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Manual 627 LP Técnicas Escrita
Manual 627 LP Técnicas Escrita
Manual
Conteúdos:
➢ Texto funcional - tipos e formas de frase
- A pontuação na expressão escrita da correspondência comercial
- O discurso direto na comunicação formal
- O discurso indireto na comunicação formal
- Vocabulário específico à comunicação empresarial
- Ler, compreender e reproduzir as ideias principais
- As barreiras na comunicação escrita
➢ Técnicas de escrita nas organizações
- O documento escrito como forma de transação comercial
- O texto como instrumento de comunicação empresarial
- A estrutura interna das diversas correspondências
- Assuntos usualmente tratados pelas/nas empresas
- Modelos de correspondência empresarial
- Principais suportes de comunicação escrita nas organizações
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I - Pontuação
O Ponto Final Marca uma pausa prolongada, termina uma frase, delimita uma ideia.
A Vírgula Equivale a uma pequena pausa, separa elementos de uma enumeração ou substitui
um verbo omitido.
O Ponto e Vírgula Marca uma pausa mais prolongada do que a vírgula, mas não equivale ao fim
da frase. Separa as partes que se ligam ou opõem num mesmo período.
Os Dois Pontos Marcam uma pausa prolongada e usam-se, normalmente, antes da enumeração
de várias coisas ligadas entre si ou, então, para introduzir a fala de uma personagem no discurso
direto.
As Reticências Equivalem a uma pausa grande que corta a frase, deixando-a em suspenso.
Indicam uma ideia que fica inacabada. Sugerem sentimentos que cabe ao leitor adivinhar.
As Aspas Empregam-se para indicar o início e o fim de citações textuais, para salientar uma
palavra ou expressão na frase ou, ainda, para referir o título de um jornal, de uma revista, de um
livro…
O Travessão Serve para indicar a mudança de interlocutor nos diálogos ou, então, para isolar
uma palavra ou expressão no texto.
Os Parênteses Marcam uma pequena observação intercalada numa ideia geral.
O Ponto de Interrogação Exprime uma interrogação, isto é, indica que há uma pergunta direta.
O Ponto de Exclamação Emprega-se para exprimir admiração, espanto, alegria, dor. Usa-se
ainda para indicar uma ordem ou um desejo forte (frases de tipo imperativo).
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II - Ortografia
REGRAS DE ORTOGRAFIA
Exemplo
Regra
Só entre vogais se escreve -rr- e -ss-. Massa, terra, carro…
Antes de -p e -b e no fim da palavra escreve-se m. Campo, também, lombo, tempo…
As palavras terminadas em -ação escrevem-se com ç. Negação, admiração, variação…
As palavras terminadas em -oção escrevem-se com ç. Comoção, noção, loção…
As palavras terminadas em -eição escrevem-se com ç. Afeição, refeição, eleição…
As terminações -aço e -aça escrevem-se com ç. Palhaço, cabaça, bagaço…
As terminações -oço escrevem-se com ç. Exceção: fosso, colosso… Caroço, tremoço, pescoço…
As palavras terminadas em -unção escrevem-se com ç. Junção, função, presunção…
As palavras terminadas em -iça e -iço escrevem-se com ç, desde que antes do ç não
haja m. Preguiça, nabiça, maciço…
As palavras terminadas em -issa e -isso escrevem-se com ss, desde que antes do i haja Missa, compromisso, omisso…
sempre m, excepto sumiço.
As palavras terminadas em -ice escrevem-se com c, sendo nomes próprios e palavras Burrice, pelintrice, Eunice…
derivadas, exceto Clarisse.
Os verbos terminados em -ecer e palavras da mesma família escrevem-se com c. Conhecer, esquecer, arrefecer…
As terminações -ância, -ência escrevem-se com c, mas a palavra ânsia (desejo forte) Distância, ciência, inteligência…
leva s.
Nas palavras em que o som s (forte) se repete, escreve-se primeiro c e depois ss. Processo, necessário, sucessivo…
As palavras começadas pelo som diss- escrevem-se com ss, exceto dicionário, dicéfalo Dissílabo, dissolver, dissipar…
e seus derivados.
