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TE eee ee ae ee ee ee ee ee RB ene) Cease Lr se fo Oui Ne = ie ( Evildio Comes tn ok \Ailrore SEMINARTO a A ¢rise urbana e 0 circuito. imobilidrio. Prof, Carlos Lessa Equipe P.E.H. eeae) aciusd ,to24 7 eqiupa a wewwwwwwce TT TT eee ree eee re Yr er JIC ERREREOS SOSH CTTwewUBBwUwee hy 1 SF eo ESSA Vamos 1é. Vemos ver o que é esse grupo aqui, porque esta coisa esté acontecendo © porqge este tema esta se pondo ai. Dentro das atividades do estado, da Secretaria de Planejamento etc., esté ocorrendo nos Gltimos meses um fendmeno cm que os setores de plancjamento est&o entrando numa espécie de"deixa ai". fe EE Ao estado agora passa a interessar apenas uma acdo executiva. & nds, ligados &.atividado do planojamonto levantamos diccussées em algumas areas’ qge detém o controlé de certos recursos, fezen- do uma determinada ,proposta de realizar até o fim de gest&o do. governo um conjuntc de estudos em torno da questao da politica habitacional numa perspectiva mais ou menos tdcita de poder traba bar num limite bem mais eldstico quo normalmente. €& protendencs investir mesmo: nisso. Como norte, como patamar, nds temos tentado pensar a questao do uma polftica habitacional do ponto de -vista do que seria possivel a! uma, frente politica de opdsigao num estado como o fosso, com 2. amplitude quo ele tem, Chegar ao fim de 82, quando oste governo estiver terminendo, com uma proposta do politica. € por af. € evidente que o nosso papo hoje ¢ um papo para eu tentar lovan- tar um determinado modo de pensar teoricamente o problema cujas Aipdteses serfo de corte maneira checadas através da invostiga~ G30 ao nivel do recorte espec{fico do Salvador motropolitano, nao 6 isso? fu acho que é muito interessante fazer o exercicio. Bem, deixa eu dizer a voces de maneira meio livre, porque nés estamos preocupados com o que eu chamo circuite imobilidrio. £ Porque gue a cetegorie Capital imobilidrio yirou para nés uma dliso. Tem duas razées, ambas que se oriundam da observagao do desen- volvimento brasileiro. A prémeira é a seguinte: o perfodo sue vai de 1933 ate 1950 qe foi, no enfoque cepalino tradicional o perfodo aparentomente mo~ thor expli¢ado do movimento de. expansio do capitalitmo no Brasil, que sxa 0 perfodo onde se ajustava com absduta precisao a idéia da substi- wigéo de importagSes, na medida em que se revelou a insuficiéncia tedrica do enfoqye de: substituicdo de importagdes, esse periodo ficou inteiramente misterioso. ou seja, voce ndo consegue desvelar qual a { © qua] _a econ Zuma economia sob o comando do ca- ital mercantil cafeeiro (30) passou 8 ser uma economia sob o comando | fe {o do capital industrial, configura um-perfodo de tzansicao cuja ldgice ade de 50). Essas duas décadas, ou de valorizagao do capital nao estava perfilizada. Os prdprios trabalhos | ; ublicados em Campinas falam desse perfodo como o perfodo de industria | ecu) ea rc iiaae rae . | *7asd0 restringida, © 2 idéie 6 « do que es bases técnicas materials | de Produgdo,— concrotemento o sator Produtor de insumos badsicos e de | squipenentos.- niio havia “ainéa se instalado no interior da estrutura | Andustrial brasileira, na qualidade @ na quantidade rolativa capazes | de auto determinar a Teprodugao do capital. i | térico, Porque, de alguma maneira hé um Paradigma impl{cito, e vace entéo define elgo pelo que nio é& & um Pouco como aquela piada do ' portugues, que o filho pergunta: "0 que é uma locomotiva?" 0 portu- gues coga a cabecga: “Tu conheces um pato?" Conhego, pai." "pois 6 uma coisa intciramente diferente." Tem alguns manuais de histéria economica, mi nuito utilizados, que e 4 | | I i 1 I t ' | Porém, definir uma coisa pelo que ela nado tem ¢ muito mal método his- Sometem edse tipo de orro. Definom o atrazo pelas caractoristicas MEMES BR cc m que as economias atrezadas nao comungam com as caracteristicas ‘SS economies centrais no processo de desenvolvimento capitalista. Isto ndo diz nada. Diz epenas que aquela_caracteristica nao se observes 1 jwele pr. S c o |’ gato nés temos um problema tedrico que 6 entender, durantp ease pro- : "| cesso de transigao qual foi a logica interna de valorizagéo. do capital~ ' sei que aqui alguns sao cconomistes e outros nao sao; depois eu vou ' . . . . . "| explicar, trocar em middos o que é esse negocio de,ldgica interna de 1 yalorizagao do capital, para poder entender a acumulagao capitalista. £0 outro problema é 0 problema que se poe horizontal no tempo, gusn- i 1 ) do voce o| i sil otuol tom 9 regidos motro~ ! ete Pell RA | Tat ates brasilei- 1 1 4 1 ras tem, no que di gito as chamadas atividades imobiliérias, caras Se ee sileizas voce tem um fenomeno de valorizacio.de terreno urbano em gue’ dence, dios 4 muito semelha’ Ss as re- gides metropolitanas brasileiras voce tem um process do destruigio 9 _Feconstrugao: i ich jabitacao unifamiliar pelo ediffcio multifamiliar com as mesmas caracteristicas. fg todas as regi des metr a Brasil voce tem todas as ativi- dedes, direta ou indiretamente ligadas & construcao, como as principais enpregadoras de forca de trabalho no espago urbano. £ as regides metro politanas bresileiras, enquanta polos metropolitanos de sub- regides tributérias, apresentam, ao nivel das sub-regises tributarias, dife- rengas absolutamente fantdsticas, ta claro? Por exemplo: Voce poderia zago, vendd a regido metropollitana de $20 Paulo como sede da indus— trializagéo pesada. Bem, mas af voce fica mal para explicar Bclém do Paré, para expligar Fortaleza, Para explicar Cutitiba. Se voce for buscar nas interagdes campo/cidauc, voce tambem néo en- pin tensscesiceunlleeeeee: