − vo 2 = (v1 − v2 ) ⇒ vo 2 = −(v1 − v2 ) + v2
R1 R1
amplificador
amplificadorde
deinstrumentação
instrumentação(cont.)
(cont.)
R2 R2
vo 2 − vo1 = (−(v1 − v2 ) + v2 ) − ((v1 − v2 ) + v1 )
R1 R1
R2 R2
vo 2 − vo1 = −(v1 − v2 ) + v2 − (v1 − v2 ) − v1
R1 R1
R2 R
vo 2 − vo1 = (v2 − v1 ) + v2 + (v2 − v1 ) 2 − v1
R1 R1
R2 R
vo 2 − vo1 = (v2 − v1 ) + (v2 − v1 ) 2 + (v2 − v1 )
R1 R1
2 R2
vo 2 − vo1 = (v2 − v1 )(1 + )
R1
amplificador
amplificadorde
deinstrumentação
instrumentação(cont.)
(cont.)
Tendo em conta que: (1) o amplificador A3 e as resistências R3 e R4
constituem o amplificador diferença da figura 6.31, que, por comodidade,
se repete na figura 6.51, (2) se verifica a condição R2/R1=R4/R3 da
montagem da figura 6.51 e (3) , que entre as figuras 6.50 e 6.51 se
verifica a equivalência R4=R2 e R1=R3, pode escrever-se,
R2 R4
vo = (vo 2 − vo1 ) ⇔ vo = (vo 2 − vo1 )
R1 R3
vo1
vo 2
amplificador
amplificadorde
deinstrumentação
instrumentação(cont.)
(cont.)
Substituindo,
2 R2
vo 2 − vo1 = (v2 − v1 )(1 + )
R1
em,
R4
vo = (vo 2 − vo1 )
R3
obtém-se,
2 R2 R4
vo = (v2 − v1 )(1 + )
R1 R3
amplificador
amplificadorde
deinstrumentação
instrumentação(cont.)
(cont.)
Para variar o ganho é usual implementar R1 por intermédio da série de
duas resistências, uma fixa, R1f, e outra variável, R1v (figura 6.52).
amplificador
amplificadorlogarítmico
logarítmico
A figura 6.53, mostra uma implementação possível de um amplificador
logarítmico. Num transístor de junção bipolar (BJT) a relação entre a
corrente de colector, IC, e a tensão VBE, é dada pela equação de
Shockley, v
i = I C
R1 R1
vI
i1 vBE
vO
amplificador
amplificadorlogarítmico
logarítmico(cont.)
(cont.)
v BE
iC = I S (e VT
− 1)
onde, IS é a corrente inversa de saturação da junção emissor-base, e VT é
a tensão térmica, que é determinada pela expressão,
kT
VT =
q
onde,
k é a constante de Boltzman (1,38×10-23 joules/kelvin);
q é a carga do electrão (1,6×10-19 coulomb);
T é a temperatura absoluta em kelvins (273ºC+temperatura em ºC).
Nota: para a temperatura ambiente de 20ºC tem-se VT=25 mV.
amplificador
amplificadorlogarítmico
logarítmico(cont.)
(cont.)
Na prática o termo exponencial é usualmente muito maior que a unidade,
e assim, a expressão de iC pode ser aproximada para,
v BE
iC = I S e VT
e assim, v BE
iC vBE iC iC
ln = ln e VT
⇔ = ln ⇒ vBE = VT ln
IS VT IS IS
Esta equação explicita o comportamento logarítmico de vBE com iC.
iC
vBE = VT ln
IS
Octávio Páscoa Dias cap.3-58
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
amplificador
amplificadorlogarítmico
logarítmico(cont.)
(cont.)
Dado que,
vI vI
i1 = ; i1 = iC ; iC = ; vO = −vBE
R1 R1
então,
vI
iC R1
vBE = VT ln ⇔ −vO = VT ln
IS IS
logo,
vI
vO = −VT ln
R1 I S
amplificador
amplificadorlogarítmico
logarítmico(cont.)
(cont.)
O circuito da figura 6.53, tem problemas de precisão que o impedem de
ser utilizado na prática. De facto, a tensão de saída, vo, depende da
corrente IS, a qual que é fortemente dependente da temperatura. Assim,
para contornar este problema, é usado o amplificador logarítmico que se
ilustra na figura 6.54, onde os transístores Q1 e Q2 são muito semelhantes
para que possam cancelar o efeito de IS.
amplificador
amplificadorlogarítmico
logarítmico(cont.)
