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Anatomia Extra-Ocular e Ocular

EXTRA-OCULAR

ORBITA

⧫ Ao visualizar a orbita por TC, observamos que ela apresenta um


componente ósseo, muscular e gordura retrocular. Devemos
analisar por esse exame:
o Os músculos extraoculares estão inseridos na esclera, em
torno de 10 a 11 mm da córnea do paciente, e quando
eles são tracionados eles mudam a direção do olho.
o Nessa região, haverá uma intima relação com os seios,
que devem ser aerados, mas em casos de sinusite,
⧫ Órbita: caixa óssea para proteger o olho. traumas, eles podem estar velados.
o Apresenta 7 ossos: maxilar, palatino, frontal, esfenóide, o É sempre importante analisar se ossos laterais formam
zigomático, etmóide e lacrimal. um ângulo de 90° C entre si (essa é a anatomia normal),
o A fissura da orbita é o forame ótico. pois essa região apresenta uma intima relação com o SNC.
o A fissura maior ao lado do fora é uma estrutura por onde ▪ Em caso de perfusão por arma de fogo, por
entram os vasos e nervos que nutrem o olho e os exemplo, haverá o extravasamento de conteúdo
músculos extraoculares. Essa região é composta por do sistema nervoso central para a região da
pequenas soldas extremamente frágeis, e em casos de orbita.
eventos de fratura ou trauma, pode se comprometer o Além disso, devemos sempre analisar a simétrica de um
alguns desses ossos, principalmente o maxilar e olho para o outro: se um estiver muito para fora,
eventualmente o zigomático. observamos uma exoftalmia. Em um trauma com fratura
▪ No maxilar, geralmente ocorre a fratura blow-out óssea, podemos ter uma enoftalmia que é o olho para
record que é a fratura típica do jogador de tenis: dentro.
o jogador de tenis toma uma bolada no olho e
fratura esse osso, e o musculo fica encarcerado MUSCULATURA OCULAR EXTRÍSECA
nessa fratura, criando um estrabismo porque o
olho não consegue olhar para cima (elevação).
Esse paciente precisará fazer uma cirurgia
corretiva para colocar uma placa de acrílico.
o Apresenta quatro paredes: assoalho (inferior), teto
(superior), parede medial e parede lateral.

⧫ Apresenta quatro músculos retos:


o Reto superior inervado pelo III par craniano
o Reto inferior inervado pelo III par craniano
o Reto medial inervado pelo III par craniano
o Reto lateral inervado pelo VI par craniano
⧫ Apresentam dos músculos oblíquos (movimentos de torção do
olho):
o Obliquo superior inervado pelo IV par craniano

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o Obliquo inferior inervado pelo III par craniano glândula lacrimal (90-95%) e glândulas lacrimais
⧫ Eventualmente, haverá paralisias e paresias desses músculos, e acessórias (5%).
observaremos qual o par craniano acometido de acordo com o o Lipídico: uma camada de óleo sobre o filme lacrimal. O
exame pedido ao paciente para olhar para as direções. equilíbrio dessa camada permite que a gente abra o olho,
o Pedir para olhar para cima e não conseguiu → III par preste ação, pisque o olho e a permaneça com a
o Pedir para olhar para baixo → III par integridade do filme durante a 10 segundos.
o Olhar para esquerda ou direta → só moveu um dos lados ⧫ Disfunções dos filme lacrimal:
→ ou o III ou VI está acometido. o Dificuldade de produzir mucina: Síndrome de Steven
⧫ PROVA: Qual a inervação de cada musculo pode ser cobrado em Jonhson.
prova. o Deficiência do componente aquoso: Síndrome de Jogger,
Artrite reumatoide, Lúpus.
VIAS LACRIMAIS o Deficiência no componente lipídio: disfunção das
glândulas de Meibômio, blefarite posterior.
⧫ Tem a função de lubrificar seu olho, permitindo que o olho se ⧫ Os coloridos lubrificantes tentando mimetizar a camada aquosa
mantenha aberto (em torno de 5-10 segundos). e devolver alguma estabilidade para o filme lacrimal.
⧫ A glândula lacrimal produz 90-95% da lagrima que passa por
alguns canalículos que caem na cavidade orbitária sobre a
REGIÃO DA SOBRANCELHA
conjuntiva. Ao piscar, lubrificamos toda a superfície e o excesso
de lagrima é liberado pelos canalículos lacrimais superior e
inferior.
o Estes dois canalículos se juntam e caem no saco
lacrimal e de lá, ele se encontra na garganta. Por isso,
ao colocar um colírio, você sente um gosto amargo na
boca, indicando que todo o caminho das vias
lacrimais está pérvio e funcionante.
▪ Se houver algum problema nessa
drenagem, a pessoa lacrimejará o tempo
⧫ Os pêlos da sobrancelha têm uma inclinação de 30°, o que
todo, o que é chamado de epifora.
direciona o suor para escorrer pela lateral do olho.
o Por que esse direcionamento? O suor é ácido, logo se
ele cai no olho, sentimos arder até que o pH do suor
ser igualado ao da lacrima. Assim, o processo de
lacrimejar serve para tentar diluir o suor e baixar o
seu pH.
▪ O tenista utiliza a faixa na cabeça para que
durante o jogo não caia suor no seu olho.
⧫ Os cílios servem como um fator de proteção: eles fecham os
olhos reflexamente para que se algo for cair dentro do olho,
bata primeiro nos cílios.

PÁLPEBRAS

FILME LACRIMAL

⧫ A pálpebra tem um fator de preservação do nosso olho: ao


piscar, ele faz uma limpeza e ao mesmo lubrifica a superfície.
⧫ Componentes: pele, musculo, conjuntiva, cílios, glândula de
⧫ Componentes: meibomian
o Mucina: é a remela. É produzido pelas células globosas da o A pele está na região externa e é composta de
conjuntiva. Função: “transformar a rua do pelourinho em queratina.
asfalto” o Musculo apresenta duas inervações:
o Aquoso: sobre a mucina o componente aquoso é
escorrido que é justamente a lagrima, produzida pela

