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O MUNDO AZUL

DE GABRIEL

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ.
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB / IFPI
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSIVA
MODALIDADE A DISTÂNCIA

COMPONENTES:

Antônia Verônica Fontineli de Araújo


Elisângela de Sousa Sales Andrade
Francisca Ravena da Silva Santos
Maria Creusa Carvalho Santiago
Rosilda de Sousa Sales Santiago
Sônia dos Santos Oliveira
Suana Cavalcante Melo

BARRAS-PI
JULHO / 2023
1
SUMÁRIO

1. O QUE É O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA? ..................... 03

2. QUAIS SÃO OS ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DO TEA? .......... 04

3. COMO OCORRE O DIAGNÓSTICO? .................................................... 07

4. NÚMERO DE PESSOAS COM TEA NO MUNICÍPIO DE BARRAS-PI. 09

5. DIREITOS DAS PESSOAS COM TEA .................................................. 10

6. QUAIS OS DESAFIOS DAS PESSOAS COM TEA NA ESCOLA E

FAMÍLIA? ............................................................................................... 14

7. COMO POSSO AJUDAR EM SALA DE AULA E COM A FAMÍLIA? ... 17

8. QUAIS AS POSSIBILIDADES DE INCLUSÃO EDUCACIONAL E

FAMILIAR DAS PESSOAS COM TEA? ......................................24

9. COMO O PEI/PDI É APLICADO NA ESCOLA? .................................... 41

10. NEUROTIPICO/NEURODIVERSO. ..................................................... 48

11. REFERÊNCIAS. .................................................................................. 51

2
1. O QUE É O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA?
O termo “autismo” perpassou por diferentes terminologias.
Atualmente, denomina-se Transtorno do Espectro do Autismo
(TEA).

O Transtorno do
Espectro do Autismo
(TEA) é um transtorno
do desenvolvimento
neurológico,
caracterizado por
dificuldades de
comunicação e interação social e pela presença de
comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos. Esses
sintomas configuram o núcleo do transtorno, mas a gravidade de
sua apresentação é variável. O TEA caracteriza- se por ser uma
condição dimensional e heterogênea, pois há
multidimensionalidade de sintomas e variação de aspectos
comportamentais.

O quadro do TEA é crônico: perdura pela adolescência e


fase adulta. Trata-se de um transtorno pervasivo e permanente,
não havendo ainda cura.

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Recebe o nome de espectro, porque envolve situações e
apresentações muito diferentes umas das outras, indo de leve à
mais grave. Todas estão relacionadas com as dificuldades
qualitativas de comunicação e relacionamento social. Fatores
ambientais de risco não são causadores do autismo, mas podem
ativar gatilhos para o desenvolvimento dessa condição. O TEA
apresenta condição biológico-estrutural, não sendo, portanto, um
transtorno de fundo emocional.

Há casos de autismo precoce, em que a criança apresenta


sintomas nos primeiros dias de vida, e de regressão autística, no
qual o desenvolvimento acontecia dentro do esperado e de
repente, a criança passa a regredir.

Pessoas com TEA geralmente apresentam também


distúrbios de sensibilidade e percepção, além de transtornos
alimentares e de sono. Portanto, devem ser aplicadas
intervenções para essas condições, de modo a reduzir os danos
causados por eles.

2. QUAIS SÃO OS ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DO


TEA?
Devemos observar a criança como um todo, algumas
apresentam dificuldades na fala, atenção, aprendizagem e
outras na coordenação motora, dificuldade de realizar atividades
que exigem equilíbrio e movimentos precisos. E até mesmo
4
características sensoriais, não gostar de comer ou pegar certas
coisas, porque apresentam uma textura que não lhe agrada.
Segundo um estudo realizado de forma detalhada com onze
crianças, percebeu-se características singular que focaram em
três aspectos, como, as suas relações com as demais pessoas,
a comunicação, a forma de falar e a rotina do dia a dia, não
gostar de mudanças. Esses estudiosos nos mostram aspectos
como a dificuldade de socialização com as demais pessoas, eles
não se sentem confortáveis em estar em ambiente estranhos e
com pessoas que não convivem. Enquanto nos relacionamos
com outras pessoas e ambientes, estamos compartilhando as
mesmas vivências e barulhos, para o autista isso é
desconfortável e desagradável e logo começam a recusar o
lugar.

Entendemos também que cada um tem uma


personalidade diferente, mas que em algum momento tem
características que se cruzam e viram semelhanças para
5
percebemos o TEA, “[...] o autismo nos fascina porque supõe um
desafio para algumas de nossas motivações mais fundamentais
como seres humanos. As necessidades
de compreender os outros, compartilhar
mundos mentais [...]” . O ser humano
sempre teve essa natureza curiosa que
nos instiga procurar saber os porquês
das coisas que acontecem e como são,
buscam até compreender ou ajudar em
algo, como, na área da saúde, educação,
fatores que envolvem o espaço e são através dessas
curiosidades que grandes descobertas são feitas, pessoas são
curadas e pessoas com dificuldades são capazes de ter um
espaço na sociedade, ser compreendidas e não julgadas. Muitas
vezes por não conhecer, julgamos e essa atitude em nada ajuda
ou promove uma mudança.

A criança, inicialmente, pode


conter algumas características fixas,
mas, ao longo do seu desenvolvimento,
ela pode adquirir outras ou modificar as
que ela já possuía, por isso é de
grande valia que a família acompanhe
o desenvolvimento juntamente com

6
especialistas na área.
As características gerais do autismo são: dificuldades
para dormir, age por impulso, dificuldade no que se refere ao
afeto entre a família e demais pessoas, quando chamado não
atende, em uma situação de perigo não tem consciência da
gravidade, pouco contato visual, em alguns momentos
expressam nervosismo, não têm muita expressão facial e
apresenta dificuldade na forma de se expressar por palavras,
gosta de rotinas, e tem rejeição ao novo. Tais características
devem ser observadas e analisadas, e, se a criança contém a
maioria delas, é recomendável que procure um especialista para
que possa ser avaliado e dado diagnóstico.

