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WS Nomenclatura&Classificacao
WS Nomenclatura&Classificacao
No Brasil, a NCM é adotada tanto para a Tarifa Externa Comum (TEC) quanto para a
Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI).
A classificação da NCM é composta por oito dígitos, no entanto, apenas os dois últimos
dígitos (sétimo e oitavo) foram acrescentados pelo NCM e são referentes às
informações específicas dos produtos usadas pelos países do bloco do Mercosul.
Específicos da NCM
https://portalunico.siscomex.gov.br/classif/#/sumario?perfil=publico
Esta contribuição fiscal adotada pelo Mercosul possui alíquotas variáveis que
aumentam de acordo com a categoria do produto e seu processo de transformação, por
exemplo:
• Alíquotas variando entre 0-12%: matérias-primas
• Alíquotas variando entre 12-16%: bens de capital
• Alíquotas variando entre 18-20%: bens de consumo
Capítulo 1
Animais vivos
Nota./
Workshop Nomenclatura e Classificação Fiscal de Mercadorias 45
Definindo a Posição (Capítulo 1 – Animais Vivos)
Posição SH 01.01 Cavalos, asininos e muares, vivos.
01.02 Animais vivos da espécie bovina.
01.03 Animais vivos da espécie suína.
01.04 Animais vivos das espécies ovina e caprina.
01.05 Aves da espécie Gallus domesticus, patos, gansos ... vivos.
01.06 Outros animais vivos.
A dúvida está
plantada!!! E será
necessário a ajuda de
todos vocês!
Workshop Nomenclatura e Classificação Fiscal de Mercadorias 48
O que fazer? Qual seria sua recomendação?
• Por onde vocês iniciariam a pesquisa?
• Será necessário realizar um zoom visando obter uma
definição do produto ou mesmo da classificação mais
completa?
• Qual o enquadramento fiscal ?
• Se for um produto enquadrado na TEC, qual será a
possível incidência de imposto de importação?
Workshop Nomenclatura e Classificação Fiscal de Mercadorias 49
Ao pesquisar algum sistema de classificação, alcança
um código 7318.14.00 - “Parafusos perfurantes”...
Mas, logo a frente,
aparece outro código
7318.12.00
cuja descrição é
“Outros parafusos para
madeira”
Workshop Nomenclatura e Classificação Fiscal de Mercadorias 50
Alguém da empresa
lembra que o parafuso
que a empresa pretende
importar não é
perfurante e nem será
usado em madeira.
Assim não parece que
essas classificações
sejam as mais Portanto, será necessário
adequadas. conhecer um pouco mais o
produto.
Workshop Nomenclatura e Classificação Fiscal de Mercadorias 51
Consultando a área comercial, descobre-se que o tal
parafuso está sendo encomendado por um cliente e
que o mesmo será utilizado em reparo de aeronaves
de um aeroclube da cidade.
Por onde
começar?
Subitem 10 Em grão
O que fazer?
Workshop Nomenclatura e Classificação Fiscal de Mercadorias 73
O que fazer?
Deve ter ciência de que, ao realizar um CONSULTA ou RECLASSIFICAÇÃO, os custos
de armazenagem correrão por sua conta.
Uma alternativa será pedir o Fiscal para lavrar o auto de infração e recorrer via
medidas administrativas; ou mesmo ingressar no âmbito jurídico, posteriormente.
Solicitar Mandado de Segurança (caucionando o valor da carga e possíveis tributos)
para a liberação (imediata) e desembaraço da mercadoria, e posteriormente entrar
com recurso de defesa contra o ato proferido pela RFB.
OBS.: Entrando com o recurso, obrigamos o Fiscal a JUSTIFICAR, DAR SEU
PARECER, porque não concordou com a classificação dada pela empresa.
NOMENCLATURA E
CLASSIFICAÇÃO FISCAL
DE MERCADORIAS
SISTEMA DE VIDEOCONFERÊNCIA
Plataforma Cisco Webex
Data: 18 de agosto de 2021
Horário: de 14h. as 18h.