(cont.)
iC1 iC 2
vBE1 − vBE 2 = VT ln − VT ln
I S1 IS2
como Q1 e Q2 são muito semelhantes, tem-se IS1≈IS2, logo,
iC1
vBE1 − vBE 2 = VT ln
iC 2
i
v = −VT ln C1
iC 2
vo = v × Av( A 2 )
VR v R + R4
iB 2 << iC 2 ⇒ iC 2 = ; iP1 ≈ 0 ⇒ iC1 = s ; Av ( A 2 ) = 3
R2 R1 R3
iC1 R3 + R4
vo = −VT ln ×
iC 2 R3
Octávio Páscoa Dias cap.3-61
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
amplificador
amplificadorlogarítmico
logarítmico(cont.)
(cont.)
vs
R3 + R4 R1 R3 + R4 vs R2
vo = −VT ln( ) ⇒ vo = −VT ln( )
R3 VR R3 VR R1
R2
O potenciómetro P1 é usado para fazer a compensação da tensão de
desvio de entrada (offset voltage) de A1. O potenciómetro P2 destina-se
a fazer o ajuste do zero da conversão, isto é, escolhida a tensão vs=vsi que
deve corresponder ao zero na saída, P2 ajusta vO=0.
amplificador
amplificadorlogarítmico
logarítmico(cont.)
(cont.)
dvo R3 + R4 vs R2
= −VT ; com x =
d (ln x) R3 VR R1
amplificador
amplificadorlogarítmico
logarítmico(cont.)
(cont.)
A partir da condição,
vSi R2
=1
VR R1
retira-se a relação para dimensionar R2, tendo em conta que R1 é
usualmente escolhida de forma a garantir a resistência de entrada
desejada para o amplificador, e que a tensão vsi corresponde ao zero da
conversão. Assim,
VR
R2 = R1
vSi
Os amplificadores logarítmicos são muitas vezes usados no
processamento de sinais para comprimir a gama dinâmica dos sinais
analógicos à entrada do conversor A/D a fim de diminuir o número de
bits necessários para garantir uma dada resolução.
amplificador
amplificadorlogarítmico
logarítmico(cont.)
(cont.)
amplificador
amplificadorexponencial
exponencial
RF RF
amplificador
amplificadorexponencial
exponencial(cont.)
(cont.)
amplificador
amplificadorexponencial
exponencial(cont.)
(cont.)
amplificador
amplificadorexponencial
exponencial(cont.)
(cont.)
amplificador
amplificadorexponencial
exponencial(cont.)
(cont.)
e como,
VR vO
iC1 = ; iC 2 =
então, R2 R1
vO
R + R4 R1
vs = −VT 3 ln
R3 VR
e assim, R2
R3 + R4 v R vs R3 v R
vs = −VT × ln O 2 ⇒ − = ln O 2
R3 VR R1 VT ( R3 + R4 ) VR R1
vO R2 vs R3 VR R1 vs R3
= exp(− ) ⇔ vO = exp(− )
VR R1 VT ( R3 + R4 ) R2 VT ( R3 + R4 )
y O sistema é calibrado fazendo vS=0 e ajustando o potenciómetro P de
modo a colocar vO=(R1×VR)/R2.
Octávio Páscoa Dias cap.3-70
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
Secção
Secçãobiquadrática
biquadráticapassa-baixo
passa-baixode
deSallen-Key
Sallen-Key
C1
R1 R2
Vi
Vo
C2
r2
r1
Secção
Secçãobiquadrática
biquadráticapassa-baixo
passa-baixode
deSallen-Key
Sallen-Key(cont.)
(cont.)
Q
onde k é o ganho do filtro em ω=0, isto é, T(0)=k, com k=1+r2/r1.
ω0 = (R1 R2C1C2 )
1
−
2
Fazendo, k=2 (logo, r1=r2) e C1=C2=C, a expressão do factor 1/Q toma a forma,
1 1 1 1 1 1
− − − − − −
1 ⎛ R2C ⎞ 2 ⎛ R1C ⎞ 2 ⎛ R1C ⎞ 2 1 ⎛ R2 ⎞ 2 ⎛ R1 ⎞ 2 ⎛ R1 ⎞ 2
= ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ + (1 − 2)⎜⎜ ⎟⎟ ⇔ = ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟
Q ⎝ R1C ⎠ ⎝ R2C ⎠ ⎝ R2C ⎠ Q ⎝ R1 ⎠ ⎝ R2 ⎠ ⎝ R2 ⎠
Secção
Secçãobiquadrática
biquadráticapassa-baixo
passa-baixode
deSallen-Key
Sallen-Key(cont.)
