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M I N I S T É R I O OO E X É R C I T O
SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

TESE DE MESTRADO

DETERMINAÇÃO DE DOSE E RISCO


NO CICLO DO TÓRIO

C«Mr Luiz Vieira Ney

H
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

DETERMINAÇÃO DE DOSE E RISCO MO CICLO DO TtíRIQ

POR

CESAR LUIZ UIEIRA HEY

TESE SUDMÉTIDA COMO REQUISITO

PARCIAL PftRA OSTENÇfiO DO

GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS

EM ENGENHARIA NUCLEAR

ASSINATURA DO ORIENTADOR DA TESE

Rio de j a n e i r o , RJ
Junho , 1988

Ao meu f i l h o
Thiago
A6RADEC1MENT0S

Ao professor Luiz Tauhata pelo apoio e orientação da

tese .

Aos colegas e amigos da Divisão do Ciclo do Combustível

do Instituto de Radioproteçao e Dosimetria . Julio J. da S.

Estrada , Charles Dickens L. Mouco , Reynaldo Xavier , pela

ajuda nas monitorações e incentivo , em especial ao Paulo

R o b e r t o Rocha F e r r e i r a .

Ao amigo Mendell da S u p r i m i c r o s , pelo fornecimento dos

programas da á r e a d e i n f o r m á t i c a .

A NUCLEMON pela utilização do laboratório de química

para análise dos filtros , em especial a Ascencion A. H. d e

S e o a n e e M a r i a A p a r e c i d a da 6 1 ó r i a .

Ao Instituto de Radioproteçao e Dosimetria , pela

utilização das suas instalações e equipamentos .

Aos p r o f e s s o r e s do I n s t i t u t o M i l i t a r de Engenharia , mais

especificamente a Seção de E n e r g i a Nuclear , pelos cursos e

pela oportunidade a mim c o n f i a d a .


SUMáRIO

Neste t r a b a l h o sào apresentadas as estimativas de dose


equivalente e f e t i v a e risco , p a r a os t r a b a l h a d o r e s do ciclo
do t ó r i o , lotados nas instalações da Usina de Praia < Sao
João da Barra , RJ. > e Usina Santo Amaro <São Paulo , S.P.) ,
obtidas após medidas de t a x a de dose e concentração de
tório no ar , constantes do programa de monitoração
ocupacional de fiscalização do I n s t i t u t o de Radtoproteçao e
Bosimetria , utilizando o modelo dosimétrico descrito na

publicação nQ 30 da Comissão Internacional de Proteção


Radiológica <ICRP)

Os locais de amostragens e o número de medidas f o r a m


estabelecidos por uma técnica de planejamento e s t a t í s t i c o e
os r e s u l t a d o s f o r a m avaliados com o r e c u r s o da análise de
variâncía .

As estimativas de dose equivalente efetiva , para


exposição i n t e r n a e e x t e r n a à radiação / e o risco associado
f o r a m comparados com os limites máximos recomendados. Os
resultados indicaram a existência de áreas de operação que
estão acima destes limites e que necessitam de melhorias nos
procedimentos e serviço de proteção radiológica , para
enquadrarem-se d e n t r o das exigências da p r o t e ç ã o radiológica
recomendadas .

iv
ABSTRACT

In t h e s e report are presented the calculations of dose


equivalent and r i s k , utilizing t h e dosimetric model d e s c r i b e d
in publication 30 of the International Commission on
Radiological P r o t e c t i o n . This i n f o r m a t i o n was o b t a i n e d by the
workers of the thorium cycle , employed a t the Praia and
Santo Amaro Facilities , by assessing the quantity and
c o n c e n t r a t i o n o f t h o r i u m in t h e a i r .

The samples and the number of measurements were


established through design of experiments techniques , and
the results w e r e e v a l u a t e d w i t h t h e aid o f v a r i a n c e a n a l y s i s .
The estimate;- of dose equivalent for internal and external
radiation exposure and risk associated were compared with
the maximum recommended limits . The results indicate the
existence of o p e r a t i o n a r e a s whose v a l u e s w e r e above t h o s e
limits , requiring so an improveme.it in the procedures and
s e r v i c e s in o r d e r t o m e e t t h e r e q u i r e m e t s o f t h e radiological
protetion .

v
ÍNDICE

SUMARIO iii

ABSTRACT iv

LISTA DE TABELAS x

LISTA DE QUADROS xiv

LISTA DE FIGURAS xv

I INTRODUÇÃO l

II DESCRIÇÃO DO CICLO D O TÚRIO 4

2.1. USINA D E PRAIA 4

2.2. USINA SANTO A M A R O 6


2.2.1. T R A T A M E N T O FlSICO D E MINERAIS 6

2.2.2. T R A T A M E N T O QUÍMICO D A MONAZITA 6

III FUNDAMENTOS TEÓRICOS 10

3.1. CONCEITO D E D E T R I M E N T O 10

3.2. CONCEITO D E D O S E EQUIVALENTE EFETIUA 11

3.3. LIMITES BáSICOS D E DOSE PARA INDIVÍDUO 14

3.4. LIMITES DERIUADOS E SECUNDÁRIOS 16

3.4.1. LIMITE DERIUADO PARA EXPOSIÇÃO EXTERNA 18

3.4.2. LIMITE DERIUADO PARA EXPOSIÇÃO INTERNA 19


vi
IV MÉTODOS E TÉCNICAS 84

4 . 1 . MONITORAÇÃO DE DOSE ABSORVIDA 84

4.1.1. PROCEDIMENTOS DE MONITORAÇÃO DE DOSE

ABSORUIDA 85

4.1.8. CrfLCULO DA DOSE EQUIVALENTE EFETIVA 85

4.8. MONITORAÇÃO DE AR 86

4.8.1. MÉTODO DE ANALISE POR FLOURESCÊNCIA

DE RAIO-X 87

4.8.8. PROCEDIMENTOS DE MONITORAÇÃO DE AR 88

4.8.3. CrtLCULO DA ATIVIDADE NO FILTRO 89

4.8.4. CrfLCULO DA DOSE EQUIVALENTE EFETIVA 30

V PLANEJAMENTO DO EXPERIMENTO 33

5 . 1 . PROCEDIMENTOS PARA ANALISE DE VARIANCIÃ 43

VI RESULTADOS EXPERIMENTAIS 46

6 . 1 . DOSE EQUIVALENTE EFETIVA DEVIDO A RADIAÇftO

EXTERNA 4?

6.1.1. USINA DE PRAIA 49

6.1.8. MOAGEM DA MONAZITA 50

6.1.3. DEPÓSITO DE MONAZITA 51

6.1.4. SEPARAÇÃO MA6NÉTICA 53

6.1.5. FILTRAÇftO TORTA I I 54


vil
6.1.6. FILTRAÇA*0 TORTA I 55

6.1.7. LIXIUIApftO 56

6.1.8. DOSE EQUIUALENTE EFETIUA DEUIDO A RADIAÇ&0

EXTERNA . CALCULADOS COM OS UALORES

MÉDIOS REPRESENTATIUOS 57

6.8. DOSE EQUIUALENTE EFETIUA DEUIDO A RADIAÇÃO

INTERNA 58

6.2.1. USINA DE PRAIA 59

6.8.2. M0A6EM DA MONAZITA 60

6.2.3. DEPdSITO DE MONAZITA 61

6.2.4. SEPARAÇÃO MA6HÉTICA 62

6.2.5. FILTRAÇSO DA TORTA I I 64

6.2.6. FILTRAÇftO DA TORTA I 65

6.2.7. LIXIUIAÇ&0 67

6.2.8. DOSE EQUIUALENTE EFETIUA DEUIDO A RADIAÇÃO

INTERNA 68

6.3. DOSE EQUIUALENTE EFETIUA 69

6.4. RISCO DOS TRABALHADORES 70

UII DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 71

7.1. RESULTADOS DA EXPOSIÇÃO EXTERNA 71

7.2. RESULTADOS DEUIDO A EXPOSIpfiO INTERNA 72

wiii
7.3. DOSE EQUIVALENTE EFETIVA E RISCO 72

UII CONCLUSÕES 74

•x
L I S T A BE TABELAS

p a r a
TABELA 1 : Ualores l c r , ' t J c o s t e s t e de

homogeneidade 36

<a
TABELA 2 > Coeficiente n -i+l* para teste tu de

normalidade 37

*
TABELA 3 = U a l o r e s de tu p a r a t e s t e de normalidade 38

TABELA 4 : R e s u l t a d o dos desvios padrões pretendidos

em f u n ç ã o do número de a m o s t r a 42

TABELA 5 : E s w e m a da t a b e l a de análise de variância 43

TABELA 6 -• Cálculos da análise de variância 44

TABELA 7 •• Taxa de dose absorvida - UPRA 49

TABELA 8 • ANOUA da UPRA 50

TABELA 9 •• Taxa de dose absorvida - MOA 50

TABELA 10 • ANOUA da MOA 51

TABELA 11 •• Taxa de dose absorvida - DEMO 51

TABELA 12 * ANOUA do BEMO 52

TABELA 13 < ANOUA do DEMO 52

TABELA 14 > Taxa de dose absorvida - SEMA6 53


TABELA 15 = ANOUA da SEMAS S3

TABELA 16 = Taxa de dose absorvida - FIL II 54

TABELA 17 . ANOUA da FIL II 54

TABELA 18 - Taxa de dose absorvida - FIL I 55

TABELA 19 . ANOUA da FIL I 55

TABELA 20 : Taxa de dose absorvida - LIX 56

TABELA 21 : ANC'JA da LIX 56

TABELA 22 = Taxa de dose absorvida média - Dose

equivalente efetiva correspondente 57

TABELA 23 : Concentração de tório no ar - UPRA 59

TABELA 24 > ANOUA da UPRA 59

TABELA 25 = Dose equivalente nos tecidos ou orgaos 60

TABELA 86 •• Concentração de tório de ar - MOA 60

TABELA 27 •• ANOUA da MOA 60

TABELA 28 : Dose equivalente para tecidos ou órgãos 61

TABELA 29 •• Concentração •_ tório no ar - DEMO 61

TABELA 30 : ANOUA do DEMO 62


xi
TABELA 31 : Dose e q u i v a l e n t e p a r a tecidos ou órgãos 62

TABELA 32 : Concentração de t ó r i o no a r - SEMflG 62

TABELA 33 : AHOUA da SEMA6 63

TABELA 34 : Dose e q u i v a l e n t e p a r a t e c i d o ou órgão 63

TABELA 35 : Concentração de t ó r i o no a r - FIL I I 64

TABELA 36 . AHOUA da FIL I I 64

TABELA 37 : Dose e q u i v a l e n t e p a r a tecidos ou órgãos 65

TABELA 38 : Concentração de t ó r i o no ar - FIL I 65

TABELA 39 •• AHOUA da FIL I 66

TABELA 40 : Dose e q u i v a l e n t e p a r a tecidos ou órgãos 66

TABELA 41 < AHOUA da FIL I 66

TABELA 4 2 •• hose e q u i v a l e n t e para tecidos ou órgãos 67

TABELA 43 •. Concentração de t ó r i o no &r - LIX 67

TABELA 44 •• AHOUA da LIX 67

TABELA 45 •• Dose e q u i v a l e n t e p a r a tecidos ou órgãos 68

TABELA 46 : Dose e q u i v a l e n t e para tecido ou órgão


devido a exposição i n t e r n a 68

TABELA 47 < Dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a comprometida 69

xii
TABELA 48 = Dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a 69

TABELA 49 •• Risco dos t r a b a l h a d o r e s 70

XIII
L I S T A BE ttUABROS

QUADRO 1 : Definição do d e t r i m e n t o da saúde devido


aos e f e i t o s e s t o c á s t i c o s 11

QUADRO 2 : Definição de dose equivalente e f e t i v a para


um indivíduo 12

QUADRO 3 : Coeficiente de risco f T para efeitos

e s t o c á s t i c o s e f a t o r de peso derivado u i j 14

QUADRO 4 s Limite de dose anual para t r a b a l h a d o r e s 16

QUADRO 5 •• F a t o r e s de conversão de atividade inalada


para dose equivalente efetiva comprometida

232
para T h , insolúvel 23

QUADRO 6 : F a t o r e s de conversão de atividade inalada


para dose equivalente efetiva comprometida

S32
para Th 31

QUADRO 7 : F a t o r e s de peso p a r a dose e q u i v a l e n t e efetiva


comprometida 32

QUADRO 8 : Algoritmo do QME - configuração inicial 40

QUADRO 9 < Algoritmo QME - final 41

xiv
LISTA I E FIGURAS

FIGURA 1 : Fluxograma da Usina de Praia 5

FI6MRA 2 : Etapas da monazita , no t r a t a m e n t o físico 7

FIGURA 3 = Etapas do t r a t a m e n t o químico da monazita 9

FIGURA 4 : Grandezas básicas e derivadas usadas p a r a


limitação de exposição individual 17

FIGURA 5 : F a t o r de conversão de dose e x t e r n a local


p a r a dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a 18

FIGURA 6 = Principais caminhos metabólicos do radionuclídeo


no corpo SI

FIGURA 7 i Diagrama do modelo p a r a sistema r e s p i r a t ó r i o 22

FI6URA 8 : Curva de calibraçao da e s p e c t r o m e t r i a de


raio-X 28

FIGURA 9 > Croqui simplificado da UPRA com os pontos


monitoração 46

FIGURA 10 > Croqui do t r a t a m e n t o físico da monazita ,


com os pontos de monitoração 47

FI6URA 11 s Croqui do t r a t a m e n t o químico da monazita ,


com os pontos de monitoração 48

xv
CAPÍTULO 1

INTRGBUpãO

Ho Brasil , o ciclo do tório compreende a extração ,


beneficiamento e processamento da monazita , que é um
minério contendo a l t a concentração de t e r r a s raras e com o
teor de a t é 6,0 '/. de ThOg e 0,3 7. de U^jOg , a presença de

elementos pertecentes das duas séries radioativas naturais


criam problemas de p r o t e ç ã o radiológica .