As terminações ícia e ício escrevem-se com c. Malícia, polícia, sacrifício…
O grupo pens escreve-se sempre com s. Pensamento, compensa, pensar…
As palavras começadas por des- escrevem-se com s, exceto dezembro e dez. Desastre, desordem, deserto…
As terminações oso e osa escrevem-se com s, exceto gozo e goza. Formosa, manhoso, receosa…
As palavras começadas pres+vogal escrevem-se com s, exceto prezar e seus derivados. Presença, presépio, presente…
As palavras terminadas em -eza escrevem-se com z sendo nomes derivados de Beleza, nobreza, riqueza…
adjetivos.
Os verbos pôr e querer não têm z. Pus, puseste, pôs, quis, quiseste…
As terminações -uzir escrevem-se com z. Conduzir, produzir, reduzir…
O som u tónico escreve-se sempre u. Escudo, brancura, formosura…
Nos verbos poder, pôr e noutros da mesma família, escrevem-se com u as formas Pudesse, puser, puder…
verbais em que o E é aberto.
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III - Tipos e Formas de Frase
Frase é um enunciado com sentido completo, constituído por uma palavra ou conjunto de
palavras e com uma ordenação determinada.
Tipos de Frase:
Formas de Frase
Afirmativa/Negativa:
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IV - O que é a comunicação?
REFERENTE
CANAL
CÓDIGO
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c. Eficácia na comunicação: para que a comunicação seja perfeita, torna-se
necessário afastar todos os obstáculos ou ruídos.
e. Obstáculos à comunicação
a. Extravio de informação
b. Esquecimento
c. Fraca capacidade cultural (há quem não saiba analisar o Diário da República)
d. Avaria do telefone, do computador
e. Ideias pré-concebidas
f. Muitos níveis hierárquicos - dificuldade de circulação da informação
g. Poucos níveis hierárquicos - sobrecarga de doc. para o chefe
h. Falta de atenção, distrações
i. Falta de tempo
j. Falta de materiais;
k. Boatos e rumores
Boato - mecanismo de informação de opinião, mensagem que pode não ser fundamentada em
dados verídicos (factos), que circula normalmente através da comunicação oral e à medida que
circula vai sofrendo alterações.
Rumor - existe um facto que, ao circular, perde ou ganha pormenores. É uma mensagem
deturpada.
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1.6.1.1 Tipos de linguagem:
2.3 Vocabulário
a. Frases simples e curtas;
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b. Palavras com significado preciso e não palavras ambíguas.
i. Comunicação oblíqua
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a. Comunicação emitida de um chefe de um departamento para os subordinados de
outro departamento. Em termos de organograma a comunicação circula
obliquamente.
1.4. Internas
d. Servem para transmitir diretrizes, ordens, solicitar serviços, fornecer e veicular
informações, requisitar material.
e. Fazem-se através de:
a. Memorandos;
b. Convocatórias;
c. Atas;
d. Relatórios;
e. Circulares (São consideradas internas e externas. Informam sobre: Início de atividade Fim ou
suspensão de atividade; Modificação ou alteração; Iniciativas ocasionais).
1.5. Externas
a. Cartas/ Ofícios;
b. Circulares;
c. Faxes.
2 - NOÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA
Conjunto de documentos internos e externos emitidos e recebidos por uma empresa nas
relações com os seus públicos.
As comunicações da empresa são importantes pelo facto de:
No interior operacionalizam seus serviços;
No exterior projetam uma imagem.
Empresa Exterior:
Chefias Autarquias
Níveis Médios Segurança Social
Subordinados Clientes
Fornecedores
Bancos Seguros
Sindicatos
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3 - FUNCÕES DA CORRESPONDÊNCIA
Internamente
Transmitir instruções;
Solicitar serviços;
Fornecer os transmitir informações;
Convocar reuniões;
Veicular documentação;
Requisitar material.
Externamente
Pedir / Enviar informações, documentos;
Solicitar descontos, pagamentos, reformas;
Propor fornecimentos, produtos;
Responder a pedidos, propostas;
Apresentar orçamentos / propostas;
Resolver reclamações...
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Para simplificar a redação recorre-se frequentemente à utilização de:
Correspondência normalizada;
Abreviaturas;
Códigos;
Formulários.
VI - COMUNICAÇÕES EXTERNAS
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1- DEFINIÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA COMERCIAL
Conjunto de cartas e circulares que são relativas à correspondência mantida entre fornecedores e
clientes. Para além da relação cliente/fornecedor, pode ser mantida também entre outras
entidades. A correspondência comercial tem linguagem e estilo próprios.
