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Treinamento de Força Pra Hipertensos
Treinamento de Força Pra Hipertensos
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Aos meus pais Terezinha e Ribamar, pelo amor incondicional, pela educação, pelo
cuidado e por nunca medir esforços para me ajudar a alcançar os meus objetivos. Obrigado por
estar sempre ao meu lado durante esta gratificante trajetória acadêmica. A toda minha família
que sempre me apoiaram, em especial aos meus irmãos Carol e Douglas que serviram como
referência para que eu pudesse ingressar na faculdade. Obrigado.
Aos meus avós Ciça e Raimundo, que me ensinaram como ser um individuo melhor e
que me ensinaram também a respeitar o próximo. Em especial a meu avô, meu muito obrigado
pelos conselhos e por me mostrar sempre o caminho certo. Vocês sempre serão minhas
referências. A toda família Castro, em especial a minha segunda mãe, Rosa que sempre me
ajudou quando precisei e também pelos conselhos e ensinamentos que sempre levarei comigo.
Muito obrigado.
A minha namorada, Adelaide que em momentos diferentes da minha vida, foi o meu
porto seguro, que durante estes anos me fez entender e redescobrir a cada dia o verdadeiro
VLJQLILFDGRGDH[SUHVVmR³FRPSDQKHLULVPR´TXHSUHHQFKHRVPHXVGLDV e o meu coração, me
guiando e me ensinando dia após dia a ser uma pessoa melhor. A todos os meus amigos que
fizeram e/ou fazem parte dessa história, saibam que tem um pouco de cada um de vocês na
pessoa que me tornei hoje. Obrigado.
Ao meu professor orientador, Marco Leitão que me ajudou durante todo esse processo
e, que além de ser um grande professor é também um grande ser humano. Obrigada pelo
trabalho que fizemos juntos, por todo o aprendizado e por ter compartilhado comigo um pouco
dos seus conhecimentos e experiências sobre o assunto. A todos os professores que passaram
pela minha vida acadêmica, quecompartilharam suas vivências e ensinaram a todos nós com
dedicação, visando formar grandes profissionais e mais do que isso, grandes cidadãos.
Obrigado.
RESUMO:
A Hipotensão pós Exercício (HPE) é um fenômeno que ocorre depois da realização de um determinado exercício,
podendo perdurar em alguns casos na maior parte das 24 horas, sendo uma das principais adaptações fisiológicas
proporcionada pelo TF para individuos com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Quando se fala em pacientes
hipertensos, é de fundamental importância que o Profissional de Educação Física conheça as alterações
cardiovasculares que o exercício causa, pois a prática do exercício físico (Aeróbico ou de força) pode gerar a HPE.
No entanto, cada tipo de exercício causa efeitos distintos. Diante disso, este estudo teve como objetivo analisar
alguns mecanismos responsáveis pela hipotensão pós treinamento de força (TF) e as diversas formas de
treinamento que podem ser usadas para maximizar esse efeito. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, para
o qual foram utilizados artigos científicos em português e inglês de revistas indexadas nos bancos de dados Scielo,
Periódicos Capes e PubMed, publicados entre os anos de 2014 à 2018. A prática regular de TF induz uma redução
dos níveis pressóricos de indivíduos hipertensos pós exercício, diminuindo os riscos de complicações
cardiovasculares e melhorando a qualidade de vida desta população, isso acontece devido algumas adaptações
fisiológicas proporcionada pelo TF, tais como: diminuição da atividade simpática, redução do débito cardíaco
(DC) durante o repouso, diminuição da resistência vascular periférica (RVP), maior liberação de óxido nítrico
(NO), devido o estresse provocado pelo exercício, entre outros. É possível afirmar que O TF é uma excelente
alternativa no tratamento e prevenção da HAS, haja vista após sua realização acontecer uma serie de respostas
fisiológicas que ajudam na diminuição dos valores pressóricos.
DP ± Duplo produto
DC - Débito cardíaco
FC ± Frequência cardíaca
NO ± Óxido Nítrico
RM ± Repetição máxima
TC ± Treinamento combinado
SUMÁRIO:
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1
1 INTRODUÇÃO:
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ϯ
tipo de exercício causa, para então saber o momento certo de utilizar um ou outro dentro de
uma possível periodização.
Levando em consideração que a HAS é fator de risco para incapacidades, sendo uma
doença que atinge boa parte da população, cujo aumento deve-se a vários fatores de risco
que propiciam ao seu aparecimento. As doenças do coração e dos vasos, com destaque para
HAS constituem a primeira causa de morte no Brasil, considerando-se todas as faixas etárias
e ambos os sexos, representando mais de 34% do total de óbitos.
