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Historia Mara Djer _ FADA

No Eco do mundo Fyr, onde a magia fluía como um rio constante, minha família era peculiar. Nós
éramos fadas, mas vivíamos em território neutro, longe das disputas das grandes civilizações
mágicas. Fomos educados por Feiticeiros ancestrais, que nos transmitiram o conhecimento e o
respeito pela magia de forma única. Eu, Fada Mara, era a ovelha negra da família. Minha mãe
costumava ser uma renomada pesquisadora, mas agora encontrava seu refúgio como a bibliotecária
do nosso pequeno vilarejo. Enquanto meus parentes se dedicavam a aprimorar suas habilidades
mágicas, eu era uma jovem com uma mania por leitura. Na verdade, eu não podia resistir a qualquer
livro que cruzasse meu caminho, folheando-os com avidez em busca de aventuras ou segredos da
vida. Minha criatividade e pirraça eram tão intensas quanto meu amor pela leitura. Como uma fada
esquizofrênica, eu tinha o dom de trazer uma explosão de glitter e brownies para o mundo sem que
ninguém soubesse como. Era um toque mágico que eu usava para alegrar os dias monótonos das
pessoas ao meu redor, sem nunca revelar o truque por trás.

No tranquilo e encantador vilarejo feérico, a história de vida da Fada Mara começou na sua fase
adolescente, quando ela ingressou na prestigiada escola de magia junto com outras fadas. Desde
cedo, ficou claro que Mara era diferente. Sua paixão pela leitura era insaciável, e ela devorava os
livros de talentos como se fossem as delícias mais doces.
Mara tinha uma memória feérica transcendente que lhe permitia lembrar de cada detalhe, de cada
encanto e de cada segredo que encontrava nos antigos pergaminhos e manuscritos. Era como se ela
absorvesse a magia diretamente das palavras impressas nas páginas.
Enquanto muitas fadas eram travessas e brincalhonas, Mara era única em sua neutralidade. Ela não
se inclinava para o bem ou para o mal, mas sim para a lealdade. Sempre estava pronta para ajudar
aqueles que precisavam e aprender com quem pudesse.
No entanto, à medida que o tempo passava, Mara começou a sofrer com sua própria mente. A busca
incansável pelo entendimento de tudo e todos a levou a uma decadência mental dolorosa. Ela se
tornou esquizofrênica e bipolar, perdendo-se em mundos de sonhos e delírios.
Em sua vida adulta, após enfrentar muitas reviravoltas e desafios, Mara encontrou refúgio na
biblioteca feérica do vilarejo. Ela decidiu abraçar a calma que a biblioteca oferecia e se tornou a
nova bibliotecária, honrando a memória de sua mãe. Lá, cercada por pilhas de livros, Mara
finalmente encontrou um lar para sua curiosidade incontrolável. Em meio a dramas e reviravoltas, a
Fada Mara encontrou sua paz, imersa em letras, magia e sabedoria. Sua biblioteca se tornou um
santuário não apenas para ela, mas para todos os moradores do vilarejo feérico em busca de
conhecimento. Mara se tornou a guardiã do saber, a sábia bibliotecária que preservava os segredos e
histórias da sua terra natal. No entanto, algo sempre acendia a chama da curiosidade em seu
coração. Eram os aventureiros que partiam para o mundo material e retornavam a Sintra com
artefatos incríveis. Anualmente, a feira de comemoração da exploração era o ponto alto de sua ânsia
por informações novas. Ela sonhava em ser uma dessas aventureiras, mas sua devoção à biblioteca a
mantinha ligada a suas estantes de livros. Ela continuava a ler incansavelmente, sempre garantindo
que a biblioteca estivesse repleta de novos conhecimentos, não tanto por obrigação, mas pela sua
eterna sede de descoberta. A cada livro que folheava, Mara encontrava uma conexão com o passado,
uma maneira de entender melhor o presente e, quem sabe, vislumbrar o futuro. A biblioteca se
tornou seu santuário, e cada página era uma nova página da sua própria jornada de
autoconhecimento. Em meio a dramas e reviravoltas, a Fada Mara encontrou sua paz, imersa em
letras, magia e sabedoria.

