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1088 - Manual de Perícia em Veículos Incendiados - Débora Chaves
1088 - Manual de Perícia em Veículos Incendiados - Débora Chaves
II – Conhecimentos Especificos
Adaptado por:
Débora Ferreira Chaves1
George Lopes Palmeira Junior2
BRASÍLIA, 2019
1
Cadete Débora Chaves. Aluna do Curso de Formação de Oficiais, Turma 35, 2019 – CBMDF.
Bacharel em Engenharia Automotiva, 2016 – Universidade de Brasília.
2
Capitão Palmeira. Chefe da Seção de Projetos e Pesquisa da Diretoria de Investigação de
Incêndio e Perito de Incêndio. Bacharel em Engenharia Mecânica – Universidade de Brasília.
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SUMÁRIO
1 ESTRUTURA BÁSICA DOS VEÍCULOS E PRINCIPAIS CONCEITOS 8
1.1 SISTEMAS 8
1.1.1 SISTEMA ELÉTRICO 8
1.1.2 SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL 11
1.1.3 SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO 19
1.1.4 SISTEMA DE ESCAPE 21
1.1.5 SISTEMA DE TRANSMISSÃO 23
1.1.6 SISTEMA DE FREIO 25
1.2 MATERIAIS COMPONENTES DE UM VEÍCULO 26
1.2.1 METAIS 26
1.2.2 POLÍMEROS 28
1.2.3 LÍQUIDOS 30
1.2.4 ESTOFAMENTO 31
1.2.5 VIDROS 32
1.3 DIVISÃO ESTRUTURAL 34
1.4 PADRÃO DE QUEIMA 34
1.5 FOOD TRUCKS 40
1.6 METODOLOGIA DA ANÁLISE DOS MATERIAIS 40
2 FONTES DE IGNIÇÃO 41
2.1 CHAMA ABERTA 41
2.2 FONTES ELÉTRICAS 42
2.3 SUPERFÍCIES AQUECIDAS 44
2.4 FAÍSCA MECÂNICA 46
2.5 CIGARROS E CONGÊNERES 46
6 REFERÊNCIAS 68
4
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
INCÊNDIO EM VEÍCULOS
1.1 Sistemas
2. Dentro dos PEVs também se incluem os VEs híbridos, que são aqueles que
utilizam ambos motores elétrico e a combustão interna para propulsão. Os
híbridos são classificados em série (utilizam apenas o motor elétrico para
mover o carro, com o motor a combustão fornecendo eletricidade ao motor
elétrico) ou em paralelo (utilizam ambos os motores para propulsão) (STROKI,
2019). Os elétricos híbridos são de três tipos:
podem levar a uma falha mecânica catastrófica, que pode, por sua vez,
provocar um incêndio.
1.2.1 Metais
1.2.2 Polímeros
1.2.3 Líquidos
Em uma colisão, cada sistema de fluido deve ser examinado quanto aos
danos e possíveis vazamentos. Em um incêndio em que não houve colisão,
odores e manchas de pavimento onde estava estacionado o veículo,
descrições das testemunhas sobre o fogo e padrão da queima podem ajudar a
diferenciar os fluidos ao apontar possíveis origens para o fogo.
31
1.2.4 Estofamento
1.2.5 Vidros
Figura 22 – Padrão de marcas de fratura no vidro por impacto mecânico: linhas radiais
e concêntricas, a partir do ponto do impacto.
Figura 27 – Padrão de queima do veículo Ford F150: a área mais clara mostra onde
está a possível zona de origem do incêndio.
Figura 28 – Uma colisão danificou a tampa da válvula de um Ford Escort, 1995. O óleo
vazou e igniu no coletor de escape quente. Os danos causados pelo incêndio foram
limitados, de forma que a única evidência de incêndio estava no coletor de escape.
Segundo o SEBRAE (2016), a maioria dos food trucks são dotados dos
seguintes equipamentos: gerador elétrico, fogão e geladeira industriais,
compartimento de gás (geralmente são dois botijões instalados abaixo do
fogão), um tanque para detritos, um exaustor e um reservatório para armazenar
água com capacidade para 50 litros.