Parceria
Sumário
1. INTRODUÇÃO ___________________________________________________________________________________________________ 3
2. DESCRIÇÃO, HISTÓRIA E CRIAÇÃO DO SISTEMA HARMONIZADO DE CODIFICAÇÃO DE
MERCADORIAS ____________________________________________________________________________________________________ 3
3. CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA _________________________________________________________________________ 4
4. SISTEMA HARMONIZADO DE DESIGNAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE MERCADORIA (SH) __________________ 5
4.1. OBJETIVOS E VANTAGENS DO SISTEMA HARMINIZADO SH __________________________________________6
4.2. REGRAS GERAIS PARA A INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA HARMONIZADO (SH) ____________________6
5. NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) __________________________________________________________ 9
5.1. ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) _______________9
6. NALADI – NOMENCLATURA DA ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO ______________ 10
7. NOTAS EXPLICATIVAS DO SISTEMA HARMONIZADO (NESH)___________________________________________ 10
8. RELAÇÕES ENTRE CLASSIFICAÇÕES _______________________________________________________________________ 11
9. NCM E TEC (BASEADA NO SH ATUALIZADO COM SUA VI EMENDA) ___________________________________ 11
10. SOLUÇÃO DE CONSULTA ___________________________________________________________________________________ 12
11. ONDE ENCONTRAR INFORMAÇÕES SOBRE A CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS ________ 15
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS ___________________________________________________________________________________ 22
13. ABREVIATURAS E SÍMBOLOS UTILIZADOS NA NCM ____________________________________________________ 22
14. BIBLIOGRAFIA_______________________________________________________________________________________________ 23
2
1. INTRODUÇÃO
As relações comerciais de compra e venda exigem, por parte dos agentes envolvidos no processo, grande
atenção aos procedimentos técnicos que envolvem a preparação da exportação e importação. A
necessidade de classificação fiscal requer grande atenção, pois pode comprometer todo o processo,
causando incômodo e até mesmo despesas adicionais, que serão acrescidas ao custo final do produto,
acarretando perda de lucratividade.
A classificação fiscal dos produtos assegura que o item selecionado seja o mesmo ao qual se deseja
importar ou exportar. Se simplesmente fossem utilizados os nomes dos produtos, a confusão certamente
estaria feita. Basta imaginar a venda de um item comum, como peças têxteis ou algo mais complexo, como
uma máquina específica para um determinado seguimento, como, por exemplo, para a indústria de
frigorificados. Esses itens precisariam ser reconhecidos da mesma forma em um aspecto global e, se
fossem tratados por um nome, seria muito mais complexa a classificação. No entanto, se adotado um
código, esse torna a linguagem universal. Em razão desses conflitos, surgiu a necessidade de um código
específico para cada produto. Foi criada, então, a classificação fiscal codificada, que facilita a vida de todos
os envolvidos no processo (agentes de carga, despachantes aduaneiros e autoridades fiscais, etc.).
Classificar corretamente as mercadorias é tarefa do controle aduaneiro. A partir das posições encontradas é
possível avaliar o impacto tributário nas importações, e a existência de outras obrigações ou regimes
especiais, a que determinada mercadoria deve ser enquadrada (CAPARROZ, 2012).
Após a Segunda Guerra Mundial, com a destruição e empobrecimento de muitos países, vários organismos
internacionais foram criados para resolver essa situação. Para fortalecer o crescimento do comércio entre
os países, foi assinado o acordo que tratava do sistema multilateral de comércio desde 1947, o GATT
(General Agreement on Tariffs and Trade), hoje transformado em OMC - Organização Mundial do Comércio.
Para estudar os problemas aduaneiros decorrentes do comércio internacional, surgiu o Conselho de
Cooperação Aduaneira (CCA). Hoje em dia esse conselho atende pelo nome de Organização Mundial das
Aduanas (OMA).
A história da OMA teve início após a Segunda Guerra Mundial, a partir do desejo dos países na retomada
do comércio mundial. Criada em 1952, composta por 17 países, a organização possui atualmente 176
membros, responsáveis por mais de 98% do comércio mundial.
Ao longo de sua existência, a OMA desenvolveu uma série de instrumentos e ferramentas para facilitar e
uniformizar o trabalho das Aduanas, além de ter introduzido inúmeros programas e iniciativas.