No mundo Fyr, as civilizações eram semelhantes ao mundo material, mas imbuídas de uma magia
mais poderosa. As cores eram mais acesas e claras, os cheiros mais vibrantes e fragrantes, e a vida,
embora monótona em sua essência, era permeada por uma felicidade constante. Era nesse cenário
mágico que minha jornada começava, em busca de aventuras e de desvendar os segredos mais
profundos da vida, enquanto espalhava um pouco de glitter e magia por onde passava.
Aproximando-se da próxima feira anual, Mara estava mais ansiosa do que nunca. Ela ajudava na
preparação da praça central, coordenando os detalhes com perfeição. Enquanto trabalhava, contava
animadamente aos seus colegas sobre as histórias fascinantes que havia lido, se perguntando se lá
fora as aventuras eram realmente tão emocionantes quanto pareciam nos relatos escritos. Na manhã
do evento, Mara estava entre os primeiros a chegar à praça. O relógio marcava 9 da manhã quando a
feira começou oficialmente. E todos, jovens e velhos, feéricos e criaturas mágicas, se reuniram para
compartilhar histórias, examinar artefatos recém-chegados e absorver a atmosfera de excitação. A
Fada Mara sabia que, mesmo sem sair da biblioteca, essa era a oportunidade de se sentir como uma
aventureira. Ela se misturava com os visitantes, escutando com avidez cada relato de exploração,
deixando-se envolver pelas narrativas épicas e perdendo-se nos encantos das bugigangas mágicas.
O dia inteiro seria dedicado a essa celebração da aventura e do desconhecido, e Mara estava
determinada a absorver cada momento e história como se fosse uma parte dela mesma.

O sol brilhava sobre a cidade de Sintra, pintando o cenário com tons dourados enquanto os
aventureiros e os moradores comuns se preparavam para a aguardada feira de apresentação de
artefatos anual. Era um dia como qualquer outro em Sintra, até que, de repente, o céu se tornou
sombrio e carregado de nuvens escuras. O rumor se espalhou rapidamente entre os feéricos
mágicos, as criaturas monstruosas e os heróis reunidos na feira. Uma sensação de apreensão e medo
pairava no ar, como se o próprio mundo estivesse prestes a desabar. Os olhares se encontraram e
murmúrios ansiosos se espalharam pela multidão. Então, sem aviso, o caos irrompeu. Um estrondo
ensurdecedor ecoou por toda Sintra, seguido por uma explosão de energia que rasgou o chão e
lançou destroços pelos ares. A guerra havia começado ali, no meio da feira, como se um mal
ancestral despertasse das sombras. Os heróis, antes aliados e amigos, agora se viam em lados
opostos, forçados a lutar uns contra os outros. Os feéricos mágicos lançavam feitiços desesperados,
enquanto as criaturas monstruosas rugiam de fúria. O cenário idílico da cidade rapidamente se
transformou em um campo de batalha devastado, com edifícios em chamas e o destino de Sintra
pendurado por um fio. Os personagens, que até então eram apenas espectadores da feira, se viram
no epicentro desse cataclismo. Com o destino de Sintra e, talvez, do próprio mundo em suas mãos,
eles tiveram que tomar decisões cruciais. A aventura estava apenas começando, e a incerteza do que
estava por vir os impelia a enfrentar essa ameaça e descobrir a origem dessa catástrofe. Nesse
momento de trevas e destruição, os personagens se uniram, cada um trazendo suas habilidades e
força para a luta. A história de Sintra estava sendo reescrita, e eles seriam os heróis ou anti-heróis
que moldariam seu destino. E assim, sob o peso do drama, da ficção e da narrativa intensiva, a
aventura se desdobraria em um turbilhão de desafios e mistérios a serem desvendados.

Dois misteriosos intrusos, um homem com características de pele azul e uma mulher de raça
VedalKen e Khenras, entraram em Fyr com más intenções.

O homem, vestindo um manto que lembrava um mago, carregava nas costas uma sinistra máscara
vermelha ornamentada. De repente, ele se transformou em um imponente tiranossauro, lançando um
ataque brutal contra as pacíficas fadas de Sintra.
Enquanto isso, a mulher, cujo cajado era feito de mão morta e cujo manto revelava suas patas ou
pernas, usava uma máscara sorridente que escondia suas verdadeiras intenções. Ela começou a
invocar esqueletos, formando um sinistro exército de mortos-vivos que sugava a vida das fadas e
lançava ataques devastadores sobre o reino.

A praça da cidade de Sintra se tornou um campo de batalha caótico, com as fadas lutando
desesperadamente para se protegerem contra os terríveis invasores. A mulher continuava a destruir
as contrações das fadas, enquanto seu exército de esqueletos crescia, adicionando mais corpos à sua
horda de servos mortos-vivos. Esta foi uma prova desafiadora para a fada de Sintra, que teve que
unir suas habilidades mágicas para enfrentar essa terrível ameaça e proteger seu amado reino contra
a destruição iminente causada por esses enigmáticos invasores.
A fada estava sobre a fera, um turbilhão de emoções varrendo seu ser, quando o inimaginável
aconteceu. Uma cobra marinha gigantesca, de proporções titânicas, surgiu dos confins do céu,
emergindo majestosamente de trás das montanhas com um comprimento que fazia lembrar três
baleias juntas. Era uma visão que poderia fazer qualquer coração tremer de temor.

