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Código: 7112000007957
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Resultado
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Membro do Júri
Presidente: ________________________________________________________________
Supervisor: ________________________________________________________________
Examinador: ______________________________________________________________
Estudante: ________________________________________________________________
Sumário
DECLARAÇÃO DE AUTORIA...........................................................................................................................i
DEDICATÓRIA...............................................................................................................................................ii
AGRADECIMENTOS......................................................................................................................................7
LISTA DE ABREVIATURAS.............................................................................................................................8
LISTA DE GRÁFICOS....................................................................................................................................10
ÍNDICE DE TABELAS...................................................................................................................................11
RESUMO....................................................................................................................................................12
ABSTRAT....................................................................................................................................................13
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA.....................................................................................................13
2.1 Definição de Conceitos........................................................................................................................13
2.1.1 Benefícios Fiscais......................................................................................................................13
2.1.2 Tipos de Benefícios Fiscais........................................................................................................15
2.1.3 Zona Económica Especial (ZEE).................................................................................................15
2.1.4 Tipos de Isenções Fiscais Estabelecidos na ZEE de Nacala........................................................17
2.2 Isenções Fiscais como Incentivo ao Investimento Privado nas ZEE’s em Nacala Porto e Nacala-à-
velha..........................................................................................................................................................18
2.3 Zonas Económicas Especiais (ZEEs) na Atracção de IDE...................................................................21
2.3.1 Importância do Investimento Privado na Zona Económica Especial para o Desenvolvimento
Económico e Social............................................................................................................................23
2.3.2 Criação de Emprego..................................................................................................................25
2.3.3 Contributos das ZEE’s para a Captação de Receitas Fiscais.......................................................26
2.3.4 Vantagens da Zona Económica Especial em Moçambique.......................................................27
2.3.5 Desenvolvimento Socioeconómico...........................................................................................28
2.3.6 Indicadores de Desenvolvimento..............................................................................................29
2.3.7 Teoria de Desenvolvimento Socioeconómico...........................................................................31
2.3.8 Modelo de Desenvolvimento Socioeconómico de Amartya Sem.............................................33
2.4 Estudos Realizados..............................................................................................................................34
2.4.1 Estudos Empíricos.....................................................................................................................35
2.4.2 Estudos Focalizados..................................................................................................................36
CAPÍTULO III: METODOLOGIA....................................................................................................................37
3.1 Tipo de Pesquisa..................................................................................................................................37
3.1.1 Quanto ao Método...................................................................................................................37
3.1.2 Quanto a Abordagem...............................................................................................................38
3.1.3 Quanto aos Objectivos..............................................................................................................39
3.1.4 Quanto aos Procedimentos......................................................................................................40
3.1.5 Estudo de Caso.........................................................................................................................44
3.1.6 População e participantes.........................................................................................................44
Direcção Distrital de Trabalho e segurança social.....................................................................................47
Serviços Distritais de Infraestruturas.........................................................................................................47
Governo do Distrito de Nacala-Porto........................................................................................................47
Governo do Distrito de Nacala-à-Velha.....................................................................................................48
Serviço Distrital de planeamento e Infra-estruturas...................................................................................48
Conselho Municipal de Nacala..................................................................................................................48
3.1.7 Limitações da Pesquisa.............................................................................................................48
3.1.8 Aspectos Éticos.........................................................................................................................49
CAPÍTULO IV: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...........................................................................50
4.1. Situação do Desenvlvimento de Nacala como Receptor da ZEE...................................................50
DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO DE NACALA............................................................................50
4.1.1. Localização...............................................................................................................................50
ACTIVIDADES ECONÓMICAS......................................................................................................................51
Actividade Ferro – Portuária.....................................................................................................................51
4.1.1. Agricultura...............................................................................................................................51
4.1.1. Pecuária...................................................................................................................................52
4.1.1. Pesca........................................................................................................................................52
4.1.1. Comércio..................................................................................................................................52
4.1.1. Indústria...................................................................................................................................52
4.1.1. Artesanato...............................................................................................................................53
4.1.1. Turismo....................................................................................................................................53
4.1.1. Prestação de Serviços..............................................................................................................53
4.2.1. O Investimento Privado Atraído pela Zona Económica Especial de Nacala....................................54
4.2.1.1. Projectos de Investimento Aprovados...........................................................................................54
4.2.1.2. Competências e Atribuições da APIEX........................................................................................54
4.3.3. A Criação de Novos Postos de Trabalho na Zona Económica Especial de Nacala..........................58
INFRA-ESTRUTURAS...................................................................................................................................61
4.3.4. A Criação de Infra-estruturas destinadas a Actividade Económica na Zona Económica Especial de
Nacala........................................................................................................................................................61
Rede Rodoviária........................................................................................................................................61
4.3.4.1. Infraestruturas de Transporte na ZEE de Nacala...........................................................................61
Rede de Abastecimento de Água...............................................................................................................61
4.3.4.2. A Situação Actual do Caminho-de-Ferro do Norte de Moçambique.............................................62
4.3.4.3. A Situação Actual das Estradas na Região do Corredor de Nacala...............................................62
Rede de Energia Eléctrica..........................................................................................................................63
4.3.4.4. Situação actual do Porto de Nacala...............................................................................................63
4.3.4.1. Corredor de Nacala.......................................................................................................................64
Aeroporto Nacala.......................................................................................................................................65
Correios e Telecomunicações....................................................................................................................65
Saneamento e Drenagem...........................................................................................................................65
Transportes................................................................................................................................................65
Habitação...................................................................................................................................................65
Fenómenos de Erosão................................................................................................................................66
Saneamento do Meio.................................................................................................................................66
4.3.4.5. Central Flutuante de Produção de Energia....................................................................................67
4.3.4.5.1. Visão Geral do Projecto.............................................................................................................67
4.3.5. A Evolução dos Impostos Internos e Externos na Zona Económica Especial de Nacala.................68
4.3.5.1. Direito ao Gozo dos Benefícios Fiscais e Aduaneiros...................................................................68
4.3.6. 4.3.8. A Contribuição das ZEE’s ao nível dos Impostos Externos e Internos..................................68
4.3.7.1. Comparação das Receitas e Despesas Fiscais..............................................................................70
EQUIPAMENTOS SOCIAIS...........................................................................................................................71
Educação...................................................................................................................................................71
Nível de Cobertura dos Equipamentos Escolares......................................................................................71
Saúde.........................................................................................................................................................71
SÍNTESE DA PROBLEMÁTICA DA CIDADE DE NACALA................................................................................71
Comércio...................................................................................................................................................71
Educação...................................................................................................................................................72
Saúde.........................................................................................................................................................72
Gestão Urbanística.....................................................................................................................................72
Arruamentos..............................................................................................................................................72
Abastecimento de água..............................................................................................................................72
Electricidade..............................................................................................................................................73
Telecomunicações.....................................................................................................................................73
Mercado.....................................................................................................................................................73
5. Considerações Finais.............................................................................................................................74
6. Referências Bibliográficas......................................................................................................................78
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DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Eu, Sérgio Gabriel Mungoi, inscrita na Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos
da Faculdade Católica de Moçambique, sob o código 711200079, declaro por minha honra que o
presente trabalho de investigação é fruto da investigação feita por mim, com a orientação da
minha supervisora, os resultados nela patentes são originais e nunca foram publicados nesta ou
em outra instituição.