Tal acervo permite conhecer modelos estratégicos de gestão fronteiriça e exemplos de boas práticas para
melhoria dos procedimentos aduaneiros. Nesse contexto, é importante registrar o papel da organização no
desenvolvimento e administração da nomenclatura internacional de mercadorias, conhecida como o
Sistema Harmonizado, que permite a identificação pelo mesmo código de produtos em todo o mundo.
3
O Sistema Harmonizado é o idioma internacional do comércio exterior e serve de base para a Nomenclatura
Comum do Mercosul (NCM).
Na última década, a OMA ganhou destaque no cenário mundial por sua atuação conjunta com a
Organização Mundial do Comércio (OMC), de forma a assegurar a interpretação e aplicação uniforme dos
acordos. Merece destaque o trabalho realizado para interpretação e aplicação do Acordo de Valoração
Aduaneira (AVA). O Comitê Técnico de Valoração Aduaneira da OMA é o fórum técnico para as discussões
sobre o tema. Na Rodada de Doha, a organização tem atuado de maneira ativa na preparação dos países
para a negociação do Acordo de Facilitação Comercial. Nesse campo, a principal recomendação é a análise
das propostas em consonância com a Convenção Internacional sobre a Simplificação e Harmonização dos
Procedimentos Aduaneiros, conhecida como Convenção de Quioto.
O crescimento do comércio internacional era tão acentuado, que os agentes envolvidos perceberam a
necessidade de uniformização da nomenclatura, tornando-a mais moderna e precisa, tendo em vista as
finalidades aduaneiras, estatísticas, cambiais, etc. Assim surgiu, no âmbito do CCA/OMA, a Nomenclatura
do Conselho de Cooperação Aduaneira (NCCA), transformada em acordo para a utilização entre países, a
princípio restrita somente às aduanas. Posteriormente, o próprio CCA introduziu uma nomenclatura que
poderia ser utilizada com uniformidade por todos os agentes intervenientes no comércio internacional além
da aduana: bancos centrais, transportadores, seguradoras, etc. De fato foi a primeira nomenclatura
uniformizada de aceitação mundial.
Em 1985, a NCCA, e mais outra nomenclatura, a Classificação Uniforme para o Comércio Internacional
(CUCI), utilizada na ONU, serviram de base para um Acordo Internacional, disponibilizado aos países sob o
título de Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema
Harmonizado (SH).O Sistema Harmonizado entrou definitivamente no contexto do comércio mundial,
procurando ser compatível com o nível de desenvolvimento tecnológico mundial, sendo considerado um
marco que, sem dúvida, contribuiu para incrementar o volume importações e exportações entre países, que
passaram a dispor de uma "linguagem aduaneira comum", aceita internacionalmente.
Cada país tem a sua nomenclatura própria, mas a maioria delas se baseia na nomenclatura do Sistema
Harmonizado. O Brasil aderiu à Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado em 31/10/1986. Foi
criado em conjunto com Portugal um texto uniforme na língua portuguesa a partir da nomenclatura original
para os dois países. O SH serve de base (núcleo imutável) para diversas nomenclaturas. No Brasil, mais
precisamente no Mercosul, a nomenclatura utilizada é a NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), com
base no Sistema Harmonizado.
3. CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA
A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e a Nomenclatura Aduaneira da Aladi (Naladi/SH) foram
criadas com base na Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de
Codificação de Mercadorias (SH), firmada em Bruxelas, em 14 de junho de 1983. O SH possui seis dígitos,
mas cada país pode acrescentar até quatro dígitos. “No Brasil, o SH foi acrescido de mais dois dígitos,
ficando ao todo com oito dígitos, formando a NBM – Nomenclatura Brasileira de Mercadorias” (KEEDI, 2004,
p.79). A NCM, que substituiu a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), possui oito dígitos e a
seguinte estrutura de classificação, que contém até seis níveis de agregação: capítulo, posição, subposição
simples, subposição composta, item e subitem:
4
Produto: Animais reprodutores de raça pura, da espécie ovina, prenhe ou com cria ao pé.
A NCM foi criada em 1995, com a entrada em vigor do Mercosul, e aprovada pelo Decreto nº 2.376, de
13.11.1997, juntamente com as alíquotas do imposto de importação que compõem a Tarifa Externa Comum
(TEC). Com a criação do Mercosul foi criada uma nomenclatura única para utilização conjunta nos quatro
países, de modo a haver uniformidade na classificação das mercadorias, para facilitar as relações
comerciais internacionais e controles alfandegários (KEEDI, 2004, p.80).