3. COMO OCORRE O DIAGNÓSTICO?


Para caracterizar e diagnosticar alguém com TEA, é
necessário e obrigatório que tenha pontos em comum e
observados pela família e, muitas
vezes, pelos professores em sala de
aula. Conforme o CID-11 para
Estatísticas de Mortalidade e
Morbidade de 2022, ele descreve
pontos que são fundamentais, tais
como: dificuldade em manter uma

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comunicação, socialização com as demais pessoas, não procura
dar respostas, compreensão dos sentimentos, compartilhar
interesse mútuo com outras pessoas, movimentos motores
repetitivos, alguns ficam fascinados pelas regras de jogos e
padronizar as funções do dia a dia.
Ficamos nos perguntando quando iniciar a observação de uma
criança para ver se ela apresenta alguma característica citada
mais acima, e é nos apresentado por meio de estudos que “O
início do transtorno ocorre durante o período de
desenvolvimento, geralmente na primeira infância [...]”.
(Estatísticas de Mortalidade e Morbidade, 2022). À medida que a
criança vai se envolvendo em situações de socialização, vamos
notando algumas características que se assemelha ao TEA, por
isso devemos observar a criança, pois quanto antes ter o
diagnóstico, melhor para o autista, pois ela vai compreender
suas limitações e onde precisa aperfeiçoar e aprender a conviver
com sua maneira de ser e ver o mundo.
O diagnóstico de TEA é realizado através de testes
clínicos, conversa com os pais e observação do comportamento
da criança.
O DSM-V — Manual de Diagnóstico e Estatístico dos
Transtornos Mentais — estabelece alguns critérios para o
diagnóstico de autismo. Segundo o manual, é preciso haver
déficits persistentes na comunicação e interação social,
8
comportamentos repetitivos e restritos para o diagnóstico de
TEA.
Como o espectro é um transtorno complexo, com
diferentes graus e níveis de severidade, é importante que o
diagnóstico seja realizado com cautela e por profissionais
especializados. Quando os pais perceberem sinais que possam
indicar uma possibilidade de autismo, a recomendação é
procurar ajuda.

4. NÚMEROS DE PESSOAS COM AUTISMO – NO


MUNICIPIO DE BARRAS
Segundo dados do Centro de Referência de Assistência
Social de Barras-Pi (CRAS), temos: 1.075 famílias cadastradas
com registro de TEA. Mas se levarmos em consideração ao
Educacenso do município temos, aproximadamente 9,4% da
população acadêmica com TEA.
E segundo o Centro de Controle de Prevenção e Doenças
(CDC), até 2025, 4 a cada 50 crianças terão diagnóstico para
TEA.
Estatisticamente, se levarmos em consideração o número
de alunos matriculados na rede municipal de ensino Barras –
Educacenso/2023 – 11.395, teremos até 2025 em torno de 880
alunos com diagnóstico de Autismo.

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5. DIREITOS DA PESSOA COM TEA
Transtorno do Espectro Autista,
TEA, está enquadrado no Estatuto da
Pessoa com Deficiência (Lei
13.146/2015), que objetiva assegurar
e promover os direitos e liberdades
fundamentais da pessoa com
deficiência.
Além do amparo da norma
inclusiva, as pessoas com Transtorno
do Espectro Autista - TEA, também pode contar com o apoio da
Lei 12.764/2012 – LEI BERENICE PIANA, que instituiu a Política
Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista, que lhes assegura diversos
direitos, entre eles, o atendimento
prioritário nos sistemas de saúde
pública e privada e o Decreto
8.369/2014 – Manual de Diretrizes de
Atenção à Reabilitação da Pessoa com
Transtornos do Espectro Autista.
DIREITOS FUNDAMENTAIS
São direitos constitucionais, garantido pela Constituição
10
Federal de 1988 aos cidadãos do nosso país, independe de ter
ou não alguma deficiência.
O artigo 5º da CF determina que todos são iguais perante a lei.
• ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (Lei
n.8069/1990) Independente do Transtorno do Espectro Autista,
tida criança (até 12 anos
incompletos) e
adolescente (entre 12 e
18 anosde idade) têm
direitos previstos em lei,
como por exemplo: direito
ao desenvolvimento físico,
mental, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade.
• ESTATUTO DO IDOSO (Lei n.10.741/03). O idoso
encontra proteção a partir dos 60 anos de idade, independente
de ter ou não alguma deficiência. A prevenção da sua saúde
física e mental é garantida pelo o Estatuto.
• LEI FEDERAL (12.764/2012) - foi criada em 2012 e
instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa
com Transtorno do Espectro Autista, alterando o $ 3 0 do art. 98
da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1 990.
• LEI MUNICIPAL (Lei n. 765/2021) que dispõe sobre o
Sistema Único de Assistência Social do município de Barras-PI
11
para Garantir, Proteção e Ampliação dos direitos das pessoas
com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares.
Pela lei, é considerada pessoa com Transtorno do
Espectro Autista a portadora de síndrome clínica caracterizada
por deficiência persistente e clinicamente significativa da
comunicação e da interação social, com padrões restritivos de
comportamentos, interesses e atividades. É importante dizer
que a pessoa com Transtorno do Espectro Autista é considerada
pessoa com deficiência para todos os efeitos legais.
Direitos Fundamentais da Pessoa com Autismo:

Ter uma vida digna, respeitada a sua integridade física e


moral, livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o
laser. Direito á saúde, incluindo o diagnóstico, atendimento
multiprofissional, a nutrição adequada e terapia nutricional, os
medicamentos, entre outros. Proteção contra qualquer forma de
abuso e exploração. Direito à educação, à moradia e ao mercado
de trabalho. CIPTEA Lei 13.977/20, batizada de Lei Romeo Mion,
12
criou a Carteira de identificação da Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista. Essa Lei Federal, ou seja, válida em todo o
Brasil e altera a Lei de Berenice Piana, 12.764/2012.
CENSO. A regra, instituída pela Lei 13.861 de 2019 e publicada
na edição de 19/07/2019 do Diário Oficial da União (DOU)
estabelece a inclusão de perguntas sobre o Autismo no censo e
contribuirá para determinar quantas pessoas no Brasil
apresentam esse Transtorno e como elas estão distribuídas pelo
território, obtendo, dessa forma, um número mais verdadeiro.