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▪ O musculo que abre o olho é o orbicular, ANATOMIA OCULAR
funcionando a partir do VII par craniano
(nervo facial). OLHO
▪ O musculo elevador da pálpebra é o que
mantem o olho aberto, inervado pelo III par
craniano (é o mesmo que inerva a maior
parte dos músculos extraoculares).
o Conjuntiva: é uma membrana mucosa conjuntiva que
permite o deslizamento sobre o olho.
o Os cílios: apresentam glândulas sebáceas.
▪ Quando um folículo piloso dessa glândula
está irritado, ele causa uma infecção ou
inflamação chamada -se um hordéolo.
o Glândula de Meibômio: produz o óleo do filme
lacrimal.
▪ Em um evento agudo de inflamação dessa
glândula, causa-se um hordéolo posterior. ⧫ O tecido branco que recobre todo o globo ocular é a esclera,
Contudo, quando a inflamação é crônica, é sendo a camada mais externa e mais resistente do olho. Na
chamado de meibomite, mais comum em porção central, ela se torna em córnea que é a região
pessoas de idade. transparente que torna possível enxergar.
▪ Calázio da pálpebra inferior esquerda é ⧫ O olho é divido em dois cavidades:
quando a pessoa tem um hordéolo o Segmento anterior: está da íris para frente.
posterior que inflamação cronicamente, e o Segmento posterior: da íris para trás.
tem como resíduo tecido granulomatoso
“coagulado”, deixando o paciente com uma SEGMENTO ANTERIOR:
bolinha na pálpebra.

CONJUNTIVA

⧫ A córnea tem uma lente com um grau, que faz parte da refração
⧫ A conjuntiva é a membrana mucosa que recobre a parte
(poder fixo) da gente.
posterior da pálpebra e o glóbulo ocular permitindo o
o Para que a luz seja transmitida por essa estrutura, ela
deslizamento sem atrito entre esses tecidos. É transparente e
deve ser transparente, motivo pelo qual ela também
ricamente vascularizada, com células de defesa, sendo o local
não tem vasos sanguíneos e sua nutrição ocorre por
que se insta a conjuntivite. Ela é dividida em:
um líquido embebido na câmera anterior que é o
o Conjuntiva bulbar: recobre o olho.
humor aquoso.
o Conjuntiva palpebral/tarsal: recobre a palpebral
▪ O humor aquoso é produzido na câmara
o Conjuntiva fórnices: é dividida em duas.
posterior na câmara anterior atrás da íris
▪ Superior
por uma estrutura chamada de corpo ciliar
▪ Inferior
e ele é escoado no ângulo da câmara
anterior. Esse líquido deve estar sempre em
constante renovação.
⧫ Cristalino: é localizado atrás da íris, sendo também uma lente
que apresenta o poder de refração. Ele também nutrido pelo
humor aquoso.
o Catarata: diminuição da transparência do cristalino.

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ÂNGULO DA CÂMARA ANTERIOR

ÍRIS

⧫ A cor dos olhos vem da iris e depende da quantidade de


⧫ O ângulo da câmara anterior é por onde o humor aquosos é pigmento.
escorrido. Caso o ângulo da câmera anterior esteja entupido, o
humor aquoso não é drenado, aumentando a pressão desse
segmento anterior, o que causa o glaucoma.
o O trabeculado (esse ângulo) vai sendo mais entupido
com o passar da idade, justificando porque o
glaucoma é mais comum em idoso.
o Quando a pressão do olho sobe muito, as células atrás
acabam morrendo, causando cegueira em pacientes
com glaucoma.

SEGMENTO POSTERIOR
HUMOR VÍTREO

⧫ É um coloide transparente que tem como função de manter a


retina na posição adequada (serve de apoio) e normalmente é
bem grudado na retina. Sua função maior é no período
embrionário, quando está se desenvolvendo corpo ciliar,
coroide, iris, pois a artéria hialoidea passa por essa estrutura
(ela é atrofiada em adultos).
o Quando se envelhece, esse humor vítreo tende a se
soltar da retina, o que causa um rasgo na retina o que
favorece a um descolamento de retina.

⧫ É localizado atrás do cristalino.


⧫ A luz atravessa o cristalino e bate na retina, o que estimula um
sinal elétrico que é enviado para nosso cérebro por meio do
nervo ótico. Quem interpreta o sinal visual é o cérebro.
⧫ Além da esclera, no segmento posterior temos uma camada
chamada de coroide, a qual é ricamente vascularizada, por isso,
ela tem a função exclusivamente nutritiva da retina.
⧫ Na região da frente, a coroide se transforma em ponto ciliar que
leva a nutrição para o segmento anterior e depois ela se
transforma na íris que é o diafragma que abre e fecha, e da a
cor dos nossos olhos. RETINA
⧫ Esses tecidos têm a mesma origem embrionária.
⧫ É o órgão nobre que transformam imagem em sinais que serão
⧫ Retina
interpretados pelo cérebro.
⧫ Extensão do SNC.
⧫ Ocupa praticamente todo o segmento posterior e em seu meio
ÚVEA ele “solta” um axônio que forma um nervo ótico.
⧫ Em um ponto central da retina, há o macula onde fica a fóvea
⧫ É ricamente vascularizada, nutre uma parte da retina, nutre o que há região de mais alta densidade de fotorreceptores, o qual
segmento anterior através do corpo ciliar e depois se é responsável pela imagem com mais alta definição.
transforma na íris. o A fóvea fica no meio da macula.
⧫ Uveite são as inflamação dentro do olho: esses vasos deixam
extravasar células de defesa quando são atacados ou há alguma
inflamação.

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▪ Descolamento de retina: nesse caso, os
fotorreceptores se separaram do epitélio
pigmentar da retina, permitindo que os
fotorreceptores passem por um processo agudo de
falta de nutrição, causando sua morte. Dessa
forma, se houver um descolamento de retina, a
cirurgia deve ser o mais rápida possível para colar a
retina do paciente e para nutrir rapidamente.
• A demora pode ocasionar na morte de
todos os fotorreceptores, causando
cegueira.

⧫ Esse é o aspecto de um fundo de olho normal.


⧫ Do nervo ótico, temos vários saindo que são os ramos da artéria
central da retina e os ramos da veia central da retina.