O primeiro passo para entender classificação fiscal é conhecer o produto, para então se buscar o código
numérico internacional padronizado, com objetivo de identificar mercadoria transacionadas no comércio
internacional, em especial para controles alfandegários e cobrança de imposto na sua entrada ou saída.
Este Sistema foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional, assim como aprimorar
a coleta, a comparação e a análise das estatísticas, particularmente as do comércio exterior. Além disso, o
SH facilita as negociações comerciais internacionais, a elaboração das tarifas de fretes e das estatísticas
relativas aos diferentes meios de transporte de mercadorias e de outras informações utilizadas pelos
diversos intervenientes no comércio internacional.
A composição dos códigos do SH, formado por seis dígitos, permite que sejam atendidas as especificidades
dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e aplicação, em um ordenamento numérico lógico,
crescente e de acordo com o nível de sofisticação das mercadorias.
• Nomenclatura – Compreende 21 seções, composta por 96 capítulos, além das Notas de Seção, de
Capítulo e de Subposição. Os capítulos, por sua vez, são divididos em posições e subposições,
atribuindo-se códigos numéricos a cada um dos desdobramentos citados. Enquanto o Capítulo 77 foi
reservado para uma eventual utilização futura no SH, os Capítulos 98 e 99 foram reservados para usos
5
especiais pelas Partes Contratantes. O Brasil, por exemplo, utiliza o Capítulo 99 para registrar operações
especiais na exportação;
A classificação correta de mercadorias é tarefa essencial para o controle aduaneiro, e possui cinco
princípios (DALSTON, 2005):
a) Princípio da equivalência conceitual: afirma que, sob a ótica classificatória, não tem sentido fazer
qualquer distinção entre produto, mercadoria e bem;
d) Princípio da unicidade de classificação: uma mercadoria não pode ser classificada em dois códigos; e
e) Princípio da distinção das mercadorias: mercadorias não devem ser discriminadas por critérios
diferentes das suas próprias características.
6
4.2.1. REGRAS GERAIS PARA A INTERPRETAÇÃO DO SH
A classificação das mercadorias na Nomenclatura é regida pelas seguintes regras:
Regra 1: Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais,
a classificação é determinada pelos textos das posições e das notas de seção e de capítulo e, desde que
não sejam contrárias aos textos das referidas posições e notas, pelas regras seguintes.
Regra 2: a) Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo mesmo
incompleto ou inacabado, desde que apresente, no estado em que se encontra, as características
essenciais do artigo completo ou acabado. Abrange igualmente o artigo completo ou acabado, ou, como tal,
considerado nos termos das disposições precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por
montar.
b) Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado
puro, quer misturada ou associada a outras matérias. Da mesma forma, qualquer referência a obras de uma
matéria determinada abrange as obras constituídas inteira ou parcialmente dessa matéria. A classificação
desses produtos misturados ou artigos compostos é feita conforme os princípios enunciados na regra 3.
Regra 3: Quando pareça que a mercadoria pode ser classificada em duas ou mais posições por aplicação
da Regra 2.b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve acontecer da forma seguinte:
a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando duas ou mais posições
se refiram, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou de
um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho,
tais posições devem ser consideradas, em relação a esses produtos ou artigos, como igualmente
específicas, ainda que uma delas apresente uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria.
c) Nos casos em que as Regras 3.a) e 3.b) não permitam efetuar a classificação, a mercadoria é
classificada na posição situada em último lugar na ordem numérica, entre as suscetíveis de validamente se
tomarem em consideração.
Regra 4: As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das regras acima enunciadas
devem ser classificadas na posição correspondente aos artigos mais semelhantes.
