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Direito Trib UND 2
Direito Trib UND 2
Unidade II
5 Impostos em Espécie
Vamos passar agora à análise dos impostos municipais. Você já pensou em quais são as espécies de
impostos municipais? Que tal conhecê‑los?
Competência – art. 32, CTN: o imposto de competência privativa dos municípios e do Distrito
Federal encerra duas situações tributárias: o terreno e a construção. Por isso, é chamado de imposto
sobre a propriedade predial e territorial urbana:
§ 1º: Para efeito deste imposto entende-se como zona urbana a definida em lei
municipal, observando o requisito mínimo da existência de melhoramentos
indicados em pelo menos dois dos incisos seguintes, constituído ou mantidos
pelo Poder Público:
Em síntese, hoje o critério de localização do imóvel é a regra. O imóvel deve ser considerado
urbano ou rural, conforme esteja situado na zona urbana ou fora dela (observando os requisitos
descritos anteriomente). Excepcionalmente, um imóvel situado na zona urbana deve ser
classificado para fins tributários como imóvel rural em face de sua destinação (por exemplo:
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Unidade II
terras utilizadas para exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial – aqui
incide ITR e não IPTU).
Legislação – art. 156, I, CF, arts. 32 e seguintes do CTN e leis municipais que o instituam.
Sujeito passivo – art. 34, CTN: é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil (enfiteuse),
ou seu possuidor a qualquer título (usucapião). Podendo ser tanto pessoa física como pessoa jurídica,
desde que realize o fato gerador.
Fator Gerador – art. 32, § 2º, CTN: a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por
natureza (benfeitorias oferecidas ao longo do tempo pela natureza. Por exemplo: árvores e frutos) ou por
acessão física (piscina, churrasqueira), como definida na lei civil localizada na zona urbana do município.
Base de Cálculo – art. 33, CTN: é o valor venal do imóvel. Segundo Machado (2002, p. 38), valor
venal “é aquele que o bem alcançaria se fosse posto à venda, em condições normais. O preço, nesse
caso, deve ser o correspondente a uma venda à vista, vale dizer, sem incluir qualquer encargo relativo
a financiamento”.
Compete à autoridade administrativa apurar o valor venal dos imóveis para fins de apurar o imposto
devido, assegurando ao contribuinte o direito de avaliação contraditória (Art. 148, CTN).
O valor venal é apurado de acordo com normas técnicas de avaliação, aprovadas pela Lei nº
10.235/1986 e pela Lei nº 15.044/2009 – referentes ao município de São Paulo.
b) o preço do metro quadrado relativo a cada face do quarteirão, à forma e à área real ou corrigida
na avaliação do terreno [...] o valor venal do prédio é constituído pela soma do terreno ou parte
ideal deste, com o valor da construção e dependências, obedecidas as normas para a competente
inscrição14.
Quanto ao aspecto temporal, o fato gerador do IPTU é o periódico, verificando-se a cada 1 de janeiro
do ano correspondente.
Alíquota
Irá variar de município para município, normalmente as alíquotas poderão progredir de acordo com
a localização do imóvel, uso ou em face do valor do imóvel.
14
Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/8812/a-aplicacao-de-aliquotas-progressivas-no-iptu. >. Acesso
em: 6 dez. 2011.
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Direito Tributário
Os impostos só podem ser majorados por meio de Lei Ordinária proveniente do Poder Legislativo.
Contudo, a atualização do valor venal não é considerada como aumento de imposto, podendo ser
procedida por decreto expedido pelo chefe do Poder Executivo.
Lembrete
Para tanto, a alteração do valor venal deve ser apenas atualização dos
valores de acordo com a inflação monetária.
Saiba mais
Competência e legislação
[...]
III. serviço de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos
em Lei Complementar (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993).
Lei Complementar nº 116/2003 – lista com todos os serviços sobre os quais incide ISS.
Sujeito passivo
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Unidade II
Observação
Fato gerador
É a prestação por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços
constantes da lista anexada à Lei Complementar nº 116/2003, que enumera, aproximadamente, 230
serviços, divididos em 40 itens.
