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1° Grupo

Celestino Felisberto Ainhlavela


Igor Jonito Alfredo Segredo
Issufo Abudo
Janete Arnaldo
Muzonda Silva Júnior
Nitrogénio Cabral Braimo

Contratos de concessão de Recursos Naturais

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Celestino Felisberto Ainhlavela

Igor Jonito Alfredo Segredo

Issufo Abudo

Janete Arnaldo

Muzonda Silva Júnior

Nitrogénio Cabral Braimo

Contratos de concessão de Recursos Naturais

Trabalho de Direito de Contratos no


Sector Energético, a ser entregue ao
Departamento de Direito para fins
avaliativos, sob orientação do Dr. Gil
Ludovico.

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2023
Índice
Introdução....................................................................................................................................2
1. Objectivos............................................................................................................................2
1.1. Objectivos Gerais.............................................................................................................2
1.2. Objectivos Específicos.....................................................................................................2
1.3. Metodologia.....................................................................................................................2
2. Contratos de concessão de Recursos Naturais......................................................................3
2.1. Aspectos Relacionados com os Contratos de Exploração de Recursos Energéticos.........3
2.1.1. Direitos Contratuais e sua Duração...............................................................................3
2.1.2. Obrigações de Trabalho durante o Período de Pesquisa...............................................4
2.1.3. Garantia Bancária para Obrigações de trabalhos de Pesquisa.......................................4
2.1.4. Descoberta Comercial e Desenvolvimento...................................................................5
2.1.5. Exportação de Documentos e Amostras.......................................................................6
2.1.6. Recuperação de Custos e Direito à Produção...............................................................6
2.1.7. Determinação do Valor do Petróleo..............................................................................7
2.1.8. Termos Fiscais e Outros Encargos................................................................................8
2.1.9. Plano de Desmobilização e Fundo de Desmobilização.................................................9
2.1.10. Seguros.........................................................................................................................9
2.2. Emprego, Formação e Apoio Institucional e Programas de Apoio Social........................9
2.3. Indemnizações e Responsabilidade................................................................................10
2.4. Titularidade....................................................................................................................10
2.5. Confidencialidade...........................................................................................................10
2.6. Protecção do Ambiente...................................................................................................11
2.7. Prevenção de Corrupção.................................................................................................11
2.8. Impostos, Taxas E Contribuições Específicos Da Indústria Extractiva...........................11
2.8.1. Área Mineira..............................................................................................................12
2.8.2. Impostos obre a produção Mineira.............................................................................12
2.8.3. Imposto sobre a Superfície (ISS)................................................................................12
2.8.4. Imposto sobre a Renda de Recurso Mineiro (IRRM)..................................................13
2.8.5. Área de Hidrocarbonetos............................................................................................13
2.8.6. Imposto sobre a Produção de Petróleo (IPP)...............................................................13
2.9. Outros Pagamentos E Contribuições Da Indústria Extractiva.........................................13
Conclusão...................................................................................................................................15
Referencias Bibliográficas.........................................................................................................16
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Introdução
Tendo em conta a notória importância da exploração de recursos naturais, em especial
os recursos energéticos em questões socioeconómicas para Moçambique, vê-se a
necessidade de perceber como e feita a concessão para as empresas exploradoras destes
recursos e é com base nisto que neste trabalho se ira abordar acerca dos contratos de
concessão de recursos naturais, onde ira mostrar como esses contratos estão estruturados
em Moçambique no sector energético sem deixar de indicar as clausulas de pagamentos
dos impostos e outros benefícios para o Governo e as comunidades locais, aquando
destes recursos que se tem visto a enorme quantidade dos mesmos e de empresas neste
ramos.

1. Objectivos

1.1. Objectivos Gerais


 Estudar os contratos de concessão de recursos Naturais.

1.2. Objectivos Específicos


 Perceber como os contratos de exploração de recurso energéticos são
estruturados;
 Indicar os impostos e benefícios pagos pelos cessionários;
 Compreender as clausulas contratuais patentes nos contratos de concessão de
recursos naturais.