(cont.)
logo, 1
−
1 ⎛ R2 ⎞ 2 1 R2 R1 R1
= ⎜⎜ ⎟⎟ ⇒ 2
= ⇒ Q 2
= ⇒Q=
Q ⎝ R1 ⎠ Q R1 R2 R2
e,
ω0 = (R1 R2C )
1
1 2 −2
⇒ ω02 =
R1 R2C 2
Pode ser de interesse que o ganho do filtro em ω=0, seja, T(0)=1, então pode
colocar-se na entrada do filtro um divisor de tensão de ganho 1/2 (figura 6.58).
Vi Vo
R
R
Secção
Secçãobiquadrática
biquadráticapassa-baixo
passa-baixode
deSallen-Key
Sallen-Key(cont.)
(cont.)
A resistência R1 do filtro, pode ser integrada na implementação do divisor de
tensão. Nesse caso, para que a resistência “vista” pelos condensadores não seja
alterada, as resistências que formam o divisor devem ter o valor 2R1 (figura
6.59). C
2R1 R2
Vi
Vo
R1
Q=
R2 2R1
C
r
1
ω0 =
R1 R2C 2 Figura 6.59 – Realização do filtro com ganho total unitário.
Octávio Páscoa Dias cap.3-74
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
6.6
6.6––Operação
OperaçãoNão-Linear
Não-Lineardo
doAmpop
Ampop
comparadores
comparadoressem
semhisterese
histerese
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref=0
não-inversorcom =0
A figura 6.60 mostra o diagrama eléctrico do comparador não-inversor, sem
hísterese, com a tensão de referência, Vref, igual a zero.
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref=0
não-inversorcom =0(cont.)
(cont.)
vo vi > 0 ⇒ vo > 0
L+
Vref vi
L−
vi < 0 ⇒ vo < 0
Figura 6.61 – Caracteristica de transferência do comparador não-inversor, sem histerese, com Vref=0.
comparador
comparadorinversor comVVrefref=0
inversorcom =0
comparador comVVrefref=0
comparadorcom =0(cont.)
(cont.)
vo
L+
vi < 0 ⇒ vo > 0
Vref vi
vi > 0 ⇒ vo < 0
−
L
Figura 6.63 – Característica de transferência do comparador inversor, sem histerese, com Vref=0.
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref>0
não-inversorcom >0
A figura 6.64 representa o diagrama eléctrico do comparador não-inversor, sem
histerese, com tensão de referência positiva, Vref>0.
Vref
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref>0
não-inversorcom >0(cont.)
(cont.)
vo
+
v i > V ref ⇒ v o > 0
L
Vref vi
−
v i < V ref ⇒ v o < 0 L
Figura 6.65 – Característica de transferência do comparador não-inversor, sem histerese, com Vref>0.
comparador
comparadorinversor comVVrefref>0
inversorcom >0
Na figura 6.66 está representado o diagrama eléctrico do comparador inversor,
sem histerese, com a tensão de referência positiva, Vref>0.
vo = A(v + − v − ); (v + − v − ) > 0 ⇒ vo > 0
v + = +Vref ; v − = vi ; (Vref − vi ) > 0 ⇒ vo > 0
Vref − vi > 0 ⇒ vo > 0 ⇔ −vi > −Vref ⇒ vo > 0
vi
então : vi < Vref ⇒ vo > 0
vo
log o
vi < Vref ⇒ vo > 0; e vi > Vref ⇒ vo < 0
Vref
comparador
comparadorinversor comVVrefref>0
inversorcom >0(cont.)
(cont.)
0 Vref vi
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref<0
não-inversorcom <0
A figura 6.68 representa o diagrama eléctrico do comparador não-inversor, sem
histerese, com a tensão de referência negativa, Vref<0.
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref<0
não-inversorcom <0(cont.)
(cont.)
− Vref vi
L−
vi < −Vref ⇒ vo < 0
Figura 6.69 – Característica de transferência do comparador não-inversor, sem histerese, com Vref<0.
Octávio Páscoa Dias cap.3-84
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadorinversor comVVrefref<0
inversorcom <0
Na figura 6.70 está ilustrado o diagrama eléctrico do comparador inversor, sem
histerese, com a tensão de referência negativa, Vref<0.
vo = A(v + − v − ); (v + − v − ) > 0 ⇒ vo > 0
v + = −Vref ; v − = vi ; (−Vref − vi ) > 0 ⇒ vo > 0
− vi − Vref > 0 ⇒ vo > 0 ⇔ −vi > Vref ⇒ vo > 0
então, vi < −Vref ⇒ vo > 0 vi
log o, vo
vi < −Vref ⇒ vo > 0 e vi > −Vref ⇒ vo < 0
Vref
comparador
comparadorinversor comVVrefref<0
inversorcom <0(cont.)