A lista mencionada anterirmente é taxativa, ou seja, cita todos os tipos de serviço sujeitos a ISS.
Observação
Base de cálculo
A base de cálculo do ISS é o preço do serviço, como tal considerada a receita bruta a ele
correspondente, excetuando-se as deduções previstas em legislação pertinente. Vale destacar que
se considera ‘preço’ tudo que for cobrado em virtude da prestação do serviço. Na falta de preço,
a base de cálculo será apurada observando o valor cobrado dos usuários ou dos contratantes de
serviços similares.
Alíquota
Os municípios gozam de autonomia para fixar as alíquotas sobre os serviços, devendo respeitar a
alíquota máxima de 5% (art. 8º, LC) e a alíquota mínima de 2% (art. 88, ADCT).
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Direito Tributário
A tributação fixa refere-se a um único valor pago periodicamente pelos profissionais liberais, que
executam serviços profissionais (forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte).
Sendo o imposto fixo, é impróprio falar em alíquota e base de cálculo, pois não há o que se calcular.
Assim, o imposto será fixo, podendo ser diverso em razão da natureza do serviço ou outros fatores
pertinentes.
Tratando-se de sociedade de profissionais liberais, deve-se multiplicar o imposto fixo pelo número
de profissionais liberais que compõem a sociedade.
A tributação proporcional ad valorem, por sua vez, está adstrita à aplicação de uma alíquota sobre
o valor dos serviços prestados (tratando de serviços prestados por empresas).
Segundo o art. 4º, da LC nº 116/2003: local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar
serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica profissional.
O art. 3º, da LC nº 116/2003, elenca diversas exceções nas quais o ISS será recolhido para o município
em que for efetivamente prestado o serviço. Exemplos: instalação de andaimes, palcos, execução de
obra, demolições, edificações em geral etc.:
15
Disponível em: <http://www.investesaocaetano.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=35&Ite
mid=65>. Acesso em: 10 mai. 2012.
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Unidade II
X – (Vetado)
XI – (Vetado)
16
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm>. Acesso em: 10 mai. 2012.
17
Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/servicos/iss/index.php?p=5845>. Acesso
em: 6 dez. 2011.
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Unidade II
Não. A isenção de pagamento do ISS prevista na Lei nº 14.864/2008 não se aplica aos
delegatários de serviço público.
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Direito Tributário
O tomador do serviço fica obrigado à retenção na fonte e recolhimento do ISS, caso não
seja fornecido o número da inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM) do
profissional liberal ou autônomo.
10) Como ficam os débitos do ISS relativos aos exercícios anteriores a 2009?
A isenção de que trata a Lei nº 14.864/2008 não alcança os débitos do ISS anteriores a
2009, ou seja, os débitos devem ser quitados na forma do regulamento.
Fato gerador
O fato gerador desse imposto está definido no artigo 35 do CTN, bem como no art. 156, II, da CF, nos
seguintes termos:
[...]
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Unidade II
Há que ser oneroso o ato de transmissão do bem imóvel para que seja devido o ITBI.
Alguns municípios, por meio das suas leis ordinárias, previram outras hipóteses de incidência,
como promessa de compra e venda (isso não caracteriza a transmissão de bem imóvel; portanto, não é
constitucional).
Também se deve ter em mente os artigos 36 e 37, do CTN, que descrevem situações que não podem
ser tributadas pelo ITBI, uma vez que não caracterizam transmissão de bem imóvel. Exemplo: quando
ocorre mudança do tipo societário (fusão, cisão etc.), não há transferência de bem imóvel. Também não
pode ser tributada a venda de participações societárias.
Sujeito ativo
Tem competência tributária para instituir o ITBI, o município da situação dos bens imóveis
e diretos a eles relativos, os quais serão transmitidos de forma onerosa. Por exemplo, se João
comprar um imóvel em Passo Fundo/RS, poderá fazer a escritura de compra e venda do imóvel em
São Paulo, mas deverá registrar esse imóvel em Passo Fundo e recolher o imposto a este município
(Art. 156, § 2º, II, CF).