1.3. Metodologia
Este trabalho foi elaborado com base em vários métodos de pesquisa. O primeiro, e
mais importante, foi o da pesquisa e análise bibliográfica específica. De igual modo,
uma recolha, análise e estudo da legislação interna do Estado Moçambicano e nela
foram usadas as normas APA’S para a elaboração do trabalho.
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2. Contratos de concessão de Recursos Naturais

2.1. Aspectos Relacionados com os Contratos de Exploração de Recursos


Energéticos

2.1.1. Direitos Contratuais e sua Duração


O CCPP é uma concessão atribuída nos termos da Lei dos Petróleos, Lei n.º 21/2014 de
18 de Agosto e do Regulamento das Operações Petrolíferas aprovado pelo Decreto n.º
34/2015 de 31 de Dezembro, que:

a) Autoriza o exercício de actividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Produção


de Petróleo numa Área do Contrato de Concessão;
b) Sujeito à Lei dos Petróleos e dos termos e condições estabelecidos CCPP, cada
Concessionária tem o direito exclusivo de realizar Operações Petrolíferas com
vista à produção de Petróleo a partir de recursos provenientes de um ou mais
Depósitos de Petróleo dentro dos limites da Área do Contrato de Concessão.

Caso as Concessionárias decidam transitar ao sub-período do Período de Pesquisa


seguinte, devem notificar o MIREME, com pelo menos 30 (trinta) dias antes da data de
caducidade do primeiro sub-periodo do Período de Pesquisa ou da data em que qualquer
sub-periodo subsequente do Período de Pesquisa vier de outra forma a caducar .

Os direitos e obrigações ao CCPP prevalecem nas seguintes situações:

a) Quando as Concessionárias, nos termos da legislação aplicável aos CCPP,


tenham notificado o INP da realização de uma Descoberta, os direitos e
obrigações ao CCPP não se extinguirão, relativamente à Área de Descoberta a
que a Descoberta se refere, desde que um Programa de Avaliação tenha sido
submetido atempadamente ao INP.
b) Em casos que o INP tenha aprovado um programa de avaliação os direitos e
obrigações ao CCPP não se extinguem em relação a Área de Descoberta à qual o
Programa de Avaliação se refere desde que o Relatório da Avaliação para tal
Descoberta seja atempadamente submetido ao INP;
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c) quando as Concessionárias, nos termos da legislação aplicável ao CCPP tenham


atempadamente submetido o Relatório de Avaliação, os direitos e obrigações ao
CCPP não se extinguem, relativamente à Área de Descoberta a que esse
Relatório de Avaliação se refere até que seja submetida uma Declaração de
Comercialidade..
d) Quando nos termos da legislação aplicável, se tenha iniciado um Período de
Avaliação Comercial referente a uma Descoberta de Gás Natural não associado,
os direitos e obrigações ao CCPP não se extinguem, relativamente à Área de
Descoberta a que essa Descoberta se refere, enquanto perdurar o referido
Período de Avaliação Comercial.

2.1.2. Obrigações de Trabalho durante o Período de Pesquisa


As Concessionárias devem cumprir com as obrigações de trabalho de Pesquisa,
conforme o estipulado CCPP, salvo se de outra forma for estabelecido, ou pagar ao
Governo as quantias fixadas entre as partes. As obrigações de trabalho de Pesquisa não
podem ser realizadas como Operações Petrolíferas Exclusivas.

As Operações Petrolíferas Exclusivas, apenas poderão ser conduzidas depois de


cumpridas as obrigações de trabalho de Pesquisa ao abrigo do que estiver no CCPP.

Na eventualidade de incumprimento de qualquer parte das obrigações de trabalho de


Pesquisa definidas pelo contrato, e salvo no caso das excepções previstas, o montante
máximo de qualquer garantia providenciada ou o montante máximo pago pelas
Concessionárias ao Governo para este sub-período do Período de Pesquisa é acordado
entre o Concessionárias e o governo.

Se um Poço que faça parte das obrigações de trabalho de Pesquisa, for abandonado por
qualquer motivo para além dos especificados noCPP, antes de se atingirem os
objectivos definidos para esse Poço, as Concessionárias devem perfurar um Poço
substituto. Nesse caso, o sub-perído do Período de Pesquisa em causa será prorrogado
por um período de tempo razoável, com o qual o MIREME concorde, para permitir a
perfuração e avaliação do Poço substituto
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2.1.3. Garantia Bancária para Obrigações de trabalhos de Pesquisa


Cada Concessionária deve, no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a Data Efectiva, e
antes do primeiro dia de cada sub-período do Período de Pesquisa subsequente, prestar,
de forma substancialmente idêntica ao modelo, uma garantia bancária incondicional e
irrevogável correspondente ao montante para o cumprimento do programa de trabalhos
de Pesquisa para o sub-período do Período de Pesquisa relevante.