(cont.)
− Vref vi
comparadores
comparadorescom
comhisterese (SchmittTrigger)
histerese(Schmitt Trigger)
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref=0
não-inversorcom =0
A figura 6.72 mostra o diagrama eléctrico do comparador não-inversor, com
histerese, com tensão de referência nula, Vref=0.
R2
R1
vi
VA
vo
R2 R1 R2 R1
V Ai = vi ; V Ao = vo ; V A = vi + vo
R1 + R2 R1 + R2 R1 + R2 R1 + R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-87
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref=0
não-inversorcom =0(cont.)
(cont.)
+ − R2 R1
vo = A(v − v ); vo = A(vi + vo − 0)
R1 + R2 R1 + R2
R2 R1
vo = A(vi + vo )
R1 + R2 R1 + R2
R2 R1
vi + vo > 0 ⇒ vo > 0 ⇔ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
vo =L+
R2 + R1
vi +L > 0 ⇒ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
R2 + R1
vi > −L ⇒ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-88
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref=0
não-inversorcom =0(cont.)
(cont.)
porque (R1+R2) é uma quantidade positiva,
vi R2 > − L+ R1 ⇒ vo = L+
R1
vi > − L+ ⇒ vo = L+
R2
+R1
vi < − L ⇒ vo = L− (muda de estado)
R2
R1 +
− L ≡ VTL ; ( tensão inferior de transição); VTL < 0
R2
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref=0
não-inversorcom =0(cont.)
(cont.)
vo =L- R2 R1
vi + L− < 0 ⇒ vo = L−
R1 + R2 R1 + R2
R2 R1
vi < − L− ⇒ vo = L−
R1 + R2 R1 + R2
vi R2 < − L− R1 ⇒ vo = L−
R1
vi < − L− ⇒ vo = L−
R2
R1
vi > − L− ⇒ vo = L+ (muda de estado)
R2
R1−
−L ≡ VTH ; (tensão sup erior de transição);VTH > 0
R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-90
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref=0
não-inversorcom =0(cont.)
(cont.)
A figura 6.73, mostra a característica de transferência do comparador com
histerese, não-inversor, com tensão de referência nula, Vref=0.
R1 − R
− L ≡ VTH ; ( tensão superior de transição); − 1 L+ ≡ VTL ; ( tensão inferiror de transição)
R2 R2
vo
L+
VTL VTH vi
L−
Figura 6.73 – Característica de transferência do comparador não-inversor, com histerese, com Vref=0.
comparador
comparadorinversor comVVrefref=0
inversorcom =0
vi
vo
VA
R2
R1
R1
VA = vo ; vo = A(v + − v − )
R1 + R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-92
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadorinversor comVVrefref=0
inversorcom =0(cont.)
(cont.)
Então,
R1
vo = A( vo − vi )
R1 + R2
logo,
R1
vo − vi > 0 ⇒ vo = L+
R1 + R2
R1 + R1
− vi > − vo ⇒ vo = L ⇔ vi < vo ⇒ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
comparador
comparadorinversor comVVrefref=0
inversorcom =0(cont.)
(cont.)
vo =L+
R1
vi < L+ ⇒ vo = L+
R1 + R2
R1
vi > L+ ⇒ vo = L− ; (muda de estado)
R1 + R2
R1
L+ ≡ VTH ; (tensão superior de transição); VTH > 0
R1 + R2
comparador
comparadorinversor comVVrefref=0
inversorcom =0(cont.)
(cont.)
vo =L-
R1
vo − vi < 0 ⇒ vo = L−
R1 + R2
R1 R1
− vi < − vo ⇒ vo = L− ⇔ vi > vo ⇒ vo = L−
R1 + R2 R1 + R2
R1
vi > L− ⇒ vo = L−
R1 + R2
R1
vi < L− ⇒ vo = L+ ; (muda de estado)
R1 + R2
R1
L− ≡ VTL ; (tensão inferior de transição); VTL < 0
R1 + R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-95
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadorinversor comVVrefref=0
inversorcom =0(cont.)
(cont.)
A figura 6.75, ilustra a característica de transferência do comparador com
histerese, inversor, com tensão de referência nula, Vref=0.
R1 R1
L+ ≡ VTH ; (tensão superior de transição); L− ≡ VTL ; (tensão inferior de transição)
R1 + R2 R1 + R2
vo
L+
VTL VTH vi
L−
Figura 6.75 – Característica de transferência do comparador inversor, com histerese, com Vref=0.
Octávio Páscoa Dias cap.3-96
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref≠≠00
não-inversorcom
R1
vi
VA
vo
+ Vref
Figura 6.76 – Comparador não-inversor, com histerese, com Vref≠0.