Mais de 30 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão, essa síndrome é
considerada um dos principais agravos à saúde no país, pois sobrecarrega o Sistema Único
de Saúde (SUS), principalmente por complicações associadas, como agravos
cerebrovasculares (em especial com a ocorrência de AVE) e doenças cardíacas crônicas,
uma vez que, os indivíduos com PA alterada e acima de 160 mmHg de PAS e 95 mmHg de
PAD estão predispostos a maior incidência de acidente cardiovascular do que os
normotensos.
Por se tratar de uma doença crônica prevalente e sabidamente controlável em alguns
casos com a prática do exercício físico, observou-se a importância de mostrar os efeitos e
benefícios do TF para indivíduos com hipertensão, visto que grande parte da população não
tem acesso a essas informações, o que leva esses indivíduos a utilizarem somente
medicamentos para controlar a doença.
Vale ressaltar que, investigar o efeito hipotensivo do treinamento de força em
individuos hipertensos motivou-se pela minha trajetória acadêmica até o presente momento
e pelo meu interesse científico e profissional. As vivências na universidade, principalmente
por meio dos estágios permitiram um envolvimento com pessoas hipertensas que são
adeptas da prática de algum exercício físico não visando à estética, mas sim a melhorias
funcionais, e visando também o controle da doença em questão. Essas experiências no
campo de estágio contribuíram para a formulação e o amadurecimento das ideias a respeito
do tema: hipertensão e treinamento de força.
Aos portadores de HAS, essa obra é importante, pois visa proporcionar o
conhecimento de mais uma alternativa não farmacológica para o controle da doença, pois,
vários protocolos de TF têm menor duração do que os exercícios aeróbios, sendo assim,
uma boa alternativa para esse público e apresenta ainda o benefício da economia de tempo,
visto que hoje em dia muitos individuos afirmam que não praticam exercício por conta da
correria imposta pelo sistema capitalista.
ϲ
2 REFERENCIAL TEÓRICO:
2.1 Conceitos e Classificação da Hipertensão arterial sistêmica:
2.1.1 Conceitos:
Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é definida classicamente pela presença de
níveis de pressão arterial sistólica (PAS) > ou igual 140 mmHg e pressão arterial diastólica
(PAD) > ou igual a 90 mmHg, ou pelo uso de terapia anti-hipertensiva. Esses níveis de PA
devem ser detectados em duas ou mais consultas, das quais devem ser obtidas médias de
duas ou mais aferições em ocasiões distintas (SBH, 2017).
Dessa forma, ponderações podem ser feitas a respeito da definição de hipertensão,
em especial após a publicação das diretrizes do Joint National Committee 8 (JNC 8), que
estabeleceu uma meta diferenciada para o tratamento da hipertensão em indivíduos com >
60 anos de idade para PAS < 150 mmHg e/ou PAD < 90 mmHg. Além disso, a nova diretriz
para HAS publicada em 2017, do American College of Cardiology/American Heart
Association, recomenda uma nova abordagem para a classificação da PA, sendo postulado
como hipertensos adultos com valores médios de PAS > ou igual 130 mmHg ou PAD > ou
igual 80 mmHg (MAYNARDE et al., 2017; NETO et al. 2018).
Ressalta-se ainda que a HAS seja um dos principais fatores de risco para doenças
cardiovasculares, pois atua diretamente nas paredes dos vasos, podendo gerar lesões nas
mesmas. Tal patologia é considerada crônica degenerativa e atinge grande parte da
população, podendo ainda desencadear algumas complicações como: doença arterial
coronariana (DAC), AVE, insuficiência cardíaca e insuficiência renal crônica. Na maioria
das situações, não se tem uma causa especifica, a fisiopatologia da hipertensão é pouco
compreendida, por isso é denominada hipertensão arterial primária, causando em seus
portadores rigidez das paredes arteriais, HVE, entre outras sequelas (SILVA E BERTANI,
2016).
adequadamente a PA, culmina com insuficiência renal terminal (BRANDÃO et al., 2012;
NETO et al., 2018).
Brandão et al. (2012) verificaram uma associação positiva entre consumo crônico
de álcool e a elevação dos níveis de PA, particularmente da PAS, e prevalência da HAS.
Ainda não foram identificados os mecanismos pelos quais o consumo crônico de álcool
aumenta a PA, mas evidências observacionais e experimentais permitem concluir que
indivíduos que consomem grandes quantidades de álcool (acima de 30g/dia) apresentam
risco aumentado de HAS.
O estresse psicossocial já é considerado um fator de risco para a HAS. No entanto,
se usarmos o método dedutivo de pesquisas não encontraremos evidências do estresse
psicossocial como fator de risco com o peso que gostaríamos, certamente porque ainda não
temos claro o que é o estresse nem entendemos exatamente, em sua plenitude, quais os
complexos mecanismos que estão envolvidos na gênese da doença hipertensiva
(BRANDÃO E NOBRE, 2012; SOUZA et al., 2015; GOMES et al., 2016).