O Declarante
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DEDICATÓRIA
Dedico esta dissertação aos meus pais Gabriel Mungoi (em memória) e Irene Chilengue, por
terem me mostrado o caminho da escola, pelo apoio incondicional prestado, pelo amor e carinho
que me foi dedicado para que a minha vida pessoal e académica. Aos meus filhos Mazdo, Irenna
e Hélser pelo afecto, amor e sobretudo pela compreensão nos dias de ausência pela procura do
saber, espero que se inspirem como me inspirara
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus Pai pela saúde, sabedoria, inteligência concedidos
ao longo destes anos de trabalho árduo e difícil para que o culminar do curso fosse com
êxito.
Os meus agradecimentos, vão para a minha orientadora, MSC Delfina das Nevespela
paciência, disponibilidade e ideias sábias, inteligentes e construtivas que me ajudaram a
tornar a minha Dissertação numa realidade.
Aos meus pais pela força, coragem e sobretudo, pelo afecto que depositaram em mim,
vai o meu agradecimento e reconhecimento, que Deus os abençoe.
A minha esposa, Hélia, pela paciência, tolerância abnegada e, sobretudo, pelo afecto,
amor e carinho que depositou em mim vai o meu muito obrigado.
Aos meus filhos, que durante muito tempo sentiram a ausência afectiva, do seu grande
amor “pai” foi por uma causa justa, vos agradeço pela compreensão, afecto e carinho.
Por último, quero agradecer a todos que directa ou indirectamente deram apoio
incondicional, suporte técnico e financeiro e sobretudo confiança necessária para o
término deste trabalho.
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LISTA DE ABREVIATURAS
ONU-
ONGs –
4
5
IRPS-
IRPC-
SISA-
PIB-
IVA-
EZEEN
UNCTAD -
5
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LISTA DE GRÁFICOS
6
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ÍNDICE DE TABELAS
7
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RESUMO
O presente trabalho de dissertação teve como objectivo avaliar o papel dos Benefícios
Fiscais no desenvolvimento socioeconómico da Zona Económica Especial de Nacala. O
problema que norteou a pesquisa consistiu em analisar qual é a contribuição dos
benefícios fiscais no desenvolvimento socioeconómico da Zona Económica Especial de
Nacala e do país. Utilizou-se o método indutivo, quanto a abordagem a pesquisa é
qualitativa e quanto aos objectivos a pesquisa é exploratória. Quanto aos procedimentos
foram seleccionados as técnicas de entrevista semi-estruturadas e observação directa.
Foram recolhidos dados secundários e primários, com auxílio da pesquisa bibliográfica
e análise documental, assim como o estudo de caso. Para obtenção de informações
respeitantes ao universo de 194 empresas aprovadas entre 2009 a 2021, recorreu-se às
informações dos Governos Distritais que acomodam a ZEE e outros actores que operam
directamente com essas empresas, desde a aprovação, controle e formulação de
estatísticas das ZEE. Os resultados da pesquisa mostram que as Zonas Económicas
Especiais podem atrair as Investimento Directo Estrangeiro serem bem-sucedidas se
houver decisões institucionais e económicas que impliquem na promoção de políticas
públicas, que possuem papel importante na abertura económica e na alocação de
investimento com um cenário atraente aos investidores, tanto nacionais como
internacionais. Apesar da existência de benefícios fiscais estabelecidos naquelas zonas
as empresas não conseguem caminhar sozinhas, elas apresentam dificuldades finanças e
sem políticas estratégicas de desenvolvimento e regrediram a sua capacidade de
empregabilidade e no impacto na vida da população local.
Palavras-chave: Desenvolvimento socioeconómico. Benefícios Fiscais. Zonas
Económicas Especiais.
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ABSTRAT
This dissertation aimed to evaluate the role of Tax Benefits in the socioeconomic
development of the Special Economic Zone of Nacala. The problem that guided the
research was to analyze what is the contribution of tax benefits to the socioeconomic
development of the Special Economic Zone of Nacala and the country. The inductive
method was used, regarding the approach, the research is qualitative and regarding the
objectives, the research is exploratory. As for the procedures, semi-structured interview
and direct observation techniques were selected. Secondary and primary data were
collected, with the aid of bibliographic research and document analysis, as well as the
case study. In order to obtain information regarding the universe of 194 companies
approved between 2009 and 2021, information from the District Governments that
accommodate the ZEE and other actors that operate directly with these companies was
used, from the approval, control and formulation of statistics of the ZEE. The research
results show that Special Economic Zones can attract Foreign Direct Investment to be
successful if there are institutional and economic decisions that imply the promotion of
public policies, which play an important role in economic opening and in the allocation
of investment with an attractive scenario to investors, both national and international.
Despite the existence of tax benefits established in those areas, companies cannot walk
alone, they have financial difficulties and without strategic development policies and
have regressed their employability capacity and impact on the lives of the local
population.
Keywords: Socioeconomic development. Tax benefits.Special Economic Zones.
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A ideia do autor supra, antecipa a opinião, predominante nos dias de hoje, de que
excesso de Benefícios Fiscais afecta negativamente a arrecadação de receitas a curto
prazo. Contudo, diversos estudos evidenciam que tais benefícios proporcionam um
aumento do fluxo de IDE e, consequentemente, aumentam as receitas de imposto a
longo prazo. Porém, para Morisset e Pirnia (citado por Biggs, 2007), estas políticas nem
sempre têm o efeito desejado, uma vez que só acabam por compensar as fraquezas da
estrutura económica e comercial dos países.
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vontade política de que os mesmos vigorem a longo prazo, favorecendo certos sectores
ou actividades económicas. São exemplo dos Benefícios Fiscais de carácter estrutural os
Benefícios Fiscais relativos à criação de emprego, à poupança, ao sistema financeiro e
aos bens imóveis. Por outro lado, os Benefícios Fiscais de carácter temporário têm uma
vigência mais delimitada e abrangem, nomeadamente, incentivos à reabilitação urbana e
despesas com equipamentos de energias renováveis.
Em Moçambique, o Código de Benefícios Fiscais foi aprovado pela Lei n.º 4/2009, de
26 de Dezembro e regulamentado pelo Decreto n.º 56/2009, de 7 de Outubro. Tais
Diplomas estabelecem os conceitos e princípios que norteiam os Benefícios Fiscais.