R2 R1 R2 R1
VAi = vi ; VAo = vo ; VA = vi + vo
R1 + R2 R1 + R2 R1 + R2 R1 + R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-97
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref≠≠00(cont.)
não-inversorcom (cont.)
R2 R1
vo = A(v + − v − ); vo = A(vi + vo − Vref )
R1 + R2 R1 + R2
R2 R1
vi + vo − Vref > 0 ⇒ vo > 0 ⇔ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
vo =L+
R2 R1
vi + L+ − Vref > 0 ⇒ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
R2 R1
vi > − L+ + Vref ⇒ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-98
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref≠≠00(cont.)
não-inversorcom (cont.)
dado que (R1+R2) é uma quantidade positiva,
vi R2 > − L+ R1 + Vref ( R1 + R2 ) ⇒ vo = L+
R1 + R1 + R2
vi > − L + Vref ⇒ vo = L+
R2 R2
R1 + R1 + R2
vi < − L + Vref ⇒ vo = L− (muda de estado)
R2 R2
R1 + R1 + R2
VTL = − L + Vref
R2 R2
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref≠≠00(cont.)
não-inversorcom (cont.)
vo =L- R2 R1
−
vi +L − Vref < 0 ⇒ vo = L−
R1 + R2 R1 + R2
R2 R1
vi < − L− + Vref ⇒ vo = L−
R1 + R2 R1 + R2
vi R2 < − L− R1 + Vref ( R1 + R2 ) ⇒ vo = L−
R1
− R1 + R2
vi < − L + Vref ⇒ vo = L−
R2 R2
R1 R + R2
vi > − L− + Vref 1 ⇒ vo = L+ (muda de estado)
R2 R2
R1 R + R2
VTH = − L− + Vref 1
R2 R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-100
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadornão-inversor comVVrefref≠≠00(cont.)
não-inversorcom (cont.)
Na figura 6.77, representa-se a característica de transferência do comparador
com histerese, não-inversor, com tensão de referência não nula, Vref≠0.
R1 R + R2 R R + R2 R + R2
VTH = − L− + Vref 1 ; VTL = − L+ 1 + Vref 1 ; VR = Vref 1
R2 R2 R2 R2 R2
VR
Figura 6.77– Característica de transferência do comparador não-inversor, com histerese, com Vref≠0.
Octávio Páscoa Dias cap.3-101
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadorinversor comVVrefref≠≠00
inversorcom
+ Vref
Figura 6.78 – Comparador inversor, com histerese, com Vref≠0.
R2 R1 R2 R1
VAref = Vref ; VAo = vo ; VA = Vref + vo
R1 + R2 R1 + R2 R1 + R2 R1 + R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-102
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadorinversor comVVrefref≠≠00(cont.)
inversorcom (cont.)
+ − R2 R1
vo = A(v − v ); vo = A(Vref + vo − vi )
R1 + R2 R1 + R2
R2 R1
Vref + vo − vi > 0 ⇒ vo > 0 ⇔ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
vo =L+
R2 + R1
Vref +L − vi > 0 ⇒ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
R1 R2
− vi > − L+ − Vref ⇒ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
R1
+ R2
vi < L + Vref ⇒ vo = L+
R1 + R2 R1 + R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-103
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadorinversor comVVrefref≠≠00(cont.)
inversorcom (cont.)
R1
+ R2
vi > L + Vref ⇒ vo = L− (muda de estado)
R1 + R2 R1 + R2
R1
+ R2
VTH =L + Vref
R1 + R2 R1 + R2
vo =L-
R2 − R1
Vref +L − vi < 0 ⇒ vo = L−
R1 + R2 R1 + R2
− R1 R2
− vi < − L − Vref ⇒ vo = L−
R1 + R2 R1 + R2
Octávio Páscoa Dias cap.3-104
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparador
comparadorinversor comVVrefref≠≠00(cont.)
inversorcom (cont.)
R1 − R2
vi > L + Vref ⇒ vo = L−
R1 + R2 R1 + R2
R1 R2
vi < L− + Vref ⇒ vo = L+ (muda de estado)
R1 + R2 R1 + R2
R1 − R2
VTL = L + Vref
R1 + R2 R1 + R2
comparador
comparadorinversor comVVrefref≠≠00(cont.)
inversorcom (cont.)
A figura 6.79, mostra a característica de transferência do comparador com
histerese, inversor, com tensão de referência não nula, Vref≠0.