Sujeito passivo
O art. 42 do CTN deixou a critério de cada entidade política a eleição do contribuinte, que poderá ser
qualquer uma das partes na operação tributada.
Em São Paulo, temos a Lei nº 11.154, de 30 de dezembro de 1991, a qual considera como contribuinte
do imposto o adquirente em relação à transmissão de bens ou direitos, e o cedente, em relação à
cessão de direitos decorrentes de compromissos de compra e venda. A maioria dos municípios seguiu a
mesma orientação.
Base do cálculo
Segundo o art. 38 do CTN, a base de cálculo desse imposto é o valor venal dos bens ou
direitos transmitidos. O art. 7º da nossa lei municipal dispõe no mesmo sentido. Entretanto,
o art. 8º da lei impõe a observância de um valor piso, representado pelo valor venal do imóvel
para efeito de lançamento do IPTU, atualizado desde 01 de janeiro até a data do instrumento de
transmissão ou cessão.
Isso significa que, quando o contribuinte for registrar a escritura de compra e venda no
Registro Público de Imóveis, deverá declarar o valor de transmissão para o tabelião, e esse valor
nunca poderá ser inferior ao valor venal considerado pelo município para fins de IPTU. Porque,
afinal, é sobre o valor da transmissão do bem que recai a alíquota para cálculo do ITBI.
80
Direito Tributário
Alíquota18
Cabe ao município determinar a(s) alíquota(s) para fins de cálculo do ITBI. Em São Paulo, as alíquotas
são de 0,5%, no caso de uso de financiamento SFH, e 2% como regra.
Pela doutrina dominante, a transmissão pressupõe uma vinculação decorrente da vontade ou da lei
entre o titular anterior (promitente) e o novo titular (adquirente). No usucapião não há transmissão,
porque não há um alienante voluntário. Inexiste vínculo entre aquele que perde a propriedade e o que o
adquire. Daí a originalidade da aquisição, isto é, o direito do usucapiente não se funda no título anterior.
Por isso, o STF considera inconstitucionais as leis que exigem o imposto nas aquisições por usucapião.
ITCMD
Competência
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o ITCMD, conforme art. 155, I, CF. O imposto que
recai sobre heranças e doações é de competência estadual.
a) Relativamente a imóveis e direitos a eles inerentes, o imposto pertence aos estados onde os
imóveis estiverem localizados.
b) Relativamente aos móveis, títulos e créditos, o imposto pertence ao estado onde se processar o
inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador.
Observação
Se o doador tivesse domicílio no exterior, ou se o inventário for
processado no exterior, cabe à Lei Complementar regulamentar.
18
Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/1400/imposto-sobre-transmissao-de-bens-imoveis-itbi>.
Acesso em: 10 mai. 2012.
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Unidade II
• Bens móveis, títulos e créditos: pertence ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento,
ou tiver domicílio o doador.
Vamos exemplificar? José faleceu no Rio de Janeiro e seu inventário foi feito em Minas Gerais. Ele
possuia um apartamento em São Paulo e um automóvel no Rio Grande do Sul. Como ficará o ITCMD
recolhido quanto ao carro e ao imóvel? Recolhe-se o ITCMD para São Paulo quanto ao imóvel e, para
Minas Gerais, quanto ao carro.
Lembrete
O momento do fato gerador se dá no registro da escritura de transmissão,
no caso dos imóveis.
Fato gerador
Esse imposto tem incidência sobre transmissão de bens móveis e imóveis, e também sobre transmissão
de direitos, a título não oneroso.
Nota: no caso de aparecimento do ausente, fica assegurada a restituição do imposto recolhido pela
sucessão provisória.
b) Por doação
A doação também opera transmissão da propriedade de bens, sejam móveis ou imóveis. Tratando-se
dos últimos, a escritura de doação deverá ser registrada no Registro de Imóveis (antes deste se recolhe
o ITCMD).