Essas industrias de monazita < HUCLEMOH > sao fábricas

antigas , com mais de cinqüenta anos sem sofrer

modernização em suas instalações > o que colabora para o


agravamento dos problemas de p r o t e ç ã o radiológica .

Desde 1977 , a Comissão Internacional de Proteção

Radiológica <ICRP> em sua publicação 1 n ° 30 , recomenda que

232
o valor do limite derivado p a r a Th insolúvel para efeito

de inalação s e j a de 0,04 B q ' m 3 , v a l o r e s t e 27 v e z e s i n f e r i o r


ao c o n s t a n t e na norma de p r o t e ç ã o radiológica para o ciclo

do t ó r i o e do u r â n i o 2 , válida p a r a o t e r r i t ó r i o b r a s i l e i r o que

é de 1/1 Bq/m3 Esta alteração , baseada em recentes


pesquisas com pessoas ocupacionalmente expostas em minas
de urânio e t ó r i o , exige uma revisão nos procedimentos de
p r o t e ç ã o radiológica d e s t a s i n s t a l a ç õ e s .

Por outro lado , a ICRP na sua publicação3 na 26 de


1977 expressa , c l a r a m e n t e , os a t u a i s princípios de p r o t e ç ã o
radiológica , ou s e j a m «
2

<a> Nenhuma p r á t i c a deve ser realizada , a menos que


i n t r o d u z a um benefício líquido -,

<b> A dose equivalente não pode exceder limites


apropriados ;

<c> Todas as exposições devem ser mantidas tao baixo

quanto razoavelmente exeqüível , considerando-se fatores

sociais e econômicos (Princípio ftLARA) .

Para estimar os impactos operacionais , torna-se


necessário calcular as doses e q u i v a l e n t e s e f e t i v a s devido à
contaminação do ar por tório e a exposição externa dos
radionuclídeos descendentes das séries n a t u r a i s do t ó r i o e do
urânio.

Ho p r e s e n t e trabalho , foram analisados em t e r m o s de


dose equivalente e f e t i v a e risco , as unidades de e x t r a ç ã o ,
beneficiamento e processamento da monazita , p a r a confronto
com os limites e com as ncvas recomendações de proteção
radiológica .

As estimativas das doses foram executadas para cada


etapa do processo como > beneficiamento das a r e i a s pesadas
na Usina de Praia , tratamento físico da monazita na Usina
Santo Amaro ( moagem , separação magnética e depósito de
monazita > , e t r a t a m e n t o químico da monazita na Usina Santo
Amaro ( lixiviação da monazita , filtraçao da torta I e
f i l t r a ç â o da t o r t a I I >.

U t i l i z o u - s e técnicas de monitoração ocupacional de área ,


dando-se maior ênfase ao planejamento estatístico de
3

amostragem , para que as conclusões obtidas tivessem maior


representatiuidade e confiabilidade , levando em consideração
a disponibilidade de equipamentos e tempo p a r a execução das
medidas .

Os r e s u l t a d o s obtidos c o n f i r m a r a m que , com a aplicação


dos novos conceitos , algumas áreas das instalações
passariam a s e r consideradas c r í t i c a s e necessitariam de uma
reestruturação no programa de proteção radiológica e até
mudanças de engenharia .
CAPÍTULO II

VESCRIÇltO ©O CICLO DO TÓRIO

0 ciclo do tório aqui considerado é , na verdade , a

exploração e o beneficiamento da monazita » que é um minério

de terras raras contendo cerca de 6,C 7. de ThOg A

exploração do minério é e x e c u t a d a a c é u a b e r t o , nas p r a i a s


do n o r t e do E s t a d o do Rio de Janeiro e , nessa região , ainda
t e m o t r a t a m e n t o inicial de separação de minérios na Usina de
Praia - NUCLEMON . O beneficiamento é r e a l i z a d o na cidade de
Sao Paulo , na Usina Santo Amaro - HUCLEMOH .

e.l - USINA DE PRAIA

ft HUCLEMOH - HUCLEBRáS de M o n a z i t a e Associados Ltda

realiza a lavra das areias pesadas , predominantemente , no


l i t o r a l dos e s t a d o s do Rio de Janeiro e do Espirito Santo .

fis areias pesadas sao uma associação mineralógica dos


minerais ilmenita , zirconita / rutilo e monazita , onde a
ilmenita aparece como mineral predominante . A ilmenita é um
titanato de f e r r o i a zirconita , um s i l i c a t o de zircônio > o
r u t i l o » um diôxido de t i t â n i o • a monazita um o r t o f o s f a t o de
terras raras.

0 c o n c e n t r a d o de a r e i a s pesadas é removido por máquinas


de grande porte e , na própria região , é executada uma

separação h i d r o g r a v i m é t r i c a p a r a r e m o v e r a silica .

0 concentrado de areia pesada é transportado para a


4
5

Usina de P r a i a , onde s e p r o c e s s a um t r a t a m e n t o físico para


separação dos principais minerais existentes no mesmo . Os
processos utilizados sao a separação eletrostática e a
separação eletromagnética , obtêndo-se os concentrados de
minerais pesados - i l m e n i t a , m o n a z i t a , z i r c o n i t a e r u t i l o . Um
esquema d e s t e s p r o c e s s o s e s t ã o na F i g u r a 1.

AREIA BRUTA

SEPARAÇÃO HIDROGRAUIMÉTRICA

AREIA PESADA SILÍCA

SEPARAÇ&O ELETR0STÍÍT1CA

CONDUTORES NHO-CONDUTORES

5EPARAÇ&0 ELETR0MA6NÉT1CA SEPARAÇÃO ELETR0MA6NÉTICA

MAGNÉTICO NftO-MAGNÉTICO MAGNÉTICO NA0-MA6NÉTIC0

ILHEH1TA RUTILO MQMftZITA


I
ZIRCONITA

Figura 1 > Fluxograma d a usina de p r a i a

Com exceção da ilmenita que depois de purificada é


comercializada diretamente , os demais minérios sao enviados
p a r a Usina Santo Amaro < USAM ).
6

2.2 - USINA SANTO AMARO

A Usina Santo Amaro possue as seguintes linhas de


fabricação --
- T r a t a m e n t o Físico de Minérios < TFM >
- T r a t a m e n t o Químico da Monazita < T6M >
- T r a t a m e n t o Químico da Ambligonita < TQA >
- Separação de T e r r a s Raras < STR )

Com exceção do t r a t a m e n t o da ambligonita , as demais


derivam dos minérios provenientes da Usina de Praia , p o r t a n t o
, com t e o r e s de urânio e t ó r i o .

2.2.1 -TRATAMENTO FÍSICO DE MINERAIS

A zircontta , o rutilo e a monazita recebidas na

USAM , com pureza de 85 a 95Z , sao purificadas pelos


mesmos processos de separações físicas - eletrostática e
eletromagnética.

0 rutilo é comercializado na forma granular e a


zirconita , além d e s t a f o r m a , é também vendida , depois de
submetida a processos de lavagem , moagem e classificação.

A monazita , após purificação , é encaminhada â


moagem e , p o s t e r i o r m e n t e , segue p a r a o t r a t a m e n t o químico.
A Figura 2 mostra as etapas da monazita no tratamento
físico.

2.2.2 -TRATAMENTO QUÍMICO DA MONAZITA

A monazita moída é aberta em meio bésico ,


7

* us ando-se soda c á u s t i c a em excesso , que s e p a r a o minério

MONAZITA

SEPARApto ELETROSTrfTICA

SEPARApfiO MAGNÉTICA

I
M0A6EM

MOHAZITA MOfSA E PURIFICAVA

Figura Z •• E t a p a s da monazita , no t r a t a m e n t o físico

em seus constituintes . A massa resultante é lixiviada com


água separando os hidróxidos insolúveis C torta I > , do
fosfato trissódico que será cristalizado por resfriamento ,
com recuperação do excesso de soda que retorna ao
processo.

Na lixiviaçao da torta I com ácido clorídrico ; as


ttirras raras ficam em soluções como c l o r e t o s -, o t ó r i o e
urânio ficam no precipitado , denominada torta II Após
filtraçao , a s o l u ç ã o de c l o r e t o de t e r r a s raras é tratada
com s u l f e t o de sódio , s u l f a t o de t e r r a s raras , c l o r e t o de
bário , barita e carvão ativo , originando uma torta de
isotopos de r á d i o e chumbo , denominada t o r t a de m e s o t ò r i o (
MsTh > , que é embalada e e s t o c a d a como r e j e i t o .

Após o tratamento , parte da solução de cloreto


de t e r r a s raras é concentrada por evaporação , obtendo-se
o cloreto de terras raras cristalizado > parte é
transformada em outros produtos de terras raras ,
8

. c a r b o n a t o e oxido , e ainda uma t e r c e i r a p a r t e é submetida a


fracionamento para obtenção de sais e oxidos de certo ,
lantânio , neodínio e o u t r a s terras raras com t e o r e s entre
75 a 99/í de p u r e z a .

A torta II é embalada e enviada ao Complexo

Minero-Industrial do Planalto de Poços de Caldas , da

HUCLEBRriS , aguardando f u t u r o aproveitamento.

A Figura 3 apresenta um resumo das etapas do


t r a t a m e n t o químico da monazita .
MONAZITA MOÍOA

HaOH.

LIXIUIAÇAO

FILTRAÇAO

TORTA I 1
SOLUÇÃO DE
•T.R.OH DE FOSFATO
Th e U TRISSÒDICO

H0M06ENIZAÇft0 EXPEDIÇÃO

HCL RECUPERAÇÃO
de NaOH
DISSOLUÇÃO

FILTRAÇAO

SOLUÇÃO DE TORTA II
CLORETO T.R. Th e ü
I
Na g S • BaCl 2 +_ EST0CA6EM
s u l f a t o T.R.
PURIFICAÇÃO

FILTRAÇAO

I
CLORETO T.R. TORTA DE
BE HsTh

TRATAMENTO DE EST0CA6EM
TERRAS RARAS

« T.R. -> Terras r»r»s

Figura 3 « E t a p a s do t r a t a m e n t o químico da monazita


CAPÍTULO III

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Ha aplicação dos princípios básicos de proteção


radiológica é necessário montai—se um sistema de limitação de
dose . Para t a n t o é necessário d e f i n i r quantidades de dose ,
•que c a r a c t e r i z a m o risco de o c o r r ê n c i a de e f e i t o s estocástico
da radiação ou o d e t r i m e n t o da saúde de um indivíduo e da

sociedade , bem como o caso dos e f e i t o s n a o - e s t o c á s t i c o s 5 * * .

Efeitos estocásticos sao aqueles para qual existe uma


probabilidade de sua o c o r r ê n c i a , em vez de sua severidade ,
sendo considerado uma f u n ç ã o da dose sem limiar . Os e f e i t o s
nao-estocásticos aqueles para qual a severidade do efeito
varia com a dose e portanto ocorrendo a existência de um
limiar.

3 1 -CONCEITO DE DETRIMENTO

0 detrimento t o t a l da saúde "6* de um indivíduo devido «*


efeitos estocásticos da radiação , como câncer e efeitos
genéticos d e l e t é r i o s , é o somatório dos d e t r i m e n t o s de t o d o s
os e f e i t o s estocásticos resultantes da i r r a d i a ç ã o de tecidos
relevantes do corpo humano . 0 d e t r i m e n t o de cada tipo de
e f e i t o é dado p e l a probabilidade de incidência m u l t i p l i c a d a p e l a

severidade do «feito3 0 quadro 1 mostra a definição de


detrimento .

Adotando uma suposição de proporcionalidade d i r e t a entre


dose e risco , c o n c l u í - s e que o d e t r i m e n t o a saúde individual
pode ser expresso pela combinação linear das doses

10
11

equivalentes Hj para todos os tecidos r e l e v a n t o s T

QUADRO 1 Definição do detrimento da saúde devido aos


e f e i t o s estocásticos .

<1> BEFIHEÇftO GERAL

6 - l sT PT

s-j- -> f a t o r de peso de severidade <ex. produção de


morte >
P j -> probabilidade de incidência do e f e i t o no tecido T

<2> CDHSIBERAHBO A RELAÇÃO LINEAR BE BOSE-RISCO

PT = a HT

a -> coeficiente de risco


Hy-> dose equivalente no tecido
6 - l sT . aT HT = Ç f T HT

Tj-> coeficiente de risco no tecido T

<3> IRRABIAÇftO UNIFORME DE CORPO INTEIRO

H T « Hjyj, p a r a todos os tecidos


H ul | J -> dose e q u i v a l e n t e de corpo i n t e i r o
B H f f H
" iub * T " u,b ujb
f W D - > coeficiente de r i s c o p a r a corpo inteiro

3.2- CONCEITO DE DOSE EQUIVALENTE EFETIVA

Aplicando e s t e conceito de d e t r i m e n t o a quantidade dose


pode ser definida como sendo proporcional ao detrimento
individual devido aos e f e i t o s e s t o c á s t i c o s da radiação . Então
, a dose equivalente efetiva Hg é dada pela soma ponderada

das doses equivalentes HT para os tecidos T relevantes <

ver quadro 2 > . Conforme a equação :


ia

HE = £ uiT . HT com £ u»j = 1 <l>

onde >

u i j -> f a t o r de peso

0 fator de peso UI-J- de um t e c i d o T é p r o p o r c i o n a l ao

detrimento por u n i d a d e de d o s e o u c o e f i c i e n t e de r i s c o f j ,

do r e s p e c t i v o t e c i d o . D e s t a d e f i n i ç ã o s e g u e =

u»T « f T ' Z f j = fT ' fwb <Z>

onde fjyk é o coeficiente de risco para uma irradiação

u n i f o r m e de c o r p o i n t e i r o .