Se, no termo do primeiro sub-período do Período de Pesquisa ou de subsequentes sub-


períodos de Pesquisa, as obrigações de trabalho de Pesquisa a serem cumpridas pelas
Concessionárias durante esse sub-período, forem consideradas pelo INP como não
cumpridas, o INP deve notificar as Concessionárias e, a não ser que o montante total do
remanescente não despendido seja pago pela Concessionária no prazo de 30 (trinta) dias
após tal notificação, o INP deve accionar garantia bancária para obrigações de trabalhos
de Pesquisa para pagamento do montante total do custo para o cumprimento das
obrigações de trabalho de Pesquisa remanescentes relativas a tal sub-período.

No prazo de 60 (sessenta) dias a contar da Data Efectiva e, daí em diante, enquanto


decorrer o Período de Pesquisa, as Concessionárias com uma antecedência não inferior
a 90 (noventa) dias em relação ao final de cada ano civil ou noutros prazos que venham
a ser aprovados previamente pelo INP, as Concessionarias devem elaborar com
pormenor e apresentar ao INP um programa e um orçamento dos trabalhos de Pesquisa
para a restante parte do ano civil, ou para o(s) ano(s) civil(s) subsequentes, e uma
proposta de estrutura organizativa das Concessionárias para a realização de Operações
de Pesquisa na Área do Contrato de Concessão.

O programa de trabalho e orçamento de Pesquisa elaborados pelas Concessionárias


devem ser consistentes com as obrigações previstas no CCPP, descrevendo as
Operações Petrolíferas que as Concessionárias se propõem executar durante a restante
parte do ano civil e para o(s) ano(s) subsequente(s). As Concessionárias devem observar
e cumprir com quaisquer recomendações apresentadas pelo INP relativas ao programa e
o orçamento e, após efectuar tais alterações submeter os respectivos documentos ao
INP.
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2.1.4. Descoberta Comercial e Desenvolvimento


As Concessionárias devem, submeter ao MIREME para consideração e aprovação do
Governo um Plano de Desenvolvimento relativo a uma proposta de Área de
Desenvolvimento e Produção para uma ou mais Descobertas, de forma a incluir numa
única área, na medida em que os limites da Área do Contrato de Concessão o permitam,
toda a área do Depósito ou Depósitos de Petróleo relativamente aos quais haja sido feita
uma Declaração de Comercialidade. O MIREME deverá, dentro de doze 12 (doze)
meses contados a partir da recepção da proposta de Plano de Desenvolvimento
submetido pela Concessionária, pronunciar-se sobre o mesmo.

Se a Produção Comercial de Petróleo não tiver iniciado dentro do prazo referido no


Plano de Desenvolvimento aprovado, os direitos e obrigações das Concessionárias sobre
a Área de Desenvolvimento e Produção a que a Descoberta se refere extinguem-se,
como se a referida área tivesse sido objecto de renúncia nos termos da lei aplicável.

2.1.5. Exportação de Documentos e Amostras


Sujeito aos termos da legislação aplicável e da aprovação do INP, cada Concessionária
pode exportar documentos, amostras, e ou outros materiais que constituam
Documentação para o processamento ou exame ou análise Laboratorial, desde que
amostras equivalentes em dimensão e qualidade ou, Cópias de qualidade equivalente
tenham sido previamente entregues ao INP.