No tocante à vigência e aplicação das normas relativas ao ITCMD, são aplicadas as seguintes regras:
• para fins de tributação, será aplicável a lei vigente à época do fato gerador;
• no ato do arrolamento de bens, posterior formal de partilha, e também na escritura pública de
doação, os herdeiros ou os doadores deverão se dirigir à Agência de Rendas do Estado Competente,
requerer a emissão da Guia de recolhimento do ITCMD19.
19
Disponível em: <http://www.idtl.com.br/artigos/176.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2011.
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Direito Tributário
Contribuinte do ITCMD
Na ausência de disposição constitucional a respeito, o legislador estadual tem liberdade para definir
o contribuinte desse imposto. Em relação à herança, o contribuinte é logicamente os herdeiros ou
legatários. Mas tratando-se de doação, poderá ser qualquer uma das partes:
• na doação: o donatário.
Se o donatário não pagar o imposto, poderá ser responsável o doador pelo tributo devido20.
Regras gerais
A base de cálculo do ITCMD é o valor venal do bem ou direito transmitido, expresso em moeda
nacional. Com efeito, considera-se valor venal o valor de mercado do bem ou direito na data da
abertura da sucessão ou da realização do ato ou contrato de doação. Compete ao fisco a verificação
da verdade.
No que tange ao bem móvel, a base de cálculo do ITCMD é o valor corrente de mercado do bem,
título, crédito ou direito, na data da transmissão ou do ato translativo.
Caso não haja valor correspondente no mercado, o fisco admite o que for declarado pelo
interessado, hipótese em que tal valor fica sujeito à revisão do lançamento pela autoridade
competente.
Não são dedutíveis na base de cálculo do ITCMD as dívidas do espólio, bem como as despesas para
efetivar a transmissão dos bens e direitos. Ou seja, da herança – apuram-se os valores dos bens e dessa
base de cálculo se aplica a alíquota cabível. Lógico que se deve observar se há possibilidade de alguma
isenção.
20
Disponível em: <http://www.xuletas.es/fichá/obrigacao-tributaria>. Acesso em: 10 mai. 2012.
83
Unidade II
Faço saber que o Senado Federal aprovou, nos termos do inciso IV, do § 1º,
do artigo 155 da Constituição, e eu, Mauro Benevides, presidente, promulgo
a seguinte Resolução:
Art. 1º: A alíquota máxima do Imposto de que trata a alínea “a”, inciso I, do
art. 155 da Constituição Federal será de oito por cento, a partir de 1º de
janeiro de 1992.
Art. 2º: As alíquotas dos Impostos, fixadas em lei estadual, poderão ser
progressivas em função do quinhão que cada herdeiro efetivamente receber,
nos termos da Constituição Federal.
A alíquota pode ser progressiva, mas deve ter como teto a alíquota máxima fixada pelo Senado. É
uma forma de realizar o princípio da capacidade contributiva.
E mais, deverá levar em conta o valor do quinhão, do legado ou dos bens transmitidos, pois a
capacidade contributiva a ser considerada é a daqueles a quem se destinam os bens, e não a do autor
da herança ou doador.
Observação
Saiba mais
No link a seguir, acesse mais informações a respeito do ITCMD.
<http://pfe.fazenda.sp.gov.br/itcmd.shtm>
ICMS
Legislação – art. 155, II, CF, § 2o, XII – este inciso aborda diversas situações que deverão ser tratadas
por Lei Complementar – LC 87/96 e LC 114/2002.
84
Direito Tributário
Estados e Distrito Federal poderão regulamentar o ICMS, respeitando os limites já disciplinados pela
Constituição Federal.
Sujeito passivo
Segundo o art. 4o, da LC 87/96 – contribuinte seria qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize com
habitualidade ou em volume, que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria
ou prestação de serviço de transporte ou de comunicação, ainda que as operações e prestações de
serviço iniciem no exterior.