QUADRO 2 •• Definição de dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a p a r a um

indivíduo.

(1) B E F I M Ç f t O GERAL =

= c o m tt,
HE « 6 • f W B = Z HT . < f y ' ^ W B ' Z ""T^T ^ T~l

w j -> f a t o r de p e s o d e t r i m e n t o p a r a t e c i d o T

<2> IRRADIAÇÃO UHIFORME DE CORPO IHTEIRO

H H W H
E " iub ? J " mb

(3) IRRADIAÇÃO HAO-UNIFORME

Como a dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a de uma i r r a d i a ç ã o não

u n i f o r m e c a u s a o mesmo d e t r i m e n t o e s t o c a s t i c o t o t a l que a

dose devido i r r a d i a ç ã o u n i f o r m e de c o r p o i n t e i r o , e n t ã o a

dose e q u i v a l e n t e H^j, <* H E .


13

Ho quadro 3 e s t ã o listados os v a l o r e s do f a t o r de peso

uij recomendado pelo ICRP na publicação n° 26 , que são

resultantes dos valores de referência do ICRP para os

coeficientes de risco f j .

A respeito do f a t o r de peso \»j — 0,30 < r e s t o do corpo>

, a Comissão recomenda que o v a l o r de 0,06 deve ser aplicado


p a r a cada um dos cinco órgãos ou tecidos não l i s t a d o s que
receberam as maiores doses e q u i v a l e n t e s .

Os v a l o r e s de referência do ICRP p a r a os fatores de


risco de mortalidade são fundamentados na análise de risco e
8
nas conclusões do t r a b a l h o da UNSCEAR . Deve-se salientar
que o risco associado de uma exposição v a r i a com a idade e
sexo da pessoa e x p o s t a , p o r t a n t o os v a l o r e s dos riscos e
os fatores de peso sao valores médios , calculados pela
média de todas as idades e de ambos os sexos , sendo
apropriados para p r o t e ç ã o de t r a b a l h a d o r e s e p a r a exposição
crônica dos membros do público .

A introdução desta nova grandeza " dose equivalente


efetiva " é somente r a z o á v e l do ponto de v i s t a biológico ,
apesar de suas vantagens p r á t i c a s . A consideração de todos
os tecidos expostos , resolve o problema de se ter que
selecionar órgãos críticos . Além disso , esta grandeza é
aplicada para todas as condições de irradiação , tanto uma
irradiação de p a r t e do corpo ou uma irradiação não uniforme
devido a f o n t e s e x t e r n a s ou m a t e r i a l radioativo incorporado .
Consequentemente , o risco total e s t o c á s t i c o ou detrimento
de todas as combinações de exposição i n t e r n a e e x t e r n a pode
ser obtido por um simples valor de dose equivalente ,
multiplicado pelo f a t o r de risco .
14

QUADRO 3 : Coeficiente de r i s c o f T para efeitos estocásticos e


f a t o r de peso derivado Wj

4
Tecido / ó r g ã o f f '(10 Sv"* 1 > ui-|

6ônadas 40 0,25

Seios 25 0/15

Medula óssea v e r m e l h a 20 0,12

Pulmão 20 0,12

Superfície óssea 5 0,03

Tireóide 5 0,03

Resto do corpo 50 0,30

Irradiação uniforme

de corpo i n t e i r o 165 1

Para limitação de risco estocastico < câncer e riscos


genéticos > o limite anual de dose p a r a indivíduo recomendado
pela ICRP é e x p r e s s o em dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a .

3.3- LIMITES BrfSICOS DE DOSE PARA IHDÍVIDUO

Limites básicos de dose sào destinados as pessoas que

nao tem benefício direto da exposição É o cato dos

trabalhadores e dos membros do público que e s t ã o expostos


a radiação artificial . Por outro lado , nao se aplica limites
de dose para exposição médica de pacientes , porque neste
caso o paciente tem um benefício direto óa aplicação da
radiação .
15

Como r e f e r ê n c i a básica p a r a os limites de dose , existem


dois propósitos a s e r considerados :

(a> Limitação do risco dos e f e i t o s estocásticos

(b) Prevenção de e f e i t o s não-estocásticos

0 primeiro r e q u e r um limite de dose equivalente efetiva


Gimite e s t o c á s t i c o ) . 0 segundo demanda uma dose e q u i v a l e n t e
p a r a cada tecido e deve e s t a r abaixo do limiar p a r a incidência
do e f e i t o d e l e t é r i o n ã o - e s t o c á s t i c o (limite nao-estocástico> .

0 limite anual ocupacional de exposição por trabalhadores

3
recomendado pelo 1CRP , como limite básico está descrito
no quadro 4.

Esses limites devem significar que as exposições acima


deles sao especialmente proibidas , embora exposições abaixo
não sejam automaticamente permitidas . Neste sentido , os
limites recomendados são condições de contorno requeridas
p a r a um adicional processo de otimização .

Aplicando o fator de risco de mortalidade por câncer

induzido pela radiação de 1,25 10~e Sv"1 C quadro 3 > ao


limite de 0,05 Sv , tem-se um risco para uma pessoa
ocupacionalmente e x p o s t a de >

R
ocup." ° ' 0 5 • 1/23 l0
~8 " 6
'25 10
~4 por ano

Sendo o risco ocupacional de mortalidade nas chamadas

industrias seguras da ordem de 1 0 ~ 4 por ano / os limites


recomendados para proteção radiológica estão na mesma
ordem de grandeza .
16

QUADRO 4 : Limite de Dose Anual para Trabalhadores

<1> Dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a < l i a » t e e s t o c á s t i c o )


0.05 Sv
<2) Dose e q u i v a l e n t e p a r a tecido
<limite n a o - e s t o c i s t i c o )

cristalino 0,15 Sv
outros tecidos 0 , 5 0 Sv
(3) Dose e q u i v a l e n t e p a r a u t e r o s <feto>
0,005 Sv
durante os dois primeiros meses

Em cada indústria , existem grupos de trabalhadores que


sao mais expostos que outros , consequentemente , a
exposição de simples trabalhadores ou grupos pode estar
consistentemente perto do limite anual . Deve-se enfatizar
que uma longa e contínua exposição com valor acumulado
próximo dos limites será somente aceitável caso uma
cuidadosa análise de custo e benefício mostre que o maior
risco é justificável . Cabe lembrar que o risco de radiação de
um trabalhador nao é determinado pela sua exposição
ocupacional num simples ano , mas sim pela sua dose
acumulada durante o tempo t o t a l ocupacional .

3.4- LIMITES DERIUADOS E SECUNDÁRIOS

0 principal objetivo das medidas de proteção radiológica é


verificar se os níveis radiológicos encontram-se nos padrões
apropriados e aplicar o princípio ALARA mesmo quanto estes
níveis encontram-se dentro dos padrSes Ha pr ática ,
17

contudo , essas grandezas primárias não podem s e r medidas


diretamente . I n t e r p r e t a r medidas ou atividades no ambiente ,
em t e r m o s de dose e q u i v a l e n t e no tecido e dose e q u i v a l e n t e
efetiva , constitui o problema fundamental de proteção
radiológica .

A aplicação de limites secundários e de limites


operacionais derivados têm o propósito de solucionar o
problema de interpretação das medidas . Na Figura 4 esta
a p r e s e n t a d o o esquema de relacionamento dos limites .

Dose e q u i v a l e n t e efetiva
limites primários
Dose e q u i v a l e n t e no tecido
• \
• v
s \
exposição exposição
externa interna
/• N
• v

limites secundários índice dose Atividade


equivalente Incorporada

Monitoração Monitoração
da radiação de atividade

I
fluência no a r
dose l o c a l alimentos,água
ar , t e c . e q . * contagem corpo
dose pessoal bíoánalise

. _ .
* tecido equivalente a p e l e
Figura 4 6randezas básicas • derivadas usadas para
limitação de exposição individual .

Deve se n o t a r ainda a existência de limites a u t o r i z a d o s


, que são declarados pela autoridades nacionais competentes
ou pela gerência de uma instituição . Entretanto , esses
18

limites devem f i c a r abaixo dos limites derivados » u s a n d o - s e o


princípio ALARA p a r a e s t a b e l e c ê - l o s .

3.4.1 - LIMITE BER1UAD0 PARA EXPOSIÇÃO EXTERNA

A exposição de trabalhadores á radiação é


c o n t r o l a d a per dosímêtros pessoais ou por medida da t a x a de
dose no l o c a l de t r a b a l h o . O c á l c u l o do f a t o r de conversão
e n t r e dose e q u i v a l e n t e estimada , por medida de t a x a de dose

, e a dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a é dada p e l a equação n ° 3 .

Sv/6«j

3.8- t

2.8- t

2.6- t

2.4- t

2.2- t

2.8- t

1.8- t

1.6- t
t
1.4- t t
t
1.2- t t t t
* t t * t
1.8- t t t t * - « - t « - t « - «

8.8- •*• «-«-*»* »« « I « < I 1 • * !«••« i • 4-»#


»«- «-«- « I I « I *»»#«-
6-

8.4- M- t P^A
*«- « ROT
9 2- 4- A ' P

I I I I I I I
0 95 8.1 0 23 8.5 1.8 2.5 56 C
<MeU)
Figura 5 : F a t o r de conversão de dose e x t e r n a local para
dose equivalente e f e t i v a .
19

H _ H h
E l l <3>

onde - HE -> dose equivalente efetiva

H| — > dose estimada por medida de dose local

1 — > f a t o r de conversão de dose equivalente

efetiva ' dose local .

0 valor do f a t o r de conversão varia com a energia

e a seometria de irradiação conforme mostra a Figura S .

Entretanto na prática , para estas instalações , o valor

utilizado é igual a um » por não existir uma geometria de

irradiação predominante e característica das condições de

trabalho , além do f a t o da energia da radiação gama ser uma

faixa de energia , devido aos vários emissores gama das

séries naturais de urânio e tório .

3.4.2 - LIMITE DERIVADO PARA EXPOSIÇÃO INTERNA

A dose equivalente comprometida Hj ^g para um

tecido (dose equivalente para uma dada incorporação que s^rá

acumulada num determinado tecido ou órgão nos SO anos após

o instante da incorporação ># devido a inalação ou ingestão de

um radionudideo é proporcional a atividade incorporada I do

radionudideo .

H h
T,58 " T • « ">

onde : h T -> f a t o r de dose para inalação ou ingestão

I -> atividade anual incorporada

Os processos de incorporação de radionuclídeos sao

incorporação única , várias incorporações e incorporação


20

crônica . O processo de incorporaçoo cromca e u t i l i z a d o p a r a


pessoas do público nas á r e a s de a l t a radiação de f u n d o . A
incorporação única simula um acidente isolado com material
radioativo 0 processo de várias incorporações está
relacionado com c o n t a t o s periódicos com m a t e r i a l radioativo ,
que é caso dos t r a b a l h a d o r e s .

Portanto a atividade anual incorporada é expressa


pela equação abaixo •

c<t> u<t> dt <s>


\~S -
onde : C<t> -> c o n c e n t r a ç ã o temporal d e radionuclídeo

no ar em Bq/m
U<t> -> volume de ar respirado por unidade de

tempo em m 3 .

O fator de dose h j para inalação e ingestão , que

fornece a dose equivalente comprometida <50 anos) para


tecido T por unidade de atividade incorporada , é derivada de

modelos dosimétricos de simulação do metabolismo para a


incorporação de radionuclídeo .

As principais vias metabólicas , consideradas para

cálculo de dose em diversas partes do corpo10 , sao


mostradas na Figura 6 .

Vale salientar a conexão do sistema respiratório


com gastro intestinal e deste com o sangue , que faz o
papel distribuidor dos radionuclídeos para diversos outros
órgãos .
21

O modelo dosimétrico do sistema respiratório é


dividido em quatro compartimentos , sendo estes região
n a s o - f aringeal , traqueobronquial , pulmonar e nodos
linfáticos . v e r Figura 7 .

Ingestão
i
Inalação
t Exalaçao

Lr Sistema
Respiratório
Nodos
linf óticos
I L
Sistema
gastro
_=* sangue Resto do corpo
<-

,11* .711* ,
I Fígado I I Rim I

Fezes | Urina

Figura 6 •• Principais caminhos metabólicos do radionuclide© no


corpo

Nos primeiros t r ê s estágios , o 1CRP recomenda um


detalhamento da deposição dos aerosóis # relacionando a
porcentagem de deposição no compartimento com o diâmetro
aerodinâmico de atividade módia da p a r t í c u l a <AMAD> .

Devido à natureza físico-química do composto , a


liberação do compartimento é dividida em t r ê s classes . Classe
'D* onde a meia-vida de depuração é menor que 10 dias ,
classe V com meia-vida de d e p r u r a ç a o e n t r e 10 e 100 dias e
Classe "V" com meia-vida de depuração acima de 100 dias .
22

Com esta classificação dos compostos e a


porcentagem de deposição c a l c u l a - s e * através de equações
diferenciais , a dose e q u i v a l e n t e . A publicação 30 do ICRP no
seu anexo , apresenta tabelas de fatores , que sao os
resultados das equações do modelo , considerando o homem

p a d r ã o 1 1 , o ftMAD igual 1 »xm e as 3 c l a s s e s de d e p r u r a ç a o .

naso-- f a r i n g e a l 4

s S

A t r a q u i eobronquial 4 I

N S

E
1Pulmonar 4
1 6

Nodos L i n f á t ú COS

Figura 7 •- Diagrama do modelo p a r a sistema r e s p i r a t ó r i o

Consequentemente , a dose equivalente efetiva

comprometida Hg de um radionuclídeo inalado ou ingerido é

dada p e l a r e l a ç ã o :

M
E,50 " h
e • 1 com h
e * *T * T • n
l (6>

onde
H E 5Q -> dose equivalente e f e t i v a comprometida
23

he -> f a t o r de dose p a r a inalação ou ingestão

I -> atividade incorporada

Os v a l o r e s de h j e h e sao apresentados no quadro 5 ,

r e t i r a d o s do apêndice da publicação n A 5 0 do ICRP .