contra um denominador comum, porque Curitiba tem uma dinamica urbana a anc se moderniza, etc, etc, 1 ! i ' 1 1 ' 1 \ 1 1 1 1 ' 1 | gentar desvelar a dindmica do grande So Peulo a partir da industrioli- 1 1 1 1 q 1 1 1 | ‘como regido agricole tributdria dinamica, : Salvador tem uma dinamica metropolitana e uma regiao agricola estagne— | da e em involugao e Selémnéo tem regigo agricola nenhuma. Entrotanto, 1 ee RPE LLCs ETD ev yr rr srs SEES o©§v"*" EE i fem todas olas, quando voco observa polo enfoque da atividads imobili| i ria, do complexo das atividades imobilidrias, as rogides metropolitan io iguais. fntio existé.alouma coisa que é comum as 9 regides metr: gades das regia. i so de industr lizag8o_ 6 no quo tange a sua i A. agricola. Sao dois problemas complicados e eu gosto de chamar 2 atencéo que cd dois problemas, pois voce vé que no Brasil &x eles ficam muito visi- veis porque a Brasil é multipolatizado do ponto de. vista metropolite ) Por exemplo, se voce olhar a Argentina, voce tem o grande. Suenos Ai cono a.Unico polo, Se vote olhar o México voce tem o México D.F., ic | i &, 0 México capital, como Unico polo metropolitano, mas o Brasil, c tom diversos polos motropolitanos e a industrializacde so deu concor trada em Séo Paulo, na melhor das hipdteses triangulada por Sao pau Eathox¥x Belo Horizonte, Rio, voce fica com a visdo de dinamicas url nas parecidas, com distintas trajetdrias industriais e com distinta | articulagdes na agricultura. Problema que nao se vé no México, ni i se vé na Argentine porque nao podem te mostrar este fendmeno dado o | fato de que sao sociedades em que’o processo urbano de metropolize: j std concontrado num dnico polo enduanto que no Brasil sao nove. muito bem, Entdo o ponto de partida, quer dizer, o mistério inici | © quo motivava & reflexio, era resolver esses.do$s galhos de inter | ye pretacao: é gue evi i ides metropoli ifi anta “histdrias imobilidrias" o que 6 que Ir a transicdo que preparou o pafs para _o salto para a indUstri 2 Sio os. dois problemas que, afinal, eu pesscalmente estou. convencido a mesma hipétese teérica serve para dar conta dos dois fenémenos. ips: 3. chamando de circuito Sete_hinstene enfia paasa pelo-queeu-antou chesande de circuito | seoniasdes i sani yes foe i RGARGG RRB EE Gy Pa a ae rere reer rrr rr errr ETE EFF SESS I oe ses nines ee Se So eS SISOS we we www TF RKID IS fe a gente tem que comegar pensando sobre o capital imobiliario. ~ a ldgica de valorizagao do ca- | (corte/ Teste no gravador/)...OK (pital, certo? Depois vamas procurar a especificidade do capital 'yiidrio, t4 legal? t vom. iden, 0 problema da acumulagdo de capital parte da’seguinte coisa, veja "ben, Qualquer economia capitalista tem doterminadas massas de capital ( bi ; ue se constituiram no movimento de acumulagio passado, cada momento, {muelawe sociodadd capitalista pode ser vista doscritivamente come in- j tearada por uma massa -Siabel decanted sue se distribut por diversas Ueaaiean bancériok etca, a pelo seu porte como fracdo de capital, pode ser gra a no, que pelo se Le s. iB i ta sage! antsiado toypesnagtn ascauisicas =nlecrs € 0 seguinte: qualquer economia capitalista num dado momento tem uma determinada massa de ce~ pital. Veja bem. Esses capitais, todos eles, tem uma problematica uni- ficadora. A problematica unificadora qual é? & que todos eles pre- cisam obter lucros adequados, caso contrério se desvalorizam, Se a taxa de lucro se equaliza ou nio se equaliza essa é Uma discussio teo- tica enorme que nds nao vamos enfrentar aqui. demos ao nivel mais glementar dizero-seguinte:— ema __obter lucros ade~ quados. Esse € 9 primeiro problema desses capitais. Q segundo problema é 0 seguinte: & que no capitalismo’o lucro nao é perseguido para alouma coisa externa az ao processo de acumulagio.’ O lucro 6 perseguidpaxxxque para que ele se converta em novo. capital. € 0 preblema que a literatura chama de reprocugdo ampliada do capitel penn GG ERS Osenetaben Sio dois problemas: tem que obter lucros adequedcs ¢ tem que encontzar rans 2. ses} i num inado perfodo, gm_novo capital, Td Claro? fa volta seguinte, uma massa de capitel anpliada pelo fato de aqueles lucros teren sido integrados, enfrenta de nove o mesmo problema. i ee. "pe nove enfrenta o problema de obter lucros adcquades, de nove enfronta f 7 \ | 0 problema de/converter lucros em novo capital) ‘agora vejam voces o seguinte: os lucros tem que se converter em novo ' ~ yeapital, porque se eles nose converterem em novo capital, os lucros ‘no se -atualizam, os lucros nao surgem. (Amaliticamente pode-se pensar / tuo sS0 dois arablasas diteresios. tn primaire problena ohter lucraés ( edequedos, um segunda problema oda reproducia, ou seja, da trans~ { , femmegSo dos lucres_om-nove-copital, Parin, ia esse_segunda prableme t S0L8F reauluide, cosmos_alusinise damdids sfotive entra da acono- \ sis} hé © gus se-chena ura crise de_resiizasic.—vanos entender esse ‘ | trogoe Qs lucros ao se converterem em capital implicam em encomendas. ( Encomendas @ industria que procuz equipamentos, encomendas A industria i sue produz prédios, encomendas @ industrfa geral, genérica de constru- go - e aqui eu estou usando construgdo nao no sentido técnico, material ‘ de construcgo civil, mas no sentido de construgio de nova capacidado. ' 1 €88a construgao do » nova capacidade numa sociedade capitalista ¢ tem- ' bém sede, de capitais que obtém os seus lucros através da construgéo de nova capacidade. Se os capitais em conjunto ndo conseguem converter ‘os lucros em novos capital, @ inddstria que cria nova capacidade nao realiza seus eres.) Ao nfo realizar seus lucros, a massa de. lucros | gerais se contrai. Por sua vez, e pelds ceminhos da interligagio que exinte entre todas as. atividades econonicas, aqueles setores liga- , 905 & construgaa, ao néo exercerem a sua atividade, reduzem o volume ide emprego, reduzem o volume da renda e af_ outros setores que nao es- | do ligados-& construg&o de nove cepacidade, por sua vez, também te~ ro dificuldade em obter lucros adequados. Qu seja, voce pcde analiti Toblema ou rn os. eve=galinha, pre voce saber qual o - que precede, Estamos entendidos? 