.
FONTE: SBH (2016).
ϭϬ
Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias distintas, a maior deve ser utilizada
para classificar a PA. Considera-se hipertensão sistólica isolada VH 3$6 PP+J H
PAD < 90 mmHg, devendo a mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3 (LADEIA E
LIMA, 2014).
Quando utilizadas as medidas de consultório, o diagnóstico deverá ser sempre
validado por medições repetidas, em condições ideais, em duas ou mais ocasiões, e
confirmado por medições fora do consultório (MAPA ± Monitorização Ambulatorial da
Pressão Arterial de 24h ± é o método que permite o registro indireto e intermitente da PA
durante 24h ou mais, enquanto o paciente realiza suas atividades habituais durante os
períodos de vigília e sono) (SBH, 2016; BRANDÃO E NOGUEIRA, 2018).
Existe uma situação clínica caracterizada por valores anormais da PA no
consultório, porém com valores considerados normais pelo MAPA de 24h, essa situação é
chamada de Hipertensão do Avental Branco. Se, em termos prognósticos, essa condição
pode ser comparada à normotensão é uma questão ainda em debate, porque alguns estudos
revelam que o risco cardiovascular em longo prazo desta condição é intermediário entre o
da HAS e o da normotensão (SBH, 2016).
A HAS também é classificada em hipertensão primária, representando 90% dos
casos e cuja causa é desconhecida, e a hipertensão secundária, a qual está sempre
relacionada a uma doença, como por exemplo, uma patologia renal (DE BARROS et al.,
2017).
Para De Barros et al. (2017) a hipertensão renovascular, causada por uma estenose
(estreitamento patológico de um vaso) de artéria renal é uma das causas mais comum da
hipertensão secundária, representando cerca de 5% de todos os casos, dado importante, uma
vez que tal enfermidade permanece como grande problema de saúde pública, gerando
sequelas em órgãos e sistemas, além de ser causa de morte.
Ainda de acordo com a SBH (2016), outros fármacos utilizados no tratamento dessa
patologia são os bloqueadores dos canais de cálcio que agem primordialmente
proporcionando redução da RVP como consequência da diminuição da quantidade de cálcio
no interior das células musculares lisas das arteríolas decorrente do bloqueio dos canais de
cálcio na membrana dessas células. Já os inibidores da enzima conversora de angiotensina
têm como ação principal a inibição da enzima conversora de angiotensina I, impedindo
atransformação de angiotensina I em angiotensina II e esta possui ação vasoconstritora.
Todos esses são eficazes no tratamento da HAS e também reduzem a morbimortalidade
cardiovascular.
No entanto, apesar dessas classes medicamentosas serem eficientes no controle da
síndrome em questão, esses fármacos possuem alguns efeitos colaterais, em alguns casos
podem ser prejudiciais à saúde desses indivíduos. Alguns dos efeitos são: a intolerância à
glicose, bradicardia excessiva, depressão psíquica, disfunção sexual, elevação do LDL-
colesterol, náuseas, vômitos, diarreias, entre tantos outros (BARROS, 2016).
controlar a síndrome apenas com a prática regular desse tipo de treinamento (SILVA et al.,
2016; SANTOS, 2014; CARVALHO, 2015).
Para Silva et al. (2016), o TF pode atenuar elevações da PA em esforços cotidianos
realizados. Essa prática deve ser estimulada para essa população de forma isolada ou em
união com o EA, para melhor efetividade no auxílio do controle da pressão alta e da
qualidade de vida global do indivíduo hipertenso.
Salles e Prisco (2015) verificaram em seus estudos que o TF foi capaz de reduzir a
PA de forma considerável tanto de forma aguda como crônica. Os autores mostraram ainda
que a intensidade é fator determinante nesse processo, por isso a prescrição de exercício
deve ser de forma individual, levando em consideração a individualidade biológica e outros
princípios, para que a intensidade ideal seja adequada ao nível de condicionamento de cada
indivíduo.
O TF quando prescrito para hipertensos de forma criteriosa, levando em
consideração o perfil do(s) individuo(s) avaliado(s), pode gerar excelentes resultados de
forma aguda e crônica. É possível observar um efeito hipotensivo em diferentes
intensidades, no entanto a maioria dos estudos com esse público afirma que a intensidade
deve ser de 40 a 60% de 1RM (SANTOS, 2014).
Santos (2014) realizou um estudo com cinco mulheres hipertensas com o objetivo
de observar se o TF promovia algum benefício de forma aguda. O autor concluiu que houve
diminuição considerável na PAS e PAD a partir de 20 minutos após o treino, quando
comparado com os níveis de repouso.