Neste contexto, percebe-se que as isenções fiscais são excepções às normas tributárias
gerais, tendo como objectivo promover metas económicas e sociais relevantes. Por meio
do aproveitamento dessas isenções ou da busca activa por criação e expansão de
investimentos, almeja-se contribuir para a construção de uma sociedade mais
equilibrada e justa, além de incentivar comportamentos desejáveis na sociedade, como o
desenvolvimento de áreas estratégicas, protecção ambiental, entre outros.
No entanto, os que vigoram na Zona Económica Especial de Nacala são os que constam
da alínea e) -Isenções nos Direitos Aduaneiros e Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA), na importação de activos de capital e Matéria-Prima, incluindo nas operações
internas desde que seja para a prossecução da actividade principal e cumulativamente
das alíneas e) e f) -Isenção e/ou Redução do Imposto sobre Rendimento, sobre os lucros
das empresas.
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De uma forma geral e sem o rigor da lei específica de cada país, as Zonas Económicas
Especiais podem ser consideradas como espaços geográficos delimitados dentro de um
mesmo território, mas que possuem condições estratégicas suficientes para a sua
instituição, estes espaços se beneficiam de leis de investimentos, industriais, comerciais
e tributação específicas em conformidade com cada país e com o objectivo primário de
gerar desenvolvimento em diversos domínios (Rocha, 2020).
Segundo FIAS (2008), esta prática foi adoptada pela China a partir de 1979, com a
criação de quatro Zonas Económicas Especiais que tiveram a sua quota de sucesso.
Depois da Política de Portas Abertas implementada por Deng Xiaoping e da criação
destas Zonas Económicas Especiais, a China tornou-se o segundo maior importador de
energia e recursos naturais. Aliado a este facto, a entrada da China na Organização
Mundial do Comércio obrigou a China a reorganizar a sua imagem perante o mundo.
Este conceito tem uma similaridade com o conceito de Zona Franca Industrial
entretanto, a diferença reside no facto de as ZFI serem exclusivamente para a
exportação, portanto, tratam-se, essencialmente, de conceitos jurídicos que abarcam
áreas geográficas, as ZEE’s e as ZFI’s, de livre comércio de importação e exportação,
em regime especial, para as entidades certificadas e estabelecidas com a finalidade de
criar exclusão dentro de um território aduaneiro, gozando as mercadorias importadas
que se destinem às entidades certificadas para operar nas ZEE ou nas ZFI de suspensão
de direitos aduaneiros e demais imposições.
Nos conceitos acima referenciados, embora cada autor ressalte um e outro aspecto
diferente, é possível entender que, de forma objectiva há unanimidade no entendimento
dos autores, as ZEE são criadas com a finalidade de impulsionar o desenvolvimento de
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um país, e para o efeito, devem ser criadas estratégias voltadas para uma região
económica, porquanto, por intermédio desta propulsão, outras regiões poderão ser
articuladas, de modo a influenciar não apenas a região, mas a economia nacional de
forma ampla.
Ainda por meio das definições, percebe-se que os autores têm o entendimento de que,
por intermédio das Zonas Económicas Especiais, é possível promover transformações
positivas nas áreas onde são implantas e promover o desenvolvimento socioeconómico.
O conceito das Zonas Económicas Especiais (ZEE) foi sofrendo várias alterações ao
longo dos tempos, pelo facto de estas terem assumido diversas variantes, conforme
apresentado na tabela abaixo.
(ZETI)
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Segundo Wang (2013), as isenções fiscais foram aplicadas nos termos do Regulamento
às ZEE’s e ZFI’s, e destacam-se como principais benefícios e incentivos ao
estabelecimento de operação das empresas a partir destas áreas geográficas, como
sendo:
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2.2 Isenções Fiscais como Incentivo ao Investimento Privado nas ZEE’s em Nacala
Porto e Nacala-à-velha
De acordo com Rosário (2014), por conta dos incentivos fiscais concedidos em Nacala,
até 2011 a ZEEN tinha atraído 400 milhões de dólares, em apenas dois anos de sua
existência.
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Em 2013 o país teve a pior colocação ocupando a 146º posição, entre 190 países, e em
2015 o país teve a sua melhor classificação, ocupando a 127º posição. A maior causa
deste declínio foi a crescente dificuldade observada na obtenção da energia eléctrica.
Apesar de que os indicadores em geral pioraram de 2008 a 2021, deve-se salientar que o
indicador de “Protecção de Investidores” foi bom, situando-se na 52ª posição entre os
190 países, e o de “Iniciando negócios” subiu da 125ª posição de 2008 à 95ª em 2014.
146
139 138 138 138
137
135
132 133
127
2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021,
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Neste aspecto, as estatísticas trazidas por Wang (2013), apontam que as ZEEs atraíram
65,6% do montante total de IDE na China em 1980, e teve uma diminuição na década
de 1990 fruto da criação de outros tipos de ZEEs como as de alta tecnologia.
Não muito distante em termos numéricos, Salvador (2011) afirma que no período de
2004-2007, mais de 64,89% do total de IDE atraído era proveniente das indústrias
manufactureiras, o que mostra que a aglomeração de empresas numa ZEE teve grande
impacto na atracção de IDE.
Neste contexto que, Ge (1999) enfatiza que, para o alcance dos objectivos amplos, no
caso da China, as Zonas Económicas Especiais foram estruturadas para implantar
actividades comerciais com instalações voltadas à indústria e ao comércio, mas também
dotadas de infra-estruturas sociais que permitissem a permanência dos trabalhadores
com políticas sociais tais como: moradias e fixação das pessoas no local de trabalho, a
educação dos moradores e de seus filhos, através de escolas de níveis diferenciados,
melhoria de saúde, com hospitais a providenciar serviços de qualidade e ambiente de
melhoria de qualidade de vida.
Segundo, Massingue (2012), os fluxos de IDE por ano atingiram um nível histórico de
890 milhões dólares, em 2009 e foram responsáveis por cerca de 72% do volume de
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exportações, facto que mostra que o peso das exportações sem mega-projectos é
relativamente estático.
Uma análise mais profunda sobre trazida pelo mesmo autor, sugere que as províncias os
mega -projectos tendem a absorver acima de 70% do total do investimento na província
de Nampula, onde se localiza a Zona Económica Especial.
Corroborando com a ideia, Reis (2015), refere que a atribuição de incentivos fiscais é
uma fonte essencial para a alavancagem das economias por meio da criação de novos
postos de emprego, implementação de novos produtos no mercado, inovação e
criatividade na exploração de novos mercados, desta forma, o investidor contribui para a
sua comunidade em várias formas, seja através do oferecimento de produtos a baixo
custo e criação de infra-estruturas sociais.
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No entanto, para Belchior (2015), esse equilíbrio é tido como utópico em grande parte
dos países da África Subsaariana, onde as realidades socioeconómicas e sociopolíticas
têm-se mostrado perversas para grande parte da população onde os ganhos do
crescimento da actividade económica e do Produto Interno Bruto (PIB) não se reflectem
na melhoria das condições de vida das suas populações.