1 ' t dea a_dois se movem juntos. & blem inha-ova, ' 1 ‘ ' , ss ew were “ 4 9 | \veja bem, sea sociedade é capitalista e sc esses dois problemas a que eu fiz referénciia sao os problemas centrais de qualquer sociedade capitalista, voce resolvo o problema da trajotoria especifica de vo~ Jorizegao eo nivel da historia concreta quando voce detecta qual a “fronteira de valorizacéo, ou. soja, por que cominhos, aquela sm eco~ nomia_capitalista, num dado momento, logra transformar seus lucros,. oy.ume_parcela grande de seus lucros, em novo capital, TA claro? bem, Captar a logica de valorizagéo ¢; em Ultimos termos, entender eter ia taptes “He smlortzacie conc é que um capitalismo, em sua trajetéria historico-concreta, re- solve sucessiva e contraditoriamente essas duas questies. £ é isso que dé a din&mica de movimento de uma determinada economie capitaliste Quando voce afirma que cla é capitalista, voce afirma que ha um pro- cesso de valorizagado do capital, que explica, em primeira instancia,. determina, em primeira instancia, a sua trajotoria. A chamada endoge- ‘nia é-no funda, o esforco de desvelar essa ldgica. Q que que nés a- chemos, ds achamos que ea trajetéria de um cepitalismo nao é deter- sinada em primeira instancia pelas condigées do capitalisma. em escala sundial A_evolugdo do capitelismo. em escele sundial estabelece a geterminacdo de segunda instancia, que aparece coma. Jimite ac: mavimen- impulso primar: da_capi- elisa do como ele valoriza os capitais de que ele dispGex, qualouer que seja esse capitalisan. Td claro? } Entdo ta colocad@ com-precisdo qual 6 o problema o af elate entra a brincadeira do capital imobilidrio. Vamos ver 0 sequinte. Vamos, num exerc{cio mcic ou menos livre, nos perguntar sobre o que é o capitel imobilidrio. fe primeira lugar eu. queria que voces (Ado ronfundissem capitel imobi- liario com o ganho passive de velorizacao de um prédio urbano. fu vou explicar caricaturalmente o qu2 eu chama de ganho passivo. a familia Andrade comprou. um- terreno on 1920, Morreu o volha Andrade herdaram osx: Andrade filho. £m 1980 esse terreno vale uma bruta— lidade. em relag&o ao que valia em 1920, Hd uma*imensa valorizacio mas essa valorizac&o nao se. deu sob o comando de um: determinado capital. Neste caso eu nao Posso falar em operacdo de especulacao, Andrade n&o comandouiessé. processo. | o_es: 7 vanante prone valorizacin des pridin, que é int jo € inteiramente di- ferente da heranca dos Andrade. ' Entdo vamos tentar ver o que “6 esso ‘capital que promove a valo- ! Tizegdo. Veja bem, A gente pode,de cara, descartar a idéia de que ele seja capital industrial. Ele no é Capital industrial, | Ha uma armadilka semantica quando se fale em industria da constru- g80 civil, esta nao é grande imud= industria no. sentido: da econo- | , sia pol{tica. Quando se fale de grande industria voce esté falan.(" a do de 5 ee a objetivou num sistema de néquinas, esté objetivado @ posto fora do ui ‘rabsitedor coletivo, na méquina, a capacidade de Sonandero.prs- neih-prosoees-da-produgia, Voce esté talanda de grande induatsis oh 2 vo: i f ie i ; i da instr i s) ecteristica= de orend istria. fy jé alguma coisa que esté atraz. Pode Ser weeeecuee 5 pode ser {Una RxeReraz — cooperagao Complexa, mas nao é capital industrial. | E isso fica inteiramente vis{vel quando voce olha o capital cons- tante na industria de Construgao civil, Ele ¢ absolutamente \|. dnsignificante. 33 noo 6 na industria de materiais de constru- Me | si.| | ~~ 7 FtewrwwvwevwvewvPreey eweewreverwvwevvveswe ve weeweeevevese PY V < 9 CAR, 2 0 2 eo We ) ’ 5 4 4 . 4 a a. (coccaaas A industria de davaisad de construg&o,/esta sim, 6 grande industri af'é capital industrial: cimento, os minerais n3o metdlicos, a ola ria, @ carpintaria, estas todas,, estamos falando de que? Estamos falando. de grande industria. Grande industria nao esté ligada ao : | . : » estd ligada 4 objetivacio da maquina, a condicSo | pare o subordinacio real da forca de trabalho. Nao existindo. isso, seisso é forma}, etc., eu ndo vou por af, isso é discussio de processo de trabalho que cu nao estou interessado. 0 que cu estou querenda mostrar é,quo nao é capital industrial. muito bem. Entdo la gente pode afirmar que néo é capitel industrial o capital imobili; tio, Mes af fica a pergunta: o que que ele 6? Fica e pergunta.. Voce ja sabe que nao 6 capit: s ec a_coisa. AL_a hipot a Vamos n° ver em primeiro‘lugar a cara mercantil’ do capital imobili rio. Bem, o que caracteriza in ica- stitutiva del gomo._capital,com o €stado. Como é que a expressao foi cunhada? A expressao foi fcunhada na grande transigao do capitalismo do se- culo XVI a0 século XVIII. Entao por exemplo, supontam voces um s stand de mercadorés de escravos na monarquia ibérica . Como é que era? Como é que funcionava isso?’ A corca outorgava a um determi- nado comerciante o privilégio de vender as Indias,,tantos mil es- cravos. Ele podia, a partir desse GFivilégio concedids pelo dsta- do, obter imensos ganhos mercantis diferenciais. 