2 FONTES DE IGNIÇÃO
Barnett (2013, pág. 58) traz uma lista mais detalhada dos dispositivos
elétricos ou eletromecânicos que são capazes de causar um incêndio por falha
operacional: bateria, alternador, motor de partida, motor do ventilador/motores
elétricos do sistema de ar-condicionado, bobina de ignição do motor,
interruptores elétricos, solenoides, fiação, painel de fusíveis e relé, faróis, trilha
do assento elétrico ou aquecedor de assento.
de cobre, sulfeto de cobre ou cloreto de cobre, e não está associado aos fios
com revestimento de polietileno (PE).
inflamáveis de baixa energia de ativação, tais como grama, folhas secas, papel
ou mesmo lixo da rua.
A imagem abaixo (Figura 31) foi feita pela câmera térmica, no momento
em que um galho colocado dentro do escapamento, ignizou-se, em um teste
realizado pela DINVI, em outubro de 2015, de forma a subsidiar um laudo
pericial.
Fonte: DINVI/CBMDF.
referentes ao incêndio nas viaturas tipo ASE e ABTF que vieram a se incendiar
na ocorrência de incêndio florestal em 2015.
Nos EUA, alguns estados adotaram a lei que proíbe a adição de nitrato
de potássio ao cigarro, o que comumente causa a extinção de um cigarro não
tragado antes mesmo de pegar fogo no estofamento.
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a) Revestimento esbranquiçado
do veículo são sempre dignos de uma análise mais apurada pelo perito em
incêndio e explosões.
• que a porta tenha sido aberta após a eclosão (por exemplo, para o
combate);
• que, em se estando a porta fechada e se for ateado fogo na lataria, o
combustível lançado pode escorrer para dentro do batente, deixando
pequenas marcas de incêndio.
que se comprovou não haver qualquer comunicação entre ambos, pode ser
sinal de incêndio criminoso, com múltiplos focos.
Figura 36 – Toyota Previa lateralizado, seta indicando local atingido pelo reboque.
Figura 42 – Danos causados pelo calor e fumaça vistos pela parte interna do
veículo
após o impacto. Estava de noite e a rodovia não tinha iluminação, o que facilita
a visualização do fogo, assim, pela descrição da testemunha, é provável que o
volume de faíscas tenha sido provocado mecanicamente. A superfície da parte
inferior do veículo mostra evidência de raspagem no pavimento (Figura 45). As
faíscas também podem ter sido causadas devido ao atrito das superfícies
metálicas entre si durante o esmagamento. Faíscas elétricas e filamentos
quentes expostos estavam presentes nas luzes energizadas dos dois veículos.
6 REFERÊNCIAS
AUTO MONITOR. Que materiais são usados para produzir um carro? 2015.
Disponível em: <https://automonitor.pt/2015/03/03/mercado-e-estatisticas/que-
materiais-sao-usados-para-produzir-um-carro/>. Acesso em: 28 mar. 2019
BULLIS, Kevin. Are Electric Vehicles a Fire Hazard? MIT Technology Review.
2013. Disponível em: https://www.technologyreview.com/s/521976/are-electric-
vehicles-a-fire-hazard/. Acesso em: Acesso em: 31 out. 2019.
GUARDIAN, The. Carbuncle Cup: Walkie Talkie wins prize for worst building
of the year. Disponível em: https://www.theguardian.com/uk-
news/2013/sep/03/walkie-scorchie-building-developers-erect-scaffold. Acesso
em: 01 jun. de 2016.
NFPA 921. Guide for Fire and Explosion Investigations. National Fire
Protection Association, Quincy, Massachusetts, 2011.
OLIVEIRA, Sonia Maria Marques de et al. Gás Natural Veicular (GNV). Dossiê
Técnico. Instituto de Tecnologia do Paraná, 2007. Disponível em:
http://www.respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NjU=. Acesso
em: 01 jun. 2016.