A cobra marinha se lançou pelos céus, sua sombra escura projetando-se sobre a terra, enquanto
voava determinada em direção ao imponente tiranossauro que agora ameaçava a vida de todos em
Sintra. A fada, enfrentando um exército sinistro de esqueletos, deparou-se com a necessidade de
lutar não apenas contra a horda dos mortos-vivos, mas também contra a monstruosidade do T-Rex e
a ameaçadora serpente marinha que agora avançava implacável. Essa batalha épica e desesperada
envolveu a fada em uma luta pela sobrevivência e a segurança de seu reino. Cada feitiço, cada
movimento, era executado com um senso profundo de dever e determinação, pois o destino de
Sintra pendia na balança do confronto mais intenso que já testemunhara. O cenário se tornou um
pesadelo aterrorizante, conforme a serpente gigantesca se metamorfoseou diante dos olhos da fada.
A cobra, agora uma mulher de cabelos brancos que reluziam como o gelo, possuía olhos verdes que
pareciam feitos de esmeraldas. Vestida em uma armadura imponente, uma capa adornada com uma
árvore dourada em seu símbolo enfeitava suas costas. Era uma visão aterradora que deixava a fada
em um estado de puro terror. Uma luta intensa e apocalíptica se desenrolou, com magias feéricas e
poderes da natureza sendo invocados. Veneno escorria, florestas cresciam e espíritos animalescos
vinham em auxílio da fada. Tempestades violentas, raios, trovões, terremotos e fogo assolavam o
campo de batalha, lançando o caos e a destruição por todos os lados. No auge da batalha, a
misteriosa Kendra, em um momento de astúcia, conseguiu acertar a víbora em cheio, tornando-se
invisível e aparecendo atrás da mulher de cabelos brancos. Com seu cajado, ela tocou suavemente o
ombro da víbora, fazendo com que a mulher caísse no chão, em um estado incerto, talvez morta,
talvez viva. A fada aproveitou a oportunidade para fugir, desesperada para escapar do horrores que
testemunhara.

No entanto, o pesadelo estava longe de terminar. O T-Rex, agora sem controle, avançou
impiedosamente sobre a mulher víbora, mordendo-a e despedaçando seu corpo com ferocidade.
Cenas grotescas de carnificina se desdobraram diante dos olhos atônitos da fada, com o monstro
colossal brincando com o corpo como se fosse um cachorro com seu brinquedo favorito. O terror
persistia, deixando a fada em estado de choque e horror diante da terrível brutalidade que se
desenrolava diante de seus olhos. A cena se tornou um pesadelo cruel quando a mulher foi
arremessada com violência contra uma estrutura, soterrada sob escombros. O choque e a tristeza
envolveram a fada, que testemunhou a morte de suas companheiras de forma devastadora, incapaz
de fazer qualquer coisa para detê-la. No auge de sua agonia e desespero, o T-Rex, a criatura que
havia causado tanto caos e destruição, se aproximou da fada. Seu coração batia descontroladamente
enquanto o monstro avançava implacavelmente em sua direção. Com um último suspiro de
coragem, a fada conseguiu fugir furtivamente pelas lojas próximas, esgueirando-se entre os arcos
que conduziam ao portal entre o mundo feérico e o mundo material. Lá, deitado no chão, estava o
corpo do vigia, aquele que guardava o portal com devoção, assegurando que apenas os dignos
pudessem atravessá-lo. No entanto, o vigia jazia despedaçado e estraçalhado, seu corpo partido ao
meio, uma vítima do caos que se desenrolara. A fada sentiu o peso da tragédia e da perda enquanto
olhava para o guarda que agora não mais guardava, um símbolo sombrio do colapso que se abatia
sobre seu amado reino. Com coração pesado, ela cruzou o portal, deixando para trás um mundo em
ruínas, determinada a encontrar uma maneira de restaurar a esperança e a magia que um dia haviam
florescido em Sintra. A fada, apesar do choque e da carnificina que testemunhara, não pôde ignorar
o chamado da motivação que queimava dentro dela. Ela estava determinada a escapar daquele
pesadelo, a sobreviver e encontrar uma maneira de proteger seu reino ameaçado.

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