9 que ihe permi- z 4tia.obter o oanho era o proprio privilégio piiblico. du.scja, a i : — —_—. ae 5 | ! | t | ' coroa, ao ter cedido ao comerciante XPTO a possibilidade de negociar tantos mil escravos nas Indias, vetdva a mesma possibilidade aos demais comerciantes. $0 ele tinha o privilégio de fazé—lo, ou gi i anté iti cujas operacdes de valorizag3o implicam numa articulacao nrgdnica, coo-constitutiva Bem, 0 capital imobilidrio: tem essa caracter{stica. Sendo vejamos. A melhor mancira de ver, certo?, é voce pensar... a gente pode pensar duas operagoes t{picas de valorizagdo imolilidria. fla ver- dade, as operagdes de yalurizacao imobilidria apresentam um amplis- simo spectro de modalidades, fas nds podsmos olhar duas que sao centrais; uma que é a operagao de parceJizagao- o chamado lotea-. | Seen Rento- © a outra que 6 a operagio da construgie do espigio. voce tenta comegér a pensar o capital imobilidrio pelo espigio, voce fica de certa mancira fetichizado,mosmerizado pelo fato fisico material de quo onde havia una casa, de um ou dois andares, surgiu um ediffcio do 15. Entdo tom uma rcealidade ficico-meterial no canteiro de obras tal, com aquola transmutagic do espago, a- guela imensa montagen, que voce ent&e pode uté pensar que o capital imobilidrie obteve os seus ganhos da maic-valia que foi extraida do trabalhador direto, que foi empregado na construgdo do edificio. €ao fazer isso, voce nao entendeu nada do capital imobilidrio. i” Por qué? Voce vé que nao 6 isso quando voce olha a outra operacin, | sigso tom yma cara mercantil. Pera vé-la, olhemos uma operagio do 1oteamonto. (0 que é uma oper 0 do lotcamente?) vejam bem, a eperagdo de lotcomenio & uma operagie de transmutacdo alquimica, ca pele qual voce transmuta terreno rural e# suburbana ou terreno que 6 a operagiio de loteamtnte. 0 que eu quer er 6 9 sequin~ \i- te: 0 capital os, ivo imobi 3 ile - * Bi le fagS0 em valor dos prédios, 9 partir do privil Ogio wiblica, 2 po- It e Peewee ww ve weer ececcucuue LECTED KCC Kea BEES suburbano em terreno urbano, a x* gieba unitdria ‘no lote paréelizado A atuegao fisica material sobre o terreno ¢ inexpressiva.| Elas se xuxumnm roduzom a servigos do topog7ofia'o um ou outre servigg de arruomento. Inclusive, om muitos lecais, dependende das posturas municipais, a coisa pode se resumir ao trabalho de topografia c a um registro no cartério correspondente. Corto?. Nao tem nem sequer a marcago dos lotes no terreno, cu.a marcacio fica apenas naquelas estacazinlias. £ an fazer isso, om valor, voce multiplica o valer ¢o pfedio do dono, voce tem u ganho merrantil. Se voce quiser observar ao nfvel mois elementar, a possibilidade desse ganho passa pola licenga pUblicoy para porcolizar, certo? fas nao passa so por 4sso. Passa por n outras intervengdes que ropresentam outros tantos privilégios publicos. Quando voce aprova o Plano Diretor de uma cidade, dizendo que ela 9g expandird na dircgio Norte-sul ou na diregdo leste-oeste, de- pendendo da rota dos ventos, e cssa é uma escolha que 6 feita, c é uma escolha pol{tica, voce valoriza os terrenos que estado num cixo 6 desvaloriza os terrenos que estao no outro eixe do expansso. Ceca @ uma decisdo polftica do estado. ‘Juando voce autoriza uma linha de onibus a estender tantos kilometros do ponto terminal, a mere dade de circulagio desses onibus, permi nodificagao da possibi uma imensa valorizagao cys de glebas que passam por essa metancre fose. Quando voce realiza qualquer ninvestimento publico, extensio de qualquer um-dos servicds pUblicos( sadde, educacdo, saneamento, pontas de linhus d'agua, pontes de luz, etc., ete.), qualquer de- cisdo desse tipo ¢ um fato que proveém de uma decicdo politica ue estado c que produz uma imensa vulorizagio de prédios ec terrenos. Gu seja, nao ha possiblidade de parcelizagao se cla nao for pre- cedida por determinadas operagies que se fazem a partir do estado. Isco definc a cara mezcantil desse capital. Agora bem, | Antes de ir @ cara financeira cu gostaria de chamar, que esse capital @ também, porque tem uma pequenissima parcela de capital constante, esse capital ¢ 0 capital que camunga das caracteristicas também fe ¢o capital comercial. Como @ que voce entende a operagdo do capital comercial? A cperagdo do capital comercial 6 a operagdo pela qual, nun determinado perfodo ce valorizag30, o.capital sob a forma de dinheiro D, converte-se om mercadoria M e volta inteiramente A for- ma do dinhoiro D', sendo D' maior que D. Em linguagem de economic- ta: a cada volta da produgio, ¢ dado 00 capital comercial recuperar inteiramente a forma de capital-dinheiro. 0 capital industrial stat 2 ee to, porque sou capitalconstante nio é desmo- jamais pode fazer bilizdvel em cada giro da produgdo. Ele necessitan de N giros de fodugdo para poder fazer tal operagdu. U capital comercéal niu. U capital comercial podo comprar xg.xuxu c vender xuxu ( dinheiro/ wuxu/dinheiro ampliado}, ou meias de nylon, ou prédios, ou terrenos, | ou qualquer outra coisa, “Ele pode-completar o ciclo e voltar inteiro & forma de dintciro. Esta 6 uma faculdade do capital com cial, 0 capital industrial ndo pode fazer tal coisa. 