1.1. Carta
Dirigida de um emissor para um recetor. Diz respeito ao circuito comercial. No entanto, pode
ser mantida também entre outras entidades.
1.2. Circulares
De um emissor para vários recetores. Comunica um assunto de interesse geral. As circulares
podem ser de caráter interno e externo.
Interno: memorando, nota de serviço, ordem de serviço, comunicado
Externo: carta, cartão-postal, desdobrável, folheto, cartaz, anúncio
Uma circular pode encarar várias formas conforme o assunto que trata e a quem se dirige.
Aviso de mudança de instalações;
Promoções, concursos;
Encerramento temporário;
Alterações de preços;
Feiras, exposições...
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3.2. Em relação ao Destinatário
Endereço errado;
Palavras complicadas;
Impessoal;
Intimadora;
Disposição deficiente;
Ausência de ação evidente;
Ortografia deficiente;
Erros gramaticais;
Sem assunto;
Pontuação deficiente;
4 - AS PERGUNTAS BÁSICAS
Porquê? | Quem? | Quando? | Onde? | O quê?
4.1. Porquê
É o objetivo da carta:
Concretizar algo;
Confirmar acordos, compromissos, contratos;
Prestar informações;
Justificar uma atitude;
Pedir desculpas...
Lembre-se: Qualquer carta deve agir no sentido de nos promovermos a nós e à empresa. Elas
constituem anúncios gratuitos.
4.2. Quem?
Quem é o destinatário? A pessoa certa? Nome?
Quem escreve a carta? Função? Conhecimento e autoridade?
4.3. Quando?
Prazos
Quando escrever
4.4. Onde?
O destino da carta: endereço exato; para o estrangeiro, método de despacho.
Onde escrever: Local calmo, sem interrupções.
5 - ESTRUTURA DA CARTA
Há vários tipos de disposição, vários estilos. A empresa opta por um estilo próprio e deverá seguir
sempre o mesmo estilo.
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É centrado ou à esquerda
Deverá conter: nome da empresa, nº de contribuinte, nº de registo, capital social,
endereço, apartado postal, nº telefone. Fax, e-mail, URL...
5.3. Referências
Indicação impressa que permitirá identificar e localizar as cartas mais rapidamente. É o espaço
onde vão ser indicadas:
as iniciais do remetente, o nº da comunicação (N/ Refª)
os mesmos elementos referentes a uma comunicação anterior do n/ destinatário (V/
Refª:)
5.4. Data
Todas as cartas devem ser datadas.
Pode colocar-se do lado direito, por baixo do destinatário;
À esquerda a seguir ao cabeçalho e alinhado com o destinatário;
Não se usam abreviaturas ou formas numéricas: deve ser, por ex. 5 de agosto de 2000.
Deve também colocar-se o local antes da data: Lisboa, 5 de agosto de 2000
5.5. Assunto
Trata-se de resumir o conteúdo da carta no menor nº de palavras, não deixando, contudo,
escapar todos os fatores relevantes para a posterior identificação da carta.
5.6. Vocativo
É a forma de cortesia com a qual se inicia a carta.
Ex.mos Senhores; V. Exª; Ex.ª; Senhor; Caro ...
5.7. Introdução
O primeiro parágrafo da carta deve identificar claramente:
A receção de qualquer comunicação anterior (com referência à data);
Quem é o remetente;
A razão por que escreve a carta.
5.10. Assinatura
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Por cima do nome e cargo escritos por extenso.
5.11. P.S.
Anotação na margem que podem dizer respeito a qualquer pormenor que, por lapso, não foi
incluído no corpo.
5.12. Anexos
Espaço reservado para referir os documentos que acompanham a carta.
6.3. A pontuação
Na data não se utiliza nenhum tipo de pontuação;
A seguir ao vocativo: dois pontos, vírgula ou nada.
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INFORMAÇÃO
Carta de envio
Acompanha o envio dos documentos. Identificam-se os documentos que serão anexados.
Estrutura: 1º: Justificação do envio (ou relacionamento com comunicações anteriores). Refere-se
o que se vai enviar; "de acordo com o v/ pedido de ..., vimos por este meio enviar..."
2º: fecho da carta com menção a futuras comunicações. "aguardando a v/ resposta..."
Pedidos de informação
Pedido de informação através de uma carta sobre produtos, pessoas, serviços, firmas, mercados.