2.1.6. Recuperação de Custos e Direito à Produção


As Concessionárias devem suportar e pagar todos os custos em que incorram na
execução das Operações Petrolíferas em que as Concessionárias participem,
recuperando esses custos com o petróleo ou gás produzido até o limite de 60%
(“Petróleo de Custo”), na medida do permitido pelo CCPP (doravante referidos como
“Custos Recuperáveis”), e serão remuneradas exclusivamente pela atribuição a estas, da
titularidade sobre quantidades de Petróleo de acordo com os termos do Regime
Especifico de Tributação e de Benefícios da Operações Petrolíferas (Lei n.º27/2014, de
23 Setembro), do respectivo Regulamento aprovado pelo (Decreto n.º 32/2015, de 31 de
Dezembro), e do Código do IRPC, aprovado pela Lei n.34/2007 de 31 de Dezembro.
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Sujeito a prévia autorização do Governo, as Concessionárias poderão re-injectar Gás


Natural que não tenha sido:

i) Recolhido pelo Governo nos termos da legislação aplicável,


ii) Usado para Operações Petrolíferas ou processado e vendido pelas
Concessionárias, ou ainda recolhido para uso pelas Concessionárias, e os
custos de tal re-injecção de gás natural serão. Custos recuperáveis.

2.1.7. Determinação do Valor do Petróleo


O valor do Petróleo usado para efeitos de Imposto sobre a Produção de Petróleo a
liquidar nos termos previstos no Regime Especifico de Tributação e de Benefícios das
Operações Petrolíferas (Lei n.º27/2014, de 23 Setembro), e do Respectivo Regulamento
aprovado pelo Decreto n.º 32/2015, de 31 de Dezembro, e para a alocação do Petróleo-
custo e Petrolífero-Lucro referidos no CCPP devem, na medida em que tal Petróleo
consista em Petróleo Bruto, determinado no final de cada mês civil, começando no mês
em que tenha início a Produção Comercial de Petróleo Bruto.

Na medida em que tal Petróleo consistir em Gás Natural, o valor do Gás Natural será
determinado no final de cada mês civil, começando no mês em que tenha início a
entrega comercial no Ponto de Entrega.

Nos casos em que o MIREME e as Concessionárias não consigam acordar um preço,


serão adoptados os seguintes procedimentos de forma a determinar o prémio ou
desconto:

a) O MIREME e as Concessionárias devem apresentar um ao outro as suas


avaliações do prémio ou desconto, juntamente com uma explicação dos
factores-chave considerados na determinação do prémio ou desconto;
b) Se o prémio ou o desconto apresentados separadamente pelo MIREME e
pelas Concessionárias estiverem, relativamente um ao outro, compreendidos
no intervalo de 10¢ US (dez Cêntimos) dos Estados Unidos da América por
barril, será calculada a média para efeitos de fixação do valor final do
Petróleo Bruto;
c) Se o prémio ou o desconto apresentados separadamente pelo MIREME e
pelas Concessionárias divergirem em mais de 10¢ US (dez Cêntimos) dos
Estados Unidos da América por barril, cada um deles deve apresentar de
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novo ao outro, no 3º (terceiro) Dia Útil a contar da primeira troca de


informação, um prémio ou desconto revisto;
d) Se o prémio ou o desconto apresentados separadamente pelo MIREME e
pelas Concessionárias na segunda troca de informação estiverem
compreendidos, relativamente um ao outro, no intervalo de ¢10 US (dez
Cêntimos) dos Estados Unidos da América por barril, deve será calculada a
média para efeitos de fixação do valor final do Petróleo Bruto;
e) Se o prémio ou o desconto apresentados na segunda troca de informação
divergirem em mais de ¢10 US (dez Cêntimos) dos Estados Unidos da
América por barril, a questão será submetida à decisão de um perito único.

2.1.8. Termos Fiscais e Outros Encargos


Cada Concessionária e os seus Subcontratados, excepto em casos que estejam isentos,
devem estar sujeitos à legislação aplicável da República de Moçambique que imponha
tributos, direitos aduaneiros, impostos, encargos, taxas ou contribuições.

Durante os 5 (cinco) anos após a aprovação do Plano de Desenvolvimento do CCPP,


cada Concessionária e os seus Subcontratados terão direito a Incentivos Fiscais e
Aduaneiros, nos termos da Lei nº 27/2014 de 23 de Setembro e respectivo Regulamento
aprovado pelo Decreto nº 32/2015 de 31 de Dezembro, que estabelece o Regime
Específico de Tributação e de Benefícios Fiscais das Operações Petrolíferas. Cada
Concessionária e os seus Subcontratados estão isentos de:

a) Direitos aduaneiros relativos à importação de bens destinados a serem utilizados


