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ACE: INCLUSÃO

Professor Ma. Thais Regina Ravazi de Souza


AUTORA

Professor Ma. Thais Regina Ravazi de Souza

● Doutoranda em Práticas Sociais pela UEM – Universidade Estadual de Maringá.


● Mestra em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar pela Unespar – Universidade Estadual do Paraná,
campus Paranavaí.
● Graduada em Letras (Português e Inglês) pela Unespar – Universidade Estadual do Paraná, campus
Paranavaí.
● Graduada em Educação Física pela Fafipa - Faculdade Estadual de Educação, Ciência e Letras de
Paranavaí.
● Especialista em Educação Especial pela Faculdade Iguaçu.
● Coordenadora do Núcleo Cuidados e Vida.
● Coordenadora dos cursos de Educação Física na UniFatecie.
● Coordenadora de Estágios em Educação Física na UniFatecie.
● Professora Orientadora do TCC - Trabalho de Conclusão de Curso na UniFatecie.
● Atuou como professora da Facinor – Faculdade Intermunicipal do Noroeste do Paraná, Loanda, na
disciplina de Educação Física Adaptada.
● Atuou como professora no Centro Universitário UniFatecie na disciplina de Educação Física Adaptada,
modalidade presencial.
● Mãe de um filho deficiente auditivo.

Ampla experiência no Ensino Superior, com várias disciplinas específicas do curso, dentre elas Educação
Física Adaptada.

CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/4235186666283161

2
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo (a)!

Caro (a) aluno (a), é com grande entusiasmo que o (a) convido a embarcar em um
estudo empolgante da disciplina de ACE - Inclusão, que certamente contribuirá para sua
jornada rumo à tão desejada formação profissional. Proponho que unamos nossos esforços
para explorar os conhecimentos que conectam teoria e prática da Inclusão. Neste material
didático, abordaremos os principais conceitos relacionados às deficiências, exclusão e
inclusão.
A inclusão é uma ação de grande relevância social, pois visa garantir a participação
plena e igualitária de todos os indivíduos na sociedade, independentemente de suas
características, habilidades ou diferenças. Quando aplicado ao contexto educacional, o
conceito de inclusão tem como objetivo principal proporcionar a todos os estudantes uma
educação de qualidade, em que cada um tenha a oportunidade de aprender, se desenvolver
e alcançar seu potencial máximo.
É na escola que os valores de respeito, empatia e igualdade podem ser cultivados
desde cedo, preparando os estudantes para a convivência harmoniosa e o respeito às
diferenças ao longo de suas vidas. No entanto, a inclusão não é apenas responsabilidade
da escola, mas sim de toda a sociedade. A sociedade desempenha um papel fundamental
ao criar condições adequadas para que a inclusão seja efetivada em todos os aspectos da
vida, além do ambiente escolar. Isso implica na criação de políticas públicas inclusivas, na
valorização da diversidade, no combate à discriminação e no estabelecimento de oportuni-
dades equitativas para todos.
Portanto, a inclusão na escola e na sociedade caminham juntas, complementando-
se mutuamente. É necessário promover uma cultura inclusiva que reconheça e valorize
as diferenças, criando espaços em que todos possam participar, contribuir e se sentir
pertencentes. Somente através desse compromisso conjunto, poderemos construir uma
sociedade verdadeiramente inclusiva, no qual cada indivíduo tenha a liberdade e o direito
de ser quem é e de alcançar seu pleno potencial. Por fim, desejamos uma ótima caminhada
de conhecimento e estaremos juntos a vocês no percurso da aprendizagem da disciplina
de ACE - Inclusão.
Muito obrigado e bom estudo!

3
Plano de Estudo:
• Aspectos históricos da Educação Especial e Inclusiva;
• Aspectos legais da Educação Especial e Inclusiva;
• Relação entre a sociedade, família e a inclusão.

Objetivos de Aprendizagem:
• Estudar os aspectos e os conceitos históricos da Educação Especial e Inclusiva;
• Compreender os processos inclusivos no contexto da educação;
• Entender a relevância da relação entre a inclusão e a sociedade;
• Analisar as políticas de inclusão na escola e na comunidade.

4
SUMÁRIO

TÓPICO 1
Aspectos históricos da Educação
Especial e Inclusiva

TÓPICO 2
Aspectos legais da Educação
Especial e Inclusiva

TÓPICO 3
Relação entre a sociedade,
família e a inclusão

5
1
TÓPICO
ASPECTOS HISTÓRICOS
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSIVA

Iniciamos o conteúdo deste material buscando a compreensão do que vem a ser


deficiência, uma vez que como Lopes et al. (2018, p. 09) destaca que a “deficiência pode
ser observada como intrínseca à natureza humana, considerando que quase todas as
pessoas terão uma deficiência de ordem temporária ou permanente”, sendo que este fato
se concretizará em algum momento de sua vida, por este motivo a descrição de deficiência
não é reduzida apenas a uma minoria, instigando reflexões acerca da soberania de um
modelo biomédico pré-estabelecido a ser superado.
A deficiência é discutida há muitos anos, a história como uma testemunha social
apresenta em textos como dos filósofos Platão e Sócrates, iniciais referências à deficiência
intelectual. Em seus escritos “Banquete” e “Fedro”, Platão faz menção ao chamado Manikê
como sendo indivíduos delirantes ou a deficiência do delírio, que na Grécia Antiga, ocupou
um lugar de privilégio, pois por causa desse status o indivíduo se caracterizava como livre
em suas manifestações, mesmo que sob a configuração do irreal (PELBART, 1989).
O também filósofo Hipócrates (460-377 a.C.), o denominado “pai da medicina”,
relacionou o que entendia por loucura a características orgânicas ou naturais, proporcionando
um pioneirismo teórico na relação entre deficiência e origens biológicas (PESSOTI, 1997).
Frayze-Pereira (1993) ressalva que somente no século XIX, depois de muita
incivilidade no tratamento de indivíduos caracterizados como deficientes, pois estes eram
retirados do convívio social e levados a depósitos em navios, Philippe Pinel sugeriu em
sua teoria uma conceitualização da loucura como uma doença da mente que em seguida
seria chamada de deficiência mental. Este fato o tornaria o fundador da Psiquiatria,
proporcionando uma face libertária ou um desencarceramento de pessoas com deficiências
intelectuais que agora tinham espaço, clínicas médicas, para tratamento adequado. Com
isso surgiram os manicômios, que tentavam amenizar os sintomas das deficiências, porém
não havia um respeito às condições individuais de cada paciente.