RESUMO DOS DIREITOS ASSEGURADOS ÀS PESSOAS


COM AUTISMO:
• Direito à saúde
e a Assistência Social
– medicação gratuíta,
carências e terapias
adequadas; Incluindo
diagnóstico,
atendimento
multiprofissional; a nutriçãoadequada e terapia nutricional, entre
outros;
• Direito à educação – direitos de combate ao bullying e a
discriminação; matricula escolar, limite de vagas, professor
auxiliar, material e avaliação adaptada. A Lei Brasileira de
13
Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) estabelece que a
recusa da matricula é considerada crime de discriminação.
• Direito ao Trabalho – no trabalho – saque do FGTS,
redução do horário, Direitos na Previdência – BPC/LOAS;
Direitos na Receita – Imposto de Renda;
• Direito à Acessibilidade;
• Direito ao Esporte, Cultura e Lazer – meia entrada;
• Direito no Transporte – compra de veículo com isenção;
isenção do IPVA; Rodízio de veículos em estacionamento
especial; viagens aéreas; e viagens interestaduais;
• Direitos Civis – capacidade civil e documentação;
• Direito à Isenção Fiscal – Lei Distrital nº 4.317/2009, Lei
Distrital nº 4.568/2011 (Lei Fernando Cotta);
• Proteção contra qualquer forma de abuso e exploração.

6. QUAIS DESAFIOS DAS


PESSOAS COM TEA NA ESCOLA
E FAMÍLIA?
A presença do Transtorno do
Espectro Autista (TEA) pode indicar
um desafio para os principais
ambientes de desenvolvimento da
criança, tais como a família e a

14
escola, especialmente quanto as necessidades inclusivas de
socialização e aprendizagem.

Características variadas que


comprometem suas relações e
interações com outras pessoas até a
sua linguagem são desafios que os
alunos com Autismo ou TEA
apresentam. Sendo necessário apoio
no seu processo de aprendizagem em
salas de aulas regulares. É uma tarefa
desafiadora, tanto para os pais quantos para os professores
educar uma criança com autismo.

Muitas crianças
com TEA enfrentam dificuldades
significativas na escola e,
consequentemente, durante todo
o seu processo de
aprendizagem. A inclusão de
alunos autistas nas salas de
aula pode trazer um grande
desafio não somente para o
professor, mas também para

15
os colegas que irão compartilhar da mesma convivência. No
entanto, existem muitas maneiras de superar esses desafios e
tornar o ambiente escolar mais acolhedor e agradável para
todos.

Características
como: Episódios de
auto-isolamento,
fobias, perturbações
de sono, problemas
na alimentação,
crises de birra,
agressividade ou
autoagressividade,
são apenas um dos problemas que podem se manifestar caso
não seja feito um bom acompanhamento por parte dos docentes
e outros profissionais da saúde.

A família de autistas encara o desafio de ajustar seus


planos em relação ao futuro, pois haverá limitações, condição e a
necessidade de adaptação gerando um grande impacto familiar,
pois aumenta os serviços com cuidados e a dependência
aumentando o estresse para os familiares. Observa-se uma
maior tensão física e psicológica sobre a mãe. Existem alguns

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fatores como postergação diagnóstica, dificuldade de lidar com o
diagnóstico e com os sintomas, deficiente acesso ao serviço de
saúde e apoio social, escassez de atividades de lazer e
educacionais, situação financeira e preocupação com o futuro
que contribuem para a sobrecarga emocional.

Mesmo com algumas limitações, esses alunos precisam e


devem ser inseridos no ambiente escolar, pois é lá que eles
serão estimulados e preparados para viver em sociedade.

7. COMO POSSO AJUDAR EM SALA DE AULA E COM A


FAMÍLIA?
A parceria entre escola e
família é essencial para que a
inclusão dos alunos com TEA
aconteça. Essas crianças, assim
como as que apresentam outros
transtornos do desenvolvimento,
têm necessidades educacionais
específicas (NEE). Sendo assim,
faz-se necessário que os
professores busquem estratégias
de ensino próprias para esses alunos. Quando essas
necessidades são atendidas, as ações educacionais podem

17
garantir que eles aprendam e se desenvolvam, favorecendo a
qualidade de vida individual e familiar.
Quando ocorre um
prejuízo cognitivo e
comportamental grave, a
adaptação de um aluno com
TEA de uma sala de aula
regular inclusiva se torna,
muitas vezes, extremamente
difícil, visto que a inclusão depende de algumas questões
norteadoras: a forma como a escola pensa a inclusão, a
estrutura física dessa escola e a preparação dos professores e
da equipe pedagógica acerca da inclusão escolar, por exemplo.

➢ Parceria entre Escola e Família


Para que a inclusão ocorra de maneira adequada, a
parceria entre escola e
família é indispensável, pois
ambas identificam elementos
da dinâmica de
comportamento do aluno.
Cabe os educadores
conhecer cada vez mais o
TEA, bem como buscar
18
diferentes abordagens para realizar um trabalho eficiente.
Muitos estudos ressaltam a importância do envolvimento
ativo da família no ambiente escolar, a fim de beneficiar a
aprendizagem dos alunos em geral, principalmente no caso
daqueles que precisam de atenção diferenciada, como os que
apresentam TEA. Além disso, professores englobam os
familiares, gestores da escola e da comunidade escolar em
geral, grupos de pessoas que compartilham a responsabilidade
de ofertar uma educação de qualidade e acompanham, em
conjunto, o desempenho dos estudantes.

➢ Importância da Escola na Inclusão


Ainda nos dias de hoje, muitos
pais têm medo de expor ou aceitar o
diagnóstico do seu filho para a escola,
o que prejudica esse aluno de forma
significativa, já que é no ambiente
escolar que a criança terá experiências
que vão ampliar e modificar sua forma
de se desenvolver e de se relacionar
com o mundo. Esse cenário gera
muitas dúvidas aos pais, que não sabem como o filho irá se
comportar frente às diferentes situações, como os outros alunos
irão interagir com ele ou quais desafios a convivência no espaço
19
escolar irá trazer para esse indivíduo, por exemplo. Por isso, a
escola precisa ser um espaço de acolhimento e integração.
➢ Abordagem Multidisciplinar na Escola
A abordagem multidisciplinar na escola é de suma
importância quando se fala em inclusão de pessoas com TEA,
pois ela possibilita um olhar integral.
➢ Equipe Multidisciplinar
Uma equipe multidisciplinar diz respeito a um conjunto de
especialistas de diversas áreas, que trabalham em conjunto na
busca de um objetivo em comum.