nas Operações Petrolíferas, de acordo com a classe K e a Pauta Aduaneira, nos
termos do artigo 35, da Lei nº 27/2014 de 23 de Setembro.
b) Direitos aduaneiros relativos à importação de explosivos, detonadores, ancinho,
e máquinas e aparelhos para explodir explosivos, bem como equipamentos e
dispositivos de reconhecimento topográfico, geodésicos e geológicos em terra e
no mar (onshore and offshore) para serem usados nas Operações Petrolíferas e
outros aprovisionamentos, equiparados como bens da classe K, nos termos do
Anexo II do artigo 35 da Lei nº 27/2014 de 23 de Setembro.

Ao abrigo do artigo 28 da Lei nº 27/2014 de 23 de Setembro, as Concessionárias devem


reter na fonte a título de pagamento de imposto de rendimento os montantes devidos, à
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taxa liberatória de 10% (dez por cento) sobre o montante bruto de qualquer pagamento
feito pelas Concessionárias a uma Subcontratada não residente, pela prestação de
serviços contratados para a execução de Operações Petrolíferas. Esse montante de
imposto de rendimento retido pelas Concessionárias deverá ser pago à entidade
competente do Ministério das finanças, de acordo com os procedimentos da legislação
aplicável.

2.1.9. Plano de Desmobilização e Fundo de Desmobilização


As Concessionárias, devem submeter ao Ministro que superitende a área dos petróleos,
com cópia ao INP, um Plano de Desmobilização com antecedência mínima de 2 (dois)
anos relativamente a data prevista para o encerramento das operações petrolíferas e
implementar o Plano de Desmobilização aprovado pelo Governo, nos termos da
legislação aplicável.

2.1.10. Seguros
As Concessionárias efectuam e mantêm, relativamente às Operações Petrolíferas, todos
os seguros exigidos de acordo com a Lei Aplicável, bem como quaisquer outros seguros
impostos pelo INP.

Tais outros seguros incluem pelo menos, seguros contra os seguintes riscos:

 Perdas e danos causados a todas as instalações e equipamentos, propriedade das


Concessionárias ou por esta utilizada nas Operações Petrolíferas;
 Poluição causada pela Concessionária no decurso das Operações Petrolíferas,
pela qual a Concessionária possa ser responsabilizada;
 Perdas, danos ou lesões físicas sofridas por qualquer terceiro no decurso das
Operações Petrolíferas da Concessionária, pelas quais as Concessionárias
possam ser responsabilizadas a indemnizarmos terceiros ou o Governo;
 O custo de operações de remoção de destroços e de limpeza após um acidente no
decurso das Operações Petrolíferas das Concessionárias; e
 a responsabilidade das Concessionárias e/ou do Operador pelos seus
trabalhadores envolvidos nas Operações Petrolíferas.
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2.2. Emprego, Formação e Apoio Institucional e Programas de Apoio


Social
Sujeito à apreciação pelo Governo, por motivos de segurança, da situação de qualquer
indivíduo que entre na República de Moçambique e aos procedimentos e formalidades
legais da lei aplicável de Moçambique relacionada com a imigração, o Governo concede
as necessárias autorizações ou outras aprovações necessárias para a contratação e
entrada na República de Moçambique de Pessoal Expatriado empregue pelas
Concessionárias ou pelos seus Subcontratados para efeitos CCPP. A contratação e
formação de trabalhadores para as Operações Petrolíferas rege-se por legislação
aplicável e nos termos dos artigos 50 e 51, do Regulamento das Operações Petrolíferas
aprovado pelo Decreto n º 34/2015, de 31 de Dezembro.

As Concessionárias pagam a o MIREME uma quantia, por ano durante a vigência do


Contrato, destinados a suportar projectos sociais para comunidades nas áreas onde
ocorrerão as Operações Petrolíferas, devendo propor programas sociais a implementar.
Havendo acordo com o Governo, o valor do financiamento é considerado como crédito
contra as obrigações sociais do ano seguinte. O primeiro pagamento é efectuado ao
MIREME no prazo de 30 (trinta) dias a contar da Data Efectiva e os pagamentos
subsequentes, no prazo de 30 dias a contar da data de cada aniversário da Data Efectiva.