TÓPICO 1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA 6


Na transição do século XIX para o século XX surge uma inquietação e cuidado com
a linearidade peculiar das diversas deficiências, as categorizando por suas funcionalidades.
As categorias foram organizadas em sete, sendo elas: mania, paresia, epilepsia, melancolia,
monomania, demência e dipsomania (BLACK e GRANT, 2015).
Definir o que é deficiência é um trabalho árduo, pois envolve tipos, graus e aspectos
variados de cada pessoa. Partindo disso, entende-se que o indivíduo possa expor desde uma
pequena até uma extrema dificuldade ou incapacidade de se locomover, de visualizar, de
ouvir ou de entender intelectualmente. Além das deficiências unitárias, é possível encontrar
as múltiplas que envolvem duas ou mais deficiências correlacionadas (ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DA SAÚDE, 2012).
No território brasileiro, até a construção da Constituição Federal de 1988, conceito
como “excepcional” e “deficiente” destinavam-se para identificar pessoas com deficiência,
como vemos nos seguintes artigos:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,


independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: [...] IV
- a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de
sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício
mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir
meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme
dispuser a lei. Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante
a garantia de: [...] III - atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; [...] V - acesso aos níveis
mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade
de cada um.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
[...]
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os
portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social
do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho
e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a
eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos.
§ 2.º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de
uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir
acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência (BRASIL, 1988, p. 122 e
132).

Foi a partir dos anos 2000 que uma abertura para se perceber as pessoas com
deficiência se rotulou como uma forma mais ampla de entendimento, compreendendo os
indivíduos como seres em conectividade com o contexto em que são inseridos socialmente
(FONSECA, 2008).
Em 2015, foi criado o Estatuto da Pessoa com Deficiência, com o intuito de instituir
uma seguridade e “[...] promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e
das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e
cidadania” (BRASIL, 2015, p. 01).

TÓPICO 1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA 7


A criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituído pela Lei n.º 13.146, de 6
de julho de 2015, conferiu o asseguramento dos direitos da pessoa deficiente compatíveis
com suas particularidades, dentro da solidariedade e universalidade, fazendo com que estas
não apenas sejam reconhecidas como cidadãs, mas também que tenham oportunidades de
participação efetiva na sociedade (BRASIL, 2015).
Desde então, essa legislação tem sido fundamental para garantir a proteção e a
promoção dos direitos das pessoas com deficiência no Brasil. O estatuto estabelece uma
série de medidas e políticas públicas que visam garantir o pleno acesso das pessoas com
deficiência à educação, saúde, trabalho, transporte, cultura, esporte e lazer, entre outros
aspectos da vida em sociedade. Além disso, o estatuto prevê a adoção de ações afirmativas
para garantir a igualdade de oportunidades e a promoção da acessibilidade em todos os
setores da sociedade. É importante destacar que o Estatuto da Pessoa com Deficiência
representa um avanço significativo na garantia dos direitos humanos e na promoção da
inclusão das pessoas com deficiência, contribuindo para uma sociedade mais justa e
igualitária (BRASIL, 2015).
Embora há uma busca pela identidade social dos deficientes, é preciso entender que
a deficiência é um conceito. A concepção da deficiência está em constante evolução, sendo
um conceito multidimensional. A participação plena das pessoas com deficiência na vida
comunitária depende do reconhecimento por parte da sociedade de sua responsabilidade
no processo de inclusão. A deficiência é compreendida como uma construção social, indo
além do aspecto biológico. Refere-se à interação entre a pessoa e as barreiras ou facilita-
dores presentes nas atitudes, acessibilidade e tecnologia assistiva, os quais são influencia-
dos pelas políticas públicas em vigor (MAIOR, 2016).
A busca pelos Direitos das Pessoas com Deficiência vai além das abordagens
tradicionais, que se concentram principalmente na perspectiva clínica da deficiência. De
acordo com as convenções, as limitações físicas, mentais, intelectuais ou sensoriais são
vistas como características intrínsecas das pessoas, podendo ou não resultar em restrições
ao exercício pleno de seus direitos. Essas restrições dependem das barreiras sociais e
culturais que possam impedir a participação plena dos cidadãos com essas limitações. Em
suma, a convenção reconhece que a deficiência não é apenas uma questão de condições
individuais, mas também está intrinsecamente ligada às barreiras sociais e culturais que
afetam a inclusão e participação de pessoas com deficiência na sociedade (FONSECA,
2008).
A pessoa com limitação funcional, encontrará oportunidades para realizar atividades
e se envolver na comunidade de acordo com o apoio social disponível. Isso implica que o
ambiente desempenha um papel crucial na imposição da deficiência às pessoas. Portanto,
entende-se que a deficiência é uma questão coletiva e de responsabilidade pública, sendo
obrigação dos países fornecer todas as condições necessárias para garantir efetivamente
o exercício dos direitos humanos. Por exemplo, ao conceber novos espaços, políticas,
programas, produtos e serviços, é essencial que o design seja universal e inclusivo, a
fim de evitar a construção de obstáculos que restrinjam a participação das pessoas com
deficiência (LOPES, 2018).