Barganha et al. (2014) realizaram uma revisão bibliográfica com o objetivo de
investigar os efeitos dos exercícios (TF e EA) sobre a PA de hipertensos. Os autores
concluíram que ambos os exercícios contribuíram para a prevenção e controle da PA. Isso
é possível graças às adaptações fisiológicas proporcionados pelo estresse gerado no
exercício.
Para Silva et al. (2016) é possível observar que imediatamente após TF, a PA e a FC
aumentam significativamente, no momento de recuperação os valores pressóricos baixam,
mostrando assim a segurança do TF para hipertensos. Após cerca de 30 minutos do término
da sessão, os valores se apresentam menores que os do momento pré-exercício,
caracterizando o efeito hipotensor pós exercício. Assim, é sensato afirmar que o TF também
é uma boa alternativa para o controle dessa doença.
Carvalho (2015), em seu estudo realizado com hipertensas, com dez semanas de
intervenção, sendo três dias semanais de TF, concluiu que essa prática contribuiu
ϭϲ
significativamente do ponto de vista clínico para a saúde das participantes, pois tiveram sua
PA reduzida após esse período. Além desses fatores, as participantes ainda tiveram um
aumento de força, resistência e parâmetros antropométricos. O autor ressalta ainda que a
prática regular desse exercício deve ser incentivada no inicio da doença, pois apenas com o
exercício e uma alimentação adequada é possível controlar a patologia na sua fase inicial.
Alguns estudos também investigaram a eficácia do treinamento combinado (TC),
exercício aeróbico e resistido em uma mesma sessão de treino, concluindo que esse modelo
de treinamento chega a ser mais eficiente que os outros dois métodos quando realizados
separadamente, sendo, portanto, mais uma forma de prevenir e controlar a HAS (SANTOS
et al., 2014; TIBANA et al., 2015; OLIVEIRA, 2016).
Tibana et al. (2014), em seu estudo foi randomizado 30 mulheres com síndrome
metabólica em três grupos (TF, TC e grupo controle). Concluíram que o TC apresentou uma
dimuição mais rápida da PA (15, 30 e 45 minutos pós exercício) em relação aos outros.
Outro fato relevante é que tanto o TF quanto o TC foram eficaz em reduzir a PA, no entanto
foi possível observar uma magnitude maior no grupo TC.
Em outro estudo, sessenta idosas hipertensas foram divididas em três grupos: TF
tradicional+aeróbico; TF excêntrico+aeróbico e grupo controle. Dessa forma, foram
submetidas a dezesseis semanas de treinamento, em que tiveram como objetivo comparar
as respostas dos tipos de treino sobre a PA. Os resultados mostraram que ambos os
protocolos de TF combinados com aeróbico foram eficazes em reduzir a PA e melhorar os
níveis de HDL após o período observado, havendo também a redução da PAS após exercício
agudo sendo correlacionada com a magnitude da mudança na PA após TF crônico apenas
no protocolo excêntrico (SANTOS et al., 2014).
Em outro trabalho, Oliveira (2016) realizou um estudo com o objetivo de investigar
a influênciade três protocolos de treinamento (EA, TF e TC) sobre a PA. O autor concluiu
que os EA e TC foram mais eficientes em reduzir a PAS, enquanto a o TF foi mais eficiente
em reduzir a PAD. Portanto, todos esses protocolos de treinamento devem fazer parte da
rotina desses indivíduos a fim de melhorarem os níveis pressóricos, bem como, obterem um
melhor controle sobre essa doença.
Com os avanços dos estudos na área do treinamento voltado para a saúde, é possível
ter diferentes ferramentas para cuidar de uma situação. No caso da hipertensão, é sensato
ϭϳ
afirmar que o TF é uma maneira eficiente de promover uma condição denominada HPE,
que é a diminuição dos níveis pressóricos após uma sessão de treinamento ou durante um
período especifico de dias, semanas ou meses (SANTOS, 2014; BACKES E KEMPER,
2018).
Figura 08: Esquema ilustrativo da formação do óxido nítrico a partir o estresse (shear
stress) gerado na parede das artérias.
Shear Stress: Também denominado estresse de cisalhamento, é o estresse gerado na parede interna
dos vasos imposta pelo aumento da circulação sanguínea. L-arg: Arginina, aminoácido básico,
também conhecido como ácido 2-amino-5-guanidino-pentanoico ou L-arginina. Considerada como
aminoácido semi-essencial, a arginina é sintetizada numa quantidade suficiente para suprir as
necessidades do organismo. eNOS: Óxido nítrico sintase, é uma enzima que catalisa a produção de
NO a partir da L-arginina. GTP:Trifosfato de Guanosina, é uma molécula de "transporte de
energia", assim como o ATP. GCs: Guanilato ciclase solúvel, é responsável em converter GTP em
GMPc. GMPc: Monofosfato cíclico de guanosina é um nucleotídeo cíclico derivado daGTP. É
responsável por ativar a bomba de cálcio. Ca2+: Cálcio, um dos elementos que auxilia na contração
muscular.