2.3. Indemnizações e Responsabilidade


Cada Concessionária deve indemnizar e salvaguardar o Governo Relativamente a todas
e quaisquer reclamações contra este apresentado por Terceiros referentes a perdas ou
danos em pessoas e bens causados pela Concessionárias na condução das Operações
Petrolíferas, contanto que, Quaisquer reclamações sejam devidamente qualificadas pelos
terceiros ou Pelo Governo. A Concessionária deve agir de forma prudente e com
Responsabilidade no exercício das suas actividades e não causar danos com Efeitos
punitivos.

2.4. Titularidade
O Estado e cada Concessionária assumem individualmente a titularidade e a entrega da
sua quota-parte do Petróleo no Ponto de Entrega. As Concessionárias financiam os
custos de todas as Infra-estruturas e equipamento usados nas Operações Petrolíferas.
Sujeito a lei aplicável, cada Concessionária tem o direito de uso de tais Infra-estruturas
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e equipamento para o exercício das Operações Petrolíferas durante a vigência do CCPP


e qualquer prorrogação do mesmo até o CCPP caducar, ou for objecto de renúncia ou
revogação, caso em que o título das referidas Infra-estruturas e equipamento, por opção
do Governo e sem compensação adicional, revertem a para a titularidade do Estado.

2.5. Confidencialidade
A documentação e demais registos, relatórios, análises, compilações, dados, estudos e
outros materiais directamente relacionados com as Operações Petrolíferas aos CCPP
(independentemente da forma que revistam, seja ela documental, suporte informático ou
qualquer outra) são confidenciais (doravante designados por Informação Confidencial)
e, na medida em que contém informações que, individualmente ou colectivamente
sejam de importância comercial estratégica ou tem influência sobre a posição da
Concessionária ou de suas afiliadas na perspectiva da concorrência. Excepto se for
permitido na legislação aplicável, Informação Confidencial não será divulgada a
terceiros sem o prévio consentimento por escrito de todas as Partes do CCPP,
consentimento esse que não deve ser negado ou atrasado sem motivo razoável.

2.6. Protecção do Ambiente


Aplicam-se às Operações Petrolíferas autorizadas e realizadas nos termos dos CCPP as
disposições da legislação aplicável sobre matéria de protecção do ambiente, prevenção
da poluição e protecção de objectos de valor histórico, cultural e natural.

As condições específicas relativas à protecção do ambiente, prevenção da poluição e


protecção de objectos de valor histórico, cultural e natural, incluindo questões como
descritas no convite para se candidatar a Contratos de Concessão para Pesquisa e
Produção, aplicam-se às Operações Petrolíferas ao CCPP. Adicionalmente os seguintes
requisitos aplicar-se-ão os termos da Operações Petrolíferas dentro da Área do Contrato
de Concessão.

2.7. Prevenção de Corrupção


O Governo e as Concessionárias devem cooperar na prevenção da corrupção. As partes
comprometem-se a tomar medidas disciplinares, administrativas e legais céleres em
suas respectivas responsabilidades para parar, investigar e processar de acordo com a
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legislação nacional qualquer pessoa suspeita de corrupção ou de qualquer outra


utilização intencional indevida de recursos.

2.8. Impostos, Taxas E Contribuições Específicos Da Indústria


Extractiva
Fazem parte do Sistema Tributário de Moçambique impostos, taxas e contribuições
específicas aprovadas por legislação própria. Para o caso das indústrias extractivas, as
leis aplicáveis são a Lei nº 24/2014 e a Lei nº 27/2014, ambas de 23 de Setembro, que
aprovam o Regime Específico de Tributação e de Benefícios Fiscais da Actividade
Mineira e das Operações Petrolíferas, respectivamente.

2.8.1. Área Mineira


O Regime Específico de Tributação e de Benefícios Fiscais da Actividade Mineira,
aprovado pela Lei nº 28/2014, de 23 de Setembro, entrou em vigor no dia 01 de Janeiro
de 2015. Este regime aplica-se às pessoas singulares e colectivas que exerçam a
actividade mineira em território nacional, que para além dos tributos especificados neste
regime, estão sujeitas ao regime geral de tributação. O regulamento deste regime foi
aprovado pelo Decreto nº 28/2015, de 28 de Dezembro, que entrou em vigor a 01 de
Janeiro de 2016. Estes normativos revogaram os anteriores instrumentos que
determinavam as regras de tributação da área mineira, nomeadamente as Leis nº 11 e
13/2007 e o Decreto nº 5/2008. Importa referir que a Lei nº 24/2014 sofreu
actualizações através da Lei nº 15/2017, de 28 de Dezembro.