NERVO ÓPTICO

⧫ O nervo óptico na verdade são os axônios das células


⧫ Microanatomia da retina: ganglionares da retina que preenchem essa cavidade de
o A retina é dividida em duas: a metade do epitélio formam o nervo ótico. Ele atravessa a lâmina cribiforme que são
pigmentar da retina e a metade próxima das células microperfurações da esclera, indo até o ponto geniculado
ganglionares. Esta é nutrida pela artéria central da retina, lateral.
sendo ela que sofre quando a pressão no olho aumenta o Esse é o local onde ocorrem as neurites ótica e onde o
muito. Já aquela não é nutrida por nenhum vaso dano do glaucoma é visível – se os axônios deixam de
sanguíneo, e sim pela difusão de nutrientes pela coroide existe, essa estrutura fica vazia, o que é chamado de
que atravessam o epitélio pigmentar da retina e nutrem escavação do nervo óptico.
os fotorreceptores.
o A luz atravessa a retina e bate nas células do epitélio
pigmentar da retina, refletindo para os fotorreceptores,
que interpretam isso e transformam em sinal elétrico,
transmitindo para o neurônio bipolar (curto). Esse
neurônio fará sinapse com a células ganglionares da
retina, as quais emitem um axônio que mergulha no nervo
ótico e leva essa informação até o corpo geniculado
lateral, que é a primeira sinapse desse neurônio.
▪ Glaucoma: como a pressão no segmento anterior
está alta que se reflete no segmento posterior. Para
que o vaso deixe o alimento sair, ele tem que vencer
a pressão olho que se estiver exacerbada, ele tem
dificuldade de sair para nutrir os axônios. Logo, esse
axônio entra em apoptose e essa célula ganglionar
morre, justificando a cegueira.
• Nesse caso, a imagem chega na retina,
gera o estímulo, mas não tem como ser
transmitida para o cérebro.
• Não é possível reverter esse quadro, por
isso o diagnóstico deve ser precoce.

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Refração
⧫ É o grau que temos dentro do nosso olho. AMETROPIAS
⧫ A lente principal é a córnea, sendo convergente com cerca de
43° graus, mas tem o poder de refração fixo. MIOPIA
o Tem pacientes com 43°, 44°, 47°,mas ela não muda no
próprio paciente. ⧫ Significa que a córnea e o cristalino são muito fortes, e a
imagem converge no meio do olho, ou porque o olho cresceu
tanto que a imagem não consegue chegar lá atrás.
⧫ Para o paciente com miopia enxergas nitidamente, ela coloca
uma lente divergente, o que permite o foco um pouco mais
atrás.
o O míope enxerga bem de perto.
o A acomodação é justamente criar uma miopia
momentânea para facilitar a leitura.

⧫ O cristalino uma outra lente do olho com formato maleável, o


que é chamado de acomodação.
o Acomodação: Capacidade de se ajustar pela
contração do musculo ciliar para ler as coisas de perto
ou de longe. Tende a ser perdida com o passar dos
anos. ⧫ O problema da miopia é o crescimento axial (crescimento do
▪ Quando o musculo é tracionado, ele força olho exagerado) e a retina não cresce, só estica, o que pode
as fibrilas chamadas de zonula a levar ao surgimento das degenerações periféricas que pode
tracionarem o cristalino e modificarem seu ocasionar mais deslocamento de retina. Outro problema
formato. também pode ser aumento da curvatura córnea.
▪ O musculo ciliar está no corpo ciliar. o As degenerações são placas de tecidos mais frágeis na
retina, e eventualmente quando o vítreo se solta,
traciona e rasga a retina causando uma rotura em
ferradura. E o líquido entra nessa rotura e vai
descolando a retina.
o Motivo pelo qual o míope precisa fazer um
mapeamento de rotina para descobrir essas lesões
antes, para fazer lazer e evitar o descolamento de
retina.

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HIPERMETROPIA EXAME

⧫ Nesse caso, o sistema é muito fraco e a imagem só se forma AUTO-REFRAÇÃO


atrás da retina. A lente corretiva nesses casos é a convergente.
o A acomodação faz o mesmo processo que essa lente,
por isso as vezes a necessidade dos óculos só ocorre
mais tarde da vida, quando a acomodação consegue
vencer esse grau com facilidade.
o Um paciente não pode ter hipermetropia e miopia no
olho, já que uma é o contrário da outra.
⧫ O problema da miopia é o diâmetro axial pequeno (olho
pequeno), o que tem maior de desenvolver glaucoma.

⧫ Autorefração é a medida objetivo do grau do paciente.


Contudo, o grau do paciente é uma medida subjetiva, por isso
pergunta se qual lente está melhor.

ESQUIASCOPIA

ASTIGMATISMO

⧫ 90-95% do astigmatismo da córnea.


⧫ O astigmatismo não existiria se a córnea fosse redonda,
contudo, ela é oval, ocasionando em uma diferença de
curvatura: meridiano amarelo de curvatura mais aguda e o
meridiano azul mais plana. A diferença entre a curvatura maior ⧫ Essa é a forma manual de ver o grau de paciente.
e a menor é justamente o astigmatismo.
o Ex: córnea de 44° de opitria no meridiano amarelo e REFRATOR DE GRINS:
42° no azul, logo o paciente tem 2° de astigmatismo.
⧫ No brasil, se corrige o astigmatismo no eixo mais plano.
o Nos estados unidos se corrige no meridiano mais
curvo.
⧫ No astigmatismo, é como se a imagem que passa na córnea
pelo meridiano amarelo refratasse em um ponot e o azul de
outro ponto. A lente do astigmatismo junta os dois pontos em
um só.
o BR: a lente do astigmatismo empurra o ponto azul
para o ponto vermelho.
⧫ Pega-se o grau do paciente, e coloca-se nesse aparelho. Ele tem
graus que vai do positivo para o negativo. Se for hipermetropia
vem branco ou preto e, se for miopia é cor vermelha.
⧫ O outro botão é o grau cilíndrico do astigmatismo que é o eixo
colocado no meridiano mais plano (convenção é negativo).
⧫ É nesse momento que questiona-se se uma lente é melhor ou
pior.

COMO CORRIGIR AS AMETROPIAS:

⧫ Óculos,
⧫ Lentes de contato
⧫ Cirurgia refrativa.
o Colírios não corrigem a visão.

