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AMATO. Presidencialismo e Parlamentarismo
AMATO. Presidencialismo e Parlamentarismo
Introdução
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Ver Möllers (2013, cap. 1).
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Queiroz (2015, 2017) diagnosticou um descompasso entre a previsão constitucional
do impeachment, em um sistema presidencialista cuja estabilidade é lastreada no man-
dato fixo e na excepcionalidade dos “crimes de responsabilidade”, e a Lei no 1.079/1950
(BRASIL, 1950), que os tipifica. O caráter penal do impedimento fica, então, compro-
metido pela largueza na tipificação daqueles crimes, que foram definidos em um debate
legislativo liderado pelos defensores da parlamentarização do sistema político brasileiro
– isto é, tais “crimes” aproximaram-se da responsabilização puramente política do gover-
no pelo Parlamento, como ocorre com o voto de desconfiança no parlamentarismo. Há
então uma contaminação do presidencialismo pelo parlamentarismo (o mandato fixo do
chefe de governo pode ser interrompido por uma responsabilização mais política do que
jurídico-penal), sem a estabilidade dada pela distinção e manutenção da chefia de Estado
características do sistema parlamentarista.
Considerações finais
(APA)
Amato, L. F. (2018). A Constituição de 1988 e o debate sobre parlamentarismo e
presidencialismo: modelos, trajetórias e alternativas institucionais. Revista de Informação
Legislativa: RIL, 55(219), 183-208. Recuperado de http://www12.senado.leg.br/ril/
edicoes/55/219/ril_v55_n219_p183
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Sem revisão do editor.