García & Lora (2009), rematam que operações de conduzidas a partir das Zonas
Económicas Especiais se revestem de vastíssima importância no desenvolvimento e
crescimento económico. Tal foi o exemplo da China que ao implementar aspectos
específicos das suas estratégias se desenvolveu com base na política económica baseada
na atracção do investimento exterior, no estabelecimento de infra-estruturas sociais e da
mão-de-obra de modo a facilitar o desenvolvimento de pólos de crescimento regionais e
corredores de desenvolvimento, que se tornaram a parte da estratégia económica do país
Segundo Aggarwal (2007), a criação de emprego de forma indirecta por parte das ZEEs
afectam vários sectores da economia, desde transporte, comunicação, automóvel,
aviação civil, turismo, embalagem, bancos ou seguros para mão-de-obra qualificada e
não qualificada.
Existem três canais pelos quais as ZEE’s geram impacto positivo na criação de
empregos, tais como: (i) geram fundos de desenvolvimento que facilitam a geração de
actividades económicas e de emprego; (ii) elas também geram actividade económica
fora da zona com a transformação dos fundos de investimento em activos fixos e
compra de insumos e serviços para o resto da economia, e (iii) com a geração de
rendimentos adicionais, causa o aumento pela procura de vários bens e serviços como
habitação, educação e saúde, todos com efeitos multiplicadores sobre o rendimento e o
emprego. Dados estatísticos sobre a evolução de emprego nas Zonas Económicas
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Especiais mostram que só em 2007, foram criados mais de 68 mil empregos directos em
todo o mundo (Zeng, 2016), em 2008 os números chegaram a 114,000 (Farole &
Akinci, 2011).
No entanto, o número de emprego chegou a atingir a um total de 31.140 mil nos Balcãs
Ocidentais (OCDE, 2017). A constante formação do capital humano é de extrema
importância, uma vez que as ZEE’s facilitam a criação de mão-de-obra industrial
intensiva, e segundo Warr e Menon (2016), sendo que, os trabalhadores com salários
mais altos são os quadros formados e com um conjunto de condições de trabalho que
lhes permite uma qualidade de vida melhor.
Refira-se que existe um regime laboral para o exercício de actividades nas ZEE’s e é
permitida a contratação de trabalhadores estrangeiros, devendo os operadores e
empresas que exercem actividade na ZEE comunicar as entidades competentes, para
efeitos de autorização, através do GAZEDA.
É de referir que, o início da actividade dos trabalhadores estrangeiros nas ZEE’s pode
verificar-se antes da competente autorização, devendo esta ser requerida, através do
GAZEDA, no prazo máximo de 15 dias contados da data do início de actividades do
trabalhador estrangeiro. Contudo, a admissão de trabalhadores estrangeiros é possível
somente quando não haja nacionais que possuem as qualificações exigidas ou o seu
número seja insuficiente. Uma vez aprovado; será concedido direito de residência
permanente no país aos investidores autorizados e seus representantes, extensivo ao
cônjuge e filhos menores.
São designadas por Receitas fiscais quaisquer quantias geradas num determinado
período de exercício resultantes da exploração de actividade de projecto de
investimento, tais como lucros, dividendos “royalities” e outras eventuais formas de
remuneração associadas à cedência de direitos e utilização de tecnologias e marcas
registadas, bem como de juros e outras formas de retribuição de investimentos directos e
indirectos com base nos resultados de exploração da actividade do respectivo Projecto
(Lei n˚3/93 sobre Investimentos em Moçambique). As receitas fiscais são geradas no
âmbito da ZEEs de forma diminutiva como resultado das isenções fiscais ao
investimento privado.
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Entende-se que as receitas fiscais podem ser geradas por meio de actividades de
projectos de investimento durante um período específico, incluindo lucros, dividendos,
royalties e outras formas de remuneração relacionadas à transferência de direitos e uso
de tecnologias e marcas registradas. Além disso, incluem juros e outras formas de
retorno de investimentos directos e indirectos, com base nos resultados da exploração
do projecto.
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É desta feita que, as Zonas Económicas Especiais, embora sejam regiões com isenção,
possuem o contributo na arrecadação de receitas para os cofres do Estado e
consequentemente para o crescimento económico dos países que implementaram.
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De acordo com Reis (2015), a atribuição de incentivos fiscais é uma fonte essencial para
a alavancagem das economias por meio da criação de novos postos de emprego,
implementação de novos produtos no mercado, inovação e criatividade na exploração de
novos mercados, desta forma, o investidor contribui para a sua comunidade em várias
formas, seja através do oferecimento de produtos a baixo custo e criação de
infraestruturas sociais.
Esse equilíbrio é tido como utópico em grande parte dos países da África Subsaariana,
onde as realidades socioeconómica e sociopolítica têm-se mostrado perversas para
grande parte da população onde os ganhos do crescimento da actividade económica e do
produto interno bruto (PIB) não se reflectem na melhoria das condições de vida das suas
populações.
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Diz ainda o autor acima citado que, indicadores sociais tanto podem ser apresentados de
forma desagregada, sobretudo quando se busca explicitar com maior precisão
determinados aspectos e especificidades, como podem ser apresentados de forma
agregada, principalmente quando se busca sintetizar e comparar dados. Diz ainda o
autor que essencial para o resultado analítico não é o número de indicadores utilizados,
mas a qualidade e os parâmetros dos indicadores.
Isso significa que, nessas condições, há um ajuste equilibrado entre oferta e demanda,
assim como entre poupança e investimento, de modo que o crescimento da economia
acompanha o ritmo de acumulação do capital, mas sem criar diferenças expressivas nos
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Com base nessa linha de raciocínio, ao trazer o capital para Nacala, foram introduzidas
qualificações inovadoras de padrão internacional no país. No entanto, se o consumo ou
uso dessas tecnologias se limitar aos distritos que compõem a ZEE, o retorno do capital
será baixo. Muitas dessas tecnologias têm origem em países onde o retorno do capital é
elevado.
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A abordagem de portfólio industrial para o IDE pode reagir a essa teoria inicial de
inovação, uma vez que não são eventos exclusivos no processo. A inovação e a
industrialização estão associadas sendo complexo enfatizar os aspectos diferenciais. No
entanto, o movimento do capital não é unidirecional. O capital se move de países onde o
retorno sobre o capital é alto para países onde o retorno sobre o capital é baixo e vice-
versa.
Amartya Kumar Sen, defende que o desenvolvimento deve ser também como um
processo de alargamento das liberdades reais de uma pessoa e de uma sociedade em
geral. Para este pensador, o desenvolvimento económico não consiste apenas no
crescimento do PIB, é preciso que esse crescimento por meio da modernização
tecnológica e industrialização se reflita no aumento das receitas pessoais e na
modernização social (Sen, 2000) citado por (Freitas, Cassol, & Conceição, 2016)
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Essas diferentes teorias que foram apresentadas por diferentes pesquisadores podem
explicar o desenvolvimento socioeconómico almejado na Zona Económica Especial de
Nacala. No entanto, as teorias analisadas conjuntamente se encaixam no propósito pelo
qual foram criadas as ZEE.
