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Em face da publicação do Decr eto nº 56.604/2022 - DOE RS de 28.07.2022, este pr ocedimento foi atualizado. T ópico atualizado: 8.

Alíquotas
inter nas.

ICMS/ RS - A líquot as int er nas e int er es t aduais

Res umo: Este pr ocedimento dispõe sobr e as alíquotas nas oper ações inter nas e sobr e as hipóteses em que as mesmas são utilizadas,
r elacionando-as de for ma pr ática.

Sumár io

1. Quadr o s inót ico


2. Conceit o e compet ência par a fixação das alíquot as int er nas
3. Es clar eciment os s obr e a aplicação de alíquot as em s it uações es pecíficas
3.1 Ener gia elétr ica r ur al - Aplicação da alíquota de 12%
3.2 Ener gia elétr ica destinada a estabelecimento industr ial
3.3 Macar r ão com temper o
3.4 Ar mazém-ger al e depositár ios a qualquer título
4. Empr es as do Simples Nacional
5. A líquot a e benefícios fis cais
6. Hipót es es em que s e aplica a alíquot a int er na
7. A líquot a aplicáv el nas dev oluções de mer cador ias
8. A líquot as int er nas
9. Fundo de Pr ot eção e A mpar o Social do Es t ado do Rio Gr ande do Sul (A mpar a/ RS)
10. Oper ações e pr es t ações int er es t aduais
10.1 Tr anspor te aér eo
10.2 Ener gia elétr ica, petr óleo, inclusive lubr ificantes líquidos e gasosos e combustíveis dele der ivados
10.3 Destinadas a consumidor final, contr ibuinte ou não do imposto
10.4 Oper ações ou pr estações decor r entes da pr esunção de ocor r ência de oper ações ou pr estações suj eitas à incidência do imposto
11. Penalidades
12. Jur is pr udência

R e t orna r a o Sumá rio

1. Quadr o s inót ico

O ICMS , por pr incípio constitucional, é seletivo em função da essencialidade das mer cador ias e dos ser viços, aplicando-se, par a cada tipo de
pr oduto, de acor do com as oper ações e pr estações r ealizadas, uma alíquota cor r espondente.

Destacamos que, com o advento da Emenda Constitucional nº 87/2015 , ser ão aplicadas alíquotas inter estaduais nas oper ações par a
destinatár ios localizados em outr as Unidades da Feder ação, sej am estes contr ibuintes ou não do ICMS .

Alguns Estados alter ar am ou poder ão alter ar as alíquotas inter nas de seus pr odutos e/ou a pr evisão de adicional de fundo de combate à
pobr eza, hipóteses em que dever ão ser obser vados os pr incípios de anter ior idade e legalidade pr evistos na Constituição Feder al. Neste
Estado, foi instituído o Fundo de Pr oteção e Ampar o S ocial do Estado do Rio Gr ande do S ul (Ampar a/RS ).

Apr esentamos, a seguir, quadr o com as pr incipais consider ações acer ca das alíquotas do ICMS .

A LÍQUOTA S DO IMPOSTO

A líq u o t as in t e re st ad u ais A p lic a-se :

a) 1 2 % , q u an d o o d e st in at ário , c o n t rib u in t e o u n ão d o imp o st o , e st ive r lo c alizad o n o s E st ad o s d e Min as Ge rais,


P aran á, Rio d e Jan e iro , S an t a Cat arin a e S ão P au lo ;

b ) 7 % , q u an d o o d e st in at ário , c o n t rib u in t e o u n ão d o imp o st o , e st ive r lo c alizad o n a Re g ião No rt e , No rd e st e o u


Ce n t ro -O e st e o u n o E st ad o d o E sp írit o S an t o ;

c ) 4 % , n as o p e raç õ e s c o m b e n s e me rc ad o rias imp o rt ad o s d o e xt e rio r q u e , ap ó s o se u d e se mb araç o ad u an e iro :

c . 1 ) n ão t e n h am sid o su b me t id o s ao p ro c e sso d e in d u st rializaç ão ;

c . 2 ) ain d a q u e t e n h am sid o su b me t id o s a q u alq u e r p ro c e sso d e t ran sfo rmaç ão , b e n e fic iame n t o , mo n t ag e m,


ac o n d ic io n ame n t o , re ac o n d ic io n ame n t o , re n o vaç ão o u re c o n d ic io n ame n t o , re su lt e m e m me rc ad o rias o u b e n s c o m
Co n t e ú d o d e Imp o rt aç ão su p e rio r a 4 0 % .
S imp le s Nac io n al O b se rvar a le g islaç ão e sp e c ífic a

S e ap lic a:

a) q u an d o o re me t e n t e o u o p re st ad o r e o d e st in at ário d a me rc ad o ria o u d o se rviç o e st ive re m lo c alizad o s n e st e


E st ad o ;

b ) n a imp o rt aç ão d e me rc ad o rias;

c ) n a p re st aç ão d e se rviç o d e c o mu n ic aç ão , in ic iad a n o e xt e rio r;


A líq u o t a in t e rn a
d ) n a aq u isiç ão , p o r me io d e lic it aç ão p ú b lic a, d e me rc ad o ria imp o rt ad a d o e xt e rio r e ap re e n d id a o u ab an d o n ad a;

e ) e n t rad a n o t e rrit ó rio d e st e E st ad o , d e p e t ró le o , in c lu sive lu b rific an t e s e c o mb u st íve is líq u id o s e g aso so s d e le


d e rivad o s, e d e e n e rg ia e lé t ric a, q u an d o n ão d e st in ad o s à c o me rc ializaç ão o u à in d u st rializaç ão , d e c o rre n t e d e
o p e raç õ e s in t e re st ad u ais;

f) n as o p e raç õ e s o u p re st aç õ e s d e c o rre n t e s d a p re su n ç ão p re vist a n o art . 3 º-A d o Livro I d o RIC MS- RS/1997


( ve ja o su b t ó p ic o 1 0 . 4 ) .

A p lic a-se a me sma alíq u o t a e o me smo valo r d o imp o st o d e st ac ad o n o d o c u me n t o fisc al e mit id o p e lo fo rn e c e d o r e


De vo lu ç ão d e me rc ad o rias
q u e ac o b e rt o u a e n t rad a d a me rc ad o ria.

O s p e rc e n t u ais d as alíq u o t as ap lic áve is n as o p e raç õ e s in t e rn as são fixad o s p e lo E st ad o , d e ac o rd o c o m a


P e rc e n t u ais
e sse n c ialid ad e d o p ro d u t o ( V e ja t ó p ic o 8 ) .

Tran sp o rt e aé re o
in t e re st ad u al d e
A alíq u o t a é d e 4 %
p assag e iro s, c arg a e mala
p o st al

O b se rvar o ac ré sc imo d e 2 % d e vid o ao Fu n d o d e P ro t e ç ão e A mp aro S o c ial d o E st ad o d o Rio Gran d e d o S u l


( A mp ara/ RS ) , n as o p e raç õ e s e p re st aç õ e s a se g u ir:

a) c o m b e b id as alc o ó lic as e c e rve ja se m álc o o l;

b ) c o m c ig arro s, c ig arrilh as, c h aru t o s, c ac h imb o s, c ig arre iras, fu mo s d e sfiad o s e e n c art e irad o s, fu mo s p ara c ac h imb o s
A mp ara/ RS
e fu mo s t ip o c re sp o ;

c ) c o m p e rfu maria e c o smé t ic o s; e

d ) d e se rviç o d e t e le visão p o r assin at u ra a c o n su mid o r fin al. Ne sse c aso , o b se rvar a su sp e n são d e ssa e xig ê n c ia,
p re vist a n o RIC MS- RS/1997 , Livro I, art . 28 , p arág rafo ú n ic o , n o t a 4 ( De c re t o n º 56. 573/2022 )

( C onstituiç ã o F e de ra l/1988 , ar t. 155 , § 2º, I e III)


.

R e t orna r a o Sumá rio

2. Conceit o e compet ência par a fixação das alíquot as int er nas

Alíquota é o per centual aplicável à base de cálculo par a deter minar o montante do imposto devido em vir tude da ocor r ência do fato ger ador.