A multidisciplinaridade está relacionada à compreensão


de que existe mais um ponto de vista sobre a mesma situação.
Uma equipe se enriquece de forma significativa quando
trabalha de forma multidisciplinar. Para isso, porém, é necessário
que exista espírito de colaboração, empatia e esforço das
pessoas envolvidas, analisando todos os vieses levantados e
buscando entender o indivíduo com NEE da forma mais ampla
20
possível. mostrar empatia e colocar o aluno e a família como o
centro do acompanhamento.” Por outro lado, ainda observamos
a carência de protocolos de abordagem multidisciplinar, tendo
em vista a falta de práticas estruturadas e validadas.
➢ Escola ... Tudo Acontece lá!
A maioria das pesquisas
científicas sobre abordagem
multidisciplinar investiga a
importância dessa prática na
escola, pois esse ambiente pode
ser o ponto de partida para o
diagnóstico, já que é onde a criança
permanece por mais tempo durante
o ano. Considera-se parte da
equipe multidisciplinar
- Família: mãe, pai, irmãos, avós, tios, funcionários
domésticos etc.
-Profissionais: médicos, fonoaudiólogos, psicólogos,
psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, psicomotricistas,
enfermeiros, dentistas etc.
- Escola: professores, coordenação pedagógica, direção,
funcionários gerais etc.

21
➢ Família
Os pais são os pilares
para o processo de inclusão
escolar, pois conhecem o
funcionamento da criança e
obtém informações cruciais
que auxiliam no diagnóstico e
tratamento, além de serem
considerados a base da
comunicação entre os outros
profissionais e a escola. Por
isso, é importante que suas ideias, opiniões e expectativas sejam
sempre levadas em conta e que eles sejam sempre informados
sobre o que está sendo trabalhado no ambiente escolar. Também
é preciso considerar as questões genéticas, investigando se
algum familiar apresenta os mesmos sinais e sintomas
observados na criança.
➢ Profissionais
Os profissionais são responsáveis
pela emissão de relatórios, diagnósticos,
intervenções, identificação de
comorbidades, prescrição de
medicamentos, calendários de consultas,

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etc., devendo haver uma comunicação regular entre eles e a
família, pois tanto a família como a escola precisam de
orientações e respaldo legal para agir da forma necessária. Além
disso, devem colaborar com fichas e tabelas, os quais devem ser
acompanhados ao longo do tratamento.
➢ Professores
Os professores devem ser
capacitados junto a toda a comunidade
escolar, ter acesso a todos os dados dos
alunos, conhecer profundamente o aluno
com TEA, ter respaldo da família e dos
profissionais envolvidos, apoio do corpo
técnico da escola. Bem como capacitação
constante, um plano definido com começo,
meio e fim, além de adaptações curriculares e registro contínuo
dos aspectos legais e pedagógicos referentes ao aluno com
TEA.
Algumas vantagens de trabalhar de forma multidisciplinar
são a flexibilidade dos membros da equipe, a criação de
relacionamentos, a inovação de múltiplas disciplinas e as
interações da equipe.

➢ Por que Trabalhar de Forma Multidisciplinar

23
Crianças com TEA devem ser acompanhadas por equipes
multidisciplinares, para que todos os aspectos de seu
desenvolvimento sejam observados, de modo que a intervenção
impacte no comportamento delas a fim de obter resultados
educacionais, mentais e de saúde positivos.
Cada membro da equipe deve entender o seu papel,
colaborando para que as mudanças educacionais do aluno com
TEA ocorram de fato. A multidisciplinaridade pode ocorrer no
campo da educação, do serviço social, da psicologia e de outras
áreas. A implementação de diretrizes clínicas parece ser outro
método de cuidados primários e especialistas em saúde mental.
A realização de workshops e seminários no ambiente
educacional, com base na colaboração, também é uma maneira
de incentivar a interdisciplinaridade. Ensinar os alunos a respeito
da atuação de uma equipe multidisciplinar seria outra forma de
promover o conhecimento dos profissionais da saúde e
educadores e incentivar a colaboração em equipe.

8. QUAIS AS POSSIBILIDADES DE INCLUSÃO


EDUCACIONAL E FAMILIAR DAS PESSOAS COM TEA?
➢ Estabeleça vínculos positivos com a pessoa autista. Não
exija contato visual. Converse com ela mesmo que não aparente
estar prestando atenção no que você diz;

24
➢ Procure respeitar o espaço dela de acordo com a
proximidade e vínculo que lhe for permitido;
➢ O autista tem dificuldade
de interação e comunicação,
mas isso não significa que ele
não queira ou não possa
interagir e participar;
➢ Você pode ajudá-lo a se
inserir no grupo apresentando-o
aos demais, dizendo sobre o que
estavam conversando ou iniciar um diálogo com algum assunto
do interesse dele;
➢ Não se assuste quando ele movimentar partes do corpo
ou o tronco por várias vezes (estereotipias), repetir a mesma
palavra (palilalia) ou palavras que outra pessoa pronunciou
(ecolalia). Ele está apenas se organizando!

No processo ensino-aprendizagem: estratégias que facilitam


1. Estratégias para eliminar barreiras atitudinais:
Conheça o máximo de informações a respeito do aluno
para serem consideradas no planejamento do professor, em
termos de: habilidades, dificuldades e interesses;

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Propicie um ambiente acolhedor, estabelecendo vínculos
positivos com o aluno (confiança, encorajamento, conquistas,
tentativas são importantes);
Não permita ações de Bullying por parte de seus pares;
Compartilhe as informações que você obteve a respeito
do aluno para evitar discriminação, interpretações erradas e
constrangimentos;
Incentive-o a participar de atividades sociais, excursões,
atividades de grupo,
insira-os nas atividades
grupais, não espere que
ele se inclua ou que
seus pares o isolem;
Ajude-o a
reconhecer suas
competências verbais
nos diálogos com seus pares, a perceber comportamentos
inadequados, como seu volume de voz que na maioria dos casos
falam muito alto.