0 capital imobiliari s ci ia ny G mercan- |, il, ole com caracteristi ‘al _do capital comercial, esti || atticulado politicamente com 9 estsJa a possibilidade de valorizs- ,sio_passa pelo polftico, passa constitutivamente pelo politico, td ti ca cara comercial, quer dizer, cle pode recuperar ! ainteira liquidez sob a forma de capital-dinheiro em cada giro roducé. i Agora, cle também é financeiro: fiuito bem. iil A ideia de capitol financeizo ¢ uma & idéia tremendamente com- i f plexa em que a literstura 6 rica de sugestées, muitas vezes nao t fecilmente compatibilizadas. Porém, ha consenso de que o capital i financeiro faz pelo menos vuas operagoes, Sao tipicrs dele como ca pitol. A primeira operago 6 uma operagio chamada -de miobilizacio, robilizagdo de capiteis. Mobilizagado ¢ uma palavra pede oe na verdade, uma" juntada"de capitais % espera de uma possibilidade de valorizagao. A operagao t{pica de uma juntada dé mobilizagao ¢ a eperagio que faz por exemplo, um agente financeiro qualquer, um ma sociedade de crédito tanco de investimento, uma financeira, 1 bilidtio quando emite ativos financeiros em troca de depdsitos. Uma al que buscam valorizecio no ix financeira recebo frugdes de capi circuito financeiro e¢ que cla troca por letras de cimbie. A socic de crédito imobilidrio faz a mesma coisa quando recolhe fracgdes pe~ quones de capital,( a5 vezos nem dé capital, as vezes sao meras poupangas financeiras ), e emite o deposito na caderneta. 0 banco de investimento faz a mesma coisa quando ele recolhe depésitos e emi cortificados de depositos bancdrias. Repare que essa operagio é una operagao de juntar, constituindo grandes massas de capitaix- dinhcizg, correto? ( a operago de mobilizagao. | A operag&o de mobilizacgdo, corresponde uma outra operagdo que ¢ a operagao de criagao «: ativos financeiros. Porque essa mobilizagao, | essa juntada, corresponde & emissdo dos exemplos que cu estava lis- tendo - letras de cambio, depdsito em caderncta, certificado de deposito bancdrio, etc, ou seja, emissdo de ativos financoiros. fom,.o que cu eStava dizondo @ que o capital imobilidrio tem uma caro financeira. A cara financeira desse capital 6 uma cara bas- tante escondida. 0 personagem ¢ um personagem que se move nas sombras, nas sombras de seus tepumes. Unde 6 que esta a operagao de mobilizagdo? A aperagdo de mobilizago do capital imobilidrio @ muito variada, mas, a mais simpics dela, aquela que voce pode ver quase que imedictamente, ¢-a chamada venda na planta, Hd um promotor, uma persona que @ a promotora, que personifica o capital inobilidrio. especulativo, f£ssa porsona pode fazer o segitinte tipo de operagdo: opgdo de compra de um terreno, aprovagao ( e ai apare- ce o privilégio publica) segundo um cédigo de obras (outro privi- légio pblico) de um cspigio ( a planta), © a vénda com nom scquer ter sido feita a demoligdo do antigo cd*f{cio. Ele vonde 50, GO, 1% do projoto, e ao fazer iss2 cle mobiliza capital-dinheizo que ele necessitam para a operagdo de. valorizagio. No limite, o capital imobilidrio pode fazer essa operagio sem por um centavo de seu. N&o creio. que hoje consiga fazé-lo, mas no passade fez, no Brasil, com absoluta facilidade, = &s vozes nao realizava inclusive o pfedio... fas af ja entra no terreno do chamado caso io polfcia. Nés cstamo falando:de como se comporta o incorporcuor. & operagio de mobilizagao ficou. clara c 7 que talvez nado esteja claro é a omissao de ativos. Una da & que cia accntece. 0 vicbes ingénéas @ a idéia de que o ativo imobilidrio 6 demandado pela popu~ jago por seu valor do use. Ou seja, que co busca o lote urbana, ou. que se busca a sala ou o apartamento porque é capaz de prestar potencial ou efetivaments,m servico habitacional. € falso. Qual @ a evidéneia da falsidade disto? A cvidéncia da falcidade disto, é que todas as cidades urasileires - © cu no estou falando das re- giées metropolitanas, cu estou falando de qualquer cidade con mais ge 100.000 habitantes,— todas clas tem dreas loteadas que permitum mais que dobrar a sua populagSo. fu n3o sei qual ¢ a drea loteada de Salvador, mas estou absolutamente convencido de que, nesta costa atlinticag de voces, nrsse hinterland das avenidas af, 6 pessivel albergar tres ou quatro, milhées de habitantes. ‘\ wed oe 2 = s @ » 2 2 » » @ 2 » 2 » » 2 » » 2 2 » . ® ® ' , ‘ . > : 6 r r 5 5 ’ i : 5 MK estado do Rio dd. Janeiro, é uma loucura, porque a operagio de joteamento incorporou:a baixada da Jacarepagud. Voces conhecom o Ne, aquela regiéo da Barre da Tijuca até a baixada de Jacarépagua 4 um espago em que a cidade inteira pode fazor este movimento- plac- se espelhar inteira naquela baixada, dobrar a Populagdo. So alf. Agora,, so. voce olhar o estado do Ria de Janeiro, entiio 6 uma lou- cura, porque a linha da costa que vai além de Angra ec além Cabo frio, ostd toda jd loteada; o loteamento comega a chegar a Campos fa verdade, 0 estado do Rio, como. niio tem agricultura, todo o inter- jond & reserva de. terra para velatizagdo. Té claro? Todo ele 6 um imenso loteamento ou uma reserva para futuro loteamento. Ld jaé 9 caso levado ao desvairia, mas, ou sujiro.a voces, que, por cxen- plo, sobrevoem Feira ou.Ilhéus; provavelmente vio descobrir um. anel, um cinturdo de drea loteada, com grande precariedade, ma Jé loteada, que permite dobrar a populagiio da cidade. Uma vez cu fiz um estudo do cidades médias, assim brincando,.e af a gente \descobriu coisas absolutemente fantéeticas: Campo Grande(mato Grosso) dava para ter quatro vezes a populacdo, Juiz de Fora dava para ter tres vezes, coisas parecidas. cu nao sei as cidades. médias do Nordeste, mas eu afirmo que as cidades.médias da regigo sul, centro-sul, sul-lestece centra-leste, ja estio, as cidades médias, nesta situagao. Agora, as capitais nordestinas estio todas nesta genga, porque Aracaju, Maceid, Sdo Luis, todas clas jé cstdo con esto fendmeno. Todas, todas, nado escapa nenhuma. Agora, a pergunta 6 a seguint este lote, que espera uma popu- lagdo quo a cidade atingird om emeio século a frente, populag3o projeteda para meio século, esse lote deveria ter um valor insig- nificante. Nao tem. Ele, voja bem, cle pelo menos acompanha a