TÓPICO 1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA 8


De acordo com o Censo do IBGE de 2010, realizado no Brasil, aproximadamente 45
milhões de pessoas, o que corresponde a 23,9% da população, relataram enfrentar alguma
forma de dificuldade funcional. Esse número engloba diferentes tipos e graus de deficiência,
levando em consideração o desempenho nas atividades e domínios pesquisados, como
ter alguma dificuldade, enfrentar grandes dificuldades ou ser incapaz de caminhar e subir
escadas, enxergar, ouvir ou apresentar deficiência mental/intelectual (IBGE, 2012).

FIGURA 1 - MULHER AMPUTADA

Carvalho (2010) destaca os perigos da ampla utilização das expressões


"necessidades especiais" e "necessidades educacionais especiais" por profissionais da
Educação Especial. Ela aponta que essa associação leva a uma categorização ampla, na
qual qualquer pessoa que se desvie dos padrões considerados "normais" passa a ser vista
como tendo necessidades educacionais especiais. Isso pode resultar na percepção de que
esses indivíduos são portadores de deficiência até que sejam rotulados de outra forma.
A imprecisão e a abrangência dessas expressões têm como consequência a expansão
do número de alunos que se enquadram na categoria de necessidades educacionais
especiais, o que faz com que a condição de deficiência seja circunstancialmente atribuída
a eles. Essa crítica destaca a importância de evitar generalizações e rotulações excessivas
na categorização dos alunos com necessidades educacionais especiais. É fundamental
considerar as características individuais e as necessidades específicas de cada aluno, em
vez de atribuir rótulos genéricos que possam limitar sua inclusão e participação plena na
educação. A ênfase está em reconhecer a singularidade de cada aluno e garantir que suas
necessidades sejam atendidas de maneira adequada e inclusiva (CARVALHO, 2010).

TÓPICO 1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA 9


Como já mencionado no tópico anterior, a Lei n.º 13.146/2015, conhecida como
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, com o objetivo de modificar e
complementar a legislação de acordo com os princípios estabelecidos pela Convenção da
ONU. Essa lei enfatiza o direito à acessibilidade, garantindo a educação inclusiva, a provisão
de tecnologia assistiva no âmbito da reabilitação e educação, a avaliação biopsicossocial
da deficiência, o cadastro-inclusão e o auxílio inclusão para estimular a entrada no mercado
de trabalho por parte dos beneficiários do BPC. Além disso, a lei promove o reconhecimento
igual perante a lei, representando um avanço ao determinar a alteração das medidas de
interdição previstas no Código Civil e introduzir o conceito de tomada de decisão apoiada
para preservar a autonomia das pessoas com deficiência intelectual e mental, especialmente
(MAIOR, 2017).
De acordo com a Lei n.º 13.146/2015 em seu art. 4º , toda pessoa com deficiência
tem o direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e está protegida contra
qualquer forma de discriminação. Segundo a legislação, é considerada discriminação em
razão da deficiência toda ação ou omissão que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar,
impedir ou anular o reconhecimento, ou o exercício dos direitos e liberdades fundamentais
da pessoa com deficiência, inclusive a negação de adaptações razoáveis e de fornecimento
de tecnologias assistivas (BRASIL, 2015).

TÓPICO 1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA 10


2
ASPECTOS LEGAIS DA
TÓPICO

EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSIVA

No primeiro tópico desta apostila, estudamos sobre os diferentes momentos históricos


em que o assunto “deficiência” esteve presente como parte fundamental da sociedade.
Neste momento, fomentamos os aspectos legais da Educação Especial e Inclusiva, dando
destaque às políticas públicas, com caráter geral, que buscam posicionar o indivíduo com
deficiência como um cidadão que busca um espaço para existir, sem limitações por causa
das barreiras arquitetônicas das cidades ou por causa das estruturas engessadas da vida
social, cultural e econômicas. Essas barreiras colocam o deficiente em desvantagem frente
à sociedade (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2012).
No excerto que se segue, Lopes et al. (2018, p. 14) ressalva que sob a justificativa
da criação de políticas públicas para a população com deficiência:

[...] as pessoas com deficiência representam 15% da população mundial, o que


significa cerca de um bilhão de sujeitos. Dessa maneira, configura-se na minoria
mais presente no planeta, sendo esse fato promovedor de urgências para a criação,
priorização e seguridade dos direitos, além do estabelecimento de políticas públicas
específicas (LOPES et al., 2018, p. 14).

Partindo deste princípio, as políticas públicas devem garantir alguns benefícios,


dentre eles o assistencial, que é aquele no qual o deficiente se enquadra em parâmetros
socioeconômicos. Alguns destes benefícios se encaixam na isenção de impostos, abertura
de vagas em empresas, vagas em concursos públicos, atendimento prioritário e participação
em eventos esportivos como as Paraolimpíadas (FONSECA, 2008).
Lopes et al. (2018, p. 16) destaca que as políticas públicas podem garantir ambientes
diversos às pessoas com deficiência, para que estas demonstrem duas potencialidades,
consigam apresentar projetos e realizar seus sonhos, com isso “[...] o deficiente poderá
encontrar uma maneira de ser visto enquanto sujeito integral, para além da deficiência”,
serem vistos como cidadãos pertencentes a sociedade com oportunidades e espaço para
seu desenvolvimento social, cultural e econômico.