2. Estratégias para eliminar barreiras arquitetônicas:


✓ Ofereça um espaço com menos estímulo sensorial para que o
aluno se organize quando
necessário;
26
✓ Reduza o número de alunos na sala de aula para garantir uma
aprendizagem significativa;
✓ Diminua o nível de distração/sobrecarga sensorial – materiais
de informações visuais, sonoros, olfativos, e outros estímulos devem
ficar expostos fora da sala de aula;
✓ Sala distante de ambientes com excesso de estímulos;
✓ Organize os diversos ambientes de aprendizagens o mais
próximo possível como, sala de aula, laboratórios. No trajeto eles
podem se dispersar;
✓ Evite a troca de ambiente de aprendizagem por outro ambiente.
Caso ocorra, eles devem ser avisados antecipadamente;
✓ Disponibilize ao educando um mapa com as respectivas
localizações dos ambientes de aprendizagem a serem utilizados pela
turma para que ele crie uma imagem mental;

3. Estratégias para eliminar barreiras pedagógicas


Antecipe o planejamento da
rotina de atividades e evite a
frequência de mudanças como:
horários, ambientes, avaliações;
Insira no seu planejamento uma
variação de atividades considerando a
intensidade de estimulação sensorial –
mais intensa-menos intensa;
Permita intervalos para auto
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regulação, lembre, eles possuem um tempo de concentração
menor que os alunos típicos;
Crie quadros de limites –pois o mesmo ajudará a
compreender as regras; Permita que eles se
movimentem(estereotipias) é um comportamento necessário
para se auto regularem; garanta a dilação de tempo para a
realização das atividades em sala de aula;
Utilize recursos
visuais/auditivos para
fornecer-lhes as explicações
necessárias como: glossário,
gráficos, desenhos,
fluxogramas, mapas mentais;
Fale de forma calma,
clara, curta, objetiva e dê alternativas que façam sentido para o
aluno;
Apresente as explicações sobre o conteúdo: o quê, como,
porque, para quê; relações com as novas informações que você
quer lhe apresentar.
Controle a velocidade de sua fala, utilize pausas para que
ele possa acompanhar seu raciocínio, apresente os pontos
principais, organize e divida as informações em secções
coerentes, estabeleça relações com os conhecimentos que o
educando já possui, dê e peça feedback do aluno a respeito do
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que está sendo discutido para você ter certeza de como ele está
se apropriando das informações novas.
Respeite seu isolamento - ele
está nos informando que algo está
incomodando e precisa de um local
tranquilo para se organizar. Nas
situações que podem levar o estudante
a vivenciar situação de estereotipias,
utilize estratégias de relaxamento,
permita que ele escute músicas de sua
preferência usando um fone de ouvido,
que leia seu livro favorito, que acesse jogos de sua preferência
ou que se retire da sala de aula;
Quando necessário, avalie o conhecimento do aluno,
usando métodos alternativos, incluindo avaliações orais,
atividades considerando a gravação da resposta do aluno, etc.
Não valorize excessivamente erros de grafia, especialmente em
matérias que não a língua portuguesa;
Evite atividades de múltiplas escolhas, com duplo sentido,
com pegadinhas, etc. Estimule atividades que promovam
enriquecimento linguístico, práticas de habilidades fonológicas e
instrução de habilidades metafonológicas (o aluno será
incentivado a pensar e manipular os sons das palavras, tomando
consciência da maneira que este som é emitido por ele e da
29
associação fonema-som, a partir de rodas de leitura, leitura em
dupla, grupo, motivando-o para o hábito de leitura.
Organize adequadamente as etapas e os objetivos de
ensino para o aluno. Oferecer também instrução sistemática e
direta de consciência fonológica, instrução fônica (soletrar, ler
palavras, apresentar as
palavras em um contexto com
imagem, trabalhar vocabulário,
estratégias de compreensão de
leitura. Promover atividades de
aplicabilidade das habilidades
adquiridas na leitura, na escrita,
treino da fluência (ouvir sobre,
falar sobre e reconstruir o que
lhe foi apresentado);
Incentive a leitura
compartilhada e orientada com feedback;
Incluir a utilização de recursos audiovisuais como vídeo
aulas, visitas guiadas a espaços que auxiliem na compreensão
dos conteúdos trabalhados em sala de aula;
Estimular a utilização de tecnologias que os auxiliem na
apropriação dos contéudos como gravação das aulas com a
anuência do professor, utilização de pranchas, de ambientes
virtuais de aprendizagem.
30
Não dê orientações/instruções orais e escritas ao mesmo
tempo; Apresente novos conceitos ou ideias sempre de forma
contextualizada;
O computador deve ser utilizado
como função principal de organizar a
escrita por meio dos recursos: correção da
ortografia das palavras, pontuação,
acentuação, organização do pensamento
ao colar, copiar, organização de palavras,
frases, etc. Os software com sintetizador
devem ser utilizados para reconhecimento
de palavras, ampliação do vocabulário,
evidenciar cada palavra, treino de palavras.

4. Estratégias para eliminar barreiras de comunicação e


informação:
Conheça quais recursos ou mídias que o aluno conhece, a
forma como e para quê utiliza e a partir desse ponto vá
orientando-o a utilizá-las para produzir seus trabalhos
acadêmicos, computador, tablet, facebook, whatsapp, e-mail,
mensagem;
Utilize atividades lúdicas jogos, coleções, organogramas,
visitas a museus, ateliês que sirvam para trabalhar os conteúdos
vistos em sala de aula, pesquise os espaços existentes na
31
instituição que possam ser utilizados para favorecer o
aprendizado e a interação dos estudantes com TEA;
Utilize quadros contendo os combinados de ações que
podem ocorrer ou não
durante as intervenções
de monitoria, aulas,
atividades em
laboratórios, etc;
Apresente ao
aluno aquelas que ele
não conhece e mostre
suas possibilidades de
uso de acordo com seus
interesses como os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA),
vídeo aulas, etc;
Utilize qualquer um desses recursos e outros desde que
ocorra de maneira programada considerando sempre o
interesse, as habilidades e o ritmo de aprendizagem dos
estudantes.

Orientações de Brincadeiras para as famílias com crianças


com TEA:
Possibilitar que a criança com TEA tenha acesso a estratégias
sensoriais em seu cotidiano possibilita a organização do

32
comportamento necessária ao seu desenvolvimento global. Todas
as crianças precisam de mais informações sensoriais do ambiente e
de seu próprio corpo para se desenvolverem, e isso não é diferente
em crianças com autismo.
Muitas atividades simples de nossa
vida enviam várias sensações ao
nosso cérebro para que ele elabore
uma ação diante do que está
sentindo. Sendo assim, podemos
dizer que ao descascar uma
mexerica (tangerina), por exemplo,
nosso cérebro se utiliza de
sensações, tais como, a sensação
rugosa da casca e a sensação
úmida do interior da mexerica, a sensação da posição dos dedos e
força necessária para segurar e manusear, a sensação de
velocidade e precisão do movimento que irá coordenar o
movimento fino dos dedos e coordenar o movimento dos olhos
para visualizar a ação, a sensação do cheiro e, enfim, a imagem
da ação.
I.SISTEMA TÁTIL ... QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS
BRINCADEIRAS QUE INCREMENTEM O SISTEMA TÁTIL?