R1 R2 R1 R2 R2
VTH = L+ + Vref ; VTL = L− + Vref ; VR = Vref
R1 + R2 R1 + R2 R1 + R2 R1 + R2 R1 + R2
VR
Figura 6.79 – Característica de transferência do comparador inversor, com histerese, com Vref≠0.
Octávio Páscoa Dias cap.3-106
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
comparadores
comparadorescom
comhisterese
histerese(cont.)
(cont.)
comparadores
comparadorescom
comhisterese
histerese(cont.)
(cont.)
comparadores
comparadorescom
comhisterese
histerese(cont.)
(cont.)
Figura 6.80 – Detecção das passagens por zero de um sínal sem ruído.
Figura 6.81 – Detecção das passagens por zero de um sinal com ruído.
rectificadores
rectificadoresde
deprecisão
precisão
rectificador
rectificadorde
deprecisão
precisãodedemeia-onda
meia-onda
A figura 6.82 ilustra um rectificador de precisão de meia-onda,
também designado por super-díodo. É de realçar que neste circuito o
díodo inicia a condução quando a tensão a rectificar toma o valor
vI=VD/A, em que A é o ganho do ampop em malha aberta. Assim, dado o
elevado valor de A (maior do que 106), o circuito pode ser utilizado na
rectificação de sinais fracos. A figura 6.83 mostra a característica de
transferência do circuito.
rectificador
rectificadorde
deprecisão
precisãode
demeia-onda
meia-onda (cont.)
(cont.)
Este circuito rectificador apresenta algumas desvantagens, das quais de
destaca a saturação do ampop quando vI<0. Deste modo, quando vI
assume de novo valores positivos o ampop despende algum tempo para
sair da saturação. Este atraso pode ser limitativo para algumas aplicações.
rectificador
rectificadorde
deprecisão
precisãode
demeia-onda
meia-onda (cont.)
(cont.)
y Quando vI<0 a saída do ampop torna-se positiva o que faz com que D1
fique seguro no corte e D2 conduza através de R2. Assim, se R1=R2
obtém-se vO=vI.
rectificador
rectificadorde
deprecisão
precisãode
demeia-onda
meia-onda(cont.)
(cont.)
Figura 6.84– Rectificador de precisão de meia-onda. Figura 6.85– Característica de transferência do rectificador
de precisão de meia-onda.
rectificador
rectificadorde
deprecisão
precisãode
deonda
ondacompleta
completa
y Para vI>0 a saída do ampop A2 tende para valores positivos o que faz
com que o díodo D2 conduza através de RL e feche a malha de
realimentação de A2. Nesta situação, tem-se vO=vI, e deste modo, não
exista corrente na resistência R1. O ampop A1 fica em malha aberta, e
satura na tensão negativa, o que garante o corte de D1. Por sua vez, o
corte de D1 reforça a condição de saturação de A1.
rectificador
rectificadorde
deprecisão
precisãode
deonda
ondacompleta
completa(cont.)
(cont.)
y Quando vI<0 a saída de A1 tende para valores positivos o que faz com
que o díodo D1 conduza através de RL e feche a malha de realimentação
de A1 por intermédio de R2. Com vI negativa a saída de A2 tende para
valores negativos provocando o corte de D2. Esta situação leva A2 à
saturação, uma vez que fica sem realimentação, mantendo assim D2 no
corte.
rectificador
rectificadorde
deprecisão
precisãode
deonda
ondacompleta
completa(cont.)
(cont.)
Figura 6.86– Rectificador de precisão de onda completa. Figura 6.87 – Característica de transferência do rectificador
de precisão de onda completa.
6.7
6.7––Características
Característicasnão-ideais
não-ideaisdos
dosampops
ampops
Nesta secção vão ser estudadas algumas características não ideais dos
amplificadores operacionais, para que possam ser previstos os desvios à situação
ideal e estudar técnicas que permitam minimizar os seus efeitos.
ganho
ganhofinito
finitoeelargura
largurade
debanda
banda
Figura 6.88 – Ganho de malha aberta de um ampop com compensação interna de frequência.
ganho
ganhofinito
finitoeelargura
largurade
debanda
banda(cont.)
(cont.)
y É de realçar que, embora o ganho, A, seja bastante elevado em dc, ele começa
a decrescer a partir dos 10 Hz, com um declive de -20dB/década. Este
comportamento é típico de ampops com compensação interna de frequência.
ganho
ganhofinito
finitoeelargura
largurade
debanda
banda(cont.)
(cont.)
A0
A( jω ) =
jω
1+
ωb
Octávio Páscoa Dias cap.3-121
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
ganho
ganhofinito
finitoeelargura
largurade
debanda
banda(cont.)
(cont.)