“Agradecemos informação acerca de...” Manifestar o interesse especificando: condições
quantidades se fornecimento regular ou constante.
No caso de informações sobre pessoas ou firmas, deve-se garantir a confidencialidade.
MEMORANDO
Documento interno escrito de uma forma informal. Frequente nas grandes e médias empresas
e serve para dar corpo a uma ordem, instrução ou informação que deve circular entre os
vários departamentos. A mensagem deve ser sempre curta e objetiva. Obedece a uma
numeração.
Elementos
Referências;
De e para;
Assunto;
Data;
Assinatura.
Usa-se quando:
Se quer levar a muitas pessoas a mesma mensagem: informação, mudanças,
promoções, regalias, reuniões;
acompanhar relatórios;
estimular o pensamento ou ações dos indivíduos.
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Assunto:
cc (Nomes) com conhecimento
ORDEM DE SERVIÇO
Tem uma redação mais formal e implica uma responsabilização do recetor. Parte de um
superior hierárquico para os subordinados. Muitas vezes é emitida em duplicado, devolve-se o
duplicado assinado pelo recetor com a indicação da hora e dia em que foi recebida. Obedece a
uma numeração
Elementos
nº;
assunto;
de e para;
data;
assinaturas.
Ordem de Serviço nº n / ca / 20
Assunto:
De:
Para: O Conselho de Administração deliberou...
Lisboa, 2 de fevereiro de 2020
O conselho de administração
Vogal Presidente
RELATÓRIOS
Comunicação organizada, fundamentada e comentada, sobre um facto ou conjunto de factos
ocorridos ou ainda a decorrer. Funciona como elemento de informação, consulta ou prova e tem
grande valor na análise e solução de problemas concretos, na transmissão e apresentação de
resultados de ações de pesquisa, de inspeção e gestão, bem como no apuramento de
responsabilidades.
1. TIPOS DE RELATÓRIO
Formal / Informal
Interno / Externo
De rotina / acontecimento específico
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Infrações, acidentes;
Vendas;
Inspeções, revisões;
Participações em congressos, conferências, seminários;
Anomalias, avarias;
Estudos de mercado;
Peritagem;
Relatório de contas.
3. FASES DE UM RELATÓRIO
Planear, ou seja, combinar, de forma organizada, o trabalho e o tempo. Um relatório pressupõe
duas fases: a preparação e a redação.
3.1. Preparação
Na preparação prévia devem ser considerados o redator, o leitor e a matéria.
3.1.1. Redator
Se é a pessoa mais indicada para escrever o relatório e porquê. O redator deve definir o
tema e qual a finalidade do relatório.
3.1.2. Leitor
Cabe ao redator identificar os leitores e deverá considerá-lo em todas as fases do relatório.
3.1.3. Matéria
O redator enfrenta uma série de questões: Qual o material que dispõe; Onde o encontra?
Do que precisa? Como vai dispor saber onde procurar a informação, selecionar o que for
necessário saber como dispor a informação
O redator deve recolher tudo o que disser respeito ao assunto: contactos, visitas aos locais,
consulta de documentos, reuniões, entrevistas, questionários, consulta de relatórios
anteriores. Posteriormente há que selecionar a informação conforme os objetivos do
relatório. Finalmente deve estruturar as ideias e fazer um esquema.
3.2. A redação
Para a redação do relatório há ater em atenção três aspetos:
Estrutura
Linguagem
Apresentação
3.2.1. Estrutura
Nos relatórios mais simples introdução, desenvolvimento do tema e conclusão.
Nos relatórios mais complexos:
Capa ou página de título- título do relatório, nome do autor, nome dos
destinatários, data e referência (nalguns casos);
Índice - Deve conter todas as secções do relatório com referência às páginas,
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incluindo capítulos e subcapítulos;
Resumo - síntese geral para que o leitor tenha uma ideia geral do que trata o
relatório;
Introdução - Introduzir o leitor para dentro do relatório. Define-se o objetivo do
relatório (para que vai servir, o que deu origem). Explica-se a forma como vai ser
desenvolvido e explica-se a o ordenamento dos temas, a metodologia;
Corpo de desenvolvimento - Narração dos factos, apresentação de toda a
fundamentação para as conclusões e recomendações; o que se viu, o que se
soube, o que se fez, o que se encontrou, o que se concluiu.