A LC 114/2002, porém, incluiu também pessoas que, mesmo sem habitualidade, importem
mercadorias; sejam destinatárias de serviços prestados no exterior; adquiram produtos em licitação; e
adquiram lubrificantes ou combustíveis para consumo:
Fato gerador
A LC 87/96, em seu art. 2o, aborda as hipóteses de incidência. O fato gerador pode constituir:
22
Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2154491/nova-sumula-432-do-stj-dispoe-que-as-
empresas-de-construcao-civil-nao-estao-obrigadas-a-pagar-icms-sobre-insumos-adquiridos-em-operacoes-interest‑
aduais>. Acesso em: 7 mai. 2012.
85
Unidade II
d) A entrada de mercadoria ou bens importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto (LC 114/2002).
[...]
[...]
Base de cálculo
86
Direito Tributário
Alíquotas
A fixação das alíquotas de ICMS nessas operações compete ao Senado Federal, que deverá promovê-
la por meio de Resolução, aprovada por maioria absoluta.
Operações internas: são aquelas em que o vendedor e o comprador encontram-se no mesmo estado.
Nestas, o Senado Federal apenas irá fixar alíquotas mínimas e máximas, com intuito de evitar a guerra fiscal.
Alíquotas internas: utilizadas nas operações internas, isto é, naquelas operações em que o vendedor
e o adquirente da mercadoria encontram-se situados no mesmo estado23.
Nas operações interestaduais em que o comprador não seja contribuinte do ICMS, a operação será
tributada completamente no estado do vendedor.
Quando a operação ocorre entre estados, e tanto o vendedor quanto o comprador são contribuintes
do ICMS, a receita será repartida.
Nas operações interestaduais, as alíquotas serão de 7% ou 12%, de acordo com o estado de origem
(onde se localiza o vendedor) e o estado de destino (onde se situa o comprador).
As alíquotas para os estados do sul e sudeste são de 12%. Para os estados do norte, nordeste, centro-
oeste e Espírito Santo, a alíquota será de 7%.
Vale lembrar que o critério que define a aplicação da alíquota não é o estado de origem, mas o
estado do destino.
As alíquotas interestaduais foram estabelecidas com o objetivo de privilegiar as regiões com menor
desenvolvimento econômico.
23
Disponível em: <http://www.pontodosconcursos.com.br/admin/imagens/upload/4245_D.pdf>. Acesso em: 7 dez.
2011.
87
Unidade II
Exemplos de aplicação
1. a) Se o destinatário da mercadoria não for contribuinte, e sim uma pessoa física, o imposto caberá
integralmente ao estado de origem da operação, devendo ser calculado pela alíquota interna. Exemplo:
uma loja de Campinas/SP vende um eletrodoméstico no valor de R$ 1.000,00 para uma pessoa física de
Guaxupé/MG. Quanto o vendedor deverá recolher de ICMS, sabendo que a alíquota interna do estado
de São Paulo é de 18%?
2º) Cobra-se o imposto no estado de destino pela diferença entre alíquota interna e alíquota
interestadual. Exemplo: um estabelecimento atacadista na cidade de Campinas vende um lote de
aparelhos eletrodomésticos por R$ 100.000,00 a um estabelecimento varejista da cidade de Guaxupé-
MG. Calcule o ICMS, sabendo que as alíquotas dos impostos são:
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
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Outro exemplo
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Direito Tributário
• Operação interestadual.
• ICMS no estado do vendedor – R$ 120.000,00.
• Revenda por R$ 1.000.000,00 (hipótese sem lucro).
• ICMS, alíquota interna 18%.
• ICMS no estado do comprador R$ 180.000,00 – 120.000,00 (que já foi pago no RS).
Respostas
Explicação: o ICMS será pago pela alíquota interna do estado de origem, nesse caso São Paulo.
b) Para o estado de origem, São Paulo, paga-se o imposto na alíquota de 12%, interestadual, e para
Minas Gerais recolhe-se a diferença da alíquota interna para a interestadual, ou seja, 17% - 12% = 5%.
Vejamos:
O ICMS é um imposto que incide nas diversas etapas da circulação da mercadoria, sendo não
cumulativo. Com isso, em cada etapa de sua circulação, é permitido abater-se o imposto pago nas
etapas anteriores.