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CIRURGIA REFRATIVA na córnea. É um implante de uma lente sobre o cristalino do
paciente.
PRK
1. Puxar a lente (risco de rasgar).
1. Uma gota de colírio anestésico. 2. Incisão na córnea de 2 a 3 mm de distância.
2. Limpar e isolar os cílios (cheios de bactérias e sujos). 3. Implantar a lente no olho do paciente com uma seringa.
3. Marcar o centro óptico da pupila do paciente para tirar o 4. Esconder a lente embaixo da íris do paciente.
epitélio, a camada mais superficial. 5. Uso de substância viscoelástica para mexer.
4. Coloca-se álcool após marcar para facilitar a remoção do ⧫ Considerações:
epitélio. o Se machucar o cristalino durante a cirurgia, pode ter
a. O álcool quebra ligações. catarata e isso pode gerar um descolamento de
5. Enxugar e lavar para tirar o álcool. retina.
6. Remoção do epitélio da córnea do paciente. o Operar um paciente jovem de catarata tem
7. Uso de espátula para tirar o excesso de células. complicação vitroretinianas, por isso não é
8. Aplicação do lazer por de 2 ou 3 segundos para cada grau de aconselhado.
hipermetropia, miopia ou astigmatismo. o Corrige até o astigmatismo do paciente.
9. Aplicação de mitomicina para impedir que a córnea venha a o Indicado para mais de 8 graus de miopia.
cilizar e perca sua transparência. o Qualidade de visão melhor que o lazer.
10. Lavar com o soro ou solução salina balanceada (BSS) gelado de o Principal complicação é hipercorreção ou
preferência. hipocorreção ou cerotocone.
11. Colocação de uma lente de contato que permite o crescimento o Normalmente não se faz cirurgia a lazer com
da córnea em segurança pelo período de uma semana. ceratocone, a não ser com idoso e com grau leve.
o O grau deve estar estabilizado.
LASIK

1. Uma ou duas gotas de anestésico


2. Encosta se a máquina no olho do paciente, fazendo um vácuo
em seu olho. Esse vácuo retira todo o líquido.
3. Coloca-se isso na melhor posição que o cirurgião acha,
geralmente o centro pupilar.
4. Aplicação do primeiro lazer e colocar plasma no meio da córnea
do paciente.
o Se utilize dois lazers– o primeiro é para fazer um flap
para depois aplicar o lazer que trata o grau.
o O plasma vive por nanosegundos, e depois ele se
dissipa gerando CO2 no meio da interface. Assim, ele
cria um velcro na córnea do paciente.
5. Soltar esse velcro 360° (corte horizontal em maior parte e na
periferia um corte vertical) e retirar.
6. A superfície exposta é onde se aplica o segundo lazer (igual do
PRK) que corrige o grau desse paciente.
7. Molhar, tirar o excesso de líquido em baixo para retirar
impurezas na interface.
8. Reposicionar e tira o excesso de líquido, enxugar as bodas.
9. Colocar uma boa lente de contato para o paciente ficar 24
horas. A lente é removida dia seguinte.
o O paciente tem que estar acordado, para que seja
possível focalizar o centro da pupila e verificar o eixo
visual dele.
o Pacientes com hipermetropia, o lasik sempre é
melhor.

IMPLANTE DE LENTE FÁCICA (ICL)

O problema dela é ser cara e os planos de saúde não cobrem. É uma


alternativa para os pacientes que não tem indicação de fazer o lazer

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Cirurgia Segmento Anterior
PTERÍGIO

⧫ É a “carnosidade” nos olhos decorrente de umaproliferação


fibrovascular da conjuntiva que se insinua sobre a córnea.

SINTOMATOLOGIA

EPIDEMIOLOGIA ⧫ Hiperemia ocular


⧫ Prurido
⧫ Clima tropical
⧫ Queimação
⧫ Localização:
⧫ Sensação de corpo estranho
o Região esclera interpalpebral
⧫ Lacrimejamento
o 90% nasal
⧫ Fotofobia

FATORES DE RISCO:
DIAGNÓSTICO
⧫ Exposição solar
⧫ Eminente clínico
⧫ História familiar incidência entre 20 e 50 anos
⧫ Exame fisico:
⧫ Sexo masculino
o Insperação
⧫ Fatores ambientais: calor, poeira, microtraumas, infecção,
o Lampada de fenda
trabalho externo.
o Topografia corneana – area azulada na região do
pterigio.

FISIOPATOLOGIA

⧫ Degeneração elastóide na submucosa


RECIDIVA
⧫ Epitélio metaplasia adjacente
⧫ Remodelamento tecido conjuntival ⧫ Após a excisão simples, a recidiva varia de 32% a 89%.
⧫ Proliferação fibrovascular ⧫ Exérese e transplante autólogo de conjuntiva apresenta
⧫ Perda da capacidade stem cells do limbo (principal) recidiva de 2% a 7%.
o A córnea tem um epitélio transparente que está
sempre nascendo na periferia/limbo e ele se desloca CIRURGIA
para o centro, onde morre e é reposta por outra
célula que foi produzida há uns dias atrás. Contudo, a 1. Anestesia subconjuntival de anestésico com 0,2 ml – 0,1 ml na
agressão do sol nessa região, mata essas stem cells, região do transplante e 0,1 ml em baixo do pterígio.
perdendo essa função. Como tentativa de solução, a 2. Primeiro se prepara o enxerto do implante de conjuntiva,
córnea é invadida por esse tecido com o objetivo de através da dissecação da conjuntiva e sua cauterização.
proteger essa região. o A conjuntiva se divide em duas camadas: o epitélio
o O pterígio é conhecido como olho do surfista, pois conjuntival (retirada para o transplante) em cima e a
quando ele está nadando antes de subir na prancha, membrana de tainor (porção mais vascularizada e
a luz incide diretamente sobre o olho dele. fibrosa da conjuntiva) em baixo.
⧫ Degeneração basofilica (destruição da camada boeman e o O paciente deve estar acordado
cicatriz) 3. Exerese do pterígio por fibrorex (literalmente arrancar)
⧫ Eventualmente pode ocorrer keratose evolução para o Quanto mais jovem, mais aderido é o pterigo do
malignidade. (câncer de pele) paciente.

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4. Retirar a parte fibrosa do paciente e cauterizar a região ⧫ Uso de corticoide
sangrando. ⧫ Diabetes mellitus
5. Cortar o pterígio e área degenerada da conjuntiva. ⧫ Doenças renais
6. Colocar o enxerto com a superfície epitelial para cima (evita ⧫ Exposição solar
necrose) e sutura ou junta adesivo biológico no leito receptor. ⧫ Hereditariedade
o Cola tecidual: Primeiro fibrinogênio depois trombina. ⧫ Congênita (3/10,000)
Diminui a irritação e vermelhidão.
7. Depois de 30 a 45 segundo a cola “gruda”.
8. A área que foi retirado o enxerto cicatriza por segunda intenção
e não terá estímulo para crescer o pterígio pois ela é escondida
da luz do sol.

