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IBET - Módulo II - Seminário VII Questões (Recuperação Automática)
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(iii) Conforme exposto, o frete, se efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e
ordem, e desde que cobrado em separado, integra a base de cálculo do ICMS –
Mercadorias.
(iv) De igual forma, o seguro é incluído na base de cálculo do tributo por expressa
determinação legal.
(v) A jurisprudência do STF é pela constitucionalidade da inclusão, na base de
cálculo do ICMS, do acréscimo correspondente ao financiamento realizado pelo próprio
alienante nas vendas a prazo, sempre que integre o valor da operação. Nesse sentido é o
teor do Informativo de Jurisprudência 698, do STF:
(vi) Por fim, o valor de mão obra cobrado a título de montagem, quando a operação
implicar em venda e instalação de máquinas e aparelhos, integra o valor total da operação,
razão pela qual deve ser computado, para fins de apuração do tributo devido.
Uma vez que a concessão de benefícios fiscais do ICMS deve observar regramento
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específico previsto no art. 155, XII, alínea “g”, da Constituição Federal1, regulamentado pela
LC 24/75, para tanto, deve haver o acolhimento do pretendido benefício por todas as demais
unidades federadas, o, o que se traduz em convênios aprovados pelo Conselho Nacional de
Políticas Fazendárias – CONFAZ.
Nesse sentido, não estando, o regime especial estabelecido pelo Estado de
Tocantins, amparado em convênio do CONFAZ, não está, o Estado de São Paulo, obrigado
a suportar o ônus financeiro decorrente dos créditos outorgados por outro ente federado em
manifesta violação ao texto constitucional e à legislação infraconstitucional. Ademais, é
como determina a LC 24/75, em seu art. 8º, segundo o qual: “a inobservância dos
dispositivos desta Lei acarretará, cumulativamente: I - a nulidade do ato e a ineficácia do
crédito fiscal atribuído ao estabelecimento recebedor da mercadoria; Il - a exigibilidade do
imposto não pago ou devolvido e a ineficácia da lei ou ato que conceda remissão do débito
correspondente”.
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“cabe à lei complementar (...) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados”.
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A EC 87/15 definiu que nas operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado incidirá a
alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota
interestadual.
Sim. Não obstante a EC 87/15 decorra do exercício do poder constituinte derivado,
não pode, ela, atentar contra a forma federativa de Estado, bem como os direitos e garantias
individuais, porquanto tratam-se, estas, de cláusulas pétreas previstas no art. 60, §4º, da
Constituição Federal.
Da interpretação do texto constitucional, o ICMS é tributo cujo critério espacial se
confunde com os limites territoriais do Estado em que se der a saída da mercadoria do
estabelecimento do contribuinte. Trata-se de delimitação constitucional de competências
tributárias, o que garante a autonomia e autogestão dos entes federados.
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CARVALHO, Osvaldo Santos; MATINELLI, Luis Fernando dos Santos. A lei complementar nº 160 e seus reflexos
nas administrações tributárias estaduais. Será mesmo o fim da guerra fiscal? [online – texto disponibilizado
pelo IBET] p. 983.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. 2. ed. São Paulo: Noeses, 2008. p. 648.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. 2. ed. São Paulo: Noeses, 2008. p. 650.
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posto que os bens adquiridos são destinados ao ativo fixo (consumidor final) e, portanto, não
se destinam ao comércio. Nesse sentido, não há que se falar em direito ao creditamento.
(ii) energia elétrica dos escritórios de uma fábrica – de igual forma, não há aqui o
aspecto de circulação de mercadorias, razão pela qual não há o surgimento do
correspondente crédito.
importação é a própria importadora, sendo a empresa que encomenda uma mera adquirente
no negócio jurídico posterior realizado no mercado interno. Nesse sentido, o sujeito passivo
será a importadora e o sujeito ativo será o Estado em que se encontre o estabelecimento da
importadora.
Por encomenda:
(i) local de recolhimento – Estado do Espírito Santo;
(ii) sujeito ativo – Estado do Espírito Santo / sujeito passivo – importador capixaba;
(iii) direito ao crédito – importador capixaba.