33
✓ Massinhas; Espuma de
barbear; encontre os pares (olhos
fechados); Caixa de grãos
(cuidado com crianças pequenas);
Circuito com diferentes texturas;
bacia com diferentes objetos;

Na hora do banho, use bacias ou


banheiras, coloque diferentes
esponjas/buchas de banho ou
texturas variadas junto com a
criança. Uma variação é utilizar uma fralda descartável, molhar e
deixar ela bem inchada, abrir e brincar com os floquinhos de gel
dentro da banheira (não recomendado se a criança for pequena
e coloca coisas na boca e/ou se for alérgica). Não se assuste
com a sujeira! Acrescente aos poucos texturas diferentes e que a
criança tolere. A água na bacia ajuda a criança a tocar com mais
facilidade as texturas que podem ser mais desafiadoras.

II.MOVIMENTO: VESTIBULAR…. O sistema vestibular fornece


informações ao nosso cérebro sempre que a cabeça se move em
uma direção. Este sistema identifica qual a posição do corpo em
relação a gravidade terrestre, sendo esta sua principal função,
mas não a única. Podemos, por exemplo, identificar quando

34
estamos caindo para um lado e, elaborar uma resposta motora
para corrigir nossa posição em relação a gravidade.
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS QUE
INCREMENTAM O SISTEMA VESTIBULAR?
✓ Sentar no edredom: - no chão ou dentro de caixa de
papelão e puxar a criança em vários movimentos diferentes
(rápido/devagar, zigue-zague, rodopiando, curvas...);
✓ Pular na cama: Pular
da cama e agarrar uma
almofada e pular da cama e
fazer cesta na bacia com a
almofada;
✓ Brincar de
cambalhota;
✓ Passar a bola no túnel
de lençol;
✓ Rolar abaixo uma montanha de colchão;
✓ Balançar com lençol ou edredom, imitando rede;
✓ Balançar no barco: com uma almofada, travesseiro ou
colchão macio, colocar a criança dentro de uma caixa de
papelão/de brinquedos e sacudir essa caixa como se estivesse
em “um barco em alto mar com tempestade”.

35
III.OLHAR: VISÃO… a visão é o
mais sofisticado e objetivo de
todos os sentidos, pois nos conta
sobre nosso mundo externo,
envolvendo posição, distância,
tamanho, cor e forma dos
objetos e pessoas que estão ao
redor. E isto ocorre diante de um
funcionamento visual que
envolve um processo
neurológico complexo e
diferentes funções visuais.
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS QUE
INCREMENTAM O SISTEMA VISUAL?
✓ Brincar de achar com a lanterna: Esconda em um
ambiente dois ou três brinquedos no ambiente. Escureça o
ambiente e brinque de achar com a lanterna;
✓ Levando as frutas para a casinha: Separe frutas redondas
(cítricas) em uma bacia (limão, laranja, mexerica, maracujá) e
sacolas de papel (serão as casinhas). A brincadeira começa
levando cada fruta para sua casinha (casinha do limão, da
laranja, do maracujá e da mexerica). Elas devem ir rolando até
cada casinha para criança acompanhar visualmente.
✓ Vamos de barriga balançar? - Materiais: Rede, garrafinhas
36
e argolas a criança fica de barriga na rede, coleta as argolinhas
no chão e acerta a garrafinha

IV.OUVIR: AUDITIVO…. a audição, o ouvir, é capacidade de


receber os sons. Os receptores do sistema auditivo localizam-se
no ouvido interno, onde as informações recebidas do ambiente
começam a ser processadas. A informação auditiva é integrada,
no tronco cerebral, com as
informações do sistema vestibular,
visual e proprioceptivo, tornando-nos
capazes de interpretar os sons que
nos são significativos, como, por
exemplo, os da fala.
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS
BRINCADEIRAS QUE
INCREMENTEM O SISTEMA
AUDITIVO?
✓ Cante canções simples que são acompanhadas por seus
filhos;
✓ Ouça diferentes tipos de música;
✓ Coloque um sino ou buzina na bicicleta em posição para
que a criança possa tocá-lo;
✓ Emita um som por meio de um balão colocado no corpo
ou na face da criança;
37
✓ Use o rolo de papel higiênico de papelão como um alto-
falante;
✓ Imite vocalizações da criança;
✓ Utilize os instrumentos musicais.

V.GOSTO: GUSTATIVO... O sistema


gustativo é composto por receptores
que estão localizados na língua, no
céu e ao redor da boca, nas
bochechas e na garganta. Esses
receptores recebem informações
vindas do ambiente externo como
também do nosso do corpo.
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS QUE
INCREMENTEM O SISTEMA GUSTATIVO?
✓ Tem gosto de quê? Molinho ou durinho? - separe
alimentos que a criança goste e já esteja acostumada a se
alimentar, pique pequenos pedaços. Vamos brincar de adivinhar
o que é? - Dica: Separe doces e salgados, cítricos. Texturas
diferentes também, mais molinhas, e mais crocantes.

VI.CHEIRAR: OLFATO… Os receptores do sistema olfativo estão


localizados no nosso nariz, que nos informa sobre quais tipos de
odores estamos sentindo.

38
✓ Que suco é esse? - Separe copinhos pequenos com
diferentes sucos: limão, laranja, maracujá e uva. Vamos
adivinhar que suco é esse?

VII.ALERTAS DO SISTEMA OLFATIVO


Atividades para crianças sensíveis aos odores:
✓ Em casa, use cheiros calmantes como baunilha ou
lavanda em purificadores.
✓ Coloque um perfume favorito de sua criança em algum
brinquedo de pelúcia.
✓ Introduzir cheiros gradualmente no dia a dia da criança.

Atividades para crianças que não percebem bem os odores:


✓ Usar difusores no ambiente com cheiros mais fortes como
de frutas cítricas e hortelã.
✓ Brincar com massinha de modelar perfumada.
✓ Frascos com essências de frutas: abacaxi, limão, banana
e outros combinado com uma folha com o desenho de cada fruta
usada. Fazer a atividade com a criança e mais duas pessoas.
Cada pessoa, após cheirar o frasco, deve assinalar a fruta que
achar que corresponde ao cheiro.