Para o cálculo da atividade incorporada utiliza-se a


equação 5 , onde a concentração de tóVio no a r e o volume
de ar respirado sào independentes do tempo , portanto o
v a l o r médio da c o n c e n t r a ç ã o no a r , multiplicado pelo volume
respirado por um trabalhador em um ano de atividade ,
têm-se 2400 h < 50 semanas de 48 horas por semana > em
cima da condição de alta atividade cuja a taxa média de
respiração é 20 litros por minuto , ou seja 2880 metros
cúbicos de a r inalado .

QUADRO 5 Fatores de conversão de atividade inalada


e32
p a r a dose equivalente comprometida p a r a T h , insolúvel .

Tecido ou hT H T . uij
órgão CSu'Bq> (Su/Bq)

Medula óssea vermelha 4,0 1 0 ~ 4 4,8 1 0 ~ 5


Superfície óssea 5,0 1 0 ~ 3 1,5 I O " 4
Pulmão 9,4 1 0 " 4 1,1 I O " 4
CAPÍTULO IV

MÉTOBOS E TÉCNICAS

Os métodos empregados baseiam-se na simulação das


condições de t r a b a l h o no local em análise , a t r a v é s de um
programa ocupacional de á r e a , colocando—se os equipamentos
de medida ou os amostradores nas posições onde os
t r a b a l h a d o r e s e x e c u t a m suas t a r e f a s .

0 programa de monitoração ocupacional é constituído de


um programa de monitoração de dose absorvida e um de
monitoração de ar Para uma melhor representação das
conclusões resultantes destes programas de monitoração ,
estes obedecem em sua execução a um planejamento
e s t a t í s t i c o , que s e r á apresentado no c a p í t u l o seguinte.

4.1 -MONITORAÇÃO DE DOSE ABSORVIDA

A técnica utilizada considera a radiação recebida pelos


trabalhadores como uma irradiação de corpo inteiro , porque
nas instalações analisadas nao e x i s t e um tipo de geometria de
irradiação p r e f e r e n c i a l .

As medidas de t a x a de dose absorvida sao realizadas por


i n s t r u m e n t o s de l e i t u r a d i r e t a , a uma a l t u r a de um m e t r o .
0 equipamento utilizado é uma câmara de íonizaçao , modelo
"Baby Line 2 0 marca Hardeaux" , dotado de uma capa e x t e r n a
simuladora do tecido humano , sendo portanto avaliada
diretamente a dose absorvida na pele , com limite de
detecção de 1,0 n . 6 y h < 0,01 m r a d ' h >.

24
25

4.1.1 -PROCEDIMENTOS DE MONITORftCftO DE DOSE ABSORUIDDA

Inicialmente é necessário verificar a


operacionalidade do equipamento , testando a carga da
b a t e r i a e executando uma a f e r i ç ã o , a t r a v é s da u t i l i z a ç ã o de
uma fonte padrão que acompanha o equipamento , onde a
leitura deve estar compreendida dentro dos valores
estipulados na própria fonte . Além d e s t a s verificações de
rotina , deve-se somente utilizar aparelhos calibrados num
l a b o r a t ó r i o de Dosimetria , padrão primário ou secundário .

0 passo seguinte é a l e i t u r a do v a l o r da radiação


de fundo existente na região , onde será realizado o
levantamento radiométrico .

Finalmente , executa-se pelo menos duas leituras


no ponto de interesse , tomando-se cuidado com as
interferências de campos grandes de radiação de áreas
adjacentes , e após o desconto da radiação de fundo ,
t e m - s e o v a l o r da t a x a de dose absorvida da á r e a .

4.1.2 -CrfLCULO DA DOSE EQUIVALENTE EFETIVA

A dose e q u i v a l e n t e pesquisada é relativa para um


ano de t r a b a l h o e p o r t a n t o d e v e - s e t r a n s f o r m a r * as t a x a s de
dose absorvida p a r a dose absorvida anual . Como em um ano

de trabalho têm-se cinqüenta semanas , cada semana seis

dias / cada dia oito horas / a dose absorvida anual é a t a x a


de dose em Gray por hora vezes dois mil e quatrocentas
horas-ano.

De posse da dose absorvida anual , cálcula-se a


26

• dose equivalente p e l a equação abaixo =

H E = H, . hj C7>

onde :
Hg- -> dose e q u i v a l e n t e efetiva

H| -> dose equivalente medida pela câmara de

ionizaçao

h| -> f a t o r de conversão de 6y p a r a Sv = l

4.S- MONITORAÇBO DE AR

0 método mais simples p a r a d e t e r m i n a r a contaminação do

coc
ar , por material radioativo em suspensão , no caso Th,
consiste basicamente na f i l t r a g e m de um volume conhecido de
ar , através de um filtro de alta eficiência e na

determinação da atividade r e t i d a no f i l t r o após a c o l e t a . A


eficência do método irá depender da capacidade do f i l t r o de
reter as poeiras microscópicas em suspensão no ar , do
volume de a r a m o s t r a d o e do sistema de medida da atividade.

0 sistema de amostragem usado consiste de um


amostrador "STAPLEX tipo TFIA" , dotado de filtro
"Whatman-fibra de vidro GF'A" , com vazões de c e r c a de 700
l/min. .

0 volume total amostrado depende da capacidade de


carga do filtro Sendo função da quantidade total de
material particulado em suspensão , c do limite de d e t e c ç ã o
do sistema empregado p a r a análise do f i l t r o , que é f u n ç ã o
do teor de tório no particulado total De uma análise
preliminar da quantidade de p a r t i c u l a d o no a r e da atividade
27

alfa total no f i l t r o , e n c o n t r a - s e o tempo de amostragem .


Para esta análise , utilizou-se de um analisador de poeira
modelo "P5H2 marca Sibata Scientific Technology Ltd." , e
concluíu-se que para um tempo de trinta minutos de
amostragem resultava uma boa estatística para análise ,
nas instalações em q u e s t ã o , portanto tendo-se um volume

médio de 20 m .

4.2.1 -MÉTODO DE ANALISE POR FLOURESCÊNCIA DE RAIO-X

Para se analisar os fitros de ar têm-se as


seguintes técnicas disponivéis Espectrometria alfa > Alfa
total , Análise de ativação e f l o u r e s c ê n c i a de r a i o - X . D e n t r o
destes , optou-se pela flourescência de raio-X devido a
sensibilidade e rapidez do método , u t i l i z a n d o - s e para t a l um
espectrômetro de r a i o - X "modelo 3063 da marca Rigaku-Deuki".

A espectrometria de raio-X é método analítico


reprodutível , não destrutivo , multielementar que permite

identificar a m o s t r a s com massa da ordem de I O - 6 g . Sendo a


análise por fluorescência de raio-X um método comparativo ,
é possível d e t e r m i n a r os t e o r e s dos elementos de i n t e r e s s e ,
sempre que se t e m um padrão confiável da mesma natureza
da a m o s t r a .

Para a montagem do padrão , é necessário a mesma


m a t r i z do m a t e r i a l a smr analisado , sendo assim p r e p a r o u - s e
os padrões nos próprios filtros fibra de vidro , com
particulado de monazita , gerado da f i l t r a ç ã o do ar na área
de separação magnética e adícionando-se d i f e r e n t e s t e o r e s de
t ó r i o de uma solução padrão conhecida . C o n t o u - s e os f i l t r o s
usados como m a t r i z e s a n t e s de se adicionar a solução padrão
28

* , com a finalidade o b t e r a contagem líquida devida ao t e o r de


padrão Com esses padrões levantou-se uma curva de
calibraçâo , Figura 8.

contagem

30066

25660

20660

15000
1,00 1,30 1,60 1,90 mg
Figura 8 -• Curva de c a l i b r a ç â o da e s p e c t r o m e t r i a de raio X

4.2.2-PROCEDIMENTOS DE MONITORAÇÃO DE AR

Colocou-se o filtro no amostrador de ar e este


num t r i p é . A a l t u r a do t r i p é f o i de de 1,60 m , simulando a
a l t u r a média das narinas de um t r a b a l h a d o r .

Ligou-se na tomada o a m o s t r a d o r , confirmandu-se


antes da compatibilidade de tensSo da rede com a do
equipamento . Anotou-se •• a vazão inicial , a do meio e a
f i n a l da amostragem .

Colocou-se a a m o s t r a no e s p e c t r ô m e t r o de r a i o X ,
e analisou-se o filtro com o equipamento nas seguintes
29

condições :

Linha analítica - L OC 2 © • 40,06

Background - 2 © = 42,00

Ordem de reflexão - Ia

Cristal - Topazio 2d 2,795 A (006)

Tubo - Mo

Contador - Cintilômetro

Tempo de contagem - 20 s

Tensão e corrente - 40 Kv , 40 mA

4.2.3 - CALCULO DO ATIVIDADE HO FILTRO

Primeiramente > foi necessário obter o valor do

volume total amostrado , obtido pela vazão média C média

aritmética das t r ê s vazões anotadas > multiplicada pelo tempo

t o t a l de amostragem , de acordo com as equações abaixo =

Q = < Q- - • + O. • o_- , > / 3 (8)


m K M
"inicial meio "final ' *

onde <

Q -> vazão média em m 3 'min.

- > vaz n 0
"inicial *° início da amostragem

vaz n o
"meio •"* *° <neio da amostragem

- > va2
afinal * ° no final da amostragem

u T <9>
- ° amostragem

onde >

U -> volume t o t a l amostrado em m 3


30

Q -> vazão média


->
^amostragem * e m P ° t o t a l do a m o s t r a d o r ligado

Em seguida o b t e v e - s e a massa de t ò r i o no f i l t r o
a partir da contagem da amostra no equipamento , e
u t i l i z a n d o - s e p a r a i s t o a c u r v a de calibraçao .

Dividindo-se a atividade em massa encontrada no


f i l t r o pelo volume t o t a l , o b t e v e - s e a c o n c e n t r a ç ã o no ar de
tório e , em seguida converteu-se essa concentração de

n i 9 / m 3 p a r a Bq'nT* .

4.2.4 - CrfLCULO DA DOSE EQUIVALENTE EFETIVA

Calculou-se a incorporação anual pela equação


abaixo -•

I a » C . 5 0 . 48 . 1,2 U0>

onde ••

I a -> I n c o r p o r a ç ã o a n u a l em Bq

C -> Concentração de t ó r i o no ar em B q ' m 3


50 -> Semanas em um ano
48 -> Horas de t r a b a l h o em uma semana

1,2 -> Volume de a r r e s p i r a d o em m 3 / h

Multiplícando-se a incorporação a n u a l pelo fator


de dose equivalente comprometida , no órgão ou tecido por
unidade de atividade inalada < relacionado no quadro 6 > ,
o b t e v e - s e a seguinte equação =
31

HT - I hT <ll>

onde :

H j -> dose no tecido T em Sv

I -> Incorporação anual

h f -> f a t o r de conversão , Quadro 6

QUADRO 6 : Fatores de conversão de atividade inalada para


dose equivalente comprometida p a r a T h " .

Tecido ou órgão F a t o r <Sv>rBq>

Medula óssea vermelha 4,0 . 1 0 ~ *

Superfície óssea 5,0 . 10

Pulmão 9,4 . 1 0 ~ 4

M u l t i p l i c o u - s e pelo f a t o r de peso u> , < q u a d r o 7 >


,as doses equivalentes comprometidas no tecido ou órgão
analisado . Em seguida somou-se todos os v a l o r e s p a r a se t e r
a dose de corpo inteiro , r e a l i z a n d o - s e a seguinte equação •

H H
E "Ç T - «T (12>

onde :

H E -> dose equivalente comprometida

H T -> dose no tecido T

wj -> fator de peso na dose equivalente


32

' comprometida

QUADRO 7 Fatores de peso pana dose equivalente


comprometida

Tecido o u ó r g ã o ui

Medula óssea vermelha 0,12

Superfície óssea 0,03

Pulmão 0,12
CAPITULO V

PLANEJAHEMTO » 0 EXPERIMENTO

Como é do conhecimento de todos , um dos maiores


problemas na avaliação das condições de trabalho em uma
instalação reside na definição de p a r â m e t r o s , bem como , na
determinação de um v a l o r médio ou a f a i x a de v a l o r e s que
representem significativamente a higienie ocupacional . Para
solucionar esta s i t u a ç ã o , u t i l i z o u - s e medidas e f e t u a d a s t>or
amostragens e aplicou-se da estatística , uma técnica
denominada planejamento de experimentos.

O objetivo do planejamento é testar a existência de


efeitos e avaliar as suas magnitudes , através dos
indicadores utilizados , levando-se em consideração os
diversos fatores de variação . No caso das instalações da
UPRA e USAM , os p a r â m e t r o s utilizados f o r a m as t a x a s de
dose e a c o n c e n t r a ç ã o de t ó r i o no a r , medidos nos pontos
considerados c r í t i c o s , tendo-se como f a t o r e s de variação ,
os pontos e dias das amostragens . A validade do experimento
baseou-se na estimativa nao tendenciosa das grandezas . na
avaliação da i n c e r t e z a devido a variabilidade aleatória • na
minimizaçao dos erros . Para t a n t o , o planejamento seguiu
alguns princípios básicos indispensáveis a validez das
conclusões p o r v e n t u r a alcançadas , que f o r a m os princípios ••
"da repetição " , "da aleatorizaçao " e "do controle de

local"13.