Conclusão - Resumo de todas as ideias apresentadas. Não podem aparecer
dados novos. Num relatório muito longo, no fim de cada capítulo deve-se
apresentar uma breve conclusão;
Recomendações - Sugerir alternativas à matéria tratada. As recomendações
devem estar devidamente argumentadas e fundamentadas.
Anexos / Apêndice - documentos que podem vir a completar a informação do
relatório. Os apêndices funcionam como dados suplementares (essenciais para
completar os factos narrados) e como forma de atualizar o relatório. Glossário -
Pode ser de termos técnicos, uma listagem de abreviaturas.
Agradecimentos - No fim. Podem também vir no início a seguir ao índice.
Referências - Lista de material não publicado aos quais fomos recolher
informação.
Bibliografia - Livros ou outras fontes de pesquisa. Apelido, nome do autor, nome
do livro, nº de edição; local, editora, ano.
Glossário - Quando se trata de um relatório muito técnico deverá conter um
glossário de termos.
3.2.2. Linguagem
A linguagem do relatório depende dos objetivos e do destinatário.
Deve ser precisa, exata - verificar se está a usar a palavra certa no trabalho certo;
Breve e concisa. Evitar construções complexas. Quanto mais simples, mais eficaz é a
comunicação e maior é o seu alcance;
Clareza - não deve deixar lugar a ambiguidades e ideias erradas;
Evitar palavras compridas;
Usar a voz ativa, deve dar-se a informação pela positiva porque agarra mais a atenção
do leitor;
Deve ser feito na 1ª pessoa do singular. Quando realizado por várias pessoas na 1ª
pessoa do plural;
Ser concreto - usar termos práticos, evitar termos indefinidos (um certo, alguns...)
Evitar a gíria;
Frases curtas. Parágrafos curtos e frequentes. Cada nova ideia um novo parágrafo;
O relatório deve ser completo e não deixar espaço a dúvidas;
Deve-se ter em conta a pontuação, bem como a ortografia;
Quando é criado por um grupo restrito, utilizando palavras muito técnicas, no fim do
relatório deve-se criar um glossário.
3.2.3. Apresentação
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A apresentação fica mais ou menos ao critério da pessoa. Se tiver de obedecer aos critérios da
empresa, no caso de existirem normas, o relatório é mais ou menos pessoal, o que pode
diversificar-se é o tipo de letra ou o aspeto.
Deve dar-se atenção às margens, não inferiores a 2,5 cm (espaço suficiente para a
encadernação);
Destacar cabeçalhos, títulos e subtítulos que devem manter sempre o mesmo formato;
As entre linhas devem ser de 1,5 cm ou duplas;
Páginas numeradas.
Numeração com clareza, lógica e coerência.
IX - Textos funcionais
I REQUERIMENTO
O Requerente
____________________
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(Assinatura)
II CARTA
A carta é algo pessoal, íntimo, intransmissível.
Tipos de carta:
* pessoal
Características:
correção gramatical, delicadeza, ordem e boa apresentação, manuscritas (preferencialmente),
frases e linguagem simples.
III CONVOCATÓRIA
É um documento usado para convocar, chamar as pessoas para participarem em determinada
reunião.
Deve conter os seguintes elementos:
b) Quem é convocado
c) Para quê
d) Hora/dia/mês e ano
e) Local da reunião
f) Ordem de trabalhos
g) Data da convocação
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IV ATA
A ATA é um resumo do que ocorreu numa reunião, sobretudo das decisões aí tomadas.
Como se faz?
Notas:
Numa ata, todos os números devem ser escritos por extenso.
Os espaços em brancos devem ser trancados.
Não deve haver rasuras, nem siglas ou abreviaturas.
Em caso de omissão, no final, antes das assinaturas, devem escrever-se as palavras “Em
tempo” e, de seguida, a parte omissa.
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Ata número ______
Aos _______ dias do mês de __________ de
Introdução _______(ano) reuniram ______________(local)
___________(quem)______________(presidente), com
a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto único:_____________________________
ou
Ponto um: ______________________________
Ponto dois: _____________________________
…
V OFÍCIO
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VI CURRICULUM VITAE
Este documento resume essencialmente a vida profissional de uma pessoa e serve para concorrer
a qualquer emprego, curso, cargo.