Regra 5: Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão sujeitas às regras
seguintes:
a) Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas, para instrumentos de
desenho, para joias e receptáculos semelhantes, especialmente fabricados para conter um artigo determinado ou
um sortido, e suscetíveis de um uso prolongado, quando apresentados com os artigos a que se destinam, são
classificadas com esses últimos, desde que sejam do tipo normalmente vendido com tais artigos. Essa regra,
todavia, não diz respeito aos receptáculos que confiram ao conjunto a sua característica essencial.
b) Sem prejuízo do disposto na regra 5.a), as embalagens contendo mercadorias são classificadas com
essas últimas quando sejam do tipo normalmente utilizado para o seu acondicionamento. Todavia, essa
disposição não é obrigatória quando as embalagens são claramente suscetíveis de utilização repetida.
Regra 6: A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para
efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das notas de subposição respectivas, assim como,
"mutatis mutandis", pelas regras precedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do
mesmo nível. Para os fins da presente regra, as notas de seção e de capítulo são também aplicáveis, salvo
disposições em contrário.
7
4.2.2 REGRA GERAL COMPLEMENTAR (RGC) DA NCM 1
1. (RGC-1) As Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado se aplicarão, "mutatis mutandis",
para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item aplicável e, dentro desse último, o subitem
correspondente, entendendo-se que apenas são comparáveis desdobramentos regionais (itens e subitens)
do mesmo nível.
2. (RGC-2) As embalagens contendo mercadorias que sejam claramente suscetíveis de utilização repetida,
mencionadas na regra 5.b), seguirão seu próprio regime de classificação sempre que estejam submetidas
aos regimes aduaneiros especiais de admissão temporária ou de exportação temporária. Caso contrário,
seguirão o regime de classificação das mercadorias.
Existe, ainda, uma regra específica para a tributação do setor aeronáutico, que não integra o Sistema
Harmonizado.
1. Estão sujeitas à alíquota de 0% (zero por cento) as importações das seguintes mercadorias:
a. Aeronaves e outros veículos, compreendidos na posição 88.02;
b. Aparelhos de treinamento de voo em terra e suas partes, compreendidos nas subposições 8805.21 e
8805.29;
c. Produtos fabricados em conformidade com especificações técnicas e normas de homologação
aeronáuticas, utilizados na fabricação, reparação, manutenção, transformação ou modificação dos bens
mencionados no item 1. a), e compreendidos nas subposições relacionadas na tabela abaixo:
1
RECEITA FEDERAL DO BRASIL.
2
RECEITA FEDERAL DO BRASIL.
8
4016.10 7318.23 8412.29 8421.39 8501.32 8518.21 9001.90 9301.20
4016.93 7322.90 8412.31 8424.10 8501.33 8518.22 9002.90 9301.90
4016.95 7324.10 8412.39 8425.11 8501.34 8518.29 9014.10 9401.10
4016.99 7324.90 8412.80 8425.19 8501.40 8518.30 9014.20 9401.90
4017.00 7326.20 8412.90 8425.31 8501.51 8518.40 9014.90 9403.20
4504.90 7326.90 8413.19 8425.39 8501.52 8518.50 9020.00 9403.70
4823.90 7413.00 8413.20 8425.42 8501.53 8520.90 9025.11 9405.10
4908.90 7508.10 8413.30 8425.49 8501.61 8521.10 9025.19 9405.60
5903.90 7508.90 8413.50 8426.99 8501.62 8522.90 9025.80 9405.92
6307.20 7604.29 8413.60 8428.10 8501.63 8525.10 9025.90 9405.99
6812.90 7606.12 8413.70 8428.20 8502.11 8525.20 9026.10
6813.10 7608.10 8413.81 8428.33 8502.12 8526.10 9026.20
6813.90 7608.20 8413.91 8428.39 8502.13 8526.91 9026.80
6815.10 7616.10 8414.10 8428.90 8502.20 8526.92 9026.90
7007.21 7616.91 8414.20 8471.10 8502.31 8527.90 9029.10
7019.40 7616.99 8414.30 8471.30 8502.39 8529.10 9029.20
7019.51 8108.90 8414.51 8471.41 8502.40 8529.90 9029.90
2) Quando se tratar de importação de produtos mencionados no item 1. c), o importador deverá apresentar,
além da declaração de que tais produtos serão utilizados para os fins ali especificados, autorização de
importação expedida pela autoridade competente do Estado Parte.