Será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação
de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas etapas anteriores pelo mesmo
estado ou outro estado ou DF.
89
Unidade II
[...]
A receita do IPVA é partilhada entre o estado (50%) e o município (50%) onde o veículo é licenciado
e destina-se ao financiamento de serviços básicos à população (saúde, educação, transporte, segurança,
habitação etc.).
Sujeito passivo
Fato gerador
O fato gerador do IPVA é a propriedade do veículo automotor. O imposto incide sobre a propriedade
de veículos automotores de qualquer espécie, devendo ser pago anualmente pelo proprietário ou
responsável.
Base de cálculo
A Sefaz – Secretaria da Fazenda Pública Estadual deve apresentar até 31 de outubro do exercício
anterior ao da cobrança do imposto uma tabela com os valores dos veículos automotores, estabelecendo
modelo, marca e ano de fabricacão e correspondente valor do veículo, isto se tratando de veículo
usado. Estes valores servirão de base de cálculo para o imposto que é lançado todo dia 1º de janeiro
de cada ano.
Veículo novo
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Direito Tributário
Veículo usado
• O valor médio de mercado divulgado em tabela elaborada pela Sefaz, observando-se, no mínimo,
a marca, o modelo, a espécie e o ano de fabricação.
Alíquotas
O Senado Federal, por meio de resolução, trará as alíquotas mínimas cobradas pelos estados, que o
farão mediante lei ordinária estadual; nesse caso, não há alíquotas máximas.
O IPVA poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e da utilização do veículo, como no
caso dos utilitários e dos carros de passeio no estado de São Paulo (nesse caso, entende-se que a função
da progressividade é extrafiscal, assumindo função regulatória).
Quanto aos veículos das pessoas jurídicas de Direito Público, dos templos e das instituições de
educação e assistência social, não há que se falar em isenção, mas sim em imunidade.
A tabela deve ser publicada até o dia 31 de dezembro do exercício anterior ao da cobrança do
imposto.
a) ônibus e micro-ônibus;
91
Unidade II
III. 3% (três por cento) para veículos que utilizarem motor especificado
para funcionar, exclusivamente, com os seguintes combustíveis: álcool, gás
natural veicular ou eletricidade, ainda que combinados entre si;
IV. 4% (quatro por cento) para qualquer veículo automotor não incluído
nos incisos I a III deste artigo (Lei nº 13.296, de 23 de dezembro de
2008)24.
Lembrete
É importante atentar-se que as alíquotas podem variar de estado
para estado e, ainda que as leis que prevêm tais exações, também prevêm
isenções fiscais. Verifique a lei de seu estado!
Saiba mais
24
Disponível em: <http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll/legislacao_tributaria/leis/lei13296.htm?f=templates&fn=
default.htm&vid=sefaz_tributaria:vtribut>. Acesso em: 11 mai. 2012
92
Direito Tributário
[...]
[...]
Fato gerador
Sujeito passivo
É a pessoa física ou jurídica, titular de renda ou proventos de qualquer natureza – aqueles que têm
acréscimo patrimonial. Ainda, a pessoa jurídica estrangeira que figura no Brasil deverá pagar IR sobre
os acréscimos patrimoniais.
Base de cálculo
É a soma de fatores algébricos positivos e negativos que se agregam ao patrimônio, conforme art.
44, CTN:
A incidência ocorre sobre o crédito líquido do contribuinte, ou seja, sobre a diferença entre a renda
ou proventos brutos auferidos e os encargos admitidos em lei, como gastos com dependentes, planos
de saúde etc.
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Unidade II
a) Lucro real: pode ser entendido como o acréscimo real do patrimônio em determinado período. É
o lucro contábil, ajustado por meio de adições e exclusões.
Lucro líquido é apurado mediante escrituração contábil, todas as receitas, todos os custos e despesas.
A apuração pelo lucro real é obrigatória para empresas indicadas na Lei nº 9.718/98.