Há medida que o pterígio cresce, ela destrói a membrana de bauman ⧫ Glaucoma


(membrana abaixo do epitélio) criando uma irregularidade na ⧫ Inflamação / uveite
córnea. Se essa irregularidade chega no meio da corna há um ⧫ Trauma: físico, químico, radioativo, elétrico, térmico.
comprometimento da visão do paciente. o Catarata estelar – ocorre por raio, não atrapalha a
visão do paciente
CATARA

⧫ É a opacidade do cristalino.
⧫ A catarata não deve estar muito dura para ser operada.

FACOEMULSIFICAÇÃO

1. Incisão, com bisturi


2. Injeta uma substância viscoelástico para proteger o olho.
3. Depois se faz uma incisão de serviço para poder entrar com um
segundo instrumento dentro do olho.
4. Faz uma abertura no cristalino, retirando a capsula anterior
EPIDEMIOLOGIA (360°- espessura de 20 micra)
5. Hidrodissecção - passar uma onda de água na catarata para
⧫ Cirurgia mais realizada no mundo
soltá-la toda da capsula.
⧫ A maior causa de cegueira reversível
6. Facoemulsifcação – liberação do ultrassom dissolve a catarata
o 47,8% dos cegos
liberando vários pequenos pedaços que são aspirados.
⧫ Estimativa de 0,3% da população anualmente
7. Não se deve aspirar tudo, deve deixar a capsula de baixo para
o 500.000 novos casos
implantar a lente.
o Demanda crescente
8. Depois se retira os restos corticais e injeta uma lente dentro do
olho do paciente, corrigindo o astigmatismo e permite enxergar
IMPORTÂNCIA
de perto e de longe.
⧫ Impacto na qualidade de vida e capacidade laboral 9. Hidratar a inscrição para ficar hermeticamente fechada.
⧫ O detran pede exames a cada 2 anos 10. Se injeta um pouco de ATB para evitar infecções

Risco: endofitalmite, ceratopatia bolhosa (perda da transparência da


córnea).

HETEROTROPIA OU ESTRABISMO

⧫ O homem tem os olhos dispostos anteriormente, e os seus


campos visuais se superpõe, o que permite a visão binocular de
profundidade.

ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO:

⧫ Senilidade

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⧫ Desalinhamento do olho

TRATAMENTO

⧫ Objetivo primordial é a prevenção ou reversão da ambliopia


⧫ Clínico:
o Refração
⧫ Horizontal: o Tratamento ou prevenção da ambliopia
o Exotropia: um dos olhos olhando para a orelha. o Olho desviado → visão suprimida / se desvio
o Esotropia um dos olhos olhando para o nariz. alternante → diminuição da ambliopia
⧫ Quando a criança é pequena , se ela tem um olho desviado, ela o Estimulação da visão do olho suprimido por meio de
não desenvolve adequadamente a visão, o que é chamado de tampão no olho bom.
ambliopia. Isso só pode ser melhorado até os sete anos de ⧫ Cirurgia:
idade, quando ele ainda tem uma plasticidade neural. o Indicações:
⧫ Causas: ▪ Crianças: após tratamento da ambliopia e
o Essencial idade de exame confiável
o Paresia/ paralisia oculomotora/ paralisia VI nervo ▪ Adultos: diplopia, estético
o Restrição muscular: encarceramento do reto inferior ⧫ Taxa de insucesso: hiper ou hipocorreção → 20-30%
pós-fratura de órbita o Reoperação
o Estrabismo secundários ou associados a síndromes.
CIRURGIA DE ESTRABISMO:
EXAME OFTALMOLÓGICO
1. É feito sob anestesia geral.
⧫ 1° acuidade visual: diagnóstico e acompanhamento de 2. Abre a conjuntiva e isolar o musculo.
ambliopia o A quantidade de músculos mexidas, depende do quão
o Primeiro deve se avaliar essa visão com e sem o grande esse estrabismo é.
oculos 3. Amarrar o musculo atrás ou cortá-lo para deixá-lo mais forte.
⧫ 2° biomicroscopia e fundo de olho: exclusão de lesões →BAV 4. Passar fios do musculo para deixá-lo preso.
o Deve examinar em busca de alguma lesão no olho e 5. Corta-se o musculo e amarra num local em que o normograma
fazer o grau do óculo do paciente. indica
⧫ 3° refração: pode influenciar ou ser a causa de estrabismo 6. Sutura-se coloca-se na posição.
o A causa do extrabismo pode ser a falta de oculos 7. Fechar a conjuntiva.

ESOTROPIA ACOMODATIVA

⧫ Sem óculos ela tem 8 graus de hipermetropia – é possível


observar o reflexo de richberge (bola branco do olho deve estar
bem centralizada), desviado no olho direto.

⧫ Ao colocar os óculos na paciente, centraliza-se os dois reflexos.


Dessa forma, o seu tratamento será uso de óculos pois esse é
um estrabismo com um componente acomodativo.

11 Lahyse Oliveira 2021.1


Ulcera de Cornea
CERATITE INFECCIOSA

MECANISMOS DE PROTEÇÃO

⧫ Pálpebra
⧫ Filme lacrimal
⧫ Mucina funciona como uma barreira mecânica
⧫ Flora ocular normal
⧫ Epitélio intacto

FATORES PREDISPONENTES

⧫ Lentes de contato: gelatinosas > rígidas, Uso estendido 10X >


PSEUDOMONAS
uso diário
o Dormir com a lente diminui a oxigenação do olho e a
célula degrada, permitindo a entrada da bactéria o que
gera uma infecção.
⧫ Trauma: associado com organismos não usuais
⧫ Medicações oculares contaminadas
⧫ Doença da superfície ocular (olho seco)
⧫ Saúde geral baixa, imunossuppressão, desnutrição, uso de
drogas (crack)

PATOGÊNESE

⧫ Maioria das bacterias necessitam de defeito epitelial


o Bacterias tem diferentes mecanismos de adesão
▪ S. Aureus usa adhesins para fixar-se no
colágeno da membrana de Bowman and ⧫ Essa úlcera causada por pseudomonas tem como característica
estroma principal muco aderido.
▪ Pseudomonas usa pili and flagella para fixar o Última imagem está com a ulcera bem no eixo visual do
nos receptores de células epiteliais doentes, a paciente, o que pode deixar uma cicatriz que
partir de então gera elastases e proteases comprometerá a visão.
para invadir o estroma ⧫ Presente na natureza, ambiente hospitalar, frascos de
o Neisseria, Corynebacterium, Shigella and Listeria fluoresceína e cosméticos
podem infectar sem dano epitelial prévio. ⧫ Patógeno mais comum em usuários de lentes de contato.