Cartas de Apresentação
XI – O Acordo Ortográfico
Alfabeto
Base I
• O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram introduzidas as letras k, w, y
•ABCDEFGHIJKLMOPQRSTUVWXYZ
• Usos:
• siglas e símbolos de unidades de medida: W W W (world Wide Web),km, kg, K (potássio)
• palavras estrangeiras e seus derivados: antropónimos (nomes de pessoas e seus derivados)
Kafka, kafkiano; topónimos (nomes de lugares e seus derivados) Kosovo, kosovar; e outras
palavras (léxico comum): show; playboy.
Letra H
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Sequência de consoantes
Base II
• O h inicial: emprega-se quando tem valor etimológico: (haver, homem, humor…);
suprime-se quando a sua supressão está consagrada pelo uso (erva, ervanário – a par da forma de
erudita herbanário)
• O h medial não se usa: (reabilitar, coerdeiro); também não se usa em casos quando a base se
aglutina ao prefixo (lobisomem…).
Base III
• Suprimem-se as consoantes que não se pronunciam: estupefação, ação, ata, ator, atual,
adjetivo, arquiteto, batizado, coleção, correto, didática, efetuar, espetáculo, injeção, ótimo,
redação, subjetivo, subtração, trajeto…coletânea, conceção, exceto, infeção, ótico, receção,
retângulo, sintático, vetor, deítico, datilografia, Egito.
• Mantêm-se as consoantes que se pronunciam: Estupefacto, adepto, apto, compacto, convicção,
corrupto, dicção, ficção, eucalipto, erupção, inepto, pacto, rapto, egípcio.
Vogal tónica u
• É eliminado o acento na vogal tónica u nas terminações verbais gue(s) e gui(s): averiguar_ eu
averigue, tu averigues, eles averiguem (pres. do conj.); arguir_ tu arguis, ele argui (pres. do ind.),
argui tu (imperativo);
• É eliminado o acento na vogal tónica u nas terminações verbais que(s) e qui(s): obliquar_ eu
oblique, tu obliques, ele oblique, eles obliquem (pres. do conj.);
delinquir_ tu delinquis, ele delinqui (pres. do indic.), delinqui tu (imperativo).
• No pretérito perfeito, cuja vogal tónica é i, mantém-se o acento gráfico: arguir_eu arguí.
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• Emprega-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação: nominais
(ano-luz, decreto-lei), adjetivais (azul-escuro, luso-brasileiro), numerais (primeiro-ministro, mas
primeira dama, segunda-feira), verbais (guarda-chuva, contagotas).
• Obs: Não se usa o hífen em certos compostos já aglutinados na língua (girassol, mandachuva,
madressilva, pontapé, paraquedas).
• Emprega-se o hífen em palavras compostas com valor onomatopaico: reco-reco, bla-blá-blá,
zum-zum, tico-tico, cri-cri, pingue-pongue, zigue-zague, corre-corre…
Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego de apóstrofos (gota-d´ água,
estrela-d´alva, copo-d´ água, pau-d´alho, mãe-d´água).
• Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topónimos (são-tomense, porto-riquenho).
• Usa-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas (couve-flor, ervilha-de-
cheiro) e zoológicas (cobra-capelo, andorinha-do-mar) estejam ou não ligadas por preposição, ou
outros elementos de ligação.
• Obs: não se usa o hífen quando estas palavras são empregadas fora do seu sentido original:
bico-depapagaio (espécie de planta); bico de papagaio (deformação nas vértebras).
Emprega-se o hífen nos topónimos compostos, iniciados pelo adjetivo grã ou grão (Grã-Bretanha,
Grão-Pará), por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigo (Entre-os-Rios; Trás-
os-Montes).
• Os outros topónimos compostos escrevem-se separadamente, sem hífen. Exceção: Guiné-Bissau.
• Obs: Não se usa hífen nas locuções substantivas (cão de guarda, pé de vento, dia a dia, fim de
semana), adjetivas (cor de vinho, cara de pau, cor de café com leite), adverbiais (à vontade, depois
de amanhã ), verbais (leva e traz, diz que diz, sobe que sobe), prepositivas (abaixo de, quanto a),
conjuncionais (logo que, por conseguinte).
• Obs: Exceções consagradas pelo uso: mais-que-perfeito, ao deus dará, à queima-roupa…
Emprega-se o hífen nos compostos com o advérbio bem e mal quando o elemento seguinte
começa por vogal ou h (bem-estar, mal-humorado).
• Obs: O advérbio bem (ao contrário de mal) pode não se aglutinar com palavras começadas por
consoante (bem-falante/malfalante, bemsoante/malsoante).