A competência par a a instituição e cobr ança do ICMS é dos Estados, que o faz por meio de lei or dinár ia, r espeitando os pr incípios que o
nor teiam, ditados na C onstituiç ã o F e de ra l , na Lei Complementar nº 87/1996 , na Lei Complementar nº 24/1975 e na Lei nº
5. 172/1966 - C ódigo Tributá rio Na c iona l ( C TN ).

A fixação das alíquotas do imposto, nas oper ações e pr estações inter estaduais, é de competência do S enado Feder al, que o faz por meio de
r esolução. Já as alíquotas aplicáveis nas oper ações inter nas são fixadas pelos Gover nos estaduais, tendo em vista a competência
constitucional.

Par a a fixação dessas alíquotas, o ente tr ibutante deve r espeitar o pr incípio da seletividade e da essencialidade do pr oduto, oner ando mais o
pr oduto que não sej a consider ado essencial. Dessa for ma, os pr odutos supér fluos, por exemplo, são tr ibutados por alíquota maior.

( C onstituiç ã o F e de ra l/1988 , ar t. 155 , § 2º, IV; RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 27 )

R t S á i
R e t orna r a o Sumá rio

3. Es clar eciment os s obr e a aplicação de alíquot as em s it uações es pecíficas

A seguir, apontamos, à luz do disposto na Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , conceitos e esclar ecimentos necessár ios par a a aplicação
de algumas alíquotas do imposto.

R e t orna r a o Sumá rio

3.1 Ener gia elét r ica r ur al - A plicação da alíquot a de 12%

Consider a-se ener gia elétr ica r ur al, par a fins de aplicação da alíquota de 12%, aquela destinada à utilização na atividade agr opecuár ia por
estabelecimento inscr ito no Cadastr o Ger al de Contr ibuintes de Tr ibutos Estaduais (CGC/T E) como pr odutor, bem como o for necimento de
ener gia elétr ica par a:
a) instalações elétr icas de poços de captação de água de uso comum par a atender zona r ur al que não estej a atendida pela Companhia
Riogr andense de S aneamento ou por qualquer r ede pública de abastecimento de água, quando destinada à associação hídr ica r ur al,
inscr ita no CNPJ, que sej a for mada por no mínimo 80% de estabelecimentos inscr itos no Cadastr o Ger al de Contr ibuintes de Tr ibutos
Estaduais (CGC/T E) como pr odutor es, desde que não haj a comer cialização da água;
b) cooper ativa de eletr ificação r ur al que atenda aos r equisitos estabelecidos pelo Decr eto feder al nº 62.655/1968;
c) unidade consumidor a car acter izada por agr upamento de estabelecimentos inscr itos no CGC/T E como pr odutor que não sej a
classificável como cooper ativa de eletr ificação r ur al e que utilize a mer cador ia em atividade agr opecuár ia;
d) unidade consumidor a que desenvolva exclusivamente a atividade de bombeamento d'água par a fins de ir r igação destinada à atividade
agr opecuár ia;
e) escola agr otécnica, assim entendida a unidade consumidor a onde sej a desenvolvida atividade de ensino e pesquisa voltada à
agr opecuár ia, localizada for a do per ímetr o ur bano de sede municipal, sem fins lucr ativos, explor ada por entidade per tencente ou
vinculada à administr ação dir eta, indir eta ou fundações de dir eito público da União, dos Estados, do Distr ito Feder al ou dos Municípios.

Cabe obser var que o r emetente da ener gia elétr ica dever á cer tificar -se de que a mer cador ia ser á consumida exclusivamente pelo destinatár io
que se inclua em uma das hipóteses r elacionadas nas letr as "a" a "e" anter ior es, ficando r esponsável pelo pagamento da difer ença do
imposto r esultante da aplicação equivocada da alíquota nas saídas a pr odutor com inscr ição baixada ou a destinatár io que não possa
compr ovar o seu enquadr amento nas r efer idas hipóteses. A cer tificação de que o pr odutor está inscr ito no CGC/T E como "pr odutor " ser á feita
por meio dos pr ocedimentos pr evistos na Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , Capítulo IX , subitem 1.1.2.

(Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo IV, item 1.1)

R e t orna r a o Sumá rio

3.2 Ener gia elét r ica des t inada a es t abeleciment o indus t r ial

A alíquota de 17%, pr evista no RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 27 , X , somente se aplica na saída de ener gia elétr ica par a o
estabelecimento industr ial que estiver inscr ito no CGC/T E nessa condição, a qual dever á ser cer tificada pelo r emetente.

Par a ver ificar se o destinatár io da mer cador ia é estabelecimento inscr ito no CGC/T E como indústr ia, o for necedor de ener gia elétr ica tomar á
por base as infor mações disponíveis no site http: //w w w .r eceita.fazenda.r s.gov.br, devendo confir mar se a atividade econômica do
destinatár io no CGC/T E é classificada como 3 - indústr ia de tr ansfor mação, 4 - indústr ia de beneficiamento, 5 - indústr ia de montagem ou 6 -
indústr ia de acondicionamento e de r econdicionamento, confor me pr evisto no item 1.2 do Capítulo X do T ítulo I da Instr ução Nor mativa DRP
nº 45/1998 .

(Lei nº 8. 820/1989 , ar t. 12 , § 17, IV; RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 27 , X ; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I,
Capítulo IV, item 1.3)

R e t orna r a o Sumá rio

3.3 Macar r ão com t emper o

A alíquota de 12%, pr evista no RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 27 , V, e no item IX da S eção II do Apêndice I, também se aplica às saídas
de macar r ão com temper o. Par a a aplicação dessa alíquota, não per de a condição de massa alimentícia o macar r ão acompanhado de
temper os, condimentos ou cor antes, desde que estej am acondicionados em embalagens pr ópr ias e não mistur ados ao macar r ão.

(Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo IV, S eção 2.0)

R e t orna r a o Sumá rio

3.4 A r mazém- ger al e depos it ár ios a qualquer t ít ulo

O ar mazém-ger al e os depositár ios a qualquer título, nas saídas inter nas de mer cador ias r ecebidas de estabelecimento localizado em outr o
Estado, ser ão consider ados r emetentes destas par a a aplicação das alíquotas inter nas r efer idas no RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar ts. 27 e
28. Assim, ao dar a saída de mer cador ia r ecebida de depositante de outr o Estado par a ar mazenagem com destino a ter ceir o localizado neste
Estado, o ar mazém-ger al utilizar á a alíquota inter na vigente par a a mer cador ia.
(Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo IV, S eção 3.0)

R e t orna r a o Sumá rio

4. Empr es as do Simples Nacional

Em ger al, nas saídas de mer cador ias ou nas pr estações de ser viços par a contr ibuintes deste Estado inscr itos no S imples Nacional, aplica-se a
alíquota vigente de acor do com as mer cador ias obj eto da saída ou do ser viço pr estado.

Por outr o lado, nas saídas r ealizadas pelas empr esas enquadr adas no S imples Nacional, o imposto devido ser á apur ado na for ma da
legislação pr ópr ia desse r egime tr ibutár io. As alíquotas inter nas não se aplicam nesse caso, exceto no que se r efer e ao imposto devido por
substituição tr ibutár ia que essas empr esas tiver em que r eter e r ecolher, quando investidas na condição de contr ibuinte substituto tr ibutár io.

S obr e esse assunto, vej a o pr ocedimento sob o título: IC MS/RS - Simple s Na c iona l .

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar ts. 27 a 29; Lei Complementar nº 123/2006 )

R e t orna r a o Sumá rio

5. A líquot a e benefícios fis cais

Apesar da fixação da alíquota, esta não pr evalecer á se deter minada mer cador ia ou ser viço estiver em beneficiados, por exemplo, pela isenção
do ICMS . Nesse caso, o documento fiscal ser á emitido sem o destaque do imposto, e, no campo "Infor mações Complementar es", o
contr ibuinte dever á indicar o fundamento legal que concede o benefício.