Período de apuração
O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de
apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro
de cada ano-calendário.
25
Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2680615/art-14-da-lei-9718-98>. Acesso em: 11
mai. 2012.
94
Direito Tributário
No caso da apuração com base no lucro real, o contribuinte ainda tem a opção de apurar anualmente
o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por estimativa26.
Opção pelo sistema de apuração: a opção pelo lucro real anual, lucro real trimestral ou lucro presumido
será manifestada pelo pagamento da 1ª quota de qualquer um dos regimes, mediante Darf, sendo que a
legislação não permite mudar a forma de tributação durante o ano-calendário (art. 13, Lei nº 9.718/98).
b) Lucro presumido: trata-se de um sistema opcional pela pessoa jurídica não obrigada por lei à
apuração do lucro real.
Consiste na presunção legal de que o lucro da empresa é aquele por ela estabelecido com base
na aplicação de um percentual sobre a receita bruta (faturamento), no respectivo período de
apuração (trimestral).
O lucro presumido será determinado aplicando-se sobre a receita bruta de vendas de mercadorias,
produtos e/ou da prestação de serviços, apurada em cada trimestre, os percentuais constantes do
quadro a seguir, conforme a atividade geradora (RIR/1999, art. 518 e art. 519, parágrafo único; Instrução
Normativa SRF nº 93/1997, art. 3º, §§ 1º e 2º, e art. 36, I).
Quadro 1
Percentuais aplicáveis
Espécies de atividades geradoras de receita sobre a receita
Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico 1,6%
carburante e gás natural.
Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis para consumo);
transporte de cargas; serviços hospitalares; atividade rural; industrialização; atividades
imobiliárias; construção por empreitada, quando houver emprego de materiais próprios,
em qualquer quantidade; qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços) para 8%
a qual não esteja previsto percentual especificado; industrialização de produtos em que
a matéria-prima, ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido
fornecidos por quem encomendou a industrialização.
Serviços em geral para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os
prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas (que, de acordo com o novo
Código Civil, passam a ser chamadas de sociedade simples); intermediação de negócios; 32%
administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
serviços de mão de obra de construção civil, quando a prestadora não empregar materiais
de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra.
26
Disponível em: <http://www.maph.com.br/ler_capitulo.php?products_id=48>. Acesso em: 7 dez. 2011.
27
Disponível em: <http://www.cmpcontabil.com.br/lucropresumido.html>. Acesso em: 7 dez. 2011.
95
Unidade II
c) Lucro arbitrado: é aquele apurado pelo fisco, nos casos previstos em lei, a exemplo de
irregularidades na escrita fiscal.
A alíquota do IRPJ é de 15% sobre o lucro, aplicando-se um adicional de 10% sobre o lucro excedente
a R$ 240.000,00/ano ou 20.000,00/mês.
As alíquotas são progressivas quando o contribuinte é pessoa física, o que significa dizer que as
alíquotas variam/progridem de acordo com a capacidade contributiva do sujeito passivo.
Fato gerador
O art. 19, do CTN, determina que o fato gerador ocorre com a entrada da mercadoria em território
nacional, e a legislação aduaneira estabelece o aspecto temporal como o momento do desembaraço
28
<Disponível em: < http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/TabProgressiva2012a2015.htm >. Acesso em: 10
mai. 2012.
96
Direito Tributário
aduaneiro. Este se consuma com a entrada real do produto estrangeiro no território nacional. Exemplo:
na prática, é o momento do início do despacho aduaneiro, ou seja, o momento da apresentação ou
declaração de importação ou documento similar perante autoridade competente (Receita Federal) para
a liberação da mercadoria.
Para efeitos de cálculo do imposto, os valores em moeda estrangeira devem ser convertidos
em moeda nacional, à taxa do câmbio vigente no momento da entrada no país da mercadoria
importada.
Sujeito passivo
Alíquotas
Art. 153, § 1o, CF: o Poder Executivo pode nos limites alterar as alíquotas do inciso II, a fim de ajustá-
lo aos objetivos de política cambial e do comércio exterior. A alteração das alíquotas há que ser feita por
ato fundamentado.