APRESENTAÇÃO TRATAMENTO DE ÚLCERAS BACTERIANAS

⧫ Dor ⧫ Lâmina e culturas para descobrir o agente etiológico.


o A dor é causada pelo abscesso intracorneano ⧫ Antibióticos
⧫ Hiperemia conjuntival o Ulcera pequena ou grande com características
⧫ Fotofobia bacterianas deve usar: Fluorquinolonas 4 gerações-
⧫ Baixa visual Gram + (espectro amplo) e junto uma Fluorquinolona 2
gerações- Gram - negativo (pseudomonas)
▪ Se não melhorar com esses medicamentos,
fazer uma cultura e com o antibiograma se
prescreve os ATB forticiados.
o Antibióticos Fortificados: tem alta toxicidade.
▪ Tobramicina ou gentamicina (15 mg/ml) q 30-
60 min

12 Lahyse Oliveira 2021.1


▪ Cefalotina (50 mg/ml) (vancomycin 25 mg/ml MEDICAL THERAPY OF FUNGAL KERATITIS
alérgicos a penicilina ou organismos
⧫ Natamicina 5% colirio
resistentes q30-60
o Manipulado – caro, só tem em são Paulo
⧫ Para a for, utiliza-se a: Cicloplegia: atropina 1 % 12/12h se
o Penetração limitada Acanthamoeba
hipópio
⧫ Colírio que dilata a pupila.
ACANTHAMOEBA
⧫ Fluorquinolona oral se perfurado ou limbo acometido
⧫ ATB ou benzetacil nesse caso não adianta, o que adianta é ⧫ Protozoário
colírio. ⧫ Infiltrado anelar
⧫ O paciente em vez de utilizar o produto de limpeza da lente de
CERATITE FÚNGICA contato, ele utiliza agua da torneira.

CANDIDA FATORES DE RISCO:


⧫ Mais comum em climas temperados ⧫ Lentes de contato
⧫ Ocorre em olhos doentes e pacientes doentes (pós transplante ⧫ Água contaminada
etc) ⧫ Natação com lentes
⧫ Aspecto não específico
SINTOMAS

⧫ Dor é o maior sinal


⧫ Precoce dendrito, tardio infiltrado em anel
o Dendrito é uma lesão típica de herpes, mas no caso de
herpes, com tratamento isso melhora. Se não melhorar
é um acanthamoeba.

MEDICAL THERAPY OF FUNGAL KERATITIS

⧫ Amphotericina (0.15%)
o Efetivo com Candida e aspergillus

FILAMENTOSO(SEPTADO)

⧫ Mais comum zona rural e clima quente


o Comum pos trauma com madeira.
⧫ Aspergillus (Mais comum do mundo)
⧫ Fusarium
⧫ Após trauma – After trauma
⧫ Lesão satélite ⧫ O paciente pode evoluir muito mal, com complicações:
⧫ Defeito epitelial menor que o infiltrado perfusão de olho, necessidade transplante, glaucoma, perta de
visão.

TRATAMENTO

⧫ Rx: brolene (só tem no exterior), neomycin,


baquacil/chlorhexidine, +/- intraconazol oral
⧫ Prognostico melhor se diagnóstico e tratamento precoce

HERPES

⧫ Lesão dendritiforme
⧫ 95% da população tem sorologia positiva para herpes.
⧫ O herpes fica adormecido no gânglio, se o sistema imunológico
cai, ele pode eclodir.

13 Lahyse Oliveira 2021.1


⧫ Toda vez que o herpes vez, ele causa cicatrização o que causa ABUSO DE COLÍRIOS ANESTÉSICOS!
astigmatismo irregular e baixa a visão do paciente.
⧫ O abuso de colírios anestésicos pode causar uma necrose
⧫ Herpes epitelial:
progressiva da córnea, sendo necessário talvez até um
transplante de córnea de urgência com chance de falência
enorme.
⧫ Não deve ser prescrevido!

⧫ Herpes na região posterior da córnea:

TRATAMENTO

⧫ Aciclovir 5% pomada (Zovirax)


⧫ Antibióticoprofilaxia – impedir infecções concomitantes porque
CERATOCONE
o epitélio está aberto.
⧫ Aciclovir/ Valaciclovir/ Famciclovir sistêmico ⧫ É a cornea com aspecto cônico, o que causa uma deformicdade
na curvatura da córnea → astigmatismo irregular.
CERATITE LUZ ULTRAVIOLETA(UV ) o O astigmatismo irregular não corrige com óculos.

⧫ Pessoas trabalham com fonte exposição Luz uv


o Solda
o Contando dinheiro

SINTOMAS

⧫ Desconforto após 3-4h que deixam o trabalho


⧫ Sensação de corpo estranho/ areia nos olhos
⧫ Não conseguem deixar os dois olhos aberto
TEORIA DO MICROTRAUMA CONTÍNUO
⧫ Hiperemia discreta
⧫ Quando pintamos uma gota de colírio fluorescente e coloca-se ⧫ Coceira nos olhos: pessoas que coçam o olho tem uma maior
uma luz azul cobalto, parece essa córnea toda salpicada, facilidade de desenvolver ou de progredir o ceratocone.
indicando que o epitélio superficial todo degradou. o Estabilizador de mastócito (colírios antialérgicos):
▪ Patanol S( Olopatadina )
▪ Lastacaft( Alcaftadina)
▪ Octifen( Cetotifeno)
o Tacrolimus: acrescentado após 60 dias de uso de colírio
antialérgico com permanência da coceira. Esse
medicamento é um imunomodulador.
o Esteróides: se ainda o paciente sente coceira, de vez em
quando se utiliza uma vez ou duas na semana pingar
uma gota.
TRATAMENTO

⧫ Pomada oftalmológica com antibiótico e sem esteroides ESTRIAS DE VOGT E ANEL DE FLEISHER
o O corticoide diminui a velocidade de cicatrização do
paciente, por isso não deve ser prescrevido.
o Tobramicina pomada, regencel pomada.
⧫ Lubrificantes -
⧫ Anestésico somente para examinar
o Uso abusivo pode causar dano permanente a córnea

14 Lahyse Oliveira 2021.1


⧫ Em vez do astigmatismo tem um 8 igual, ele tem um 8 com uma
barriga maior em baixo, tornando-se irregurar o que deteriora
a visão do paciente.