Até o final do exer cício de 2021, o Poder Executivo r evisar á a car ga tr ibutár ia de ICMS vigente, com o obj etivo de pr opor a implementação de
uma nova política de alíquotas do imposto, confor me disposto na Lei nº 8. 820/1989 , ar t. 12 , § 19.

(Lei nº 8. 820/1989 , ar t. 12 , § 19; RIC MS- RS/1997 , Livr o II , ar t. 12 )

R e t orna r a o Sumá rio

6. Hipót es es em que s e aplica a alíquot a int er na

A alíquota inter na também é aplicada:


a) quando o r emetente ou o pr estador e o destinatár io da mer cador ia ou do ser viço estiver em localizados neste Estado;
b) na impor tação de mer cador ias;
c) na pr estação de ser viço de comunicação, iniciada no exter ior ;
d) na aquisição, por meio de licitação pública, de mer cador ia impor tada do exter ior e apr eendida ou abandonada;
e) entr ada no ter r itór io deste Estado, de petr óleo, inclusive lubr ificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele der ivados, e de ener gia
elétr ica, quando não destinados à comer cialização ou à industr ialização, decor r ente de oper ações inter estaduais;
f) nas oper ações ou pr estações decor r entes da pr esunção pr evista no ar t. 3º-A do Livr o I do RIC MS- RS/1997 (vej a o subtópico
10.4).

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 29 )

R e t orna r a o Sumá rio

7. A líquot a aplicáv el nas dev oluções de mer cador ias

Tr atando-se de devolução de mer cador ia, o contr ibuinte utilizar á a mesma alíquota e o mesmo valor do imposto destacado no documento
fiscal emitido pelo for necedor e que acober tou a entr ada da mer cador ia.

Vale r essaltar que a devolução visa anular os efeitos da oper ação anter ior, inclusive os tr ibutár ios. Assim, o compr ador devolve ao seu
for necedor o mesmo valor de imposto exigido por ocasião da saída da mer cador ia do seu estabelecimento. Ao cr editá-lo, se de dir eito,
haver á a anulação do mesmo valor debitado anter ior mente.

Nas oper ações inter estaduais, o contr ibuinte dever á emitir a nota fiscal consider ando a mesma base de cálculo e alíquota indicadas na nota
fiscal r elativa à entr ada da mer cador ia em seu estabelecimento, total ou par cial, confor me o caso.

(Convênio ICMS nº 54/2000 ; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 )

R e t orna r a o Sumá rio


8. A líquot as int er nas

A seguir, r elacionamos as alíquotas aplicáveis nas oper ações inter nas de mer cador ias e nas pr estações de ser viços de tr anspor te e de
comunicações.

Not as
Em face da publicação da Lei Complementar nº 194/2022 , for am alter adas disposições do C TN e da Lei Complementar nº 87/1996 (
Le i Ka ndir ), par a estabelecer que os combustíveis, o gás natur al, a ener gia elétr ica, as comunicações e o tr anspor te coletivo, são
consider ados bens e ser viços essenciais e indispensáveis. A medida tr ouxe os seguintes impactos que dever ão ser obser vados em r elação
a estes pr odutos e ser viços:
a) fica pr oibida a fixação de alíquota super ior à pr aticada como r egr a ger al nas oper ações inter nas. Como exemplo, caso deter minado
Estado pr atique alíquota inter na ger al de 18%, esta ser ia a alíquota máxima aplicável par a estes casos
b) é facultada aos Estados a aplicação de alíquotas r eduzidas de ICMS , como for ma de beneficiar os consumidor es em ger al;
c) é vedada a fixação de alíquotas r eduzidas, par a os combustíveis, a ener gia elétr ica e o gás natur al, em per centual super ior ao da
alíquota vigente em 23.06.2022.
Assim entendemos, se o Estado pr aticar, por exemplo, uma alíquota inter na de 12%, não poder á alter á-la par a um per centual maior,
ainda que dentr o do limite da alíquota ger al pr aticada.
Assim, as Unidades da Feder ação devem pr omover as adaptações necessár ias par a ader ir ao novo cr itér io estabelecido par a fixação das
alíquotas inter nas, nas oper ações e pr estações descr itas na Lei Complementar nº 194/2022 .
Desta for ma, enquanto os Estados não adequar em suas r espectivas nor mas, ou não pr omover em qualquer manifestação a r espeito destas
alter ações, suger imos consulta ao Fisco.
O Estado do Rio Gr ande do S ul, por meio do Decr eto nº 56. 573/2022 , suspendeu a aplicação de alíquotas em r elação a combustíveis,
ener gia elétr ica e ser viços de comunicação, nos ter mos que especifica, e que citamos em notas, em cada caso, neste texto.

A LÍQUOTA S INTERNA S

A LÍQUOT A M ERCA DORIA CLA SSIFICA ÇÃ O FISCA L FUNDA M ENT A ÇÃ O


LEGA L

RIC MS-
RS/1997 ,
25% Me rc ad o rias re lac io n ad as n o A p ê n d ic e I, S e ç ão I:
Livro I, art . 27 ,
I

RIC MS-
RS/1997 ,
25% A rmas e mu n iç õ e s Cap ít u lo 9 3 Livro I, art . 27 ,
I, A p ê n d ic e I,
S e ç ão I, it e m I

RIC MS-
RS/1997 ,
25% A rt ig o s d e an t iq u ário s Livro I, art . 27 ,
I, A p ê n d ic e I,
S e ç ão I, it e m II

RIC MS-
RS/1997 ,
25% A viõ e s d e p ro c e d ê n c ia e st ran g e ira, p ara u so n ão c o me rc ial Livro I, art . 27 ,
I, A p ê n d ic e I,
S e ç ão I, it e m III

Be b id as, e xc e t o : vin h o e d e rivad o s d a u va e d o vin h o , assim d e fin id o s n a Le i n º


7. 678/1988 ; sid ra e filt rad o d o c e d e maç ã; ag u ard e n t e s d e c an a RIC MS-
c lassific ad as n o c ó d ig o 2 2 0 8 . 4 0 . 0 0 d a NBM/ S H-NCM; ág u a min e ral e su c o s d e
RS/1997 ,
fru t as n ão fe rme n t ad o s, se m ad iç ão d e álc o o l, c o m o u se m ad iç ão d e aç ú c ar o u
Livro I, art . 27 ,
d e o u t ro s e d u lc o ran t e s; re frig e ran t e ; e b e b id as alime n t are s à b ase d e so ja o u
25% I, p arág rafo
d e le it e .
ú n ic o "a",
A p ê n d ic e I,
NOTAS : 1) a exceção pr evista neste item par a os sucos de fr utas estende-se S e ç ão I, it e m IV
aos néctar es, r efr escos ou bebidas de fr utas. (2) No per íodo de 1º.01.2016 a
31.12.2025, nas saídas inter nas a consumidor final de bebidas alcoólicas e
cer vej a sem álcool, acr escentar 2% a ser pago ao Ampar a/RS

25% Brin q u e d o s, n a fo rma d e ré p lic a o u asse me lh ad o s d e armas e o u t ro s art e fat o s RIC MS-
d e lu t a o u d e g u e rra, q u e e st imu le m a vio lê n c ia RS/1997 ,
Livro I, art . 27 ,
I, A p ê n d ic e I,
S e ç ão I, it e m V

RIC MS-
RS/1997 ,
Cig arre iras Livro I, art . 27 ,
25% I, p arág rafo
ú n ic o , "b ",
NOTA: No per íodo de 1º.01.2016 a 31.12.2025, nas saídas inter nas a A p ê n d ic e I,
consumidor final de cigar r eir as, acr escentar 2% a ser pago ao Ampar a/RS S e ç ão I, it e m V I

RIC MS-
Cig arro s, c ig arrilh as, c h aru t o s, c ac h imb o s, fu mo s d e sfiad o s e e n c art e irad o s, RS/1997 ,
fu mo s p ara c ac h imb o s e fu mo s t ip o c re sp o
Livro I, art . 27 ,
25% I, p arág rafo
NOTA: No per íodo de 1º.01.2016 a 31.12.2025, nas saídas inter nas a ú n ic o , "b ",
consumidor final de cigar r os, cigar r ilhas, char utos, cachimbos, cigar r eir as, A p ê n d ic e I,
S e ç ão I, it e m V II
fumos desfiados e encar teir ados, fumos par a cachimbos e fumos tipo cr espo,
acr escentar 2% a ser pago ao Ampar a/RS