O Mercosul é oficialmente formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (Membros
Efetivos). As mercadorias comercializadas entre esses países devem ser classificadas de acordo com a
nomenclatura padronizada adotada pelo Mercosul (NCM). O Mercosul conta também com países
classificados como: Membros Associados: Bolívia (1996), Chile (1996), Peru (2003), Colômbia (2004),
Equador (2004), Guiana (2013) e Suriname (2013); e Membros Observadores: México (2006) e Nova
Zelândia (2010).
O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do
Mercosul (NCM), que tem por base o Sistema Harmonizado. Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM,
os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e oitavo dígitos
correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do Mercosul.
9
6. NALADI – NOMENCLATURA DA ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE
INTEGRAÇÃO
A Naladi – Nomenclatura da Associação Latino-Americana de Integração é outra nomenclatura utilizada no
Brasil e foi criada para utilização pelos membros da Aladi – Associação Latino-Americana de Integração,
sendo eles Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e
Venezuela. A Aladi tem nomenclatura própria por se tratar de uma área de comércio e não uma união
aduaneira como o Mercosul (KEEDI, 2004).
A Aladi passou, então, a adotar a Naladi com base naquele Sistema Harmonizado (Naladi/SH), com oito
dígitos, a qual foi aprovada pela Resolução nº 107/89 do Comitê de Representantes, com início de vigência
previsto para 01.01.90. Cabe ressaltar que aquele prazo foi sendo sistematicamente adiado e a
transposição para a Naladi/SH não foi feita de imediato em todos os acordos.
A Naladi também é uma nomenclatura de oito dígitos, sendo que os itens e subitens que representam o
sétimo e o oitavo dígitos podem ser diferentes da NCM. Muitos deles são iguais, o que faz com que a Naladi
e a NCM tenham a mesma classificação para algumas mercadorias (KEEDI, 2004, p.81).
Base legal: Decreto nº 97.409, de 23/12/1988, que promulgou a Convenção Internacional sobre o Sistema
Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, bem como alterações posteriores. No Brasil,
o órgão oficial responsável pelo correto enquadramento ou interpretação para classificação de produtos na
NBM/SH ou NCM/SH é a Secretaria da Receita Federal. A formulação de consulta deve ser dirigida à
Superintendência Regional da Receita Federal ou à Coordenação Geral de Administração Aduaneira, por
meio de uma unidade no domicílio fiscal do consulente.
10
8. RELAÇÕES ENTRE CLASSIFICAÇÕES
Qual é a relação entre a NBM e o Sistema Harmonizado?
Com a assinatura do Tratado de Assunção que originou o Mercado Comum do Sul, foi criada a
Nomenclatura Comum do Mercosul e a Tarifa Externa Comum entre os países membros. Sua vigência ficou
definida para a partir de 01 de janeiro de 1995. Internamente o Governo estabeleceu que a Tarifa Aduaneira
do Brasil (TAB) passaria a ser designada Tarifa Externa Comum (TEC).
No Brasil são adotadas duas tabelas, a primeira relaciona as mercadorias sujeitas ao Imposto sobre
Produtos Industrializados, chamada de Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados –
TIPI e a segunda relaciona o imposto de importação que incide sobre as mercadorias importadas,
denominada de Tarifa Externa Comum - TEC.
Podemos dizer que a relação existente entre a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias, a Nomenclatura
Comum do MERCOSUL e a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados está na sua
definição que, conforme o Decreto nº3.777/01, a TIPI tem como base a NCM, que por sua vez constitui a
NBM baseada no SH.
11
1302.19 -- Outros
1302.19.10 De mamão (Carica papaya), seco 8
1302.19.20 De semente de toranja ou de pomelo 8
1302.19.30 De Ginkgo biloba, seco 2
1302.19.40 Valepotriatos 2
1302.19.50 De ginseng 2
1302.19.60 Silimarina 14
1302.19.9 Outros
1302.19.91 De piretro ou de raízes de plantas que contenha rotenona 2
1302.19.99 Outros 8
1302.20 - Matérias pécticas, pectinatos e pectatos
1302.20.10 Matérias pécticas (pectinas) 8
1302.20.90 Outros 8
1302.3 - Produtos mucilaginosos e espessantes, derivados dos vegetais, mesmo modificados:
1302.31.00 -- Ágar-ágar 10
1302.32 -- Produtos mucilaginosos e espessantes, de alfarroba, de sementes de alfarroba ou de
sementes de guaré, mesmo modificados
1302.32.1 De alfarroba ou de suas sementes
1302.32.11 Farinha de endosperma 8
1302.32.19 Outros 8
1302.32.20 De sementes de guaré 8
1302.39 -- Outros
1302.39.10 Carragenina (musgo-da-irlanda) 10
1302.39.90 Outros 8
Petição
A consulta formulada por escrito é o instrumento que o contribuinte possui para dirimir dúvidas sobre a correta
classificação fiscal das mercadorias.