0 princípio da repetição consistiu na reiteiraçao das


medidas , para determinar se as suas variações internas
foram semelhantes a diferença entre pontos diversos ,
considerado na mesma á r e a , a q u a l q u e r distância .

33
34

O princípio da a l e a t o r i z a ç a o consistiu na distribuição ao


acaso das medidas da mesma área , objetivando evitar a
estimativa tendenciosa do e f e i t o decorrente do agrupamento
das medidas.

0 princípio do c o n t r o l e de l o c a l consistiu em que t o d a s


as repetições das medidas das grandezas em e s t u d o , num
local , fossem o mais homogêneo e similares possível . Por
exemplo , todas as medidas nos pontos e suas repetições
foram realizadas no mesmo dia, obtendo-se com isso uma
melhor precisão dos r e s u l t a d o s .

Levando-se em consideração esses princípios e utilizando


o procedimento de operações de rotina da instalação ,
montou-se um modelo matemático do experimento , incluindo
os e f e i t o s considerados principais sobre as grandezas medidas
e mais a parcela chamada de e r r o a l e a t ó r i o , que incluí as
incertezas de cada medida devido à variação e s t a t í s t i c a e os

demais e f e i t o s nao considerados .

No caso das instalações do ciclo do tório , em


consideração , os v a l o r e s das grandezas medidas podem s e r
expressas pela equação =

v M D p
ijk " • i • j * W i j • *ijk <13>

onde «

Y j j k -> Resposta da k enésima unidade e x p e r i m e n t a l , no i

enésimo dia e no j enésimo ponto >

M -> Média r e a l ;

9: -> E f e i t o do i enésimo dia;


35

P: -> E f e i t o do j enésimo p o n t o ;

IP:: -> E f e i t o da i n t e r a ç ã o do i enésimo dia com j

enésimo ponto ;

f^jlc -> E f e i t o do k enésimo e r r o a l e a t ó r i o na i j enésima

unidade e x p e r i m e n t a l .

lasicamente , a equação significa que o valor obtido


numa amostragem é r e p r e s e n t a d o pelo v a l o r médio , acrescido
das contribuição de fatores utilizados na simulação da
operação da i n s t a l a ç ã o e i n c e r t e z a s associadas .

Este modelo matemático pressupõe a aceitação de


algumas hipóteses básicas q u e sao=

i . Os diversos e f e i t o s sao aditivos-.

Z. As i n c e r t e z a s sao independentes;

3. Todas as i n c e r t e z & j t ê m uma distribuição com a mesma


variância;

4. As i n c e r t e z a s t ê m uma distribuição normal.

Para as hipóteses 3 e 4 sao executados testes


específicos de comprovação , isto é de homogeneidade e
normalidade.

0 t e s t e de homogeneidade u t i l i z a d o é o de lurr-Foster*"
, r e a l i z a d o com o seguinte processo =

1. Seleciona-se amostras de igual tamanho , "n"


<repetiçoes = 2> e de V" parâmetros Cdois pontos e nove
dias •= 18> ;
36

2. C a l c u l a - s e a variância " s : 2 " p a r a cada p a r â m e t r o i •.

3. Determina-se o v a l o r de *q~ p e l a s e g u i n t e equação :

q = £ Sè4 • C Z s ; 2 ) Z

<€ 8
4. Compara-se q com « l c r ; i j c o » C rítico * ' 4 8 9 > obtido na

tabela 1 , em f u n ç ã o de "p" e "v" ( g r a u s de liberdade , n - 1

« 1) num nível de confiança de 0,999 ;

5. P a r a v a l o r e s de q > <l c r ;tico r e j e i t a - s e hipótese de

honogeneidade .

p a r a
TABELA 1 : Uaiores *» c r ;ticos t e s t e de hcmogeneidade

v » 1 v « 2 ^ * 3
P 0,99 0,999 0,99 0,999 0,99 0,999

3 * * 0,863 * 0,757 0.919


4 0,920 * 0,720 0,898 0,605 0,754
5 0,828 • 0,608 0,773 0,512 0,644
6 0,744 0,949 0,539 0,690 0,430 0,546
7 0,671 0,865 0,469 0,606 0,372 0,471
8 0,609 0,793 0,412 0,537 0,325 0,411
9 0,576 0,750 0,371 0,481 0,287 0,363
10 0,528 0,694 0,333 0,433 0,257 0,324
12 0,448 0,598 0,276 0,358 0,211 0,265
14 0,391 0,522 0,234 0,303 0,178 0,222
16 0,343 0,460 0,202 0,261 0,154 0,190
18 0,304 0,409 0,178 0,228 0,135 0,165
20 0,273 0,267 0,158 0,202 0,120 0,146

A detecção da normalidade é e x e c u t a d a a t r a v é s do t e s t e
37

ui" de Shapiro-Wilk , que segue as seguintes e t a p a s

1. Ordena-se as n observações em ordem c r e s c e n t e ;

2. C a l c u l a - s e £ <y: - y ) , onde y: -> i enésimo r e s u l t a d o

e y -> média dos r e s u l t a d o s de y: •,

TABELA 2 -• c o e f i c i e n t e ( a n _ j + i > p a r a t e s t e tu de normalidade

i x n 34 35 36 37

J. 0,4127 0,4096 0,4068 0,4040


2 0,2854 0,2834 0,2813 0,2794
3 0,2439 0,2427 0,2415 0,2403
4 0,2132 0,2127 0,2121 0,2116
5 0,1882 0,1883 0,1883 0,1883
6 0,1667 0,1673 0,1678 0,1683
7 0,1475 0,1487 0,1496 0,1505
8 0,1301 0,1317 0,1331 0,1344
9 0,1140 0,1160 0,1179 0,1196
10 0,0988 0,1013 0,1036 0,1056
11 0,0844 0,0873 0,0900 0,0924
12 0,0706 0,0739 0,0770 0,0793
13 0,0572 0,0610 0,0645 0,0677
14 0,0441 0,0484 0,0523 0,0559
15 0,0314 0,0361 0,0404 0,0444
16 0,0187 0,0239 0,0287 0,0331
17 0,0062 0,0119 0,0172 0,0220
18 0,0000 0,0057 0,0110
19 0,0000

3. Usando-se n •» 2k , c a l c u l a - s e ••
b =1 an_iM < « n . j + l - a; > <15)
onde
*n-i+l-> s
*° c o e f i c i e n t e s encontrados na t a b e l a 2 , em
f u n ç ã o de n (número t o t a l de a m o s t r a s • 36) e i <i=l,2,3,...K>;

4. C a l c u l a - s e ••
o

.a .u> C j. 2
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N + M U N CO 01
v. - . ~ H « R| f j fj i\J (J M M f ) M h f
39

" coeficientes sao determinados , considerando-se uma c o r r e ç ã o


de acordo com a classificação da fonte , em a l e a t ó r i a ou
fixa.

Um fonte é declarada "fixa" se todos os níveis de


interesse do pesquisador estão incluídos no experimento
Como poucas fontes dos fatores de uma população ,
selecionadas aleatoriamente dentro das fontes possíveis de
interesse , sao examinados em uma experiência , a maioria
delas é considerada como f o n t e s "aleatórias".

Um coeficiente de correção finita < 1 - q/Q > seria


computado no algoritimo, onde "q/Q" é* a t a x a de amostragem
e "o" sao as f o n t e s de um nível onde somente "q < Q " sao
selecionadas aleatoriamente para representar as *Q" f o n t e s
no experimento. Entretanto , pode-se usar uma opção
conservativa , assumindo-se o coeficiente de correção finita
igual a "o" para f o n t e s f i x a s e " l " p a r a as f o n t e s aleatórias.

Então o algoritmo ilustrado no quadro 9 é construído


seguindo-se as seguintes etapas:

1. M o n t a r uma t a b e l a , onde a primeira coluna l i s t a as


f o n t e s de variações e seus respectivos índices subscritos ;

2. As colunas subsequentes têm como cabeçalhos os


índices subscritos; acima desses índices , colocam-se a
classificação das variáveis, "F" para fixa e "(tm p a r a as
a l e a t ó r i a s e mais uma linha acima poem-se os valores máximos
de cada índice s u b s c r i t o ;

3. Coloca-se " l " dentro das colunas , onde um dos


índices subscritos , e n t r e p a r ê n t e s e s na linha , é semelhante
ao do cabeçalho da coluna;
40

4. Coloca-se o coeficiente de c o r r e ç ã o f i n i t a nas lacunas


onde , pelo menos , um dos índices das linhas é semelhante
ao da coluna;

5. Preencher o restante das lacunas , com o v a l o r do


topo das colunas .

Ho p r e s e n t e trabalho , as variáveis são os dias O dias)


e os pontos dentro das áreas de processo <2 pontos) ,
sendo que em cada ponto foram realizadas duas medidas
Assim , a configuração inicial do algoritmo f i c a e x p r e s s a como
no quadro 8 :

QUADRO 8 : Algoritmo do QME - configuração inicial

Fonte de 9 2 a
variação F A A
i j k

Dias - D
i 0 2 e
Pontos - PJ 9 1 2
Df- 0 1 2
Erro
aleatório e
(ij)k 1 1 1

Para se chegar a equação do quadrado médio esperado


p a r a cada grandeza medida , m u l t i p l i c a - s e os coeficientes das
linhas , excetos os das colunas , na qual seus índices
subscritos sao os mesmos das linhas , e considera-se as
linhas que contém pelo menos os mesmos índices subscritos
que as grandezas examinadas , iniciando-se de baixo p a r a cima

. Assim , no caso de ^(jj)|< / m u l t i p l i c a - s e os coeficientes das

duas primeiras colunas < 1 . 1> e e n c o n t r a - s e o valor " l * .


41

2
Logo , a equação do QME d e s t a fonte é igual a ( 1 . *J =

Ç" > , onde *J é a uariância devido a f o n t e e r r o a l e a t ó r i o .


Ho caso da f o n t e d i a ' p o n t o , nao 6 considerado as colunas " i "
e " j " porque elas têm os mesmos índices' s u b s c r i t o s que a

linha DPjj e , considerando-se es linhas ^<ij)|< e ^ij *

portanto , a equação resultante ú *J ^ •*• 2<SJj.p>^ , onde

^DP é a variância , proveniente da variação das medidas

devido à i n t e r a ç ã o da medida r e a l i z a d a no dia i , num ponto


de amostragem j Repete-se a mesma técnica para linhas
restantes produzindo—se o algoritmo do Quadro 9 , onde Ç7p é

a variância devido a variação na fonte ponto e SJp é a

variáncia devido a variação na f o n t e dia .

QUADRO 9 * ftlsoritimo QME - final

Fonte de 9 2 2 QME
variação F A A
i J k

D
i 0 a 2 <ZZ + 2 <3TBPe + 4 <7j, 2

P
J 9 í 2 <J 2 + 0 < J D p ? + 18 <3- p 2

DPjj 0 í 2 + 2 <7DP

1 í 1

A obtenção do número necessário de medidas foi


executado por dois meios d i f e r e n t e s métodos a saber*

1. A necessidade de se obter pelo menos um g r a u de


liberdade por fonte de variação. A distribuição dos g r a u s de
liberdade nesse experimento , com 36 medidas e s t á mostrado
abaixo:
42

Y
<ij><36> = M<1> + B
i(9_1) * P / e - l > +DP i j«9-l>.<2-l» +£ijk<18>

onde os graus de liberdade do erro aleatório foi obtido por

^ = 36 - 1 - <9-l) - (2-l> - « 9 - 1 M 2 - 1 » = 18 .

2. Das equações utilizadas para controle de qualidade ,

usou-se =

S =C(N2.^2/n).<l-<n^H)D1^e (1?>

onde =

S -> desvio padrão pretendido;

H -> valor da população (2468 horas de trabalho)


*j -> desvio padrão estimado
n -> número de repetições

0 valor do "s7 é retirado de amostragens anteriores ,


sendo da ordem de 1.5 . Trabalhando numa precisão de 367S e
num nível de confiança de 992 , o fator multiplicative do
desvio padrão é z — 2.58 / o desvio padrão pretendido é igual
(8,15 . 2,58 . 2888) 774 , logo , por tentativas , encontra-se

o valor de números de repetições*1 5 \ A tabela 4 mostra


alguns dos resultados das tentativas.

TABELA 4 Resultado dos desvios padrões pretendido em


função do número de amostra .

Amostras S (erro padrão pretendido)

10 946
20 667
30 544
36 495

Como 946 > 774 > 667 concluí-se que vinte repetições sao
43

mais do que s u f i c i e n t e .

Do Quadro 9 concluí-se que as variáveis ponto e


dia/ponto são t e s t a d a s v e r s u s a v a r i á v e l e r r o a l e a t ó r i o e a
variável dia é testada versus a variável dia/ponto. Esses
testes sao e x e c u t a d o s numa análise de variância a t r a v é s do
t e s t e F.

5.1 - PROCEDIMENTOS PARA ANALISE DE U ARI ANCIÃ <ANOUA)

A análise de variância segue o esquema de cálculos


mostrados abaixo .
1. Monta-se uma tabela conforme o esquema
mostrado na t a b e l a 5 , com os r e s u l t a d o s das medidas.