RIC MS-
RS/1997 ,
25% E mb arc aç õ e s d e re c re aç ão o u d e e sp o rt e Livro I, art . 27 ,
I, A p ê n d ic e I,
S e ç ão I, it e m
V III

E n e rg ia e lé t ric a, e xc e t o p ara c o n su mo e m ilu min aç ão d e vias p ú b lic as, in d u st rial,


ru ral e , at é 5 0 KW p o r mê s, re sid e n c ial RIC MS-
RS/1997 ,
2 5 % d e sd e NOTAS : a) Vide neste quadr o, a alíquota de 20% par a ener gia elétr ica Livro I, art . 27 ,
1 º. 0 1 . 2 0 2 2 I, n o t a,
destinada à iluminação de vias públicas (Livr o I, ar t. 27, IV); essa alíquota
A p ê n d ic e I,
de 20% foi suspensa desde 23.06.2022; b) consider a-se ener gia elétr ica S e ç ão I, it e m IX
r ur al a destinada à atividade agr opecuár ia, nos ter mos de instr uções
baixadas pela Receita Estadual. c) consider a-se ener gia elétr ica industr ial a
destinada a contr ibuintes inscr itos no CGC/T E como indústr ia.

RIC MS-
RS/1997 ,
2 5 % d e sd e Gaso lin a, e xc e t o d e aviaç ão , e álc o o l an id ro e h id rat ad o p ara fin s c o mb u st íve is Livro I, art . 27 ,
1 º. 0 1 . 2 0 2 2 I, n o t a,
Nota Essa alíquota foi suspensa desde 23.06.2022, quando ser á aplicada a A p ê n d ic e I,
S e ç ão I, it e m X
alíquota de 17%

RIC MS-
RS/1997 ,
P e rfu maria e c o smé t ic o s
P o siç õ e s 3 3 0 3 , 3 3 0 4 , 3 3 0 5 e Livro I, art . 27 ,
25% I, p arág rafo
3 3 0 7 , d a NBM/ S H-NCM
NOTA: No per íodo de 1º.01.2016 a 31.12.2025, nas saídas inter nas a ú n ic o , "c ",
A p ê n d ic e I,
consumidor final de per fumar ia e cosméticos, das posições 3303, 3304, 3305
S e ç ão I, it e m XI
e 3307, acr escentar 2% a ser pago ao Ampar a/RS

20% (no
p e río d o d e
1 º. 0 1 . 2 0 1 6 RIC MS-
a RS/1997 ,
Re frig e ran t e
31.12.2023) Livro I, art . 27 ,
e 18% a III
p art ir d e
1 º. 0 1 . 2 0 2 4

RIC MS-
E n e rg ia e lé t ric a d e st in ad a a ilu min aç ão d e vias p ú b lic as RS/1997 ,
20%
Livro I, art . 27 ,
Nota Essa alíquota foi suspensa desde 23.06.2022, e ser á aplicada a alíquota IV
de 17%

RIC MS-
RS/1997 ,
12% Me rc ad o rias re lac io n ad as n o A p ê n d ic e I, S e ç ão II:
Livro I, art . 27 ,
V
12% A rro z RIC MS-
RS/1997 ,
Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m I

RIC MS-
A ve s e g ad o vac u m, o vin o , b u falin o , su ín o e c ap rin o , b e m c o mo c arn e s e RS/1997 ,
12% p ro d u t o s c o me st íve is re su lt an t e s d o ab at e d e sse s an imais, in c lu sive salg ad o s, Livro I, art . 27 ,
re sfriad o s o u c o n g e lad o s V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m II

RIC MS-
RS/1997 ,
12% Bat at a Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m III

RIC MS-
RS/1997 ,
12% Ce b o la Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m IV

RIC MS-
RS/1997 ,
12% Farin h a d e t rig o Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m V

RIC MS-
RS/1997 ,
12% Fe ijão d e q u alq u e r c lasse o u varie d ad e , e xc e t o o so ja Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m V I

RIC MS-
RS/1997 ,
Fru t as fre sc as, ve rd u ras e h o rt aliç as, e xc e t o amê n d o as, n o ze s, ave lãs e Livro I, art . 27 ,
12%
c ast an h as V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
V II

RIC MS-
RS/1997 ,
Le it e fre sc o , p ast e u rizad o o u n ão , e st e rilizad o o u re id rat ad o , e xc e t o o le it e Livro I, art . 27 ,
12%
Ult ra Hig h Te mp e rat u re ( UHT ) V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
V III

RIC MS-
RS/1997 ,
12% Massas alime n t íc ias, b isc o it o s, p ãe s, c u c as e b o lo s d e q u alq u e r t ip o o u e sp é c ie Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m IX

RIC MS-
RS/1997 ,
12% O vo s fre sc o s, e xc e t o q u an d o d e st in ad o s à in d u st rializaç ão Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m X

RIC MS-
RS/1997 ,
12% P e sc ad o , e xc e t o ad o q u e , b ac alh au , me rlu za, p iraru c u , c ru st ác e o s, mo lu sc o s e rã Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m XI
12% Re fe iç õ e s p ro n t as p ara c o n su mo se rvid as o u fo rn e c id as p o r e st ab e le c ime n t o s RIC MS-
c o me rc iais e c o zin h as in d u st riais, d e sd e q u e n ão n e c e ssit e m so fre r p ro c e sso RS/1997 ,
ad ic io n al c o mo d e sc o n g e lame n t o o u re c o zime n t o . Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XII

RIC MS-
RS/1997 ,
12% Trig o e t rit ic ale , e m g rão Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XIII

RIC MS-
A d u b o s, fe rt ilizan t e s, c o rre t ivo s d e so lo , se me n t e s c e rt ific ad as, raç õ e s RS/1997 ,
b alan c e ad as e se u s c o mp o n e n t e s, sal min e ral, d e sd e q u e d e st in ad o s à p ro d u ç ão Livro I, art . 27 ,
12% ag ro p e c u ária
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
NOTA: Esta alíquota, em r elação a componentes de r ações balanceadas, XIV
somente se aplica às saídas com destino a fabr icante de r ações.

RIC MS-
RS/1997 ,
A viõ e s e h e lic ó p t e ro s d e mé d io e g ran d e p o rt e e su as p e ç as, b e m c o mo p o siç ão 8 8 0 3 e n as su b p o siç õ e s
12% simu lad o re s d e vô o , c o mp re e n d id o s n as p o siç õ e s me n c io n ad as n a c o lu n a à 8802.1, 8802.30, 8802.40 e no Livro I, art . 27 ,
d ire it a c ó d ig o 8 8 0 5 . 2 , d a NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XV

RIC MS-
RS/1997 ,
12% Cab in e s mo n t ad as p ara p ro t e ç ão d e mo t o rist a d e t áxi Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XV I

RIC MS-
RS/1997 ,
12% Carvão min e ral Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XV II

RIC MS-
RS/1997 ,
c lassific ad as n as su b p o siç õ e s
12% E mp ilh ad e iras, re t ro e sc avad e iras e p ás c arre g ad o ras 8 4 2 7 . 2 0 e 8 4 2 9 . 5 , d a NBM/ S H- Livro I, art . 27 ,
NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XV III

Máq u in as, e q u ip ame n t o s, ap are lh o s e in st ru me n t o s in d u st riais, b e m c o mo


ac e ssó rio s, so b re ssale n t e s e fe rrame n t as q u e ac o mp an h e m e st e s b e n s.
RIC MS-
RS/1997 ,
NOTAS : Esta alíquota somente se aplica: a) às oper ações efetuadas pelo
12% Livro I, art . 27 ,
estabelecimento fabr icante e desde que, cumulativamente: a.1) o adquir ente V, A p ê n d ic e I,
sej a estabelecimento industr ial; a.2) as mer cador ias se destinem ao ativo S e ç ão II, it e m
XIX
per manente do estabelecimento adquir ente; a.3) as mer cador ias sej am
empr egadas dir etamente no pr ocesso industr ial do estabelecimento
adquir ente; b) às impor tações do exter ior, desde que satisfeitas as condições
pr evistas na letr a anter ior.