A consulta sobre não poderá referir-se a mais de três produtos distintos por processo, nem a mais de uma das tabelas:
TIPI e TEC.
Na consulta deverão ser fornecidas obrigatoriamente, pelo consulente, as seguintes informações sobre o produto:
I – nome vulgar, comercial, científico e técnico;
II – marca registrada, modelo, tipo e fabricante;
III – função principal e secundária;
IV – princípio e descrição resumida do funcionamento;
12
V – aplicação, uso ou emprego (incluindo a configuração de uso ou montagem e instalação, se for o caso);
VI – forma de acoplamento de motor a máquinas ou aparelhos, quando for o caso;
VII – dimensões e peso líquido;
VIII – peso molecular, ponto de fusão e densidade, para produtos do Capítulo 39 da Nomenclatura Comum do
MERCOSUL – NCM;
IX – forma (líquido, pó, escamas, etc) e apresentação (tambores, caixas, etc, com respectivas capacidades em peso ou
em volume); ou a configuração de fornecimento (componentes) no caso de máquinas, instrumentos ou aparelhos, se
montado ou desmontado.
X – matéria ou materiais de que é constituída a mercadoria e suas percentagens em peso ou em volume;
XI – processo industrial detalhado de obtenção;
XII – classificação adotada e pretendida, com os correspondentes critérios utilizados.
XIII – catálogo técnico, bulas, literaturas, fotografias, plantas ou desenhos que caracterizem o produto, e outras
informações ou esclarecimentos necessários à correta identificação técnica do produto, sua operação e funcionamento,
sua montagem e instalação, quando for o caso.
Documentos necessários
1. A petição formulada por escrito, conforme Modelo de Petição Consulta Classificação Fiscal de Mercadorias,
deve conter as seguintes informações:
a) Pessoa Jurídica – nome, endereço, telefone, endereço eletrônico (e-mail), número de inscrição no CNPJ e ramo de
atividade;
b) Pessoa Física – nome, endereço, telefone, endereço eletrônico (e-mail), atividade profissional e número de inscrição
no CPF;
c) Identificação do representante legal ou procurador, acompanhada da respectiva procuração.
2. Declaração de que:
a) não se encontra sob procedimento fiscal iniciado ou já instaurado, para apurar fatos que se relacionem com a matéria
objeto da consulta;
b) não está intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta.
c) o fato nela exposto não foi objeto de decisão anterior, ainda não modificada, proferida em consulta ou litígio em que
foi parte o interessado.
Obs.: As declarações serão prestadas pelo estabelecimento matriz, abrangendo todos os estabelecimentos.
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§ 2 º O valor da multa referida no caput será de R$ 500,00 (quinhentos reais), quando do seu cálculo resultar valor
inferior, observado o disposto nos §§ 3o a 5o (Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, art. 84, § 1o; e Lei nº 10.833, de
2003, art. 69, caput).
§ 5° O somatório do valor das multas aplicadas com fundamento neste artigo não poderá ser superior a dez por cento
do valor total das mercadorias constantes da declaração de importação (Lei nº 10.833, de 2003, art. 69, caput)”.
A aplicação da referida multa não prejudica a exigência dos tributos, da multa por declaração inexata de que trata o art.
725 do Regulamento Aduaneiro e de outras penalidades administrativas, bem como dos acréscimos legais cabíveis (art.
711, § 6º, do Regulamento Aduaneiro).
Contudo, não cabe a aplicação da multa do art. 84 da MP 2.158-35/2001, bem assim de multa e juros de mora, ao
contribuinte que classificou bens incorretamente nos códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), em razão
de observância da classificação constante dos anexos do Decreto 5.057/04, durante sua vigência.