TABELA 5 = Esquema da t a b e l a de análise de variância

PONTOS
Al A2 BI B2

J. Y
U1 Y
112 V
121 Y
122
2 Y
211 V
212 v
221 Y
222
D 3 Y
3U Y
312 V
321 Y
322
I 4 Y
411 V
412 v
421 Y
422
A 5 V
511 V
512 V
521 Y
522
S 6 Y
611 Y
612 Y
621 Y
622
7 Y
7ll V
712 Y
721 Y
722
8 Y
8ll v
8i2 Y
821 Y
822
9 Y
9ll V
912 Y
921 Y
922

8. Cálcula-se os totais para cada linha, coluna e


c é l u l a s , sendo e s t e s c á l c u l o s exibidos na t a b e l a 6 abaixo.
44

TABELA 6 • Cálculos da análise de variância

CÉLULAS TOTAIS DAS

LINHAS

•11.
T
2t.
T
31.
T
41.
T
51.
T
6t.
T
7l.
T
81.
T
9l

TOTAIS DAS
COLUNAS T...

onde
Tj: - > t o t a l de uma c é l u l a

Tf -> t o t a l t r a t a m e n t o ponto

Tj -> t o t a l t r a t a m e n t o dia

T -> t o t a l geral

3. Cálcula-se as somas dos quadrado dos desvios ou


simplesmente soma dos quadrados "SQ" , pelas equações
abaixo:

SQ y >a (18>
1H *** - 4 H í* ' °
onde : CT = ( I H <*tjk > 8 ' n
45

SQ =< < T CT <19>


die 5 . j / >'* ~

SQ
p o n t o =< I < T L > 2 > ' 1 8 - CT <20)

SQ
c e l u l a =< I Z < T i j . > 2 > ' 2 -CT «1>

s <
WPonto =SQcélula " SQ
dia ~ SQ
Ponto <22>

SC
t o t a l »< £ § | <««jk>2> " CT <23>

SQ SQ SQ
erro = total ~ célula <24>

4. Cálcula-se o quadrado médio esperado <QME),


dividindo-se a soma dos quadrado pelo número de g r a u s de
liberdade <<».

5. Obtem-se também os v a l o r e s de "F*, u t i l i z a n d o - s e para


os tratamentos ponto e dia/ponto a equação

F = °Mtratamento'QMerro ' e p a r a
° t r a t a m e n t o dia o v a l o r

de F = OMdjaxQMdja,ponto , usando-se os resultados do

algoritmo d e s c r i t o no Quadro 9. Da distribuçao t e ó r i c a de "F*

obtem-se os valores de ^crítico Quando F > ^crítico

significa a existência de uma d i f e r e n ç a significativa , sob o


ponto de vista estatístico. Considerando-se os graus de
liberdade do númerador e denominador a um nível de
confiança 0,99 obtém-se Fcrjtjco<ponto>=8,29 ,

F
crítico<dia)=603 ' FCrítico<Ponto'dia>*3'37 •
CAPÍTULO VI

RESUL.TA3QS EXPERIMENTAIS

Os resultados sao expressos em dose equivalente


efetiva e foram obtidos da soma da dose e q u i v a l e n t e devido
à radiação interna e da dose equivalente devido à radiação
externa. Os doses equivalentes foram obtidas de 252
amostras de ar e 252 medidas de taxa de dose absorvida,
distribuídas em nove dias, dois pontos por processo, num
total de sete processos, e com uma repetição, os pontos
e s t à o r e p r e s e n t a d o s nat. F i g u r a s 9 , 10 e 1 1 .

laboratório almoxarifado

dep. z i r c o n i t a
W W

W\V dep. m o n a z i t a

©
escritório USINA

dep. r u t í l o
xvxx.
v\v\
dep. i l m e n i t a ->

administração

portaria

F i g u r a 9 = C r o q u i s i m p l i f i c a d o da UPRA com os p o n t o s de
monitoração .
46
47

Figura 10 •• Croqui do t r a t a m e n t o físico da monazita ,


com os pontos de monitoração .

Os valores representativos de cada processo sao os


valores médios , sempre que os v a l o r e s de F f o r e m menores
que os críticos correspondente , porque n e s t a s condições ,
e s t a t i s t i c a m e n t e nao há d i f e r e n ç a significativa .

6.1 DOSE EQUIVALENTE DEVIDO A RADIAÇÃO EXTERNA

A t a x a de dose absorvida , multiplicada pelo tempo total

de exposição em um ano (2408 horas) e , com a consideração


48

do fator de qualidade Í9ual a UM torna-se a dose


equivalente devido à radiação externa. Ela foi determinada
para os principais processos do t r a t a m e n t o da monazita, a

saber : UPRn (usina de p r a i a ) , BEMO (depósito de monazita),

SEMftS (separação magnética?, MOA (noagem da monazita),

LIX (lixiviaçào), FIL.I ( f i l t r a ç a o da t o r t a I>. F I L . I I ( f i l t r a ç a o

da t o r t a 1I>. Os r e s u l t a d o s das medidas p a r a cada processo


sao apresentados em t e r m o s de t a x a d e dose absorvida nas
t a b e l a s , 7 , S -. 11 ; 14 ; 1 6 ; 18 e 2 0 . Sao a p r e s e n t a d o s

FIL II t

l_ FIL I

LIX
& m
Figura 11 Croqui do t r a t a m e n t o químico da monazita
com os pontos de monitoração .

os resultados dos testes de normalidade da distribuição e


homogeneidade dos dados bem como , o número de
substituição de valores , no caso dos testes serem
rejeitados . Os r e s u l t a d o s da análise de variância para cada
processo sao apresentados nas t a b e l a s ; 8 ; 10 ; 12 ; 13 ;
15; 17 > 19 e 21 j bem como o v a l o r r e p r e s e n t a t i v o (valor
49

. médio> e a dose e q u i v a l e n t e c o r r e s p o n d e n t e .

Quando o número de substituição dos valores medidos


pelo valor médio se aproximava do número de graus de
liberdade era indicativa de dues distribuições de população
distintas . N e s t e caso os r e s u l t a d o s sac agrupados em duas
distribuições o r a no de v a l o r médio mais elevado o r a da de
menor v a l o r . D e s t e procedimento r e s u l t o u a Tabela 13 . Tais
v a l o r e s médios permitem e s t a b e l e c e r a f a i x a de variação da
dose e q u i v a l e n t e .

6.1.1. USINA BE PRAIA <UPRA>

TABELA 7: Taxa de dose absorvida - tx6u/h

DIAS PONTOS
Al A2 BI B2

1 5,0 2,5 5,0 2,5


2 2,3 2,3 7,8 6,2
3 2,7 5,3 11,6 5,9
4 3,3 5,3 3,5 1,8
5 1,6 5,0 1,9 2,6
6 6,6 2,5 5,3 10,5
7 5,6 5,6 27,1 6,2
8 1,6 8,3 5,4 2,9
9 5,1 7,0 5,2 2,3

t e s t e de normalidade > u» «* 0,650 rejeitado


t e s t e de homogeneidade = q » 0,955 rejeitado
número de s u b s t i t u i ç õ e s n • 4
t e s t e de normalidade - w = 0,912 nao r e j e i t a d o
t e s t e de homogeneidade : q * 0,157 nao r e j e i t a d o
so

TABELA 8 •• ANOVA d a UPRA

PONTES SO QM

Ponto 1 19,34 19,34 G,70 8,29


Dia 6 0,03 0.00 0,00 6,03
Ponto'Dia 8 3 ? , 17 4,65 1,62 3,71
Erro 18 51,69 2,8?

5 = 4,1 ± 1,7 (x6y/h

HF= 9 , 8 ± 4 , 1 mSv

6.1.2. M0A6EM DA M0HAZITA (USAM/M0A>

TABELA 9 = T a x ? d e d o s e a b s o r v i d a - n-Gy^h

DIAS P0MT0S
ftl A2 BI B2

1 5,8 6,5 6,7 5,0


2 6,4 5,1 4,9 5,2
3 8,3 5,2 6,3 5,9
4 5,1 6,7 6,5 5,8
5 5,2 8,3 5,2 4,9
6 6,5 6,7 6,7 5,2
7 4,9 4,9 8,3 5,1
8 6,7 8,3 6,4 6,4
9 5,0 6,5 5,2 5,9

t e s t e de normalidade • u> 0,843 rejeitado


t e s t e de homogeneidade : q 0,268 nao r e j e i t a d o
número de s u b s t i t u i ç õ e s •• n 7
t e s t e de normalidade = u> 0,915 nao rejeitado
t e s t e de homogeneidade = q 0,345 nao r e j e i t a d o
51

TABELA 16 : ANOUA da MOA

FOHTES > SQ QM F F
c

Ponto 1 7,02 7,02 6,32 6,29


Dia 8 3,83 0,40 0,53 6,03
PontcDia 8 6,04 0,75 0,68 3,71
Erro 18 19,99 1,11

x = 6,4 ± 1 , 1 p . 6 y ' h H p = 15,4 ± 2,5 «nSv

6.1.3. DEPÓSITO DE MOHAZITA <USAM^DEM0>

TABELA 11 : Taxa de dose absorvida - n 6yh

DIAS PONTOS
Al A2 BI B2

1 46,2 24,0 30,7 16,0


2 17,0 6,6 30,0 17,7
3 9,1 7,7 8,6 9,9
4 30,0 28,1 28,6 7,0
5 9,3 25,2 25,0 8,3
6 7,3 8,0 27,1 10,5
7 29,9 9,6 4,0 27,0
8 24,2 7.7 9,3 7,3
9 6,6 21,0 9,3 7,7

t e s t e de normalidade > tu 0,854 rejeitado


t e s t e de homogeneidade = q 0,136 nao r ejeitado
número de s u b s t i t u i ç õ e s = i 15
t e s t e de normalidade = u> 0,976 nao rejeitado
t e s t e de homogeneidade = q 0,308 são rejeeitado
TABELA 1 2 - AHOUA d o DEMO

FONTES SQ QM

Ponto 1 98,11 98,11 8,15 8,29


Dia 8 23,00 0,29 0,03 6,03
Ponto'dia 8 75,49 94,36 0,78 3,71
Erro 18 216,64 12.03

8,9 ± 3,5 |j.6y/-h

H F = 21,4 ± 8,3 mSw

número de substituições = n = 9
t e s t e de normalidade -• u» — 0 , 9 1 8 nao r e j e i t a d o
t e s t e de homogeneidade •• q = 0,137 não r e j e i t a d o

TABELA 13 = AHOUA do DEMO

F0HTE SQ QM

Ponto 1 909,02 909,02 7.49 8,29


Dia 8 103,70 12,96 0,24 6,03
Ponto/Dia 8 438,91 54,86 0,45 3,71
Erro 18 2185,15 121,39

S = 2 3 , 8 ± 11,8 | x 6 y / h

54,6 ± 26,0 mSw


53

6.1.4. SEPARAÇfcO MA6NÉTICA (USAM/'SEMAS)

TABELA 14 : Taxa d e dose a b s o r v i d a - j j L 6 « / h

DIAS POHTOS
Al A2 BI B2

1 88,0 14,0 16,0 30,5


2 15,0 7,0 22,2 13,5
3 11,7 13,8 13,5 22,2
4 82,0 11,7 14,2 14,3
5 14,8 16,5 22,2 15,0
6 16,3 21,8 30,0 13,8
7 10,8 14,8 11,2 11,4
8 26,0 7,0 11,7 14,?
9 30,0 29,4 25,6 11,0

t e s t e de normalidade = u» 0,886 rejeitado


t e s t e de homogeneidade = q 0,214 nao rejeitado
número de substituições = n 6
t e s t e de normalidade: w 0,916 nao rejeitado
t e s t e de homogeneidade = q 0,392 nao rejeitado

TABELA 15 • AN0MA da SEMA6

FONTE N SQ QM F F
c

Ponto 1 128,47 128,47 6,97 8,29


Dia 8 45,11 5,63 0,28 6,03
Ponto/Dia 8 158,75 19,84 1,08 3,71
Erro 18 331,60 18,42

R =* 14,6 ± 4,3 |j.Gy/h

H E » 35,0 + 10,0 mSv


54

6.1.5. FlLTRAÇfiO DA TORTA I I < USAM^FIL II>

TABELA 16 •• Taxa de dose absorvida - p-Oyh

DIAS PONTOS
Al A2 BI B2

1 3,7 5,4 2,5 5,4


2 5,6 2,6 4,4 4,7
3 3,7 5,3 2,6 3,7
4 4,1 3,7 5,4 5,6
5 5,0 5,4 3,0 3,4
6 4,t 5,5 3,6 4,9
7 6,0 3,2 5,5 5,4
8 3,5 2,6 3,8 5,6
9 4,4 5,4 2,6 2,3

t e s t e de normalidade • w 0,244 nao r e j e i t a d o


t o s c e de homogeneidade = q 0,905 rejeitado
número de s u b s t i t u i ç õ e s • n 2
t e s t e de normalidade •- u» 0,291 nao r e j e i t a d o
t e s t e de homogeneidade : q 0,914 nao r e j e i t a d o