VIII.PERCEPÇÃO CORPORAL: PROPRIOCEPTIVO… A


propriocepção ou sentido cinestésico nos informa como o nosso
39
corpo está em relação ao espaço sem o uso da visão, os
receptores estão localizados nos músculos, ligamentos,
articulações, tendões e tecido conjuntivo, que nos dão a
sensação de gravidade e movimento. Para ficar claro, nosso
sendo proprioceptivo nos informa o quanto necessitamos de
força e pressão para usarmos nas atividades cotidianas, como
por exemplo: pedalar uma bicicleta. Esse sendo nos permite
compreender a posição do nosso corpo quando estamos
sentados em uma cadeira lendo um livro, ou de pé na pia
lavando louças e nos ajuda a controlar e planejar o movimento.
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS QUE
INCREMENTEM O SISTEMA PROPRIOCEPTIVO?
✓ De olhos fechados consigo saber; Pelo sistema
proprioceptivo; A posição do meu corpo perceber; E a força e
pressão adequadas acontecer; Brincar de fazer massagens com
toque profundo; Subir escaladas; Brincar de queda de braço;
Pula- pula; Tocar instrumentos de percussão; Mexer bolos ou
massas; Cabo de guerra; Brincar de rebater bolas com raquete;
✓ Brincar de estátua; Arremessar tiro ao alvo; Basquete; De
olhos fechados consigo saber; Pelo sistema proprioceptivo; A
posição do meu corpo perceber; E a força e pressão adequadas
acontecer; Brincar de fazer massagens com toque profundo;
Subir escaladas; Brincar de queda de braço; Pula- pula; Tocar
instrumentos de percussão; Mexer bolos ou massas; Cabo de
40
guerra; Brincar de rebater bolas com raquete; Brincar de estátua;
Arremessar tiro ao alvo;

9. COMO O PEI/PDI É APLICADO NA ESCOLA?


O Plano de Desenvolvimento Individual do aluno é um
documento obrigatório e de fundamental importância para
garantir o percurso escolar do aluno público-alvo da Educação
Especial.
Ele deve ser o percurso escolar do aluno público-alvo da
Educação Especial.
Ele deve ser elaborado desde o início da vida escolar e
ser atualizado conforme os avanços, progressos e aprendizado
ou conforme necessidades de revisão do que foi ensinado e não
foi aprendido.
Um dos principais objetivos ao elaborar o PDI é garantir
que o aluno terá as barreiras eliminadas, barreiras atitudinais,
curriculares e arquitetônicas, e para isso, será necessário
elaborar um documento único e personalizado à necessidade e
particularidade de cada aluno.
É por isso que o PDI não pode ser visto como um
documento fechado, rígido e inalterável, mas uma ferramenta
que acompanha o progresso em tempo real.
Sua proposta é oferecer ao professor um roteiro que
garanta o levantamento de informações para a organização e
41
condução da prática educacional do professor do AEE-
Atendimento Educacional Especializado e que ele utilize essa
ferramenta de forma consciente, planejada, intencional,
estruturada, ética e política. Avance quando precisar, interrompa
quando for necessário, recomece, faça escolhas e trace novos
caminhos.

PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL.


A Legislação vigente considera público-alvo da Educação
Especial os alunos que apresentam quadros de Deficiência,
Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas
Habilidades/Superdotação.

DEFICIÊNCIAS:
Baixa Visão, Surdocegueira, Deficiência Auditiva, Surdez,
Deficiência Intelectual, Deficiência Física, Deficiência Múltipla.
Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD): Autismo Infantil,
Síndrome de Rett, Síndrome de Asperger, Transtorno
Desintegrativo da Infância.
Altas Habilidades e Superdotação.

RESPONSÁVEIS PELO PLANEJAMENTO


Quando o aluno especial é matriculado na escola, ele é
automaticamente associado a uma sala de aula e professores.
42
Portanto, é preciso compreender e deixar claro que todos são
responsáveis pela escolarização do aluno. Inclusive o
responsável pelo conteúdo/disciplina, que é o professor da
turma. Além do professor regente, também são responsáveis
pelo planejamento: profissional do AEE, família e especialistas.

O PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL DO ALUNO.


As informações prestadas pelo PDI devem prezar pela
fidedignidade das fontes, uma vez que elas vão contribuir na
elaboração de uma intervenção efetiva.
Nele são abordados todos os fatores orgânicos, psíquicos e
sociais que influenciam no desenvolvimento da criança.
Para iniciar um trabalho pedagógico, especializado e
individualizado é importante que o professor entenda como ele
funciona e para que serve cada sessão que ele vai preencher no
planejamento.
É necessário compromisso e responsabilidade
profissional, sabendo que é através dele que o aluno terá acesso
a um desempenho educacional de qualidade e que o permitirá
alcançar os níveis mais elevados de educação.
É de extrema importância criar um clima de conforto e ambiente
acolhedor para que todos se sintam aceitos. Também é
importante mostrar, tanto para o aluno como para sua família,
que apesar da deficiência ou da condição em que ele se
43
encontre é possível, que ele possa pensar num futuro
educacional melhor e mais acessível.
Portanto, nesse documento é preciso conter:
✓ Dados pessoais do aluno - História de vida.
✓ Dados familiares do aluno.
✓ Perspectiva Médica/Diagnóstico Clínico.
✓ Avaliação Diagnóstica Inicial-
Nesses aspectos analise os conhecimentos e capacidades do
aluno com base no roteiro abaixo:
✓ Função Cognitiva: Percepção - considere os aspectos:
percepção visual, auditiva, tátil, sinestésica, espacial e temporal
levando em consideração as dificuldades, potencialidades e
como vencê-las.
✓ Função Cognitiva: Atenção - considere os aspectos de
manutenção do foco, concentração e compreensão de ordens.
✓ Função Cognitiva: Linguagem-considere os aspectos
relacionados com a expressão e compreensão da língua
portuguesa- oralidade, leitura e escrita, como também
conhecimentos sobre LIBRAS, BRAILLE e Sistemas de
Comunicação Alternativa e Suplementar.
✓ Função Cognitiva: Raciocínio Lógico - considere os
aspectos relacionados a: capacidade de conclusões lógicas;
compreensão de enunciados; resolução de situações- problema;
compreensão de ordens e de enunciados, causalidade;
44
sequência lógica, etc.
➢ Aspectos Motores e Psicomotores - considere: postura,
locomoção, manipulação de objetos e combinação de
movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço temporal,
coordenação motora, flexibilidade, tonicidade, movimentos
involuntários, domínio de esquema
corporal.
➢ Aspectos
Interpessoais/Afetivos/Sociais - considere
a auto- imagem, auto- estima, empatia,
persistência para atingir objetivos,
controle das emoções, reação à
frustração, isolamento, medos, fobias,
delírios.

PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO.