Havendo divergência entre a classificação ofertada pelo contribuinte e o fiscal deve ser aviada defesa apontando a
inconsistência da exigência aduaneira, sobretudo se, em outros desembaraços aduaneiros, o Fisco aceitou a
classificação da NCM agora debatida.
O que fazer?
Se a empresa possui um corpo técnico ou especialista, e tiver ABSOLUTA CERTEZA sobre determinado
enquadramento, e este esteja em DESACORDO com a interpretação do fiscal da RFB:
Deve ter ciência de que, ao realizar um CONSULTA ou RECLASSIFICAÇÃO, os custos de armazenagem
correrão por sua conta.
Uma alternativa será pedir o Fiscal para lavrar o auto de infração e recorrer via medidas administrativas; ou
mesmo ingressar no âmbito jurídico, posteriormente.
Solicitar Mandado de Segurança (caucionando o valor da carga e possíveis tributos) para a liberação (imediata)
e desembaraço da mercadoria, e posteriormente entrar com recurso de defesa contra o ato proferido pela RFB.
OBS.: Entrando com o recurso, obrigamos o Fiscal a JUSTIFICAR, DAR SEU PARECER, porque não concordou
com a classificação dada pela empresa.
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11. ONDE ENCONTRAR INFORMAÇÕES SOBRE A CLASSIFICAÇÃO FISCAL de
mercadorias
É importante que você acesse regularmente o site Siscomex.gov.br e verifique se existem atualizações publicadas pelas
instituições competentes.
Acesse o site: http://www.siscomex.gov.br/ e depois clique em Classificação
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Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado
https://portalunico.siscomex.gov.br/classif/#/nesh/consulta?id=2801&dataPesquisa=2021-08-
16T21:50:52.000Z&tipoNota=5&tab=11629150865066
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Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (Nesh)
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/aduana-e-comercio-exterior/classificacao-fiscal-de-mercadorias/notas-
explicativas-do-sistema-harmonizado
Tarifas vigentes
https://www.gov.br/produtividade-e-comercio-exterior/pt-br/assuntos/camex/estrategia-comercial/listas-
vigentes
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Tipi (Tabela de incidência do Imposto sobre produtos industrializados)
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/legislacao-por-assunto/tipi-tabela-de-
incidencia-do-imposto-sobre-produtos-industrializados
Consulta às normas
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/consulta.action
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Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações
http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATRJO/SimuladorImportacao/default.htm
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Simulador do tratamento administrativo na exportação
https://portalunico.siscomex.gov.br/talpco/#/simular-ta?perfil=publico
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Orientações para o tratamento administrativo na exportação
http://www.siscomex.gov.br/informacoes/tratamento-administrativo-de-exportacao/
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Outros links disponíveis
Nomenclatura do SH em inglês: http://www.wcoomd.org/en/topics/nomenclature/instrument-and-tools/hs-
nomenclature-2017-edition/hs-nomenclature-2017-edition.aspx
NCM em espanhol (download em pdf)
Correlação NCM e Naladi:
http://consultawebv2.aladi.org/sicoexV2/jsfCorrelaciones/correlacion_ncm_naladisa.seam?cid=4133201
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14. BIBLIOGRAFIA
CASTRO, José Augusto. Exportação: aspectos práticos e operacionais. SP: Aduaneiras, 2011.
CAPARROZ, Roberto. Coordenação de Pedro Lenza. 2012. Comércio internacional esquematizado. SP: Saraiva, 2012.
DALSTON, César Olivier. Classificando Mercadorias: uma abordagem didática da Ciência da Classificação de
Mercadorias. 2ª ed, SP: Aduaneiras, 2012 e 2005.
DALSTON, César Olivier. Dicionário de Classificação de Mercadorias. SP: Aduaneiras, 2009.
KEEDI, Samir. ABC do Comércio Exterior: abrindo as primeiras páginas. SP: Aduaneiras, 2012, 2011 e 2004.
LOPEZ, José Manoel Cortinas; GAMA, Marilza. Comércio Exterior Competitivo. SP: Aduaneiras, 2010.
LUNARDI, Angelo Luiz. Condições Internacionais de Compra e Venda: Incoterms 2010. SP: Aduaneiras, 2010.
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