Esta secção assegura o corpo do estudo, nele são apresentados os estudos realizados por
outros autores visando teorizar, as conclusões por eles levantados sobre os Benefícios
Fiscais No desenvolvimento socioeconómico no mundo e em Moçambique, como
podemos depreender a seguir.
O estudo que se realizou entre países nos países membros da União Monetária do
Caribe Oriental por Chai e Goyal (2008), utilizou pesquisas primárias que envolveram
os próprios investidores que receberam algum tipo de pacote de incentivos estudo
conjunto da rede de justiça África e da Action Aid International sobre a concorrência
fiscal no leste da África indicou que Quénia, Uganda, Tanzânia e Ruanda estão
perdendo até US$ 2,8 bilhões por ano devido aos incentivos fiscais que oferecem às
empresas. Portanto, eles sugerem que esses tipos de incentivos devem parar porque são
caros e ineficientes.
Algumas isenções fiscais foram oferecidas para investidores estrangeiros que depois
abandonaram os projectos. Este poderia ser um forte argumento contra os esquemas de
incentivo, pois mostrou um resultado real de experimento natural, concentrou em países
31
32
Madies e Dethier, 2010) Alguns dos pesquisadores tentaram identificar qual tipo de
incentivo funciona melhor em vez de generalizar, no seu estudo sobre a eficácia dos
incentivos fiscais para atrair IDE em 16 países da África Subsariana, para o período
1990-2000, usando dados agrupados, constatou que entre os incentivos fiscais as
isenções fiscais foram muito efectivos enquanto as outras concessões parecem causar
um efeito adverso especialmente em países que ofereceram muitas concessões.
O estudo recomendou que os países sejam selectivos em seus incentivos fiscais e sob
certas condições os incentivos fiscais aumentam o investimento; criar oportunidades de
emprego e levar ao crescimento geral. Segundo eles, devem ser dados incentivos para
empresas estrangeiras que se dediquem a actividades com forte potencial de
transbordamento, actividades que criem vínculo entre empresas locais e estrangeiras,
educação, formação.
Os incentivos fiscais podem ser políticos bons e apropriadas para atrair IDE para os
países em desenvolvimento. Ele justificou a eficácia dos incentivos abordando os
principais argumentos apresentados pelos opositores aos incentivos fiscais. Portanto,
não são os incentivos que são ineficazes, mas sim a administração e a implementação
dos incentivos que não são eficazes.
Além disso, ele argumenta que os incentivos não são dados como compensação a outros
determinantes do IDE, mas sim como um acréscimo a outros esforços de política. Taxa
de juros, inflação, abertura de mercado, infraestrutura, custo de produção,
disponibilidade de recursos naturais ou insumos para produção, localização do país são
variáveis comuns utilizadas por muitos pesquisadores quando estudam o efeito dos
incentivos fiscais sobre o IDE.
32
33
Entre os estudos que encontraram um impacto insignificante dos incentivos está uma
ampla análise efectuado pelo Banco de Moçambique que desenvolveu em 2018 uma
pesquisa denominada Reflexão sobre a Dinamização das Zonas Económicas Especiais
(ZEE) em Moçambique: O Caso da ZEE de Mocuba.
Com este tema, pretendia-se com o tomar um debate o papel das ZEE na atracção de
investimento, promoção de emprego e aceleração do processo de transformação e
desenvolvimento económico na província da Zambézia, em particular, e na economia
nacional.
Adicionalmente, percebe-se que ambas pesquisas tiveram como principal foco avaliar o
papel dos Benefícios Fiscais no desenvolvimento socioeconómico das ZEE e é nesta
perspectiva que a pesquisa realizada pelo Banco de Moçambique, se relaciona com a
nossa temática (avaliar a contribuição dos benefícios fiscais no desenvolvimento
socioeconómico de Nacala).
33
34
3.1.1 Quanto ao Método, usou-se o método indutivo por ser importante e fundamental
na simplificação do estudo, pois a partir de uma indução incompleta de casos estudados
pode-se concluir uma certa verosimilhança com outros não estudados. No caso em
análise partiu-se de pesquisas de realidades particulares e foi feita a inferência (indução)
dos resultados dos mesmos na ZEE de Nacala considerando-se como um caso
semelhante, sem considerar as suas características peculiares.
Portanto, o método indutivo faz aproximação dos fenómenos caminha geralmente para
planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e
teorias (conexão ascendente).
Segundo Freitas (2013), o método indutivo é aquele que parte de análises singulares e a
partir destas chega a conclusões plurais. Observa factos e fenómenos e analisa com o
34
35
Pesquisa Qualitativa
Corroborando, Flick (2009), refere que o perfil da pesquisa qualitativa usa o texto como
material empírico (ao invés de números) parte da noção da construção social das
35
36
Pesquisa Exploratória
A pesquisa, quanto aos objectivos foi do tipo exploratória que para Zikmund (2000 citin
Oliveira), os estudos exploratórios, geralmente, são úteis para diagnosticar situações,
explorar alternativas ou descobrir novas ideias. Esses estudos são conduzidos durante o
estágio inicial de um processo de pesquisa mais amplo, em que, o pesquisador procura
esclarecer e definir a natureza de um problema e gerar mais informações que possam ser
adquiridas para a realização de futuras pesquisas conclusivas.
36
37
A observação directa foi uma técnica usada para verificar como foi operacionalizado o
investimento em Nacala com destaque para o desenvolvimento económico e social.
Foram também utilizadas diferentes técnicas de levantamento de dados, primários e
secundários − revisão e análise bibliográfica e documental. A triangulação das
diferentes fontes de dados permitiu obter o máximo de informações pertinentes
possíveis, constituindo uma base de dados sobre o tema em estudo (Baldin & Munhoz,
2011).
Pesquisa Bibliográfica
37
38
Parte dos estudos exploratórios podem ser definidos como pesquisas bibliográficas,
assim como certo número de pesquisas desenvolvidas a partir da técnica de análise de
conteúdo (Gil, 2008).
Análise Documental
Os documentos são instrumentos para uma melhor compreensão da sociedade,
especialmente no que tange à dimensão temporal, considerando indivíduos, grupos e o
conhecimento do contexto do estudo (Cellard, 2010; Minayo, 2009; Fairclough, 2008;
Gil, 2009).
Nesta fonte, o pesquisador busca identificar informações a partir das questões e
hipóteses de interesse, por meio de tratamento analítico de leitura repetitiva, guiadas por
perguntas norteadoras e baseando-se em concepção teórica que possibilite a
compreensão da realidade (Silva, 2009).