No que diz respeito às substâncias vasoativas, Croymans et al. (2014) ressaltam que
os níveis aumentados de fator de crescimento vascular e endotelial sugerem uma adaptação
fisiológica ao TF que pode estar relacionada com o aumento da angiogênese e preservação
da função endotelial.
ϭϵ
Araújo et al. Efeito dos intervalos nove individuos do sexo Os autores concluíram que
(2017) entre séries na masculino foram submetidos a houve uma HPE a partir de 50
hipotensão pós- um protocolo de 5 series de 15 minutos pós esforço físico,
exercício resistido: repetições com 70% de 1 RM mostrando que tal protocolo é
uma revisão e descanso de 90 segundos eficiente para reduzir os níveis
sistemática. entre as series e exercícios. pressóricos.
Leal et al. Influência do Número Doze mulheres idosas De acordo com os resultados,
(2017) de Séries sobre a hipertensas, submetidas a duas ambas as sessões
resposta da Pressão sessões de 2 e 4 series de 10 proporcionaram reduções da
Arterial após uma repetições e intervalo de 2 PA. Entretanto, a sessão
sessão de minutos, com uma carga de realizada com 2 séries foi mais
Treinamento de Força 70% de 10 RM, com intervalo eficaz em resultar efeito
em Mulheres Idosas de 48 horas entre as sessões. hipotensivo.
Hipertensas.
Tibana et al. Efeitos do exercício Trinta mulheres com síndrome O grupo TC apresentou maior
(2014) de força versus metabólica foram diminuição da PAS, nos
combinado sobre a randomicamente alocadas a momentos 15, 30 e 45 minutos
hipotensão pós uma das três sessões pós exercício, quando
exercício em experimentais: TF (n=10) (3 comparado ao grupo controle;
mulheres com séries de 8-12 repetições a o grupo TF apresentou maior
síndrome metabólica. 80% de 10 RM em 6 exercícios redução nos momentos 30 e 45
para o corpo todo); TC (n=10; minutos , também comparado
30 minutos de EA a 65-70% da ao grupo controle. Portanto,
FC de reserva, sucedido da tanto o TF como o TC
mesma sessão de TF) e grupo induziram HPE em mulheres
controle (n=10;). com síndrome metabólica,
com maior magnitude para o
grupo TC, o que pode ser
interessante para prevenção e
tratamento de problemas
cardiovasculares.
Santos Efeito agudo do Cinco mulheres hipertensas, Os resultados mostraram que
(2014) exercício resistido com idade entre 40 e 50 anos houve diminuição
sobre a pressão experientes em TF. Foram considerável da PAS e PAD
arterial de mulheres submetidas ao teste de 1 RM após 20 minutos quando
adultas hipertensas. em quatro exercícios: cadeira comparado com os níveis de
extensora, leg press 45, rosca repouso.
direta e desenvolvimento de
ombros. Após 48 horas do
teste, realizaram os exercícios
em dois dias não consecutivos
em 3 series de 20 repetições
entre 40 a 60% de 1 RM com
40 segundos de intervalo entre
as series e 1 minuto entre os
exercícios.
Kneubuehler Aplicação e analise Catorze hipertensas, com As medias da PA pré-teste
e Mueller dos efeitos de sessões idade entre 44 a 74 anos. foram de 128,21 para PAS e
(2016) de exercício físico Foram feitas doze sessões de 77,12 PAD . O pós teste teve
aeróbico e de exercícios físicos aeróbicos e média de120,25 para PAS e
resistência aplicada de resistência, com duração de 73,16 para PAD. Sendo assim,
na academia ao ar uma hora. Caminhada entre 60 comparando o pré e pós teste
livre no controle da a 70% de acordo com a escala da PA dos exercícios físicos,
pressão arterial. de borg, e cinco exercícios de houve uma diminuição
resistência (puxadas costas, considerável, mostrando que o
supino, pressão de pernas, exercício físico é uma forma
extensora e desenvolvimento de controle.
de ombros entre 40 e 50% da
escala de borg.
ϮϮ
FONTE: AUTOR.
No que diz respeito aos objetivos das pesquisas, Silva et al. (2015), Jacques et al. (2015),
Tibana et al. (2015), Tibana et al. (2014), Santos (2014), Araújo et al. (2017) e Reis et al. (2015)
buscaram avaliar o efeito agudo após uma sessão de TF. No entanto, alguns desses estudos
utilizaram também o EA e TC em seus protocolos (TIBANA et al., 2015; TIBANA et al., 2014;
KNEUBUEHLER E MUELLER, 2016; DAMORIN et al., 2016). Os estudos de Damorin et al.