Planejamento Pedagógico
Especializado é elaborado com a
intenção de definir recursos e
atividades necessárias para o
atendimento das necessidades
educacionais específicas do aluno.
A preocupação principal deve focar em organizar o espaço, o
tempo, os materiais, as atividades, as estratégias de trabalho e
45
propor novas ações a partir da reflexão do trabalho diário. Deve
ser flexível, aberto a uma análise crítica, ao aperfeiçoamento das
práticas metodológicas e pedagógicas e à contribuição das
crianças. Ele deve servir para o educador desenvolver uma
análise crítica do seu trabalho.

ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO.
➢ Tipo de AEE.
➢ Frequência do Atendimento em
Salas de Recursos Multifuncional- SRM.
➢ Tempo de Atendimento.
➢ Composição do Atendimento.

AÇÕES NECESSÁRIAS:
➢ Faça um levantamento das ações
que já são/foram trabalhadas e das que
precisam ser desenvolvidas com o aluno
no que diz respeito à aprendizagem e ao desenvolvimento global
do aluno na Escola, sala de aula, família e na saúde.
➢ Organização do Atendimento.
➢ Conteúdo Escolar.
➢ Atividades Diferenciadas/Adaptadas.
➢ Metodologia do Trabalho.

46
ESTRATÉGIAS PARA A AVALIAÇÃO FORMATIVA.
➢ Procedimentos de avaliação- Prova, Observação e
Registro; Trabalho e Provas Operatórias - individual ou em
grupo; Autoavaliação e Avaliação Compartilhada; Variáveis.

ADEQUAÇÕES
CURRICULARES.
➢ No Projeto Político
Pedagógico.
➢ No Currículo da Classe.
➢ No Nível Individual.
➢ De Acesso ao Currículo.
➢ Na Temporalidade.
➢ De Pequeno Porte e
Grande Porte.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Quando um PDI é construído à partir das particularidades
e nele consideramos o potencial, as habilidades, as
necessidades, as experiências e as limitações, podemos
compreender o quanto é importante oferecer aos nossos alunos
adaptações e flexibilizações curriculares, recursos e materiais
adaptados, suportes tecnológicos e outros tantos recursos que
são possíveis de serem ofertados.
47
Assim, estamos garantindo o acesso, a permanência, o percurso
e continuidade nos níveis mais elevados de ensino.

10. NEUROTÍPICO/NEURODIVERSO
De acordo com Martins
(2022) O termo “neurodivergente”
(grifo da autora) ou neurodiverso se
refere a pessoas que têm um
desenvolvimento ou funcionamento
neurológico diferente do padrão
esperado pela sociedade em geral.
É um termo que pode ser utilizado
para mencionar, por exemplo, um
adulto ou uma criança funcional
que não apresenta alterações significativas na memória,
atenção, cognição e assim por diante (BALDISSERA, s/d)
Para o termo “neurotípico” a autora diz que ele é usado
para se referir a um indivíduo que tem um neurodesenvolvimento
considerado regular. O termo neurotípico denomina indivíduos
que não manifestam alterações neurológicas ou do
neurodesenvolvimento, como o autismo.
As duas palavras são muito usadas pela comunidade
autista, mas não são categorias médicas formais. Autistas são
consideradas pessoas neuroatípicas; todos nós, neurotípicos e
48
neuroatípicos, somos neurodiversos.
Neurodiverso
O termo
neurodiverso se refere a
todas as composições
neurológicas humanas. A
neurodiversidade é um
conceito registrado pela
primeira vez na década de
1990 pela socióloga
australiana Judy Singer.
Assim como a
biodiversidade inclui
aranhas, fungos, flores e tudo que há na natureza,
a neurodiversidade inclui neurotípicos e neuroatípicos. Todos
somos neurodiversos (BALDISSERA, s/d).

AS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES DE NEURODIVERSIDADE


49
Na neurodiversidade, o TEA, o
TDAH e demais condições não são
consideradas transtornos. No entanto,
os principais manuais médicos
classificam essas manifestações de
neurodiversidade como transtornos
de neurodesenvolvimento.
De acordo com as autoras, os transtornos de
neurodesenvolvimento são condições de déficit no
desenvolvimento que trazem prejuízos no funcionamento
pessoal, social, acadêmico ou profissional.
Os principais transtornos de neurodesenvolvimento, segundo o
DSM-5, são:
• Transtornos de desenvolvimento intelectual
• Transtornos de comunicação
• Transtorno do Espectro Autista (TEA)
• Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH)
• Transtornos específicos de aprendizagem
• Transtornos motores

50
REFERÊNCIAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual


diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto
Alegre: Artmed, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIR DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL –


ABIS. Orientações de brincadeiras para famílias com crianças
com transtorno do espectro autista. Disponível em:
https://sway.office.com/BgDxNLhsE94xH7Ti?ref=Link. Acesso em
18 de junho de 2023.

BALDISSERA, Olívia. Os 6 principais transtornos de


neurodesenvolvimento em crianças para ficar alerta. Pós
graduação unisino – os reinventores da educação. Disponível
em: https://poseducacao.unisinos.br/blog/transtornos-de-
neurodesenvolvimento. Acesso em 18 de junho de 2023.

BRASIL. Cartilha 'Atitudes Que Fazem A Diferença Com PcD':


Garantir os Direitos Humanos é oc aminho para a inclusão. Porto
Alegre, RS, 2013.

BRASIL. Conselho Nacional do Ministério Público. Todos juntos


por um Brasil mais acessível: OMP e a pessoa com deficiência.
Brasília: CNMP, 2014. 72 p.
BRASIL. Programa INCLUIR. Convivendo com pessoas com
deficiência: um guia para facilitar suas relações no trabalho e na
vida. [sem ano]. P.36. Disponível
em:http://www.viacaocometa.com.br/shared/programa-inclusao-
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BRITES, Luciana. Inclusão nos Transtornos do


Neurodesenvolvimento: autismo e suas comorbidades:
Neuropráxis-material de aprofundamento teórico e prático. -1. ed.
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Caderno de textos para formação de professores da rede pública
de ensino de Minas Gerais Belo Horizonte, 2006.

CID-11 para Estatísticas de Mortalidade e Morbidade. 2022.


Disponível em: https://icd.who.int/browse11/l-
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e técnicas para o relacionamento com as pessoas com
Transtorno do Espectro Autista – TEA. Disponível em:
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VASCONCELOS, M. R. B. Transtorno do Espectro do Autismo –


TEA. 05/06/2023. Slide.

54

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