taxa de inflagdo, mas.em quase todas as séries um pouco mais dila- tadas que peguem tres ou'quatro anos, ele vai além da taxa de inflagae. gntdo isso 6 a ovidéncia dramitdca que nije tom porra nentiuna gue ver com valor do uso, Yoces esto coupreendondo? Torqué, se fSese pelo valor de uso seria uu ativo vagabundo, Ndo é. Aquela frase carecteristica de qualquer familia de classe média - de aue chfio 6 chido, 6 wi exenpio. | A nanifesta precerfncia.noin imensa_siaioria dos sionoc de ricuoza no Sresil, de tere: ui ran ts si b 2 Jorma de izéveis, bens do i 7 mnord, Correte?. § qutre saneira de ver guefo gue o capital imobilidrio foz é cri ee ivo financeiro ter aches dcbupresas, nic _estddisputande letras dec: jen_depésites bancdvius. Ela prof ius’ Cuaol untde, vejan bez, 'o chiio 6 euitido cous ative: © capitol gno- ' dc ativos. [totiie née estoans' con i perdonacen complicsig. Koja: so, Nos.cstamos com u: reantil, vi 2 gées de val6rizacig, ratio, por essa ca. é morcnaihs ams pela cara financeira, cle aponta para o capitelinmo do sec. Be 3 > Xi. e na frente porgue 2 ctara financeira é 2 etave ais svanca: a nenta 4 piiana, Té clare? Vo 6°a téa que os cutercs se onrolan tanto quando gue e ko os: que norralie..te nfo produzem Jor je cabega a ninguen. Tor qué? Terque dentro da massa global de cepitais,esses outros capitais s&o coisas acontece que o circuito slor de forga de trabalho . EntGo, voce ten una or zie loveritiva: sito is: Py izer, portante, de imensa | ; i : aa tgaelPe ets eeky c ei cin e cuja conceituase 6 muito tffcil. Cuer ser, nornalonte 0 econor nke ben com © eayital ind sdal, coo capital bancdério ele vai razodvel, 0 co- ("TTL UIPVHS pital corievelal ele'tiza ‘le letra porque ele pega 14 uiaw eed sinhas da literatura ¢ldssica, E em relacho a = isso, 20 capi- tal imobilidrio, diz besteira. Entio vai procurar e: carlo, ren" ricarliana pare explicar n valorizagiio. Deseulpe.:, Guande onda diz sentido cldcsi 1sado por Ricardo, té clare? Hoce ten ust yanho de valorizagfo gigantesco nas operagdeu espe~ culativad que esses capitais realizam, Tara essea capiteis, definitivanente, qualquer tentativa de imag: inobilidrio obtém a sua valorizagio da forca © gue o capital dle trabaho que ex- plora, eu gostaria de canara ateng&o que o incorporator inobilidrio norsainente néo estd anterossade vidades de construgio do pré- ©. Ble subempreit: de capital. que subempreitan, .o lucro.delas .é que ¢ obtido Ac frabalhador do eanteire de obras, Porém, os lueros descas fran s8ec Gue subeapreitan, 6 usa uordinha relagio a0 canho que tog o capital incorpora lor. Se voce for ver os greudes incorpo- radorés, na nedida do poscfvel, cles subemproitass, Bles sd ecsue nen diretamente a execug&o quanto néo existe fragie ue ca; confidvel para ecutar a tarefa de subo:proits Ses explerscSo da forca do trabeiho foase ren. | © 81 dncorporador 34 iquidade inteirazente ssuo2 werliniias de pequenas emprcitcizas oc al acuconando, le despreze., 4 a nigalua do >: grande festa do benquete, brolizade tude cal) tio, esté Tice com clo, Eu queria Wizer que te: usa porsfo le caras que olan © lise: facto pelo ne construgie, ue wacca nor: ‘ganhando ca ‘cinia doles... ebe de. assin eo, ge nun dado _noucnto, os detentores de 2 Guinessea recuporar a liquidez, o@ quo co: yraran os ativos cuit #3 ital eap:culative, o proce 4gs lotes seri ro. “Seria ZDRO.T4? Entdo esse-personagesa, cuja conceituagio é comploxa, © cujo mapeamento das operagées t{pieas no fod ainda feito, ~ oxiste teses hoje que fizeraia um'razodvel investicag&o sobre o processo de trabalho na cons- trugdo civil, poré:: no existen teses gue uostr SUGOEUELULELLEESSEREsEEeEL geneculative azerm, Voce sabe (ue incorpora assim, assado, ctc, _ sas isso ndo estd tratedo sistemiticamente ci nenhuma tese que cuconhege. # uaa lacuna, No estdé tratada a relagfo que tes 0 capital incorporedor com as eapreiteiras e sub-capreiteirac. | sagas oa fonduenos da Exbita capitalista nie foram estudades, porque este , i Es iakx 6 un dos outros vicios terr{vois da esquorda, que é 0 se- b ‘ guinte: cla sectariza o objeto Je invoestigag! + Eat&o, dentro da socicdarie-capitelista o cara estd interessado estudar o que acontece co: a forga cperdria, sé que o cosando io sistem: @ dado pelo capital, e subre o capital ole néo entende. ele ndo eatende o gue ido Linamisn® no sistem. A nossa coisa no campo, por oxczplo, cu estou de saco cheio Trebaluo, mas o Tapitcl... famosa historia, Marx escreve o Capital ¢ bSdSTevovoddddd pede pera que =a tuuba dele eserevan " Nescobritor + vinento do capital", c todo mundo 1é as 56 paégines do-luta de . elesses de classes. 0 que que se lid Esse negocio no campo 6 terrivel. Yoce sabe gue, fazer, por exemplo, te polo menos 300 teses estudando a pequena pro- gugdo wercentil egricola, td. N&o ten uma tese que pense a peeuiria) quando a pecudria & wa fendueno complicadiasine, ¢ rio £8 toa au cxecos ct a pecus ~ 0 conegou sendo chanailo de pecus- 6a forsa de capital ssi sala gencentrada que oxiste no caisn0 oe a waior vclorizacio de 2s = ‘ 4rausmutecdo alquinica da terra rural. Fois nfo né uma tese feita por nvesticadores razoiveis, sobre a pecudria, Ten tenas de te'sd sobre a fequena produgio. Yor qué? Toxque sucll \ 4s beus! sens /{ nsooe, trecio iniateligivel, vérias vozes co eso taqne} //esolseate, é uma chatura sé. ii Ssall is beautiful é mixxekxtemsé us horror rorque prowu: o desvio de observacao do objeto, B un negécio fant stico. Zu estou absolutanente convencide sto. Su passo 0 Brasil inseiro a fazer conferéncias por tudo quanto ¢ lado. E norsal- sae: te cu'profuzo estupor na ‘plutdéia qiumle eu