(2016) e Kneubuehler e Mueller (2016) objetivaram uma analise crônica, chegando até 50
sessões de TF.
Quanto ao publico, nos estudos de Silva et al. (2015) e Damorin et al. (2016) foram
compostos por individuos de ambos os sexos, sendo a grande maioria do público feminino. No
estudo de Silva et al. (2015) foram compostos por oito mulheres e quatro homens, já no outro
estudo contou com a participação de 49 mulheres contra 20 homens. Apenas dois estudos foram
constituídos por indivíduos do sexo masculino (ARAÚJO et al., 2017; REIS et al., 2015); sendo
a grande maioria realizado apenas com mulheres (JACQUES et al., 2015; TIBANA et al., 2015;
LEAL et al., 2017; TIBANA et al., 2014; SANTOS2014; KNEUBUEHLER E MUELLER,
2016).
Em relação às variáveis do TF, três dos dez artigos buscaram comparar volumes de
treino, ou seja, qual seria o protocolo mais eficiente em reduzir os níveis pressóricos após o
esforço. Vale ressaltar que volume é a quantidade de estímulos de treinamento em um
determinado período, e tem vários componentes. No TF, os mais importantes são o número de
exercícios, o número de séries, e a frequência semanal. A quantidade de exercícios e o número
de séries determinam a duração das sessões (FLECK E KRAEMER, 2017).
Assim, Silva et al. (2015) verificaram que sessões de TF realizado com 3 series de 10
repetições a 50% de 1RM é mais eficaz em reduzir a PA pós treino do que apenas 1 série com
as mesmas características; corroborando com esse estudo, Jacques et al. (2015) também
compararam o mesmo volume, no entanto com uma carga de 50% de 10 RM, constatando que
o protocolo executado com três series também foi mais eficiente em diminuir a PA ao longo
das horas subsequentes após o exercício.
No estudo de Tibana et al. (2015) também comparou-se o mesmo volume, no entanto
foi comparado ainda com o TC. As sessões foram realizadas com 1 e 3 series de 80% de 10 RM
para o TF e para o grupo que realizou TC, ainda foi submetido a 30 minutos de caminhada na
esteira com 70% da FC de Reserva. Os autores concluíram que o protocolo combinado
realizado com 3 series foi mais eficaz em reduzir a PA, gerando uma maior magnitude
comparada aos demais.
Ϯϰ
destaque, foram surgindo novos estudos mostrando que esse tipo de exercício era o melhor para
individuos hipertensos, devido sua praticidade e por seu efeito hipotensor (SBH, 2016).
Alguns autores vêm mostrando que, de fato, o EA é uma excelente ferramenta na
prevenção e controle da PA, visto que, o mesmo promove uma redução considerável dos níveis
pressóricos após sua realização. É observado com mais ênfase uma diminuição na PAS
(SANTOS et al., 2015).
Durante a realização do EA, ocorre uma maior atividade do SNS, que eleva a FC e o
volume sistólico, aumentando assim o DC. Adicionalmente, umas das principais características
desse exercício é que durante sua execução, ocorre o aumento da PAS e manutenção ou leve
redução da PAD, devido à diminuição da RVP (DOS SANTOS et al., 2015).
Entretanto, uma grande parte dos estudos faz apenas recomendações genéricas, como
por exemplo, realizar no mínimo 150 minutos semanais de atividades físicas moderadas e não
ponderam os riscos dessa prática para a HAS, visto que, individuos hipertensos são mais
propensos a desenvolverem alguma complicação cardiovascular durante esse tipo de exercício,
quando não levado em consideração a individualidade biológica das pessoas e as adaptações
fisiológicas provocadas pelo estimulo do EA (SBH, 2016).
Conforme o autor expõe, durante a realização do EA, pacientes hipertensos são mais
propensos a desenvolverem alguma complicação cardiovascular, está relacionado ao fato
de que, durante o exercício ocorre um aumento da FC e PAS (duplo produto), fazendo com
que na fase sistólica ocorra uma maior sobrecarga cardíaca, pois como ocorre uma
Ϯϲ
estabilização da PAD (em alguns casos até a redução), o sangue não chega de forma
eficiente no coração (na fase de enchimento), enquanto que a fase de ejeção do sangue (fase
sistólica) está o tempo todo aumentado, podendo desencadear, por exemplo, um Infarto
agudo do miocárdio (REJANE, 2016).