HIDROPSIA

⧫ A coceira pode levar eventualmente ao surgimento da


hidropsia: coceira tão forte que quebrou a camada mais interna
da córnea, e o líquido interno invade a córnea ficando com o
aspecto esbranquiçado.
⧫ É necessária uma intervenção rápida e muitos desses pacientes
⧫ Observa-se as estrias verticais em ceratocones mais avançados necessitarão de transplante de cornea.
(de vogt) ⧫ Não se pode coçar o olho!
⧫ No seu reflexo vermelho, é possível observar a imagem em gota
de óleo, principalmente com a pupila dilatada
⧫ Uma linha esverdeada de ferro chamado de anel de fleisher que
está localizado na superfície da córnea, especificamente no
epitélio.
o Não deve ser confundido com o anel de kayser-
Fleuischer, que é uma doença em que há distúrbio do
metabolismo do cobre no fígado, ocasionando no
deposito do cobre na córnea na porção mais posterior.
Isso ocorre na doença de Wilson.

EXAMES

⧫ Além da topografia, existem as tomografias de cornea que


traçam uma esfera ideal (esfera melhor do olho) no olho e
compare-se com o que passo dessa esfera. Isso chamada
CROSS -LINKING
atenção para o diagnóstico em uma fase mais inicial.
⧫ Quando se percebe um paciente com aspecto de ceratocone
que está piorando, mas a visão é boa ou esse paciente é jovem,
existe a possibilidade de fazer o procedimento cross linking.
⧫ Esse procedimento endurece a córnea do paciente e impedir
que haja progressão do ceratocone.

ASTIGMATISMO IRREGULAR
IMPLANTE DE ANEL

⧫ Alguns pacientes precisam de uma lente de contato rígida para


melhorar a visão desses pacientes tem ceratocone. Contudo,
quando eles não conseguem fazer isso, existe a possibilidade de
implante de anel que serve para tentar remoldar essa córnea e
tentar passar um óculo que melhora visão desse paciente.
⧫ Não da a visão de alta definição que nem a lente de contato
rígida.
⧫ Procedimento:

15 Lahyse Oliveira 2021.1


1. Uma gota de colírio anestésico
2. Marcar o eixo visual do paciente com o compasso
transferidor
3. Lazer de fenti segundo (o mesmo do lasik) de apenas um
tunil de 360°
4. Incisão vertical onde será inserido um anel.
5. Colocar o paciente no microscópio e posicionar o anel no
meio da córnea do paciente
6. Colocar uma lente contato e permanecer com ela durante
24 horas.

TRANSPLANTE DE CORNE A

⧫ 5% dos pacientes vão precisar de transplante de córnea.


⧫ DALK: há o transplante somente das camadas mais superficiais
da córnea, ou seja, 98%.
⧫ Procedimento:
1. Injeção de ar no meio do estroma da córnea para separar
as membranas mais posteriores (endotélio e membrana
gliceme)
2. Recorte do estroma.
3. Retira a camada interna do olho e sutura geralmente com
16 pontos.

16 Lahyse Oliveira 2021.1


Fundoscopia Para
Estudante de Medicina
REVISÃO DE ANATOMIA MÁCULA

RETINA ⧫ A fóvea é a região de alta definição do paciente por ser o local


que apresenta mais fotorreceptores.
⧫ A retina é divida em: o Nesse local, estão os vasos que nutre a parte mais
o Temporal: do lado da orelha superficial da retina, enquanto a parte mais profunda
o Nasal: junto do nariz vem por difusão dos vasos da coroide.
⧫ Na região central, entre as arcadas está a região da macula e em o Na fóvea, a nutrição vem toda por difusão – por isso
seu meio está a fóvea (região de alta definição- 280mpx); quando a retina descola, deve ser resolvido
⧫ Arcadas vasculares: arcada nasal superior, arcada nasal inferior, rapidamente para que as células que nutrem a fóvea
arcada temporal inferior e arcada temporal superior. não comecem a morrer.

NERVO OPTICO

⧫ Ao analisar um nervo óptico, ele deve ter um buraco no meio


chamado de escavação papilar e a borda é a rima neural
(axônios das células ganglionares da retina).
INDICAÇÕES DO EXAME
o Se a escavação papilar aumentar de tamanho, indica
que a rima neural está diminuindo, logo essas células ⧫ Deve ser rotina no exame oftalmológico ambulatorial
ganglionares estão morrendo → glaucoma ⧫ Baixa visual a esclarecer
⧫ Relação escavação/disco vertical: Se o traço na vertical equivale ⧫ suspeita de hipertensão intra-craniana
a 1.0 e essa escavação no diâmetro vertical equivale a 0,6 desse ⧫ Vasculopatias (hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus,
nervo óptico. etc.
o Nervo optico maior → maior escavação
o Geralmente além da escavação vertical, se analisa a TIPOS DE EXAME
horizontal também.
o A primeira escavação que se altera no paciente com OFTALMOSCOPIA INDIRETA
glaucoma é o diâmetro vertical.
⧫ Essa é feito no consultório pelo oftalmologista
⧫ Imagem invertida

17 Lahyse Oliveira 2021.1


OFTALMOSCOPIA DIRETA

⧫ O exame normal deve avaliar:


⧫ Nervo óptico
o contorno / rima
o cor (roseoalaranjado)
o emergência dos vasos
o escavação papilar (região pálida central)
o descrição exemplo: nervo optico corado, bordos
regulares, escavação papilar 0,5 no diâmetro vertical.
▪ O ideal é tirar uma foto do nervo para
comparar. GLAUCOMA
⧫ vasos
o Relação Arterio-venosa: a artéria deve ser 2/3 da veia ⧫ Se o nervo óptico equivale a 1.0, essa escavação equivale a 0,8,
correspondente na mesma distancia. logo essa escavação está grande → grande chance de ser
o calibre e contorno glaucoma.
o cruzamento arterio-venosos ⧫ Ausência de rima neural e escavação enorme → glaucoma em
o cor artéria – vermelho vivo altas chance.
o veias - roxo mácula ⧫ O paciente deve ser encaminhado para fazer check up de
⧫ macula e retina glaucoma.
o olhar na luz filtro red-free
o coloração
o depressão foveal
o zona avascular

VASOS

RETINOPATIA HIPERTENSIVA

⧫ Nesses casos ocorre o estreitamento arteriolar, sendo o


PRINCIPAIS PATOLOGIAS primeiro achado de retinopatia hipertensiva.
o Quando o sangue chega nesse local, ele turbilhona, o
NERVO OPTICO que aumenta a chance de fazer um evento
tromboembólico. Além disso, isso facilita o
EDEMA surgimento de uma arteriosclerose no paciente.
o A arteriosclerose pode aumentar o reflexo, virar um
⧫ Ausência de bordos nítidos, estão irregulares devido ao edema fio de cobre e depois um fio de prata, indicando que
de nervo óptico. a retinapatia está ficando cada vez mais grave.
o Se esse edema for de um olho, pode ser uma neurite o Outra complicação possível são as compressões
o Se for edema nos dois olhos, fala a favor de um arterio-venosas, os chamados cruzamentos av
papiloedema, decorrente do aumento da pressão patológicos.
intracraniana.
▪ Após um acidente, e paciente com
papiloedema, esse paciente deve ter uma
hemorragia subaracnóidea.

