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Exclusivo - Siderúrgica AVB Busca Investidor Estratégico para Crescer - Empresas - Valor Econômico
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Para poder crescer, sem comprometer o caixa e a alavancagem financeira, a siderúrgica Aço Verde do Brasil quer atrair
“parceiros estratégicos”. A empresa contratou o banco suíço UBS para coordenar um processo internacional que busque
interessados em ser sócios da companhia – estão no radar fundos de private equity, institucionais e de investimentos e até
potenciais rivais dispostos a participar do projeto de expansão. Também não está descartada uma oferta pública de ações (IPO).
O Valor apurou com fontes do setor que o UBS vai abrir na próxima semana uma sala de informações (“data room”) para que os
interessados possam conhecer os números da AVB.
A companhia, que passou a fabricar aços longos laminados — vergalhões e fio-máquina — em 2018, tem plano de elevar sua
capacidade de produção de aço bruto de 730 mil toneladas para 1,2 milhão de toneladas. O problema é que não há disposição
por parte dos acionistas de se endividar e correr riscos, relatou uma fonte, por causa das incertezas do cenário indústria no país e
no exterior.
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Essa ampliação de capacidade exigiria um desembolso da ordem de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões principalmente em duas
instalações: uma aciaria e uma nova laminadora na planta industrial localizada em Açailândia, no Maranhão.
Depois de viver uma trajetória difícil, em que a alavancagem foi às alturas e comprometeu o futuro da empresa, os acionistas
avaliam que o investimento deve ser feito por investidores que veem valor no modelo da AVB, que é considerada uma produtora
de “aço verde”, pois tem uma operação certificada de emissão neutra de dióxido de carbono (CO2).
Procurada, a direção da empresa informou, por meio da assessoria de comunicação, que não comenta o assunto.
No final de 2022, conforme os últimos dados da empresa auditoria internacional SGS, a AVB manteve inalterado seu selo de usina
de aço longo carbono com emissão neutra, reconhecido pela World Steel Association (WSA). O resultado do ano repetiu a emissão
de 0,02 toneladas de CO2 para cada tonelada de aço fabricada.
Enquanto se observa uma corrida mundial pela descarbonização na siderurgia, maior emissora de CO2 do setor industrial
(respondendo por 7%), a mini-mill de aços longos em Açailândia já avançou nesse quesito. A empresa aproveita todos os gases
gerados no processo (em circuito fechado) nas linhas de produção e vem investindo em térmica que recupera os gases de
processo para gerar energia. Além disso, a meta é ter geração zero de resíduos na usina.
A siderúrgica, que é controlada 100% pela família mineira Nascimento, dona do grupo Ferroeste — e que tem Silvia Nascimento
como CEO desde o ano passado —, vislumbra, no cenário de “economia verde” global, atrair um investidor que queira atuar em
mercados como o europeu, que valoriza esse tipo de produto dentro de suas regras climáticas, segundo uma fonte a par da
estratégia dos acionistas afirmou ao Valor.
Produto com esse perfil, obtido em produção sustentável, terá demanda quase cativa nos mercados que ficam cada vez mais
rígidos na questão climática. Por ser um aço fruto de processos com emissão neutra de carbono, costuma ter preferência de
compra. Sem falar do prêmio no preço da venda e das vantagens em financiamentos bancários para a companhia.
Alavancagem financeira baixa e caixa de R$ 720 milhões
A AVB começou a ser erguida em 2007, mas ficou pronta somente no final de 2015, após muitos percalços no meio do caminho
(como a quebra do Lehman Brothers em 2008 e a crise econômica do Brasil entre 2014 e 2017). Começou produzindo ferro-gusa,
em alto-forno a carvão vegetal. Atualmente possui dois equipamentos modernos, cuja produção abastece a aciaria de tarugos de
600 mil toneladas ao ano.
Com uma laminação apta a fazer 600 mil toneladas anuais, a partir de 2018, a AVB entrou no mercado de aços laminados (fio-
máquina, vergalhões e trefilados), que são vendidos a clientes brasileiros de vários setores. A AVB entrou na competição com as
gigantes ArcelorMittal e Gerdau, a mexicana Simec, a Sinobras (do grupo Aço Cearense) e com a CSN.
No fim de junho, a AVB informou, em seu balanço trimestral — a empresa publica resultados como se tivesse ações negociadas
em bolsa —, que sua alavancagem financeira era de 0,8 vez na relação dívida líquida sobre Ebitda (sigla em inglês de lucro antes
juros, impostos, depreciação e amortização). O caixa fechou em R$ 720 milhões, enquanto a dívida bruta era de R$ 1,22 bilhão.
A siderúrgica encerrou o primeiro semestre com receita líquida de R$ 845,8 milhões — recuo de 13% ante o mesmo período de
2022. O Ebitda foi de R$ 271,4 milhões (menor 37%) e lucro líquido, de R$ 187,7 milhões (menos 37%), com margens Ebitda e
líquida de 32,1% e 22,2%, respectivamente. Foram vendidas 189 mil toneladas de produtos laminados (mais 14,5% no período).
A capacidade da laminação da siderúrgica vem sendo ocupada gradativamente — neste ano está operando em patamar superior
a 400 mil, com plano de atingir plena produção em 2025, conforme informações passadas ao Valor em entrevista sobre o
desempenho do segundo trimestre no início de agosto.
A AVB tem flexibilidade de poder vender ferro-gusa e tarugos tanto no mercado interno quanto via exportação, a depender dos
preços mais atrativos. A prioridade é atender o mercado de vergalhões (construção civil e infraestrutura) e de fio-máquinas (usos
industriais).
Montar a siderúrgica exigiu investimentos superiores a R$ 1,5 bilhão, disse a CEO da companhia em entrevista em outubro de
2022 ao Valor. Ela destacou na época: “A AVB é um projeto vocacional, que juntou o empreendedorismo do acionista, o minério
de ferro rico de Carajás e a base florestal, de onde se produz o biocarbono que vai aos altos-fornos”.
Estão no radar do banco UBS fundos de private equity, institucionais e de investimentos e até potenciais rivais. Também não está descartada uma oferta pública de ações (IPO) — Foto:
Divulgação
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