2.8.2. Impostos obre a produção Mineira


O Imposto sobre a Produção Mineira é devido mensalmente, deve ser pago pelas
pessoas singulares ou colectivas detentoras ou não de títulos mineiros, e incide sobre o
valor do produto mineiro extraído os concentrados e a água mineral. As taxas do IPM
foram definidas em função do mineral extraído, conforme as seguintes taxas:

 Diamantes com a taxa de 8%


 Metais preciosos, pedras preciosas e semi-preciosas com a taxa de 6%
 Areias pesadas com a taxa de 6%
 Metais básicos coma taxa de 3%
 Carvão com a taxa de 3%
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 Rochas ornamentais e restantes produtos mineiros com a taxa de 3%


 Areia a pedra com a taxa de 1.5%

2.8.3. Imposto sobre a Superfície (ISS)


O imposto sobre a superfície é devido anualmente e incide sobre a área sujeita a licença
de reconhecimento, licença de prospecção e pesquisa, concessão mineira ou certificado
mineiro, medida em quilómetros quadrados ou em hectares e, no caso da água mineral,
incide sobre cada título mineiro. São sujeitos passivos do imposto sobre a superfície, as
pessoas singulares ou colectivas, titulares de licença de reconhecimento, licença de
prospecção e pesquisa, concessão mineira ou certificado mineiro. A base tributável do
imposto sobre a superfície é o número de quilómetros quadrados ou de hectares da área
sujeita a licença de prospecção e pesquisa, concessão mineira ou certificado mineiro

2.8.4. Imposto sobre a Renda de Recurso Mineiro (IRRM)


O IRRM é um imposto que incide sobre o fluxo de caixa líquido ao abrigo de um título
mineiro, a partir do momento em que esse fluxo dê origem a uma taxa interna de
retorno, antes do IRPC, igual ou superior a 18% Este imposto é devido quando há
ganhos de caixa líquidos acumulados no fim do ano fiscal e a taxa aplicável é de 20%.

2.8.5. Área de Hidrocarbonetos

2.8.6. Imposto sobre a Produção de Petróleo (IPP)


O IPP incide sobre o petróleo produzido na área do contrato de concessão, sendo que a
base tributável deste imposto corresponde ao valor do petróleo produzido. O valor do
petróleo produzido é determinado com base nos preços médios ponderado a que tenha
sido vendido ou alienado por qualquer outra forma, pelo produtor e suas contratadas no
mês a que corresponde o imposto a liquidar. As taxas do IPP são:

 Para petróleo Bruto a taxa é de 10%


 Para o Gás natural a taxa é de 6 %

Os contratos celebrados antes da entrada em vigor da Lei nº 12/2007, de 27 Junho,


beneficiam de taxas reduzidas. Regra geral, o pagamento do IPP é efectuado em
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dinheiro, porém, o Governo reserva-se ao direito de notificar ao sujeito passivo para


pagar, em parte ou na totalidade, o imposto em espécie

2.9. Outros Pagamentos E Contribuições Da Indústria Extractiva


Em adição aos pagamentos já mencionados, os contratos celebrados no âmbito das
actividades mineiras e operações petrolíferas podem estabelecer outros pagamentos,
bem como condições para a adjudicação e atribuição de licenças. Estes incluem
situações referentes ao licenciamento ambiental. As obrigações das acima referidas
podem ser classificadas da seguinte forma: Bónus de assinatura: corresponde a uma
percentagem que varia de 0,5% a 5% do valor dos activos atribuídos ao projecto e é
efectuado no momento de assinatura do contrato.

