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UA.3 - Propriedade Industrial - Patentes
UA.3 - Propriedade Industrial - Patentes
INTELECTUAL
Introdução
A patente é um título legal que concede ao seu titular o direito de fazer
uso de uma invenção por tempo e em território predeterminados. A
principal função da patente é proporcionar proteção da invenção para o
detentor da patente. Uma invenção patenteada não pode ser comercial-
mente fabricada, utilizada, distribuída ou vendida sem o consentimento
do seu titular. A proteção da patente é regulada pela Lei de Propriedade
Industrial (LPI).
Neste capítulo, você vai ler sobre o conceito de patente perante a
legislação e como se dá a sua proteção e o seu registro. Também vai
conhecer os tipos de patentes existentes e os requisitos que um pedido
de patente deve atender para ser concedido.
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[...] o prazo de vigência não será inferior a 10 anos para a patente de invenção
e a 7 anos para a patente de modelo de utilidade, a contar da data de conces-
são, ressalvada a hipótese de o INPI estar impedido de proceder ao exame
de mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por motivo de
força maior (BRASIL, 1996).
O parágrafo único do art. 40 da LPI (BRASIL, 1996) é alvo de uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI 5529), movida pelo então Procurador Geral da República,
Rodrigo Janot. Segundo ele, o embasamento para o pedido da ação seria que:
A ação ainda não foi julgada e possui como relator o Ministro Luiz Fux, relator da
ADI 5561, que também trata do mesmo tema. Para saber mais, acesse o site do STF e
efetue uma busca pelo número das ações:
www.stf.jus.br
Para melhor compreendermos o que significa estado da técnica, termo que será
amplamente utilizado durante o capítulo, cabe trazermos o seu conceito, que está
explícito na própria LPI. O estado da técnica é, então, “tudo aquilo tornado acessível
ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou
oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior”.
Tipos de patentes
A definição dos tipos de patentes é trazida pelo art. 6 da Lei nº. 9.279/1996
(LPI). Os tipos estão a seguir descritos:
Patente de Invenção (PI) — são produtos ou processos que visam atender aos
requisitos de atividade inventiva, novidade e aplicação industrial. Uma criação
só é considerada patente de invenção se apresentar uma solução inédita para
um problema técnico que exista em uma área tecnológica. As invenções podem
abranger produtos industriais (como dispositivos, aparelhos, objetos, compostos
e composições) ou atividades industriais (como métodos e processos). Nesse
caso, a invenção deve ser totalmente inédita, ou seja, nova.
seu uso ou na sua fabricação, ou seja, serve para proteger uma invenção que
apresente nova forma ou disposição e que venha a resultar em melhoria no uso
ou fabricação de um produto ou composto. Se apenas as criações consideradas
muito inovadoras fossem patenteadas, diversas contribuições valiosas, mesmo
as menos impactantes, não seriam desenvolvidas por falta de estímulo, o que
seria uma perda considerável, pois, em alguns casos, um produto só se torna
economicamente viável quando passa a ser aperfeiçoado por um terceiro.
novidade;
atividade inventiva;
aplicação industrial.
Na falta de qualquer um desses requisitos, não será concedida a patente pelo Instituto
Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão responsável por conceder e resguardar
os pedidos em relação à propriedade industrial.
ou por meio do seu uso. Isso significa que a invenção de nenhuma forma, no
todo ou em parte, pode ser de conhecimento público no momento do depósito.
A invenção também não deve possuir outra igual, isto é, basta uma pequena
diferença de outra invenção para ser considerada nova. Essa diferença pode
ser apenas no seu design ou parte do uso.
Com relação à atividade inventiva, os resultados da pesquisa não devem
ser óbvios para um técnico especializado no assunto, ou seja, não pode resultar
apenas de uma combinação de fatores já pertencentes ao estado da técnica,
sem que tenha um efeito técnico novo e inesperado. Isso significa dizer que
a invenção não pode ser resultado apenas de uma combinação lógica, que
pode facilmente ser reproduzida por alguém que possua capacitação técnica
em relação ao que foi inventado.
Com relação à aplicação industrial, a invenção deve ser produzida e
seriada em escala industrial em qualquer meio produtivo. Isso significa dizer
que a produção da invenção deve ser passível e possível de ser produzida em
série, de forma igual.
Para proteger uma invenção, a patente é o instrumento correto para que
isso ocorra. Assim, é necessário depositar um pedido no INPI, o qual, depois
de minuciosamente analisado, poderá se tornar uma patente, com validade em
todo o território nacional. A proteção dada ao titular do direito pela patente
impede o uso da sua criação por pessoas desautorizadas.
Desde 2013, o pedido de patente pode ser feito:
Para isso, inicialmente deve ser feita uma busca no sistema de dados do
INPI para verificar o primeiro requisito: o da novidade. Como a invenção não
pode ter sido antes desenvolvida, o solicitante da patente deverá consultar o
sistema para ter certeza de que a sua invenção é inédita. Essa é a primeira
etapa a ser seguida, chamada de busca de anterioridade, quando se verifica
se a invenção não possui nenhum outro registro, caso tenha sido criada ante-
riormente. Para isso, devem ser conhecidas as classificações das invenções,
que podem ser consultadas junto ao INPI.
No depósito do pedido de patente, após o registro de solicitação, é paga
uma taxa, calculada segundo uma tabela informativa pelo órgão. No próximo
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Leituras recomendadas
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