TÓPICO 2 ASPECTOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA 11


Aspectos legais da Educação Especial e Inclusiva no Brasil são fundamentais para
garantir o acesso, a permanência e a qualidade da educação de pessoas com deficiência
ou necessidades educacionais especiais. Dentre os aspectos legais da Educação Especial
e Inclusiva no Brasil encontramos a Lei 8.742/1993 que estabelece o atendimento às
pessoas com deficiência em vários serviços de assistência social, como as residências
inclusivas, que são modelos de moradia com apoio para a autonomia e vida independente
na comunidade. Essa lei também prevê a concessão do Benefício de Prestação Continuada
(BPC), no valor de um salário mínimo mensal, destinado a enfrentar a situação de extrema
pobreza vivenciada por muitas pessoas com deficiência (MAIOR, 2017).
Lopes et al. (2018) destaca anteriormente a Lei 8.742/1993, a Constituição Federal
do Brasil (1988) que estabelece os princípios fundamentais da educação no país, garantindo
a igualdade de direitos e a inclusão social. Os artigos 205 ao 214 tratam da educação e
podem ser consultados como referência legal. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei n.º 9.394/96) que é uma das principais legislações educacionais do Brasil. O
capítulo V, trata da Educação Especial e estabelece as diretrizes para a oferta de serviços
educacionais inclusivos e especializados. O Decreto n.º 7.611/2011, que regulamenta
o atendimento educacional especializado (AEE) no contexto da Educação Especial e
Inclusiva, define os direitos dos estudantes com deficiência, as responsabilidades do poder
público e os critérios para a oferta do AEE. A Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva que estabelece diretrizes, metas e estratégias para
a implementação da Educação Especial inclusiva no Brasil. Pode ser consultada como
referência para compreender os princípios e fundamentos dessa abordagem educacional.
Já a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência que embora não seja uma
legislação brasileira, a Convenção é um tratado internacional do qual o Brasil é signatário.
Ela estabelece os direitos humanos das pessoas com deficiência, incluindo o direito à
educação inclusiva. Sua incorporação ao ordenamento jurídico brasileiro é importante para
a interpretação e aplicação das leis nacionais.
Os direitos das pessoas com deficiência estão abrangidos em diferentes artigos
constitucionais, tanto em disposições gerais quanto em leis específicas. Políticas de
inclusão, acessibilidade e garantias para surdos, cegos e pessoas com baixa visão possuem
legislações próprias. Além disso, uma parte significativa dos direitos está incorporada,
de forma transversal, em leis gerais relacionadas à saúde, educação, trabalho, proteção
social, cultura, esporte, entre outras áreas. Leis mais recentes abordam especificamente
o tema da deficiência, como é o caso de programas habitacionais públicos e políticas de
mobilidade urbana com acessibilidade (MAIOR, 2015).

TÓPICO 2 ASPECTOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA 12


3
TÓPICO
RELAÇÃO ENTRE A
SOCIEDADE, FAMÍLIA E
A INCLUSÃO ESCOLAR

A trajetória que começa na exclusão até chegar na inclusão é um processo longo,


mas que deu seus primeiros passos por meio da Educação, ou seja, uma Educação inclusiva
(LOPES et al., 2018). Por isso, no primeiro tópico buscamos um enfrentamento teórico e
histórico do que entendemos por deficiência e suas ramificações como a inclusão. Em
seguida, no que concerne ao segundo tópico, conceitualizamos as bases legais e as políticas
públicas debatidas em prol do indivíduo com deficiência. Neste momento, discutiremos
sobre o sujeito enquanto cidadão, inserido do seio familiar, social e educacional.
Já sabemos que os deficientes, por meio de ideias e visões hegemônicas e
preconceituosas, carregaram estigmas que os excluíram ou segregaram da história da
humanidade (GOFFMAN, 1978). Há registros históricos, até pouco tempo, sobre muitos
momentos e processos que excluíram ou exterminaram os deficientes da vida social, foram
assassinados, encarcerados, abandonados e até mesmo utilizados como cobaias em
experimentos desumanos (LORENTZ, 2006).
Conforme mencionado por Lorentz (2006), a origem da educação especial remonta
ao período em que clínicas e instituições foram estabelecidas com o propósito de fornecer
assistência às pessoas com deficiência. Nessas instituições, a ênfase estava na necessidade
de ajustar, modelar, condicionar e até buscar a cura das pessoas com deficiência, antes de
promover sua integração na sociedade. Nessa perspectiva, mesmo com o surgimento de
classes especiais dentro das escolas regulares, o objetivo ainda era segregacionista, pois
a compreensão predominante naquela época era a de preparar as pessoas com deficiência
para o convívio social, visando, posteriormente, sua interação com a sociedade.
A década de 1980 marcou um momento crucial para as pessoas com deficiência,
especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento de considerações relacionadas à
sua educação. Em particular, o ano de 1981 foi designado como o Ano Internacional da
Pessoa Deficiente (termo utilizado naquela época), o que representou um marco inicial

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 13


para a efetivação dos direitos humanos das pessoas com deficiência. Esse acontecimento
despertou nas pessoas com deficiência uma conscientização sobre si mesmas, suas
condições e potencialidades, e a partir daí surgiu uma mobilização política conforme
destacado por (GARCIA, 2004).
Conforme mencionado por Bueno (2006), somente em 1986 ocorreu a substituição
da expressão "alunos excepcionais" por "alunos portadores de necessidades especiais".
Essa mudança na terminologia refletiu uma evolução na compreensão e na forma como as
pessoas com necessidades especiais eram abordadas no contexto educacional.
A Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada
em Salamanca, Espanha, em 1994, teve como objetivo ampliar a discussão iniciada na
Conferência Mundial sobre Educação Para Todos, que ocorreu em 1990. Nessa conferência,
foi elaborada a "Declaração de Salamanca e Linha de Ação Sobre Necessidades Educativas
Especiais", que destacou a importância da difusão dos princípios neoliberais por meio de
políticas públicas. A Declaração de Salamanca de 1994 estabelece uma série de ações
e diretrizes que promovem abordagens educacionais com ênfase na educação inclusiva.
A declaração propõe que todas as crianças, independentemente de suas necessidades
educativas especiais, devem ser incluídas em escolas regulares, a fim de garantir igualdade
de oportunidades educacionais para todos (BREITENBACH, 2012).
A ênfase na educação inclusiva, presente na Declaração de Salamanca, visa promover
uma abordagem que reconheça a diversidade dos alunos e atenda às necessidades de cada
um deles, proporcionando um ambiente educacional que seja acolhedor, acessível e que
promova a participação e o desenvolvimento pleno de todos os estudantes (BREITENBACH,
2016).
De fato, a Declaração de Salamanca de 1994 reconhece que as políticas
educacionais em todo o mundo, não foram capazes de proporcionar a todas às crianças o
acesso à educação obrigatória. Ela destaca a necessidade de modificar tanto as políticas
quanto às práticas escolares, que tradicionalmente se basearam na perspectiva de um
aluno homogêneo. A declaração enfatiza a importância de uma abordagem inclusiva na
educação, reconhecendo a diversidade dos alunos e a necessidade de atender às suas
diferentes necessidades educacionais. Ela ressalta que é fundamental superar a ideia de
que as crianças devem se adaptar a um sistema educacional pré-determinado, e sim que
o sistema educacional deve se adaptar para atender às necessidades de cada criança
(BUENO, 2006).
Ao reconhecer o fracasso das políticas educacionais anteriores em garantir o acesso
universal à educação, Bueno (2006) destaca que a Declaração de Salamanca impulsiona
os países a adotarem uma abordagem inclusiva que valorize a diversidade e promova a
igualdade de oportunidades educacionais para todos os alunos.
Apesar do progresso na inclusão escolar de pessoas com deficiência em escolas
regulares, ainda existe uma defesa persistente das escolas especiais, especialmente para
alunos com deficiência intelectual e múltipla. Isso ocorre porque parte da sociedade ainda
considera o antigo modelo de atendimento mais adequado e utiliza seu poder político para
manter a segregação. A Lei 13.409/2016, recentemente promulgada, tornou obrigatória a