O documento não é inerte, mas maleável, possibilitando uma análise crítica sobre à
problemática em estudo. Nenhum documento é neutro, sendo importante entender como
foi criado e para quê; a autenticidade, legitimidade e confiabilidade das informações que
contém; bem como os conceitos chaves que emergem do texto.
38
39
Entrevista semi-estruturada
Segundo Cervo & Bervian (2002), a entrevista é uma das principais técnicas de colectas
de dados e pode ser definida como conversa realizada face a face pelo pesquisador junto
ao entrevistado, seguindo um método para se obter informações sobre determinado
assunto.
As entrevistas sem-iestruturadas podem ser definidas como uma lista das informações
que se deseja de cada entrevistado, mas a forma de perguntar (a estrutura da pergunta) e
a ordem em que as questões são feitas irão variar de acordo com as características de
cada entrevistado. Geralmente, as entrevistas semi-estruturadas baseiam-se em um
roteiro constituído de “(...) uma série de perguntas abertas, feitas verbalmente em uma
ordem prevista” (Laville & Dionne, 1999, p.188, citado por Oliveira, 2011).
Nesta perspectiva podemos entender dos autores acima que as entrevistas semi-
estruturadas suscitam grande interesse e tem sido de utilização frequente pois “os
entrevistados expressam seu interesse de forma relativamente aberta do que uma
entrevista padrão ou num questionário. A entrevista semi-estruturada não sugere uma
39
40
Observação Directa
40
41
Para esta pesquisa foi aplicado um estudo de Caso. Geralmente é caracterizado por
estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objectos, de maneira a permitir o seu
conhecimento amplo e detalhado sobre o fenómeno que se pretende estudar, tarefa
praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados (Gil,
2008).
De acordo com Yin (2005), o estudo de caso é um estudo empírico que investiga um
fenómeno actual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o
fenómeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias
fontes de evidência.
O estudo de caso vem sendo utilizado com frequência cada vez maior pelos
pesquisadores sociais, visto servir a pesquisas com diferentes propósitos, tais como:
a) Explorar situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos;
O estudo de Caso aplicado a esta pesquisa recai sobre a ZEE de Nacala que alberga dois
Distritos, nomeadamente Nacala Porto e Nacala-à-Velha, o que permitiu um
conhecimento profundo sobre a temática pesquisada e perceber como os benefícios
fiscais contribuem no desenvolvimento socioeconómico.
3.1.6.1 População
41
42
Importa referir que os elementos da amostra foram extraídos deste universo de empresas
não se observou a extração por cálculos e por se tratar de uma pesquisa qualitativa, a
determinação dos participantes está ao critério do pesquisador (amostra probabilística
intencional. Nesta pesquisa, não se faz nenhuma generalização dos resultados, os dados
não são numéricos, portanto, não interessa o tamanho da amostra, mas a qualidade dos
resultados que se possa obter desta mesma.
3.1.6.2 Participantes
Fortin (1999) refere que amostra é um subconjunto dos indivíduos de uma população
alvo, que permite inferir as propriedades do total do conjunto. Pode-se entender de
amostra segundo este autor como parte de população.
De facto, considera-se que não tem muito sentido falar de amostragem, pois não se
procura uma representatividade estatística, mas sim uma «representatividade social»
(Guerra, 2006).
Para a obtenção e selecção dos elementos da amostra foi usada a técnica de amostragem
probabilística intencional, que segundo Ferreira (1998) é aquela em que o pesquisador
42
43
tem a prorrogativa de escolher os elementos que farão parte do estudo, isto é, depende
do julgamento próprio do pesquisador a selecção dos membros de amostra.
Para tal, perseguindo os objectivos desta dissertação foram selecionados nove (9)
instituições que actuam na Zona Económica Especial de Nacala. Os participantes
seleccionados são os que detêm a informação privilegiada sobre o fenómeno a ser
pesquisado no âmbito desta pesquisa.
43
44
45
46
46
47
47
48
1.
2.
3.
4.
4.1.1. Localização
48
49
porto natural da costa oriental de África, com impacto económico não só para a região
norte de Moçambique, como também para os países vizinhos como Malawi e Zâmbia.
ACTIVIDADES ECONÓMICAS
4.1.1. Agricultura
4.1.1. Pecuária
4.1.1. Pesca
A pesca com maior expressão é a artesanal, praticada na Baia de Nacala. Esta pesca
desempenha um papel de relevo no abastecimento de proteína animal, na geração de
empregos e na fixação das populações. Verifica-se uma forte relação de
complementaridade entre a actividade agrícola e a pesqueira.
4.1.1. Comércio
50
51
4.1.1. Indústria
4.1.1. Artesanato
Esta actividade é praticada de forma singular e isolada, os praticantes tem uma produção
diversificada. Em alguns casos os artesãos estão organizados em associações. O
artesanato é exercido informalmente e constitui uma alternativa para o auto emprego,
destacando-se a tecelagem, cestaria, olaria, ourivesaria entre outras actividades
espalhadas por todo município.
4.1.1. Turismo
51
52
som ao vivo promovido pelo músicos locais e convidados de outras Cidades do país.
Este local carece espaço suficiente para dar resposta a demanda dos turistas e população
jovem que procuram se recrear.
Neste âmbito, foram aprovados, durante os anos de 2009 a 2021 totalizam 194 (APIEX,
2023). Os mesmos são repartidos em anos, conforme os quadros abaixo:
200 201 201 201 201 201 201 201 201 201 201 202 202
9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1
ANO
Nº 11 22 8 22 47 27 17 8 8 7 8 5 4
52
53
Projectos
Fonte: APIEX (2023)
Durante o período em análise, nota-se que o ano de 2013 foi o ano em que houve a
maior percentagem de projectos aprovados para adquirirem o certificado de EZEE com
24% devido a abertura acentuada da informação da existência da ZEEN com seminários
de divulgação dentro e fora do país e também com a aprovação do projecto da linha
férrea que liga Moatize na província de Tete ao Porto de Nacala-à-Velha e o pico nas
obras de construção do Aeroporto Internacional de Nacala. A seguir foi a ano de 2014
com 14% que foi início da construção do Porto de Nacala-à-Velha com o aparecimento
de várias empresas âncoradas que serviram de base a implementação do projecto e da
criação e construção de novas instâncias para alojar os novos visitantes. A partir desse
período, os números foram decrescendo, devido a conclusão das obras anteriormente
referidas.
Nº Projectos
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
2016 2017 2018 2019 2020 2021
3%2% 6%
4%
4% 11%
4%
4% 4%
9%
11%
14%
24%
53
54
Diga-se ainda, que o investimento, pode assumir uma das seguintes formas (desde que
susceptíveis de avaliação pecuniária): numerário, infraestruturas, equipamentos e
respectivos acessórios, materiais e outros bens, investimento com capitais próprios,
cedência de direitos, suprimentos, entre outros (Nino, 2016).