A0ωb
= 1 ⇔ ω = A0ωb ⇒ ωt = A0ωb
ω
ganho
ganhofinito
finitoeelargura
largurade
debanda
banda(cont.)
(cont.)
saturação
saturaçãona
nasaída
saída
y Tal como acontece com todos os outros amplificadores, os ampops operam
linearmente dentro de um intervalo limitado de valores da tensão de saída, vo.
Com mostra a figura 6.89, os amplificadores operacionais saturam nos níveis L+
e L-, os quais diferem, tipicamente, entre 1 V a 3V, das tensões com que são
alimentados.
taxa
taxade
deinflexão (slewrate)
inflexão(slew rate)
yO declive da variação da tensão de saída, vo, dos ampops tem um valor
máximo que não deve ser excedido. Esta limitação é designada por taxa de
inflexão (slew rate – SR), e provoca distorção não-linear se a variação no tempo,
do sinal de saída, for superior à taxa de inflexão do ampop utilizado.
dvo
SR =
dt max
Assim, se o sinal, vi, aplicado na entrada do ampop exigir que a saída, vo, varie
com um declive superior ao SR do ampop, este não pode acompanhar aquela
variação e o sinal vo apresentará distorção (figura 6.90).
taxa
taxade
deinflexão (slewrate)
inflexão(slew rate)
taxa
taxade
deinflexão
inflexão(cont.)
(cont.)
Dado que,
dvo
SR =
tem-se, dt max
d
SR = Vo sin(ωt ) ⇔ − Voω cos(ωt ) max ⇔ (Voω cos(ωt )) max
dt max
Uma vez que a função seno apresenta a sua variação máxima em t=0, então, a
sua derivada deve ser calculada para aquele ponto no tempo (t=0). Logo,
dvo
SR = = Voω cos(ωt ) t =0 ⇒ SR = Voω
dt t =0
e assim, para não haver distorção na saída devido ao SR, tem de verificar-se a
condição,
Voω ≤ SR
Octávio Páscoa Dias cap.3-127
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
taxa
taxade
deinflexão
inflexão(cont.)
(cont.)
∆vo ∆v
o
∆t t
taxa
taxade
deinflexão
inflexão(cont.)
(cont.)
vo
∆vo
∆vo
∆t t
taxa
taxade
deinflexão
inflexão(cont.)
(cont.)
vo
∆vo
∆ vo
∆vo SR =
∆t
∆t t
taxa
taxade
deinflexão
inflexão(cont.)
(cont.)
ganho
ganhode
demodo
modocomum
comum
y Considere-se a situação de um ampop excitado por duas fontes de sinal v1 e v2,
(figura 6.95). Esta situação configura a operação real de um ampop, sendo
possível identificar uma componente de excitação diferencial ou anti-simétrica,
vd, e uma componente de modo-comum ou simétrica, vC (figura 6.96).
vd = v2 − v1
o que equivale a aplicar à entrada não-inversora uma fonte de sinal,
vd
+
2
e à entrada inversora a fonte de sinal,
vd
−
2
Octávio Páscoa Dias cap.3-132
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
ganho
ganhode
demodo
modocomum
comum(cont.)
(cont.)
De facto, vd vd
+ − (− ) = v2 − v1 = vd
2 2
A componente de modo-comum é descrita pela expressão,
v2 + v1
vC =
2
Assim, a tensão de saída, vo, é dada por,
vo = Ad × vd + AC × vC
onde,
Ad é o ganho diferencial; AC é o ganho de modo-comum; vd é a componente
diferencial e vC é a componente de modo-comum.
ganho
ganhode
demodo
modocomum
comum(cont.)
(cont.)
O conceito de ampop ideal implica,
Ad=∞ e AC=0,
Ad é finito e AC≠0
ganho
ganhode
demodo
modocomum
comum(cont.)
(cont.)
O conhecimento deste desvio à situação ideal, isto é, para CMRR≠∞, é
particularmente importante na situação em que as tensões diferenciais, vd=v+-v-,
são de pequena amplitude e estão associadas a um ruído que origina tensões de
modo-comum, vC=(v++v-)/2, elevadas
vd v v2 + v1
vd = v2 − v1 = + − (− d ) vC = vo = Ad × vd + AC × vC
2 2 2 vd
−
2
vo
vo
+
v1 v2 vC vd
+
2
Figura 6.95 – Operação real do ampop. Figura 6.96 – Componentes das tensões de entrada.
Octávio Páscoa Dias cap.3-135
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
resistências
resistênciasde
deentrada
entradaeede
desaída
saída
A figura 6.97 mostra o modelo do ampop com as resistências de entrada e de
saída incluídas.
resistências
resistênciasde
deentrada
entradaeede
desaída
saída(cont.)