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CLASSIFICAÇÃO DE KEITH WAGENER-BARCKER:
o Grau 1: estreitamento e alteração do reflexo
arteriolar.

⧫ Fundo de olho:
o Grau 2: aumento do reflexo e estreitamento,
o Manchas brancas → exsudatos algodonosos → áreas
cruzamento av patológico (sinal de sallus)
de infartos da retina.
o Grau 3: arteríola em fio de cobre, cruzamento av
o Presença de hemorragias.
patológicos, sinal de gunn, sinal de bonnet,
o Mancha branca no meio do vaso → deposição de
hemorrafias retinianas e exsudatos algodonosos.
material hialino na camada média do vaso → artéria
em fio de cobre
o O vaso esbranquiçado sem fluxo sanguíneo → vaso
em fio de prata.
⧫ Esse paciente está em crise hipertensiva alta.

o Grau 4: artéria em fio de prata, papiledema (isquemia


do nervo).
▪ o dd de papiloedema é retinopatia
hipertensiva grau 4.

⧫ Machas em amarelo brilhante → exsudatos duros: o vaso não


consegue segurar os sais e as proteínas, causando
extravasamento que se deposita na retina do paciente.

CRUZAMENTO AV PATOLÓGICOS
⧫ A arteríola e vênula compartilham a adventícia onde existe o
cruzamento av. Esses são os três cruzamentos av patológicos:
o Sinal de Gunn: Apagamento da vênula → isso indica
que essas duas estruturas estão comprimindo uma a
outra.
o Sinal de Sallus: Deflexão da vênula → ponto de
compressão que forma ângulo de 90°.
o Sinal de Bonnet: Dilação da vênula → sangue
represado no cruzamento criando uma dilatação
antes do cruzamento.

RETINOPATIA DIABÉTICA:

⧫ 20-65 anos → maior causa de cegueira irreversível


⧫ Fatores de risco:
o Tempo de doença ( mais importante)
o 25 anos → 80% Rb
o Controle glicêmico
o Raça (negros> brancos > japonês)
o Sexo DMI – homem

19 Lahyse Oliveira 2021.1


o Gravidez
o HAs tabagismo (agrava)
⧫ Há presença de hemorragias, exsudatos, microaneurismas.
⧫ Duas formas: não proliferativa e proliferativa.
⧫ Os neovasos podem romper e causar hemorragias no olho do
paciente.

DESCOLAMENTO DE RETINA

Casos clínicos

Pc de 20anos de idade, sexo feminino, queixa de baixa visual em olho


direito cefaleia e dores a movimentação ocular acuidade visual olho
direito bastante diminuída fundo de olho

Suspeita: edema → neurite (mais comum em mulheres)

Pc de 20anos de idade, sexo feminino, queixa de baixa visual súbita


em olho direito acuidade visual olho direito bastante diminuída
fundo de olho

MACULA E RETINA

CICATRIZES MACULARES

⧫ No nosso meio, a causa mais comum é a toxoplasmose ocular.


O diagnóstico é feito pela clinica e sorologia.
Suspeita: descolamento de retina

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⧫ No desenho observamos a degeneração periférica da retina e
quando o vítreo se solta, o liquido entra por esses buracos,
causado o descolamento da retina. Essa degeneração é
chamada de lexys.
⧫ USG: membrana de alta mobilidade.

Pc de 60anos de idade, sexo feminino, vem para exame de rotina sem


queixas acuidade visual preservada em ambos os olhos fundo de
olho

Suspeita: oclusão de uma artéria, perda do campo visual → risco de


AVC (4 hras para tratar)

Pc de 60anos de idade, sexo masculino, baixa visual e perda de


campo visual superior em olho direito hipertenso, diabético,
dislipidêmico acuidade visual bastante diminuida em olho direito
fundo de olho
Suspeit: escavação aumentada →suspeita de glaucoma

Casos clínicos pc de 60anos de idade, sexo feminino, vem para exame


de rotina sem queixas / diabético, hipertenso acuidade visual
preservada em ambos os olhos fundo de olho

Suspeita: hemorragias intraretinianas → cruzamento av patologico

Pc de 60anos de idade, sexo masculino, exame de rotina, sem


queixas hipertenso, diabético, dislipidêmico acuidade visual
preservada fundo de olho
Suspeita: retinopatia diabética ploriferativa

Pc de 60anos de idade, sexo masculino, vem para exame de rotina


sem queixas hipertenso, diabético, dislipidêmico acuidade visual
preservada em ambos os olhos fundo de olho

Suspeita: neovasos

Pc de 60anos de idade, sexo feminino, baixa visual em olho direito


há 3 meses história de mastectomia + quimioterapia + radioterapia
há 18 meses acuidade visual muito diminuída fundo de olho
Suspeita:placa de ateroma . necessita de um doppler de carótida
pois ele pode ter um avc.

Pc de 60anos de idade, sexo masculino, perda de campo visual


superior em olho direito hipertenso, diabético, dislipidêmico,
acuidade visual preservada em ambos os olhos fundo de olho

Suspeita: metástase da coroide do paciente → tumor solido na


retina

21 Lahyse Oliveira 2021.1


Rn prematuro, sexo feminino, hidrocefalia, microftalmia pediatra
solicita avalição do fundo de olho fundo de olho

Suspeita: toxoplasmose congenita

Pc de 40 anos, sexo feminino, baixa visual em olho direito tratamento


de tuberculose há 6meses fundo de olho

Suspeita: tuberculose miliar

22 Lahyse Oliveira 2021.1

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