c lassific ad o s n a p o siç ão 8 4 3 7 RIC MS-


( e xc e t o 8 4 3 7 . 9 0 . 0 0 ) , n a RS/1997 ,
su b p o siç ão 8 4 2 4 . 8 1 e n o s Livro I, art . 27 ,
12% Máq u in as e imp le me n t o s, d e st in ad o s a u so e xc lu sivo n a ag ric u lt u ra
c ó d ig o s 7 3 0 9 . 0 0 . 1 0 , V, A p ê n d ic e I,
8419.31.00, 8436.80.00 e S e ç ão II, it e m
8 7 1 6 . 3 9 . 0 0 , d a NBM/ S H-NCM XX

12% Máq u in as e imp le me n t o s ag ríc o las c lassific ad o s n as p o siç õ e s 8 2 0 1 RIC MS-


( e xc e t o 8 2 0 1 . 5 0 . 0 0 ) , 8 4 3 2 RS/1997 ,
( e xc e t o 8 4 3 2 . 9 0 . 0 0 ) , 8 4 3 3 Livro I, art . 27 ,
( e xc e t o 8 4 3 3 . 6 0 . 2 e 8 4 3 3 . 9 0 )
V, A p ê n d ic e I,
e 8 7 0 1 ( e xc e t o t rat o re s
S e ç ão II, it e m
ro d o viário s d o c ó d ig o
XXI
8 7 0 1 . 9 0 . 9 0 ) , d a NBM/ S H-NCM

c lassific ad o s n a p o siç ão 8 4 7 1 e RIC MS-


n as su b p o siç õ e s 8 4 7 3 . 3 0 ,
RS/1997 ,
8 5 0 4 . 4 0 e 8 5 3 4 . 0 0 , e , d e sd e
12% P ro d u t o s d e in fo rmát ic a, n as saíd as d o e st ab e le c ime n t o fab ric an t e q u e d e t e c n o lo g ia d ig it al, n as Livro I, art . 27 ,
p o siç õ e s 8 5 3 6 , 8 5 3 7 , 9 0 2 9 , V, A p ê n d ic e I,
9030, 9031 e 9032, da S e ç ão II, it e m
NBM/ S H-NCM XXII

RIC MS-
RS/1997 ,
S ilo s armaze n ad o re s, e xc lu sivame n t e p ara c e re ais, c o m d isp o sit ivo s d e ve n t ilaç ão Classific áve is n o c ó d ig o Livro I, art . 27 ,
12%
e / o u aq u e c ime n t o in c o rp o rad o s 8 4 1 9 . 8 9 . 9 9 d a NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXIII

RIC MS-
RS/1997 ,
c lassific ad o s n a p o siç ão 6 9 0 7 e
12% T ijo lo s, t e lh as e c e râmic as ve rme lh as n as su b p o siç õ e s 6 9 0 4 . 1 0 e Livro I, art . 27 ,
6 9 0 5 . 1 0 , d a NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXIV

RIC MS-
RS/1997 ,
E n e rg ia e lé t ric a ru ral e , at é 5 0 KW p o r mê s, re sid e n c ial Livro I, art . 27 ,
12%
V, A p ê n d ic e I,
NOTA: Consider a-se ener gia elétr ica r ur al a destinada à atividade S e ç ão II, it e m
XXV I
agr opecuár ia, nos ter mos de instr uções baixadas pela Receita Estadual.

RIC MS-
RS/1997 ,
Ó le o d ie se l, b io d ie se l, GLP, g ás n at u ral, g ás re sid u al d e re fin aria, b io g ás e Livro I, art . 27 ,
12%
b io me t an o V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXV II

RIC MS-
RS/1997 ,
c lassific ad o s n a p o siç ão 8 6 0 6 d a Livro I, art . 27 ,
12% V ag õ e s p ara t ran sp o rt e d e me rc ad o rias so b re vias fé rre as
NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXV III

RIC MS-
RS/1997 ,
c lassific ad o n o c ó d ig o Livro I, art . 27 ,
12% Basalt o
6 8 0 2 . 2 9 . 0 0 d a NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXX

RIC MS-
RS/1997 ,
c lassific ad o s n o c ó d ig o Livro I, art . 27 ,
12% E le vad o re s
8 4 2 8 . 1 0 . 0 0 d a NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXXI

RIC MS-
RS/1997 ,
c lassific ad a n a p o siç ão 2 5 2 2 d a Livro I, art . 27 ,
12% Cal d e st in ad a à c o n st ru ç ão c ivil
NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXXII

12% E rva-mat e , in c lu sive c o m ad iç ão d e aç ú c ar, e sp é c ie s ve g e t ais o u aro mas n at u rais RIC MS-
RS/1997 ,
Livro I, art . 27 ,
V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXXIII

RIC MS-
RS/1997 ,
Camin h õ e s "d u mp e rs" p ara u so fo ra d e ro d o vias. c lassific ad o n a su b p o siç ão Livro I, art . 27 ,
12%
8 7 0 4 . 1 0 d a NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
NOTA: A contar de 1º.04.2021, foi excluída dessa alíquota de 12%, os S e ç ão II, it e m
XXXIV
semir r eboques, subposição 8716.3

RIC MS-
RS/1997 ,
c lassific ad o s n o c ó d ig o Livro I, art . 27 ,
12% "W affle s" e "w afe rs"
1 9 0 5 . 3 2 . 0 0 d a NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXXV

RIC MS-
RS/1997 ,
c lassific ad as n o c ó d ig o Livro I, art . 27 ,
12% Fo rmas p ara fab ric aç ão d e c alç ad o s
3 9 2 6 . 9 0 . 9 0 d a NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXXV I

RIC MS-
RS/1997 ,
c lassific ad o s n a p o siç ão 8 7 0 4 d a Livro I, art . 27 ,
12% V e íc u lo s p ara t ran sp o rt e d e me rc ad o rias
NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXXV II

RIC MS-
RS/1997 ,
c lassific ad as n a su b p o siç ão Livro I, art . 27 ,
12% Te lh as d e c o n c re t o
6 8 1 0 . 1 d a NBM/ S H-NCM V, A p ê n d ic e I,
S e ç ão II, it e m
XXXV III

A rt e fat o s d e jo alh aria, d e o u rive saria e o u t ras o b ras


RIC MS-
NOTA: Esta alíquota somente se aplica se houver incr emento da pr odução c lassific ad as n as p o siç õ e s 7 1 1 3 , RS/1997 ,
12%
7 1 1 4 e 7 1 1 6 , d a NBM/ S H-NCM Livro I, art . 27 ,
dessas mer cador ias no Estado, se for em mantidos, no mínimo, os níveis de
ar r ecadação do imposto do exer cício de 1997, e, ainda, se atendidas as V I, "a", n o t a
demais condições estabelecidas em Ter mo de Acor do fir mado entr e o S etor
da Indústr ia Joalheir a e de Lapidação de Pedr as Pr eciosas e o Estado do Rio
Gr ande do S ul.

RIC MS-
RS/1997 ,
12% Máq u in as e ap are lh o s re lac io n ad o s n o A p ê n d ic e I, S e ç ão III Livro I, art . 27 ,
V I, "h ",
A p ê n d ic e I,
S e ç ão III

De mais me rc ad o rias RIC MS-


RS/1997 ,
17%
Livro I, art . 27 ,
NOTAS : a) desde 1º.01.2022, é utilizada a alíquota de 17%; b) Par a fins de X, n o t a
aplicação da alíquota pr evista neste item, consider a-se ener gia elétr ica
industr ial a destinada a contr ibuintes inscr itos no CGC/T E como indústr ia.