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 14


reserva de vagas para alunos com deficiência nas escolas técnicas e instituições de ensino
superior federais. Espera-se que essa medida reverta a baixa participação de estudantes
com deficiência e promova uma cultura inclusiva nos setores de formação profissional e
acadêmica (MAIOR, 2017).
Segundo Mantóan (2002):

[...] a inclusão escolar, sendo decorrente de uma educação acolhedora e para todos,
propõe a fusão das modalidades de ensino especial e regular e a estruturação de
uma nova modalidade educacional, consubstanciada na ideia de uma escola única.
A pretensão é: unificar o que está fragmentado, dicotomizado, tratado isoladamente
e oficializado em subsistemas paralelos, que mantém a discriminação dentro e fora
das escolas; reconhecer as possibilidades humanas; e valorizar as ‘eficiências des-
conhecidas’ tão comumente rejeitadas e confundidas por não caberem nos moldes
virtuais do ‘bom aluno’” (MANTÓAN, 2002, s/p).

De acordo com Carvalho (2010), é comum identificar os alunos historicamente


associados à Educação Especial como os sujeitos da educação inclusiva. Essa associação
ocorre porque a discussão sobre inclusão tem sido realizada principalmente em fóruns
relacionados à Educação Especial. No entanto, o autor ressalta que a educação inclusiva
não deve se limitar apenas aos alunos da Educação Especial, mas sim abranger todos os
alunos, independentemente de suas características ou necessidades específicas.
A discussão sobre inclusão deve transcender os limites da Educação Especial e
envolver todos os setores da educação, buscando promover práticas inclusivas em todas
as etapas e modalidades educacionais. É necessário ampliar o debate sobre inclusão,
envolvendo diferentes atores e especialistas em diversas áreas, para que a compreensão
e a implementação da educação inclusiva sejam abrangentes e efetivas. A inclusão não se
trata apenas de um modelo educacional, mas também de uma questão social e política,
que busca promover a igualdade de oportunidades e o respeito à diversidade em todas as
esferas da sociedade. Portanto, Carvalho destaca a importância de ampliar o escopo da
discussão sobre inclusão, superando as fronteiras da Educação Especial e englobando
todos os alunos, com o objetivo de promover uma educação verdadeiramente inclusiva
(CARVALHO, 2010).
César (2003) ressalta que a escola deve adotar práticas inclusivas que promovam
a igualdade de oportunidades para todos os alunos, independentemente de suas
características ou condições. Isso significa que a escola deve acolher e acompanhar todos
os sujeitos, levando em consideração aspectos como sexo, cor, religião, origem, condição
física, social ou intelectual. Uma escola inclusiva é aquela que valoriza a diversidade e
reconhece que cada aluno possui necessidades e potencialidades diferentes. Ela busca
criar um ambiente acolhedor e respeitoso, em que todos os alunos se sintam pertencentes
e tenham acesso a uma educação de qualidade.

[...] escola inclusiva é uma escola onde se celebra a diversidade, encarando-a como
uma riqueza e não como algo a evitar, em que as complementaridades das caracte-
rísticas de cada um permitem avançar, em vez de serem vistas como ameaçadoras,
como um perigo que põe em risco a nossa própria integridade, apenas porque ela é
culturalmente diversa da do outro, que temos como parceiro social (CÉSAR, 2003,
p. 119).

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 15


Além disso, a escola inclusiva adota estratégias pedagógicas flexíveis e adaptadas
às necessidades individuais dos alunos. Ela promove a participação ativa e a aprendizagem
significativa de todos, proporcionando os apoios e recursos necessários para garantir o
pleno desenvolvimento de cada estudante. A partir desses princípios, a escola pode
desempenhar um papel fundamental na construção de uma sociedade mais inclusiva, que
valorize a diversidade e promova a igualdade de oportunidades para todos os indivíduos
(CÉSAR, 2003).
Morin (2000) enfatiza que as interações entre os indivíduos são responsáveis pela
construção da sociedade, que, por sua vez, molda e influencia a cultura. A cultura, então,
retroage sobre os indivíduos, afetando suas perspectivas e comportamentos. No contexto
educacional, essas afirmações devem levar ao reconhecimento e à legitimação de novas
práticas nas escolas, que sejam capazes de atender às necessidades diversificadas dos
alunos. É essencial que as escolas acomodem os diferentes estilos e ritmos de aprendiza-
gem dos estudantes, garantindo uma educação de qualidade para todos. Isso requer a im-
plementação de currículos adequados tanto na formação de professores quanto nas práti-
cas das escolas com abordagem inclusiva. Essa abordagem inclusiva não é restrita apenas
à pedagogia, mas abrange todas as áreas do conhecimento e se estende pela rede social
em geral, uma vez que o processo de ensino-aprendizagem ocorre em todas as disciplinas.
Essas questões exigem mudanças institucionais, envolvendo a adaptação de
estratégias de ensino, métodos, recursos e procedimentos de avaliação. Seja na pedagogia,
no ensino de artes, matemática ou qualquer outra área, é necessário um esforço para
adequar as práticas educacionais de forma a atender à diversidade de alunos e promover
uma educação inclusiva e de qualidade. Dessa forma, reconhecer a importância das
interações sociais, da cultura e das diferentes áreas do conhecimento na educação
inclusiva é fundamental para promover mudanças significativas nas escolas, garantindo
uma educação que valorize a diversidade e atenda às necessidades de todos os estudantes
(MORIN, 2000).