Valores em USD
ANO TOTAL
2009 146 008 411,70
2010 169 397 695,51
2011 31 380 581,67
2012 1 059 612 661,58
2013 323 302 698,21
2014 337 252 017,94
2015 97 658 419,03
2016 323 302 698,21
2017 36 533 026,44
54
55
Para que se possa gozar dos incentivos acima mencionados, e especificamente para a
transferência para o exterior do capital investido e dos lucros obtidos, é necessário que o
investidor cumpra com pelo menos um dos seguintes requisitos:
55
56
Uma vez aprovada a proposta, cujos termos e condições poderão ser alterados pela
entidade decisória competente ou a pedido expresso e fundamentado do investidor,
deve-se:
Devido a adversidades vária ordem bem como a conclusão de grande parte das obras
que se propunham executar as empresas certificadas, 23 empresas cessaram as suas
actividades, reduzindo o numero de empresas certificadas e activas para 169 empresas
na ZEEN.
56
57
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
ANO
EMPRE 460 269 45 598 311 217 124 104 136 83 23 30 96
GO 7 4 5 2 2 6 8 1 6 9 1 0 7
57
58
Na verdade a ZEEN criou de certa maneira empregos, estes não foram rentabilizados
pelos governos locais, pois depois da saída dos investidores sobretudo de capital
estrangeiro o governo teve dificuldades para rentabilizar devido a factores como, alto
índices de analfabetismo, falta de experiência técnico-profissional da população, falta de
orçamento para dar curso aos empreendimentos, entre outros, que fizeram com muitos
dos empregados ficassem sem os seus postos de trabalho.
O representante da CTA afirmou que o ZEEN não saiu de Maputo, pois muitas das
decisões não observam a realidade de Nacala-à-velha e de Nacala Porto, isto é, não
descentralizaram o poder político e decisório, por isso na componente criação de postos
de trabalho, e com a saída dos investidores os empreendimentos não puderam
prosseguir.
Por exemplo, com a saída dos investidores deixaram de funcionar 68 empresas por
várias razões tais como: i) Fim de empreitada com a conclusão da construção do porto
58
59
Observando a tabela acima podemos aferir que o maior numero de empresas fecharam
as suas portas logo depois da conclusão da construção de grandes infraestruturas como:
porto, aeroporto e da linha férrea, entre os anos 2014 e 2016 e o menor numero de
empresas
INFRA-ESTRUTURAS
Rede Rodoviária
A principal rede viária da Cidade de Nacala, assenta sobre a estrada principal – EN12,
asfaltada que liga Nacala a Cidade de Nampula, numa extensão aproximadamente de
200Km, passando por alguns distritos da província, como Monapo, Meconta e
Nampula-Rapale. Esta estrada está em bom estado de conservação, pois beneficiou de
uma reabilitação. Destacam-se também, as vias de circulação interna asfaltadas que
fazem a ligação entre os bairros Bloco I e Naherenque, passando pelos bairros Mocone,
Ribaué e Muzuane, assim como as Estradas que liga Mocone/Mathapué e Maiaia
Houve uma época onde era dito que a grande parte da carga das importações de Malawi
passava pelo Porto de Nacala e o Caminhos-de-Ferro do Norte, entretanto, este volume
de carga tem diminuído até hoje.
Toda essa situação sofreu uma mudança drástica em termos de perspectivas futuras
graças à participação de capital da empresa Brasileira Vale na CDN, com o intuito de
escoar o carvão da Província de Tete até o Porto de Nacala-à-Velha e exportar a partir
daquele Porto.
60
61
O sistema de energia eléctrica beneficia a maior parte dos bairros da cidade, através de
ligações domiciliárias, iluminação pública e ligações industriais. A energia que abastece
a cidade é derivada numa linha de alta tensão que provêm da Barragem de Cahora
Bassa, passando pela cidade de Nampula, alimentando vários distritos da província,
incluindo a cidade de Nacala. Actualmente, existem 45 postos de transformação (PT´s)
com uma capacidade total de 13.238 KVA
O Porto de Nacala localiza-se no extremo sul da Baía de Bengo, uma Baía grande e
abrigada que possui 60m de profundidade e 800m de largura na entrada, com uma
profundidade de 14m, oferece as melhores condições naturais de toda a costa oriental de
África. Não depende de marés e não necessita de dragagens, o que permite a entrada e
saída de navios, sem quaisquer restrições de calado, 24 horas por dia. Entretanto,
actualmente opera abaixo das suas capacidades, estando por isso a ser reabilitada com
auxilio de capitais japoneses do projecto da JICA. Devido à profundidade das suas
águas, permite a ancoragem de navios sem limitações de tamanho, uma vez o Porto é
suficientemente grande para a manobra dos navios. As instalações portuárias estão
sendo melhoradas para tornar possível o manuseamento de um maior volume de tráfego
e que vai permitir maior trânsito de mercadorias para o interland.
61
62
A 15 de Março de 2013, a gestão do porto de Nacala passa a ser feita pela empresa
Portos do Norte, SA, que é constituída por capitais moçambicanos, resultantes da união
de seis empresas nacionais, em que a estatal Portos e Caminhos de Ferro de
Moçambique é o accionista maioritário, ficando a cargo da CDN a actuação no sector
ferroviário e na prestação de serviços de assistência e manutenção, das operações de
reboque e de cabotagem (Gonçalves, 2019).
O Terminal para Granéis Líquidos, sob gestão do CFM, afecto ao cais 4 do Terminal de
Carga Geral, com 9.7 metros, está ligado a depósitos de combustíveis através de um
pipeline com 3,5 Km, e ligado a 2 depósitos para óleos vegetais com uma capacidade
total de 2400 toneladas.
Um dos objectivos deste corredor seria de beneficiar o Malawi com uma conexão mais
curta e fiável ao mar, em alternativa as rotas por Zimbabué e África do Sul. Entretanto
62
63
com a degradação das infraestruturas, este corredor não foi excepção no declínio do
tráfego.
Aeroporto Nacala
Tem um aeroporto militar utilizado parcialmente para voos civis, mas sem nenhuma
infra-estrutura civil. O aeroporto foi construído em 1962, tem uma pista de 2.400 m de
cumprimento, 45 m, e suporta 20 toneladas em eixo.
Correios e Telecomunicações
Saneamento e Drenagem
Em Nacala não existe uma rede de esgotos de águas negras, nas zonas urbanizadas
usam-se fossas sépticas e nas restantes zonas os residentes têm latrinas tradicionais ou
melhoradas e uma grande parte não usa nenhum sistema de saneamento, praticando o
fecalismo a céu aberto em terrenos baldios, valas de erosão (zona urbana) e matas (nas
zonas rurais). O problema é particularmente grave nos assentamentos informais, com
63
64
elevada densidade populacional. A drenagem das águas pluviais segue o curso das vias
de acesso.