S e rviç o s d e c o mu n ic aç ão
RIC MS-
RS/1997 ,
2 5 % d e sd e NOTA: - A alíquota mencionada neste item ser á acr escida de 2%, nos
1 º. 0 1 . 2 0 2 2 Livro I, art . 28 ,
ser viços de televisão por assinatur a a consumidor final, devidos ao I e p arág rafo
Ampar a/RS . Essa exigência foi suspensa, confor me disposto no RIC MS- ú n ic o
RS/1997 , Livr o I, ar t. 28 , par ágr afo único, nota 4, Decr eto nº
56. 573/2022 ; - Essa alíquota foi suspensa desde 23.06.2022, e ser á
aplicada a alíquota de 17%, por meio do Decr eto nº 56. 573/2022

12% S e rviç o s d e t ran sp o rt e RIC MS-


RS/1997 ,
Livro I, art . 28 ,
II
RIC MS-
De mais p re st aç õ e s d e se rviç o s. RS/1997 ,
17%
Livro I, art . 28 ,
NOTA: No per íodo de 1º.01,2016 a 31.12.2020, er a utilizada a alíquota de III
18% neste item. Em 2021 er a de 17,5%.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar ts. 27 , 28 e 29 )


.

R e t orna r a o Sumá rio

9. Fundo de Pr ot eção e A mpar o Social do Es t ado do Rio Gr ande do Sul (A mpar a/ RS)

Foi instituído o Ampar a/RS com aplicação nas oper ações e pr estações r ealizadas de 1º.01.2016 a 31.12.2025. Os r ecur sos desse fundo ser ão
aplicados em ações suplementar es de nutr ição, habitação, educação, saúde, r efor ço de r enda familiar e outr os pr ogr amas de r elevante
inter esse social voltados par a a melhor ia da qualidade de vida.

Em vista disso, a alíquota do ICMS sofr er á o acr éscimo de 2%, nas saídas inter nas a consumidor final e nas pr estações dos ser viços de
ser viços a seguir :
a) bebidas alcoólicas e cer vej a sem álcool;
b) cigar r os, cigar r ilhas, char utos, cachimbos, cigar r eir as, fumos desfiados e encar teir ados, fumos par a cachimbos e fumos tipo cr espo;
c) per fumar ia e cosméticos; e
d) pr estação de ser viço de televisão por assinatur a a consumidor final. Nesse caso, a exigência desse adicional foi suspensa, confor me
disposto no RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 28 , par ágr afo único, nota 4, na r edação dada pelo Decr eto nº 56. 573/2022 .

Vej a mais sobr e o assunto no pr ocedimento específico IC MS/RS - F undo de Prote ç ã o e Ampa ro Soc ia l do Esta do do Rio Gra nde
do Sul (Ampa ra /RS) .

(Lei nº 8. 820/1989 , ar t. 13- A ; RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 27 , par ágr afo único e ar t. 28 , par ágr afo único)

R e t orna r a o Sumá rio

10. Oper ações e pr es t ações int er es t aduais

As alíquotas do imposto aplicáveis nas oper ações e pr estações de ser viços inter estaduais são:
a) 12%, quando o destinatár io, contr ibuinte ou não do imposto, estiver localizado nos Estados de Minas Ger ais, Par aná, Rio de Janeir o,
S anta Catar ina e S ão Paulo;
b) 7%, quando o destinatár io, contr ibuinte ou não do imposto, estiver localizado na Região Nor te, Nor deste ou Centr o-Oeste ou no
Estado do Espír ito S anto;
c) 4%, nas oper ações com bens e mer cador ias impor tados do exter ior que, após o seu desembar aço aduaneir o:
c.1) não tenham sido submetidos ao pr ocesso de industr ialização;
c.2) ainda que tenham sido submetidos a qualquer pr ocesso de tr ansfor mação, beneficiamento, montagem, acondicionamento,
r eacondicionamento, r enovação ou r econdicionamento, r esultem em mer cador ias ou bens com Conteúdo de Impor tação super ior a
40%.

A mencionada alíquota de 4% não se aplica:


a) aos bens e mer cador ias impor tados que não possuam similar nacional, definidos em lista específica, confor me Resolução Gecex nº
326/2022 , par a fins da Resolução S F nº 13/2012 ;
b) aos bens e mer cador ias pr oduzidos em confor midade com os pr ocessos pr odutivos básicos pr evistos no Decr eto-lei nº 288/1967 e
nas Leis nºs 8.248/1991, 8.387/1991, 10.176/2001 e 11.484/2007;
c) às oper ações que destinem gás natur al impor tado do exter ior a outr a Unidade da Feder ação.

Na hipótese de aplicação da alíquota de 4% mencionada na letr a "c", o contr ibuinte dever obser var o disposto na Instr ução Nor mativa DRP nº
45/1998 , T ítulo I, Capítulo IV, S eção 4.0, que estabelece os pr ocedimentos r elativos à apr esentação da Ficha de Conteúdo de Impor tação
(FCI) e às indicações que devem ser mencionadas na nota fiscal de saída dos bens e mer cador ias impor tados.

As r egiões mencionadas nas letr as "a" e "b" são compostas, par a fins do ICMS , pelas seguintes Unidades da Feder ação:
a) Região Nor te: Acr e, Amapá, Amazonas, Par á, Rondônia, Ror aima e Tocantins;
b) Região Nor deste: Alagoas, Bahia, Cear á, Espír ito S anto, Mar anhão, Par aíba, Per nambuco, Piauí, Rio Gr ande do Nor te e
S er gipe;
c) Região Centr o-Oeste: Goiás, Mato Gr osso, Mato Gr osso do S ul e o Distr ito Feder al;
d) Região S udeste: Minas Ger ais, Rio de Janeir o e S ão Paulo;

e) Região S ul: Par aná, S anta Catar ina e Rio Gr ande do S ul.
( RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 26 , I, II e III)

R e t orna r a o Sumá rio

10.1 Tr ans por t e aér eo

Nas pr estações de ser viço de tr anspor te aér eo inter estadual de passageir os, car ga e mala postal, a alíquota foi fixada em 4%, por inter médio
da Resolução nº 95/1996 do S enado Feder al.

Not a
O Plenár io do S upr emo Tr ibunal Feder al j ulgou par cialmente pr ocedente o mér ito da Ação Dir eta de Inconstitucionalidade nº 1.600-8,
pr oposta pela Pr ocur ador ia-Ger al da República (DOU de 08.08.2003, S eção 1, p. 1).

A decisão manifesta o seguinte entendimento: "Não incidência do ICMS na pr estação de ser viço de tr anspor te aér eo inter municipal,
inter estadual e inter nacional de passageir os".

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 26 , par ágr afo único)

R e t orna r a o Sumá rio

10.2 Ener gia elét r ica, pet r óleo, inclus iv e lubr ificant es líquidos e gas os os e combus t ív eis dele der iv ados

Nas oper ações inter estaduais r ealizadas com petr óleo, inclusive lubr ificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele der ivados, e de ener gia
elétr ica, mesmo as destinadas a contr ibuintes do imposto, quando não se destinem à comer cialização ou industr ialização, ou sej a, par a uso
ou consumo do destinatár io, aplica-se a alíquota vigente par a as oper ações inter nas.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 29 , VI)

R e t orna r a o Sumá rio

10.3 Des t inadas a cons umidor final, cont r ibuint e ou não do impos t o

De acor do com o exposto anter ior mente, desde 1º.01.2016, nas saídas de mer cador ias e nas pr estações de ser viços destinadas a consumidor
final, contr ibuinte ou não do ICMS , localizado em outr o Estado, ser á aplicada a alíquota inter estadual.

( C onstituiç ã o F e de ra l/1988 , ar t. 155 , § 2º, VII)

R e t orna r a o Sumá rio

10.4 Oper ações ou pr es t ações decor r ent es da pr es unção de ocor r ência de oper ações ou pr es t ações s ujeit as à incidência
do impos t o

Confor me disposto no ar t. 3º-A do Livr o I do RIC MS- RS/1997 , pr esume-se a ocor r ência de oper ações ou pr estações suj eitas à incidência
do imposto, sem a emissão de documento fiscal ou sem a emissão de documento fiscal idôneo, quando se constatar omissão ou inclusão de
r egistr os contábeis ou fiscais que indiquem omissão de valor es, nas hipóteses pr evistas no r efer ido ar tigo.

Com isso, no momento da ocor r ência do fato ger ador, dever á ser aplicada a alíquota inter na deste Estado.