FIGURA 2 - O DEFICIENTE E A SOCIEDADE

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 16


Já em relação à família e o deficiente, a forma como o diagnóstico de deficiência
é transmitido aos pais pode ter um impacto significativo nas reações e experiências
vivenciadas pela família. Estudos como o de Silva e Ramos (2014) destacam que a maneira
e o momento da comunicação são de extrema importância nesse processo. A maneira como
o diagnóstico é apresentado pode afetar emocionalmente os pais, podendo aumentar ou
diminuir o sofrimento vivenciado por eles. Uma abordagem sensível, empática e respeitosa
por parte dos profissionais de saúde ou educação pode ser crucial para amenizar os
sentimentos de choque, tristeza ou medo que os pais possam experimentar inicialmente.
Além disso, o momento adequado para a comunicação do diagnóstico também é
fundamental. Os pais precisam estar preparados emocionalmente para receber essa
informação e ter tempo suficiente para processá-la. Uma comunicação precoce demais ou
em situações de fragilidade emocional pode gerar ainda mais angústia e dificultar o processo
de aceitação e vinculação com a criança. É importante que os profissionais de saúde ou
educação forneçam informações claras e precisas sobre o diagnóstico, considerando as
necessidades individuais da família. Além disso, oferecer apoio emocional, encaminhamento
para serviços de suporte e promover a participação ativa dos pais no planejamento do
cuidado e intervenções futuras podem ser ações benéficas nesse processo (SILVA e
RAMOS, 2014).
Mesmo com a compreensão que o recebimento do diagnóstico de deficiência é uma
situação que geralmente envolve dor, medo e incerteza, independentemente da maturidade
dos pais, saber da deficiência é uma notícia que impacta profundamente a vida da família
e traz consigo uma série de emoções e preocupações. Os pais podem experimentar
uma mistura de sentimentos, como preocupação com o futuro da criança, dúvidas sobre
como lidar com as necessidades especiais, medo das dificuldades que possam surgir e
incerteza sobre o que esperar. É importante reconhecer e validar as emoções dos pais
nesse momento. Cada família reagirá de maneira diferente, e é essencial oferecer apoio
emocional e criar um espaço seguro para que possam expressar seus sentimentos e fazer
perguntas (SILVA e RAMOS, 2014).

FIGURA 3 - O DEFICIENTE E A FAMÍLIA

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 17


É importante lembrar, que o processo de aceitação e ajuste à condição de deficiência
é único para cada família e pode levar tempo. A presença de uma rede de apoio e profissionais
sensíveis e capacitados pode fazer uma diferença significativa na jornada dos pais e auxiliá-
los a enfrentar os desafios e descobrir maneiras de promover o desenvolvimento e o bem-
estar de seu filho (PEREIRA-SILVA e DESSEN, 2006).
Desta forma, como o diagnóstico de deficiência é comunicado aos pais pode ter
um impacto significativo nas relações e vivências da família. Ao adotar uma abordagem
sensível, empática e respeitosa, considerando o momento adequado e fornecendo apoio
emocional, os profissionais podem auxiliar na aceitação e vinculação da família com a
criança, promovendo um caminho mais suave para lidar com os desafios e buscando
um apoio adequado para o desenvolvimento e bem-estar da criança (PEREIRA-SILVA e
DESSEN, 2006).
A sociedade desempenha um papel crucial na promoção da inclusão, uma vez que é
composta por diferentes setores e instituições, como escolas, empresas, organizações não
governamentais e governos. Maciel (2020) afirma que é responsabilidade da sociedade
criar um ambiente inclusivo, livre de barreiras e estigmas, que permita a participação plena
e igualitária de todas as pessoas. Isso implica na conscientização sobre as necessidades
e direitos das pessoas com deficiência ou necessidades educacionais especiais, na
promoção de políticas inclusivas e na criação de espaços físicos, virtuais e sociais
acessíveis. É importante ressaltar que a inclusão é um processo contínuo e dinâmico, que
requer a participação ativa e colaborativa de todos os membros da sociedade, incluindo a
família. Através dessa parceria, é possível construir uma sociedade mais inclusiva, justa e
igualitária, em que todas as pessoas tenham a oportunidade de desenvolver seu potencial
plenamente e contribuir para o bem comum.