(cont.)
Figura 6.97 – Esquema equivalente do ampop com as reistências Rid; Ric e Ro.
vo
vC vd vo
Figura 6.98 – Fonte vc que “vê” a resistência Ric. Figura 6.99 – Fonte vd que “vê” a resistência Rid.
tensão
tensãode
dedesvio
desviode
deentrada (offsetvoltage)
entrada(offset voltage)
tensão
tensãode
dedesvio
desviode
deentrada
entrada(cont.)
(cont.)
tensão
tensãode
dedesvio
desviode
deentrada
entrada(cont.)
(cont.)
vo
Figura 6.101 – Modelo do ampop incluindo a tensão de desvio de entrada. Figura 6.102 – Compensação da tensão de desvio de entrada.
Octávio Páscoa Dias cap.3-140
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
correntes
correntesde
depolarização
polarizaçãode
deentrada
entrada
y Para que o ampop possa funcionar é necessário que os dois terminais de
entrada sejam alimentados com as correntes dc, IB1 e IB2 (figura 6.103).
correntes
correntesde
depolarização
polarizaçãode
deentrada
entrada(cont.)
(cont.)
Usualmente o fabricante especifica o valor médio das correntes IB1 e IB2, assim,
como a diferença entre elas. O valor médio, IB, das duas correntes, é
designado por corrente de polarização de entrada (input bias current), sendo
caracterizada pela expressão,
I B1 + I B 2
IB =
2
A diferença entre as duas correntes é designada por corrente de desvio de
entrada (input offset current), que é determinada por,
I OS = I B1 − I B 2
Nos ampops cujo par diferencial é realizado com transistores de junção bipolares
(BJT), as correntes IB e IOS têm os valores típicos de 100 nA e 10 nA,
respectivamente. Para os pares diferenciais implementados com transistores de
efeito de campo, aqueles valores são da ordem dos pA.
Octávio Páscoa Dias cap.3-142
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
correntes
correntesde
depolarização
polarizaçãode
deentrada
entrada(cont.)
(cont.)
y A compensação das correntes de polarização é feita de acordo com o esquema
representado na figura 6.104. De facto, se as quedas de tensão nas resistências,
RA e RB, ligadas em série com os terminais de entrada do ampop forem iguais,
R A × I B1 = RB × I B 2
RB
IB2 vo
RA
I B1
Figura 6.104 – Compensação das correntes de polarização.
Octávio Páscoa Dias cap.3-143
Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores – EAPS
Exercício 6.12
Considere um amplificador operacional compensado internamente, com o ganho dc, sem realimentação, igual a
106 e com o ganho ac de 40 dB para f=10 kHz. Determine,
a) a frequência de queda de 3 dB sem realimentação;
b) a frequência, ft, correspondente ao ganho unitário;
c) o produto ganho-largura de banda;
d) o valor do ganho à frequência de 1 kHz.
Soluções: a) 1 Hz; b) 1 MHz; c) 1 MHz; d) 60 dB.
Exercício 6.13
Considere um ampop com o ganho de 106 dB em dc e com ft=2 MHz. Determine o ganho nas frequências de 1
kHz; 10 kHz e 100 kHz.
Soluções: 2000; 200; 20.
Exercício 6.14
Use um ampop com o ganho de 106 dB em dc e a frequência ft=2 MHz, para realizar um amplificador não-inversor
com o ganho de 100, e determine a correspondente frequência de queda de 3 dB.
Solução: 20 kHz.
Exercício 6.15
Considere um amplificador operacional com o comportamento linear para valores da tensão de saída, vo, dentro do
intervalo ±10V. Se o ampop for usado para implementar um amplificador nã-inversor com o ganho de 200,
determine a amplitude máxima de um sinal sinusoidal que que aplicado na entrada produza uma saída sem
distorção devido à saturação.
Solução: 0,05 V.
Exercício 6.16
Um ampop com a taxa de inflexão SR=1 V/µs está ligado na configuração seguidor de tensão. Determine a
frequência máxima de um sinal sinusoidal com a amplitude de 1 V, que aplicado na entrada produza uma saída sem
distorção devido à taxa de inflexão.
Solução: 159,15 kHz
Exercício 6.17
Considere um amplificador operacional com o comportamento linear para valores da tensão de saída, vo, dentro do
intervalo ±10V e o SR=1 V/µs. Determine,
a) a frequência máxima de operação, fM, com vo a variar segundo a excursão linear máxima;
b) a amplitude máxima do sinal de saída, sem distorção devido ao SR, para um sinal de entrada com uma
frequência igual 5fM..