Já o TF, que durante muito tempo foi visto de forma menos importante nesse
processo, éconsiderado atualmente, uma das mais eficientes práticas na prevenção e
controle da HAS, pois além de gerar uma série de benefícios nos indivíduos (aumento da
força, resistência e redução do percentual de gordura), promove uma adaptação a nível
cardiovascular, melhorando a circulação (FRANÇA, 2016).
A diminuição de valores de PA com a prática do TF tende ser maior em indivíduos
hipertensos quando comparados aos normotensos. O fenômeno de redução de PA pós
exercício é conhecido também como efeito hipotensor pós exercício. Vários mecanismos
fisiológicos estão envolvidos com a redução dos valores iniciais de PA, como por exemplo,
a redução da RVP, redução do volume sistólico e acúmulo de metabólitos que contribuem
para a vasodilatação (QUEIRÓS E BATISTA, 2018).
A prática da musculação pode potencializar a liberação de substâncias
vasodilatadoras, como o NO, adenosina e prostaciclina que auxiliam na redução da RVP,
sendo recomendado que o exercício seja realizado com moderada intensidade e menor
número de repetições entre três e cinco vezes por semana com duração entre 30 e 60 minutos
por sessão, evitando a manobra de valsalva. O proposto é que ocorra aprevenção da HAS e
as suas complicações através do exercício físico (MONTENEGRO, 2015).
Em se tratando de segurança cardiovascular, esse exercício é mais recomendado do
que o EA, pois durante sua realização, assim como no EA, a PAS também aumenta (pelo
mesmo motivo), no entanto a PAD também aumenta, pois há uma compressão mecânica
dos músculos sobre os vasos, consequentemente na fase excêntrica o volume de sangue para
o miocárdio fica aumentado, ou seja, aumenta o volume de enchimento. Sendo assim, o
coração vai trabalhar na fase sistólica sem se preocupar com possível falta de irrigação na
fase diastólica, pois esta área do coração estará sendo irrigada com maior frequência
(COSTA, 2016).
Ϯϳ
3 RESULTADOS:
Foram localizados 19 artigos, sendo que apenas 9 estavam de acordo com os critérios
de inclusão preliminarmente estabelecidos para este trabalho. Os estudos contidos nessa
obra foram publicados em periódicos nacionais e internacionais em português e inglês, entre
os anos de 2014 a 2018. Para a composição desse trabalho, foram utilizados: revisões
bibliográficas, estudos de caso, estudo experimental e ensaios clínicos.
Adiante, os artigos foram agrupados em categorias que continham autor/ano de
publicação, métodos e resultados. Dessa forma, as peculiaridades dos estudos introduzidos
na presente obra podem ser analisados na tabela a seguir.
FONTE: AUTOR
ϯϬ
4 DISCUSSÃO:
O TF possibilita uma diminuição dos níveis pressóricos, causando HPE tanto em
indivíduos normotensos quanto em hipertensos. Diversos mecanismos fisiológicos são capazes
de promover o efeito hipotensor, onde o TF é utilizado com uma ferramenta para estimular esse
processo, provocando uma redução considerável a partir da prática desse tipo de exercício
(MONTENEGRO, 2015; BACKS E KEMPER, 2018; CARVALHO et al., 2017; QUIRÓS E
BATISTA, 2018).
A HPE é caracterizada pela redução da PA ao longo do período de recuperação, fazendo
com que os níveis pressóricos avaliados no pós exercício permaneçam inferiores em
comparação aos valores pré exercício, ou mesmo quando medidos em um dia controle sem a
realização de exercícios. A diminuição da PA pode ocorrer em consequência do TF de forma
aguda (após uma sessão) ou crônica (após semanas ou meses de treinamento) (CARVALHO et
al., 2017).
Atendendo aos princípios de inclusão, todas as amostras analisadas foram compostas
por indivíduos com HAS e em todos foi possível observar HPE. Além disso, foi observado que,
em cinco dos nove estudos analisados, mencionaram que a doença era controlada por
medicamentos anti hipertensivos (SANTOS, 2014; JACQUES et al., 2015; SILVA et al., 2016;
CARVALHO et al., 2017; BACKS E KEMPER, 2018), o que por sua vez pode significar
alterações para os resultados de HPE.
Nesse contexto, foram analisados nove estudos que tinham como objetivo central
investigar os possíveis mecanismos responsáveis pela hipotensão pós TF e as diversas formas
de treinamento que podem ser usadas para maximizar esse efeito.