com ego ef como é gue 6 o capitalisuo, sal vi mut lade mowiente, squele redug8o einplificada cue Ms- ms Claro que $. So die, 6 nos Estadus Unisos, ¢ na Jagleterra. qxe_néo explica porza,nentuaa, Voce no operacionaliza una redu- FyPIIIIIISS Soeeouveeve wwe eee SCOLEUEOOKOKCE UBER ER eee i At A oy Be passar do coral ao concrete vspoctfice. Simplosuonte tzencees satan © colam — 0 que faz com que a pritica poiftica soja nerda completa, porque ela fica inteirasente idcologizada, tc yasios avangar, Eas questGes que forea pintando? Cono quiser. VYoja bom, A minha idéia era quo se anotasso ossas questées para Nepois a gente partir para elas. Yeros io egore Suzer pegar esse capital que cu estou cxicivnn conceituands desta aneira © vamos ollid-lo no ospage urbeno. Eagui eu acho que é 0 elesente crucial da reflexio. pelo menos da rroposta de reflex © probiona é ox seguinte. Voce pode tentar pensar... [quer dizer, especulative iuobilidrio e o capital industrial. Eu quero pe: ar esta relago. epois eu vou tentar pensar usa outra relag3o que 6 entre o capital cspeculativo imobilidrio e algo que eu vou cha- mar, na falta de outro none, do capital omercial! 2u vou tentar pensar com voces egsaa duc relegdes. A prineiz a ecpitel couo un tedo, ac como un todo, | wainagSo ¢ suber: nivel do novimento, Cunn“o voce fala ex industrializagie, voce nfo estd falendo da banalidadé do que ex ste o industria, sociedade pode te: industria e nfo estar om industrializasi Ble no estd se industrializando quando o capital industrial Pein creme vague a pad ne Cowanda o\processo, was ¢ Jeterainado por outras instincias: a desde 1890 que existe no Tor exompl acil industria texti1, . grandes industrias texteis— cla surgiu na Ultima década do secule MIX. Quer dizer, capital industrial existe no Brasil 7esde a atima década do século Xj uae industrializagde 6 curpiu no Brasil jd em décadas avancgadas do século xX. Por qué? quplamente doterainado por um capital * nfo industrial, pondia, 1 ra_roalizar sua _produgio — ei portugues corrente, vender tecios Be produg! 2 } @e_um poder de compra que nfio era gerado pelo capital indus * was sim era gerade pelo couy 2 Q condi de realizacéo dos lucros nao era bs Apitel industrial A repro tug&o axpliada do ca; tal industrial t til dopen:! duportagdo de miquinas e :aterias 1 imas’ que eram por sua vez + t gerados também pelo capital cafeeiro. EntZo era dupl: ente det dnadp~ non na realizagSo, nes na repredugio se via com cutoncn 5 nia. EntGo ‘havia cepital industrial as nfo havia industrializa- sao. Ta Glare? Yejam bem, Ko capitazisme bresileiro coxo um todo hé indust id, 6 inequfvoco, Mesde o Ylano de Ketas que o processo de expansGo to capitalismo brasileiro § comandado pelo capital nd et mm cionalizagio cue doza, Eo Sate uctropolitano ba ou Dresfiia, voce nio explica yela industrializacSo, Pols 2 ter aqui_um cuatro contrdrio. Voce talvez pudesse explicar Brasilia, onde a!cara mercantil da va~ lorizacdo imobiliaria 6 inteiramente expl{cita - se organizou. até uma empresa publica, a NOVACAP, para fazer coordenadamente cosas operagoes. Certo? Controlar os privilegios. fas, Belém, Fortaleza, Salvador, Recife, devoriam ter involuido! Nio_s8o-sedes de industrializacao, Cortamente Fortaleza nao 6. Telvez Salvador voce ainda fique um pouco em-divida porque agora jea.o Polo: Petroquimico, fas Fortaleza ninguém tem divida, Belém, ninguém: tem divida. Jeza, em Belém? Existe, Existe cepital industriel sim. Agora, vo levanter_o capital industrial que existe 14. 0 que que voces vao encontrar? Voces vao encontrar multiplantes da industria weseueuvvvvrvrrVvyvyrrrrer wy) } gebens de consumo n3o durdveis, por exemplo, a cervejaria - Antar~ + ‘tica, Brahma, cada uma _delas tem nessa‘regido uma ou. duds plantas, ra? yap Po Souza CUZ ae v m3 5 Souza Cruz. Voce xm encontra multiplanta do ramo da chamada indus- ei tria ‘tradicional de bens de consumo nde durdéveiss € voce encontra . ene ym # un niicleo de industries de materiais de: construgéo. Um niicle¢o do y™@* iodustrias de meios de produgio que esté claramente coledo & ati- pe) vidade da construgao civil, Voce encontra a fdbrica de cimento, res voce encontra os minerais nao-metdlicos, todas as olarias, etc,etc,, = i —_ "wy » voce encontra toda a linha de produtos de madeira. Agora, na medida = , M2 wea madeira esté ficando escassa voce encontrard essas oficinas * iS » sue fazem eseas coisas de oluninio, esquadrias, estas coisas todes, “w@ * elementos & modulados para constougéo. £ voce encontrara, eventual- ee a - > mente, @ pequena siderurgia, a siderurgia de laninados no pianos, r ee eee wm * que produz o vergalhao (ferro de construgdo), o arame (ferro « de > So a rua i. 2 construgdo), © prego para construcio, ctc.,etc, Clare que voces @@ * podem-encontrar também o polo petroquimico. =? : mee af 6 um: fendmeno de natureza diferente, est@o compreendendo? | Por qué que é um. fenomeno de natureza diferente? Agora vamos ver. Porque a Brahma, a cervejaria que esta em Belém, novenente/a condicgio de realizagio dela é dofinida fora do espaco } dela! re ma coisa quo ou te do: ro rhana, Do- pende do poder de compra da ponulacio existente no espaco metro- oliteno ebano. A arande varid~ vel € essa, €£ na inddstria de meios de produc&o, cimento, ctc, i 2. je etc, depende da atividade do capital imobilidria, a condigao do realizagao. Comanda o processo esse capital industrial que é existe em Fortaleza, Belém ou Salvador? Nao. eawoa e UREA Fr BRU = a ~ Bane I racSo pelo capi ilidrio. 