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 18


Você sabia que as pessoas com necessidades especiais possuem direitos de receber atenção integral à
saúde? Elas têm o direito de utilizar os serviços de saúde oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
sempre que necessitarem de orientações ou cuidados em saúde, incluindo serviços básicos como imuni-
zação, assistência médica, odontológica, além de serviços de atenção especializada como reabilitação e
atenção hospitalar. É importante garantir que todos tenham acesso aos serviços de saúde e que a inclusão
e igualdade sejam promovidas para as pessoas com deficiência em todas as áreas da sociedade.
É de responsabilidade do Ministério da Saúde (MS) coordenar o processo de formulação, implementação,
acompanhamento, monitoramento e avaliação da política de saúde da pessoa com deficiência, observados
os princípios e diretrizes do SUS, por meio de cooperação e assessoria técnica a estados, municípios e
ao Distrito Federal, além de colaborar para o desenvolvimento de ações intersetoriais, interinstitucionais,
interfederativas e internacionais relacionadas à Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência e
da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD).
É de fundamental importância a articulação intra e intersetorial, incluindo os movimentos sociais, organi-
zações não governamentais e instituições afins e a transversalização para o desenvolvimento das ações da
política de saúde para a pessoa com deficiência, que inclui o fomento e a promoção de mecanismos para
a formação, a capacitação de recursos humanos, assim como pesquisas relacionadas à atenção à saúde da
pessoa com deficiência (BRASIL, 2023).

Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Saúde da Pessoa com Deficiência. 2023. Disponível em: https://
www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia. Acesso em: 15
jun. 2023.

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 19


Em 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência,
que passou a ser comemorado todo dia 03 de dezembro. Com a criação dessa data, a ONU tinha como
objetivo principal conscientizar a população a respeito da importância de assegurar uma melhor qualidade
de vida a todos os deficientes ao redor do planeta. É importante, no entanto, que todos tenham em mente
que as pessoas com deficiência não são menos capacitadas e, assim como todas as outras, possuem direitos
e deveres assegurados.
A criação do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência pela ONU em 1992 foi um marco importante
na luta pelos direitos e inclusão dessas pessoas. Ao dedicar uma data específica a essa causa, a intenção
era conscientizar a sociedade sobre a necessidade de garantir uma melhor qualidade de vida para todas as
pessoas com deficiência ao redor do mundo.
É essencial que todos tenham em mente que as pessoas com deficiência não são menos capacitadas do que
qualquer outra pessoa. Elas também possuem habilidades, talentos e potencial para contribuir positivamente
para a sociedade. Portanto, é fundamental superar estereótipos e preconceitos, reconhecendo que cada
indivíduo merece respeito e igualdade de oportunidades.
Assegurar os direitos das pessoas com deficiência significa promover acessibilidade em todos os âmbitos
da vida, como educação, trabalho, transporte, saúde e lazer. Além disso, é importante conscientizar a
população sobre a importância da empatia e da compreensão, para que todos possam conviver em uma
sociedade mais inclusiva e justa.
É responsabilidade de todos garantir que as pessoas com deficiência possam desfrutar plenamente de
seus direitos e cumprir seus deveres como cidadãos. Com a conscientização e ações concretas, podemos
construir um mundo mais inclusivo, onde a diversidade de habilidades seja valorizada e respeitada.

Fonte: SANTOS, Vanessa Sardinha. Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-internacional-do-deficiente-fisico.htm.
Acesso em 15 jun. 2023.

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 20


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Caro (a) aluno (a),

Parabéns pela conclusão do nosso material didático da disciplina de ACE – Inclusão.


Compreender e abordar a deficiência de forma inclusiva é uma jornada importante para
construirmos uma sociedade mais justa e igualitária. Ao longo deste material, exploramos a
importância de uma perspectiva centrada na pessoa, que valorize a diversidade e reconheça
os direitos e potenciais individuais.
É fundamental enxergar a deficiência como uma característica da diversidade
humana e não como uma limitação. Superar estereótipos e preconceitos é essencial para
promover a inclusão em todos os aspectos da vida, desde a educação até o emprego e o
acesso a serviços e infraestrutura.
A educação desempenha um papel crucial na promoção da inclusão, proporcionando
igualdade de oportunidades e preparando os estudantes para uma sociedade diversa.
Nesse sentido, as escolas devem adotar abordagens pedagógicas inclusivas, garantindo
adaptações e apoios necessários para atender às necessidades de todos os alunos.
Além disso, é essencial que os profissionais de saúde, educação e outros setores
estejam capacitados para lidar com a deficiência de forma sensível e empática, fornecendo
suporte emocional, informações claras e encaminhamentos adequados.
Vale ressaltar que a inclusão não é apenas uma questão de direitos humanos, mas
também traz benefícios para toda a sociedade. Ao valorizar e respeitar a diversidade,
construímos uma sociedade mais justa, que reconhece o valor de cada indivíduo e promove
a participação plena e igualitária de todos.
Portanto, é fundamental que continuemos aprendendo e promovendo práticas
inclusivas, desafiando barreiras e construindo um mundo onde a deficiência seja vista
como uma parte natural da diversidade humana, sem limitar as oportunidades e o pleno
desenvolvimento de cada indivíduo. Juntos, podemos criar um futuro mais inclusivo e
acolhedor para todos. Parabéns mais uma vez e sucesso em sua jornada inclusiva!

Até lá. Muito obrigado!

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 21


LEITURA COMPLEMENTAR
Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência

Instituída por meio da Portaria de Consolidação n° 3/GM/MS de 28 de setembro de


2017 (Origem: Portaria n.º 793 de 24 de abril de 2012), a Rede de Cuidados à Pessoa com
Deficiência, no âmbito do SUS, parte da necessidade de ampliar, qualificar e diversificar as
estratégias para a atenção às pessoas com deficiência física, auditiva, intelectual, visual,
estomia e múltiplas deficiências, por meio de uma rede de serviços integrada, articulada
e efetiva nos diferentes pontos de atenção para atender às pessoas com deficiência,
assim como iniciar precocemente as ações de reabilitação e de prevenção precoce de
incapacidades.

O funcionamento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência se fundamenta


nas seguintes diretrizes:
● Respeito aos direitos humanos, com garantia de autonomia, independência e de
liberdade às pessoas com deficiência para fazerem as próprias escolhas;
● Promoção da equidade;
● Promoção do respeito às diferenças e aceitação de pessoas com deficiência, com
enfrentamento de estigmas e preconceitos;
● Garantia de acesso e de qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e
assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
● Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;
● Diversificação das estratégias de cuidado;
● Desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam a inclusão social, com
vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;
● Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle
social dos usuários e de seus familiares;
● Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com
estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
● Promoção de estratégias de educação permanente;
● Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com deficiência física, auditiva,
intelectual, visual, estomia e múltiplas deficiências, tendo como eixo central a
construção do projeto terapêutico singular;
● Desenvolvimento de pesquisa clínica e inovação tecnológica em reabilitação,
articuladas às ações do Centro Nacional em Tecnologia Assistiva (MCT).