• Obs: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento
(benfazejo, benfeitor).
• Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além (além-mar, além-fronteiras), aquém
(aquém-fiar, aquém-Pirinéus), recém (recémnascido, recém-chegado), sem (sem-número, sem-
vergonha).
• Emprega-se o hífen para ligar encadeamentos vocabulares como uma divisa (Liberdade-
Igualdade-Fraternidade), um percurso (Porto-Viana-Caminha), relações (Portugal-Angola), um voo
(Lisboa-Porto).
Base XVI
• Nas formações com prefixos (ou falsos prefixos) de origem grega e latina, emprega-se o hífen
nos seguintes casos: nas formações em que o segundo elemento começa por h (anti-higiénico,
contra-habitual, extra-humano, préhistória, sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico, neo-
helénico, semihistórico).
Obs: Não se emprega o hífen nas formações que contêm os prefixos des- e in- e nas quais o
segundo elemento perdeu o h inicial (desumano,inábil).
• Emprega-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a palavra: anti-
ibérico, contra-almirante, auto-observação, eletro-ótica, micro-ondas.
• Não se emprega o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a
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palavra: autoavaliação, autoestrada, antiaéreo, autorretrato, semicírculo, superinteressante,
aeroespacial, plurianual…
• Se o prefixo terminar por vogal e a palavra começar por r ou s, dobram-se essas consoantes:
antirracista, biorritmo, contrarregra, minissaia, ultrassom, suprassumo.
• Emprega-se o hífen com os prefixos sub- e sob- antes de palavra iniciada por r: sub-região, sub-
reitor, sub-regional.
• Emprega-se o hífen com os prefixos circum- e pan- antes de palavra iniciada por m, n ou vogal:
circum-navegação, pan-americano, pannegritude.
• Emprega-se o hífen com os prefixos ex-, pós-, pré-, pró-, sota- vice- antes de palavra iniciada por
vogal ou consoante: ex-aluno, ex-diretor, exhospedeira, pós-graduação, pré-história, pró-europeu,
sota-mestre, vice-rei.
• Emprega-se o hífen quando o prefixo termina em r e a palavra começa com a mesma letra:
hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
• Emprega-se o hífen com os prefixos ab-, ob- ad- diante de palavra começada por b, d, r: ab-
rogar, ob-rogar, ad-digital (por exemplo, em *abrogar – perder-se-ia o valor da base).
Com o prefixo co- sucedem os seguintes casos:
Se a palavra começa por vogal o , o prefixo junta-se à palavra: coobrigação, coorientação,
coocorrência;
Se a palavra começa por h, desaparece esta consoante: coabitação, coerdeiro;
Se a palavra começa pelas consoantes r ou s dobram-se essas consoantes: corresponsável.
• Não se emprega o hífen com os prefixos pre- e re- mesmo diante de palavra começada pela
vogal e: preexistente, preelaborar, reescrever, reedição.
• Emprega-se o hífen na formação de palavras com os advérbios não e quase: Não-agressão,
quase-delito, quase-nada…
• Emprega-se o hífen quando a palavra é um estrangeirismo (antiapartheid), um nome próprio
(anti-Europa), ou uma sigla (mini- GPS).
Base XVII
• Não se usa o hífen nas formas verbais hei de, hás de, há de, hão de. (formas monossilábicas do
presente do indicativo do verbo haver).
• “de” funciona como mero elemento de ligação ao infinitivo com que se forma a perífrase verbal
(hei de ler).
Base XIX
• Escreve-se com minúscula: os dias da semana (segunda-feira) os meses do ano (janeiro), as
estações do ano (primavera), os pontos cardeais (norte) - mas não as suas abreviaturas (N),
axiónimos (senhor Carneiro, cardeal Sousa, doutor Sá). Opcionalmente (Senhor, Cardeal, Doutor).
• Escreve-se com maiúscula ou minúscula: títulos de obras (A Máquina de Fazer Espanhóis / A
máquina de fazer espanhóis), hagiónimos (santa Teresa / Santa Teresa), nomes de domínios de
saberes (Matemática / matemática; Literaturas Modernas / literaturas modernas), indicações de
espaços (Rua de santa Catarina / rua de santa Catarina; igreja do Carmo / Igreja do Carmo).
• Com maiúsculas, as siglas (NATO) e as abreviaturas (Sr., V.Ex.ª).
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