0 volumo de vendas serie o volune de vendas de matéiral de construgao, de ferro; de tijolo, 1 rio, circuito imobilidrio esse que no canteire. de obras emprega ti una fragdo grande de forga de. trabalho e na atividade industrial ligada a fornecimento de materiais emprega outra fracio grande i de forga de trabalho no aspago urbano e na atividade de trans- i porte, comunicegéo, etc, etc, emprega outra fracao extremamente * importante. Estado percebendo o tipo de encadeamento que estou W dando? 0 encadeamento que estou dando 6 0 sequintc: gue |e capital ind due ifica operando basics espacos industri’al _depende de 2 ede um emprego urbano que esta diretamente colado a0 circuito inobiliadrio.| i s i + » * * % €ewagora ainda vou fazer uma inversdo na proposigao. Ao invds » » » a rcuito imobilidrio jo derivado inado pela / \ : . rpnda e e é minante da renda e do emprego. is i [Oe Oe ee JIS. hquéé que inverte a hipdtese. Voce pode pensar o seguinte: Voce pode pensar que as operagées especulativas imobilidrias, a qua condigdo de possibilidade é dada porque a renda urbana ¢ o ssi, enprego'urbano crescem. Neste casove, como operagdo de velori- wgSo, dependente da ronda urbana e voce tera de ter um lugar, de onde provenha a renda e o emprego urbane, .Sé que, ao fazer a investigagao, eu. che a Zo basi inadas pelo circuito imobilid~ € 0 capital industrial, por sua vez, que existe no ambito See ee ee eee, » 2 a B » restrito. das metropolesy nao industrializadas, esta coledo ac em- Ld prego e renda urbanas, ou seja, depende do circuito imobilfario. | | » Goan i i imobilisrd Serer oe e ae aaa 3) F ri s Fat prife sinante da dininica da cidade. / £ sain eu consigo expiicer auc 2 se ! ve gelém e Fortaleza tenham a mesma caza do ponte de vista imobi- | re eB 7M erin. ra " be (Trecho: perdido na mudenga do fita) OR eceeeeeee § determinado por ela. Mas o resto do capital indus- 9b ‘ Drea ahs i, rag fe trial que a2 esté & determinado. E£ no & jogo de palavras nao, 3 viu.gente? Isto é crucial. e inst ira, = z z fe i na logica de expansdo do capitelisme no Brasil, 9 ca ital imobi~ = aris. i pel_cen: { até uma hipdtese oa teirice aaior que é e seguinte: 0 capitel industria’ no Brasil i vf jbasicamente interacionslizado ¢ doninado pelas filisis estran- Sd co: RA b ia 6 dada pelas ais ex ires. Pordm, \} oe ; Denne EuaRe; F eal 2” psixcuite inobiliério ¢ do grande capite) erivede naciona}.—e her | - rd i ‘ i )€ quando v ca em oposi | s: see ssapiinie a "» entre burguesia naciona. tal internacional, ao olhary isto, « 2 = ce . : 2° voce hegor & conclusdo que eles nao se opdcma, muito s) convergems \ verry ro SE aren ' 1 u ee y 3 Bet Convergom numa espécie de demarcagao do territério pelo qual a ao concessao du capital estrangeiro da hegemonia do circuito indus— ‘ trial, bw > } » r ena vi 6 Entao vejam bem. Este ponto é absolutamente crucial. 0 racioci{nio ¥ @ 0 seguinte: temos regides metropolitanas que sdo muito diferentes 1 do ponto de. vista de sua historia industrial. {io hd nenhuma igual ista da histdria industrial, entre o grande Sao Paulo ea grande Belém ou:a grande Fortaleza, Sao coisas inteira- ' 6 - onto de vista imobilia a lo _ ¥ poy ae Sai Goud ides Zande Fortaleza ou a Grande Gelém. Ti. certo? Que por sua vez é parecida com a grande Porto Alegre. W i fm. todos os s i i independente de i" ger _regiéo atrasada ou. regido desenvolvida, de ser» regido domi- Ii ante ou. dominada,, ter uma agricultura dinamica ou. ter uma agri- gultura estagnada ou nip ter agricultura, em todas as regi~es My etropolitanas ircui lorizacdo imobiliério® g¢_expandindo e se engrossando a cada volta. TA claro o negécio? x —= ie ye Esse Negécio @ crucial pelo seguinte: Se eu assumir, 5 itir Pr polos metropolitanos » /asileiros 6 uma_histéria complicada para entender teoricamente. Por qué que @ complicada? Porque, vejem bem: as cidades, ac grandes cidades brasileiras andaram crescendo, pelo menos até 1970, a | taxae muito parecidas. Na década de 70 houve uma certa disporsio, ‘ onde Recife e Rio de Janeizé caen violentamente, as suas taxas de + crescimento,porém as.outras sete regides metropolitanas sao muito parecidas... Ha Xie * a! pe bmi ssa- >! pierdk mL sca- bbtid % SECTS wees big LbaaT (Observagdo sobre Salvador - inaud{vel), Desde 30. Desde 3U, nao. Desce 1950, H- 50, GO, 70. Salvador esta fora... Desse padrao? Salvador, o ponto mais baixo de estagnagao . . . . . . .. . popula cional, 0,20% ao ano, 6 de 20 a 40. . Ficou estagnado. @ 40 pra diante 6 que comega a crescer. A Udcada de 50 ¢ 60 deve estar muito. parecida com as outras Tegiges mo- tropolitenas brasiloiras. 0 problema demografico que a gente sente aqui’ é o seguinte: cu nao quero conversar sobre fatores de repulsdo e fatores de atragio. Nao quero conversar sobre isso. Nem conhege bem o.assunto. Apenas o que eu quero chamar atengao ¢ o seguinte: _as atividades de cons- trugdo, quar dizer, 0 material 5 a aa AR tA ane mene eet ere eee = Faballin obs: ificada, 0 migrante rural tem a porta de entrada no mercado de trabalho urbano pele construgio civil, quer no can- teire de obras,.querm nas obras publicas. [0 que 2 sortorcoia, chasin: decmorcadorintorsie’tide trabalho, setores informais, etc, quer dizer, drea de miséria absoiuta, 6 uma d- Fea que otrabelhador urbano considera prefer{vel & construgdo] E é isso que explica que nas cidades nordestinas, flagrada de de- semprego, voce encontre no canteire de obras a plequinha “pro- cisa-se Ue servente", o que aparentemente ¢ um mis ério. Teda investigagan feite mostra que na escala de preferéncia do tra- balhador urbano, a mais baixa preferéncia ¢ dada a construgiu, © que normaimente o migrente rural comega suas atividades no

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