Ressalta-se que, quando exigido r egistr o de passagem em Posto Fiscal deste Estado, na falta de compr ovação, pelo tr anspor tador, da efetiva
saída par a outr a Unidade da Feder ação, o destino final da mer cador ia ser á consider ado inter no.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I, ar t. 29 , VII)

R e t orna r a o Sumá rio

11. Penalidades

O agente fiscal, por meio de Auto de Infr ação e Imposição de Multa (AIIM), de acor do com a ir r egular idade ver ificada nos pr ocedimentos
adotados pelos contr ibuintes em desacor do com o estabelecido pelo legislador, aplicar á as multas pr evistas na legislação.

Vej a mais em IC MS/RS - F isc a liza ç ã o - Infra ç õe s e pe na lida de s .


(Lei nº 6. 537/1973 , ar ts. 7º e 11 )

R e t orna r a o Sumá rio

12. Jur is pr udência

A seguir, tr anscr evemos acór dão extr aído do site da S ecr etar ia da Fazenda (w w w .sefaz.r s.gov.br ), r elacionado à aplicação da alíquota inter na
par a cálculo do imposto r eclamado por meio de AIIM de contr ibuinte que não apr esentou a documentação fiscal:
RECURS O Nº 873/07
ACÓRDÃO Nº 028/08
RECORRENT E: (...)
RECORRIDA: FAZENDA ES T ADUAL (Proc. nº 59988-14.00/07-7)
PROCEDÊNCIA: FLORES DA CUNHA - RS
DECIS ÃO DE 1ª INS T ÂNCIA Nº: 99107366
AUT O DE LANÇAMENT O Nº: 16515900
EMENT A:
ICMS . ICMS . Trânsito. Mercadorias tributadas desacompanhadas de documento fiscal próprio. Processual. Responsabilidade do
Transportador. Notificação na pessoa do motorista. Legalidade. Auto de Lançamento com notificação por via postal. Nulidade de atos ou
decisões ou cerceamento de defesa. Inocorrência. Incidência da alíquota interna. Multa material qualificada.
A legislação tributária do nosso Estado, forte nos arts. 121, II e 128 do C ódigo Tributá rio Na ciona l ( C TN ), expressamente
elegeu o transportador como responsável pelo pagamento do ICMS devido e seus consectários legais em relação às mercadorias
transportadas sem os documentos fiscais próprios. É da inteligência do art. 7º, inciso III, alínea "b" da Lei 8. 820/89 .
O motorista do veículo transportador encontra-se legalmente habilitado a representar não só o transportador, mas, até mesmo, o
responsável pelas mercadorias, em relação aos procedimentos fiscais atinentes ao trânsito das mesmas, conforme preceituado nos arts.
21, inciso I da Lei 6. 537/73 e 226, do Livro II do Regulamento do ICMS .
S ujeito passivo foi devidamente cientificado, por via postal, da constituição do crédito tributário levada a efeito pela lavratura do Auto
de Lançamento.
A única causa de nulidade dos atos, despachos ou decisões no âmbito do procedimento tributário administrativo gaúcho ocorre quando
os mesmos forem praticados ou prolatados por autoridade incompetente. É da inteligência do art. 23 da Lei nº 6. 537/73 .
O trânsito de mercadoria desacompanhado dos documentos fiscais próprios enseja a incidência da alíquota aplicável às operações
internas, a teor do disposto no art. 12, inciso II, alínea "j" da Le i Bá sica do IC MS , e caracteriza, perfeitamente, a infração tipificada
no art. 8º, inciso I, alínea "d" da Lei 6. 537/73 - "adquirir, transportar ou fazer transportar, depositar ou receber em depósito
mercadorias desacompanhadas de documento fiscal exigido pela legislação tributária", a qual é cominada a multa material qualificada de
120% (cento e vinte por cento), com fulcro nos arts. 1º , parágrafo único, alínea "a"; 7º, inciso I e 9º, inciso III da aludida lei reguladora
do procedimento tributário administrativo.
Preliminares rejeitadas.
Recurso Voluntário desprovido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDAM os membros da S egunda Câmara do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais
do Rio Grande do S ul, por UNANIMIDADE DE VOT OS , em rejeitar as preliminares arguidas e, no mérito, negar provimento ao recurso
voluntário.
Participaram do julgamento, ainda, os Juízes Ademir Costa Monteiro, Luiz Antônio Bins e Fúlvio Araújo S antos. Presentes o Defensor
da Fazenda Abel Henrique Ferreira.
Porto Alegre, 16 de janeiro de 2008.
FÁBIO WEBER NOWACZYK - JUIZ RELATOR
ENIO AURÉLIO LOPES FRAGA - PRES IDENT E DA CÂMARA
Relatório.
Trata-se de recurso voluntário manejado contra decisão que considerou integralmente procedente o crédito tributário constituído em
decorrência do trânsito de mercadorias desacompanhadas de documento fiscal.
Em 15/03/06 foi lavrado contra a recorrente o Auto de Lançamento acima referido, decorrente do Termo de Infração no Trânsito -
ICMS (T IT ) de mesmo número, no valor de R$ 3.126,64, constituído de ICMS e multa material qualificada. S egundo a peça fiscal, estava
sendo realizado o transporte de mercadorias - 8.360 facas - desacompanhadas de documento fiscal. Há, ainda, a informação de que a
mercadoria foi liberada mediante liminar judicial.
Tempestivamente, a autuada impugnou o lançamento, requerendo a sua desconstituição. Alegou, em preliminar, tanto a sua
ilegitimidade passiva - por ser transportador -, quanto a nulidade do termo de infração, uma vez que a notificação foi firmada pelo
motorista do veículo transportador, pessoa não habilitada para representar a empresa. Citou jurisprudência. Prosseguiu arguindo a
nulidade da autuação por erro na base de cálculo, uma vez que as notas fiscais que acompanhavam a mercadoria indicavam R$ 0,71 como
valor unitário de cada faca, ao passo que o Fisco tomou por base o valor de R$ 1,00, com um acréscimo de 40%, portanto. No mérito,
alegou que o transporte estava acobertado pelos documentos emitidos pelo remetente ( ) com os respectivos débitos do imposto calculado
pela alíquota interestadual, cabendo ao Estado, tão somente, o diferencial de alíquota calculado à razão de 5% (cinco por cento). Por fim,
contestou a aplicação da multa material qualificada, entendendo que, na pior das hipóteses, poderia ser imposta multa material
privilegiada.
Na Primeira Instância Administrativa foi julgado procedente o crédito tributário constituído. Ao sentenciar, o Julgador singular afastou
as preliminares forte nas expressas disposições legais vigentes que prevêem a responsabilidade do transportador e a possibilidade de
notificação do T IT na pessoa do motorista do veículo transportador, além do fato de que nenhum prejuízo houve para o sujeito passivo,
uma vez que o auto de lançamento que se seguiu teve a sua notificação realizada por via postal. No mérito, concluiu que as mercadorias
transitavam desacompanhadas de qualquer documento fiscal e, assim, entendeu correta a adoção do valor provável de venda futura como
base de cálculo do imposto e adequada tanto a aplicação da alíquota interna como a imposição da multa material qualificada.
Especificamente em relação às notas fiscais acostadas aos autos, o julgador monocrático considerou que não acompanhavam as
mercadorias no momento da autuação pelas razões que aponta.
Inconformada, a autuada, no prazo e forma legais, interpôs o presente recurso voluntário no qual reprisou os argumentos
apresentados na impugnação, com exceção da determinação da base de cálculo utilizada pelo Fisco, a respeito da qual, nada mais referiu.
A Defensoria da Fazenda manifestou-se pelo desprovimento do apelo.