i. Bónus de produção: refere-se ao pagamento realizado nas situações em que são


atingidas metas de produção estabelecidas previamente entre as partes. De
acordo com o modelo de Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção, o
bónus de produção é devido quando a produção da área do contrato atinge pela
primeira vez, no período de um mês, uma média diária de 25.000 BOE7 . Este
pagamento também é devido cada vez que a produção da área do contrato
atingir, pela primeira vez, no período de um mês, uma tranche adicional média
de 50.000 BOE por dia.
ii. Licença Ambiental: é o certificado confirmativo da viabilidade ambiental de
uma actividade proposta, emitido pelo Ministério da Terra, Ambiente e
Desenvolvimento Rural (MITADER). As taxas de licenciamento ambiental das
actividades mineiras e operações petrolíferas são estabelecidas em legislação
ambiental específica, nomeadamente, no Decreto nº 26/2004 e Decreto nº
56/2010, respectivamente. Contribuição para o Fundo para Capacitação
Institucional: constituem pagamentos efectuados ao Estado pela concessionária,
estabelecidos no contrato celebrado, concedidos para acções de treinamento ou
formação na área de hidrocarbonetos.
iii. Contribuição para o Fundo de Projectos Sociais: de acordo com o modelo de
contrato de concessão de pesquisa e produção, esta contribuição é efectuada para
financiar os projectos sociais das comunidades que se encontram nas áreas onde
ocorrerão as operações petrolíferas.
15

iv. Contribuição para apoio Institucional: corresponde ao montante pago pela


concessionária ao INP para ser utilizado como apoio institucional às entidades
envolvidas na promoção e administração das operações petrolíferas.
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Conclusão
O contrato de concessão de exploração de recursos naturais conforme o visto no
trabalho visa autorizar as actividades de pesquisa, desenvolvimento e produção de
petróleos. Aquando da formação dos contratos podemos perceber que se estabelecem a
prior direitos, deveres e obrigações dos concessionários, apresentando também algumas
garantias dos concessionários, e que as concessionarias e as empresas subcontratadas
estão subordinadas a legislação Moçambicana. E em caso de danos ou perdas referentes
a terceiros as concessionarias conforme as cláusulas dos contratos de concessão tem o
dever de indemnizar o lesado. A respeito dos impostos e benefícios fiscais pagos pelos
concessionários verifica-se que estes vão variando de acordo com a área sendo que no
que diz respeito a área mineira encontramos o imposto sobre a produção mineira, o
imposto sobre a superfície e o imposto sobre a renda de recursos mineiros. Ao passo que
na área de Hidrocarbonetos encontramos o imposto sobre a produção de petróleo, tendo
em conta que cada um destes impostos apresenta taxas características e base tributável
especifica.
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Referencias Bibliográficas
República de Moçambique, Lei dos Petróleos aprovado pela Lei n.º 21/2014 de 18 de
Agosto, Boletim da Republica, I Série, n.º 66.

República de Moçambique. Altera o Regime Especifico de Tributação e de Benefícios


da actividade mineira aprovado pela Lei nº 15/2017, de 28 de Dezembro. Boletim da
Republica, I Série, n.º202.

República de Moçambique. Código do IRPC, aprovado pela Lei n.34/2007 de 31 de


Dezembro, Boletim da Republica, I Série, n.º16.

República de Moçambique. Legislação Tributaria Relativa a Actividade Petrolífera


aprovado pela Lei nº 12/2007, de 27 Junho. Boletim da Republica, I Série, n.º26.

República de Moçambique. Regime Especifico de Tributação e de Benefícios da


Operações Petrolíferas aprovado pela lei n.º27/2014, de 23 Setembro, Boletim da
Republica, I Série, n.º 76.

República de Moçambique. Regime Especifico de Tributação e de Benefícios da


actividade mineira aprovado pela Lei nº 28/2014, de 23 de Setembro. Boletim da
Republica, I Série, n.º16.

República de Moçambique. Regulamento das Operações Petrolíferas aprovado pelo


Decreto n.º 34/2015 de 31 de Dezembro. Boletim da Republica, I Série, n.º104.

República de Moçambique. Regulamento do regime Especifico de Tributação e de


Benefícios Fiscais das Operações Petrolíferas aprovado pelo Decreto n.º 32/2015, de 31
de Dezembro, Boletim da Republica, I Série, n.º104.

República de Moçambique. Regulamento do Regime Especifico de Tributação e de


Benefícios da actividade mineira aprovado pelo Decreto nº 28/2015, de 28 de
Dezembro. Boletim da Republica, I Série, n.º103.

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