Transportes
Moçambique ocupa na sua região um papel de destaque como país costeiro que dá
abertura para o mar aos pontos do interior, principalmente através do grande corredor de
transportes, dos quais o corredor de Desenvolvimento de Nacala. As linhas-férreas do
Corredor de Nacala estão sob a gestão do Corredor de Desenvolvimento de Nacala. O
eixo de transporte é constituído por dois ramais principais e um secundário. O maior
que liga Nacala à Cuamba e a fronteira do Malawi (Entre-Lagos).
Habitação
A proporção de casas em materiais definitivos baixou nos últimos 20 anos (de 15% para
12% - dados dos censos de 1980 e 1997) devido ao crescimento rápido do número de
casas tradicionais. A consolidação progressiva operou-se pelo melhoramento das casas,
ou pela compra dum terreno com uma casa tradicional e subsequente construção duma
casa convencional.
64
65
Fenómenos de Erosão
Grande parte da cidade de Nacala é afectada por uma severa erosão, particularmente os
assentamentos informais. O solo tem pouca resistência, por isso susceptível a erosão,
devido a desprotecção do solo, em declives moderados de 5% e acentua-se
drasticamente acima dos 10%. Todas as zonas não urbanizadas, uma parte das zonas
semi-urbanizadas, urbanizadas da cidade Baixa e próximas do porto estão localizadas
em áreas de declives acentuados, propícia a ocorrência de erosão.
Saneamento do Meio
65
66
O combustível para o Projecto da Central está a ser fornecido de fora do País, por
fornecedores de combustível de boa reputação. A Central, designada Karadeniz
Powership Irem Sultan, possui capacidade instalada de 100±10%MW utilizando óleo
combustível com enxofre baixo ( <%1), está actualmente ancorada na costa de Nacala.
A operação de mobilização da Central e a construção das estruturas em terra foi
completada em 2 meses. A Central está operacional desde 12 de Março de 2016 e irá
operar durante pelo menos 20 anos.
Ainda assim, o fornecimento de energia com recurso a este mecanismo, usando a rede
da EDM Electricidade de Moçambique, não há ainda acessível quando comprada ao
custo nas restantes zonas.
4.3.6. 4.3.8. A Contribuição das ZEE’s ao nível dos Impostos Externos e Internos
66
67
Val
ores em103Mts
Receita Cobrada
Ano Valor Aduaneiro Direitos IVA Total
(Produto Acabado -ZEE)
2017 7.105.035,79 230.315,57 576.970,30 807.285,87 76.405,70
2018 7.529.309,13 218.662,07 484.366,59 703.028,66 97.058,54
2019 8.106.647,52 267.974,90 521.686,54 789.661,44 147.993,12
2020 9.342.459,46 312.965,56 525.950,43 838.915,99 186.252,71
2021 94.429.819,27 2.427.634,07 698.065,31 3.125.699,38 221.286,04
Total 126.513.271,18 3.457.552,16 2.807.039,18 6.264.591,34 728.996,11
Fonte: Autoridade Tributária de Moçambique-Direcção Regional Norte, 2023
Tomando em consideração os dados da tabela acima podemos entender que existe uma
evolução do valor das contribuições dos impostos externos das ZEE’s com o passar dos
anos. Se formos a ver o valor aduaneiro de 2017 evolui na ordem de 87.324.783,48, o
que corresponde a 7,5% de crescimento.
67
68
O mesmo cenário se verifica para as receitas cobradas, em 2017 foi de 76.405,7 mil MT
e em 2021 foi de 221.286,04 mil MT, o que demostra uma variação na ordem de
144.880,34 mil MT comparativamente.
Relativamente aos impostos internos, cujas isenções aplicam se aos lucros obtidos pelas
empresas, as cobranças antes da implantação da ZEE mostraram se inferiores ao período
em que vigorava as isenções como resultado da ZEE.
Valores em103Mts
650 531 822 730 974 606 1 059 894 1 057 709
Tributária 1 514 368 2 165 671 2 857 247 3 830 834 5 030 738
5 053 262 6 540 168 7 032 187 7 316 428 8 765 423
Com base a tabela podemos aferir a no período antes e depois do GAZEDA (2005-
2019), houve uma grande evolução das cobranças dos impostos cobrados pela
Autoridade Tributaria Área Fiscal Norte, pois em 2005 a cobrança foi de 650 531 e em
2019 foi de 8 765 423.
Numa análise custo beneficio, facilmente apura se que os impostos cobrados na ZEEN,
superam a despesa fiscal inerente as isenções.
Valores em103Mts
68
69
Fonte: AT (2023)
Como podemos observar a tabela acima mostra a evolução do valor das contribuições
dos impostos internos e externos das ZEE’s de 2017 a 2021, não nos foram
disponibilizados dados comparativos de períodos anteriores, superam em grande medida
as despesas fiscais. O valor das despesas fiscais aumentou de 478 354,80 Mil Meticais
em 2017 para 240 015,30 Mil Meticais em 2021.
EQUIPAMENTOS SOCIAIS
Educação
69
70
Analisando a cobertura escolar no ano 2009, verifica-se que alguns bairros da cidade,
está longe de responder a procura, em termos de salas de aulas para o nível primário e
há um défice de professores, originado situações de professores com carga horária
acima da aconselhável. Esta situação é mais crítica nos bairros Triângulo e Mocone,
com uma necessidade de 48 e 51 salas de aulas, respectivamente (vede o quadro nº20).
Saúde
Comércio
Educação
Fraca cobertura da rede do ensino primário - EP1 e EPC nas zonas rurais;
70
71
Saúde
O Hospital Geral não tem capacidade suficiente para responder a maior demanda;
Fraca cobertura da rede sanitária nas zonas rurais e periféricas ( Janga, Lile, Mahelene e
Nacurrula).
Gestão Urbanística
Arruamentos
Abastecimento de água
Consumo da água dos rios nos alguns bairros rurais sem nenhum tratamento
prévio desprovidas de sistemas convencionais de abastecimento de água.
Electricidade
71
72
Telecomunicações
Saneamento e Drenagem
Mercado
72
73
5. Considerações Finais
Dada sua natureza exploratória, esta pesquisa tentou descrever e analisar se a atribuição
dos Benefícios Fiscais tem um papel para o desenvolvimento socioeconómico na Zona
Económica Especial de Nacala, que abrange um objecto muito amplo, com a
participação de elevado número de atores. Identificou-se os principais atores nessa
dinâmica – a forma como opera, no país em particular para Nacala.
Assim sendo, acredita-se que a pesquisa contribuiu para o conhecimento dos atores
nacionais e internacionais que actuam nas ZEE’s em Moçambique, sublinhando seu
modus-operandis e as relações existentes entre esses atores.
O factor benefício fiscal é apenas uma forma de atrair empresas para desenvolver
determinada região, mas outros aspectos também podem contribuir para que uma
empresa opte por abandonar sua sede inicial e mudar-se para outro estado. Dentre estes
factores são identificados com a mesma importância dos benefício fiscais, os factores da
proximidade do mercado e o custo da mão-de-obra.
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6. Referências Bibliográficas
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