A maioria dos estudos avaliou os efeitos do TF de forma aguda (SANTOS, 2014;
JACQUES et al., 2015; SILVA et al., 2016; FONTANA E SCHNEIDER, 2017; BACKS E
KEMPER, 2018), quanto aos outros, Barganha et al. (2014), Montenegro (2015) e Queirós e
Batista (2018), não foram claros em informar essa característica. Apenas o estudo de Carvalho
et al.(2017) analisou os efeitos de forma crônica, e foram realizadas doze sessões de TF com
uma duração de três semanas. Esse estudo foi realizado com uma idosa hipertensa (estudo de
caso), que antes de ser submetida as sessões de TF, a PA era de 150/90 mmHg e ao final do
tratamento, a PA verificada foi de 120/70 mmHg, mostrando que o TF pode ser uma excelente
ferramenta no controle da HAS. Os autores destacam que os mecanismos responsáveis pela
diminuição da PA são: redução do DC e da RVP após o treinamento, bem como alterações na
função renal, que favorecem a excreção de sódio pelos rins. Essa redução expressiva pode estar
relacionada com a amostra, pois como era composta apenas por uma pessoa, o treinamento pode
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venoso, uma vez que a vasodilatação se instala e em consequência dissoa PA também sofre
uma redução considerável, devido à melhor circulação sanguínea (BARGANA et al. 2014).
Santos (2014) realizou um estudo com cinco mulheres hipertensas, na faixa etária de 40
a 50 anos, experientes em TF, concluiu que sessões de TF realizadas com 40 a 60% de 1RM
são eficazes em reduzir a PA pós TF. Essa redução foi verificada após 20 minutos de
treinamento.
Semelhante ao anterior, Silva et al. (2016), em seu estudo também com mulheres idosas
(60 a 80 anos), constatou que depois da realização do TF de forma aguda com 50% de 10 RM,
houve uma redução expressiva da PA 30 minutos após a sessão de TF quando comparada aos
valores do pré exercício, constatando assim um efeito hipotensor desse exercício.
Queirós e Batista (2018) realizaram uma revisão bibliográfica com o objetivo de
investigar o efeito do TF sobre a PA e como a manipulação de determinadas variáveis interfere
na magnitude e duração do HPE. Os autores concluíram que a maior parte dos estudos
analisados apresentou resultados significativos, mostrando que o TF é responsável por
proporcionar uma redução dos níveis pressóricos após o treinamento.
Quanto aos protocolos utilizados nos estudos em questão, apenas três trabalhos não
especificaram os protocolos (BARGANHA et al. 2014; BACKS E KEMPER, 2018;
MONTENEGRO, 2015). Vale ressaltar também que todos os protocolos utilizados nos
trabalhos investigados foram realizados com hipertensos, porém com individuos diferentes
(idosos treinados, não treinados, adultos treinados e sedentários).
Santos (2014) mostraram em seu estudo experimental que 3 séries de 20 repetições com
carga entre 40 e 60% de 1RM, com 40 segundos de intervalo entre as séries e 1 minuto entre os
exercícios, foram capazes de proporcionar a redução da PA de forma aguda em adultas
hipertensas. Nota-se uma preocupação quanto ao número de repetições em vários estudos
(JACQUES et al., 2015; SILVA et al., 2016; CARVALHO et al., 2017), visto que durante o
exercício de força ocorre um pico de PA nas últimas repetições, por conta disso grande parte
dos estudos utiliza em seus protocolos menos de 15 repetições e um tempo considerável de
descanso entre as séries e os exercícios, com o objetivo de recuperar os valores adequados de
PA ou que cheguem próximo a isso para poder continuar o exercício com segurança.
Jacques et al. (2015), em seu estudo com idosas sedentárias, objetivou analisar o efeito
hipotensor no TF em diferentes números de séries (1 série e 3 séries), com intervalo de 1 minuto
entre as sériese intensidade de 50% de 10 RM. Os resultados mostraram que ambos foram
eficientes em reduzir a PA, sendo que no protocolo de 1 serie foi observado uma redução a
partir de 20 minutos após o TF, já no de 3 séries, foi constatado depois de 10 minutos depois
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baixo ou alto volume. Portanto, não existe um protocolo específico para indivíduos hipertensos,
é nescessário avaliar cada paciente, observar o nível de condicionamento e outros aspectos para
poder prescrever um treino de acordo com as características dos mesmos.
Com isso, fica clara a importância de um profissional de educação física conhecer não
só apenas as variáveis e metodologias de treinamento, bem como os aspectos fisiológicos que
o TF proporciona e suas consequências para o treinamento de hipertensos.
Além do mais, também é importante salientar que o TF praticado regularmente promove
além de reduções nos níveis pressóricos, várias adaptações fisiológicas, sendo a mais
comprovada delas, as diversas alterações nas estruturas musculo esqueléticas. Além disso, o TF
é capaz de proporcionar aos indivíduos hipertensos (principalmente os idosos) uma melhora na
capacidade funcional e qualidade de vida.
ϯϱ
5 CONCLUSÃO:
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