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 22


A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência têm os seguintes objetivos:

● Ampliar o acesso e qualificar o atendimento às pessoas com deficiência temporária


ou permanente; progressiva, regressiva ou estável; intermitente ou contínua no SUS;
● Promover a vinculação das pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual,
estomia e com múltiplas deficiências e suas famílias aos pontos de atenção;
● Garantir a articulação e a integração dos pontos de atenção das redes de saúde no
território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento e classificação de risco.

Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência. 2022. Disponível
em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/rede-de-
-cuidados-a-pessoa-com-deficiencia. Acesso em: 15 jun. 2023.

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 23


MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: O Que é Educação Inclusiva
Autor: Emilio Figueira
Editora: Brasiliense
Sinopse: Neste livro 'O que é educação inclusiva', o autor Emilio
Figueira, que é psicólogo/psicanalista e tem paralisia cerebral,
além disso, é professor em cursos de Educação à distância e
ministra palestras sobre a educação inclusiva, propõe um es-
tudo sobre a história da inclusão no Brasil. Dentre os temas
expostos encontramos a questão psicológica, o projeto peda-
gógico, o papel do professor e o desafio de se estabelecer um
sistema educacional que não exclua alunos com deficiência. O
livro O que é educação inclusiva aborda esse tema tão delicado
e importante, fazendo uma análise histórica da inclusão no
sistema de ensino brasileiro e proporcionando uma gama de
conhecimento sobre o assunto.

FILME/VÍDEO
Título: Intocáveis
Ano: 2012.
Sinopse: Ao assistir o filme “Intocáveis” tenho certeza que
você irá se emocionar, até vibrar com as conquistas e a troca
de energia entre Philippe (François Cluzet) que é um homem
rico, mas que em um determinado momento de sua vida se
viu tetraplégico por causa de um grave acidente. Estando na
debilitada situação, necessita de um cuidador, ao entrevistar
Dris (Omar Sy) decide contratá-lo, mas o jovem negro, ex-
presidiário e da periferia não tem experiência com esta
profissão, mas mesmo assim Philippe lhe dá esta oportunidade
e desta relação que teria todos os motivos pra ser catastrófica,
nasce uma amizade verdadeira e sincera.

WEB (OPCIONAL)
O site PCD Online atua há mais de 14 anos e foi o primeiro
site oficial com intuito de realizar anúncios acerca de vagas de
emprego exclusivo para pessoas com deficiência no Brasil. Para
a idealização de criação deste site se deu na necessidade de
um portal que abrangesse um universo empregatício para a
população de profissionais deficientes que estariam em busca
de uma vaga no mercado de trabalho. Criou-se então o site
PCD Online para aproximar e realizar uma ponte entre estes
dois lados. Hoje é considerado o maior portal do mundo neste
segmento e que dispõe de 128.165 profissionais inscritos, sendo
realizado o vínculo em mais de 2.041 empresas. Os criadores do
site destacam que este foi efetivado para mudar vidas e gerar
oportunidades aos deficientes.
Link do site: https://www.deficienteonline.com.br. Acesso em:
15 jul. 2023.

TÓPICO 3 RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE, FAMÍLIA E A INCLUSÃO ESCOLAR 24


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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cia dos filhos. Caderno de Terapia Ocupacional UFSCar, 2014.

26
CONCLUSÃO GERAL
Prezado (a) aluno (a),

Por fim, encerramos nossa disciplina de ACE - Inclusão. Sentimo-nos satisfeitos com
o progresso alcançado nesta jornada e esperamos que você, que chegou até aqui, tenha
adquirido um conhecimento mais amplo que o auxiliará em sua carreira profissional.
Ao longo deste material, apresentei a você os principais conceitos relacionados à
interação entre deficiência e inclusão. Exploramos os fundamentos teóricos da história da
deficiência, destacando sua relação com a sociedade e a trajetória da humanidade.
É importante ressaltar que a inclusão é um processo contínuo e em constante
evolução. À medida que avançamos, novas perspectivas surgem e novas abordagens se
fazem necessárias. Portanto, encorajamos você a continuar se aprofundando nesse tema,
buscando atualizações e se mantendo engajado na construção de uma sociedade cada vez
mais inclusiva.
Ao abordar os aspectos legais da inclusão, tentei discorrer e destacar as leis e
regulamentos que existem em todo o mundo e, especificamente, no Brasil, com o objetivo de
promover uma sociedade mais inclusiva. No contexto educacional, a legislação desempenha
um papel fundamental na garantia do acesso e da participação de pessoas com deficiência
nas instituições de ensino.
É importante ressaltar que, apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem
enfrentados para garantir a plena inclusão de pessoas com deficiência na educação e
na sociedade como um todo. O cumprimento e a efetiva implementação dessas leis são
fundamentais para alcançar uma sociedade mais inclusiva e garantir que todos tenham
acesso a uma educação de qualidade, independentemente de suas habilidades e diferenças.
Portanto, é fundamental continuar lutando pela aplicação adequada das leis
existentes e pelo desenvolvimento de políticas inclusivas, a fim de promover uma educação
verdadeiramente acessível e igualitária para todos os estudantes, independentemente de
suas condições.
Agradeço por sua dedicação e participação nesta disciplina. Desejo a você sucesso
em sua trajetória profissional, levando consigo os aprendizados e valores da inclusão em
todos os aspectos de sua vida. Parabéns por concluir a disciplina de ACE - Inclusão!

Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!

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Paranavaí - PR - Brasil
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