TABELA 17 : AHOUA da FIL II

FONTES N SQ QM F F
c

Ponto 1 3,00 5,00 4,75 8,29


Dia 8 0,02 0,00 0,00 6,03
Ponto/Dia 8 14,88 1,86 1,78 3,71
Erro 18 18,78 1,04

R « 4,4 ± 1,0 |ji6y/h

HE • 10,5 ± 2,5 mSv


55

6.1.6. FILTRAÇfiO DA TORTA I < USAM^FIL I )

TABELA 18 •- T a x a d e d o s e absorvida - jj-Gy/h

DIAS PONTOS
Al A2 BI B2

1 2,0 3,1 2,0 1,8


2 3,2 3,7 4,0 3,1
3 2,3 2,0 3,6 3,8
4 2,8 3,8 3,5 3,1
5 3,8 2,8 2,2 3,7
6 3,7 8,3 3,0 3,4
7 4,0 3,7 3,6 2,5
8 2,0 2,0 2,6 3,9
9 2,6 3,1 4,0 3,8

teste de n o r m a l i d a d e = ui 0,894 rejeitado

teste de h o m o g e n e i d a d e •• q 0,180 nao rejeitado

número de s u b s t i t u i ç õ e s : n 3

teste de n o r m a l i d a d e = UJ 0,912 nao rejeitado

teste de h o m o g e n e i d a d e •• q 0,216 nao rejeitado

TABELA 1 9 > ANOUA d a F I L I

FONTES N SO QM

Ponto 1 2,46 2,46 8,07 8,23


Dia 8 0,98 0,12 0,20 6,03
Ponto'Dia 8 4,90 0,61 2,00 3,73
Erro 18 5,50 0,31

3,2 ± 0,6 ^Gy/h

He- • 7,6 ± 1 , 3 mSw


56

6.1.7. LIXIUIAÇfiO ( USAM/LIX >

TABELA 20 = Taxa de dose absorvida - M.6y'h

DIA PONTO
Al A2 BI B2

7.5 2,2 2,2 2,2


4,0 4,4 3,0 4,3
2,2 5,3 5,6 3,3
2,0 3,6 2,2 4,4
5,6 3,6 4,0 5,6
3,6 1,9 5,0 5,2
5,0 3,0 2,5 4,6
3,0 2,2 3,6 2,0
1,9 2,2 4,4 2,5

t e s t e de normalidade • w — 0,916 não r e j e i t a d o


t e s t e de homogeneidade = q = 0595 rejeitado
número de s u b s t i t u i ç õ e s ; n = 5
t e s t e de normalidade : ui = 0,928 não rejeitado
t e s t e de homogeneidade •• q - 0,317 não r e j e i t a d o

TABELA 21 •• ANOUA da LIX

FONTES N SO QM F F
c

Ponto 1 9,75 9,75 8,15 8,29


Dia 8 0,63 0,08 0,07 6,03
Ponto/Dia 8 8,49 1,06 0,89 3,71
Erro 18 215428,0 1,20

x • 3,3 ± 1,1 M.By/h

ME » 8,0 ± 2,6 mSv


57

6.1.8. DOSE EQUIVALENTE DEUIDO A RADIAÇ&O EXTERNA

CALCULADOS COM OS UALORES MÉDIOS REPRESENTATIUOS .

TADELA 22 : Taxa de dose absorvida média -Dose equivalente


correspondente .

LOCAL x HE
<t* Gy'h> <mSv>

UPRA 4,1 ± 1,7 9,8 ± 4,1


MOA 6,4 ± 1,1 15,4 ± 2,5
DEMO 8,9 ± 3 , 5 21,4 ± 8,3
DEMO 23,0 ± 11,0 54,0 ± 26,0
SEMA6 14,6 ± 4,3 35,0 ± 10,0
FIL I I 4,4 ± 1 , 0 10,5 ± 2,5
FIL I 3,2 ± 0,5 7,6 ± 1,3
LIX 3,3 ± 1,1 8,0 ± 2,6
58

6 2 DOSE EOUIUALENTE EFETIUA DEVIDO A RADIAÇÃO INTERNA

A Dose e q u i v a l e n t e efetiva<Ü£> é c a l c u l a d a utilizando-se

as expresst s <9 , 10, 11 e 12> que é função da


ccncentraçè de t ó r i o no a r , determinada para cada etapa
do processo do tempo t o t a l de exposição do t r a b a l h a d o r em
um ano < 00 horas > , e do fator de conversão da
atividade ir da p a r a dose e q u i v a l e n t e comprometida ( e f e t i v a
e no tecido • órgao> segundo 4.2.4. .

Os r e s i ados das c o n c e n t r a ç õ e s de t ó r i o no ar , para


cada proce- .- são a p r e s e n t a d o s nas t a b e l a s -, 23 -, 26 ; 25 ;
32 i 35 ; 3- e 4 3 -, bem como , o r e s u m o da e s t a t í s t i c a com
os valores dos testes de normalidade da distribuição e
homogeneidc dos dados , número de substituições de
v a l o r e s no so dos t e s t e s s e r e m r e j e i t a d o s .

Como < distribuição de freqüência de concentrações de


tório no s: , nos diversos locais da i n s t a l a ç õ e s é do tipo
log-normal , os testes estatísticos bem como a análise de
variância sao realizados com os valores do logaritmo
neperiano das c o n c e n t r a ç õ e s medidas .

Os r e s u l t a d o s da análise de variância p a r a cada p r o c e s s o


são a p r e s e n t a d o s nas t a b e l a s i 24 ; 27 ; 3 0 ; 3 3 ; 36 ; 39 ;
4 1 e 44 .

0 valor r e p r e s e n t a t i v o da c o n c e n t r a ç ã o de t ó r i o no ar ;
o valor d^ dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a e das doses e q u i v a l e n t e
nos tecidos < medula óssea vermelha , pulmão e s u p e r f í c i e do
osso > sao c a l c u l a d o s conforme o procedimento descrito em
4.2.4 e também a p r e s e n t a d o s nas t a b e l a s > 25 ; 28 ; 31 ; 34
i 37 , 40 > 4 2 e 45
59

6.2.1. USINA DE PRAIA C UPRA)

TABELA 23 : Concentração de tório no ar - jj.Bq'm3

DIAS PONTOS
Al A2 BI B2

1 14950 2890 7940 2150


2 4180 1220 13210 5380
3 2680 90 40 70
4 2150 90 10090 2730
5 14070 3830 50 80
6 80 80 50 71O0
7 60 7130 4300 7360
8 9510 70 GO 3770
9 8270 7180 5360 2340

t e s t e de normalidade ; u> = 0,799 rejeitado


t e s t e de homogeneidade • q = 0,214 nao r e j e i t a d o
número de s u b s t i t u i ç ã o : n — 12
t e s t e de normalidade = w = 0,971 não r e j e i t a d o
t e s t e de homogeneidade -• q • 0,338 nao r e j e i t a d o

TABELA 24 : ANOUA da UPRA

FONTES N SQ QM

Pontos 1 4,00 4,00 7,84 8,29


Dias 8 0,34 0,04 0,04 6,03
Pontos'Bias 8 8,47 1,06 2,08 3,71
Erro 18 9,18 0,51

R - 4,0 ± 2,0 mBq/m 3

He 3,6 ± 1,8 mSv < dose e q u i v a l e n t e comprometida efetiva)


60

. TABELA 2 5 = Dose e q u i v a l e n t e nos tecidos o u órgãos

tecido/órgão H T <mSv)

é
nedula óssea vermelha J& ± 2*3
pulmão 10,8 ± 5,4
sw?erfície do o s ? ) 57,6 ± 28,8

6.2.2. M0A6EM DA MGNAZITA CUSAM'MOA)

TABELA 2 6 = Concentração de t ó r i o no a r mBq/m

BIAS PONTOS
Al A2 BI B2

98,7 182,0 124,0 141,0


171,0 337,0 145,0 234,0
157,0 353,0 36,3 227,0
50,0 174,0 62,0 156,0
51,0 64,0 163,0 256,0
105,0 338,0 157,0 47,0
182,0 47,0 64,0 50,0
174,0 157,0 51,0 62,0
124,0 136,0 163,0 145,0

t e s t e de normalidade = iv = 0,391 nào r e j e i t a d o


t e s t e de homogeneidade = q «= 0,924 nao r e j e i t a d o

TABELA 2 7 * AN0UA da MOA

FONTES N SQ QM F Fc

Pontos 1 3,01 3,01 8,12 8,29


Dias 8 0,57 0,07 0,14 6,03
Pontos/Dias 8 4,25 0,07 1,43 3,71
Erros 18 6,68 0,37
61

- x - 120,0 ± 55,0 mBq'm"3


Hp = 106 ± 49 mSv <dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a comprometida)

TABELA 28 = Dose equivalente para tecido ou órgão


*
tecido/órgão HT<mSv>

medula óssea vermelha 140 ± 60


pulmão 320 ± 1 5 0
superfície do osso 1730 ± 790

6.2.3. DEPÓSITO DE M0NAZITA <ÜSAM/'DEM0)

TABELA £9 : Concentração de tório no ar - tJ-Bqm"

DIAS P0HT0S
Al A2 BI B2

6000 96000 1330 18000


500 2000 3600 69600
700 700 3000 700
500 1400 600 1000
500 600 500 1700
700 900 600 500
700 700 3600 960
2000 1700 1600 2500
500 700 700 6000

t e s t e de normalidade •• iw «• 0,252 nao r e j e i t a d o


t e s t e de homogeneidade < q ** 0,776 rejeitado
número de s u b s t i t u i ç ã o : n « 8
t e s t e de normalidade : tu » 0,387 nao r e j e i t a d o
t e s t e de homogeneidade •• q • 0,930 nao r e j e i t a d o
62

TABELA 30 - ANOUA do DEMO

FOKTES H SO QM

Pontos 1 5.8? 5,87 ?,€? 8,29


Dias 8 0,01 0,00 0,00 6,03
Pontos 'Dias 8 4,38 0,55 0,72 3,71
Erros 18 13,7? 0,7?

x = 900 ± 500 í i B V m 3

Hp = 0,80 £ 0,44 mSv (dose equivalente e f e t i v a comprometida)

TABELA 31 : Bose equivalente p a r a tecidos ou órgãos .

tecido'orgao HT<mSv>

medula óssea vermelha 1,04 ± 0,58


pulmão 2,44 ± 1,35
superfície do osso 12,96 ± 7,20

6.2.4. SEPARAÇftO MA6NÉTICA CUSAM'SEMA6>

TABELA 3 2 « Concentração de t ó r i o no ar - mBq/m 3

DIAS PONTOS
Al A2 BI B2

1 3,0 6,9 18,0 20,0


2 5,1 2,1 17,0 1,4
3 8,7 33,0 5,0 25,0
4 13,0 8,1 1,9 5,2
5 16,0 25,0 11,0 7,1
6 25,0 20,0 53,0 18,1
7 14,0 1,9 6,9 11,0
8 18,0 13,0 5,2 20,0
9 11,0 13,0 16,0 11,0

t e s t e de normalidade < u> «* 0,386 nío rejeitado


63

• t e s t e de homogeneidade - q = 0,918 nao r e j e i t a d o

TABELA 33 : ANOUA da SEMA6

FONTES H SO QM F Fc

Pontos 1 6/89 6/89 7,25 8/29


Dias 8 1,29 0/16 0,07 6/03
Pontos'Dias 8 18/87 2,28 2/40 3/71
Erro 18 17,10.. 0,95

x = 10,8 ± 6,7 mBq^m 3

Hjr = 9/60 ± 5/90 mSv (dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a comprometida)

TABELA 34 : Dose e q u i v a l e n t e p a r a tecido ou órgão

tecido'orgao H j (mSv)

medula óssea v e r m e l h a 12,0 ± 7,8

pulmão 29/0 ± 18,0

s u p e r f í c i e do osso 160/0 ± 96,0


64

6.2.5. FILTRAÇfiO DA TORTA I I (USArVFIL.ID

TABELA 35 •• Concentração de t ó r i o no a r - ^Bq^m"

DIAS PONTOS

Al AS Bi B2

1 6500 3800 20 20
2 1600 50 20 60
3 70 70 80 80
4 70 6400 40 1600
5 20 2100 50 60
6 80 50 1800 60
7 3800 60 30 50
8 6500 1600 1800 2500
9 2100 50 1800 70

t e s t e de normalidade = w 0,808 rejeitado


t e s t e de homogeneidade = q 0,158 rejeitado
número de s u b s t i t u i ç ã o •• n 12
t*»ste de normalidade : u» 0,926 não r e j e i t a d o
t e s t e de homogeneidade = q 0,247 nao r e j e i t a d o

TABELA 36 : AHOUA da FIL.II

FONTES SQ QM

Pontos 1 7,82 7,82 5,45 8,29


Dias 8 0,02 0,00 0,00 6,03
Pontos'Dias 8 15,98 2,00 1,39 3,71
Erro 18 25,81 1,43

S = 87 ± 60 H.*q'#n 3

Ht 0,077 ± 0,053 mSu


65

TABELA 37 : Dose e q u i v a l e n t e p a r a t e c i d o s o u ó r g ã o s

tecido'orgao HT<mSv>

medula ó s s e a v e r m e l h a 0,10 ± 0,06


pulmão 0,24 ±0.16
s u p e r f í c i e do osso 1,25 ± 0,86

6.2.6. FILTRApftO DA TORTA I CUSArVFIL.I)

TABELA 38 = Concentração de tório no ar - pi Bq^m" 5

DIAS PONTOS
Al A2 BI B2

1 9660 11420 3600 2P9C


2 70 90 7910 70
3 3600 2700 2800 30
4 60 2700 5200 60
5 60 60 1000 2600
6 60 2800 60 2700
7 2700 60 2700 6000
8 11400 4030 3600 2990
9 60 80 700 60

t e s t e de normalidade •• tu *= 0,798 rejeitado


t e s t e de homogeneidade » q • 0,157 nSo r e j e i t a d o
número de s u b s t i t u i ç õ e s : n • 14
t e s t e de normalidade • w •» 0,980 nSo r e j e i t a d o
t e s t e de homogeneidade •• q • 0,281 nSo r e j e i t a d o
66

TABELft 39 : ANOUA da FIL.I

FONTES SO QM

Pontos 1 3,46 3,46 8,22 8,23


Bias 8 0,69 0,09 0,10 6,03
Pontos'Dias 8 6,75 0,84 2,00 3,37
Erros 18 7,59 0,42

x = 6 6 ± 32 p.Bq./'m3
Hg = 0 , 0 6 1 0,03 mSv (dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a comprometida)