É
É o relatório.
VOT O
Vou acolher, pelos seus próprios motivos, e com as devidas adaptações ao caso presente, parte do voto proferido pelo eminente Juiz
Luiz Antônio Bins, integrante do acórdão nº 829/07, da 2ª Câmara, que, por unanimidade, na sessão de 28/11/07, julgou lançamento
idêntico, contra o mesmo sujeito passivo, verbis:
"Preliminarmente, importa afastar-se qualquer nulidade no âmbito do presente processo tributário administrativo.
A uma, porque a legislação gaúcha de regência do ICMS , ao mesmo tempo em que estabeleceu que as mercadorias em trânsito ou em
depósito devem estar sempre acompanhadas dos documentos fiscais emitidos com observância das disposições regulamentares próprias,
expressamente elegeu, com fulcro nos art. 121, II e 128 do C ódigo Tributá rio Na ciona l ( C TN ), o transportador como responsável
pelo pagamento do imposto devido e consectários legais em relação às mercadorias transportadas sem os competentes documentos fiscais
obrigatórios - fato que será comprovado no decurso da presente decisão. É da inteligência do art. 7º, III, "b" da Lei 8. 820/89 , verbis:
"Art. 7º. S ão responsáveis pelo pagamento do imposto devido e acréscimos legais:
(...)
III - o transportador, em relação à mercadoria que:
(...)
b) transportar desacompanhada de documento fiscal idôneo;
(...)"
A rigor, como muito bem destacado pelo Julgador a quo, é defeso aos transportadores "aceitar despacho ou efetuar o transporte de
mercadorias que não estejam acompanhadas dos documentos fiscais próprios" (art. 9º, § 2º, Livro II do RICMS ).
A duas, porque o motorista do veículo transportador encontra-se legalmente habilitado a representar não só o transportador, mas, até
mesmo, o responsável pelas mercadorias, em relação aos procedimentos fiscais atinentes ao trânsito das mesmas, conforme preceituado
nos arts. 21, I da Lei 6. 537/73 e 226, Livro II do RICMS , verbis:
"Art. 21. As notificações e intimações serão feitas por uma das seguintes formas:
I - pessoalmente, mediante aposição de data e assinatura do sujeito passivo, seu representante ou preposto, no próprio instrumento
ou em processo, com entrega, no primeiro caso, de cópia do documento ou, ainda, através de lavratura de termo em livro fiscal ou em
talonário de documentos fiscais;
(...)"
"Art. 226. Considera-se o transportador ou o motorista autorizado a, em nome do responsável pelas mercadorias, receber intimações
e notificações relacionadas com os procedimentos fiscais adotados no trânsito das referidas mercadorias, que impliquem apreensão destas
ou depósito de valores."
A três, porque, afora a notificação do Termo de Infração no Trânsito - T IT -ICMS , peça preparatória do lançamento fiscal, o sujeito
passivo foi devidamente cientificado, em 10/08/06, da constituição do crédito tributário levada a efeito pelo Auto de Lançamento nº
16515900 conforme se denota do Aviso de Recebimento no RL206144621BR (fl. 44).
A quatro, porque ausente qualquer prejuízo ao sagrado e constitucional direito ao contraditório e à ampla defesa, como se permite
concluir da fundamentada impugnação tempestivamente apresentada pela insurgente.
De qualquer forma, mesmo que assim não fosse - o que não é o caso, mas que se traz só para fins de argumentação -, a única causa
de nulidade dos atos, despachos ou decisões no âmbito do procedimento tributário administrativo sul-rio-grandense ocorre quando os
mesmos forem praticados ou prolatados por autoridade incompetente (art. 23 da Lei 6. 537/73 ), fato inexistente na espécie, porquanto
o lançamento foi procedido por Agente Fiscal do Tesouro Estadual, autoridade devidamente competente para tal prática a teor do disposto
nas Leis 8.118/85, 8.533/88, 10.933/97 e 11.124/98.
Reza o art. 23 da Lei 6. 537/73 , verbis:
"Art. 23. Consideram-se nulos os atos, despachos e decisões emanados de autoridade incompetente para praticá-los ou proferi-los.
(...)"
De forma que não há de se falar em nulidade em relação ao auto de lançamento constitutivo do crédito tributário em litígio.
A par do que, rejeito ambas as preliminares de nulidade.
No caso em tela a infração diz respeito, justamente, à inserção de elementos falsos em livros fiscais, que se consubstancia em
escriturar dados das notas fiscais que discriminavam operações tributadas na coluna "isentos" do Livro Registro de S aídas para fazer crer
que a operação estaria ao abrigo da isenção, quando em realidade somente examinando o documento fiscal é que se descobre que a
informação contida no livro fiscal é falsa."
Pelo exposto, rejeito ambas as preliminares de nulidade.
No mérito, também não assiste razão à recorrente.
Ora, as mercadorias em questão - 8.360 facas da marca ( ) - encontravam-se desacompanhadas de documento fiscal próprio quando
passavam pelo Posto Fiscal Passo do S ocorro, em Vacaria, não podendo ser aceitas as 2ªs vias acostadas aos autos quando da
apresentação da impugnação ao lançamento.
Nas razões de decidir em relação ao mérito, também vou acolher, pelos seus próprios motivos, e com as devidas adaptações ao caso
presente, parte do voto proferido pelo eminente Juiz Luiz Antônio Bins, integrante do acórdão nº 829/07, da 2ª Câmara, que, por
unanimidade, na sessão de 28/11/07, julgou lançamento idêntico, contra o mesmo sujeito passivo, verbis:
"Afora não serem as 1ªs vias, por diversos outros motivos, tais quais: (i) a divergência de suas datas de emissão (07/03/06) em
relação às relativas aos às "notas de envio" das revistas (14/03/06) e do trânsito das mercadorias (15/03/06); (ii) a ausência da
consignação da data de saída; (iii) a não indicação da placa do veículo transportador; e (iv) a inexistência de qualquer carimbo
representativo de algum Posto Fiscal pelo qual tenha o veículo transportador circulado desde a sua origem, no Estado de S ão Paulo.
Tais situações, por si só, já configurariam os documentos fiscais, se apresentados tempestivamente, como inidôneos, a teor do
estipulado pelo art. 13, do Livro II do RICMS , pelo que não seriam próprios a sustentar a circulação das mercadorias, conforme art. 43, I
da Lei 8. 820/89 . Em consequência, exigível, também, via lançamento, seriam o imposto e respectivos consectários legais.
Fruto da irregularidade constatada, correta a exação calculada à alíquota de 17% (dezessete por cento), haja vista ser a aplicável às
operações internas, a teor do disposto no art. 12, II, "j" da Le i Bá sica do IC MS .
No tocante à penalidade, a situação fática verificada amolda-se perfeitamente à infração tipificada no art. 8º, I, "d" da Lei 6. 537/73
- "adquirir, transportar ou fazer transportar, depositar ou receber em depósito mercadorias desacompanhadas de documento fiscal exigido
pela legislação tributária", a qual é cominada a multa material qualificada de 120% (cento e vinte por cento), com fulcro nos arts. 1º,
parágrafo único, "a", 7º, I e 9º, III da aludida lei reguladora do procedimento tributário administrativo."
Dessa maneira, deve ser confirmada a decisão do juízo a quo, mantendo-se o crédito tributário em litígio.
Nesses termos, rejeito as preliminares suscitadas e, no mérito, nego provimento ao recurso voluntário.
Fábio Weber Now aczyk,
Juiz Relator.
Legis lação Refer enciada

A CÓ RDÃ O Nº 0 2 8 / 0 8

ac ó rd ão n º 8 2 9 / 0 7

Co n vê n io ICMS n º 54/2000

RIC MS- RS/1997

De c re t o n º 56. 573/2022

De c re t o fe d e ral n º 6 2 . 6 5 5 / 1 9 6 8

De c re t o -le i n º 288/1967

E me n d a Co n st it u c io n al n º 87/2015

Em 15/03

In st ru ç ão No rmat iva DRP n º 45/1998

Le i Co mp le me n t ar n º 123/2006

Le i Co mp le me n t ar n º 194/2022

Le i Co mp le me n t ar n º 24/1975

Le i Co mp le me n t ar n º 87/1996

Le i n º 5. 172/1966

Le i n º 6. 537/1973

Le i n º 7. 678/1988

Le i n º 8. 820/1989

Re so lu ç ão Ge c e x n º 326/2022

Re so lu ç ão S F n º 13/2012

C onstituiç ã o F e de ra l/1988

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