TABELA 40 : Bose e q u i v a l e n t e p a r a tecido ou órgãos

tecido'orgao H T <mSv>

m e d u l a óssea v e r m e l h a 0,08 ± 0,04


pulmão 0,18 ± 0,08
s u p e r f í c i e do osso 0,95 ± 0,46

número de s u b s t i t u i ç õ e s : n 12
t e s t e de normalidade ; IV 0,976 nao r e j e i t a d o

t e s t e de homogeneidade = q S 0,292 nao r e j e i t a d o

TABELA 41 •• AHOUA da FIL.I

FONTES N 80 QM F F
c

Pontos 1 3,55 3,55 8,26 8,23


Bias 8 0,03 0,00 0,01 6,03
Pontos'Dias 8 2,52 0,32 0,73 3,37
Erro 18 7,75 0,43

S « 2600 i 1300 i ^ B q / m 3

H E « 2,31 ± 1,15 mSv <dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a comprometida)


67

TABELA 42 : Dose e q u i v a l e n t e p a r a t e c i d o s o u órgãos

tecido/órgao H T (mSv)

medula óssea v e r m e l h a 3,00 ± 1,50


pulmão 7,00 ± 3,50
s u p e r f í c i e do o s s o 37,40 ± 18,70

6.2.7. LIXIUIAÇ&0 < USAM/LIX >

TABELA 43 : C o n c e n t r a ç ã o de t ó r i o no ar - |x Bq/'m 3

DIAS PONTOS
Al A2 BI B2

1 832000 18000 6000 6100


2 22000 300 3400 185000
3 1800 700 1900 6700
4 48000 134000 38000 300
5 44000 400 304000 600
6 600 72000 1900 6100
7 1900 44000 185000 1800
8 1800 300 6000 3800
9 72000 1900 9000 44000

teste de normalidade = u ** 0,947 nao rejeitado


teste de homogeneidade : q • 0,190 nSo rejeitado
TABELA 44 = ANOUA da LIX

FONTES N SQ QM

Pontos 1 25,51 25,51 4,72 8,23


Dias 8 0,01 0,00 0,00 6,03
Pontos'Dias 8 40,32 5,04 0,93
Erro 18 97,31 5,41
68

x = 7 2 0 0 • 6 5 0 0 M.Bq'm 3

Hg = 6,39 ± 5,77 mSv (dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a comprometida)

TABELA 45 : Dose e q u i v a l e n t e p a r a tecido ou órgão

tecido/órgão H j (mSv)

medula óssea v e r m e l h a 8,30 ± 7,50

pulmão 2 0 . 0 0 ± 17,00

s u p e r f í c i e do osso 103,00 ± 94,00

6.2.8 DOSE EQUIVALENTE EFETIUA DEUIDO A RADIAÇÃO IHTERHA

Os r e s u l t a d o s de dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a comprometida
e da dose e q u i v a l e n t e p a r a o tecido ou ó r g ã o comprometida
e s t ã o a p r e s e n t a d o s nas t a b e l a 46 e 4 7 abaixo .

TABELA 46 : Dose e q u i v a l e n t e p a r a t e c i d o ou órgãos devido a


exposição i n t e r n a

LOCAL HT<mSv>
MEDULA dSSEA PULMftO SUPERFÍCIE

UERMELHA DO OSSO

UPRA 4,6 ± 2,3 10,8 ± 5,4 58,0 ± 29,0


MOA 140,0 i 68,6 328,0 * 158,8 1788 + 790,0
DEMO 1,0 ± 0,6 2,4 ± 1,4 13,0 ± 7,2
SEI.AP 12.4 ± 7,7 29,0 ± 18,0 160,0 ± 98,0
FIL I I 0,1 i 0,6 0,2 ± 0,1 1,3 ± 0,9
FIL I 0,1 ± 0,0 0,2 i 0,1 1,0 i 0,5
3,0 ± 1,5 7,0 ± 3,5 37,4 ± 18,7
LIX 8,3 ± 7,5 20,0 ± 17,0 103,0 i 94,0
69

TABELA 4? = Dose e q u i v a l e n t e e f e t i v a comprometida

LOCAL H E <mSu)

UPRA 3,6 i 1,8


MOA 110,0 i 49,0
DEMO 0,8 ± 8,4
SEMA6 9,6 ± 5,9
FIL I I 0,1 ± 0,1
FIL I 0,1 ± 0,0
2.3 ± 1,2
LIX 6,4 ± 5,8

6.3 DOSE EQUIUALENTE EFETIUA

Os resultados das doses equivalentes efetiva


considerai.do-se a exposição a radiação externa e intern»
calculados segundo os procedimentos descrito em 4.1.2 <

4.2.3 sao m o s t r a d o s na t a b e l a 48 abaixo.

TABELA 48 'Dose e q u i v a l e n t e efetiva

LOCAL H E (mSv>

UPRA 13.4 ± 4,5


MOA 140,0 ± 50,0
DEMO 21,8 ± 8,3 -> 54,8 ± 26,0
SEMA6 45,0 i 12,0
FIL II 10.5 i 2,5
FIL.I 7,6 ± 1,3 -> 9,9 • 1,8
LIX 14,4 ± 6,4
?0

6.4 RISCO DOS TRABALHADORES

Os r e s u l t a d o s da e s t i m a t i v a dos riscos de m o r t e por anc


segundo as recomendações do ICRP 2 6 são apresentadas m
t a b e l a 49 .

TABELA 49 : Risco dos t r a b a l h a d o r e s

LOCAL RISCO U 0 ~ * m o r t e s ano)

UPRA B,S ± 0,7


MOA 2 3 , 1 ± 8,3
DEMO 3,6 ±1,4
DEMO 9,8 ± 4,3
SEMAG 7,4 ± 2,8

FIL II 1,7 ± 8,4


FIL I 1,3 + 8,2
FIL I U í 8,3
LIX 2*4 ± 1,1
CAPITULO VII

BISCUSSAO SOS RESULTADOS

7.1. RESULT, DOS DA EXPOSIÇÃO EXTERNA

1. Ter 'o em vista que . para o planejamento


e s t a t í s t i c o d e s t e experimento , f o i p r e v i s t o uma i n c e r t e z a de
30Z para um ní> e i de confiança de 99Z , observa-se pelos
resultados dos v a l o r e s de t a x a de dose absorvida «relatados
nas tabelas 7 , 9 , 11 , 14 , 16 , 18 e 20 , que os
resultados experimentais c o n f i r m a r a m o p l a n e j a m e n t o ou s e j a
, c e r c a de 997i dss v a l o r e s medidos e s t ã o no i n t e r v a l o de x
± 2,58 ST.

2. A dispersão de 445Í p a r a o p r o c e s s o de Usina de Praia

t é explicável devido à estocagem provisória de sacos de


monazita , cuja a quantidade flutua bastante Da mesma
forma o valor de 332 para o processo de lixiviaçao <lix> ,
ond*» o número de tambores de monazita moída é bastante
variável.

3. Ho depósito de monazita , f o i observado a existência


de duas distribuições de taxa de dose absorvida ,
correspondente às flutuações de carga e descarga de
caminhões de monazita.

4. Levando em consideração que o limite de dose


equivalente máximo permissive] p e l a ICRP 26 é de 5 0 mSv por
ano , o b s e r v a - s e que no depósito de monazita <DEM0> o v a l o r
médio medido , u l t r a p a s s o u t a l limite e que nos processos de
depósito de monazita e s e p a r a ç ã o magnética os v a l o r e s médios
u l t r a p a s s a r a m 3 / 1 0 do limite permitido , sendo que t o d o s eles
71
72

"sao maiores do que 1 1 0 .

7.2. RESULTADOS DEUIDO A EXPOSIÇÃO INTERNA

1. Da mesma forma que nas taxas de exposição «


observou-se que os resultados dos valores dos logaritmo
neperiano das medidas ,< usa-se o logaritmo devido a
distribuição s e r l o g - n o r m a l >, r e l a t a d a s nas t a b e l a s 2 3 , 26 ,
2 9 , 32 , 3 5 , 3 8 e 43 , c o n f i g u r a r a m o p l a n e j a d o .

2. As dispersões nos processos variam dependendo das


condições de ventilação e quantidade de poeira produzida ,
sendo q u e , numa instalação antiga como e s t a , existe uma
produção razoável de poeira devido aos equipamentos nao
s e r e m vedados , a c a r r e t a n d o v a r i a ç õ e s da ordem de 507£ .

3. Ho processo de lixiviaçao , encontra-se a maior


dispersão de valores , que ocorre devido à existência do
carregamento dos a u t o c l a v e s serem manuais , com o uso dc>
uma pá e uma pequena mesa v i b r a t ó r i a .

4. Considerando-se o limite permissível a n u a l de 5 0 mSv


para efeitos estocásticos , observa-se que o processo de
moagem da monazita supera , em t o r n o de duas v e z e s este
limite , e que o processo de lixiviaçao t e m s e u v a l o r médio
um pouco acima de 1/10 do limite , mas as v e z e s / têm-se
valores individuais que superam os limites derivados ,
principalmente , no c a r r e g a m e n t o do a u t o - c l a v e .

7.3 DOSE EQUIVALENTE E RISCO

1. A dose equivalente total , soma das doses devido a


73

exposição externa e interna , e o risco apresentam o mesmo


comportamento devido à relação dose-risco ser considerada
linear . Portanto considerando-se o limite de risco aceitável

comparado com indústrias convencionais , igual a 6,25 10


mortes por ano , observou-se que os processos de moagem e
separação magnética encontram-se acima deste valor e que os
processos de lixiviação e f i l t r a ç a o da t o r t a I I encontram-se
na faixa de 3'10 do risco e ainda , que todos os processos
situam-se acima de 1'10 .
CAPITULO U I I I

CONCLUSÕES

1. O o b j e t i v o desta tese , determinar a dose e risco


foram alcançados .devido a eficiência do planejamento
estatístico que possibilitou a obtenção de um valor
representativo das condições de trabalho durante ano de
trabalho .

2. Ho caso da adoção das recomendações de proteção

radiológica , citadas nas publicações 26 e 30 do ICRP 1 ' 3 ,as


áreas de a o a g e a da monazita e separação Magnética
e s t ã o acima das condições aceitáveis para operação , p o r t a n t o
a operação só pode ser realizada provisoriamente com
procedimentos rígidos , considerando-se como trabalho de
exposição planejada , que reduzam a exposição d e n t r o da área
. Estes procedimentos serão mantidos até uma a n á l i s e de
custo e benefício , determine as melhores soluções para
estas áreas Os procedimentos provisórios são alguns ou
t o d o s d e s c r i t o s a seguir -•

a> Redução da carga horária , ou seja , Menor


t e m p o de exposição .

b> 0 uso de e q u i p a m e n t o de p r o t e ç ã o individual ,


no c a s o da Moagem , u s o de mascmrr^s adequadas ao
t a a a n h o aerodinâmico d a s partículas

c> C o n t r o l e severo do tempo de p e r m a n ê n c i a nas


áreas e controle de quantidade de M a t e r i a l presente
na á r e a .

d> Uso de dosimetros pessoais , para exposição


74
75

externa , e iiaostradores de l a p e l a para exposição


interna .

e> Avaliação por Monitoração de ár-Ba das


condições de t r a b a l h o , p a r a d e t e r m i n a ç ã o dos t e m p o s
de permanência e do uso dos equipamentos de
segurança.

3. Todos os trabalhadores destas etapas € moagem e


depósito de monazita > e das áreas onde o valor da dose
equivalente ultrapassou à 3/10 do limite para trabalhadores ,
devem submeter-se a uai p r o g r a m a de Bioanálise , para
d e t e r m i n a ç ã o da c o n t a m i n a ç ã o i n t e r n a . Como t a m b é m a
uma a n á l i s e com o c o n t a d o r de c o r p o i n t e i r o .

4. Diante destas' conclusões , e oportuno frizar da


necessidade de uma análise de custo e beneficio em
todo o ciclo do t ó r i o , visando principalmente a aplicação
do princípio ALA! A e a r e e s t r u t u r a ç ã o de um serviço adequado
de proteção radiológica , inclusive com mudanças de
engenharia para melhorar as condições de trabalho . 0 serviço
de proteção radioiogica deverá conter ;

a> Um programa de monitoração de área para


exposição interna e externa Já exite um programa
ocupacional com monitoração de área , mas diante dos
resultados encontrados esse programa necessita ser ampliado
, com mais medidas nos pontos , mais pesoal técnico e
equipamentos .

b> Um p r o g r a m a de monitoração individual para a


exposição e incorporação Atualmente só tem-se um
controle com filme dosimátricos para todos os funcionários ,
?G

' p o r t a n t o necessita-se de uma monitoração de ar individual em


algumas áreas .

c) Ifa programa de bioanálise para avaliar a


contaminação interna e nos casos das áreas de altas
concentrações um serviço de contagem de corpo i n t e i r o .

5. Devido a existência de dose e risco a l t o s , inclusive


acima dos permitidos , é- Justificável e necessário novas
p e s q u i s a s no ciclo objetivando a melhoria do cáculo da dose
e risco dos t r a b a l h a d o r e s . Dentre essas pesquisas t e m - s e =

a> Avaliação do tamalho aerodinâmico de ativdade


média das p a r t í c u l a s <AMAB> -,

b) C l a s s i f i c a ç ã o do tõrio quanto a meia-vida de


d e p u r a ç ã o do s i s t e m a p u l m o n a r ;

c> B e t e r m i n a ç a o da dose e risco com t é c n i c a de


monitoração individual ;

d> D e t e r m i n a ç ã o d a dose i n t e r n a devido aos demais


r a d i o n u c l t d e o s das s é r i e s n a t u r a i s e x i s t e n t e s .

e> R e p e t i ç ã o deste trabalho , visto que o risco


do trabalhador é considerado para o tempo total de
a t i v i d a d e e nao s o m e n t e a um ú n i c o e e x c l u s i v o ano .
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