97
Unidade II
Quando falamos em importação, estamos tratando de comércio exterior; então é importante ressaltar que
o Brasil é signátario de vários tratados internacionais a fim de estabelecer alíquotas padronizadas. Dessa forma,
é possível evitar inúmeros conflitos entre ordenamentos jurídicos diferentes e, inclusive, evitar a bitributação.
• TEC (Tarifa Externa Comum): tratado assinado entre os países do Mercosul o qual impõe aliquotas
para as operações comerciais consagradas entre os signatários.
• GAT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio): acordo fixado na Suíça, do qual o Brasil é signatário,
sendo o GAT caracterizado como pacto que visa estabelecer e administrar regras de procedimento
no comércio internacional. Este também estabelece alíquotas a serem seguidas (abrange um
grande numero de países da Europa principalmente).
Lembrete
Competência – da União instituir e cobrar o IE de produtos nacionais e nacionalizados. Art. 153, II,
CF, art. 23 e seguintes do CTN.
98
Direito Tributário
Fato gerador
Decreto 1.578/77, art. 1o, § 1o: Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da expedição da
guia de exportação ou documento equivalente.
Observação
O sujeito passivo é o exportador – qualquer pessoa que promova a saída do produto nacional ou
nacionalizado do território nacional. Não se faz necessário que o exportador seja empresário, pode ser
uma pessoa comum, sem intuito comercial.
a) a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida indicada na lei, quando a alíquota for
específica. Exemplo: teremos um imposto de R$ 40,00 por tonelada – art. 20, I, CTN.
b) o valor monetário do produto exportado, o preço normal – quando a alíquota for ad valorem.
Alíquotas:
a) específicas – valor em dinheiro que incide sobre a unidade de medida prevista em lei. Por exemplo,
R$ 12,00 a tonelada de soja.
Atualmente, essa alíquota é de 30%, facultado ao Poder Executivo aumentá-la ou reduzi-la, para
atender aos interesses da economia nacional (Lei nº 9.716/98).
A alíquota máxima não pode ultrapassar 150% o valor da mercadoria. As alterações de alíquota
fixadas pelo Executivo devem ser justificadas, sob a pena de vício de inconstitucionalidade.
99
Unidade II
II. o imposto não incidirá sobre pequenas glebas rurais (até 50 hectares), definida em lei, quando as
explore o proprietário que não possua outro imóvel;
III.cabe ao Município optar pela fiscalização e cobrança do ITR – ficando com 100% da receita
arrecadada.
Fato gerador
Art. 29, CTN: é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da
zona urbana do município.
Conceito de bem imóvel por natureza: é o solo nu e seus agregados da própria natureza (vegetação,
árvores) sem considerar o cultivo ou construções, compreendendo as árvores e os frutos pendentes, o
espaço aéreo e o subsolo.
Conceito de zona urbana – art. 32, § 1o, CTN: é aquela delimitada por lei municipal, sendo necessário
para caracterizar a presença de pelo menos dois requisitos entre os mencionados neste artigo.
100
Direito Tributário
Base de cálculo
Conforme o art. 30, CTN c/c art. 8o, da Lei nº 9.393/96 e art. 32, Dec. nº 4.382/02: é o valor fundiário
do imóvel, é o valor da terra nua, sem construções, cultivos etc.
Considera-se, como tal, a diferença entre o valor venal do imóvel e o valor dos bens incorporados ao
imóvel, declarados pelo contribuinte e não impugnado pela administração, ou a própria administração
poderá fazer a avaliação da terra.
Alíquotas
São proporcionais e progressivas, segundo o grau de utilização da área rural. A fixação das alíquotas
é feita baseada na Lei nº 9.393/96, podendo variar de 0,03% até 20%.
Base de cálculo
A base de cálculo do ITR é o Valor da Terra Nua Tributável – VTNT (Lei nº 9.393, de 1996,
art. 11; RITR/2002, arts. 32 e 33; IN SRF nº 256, de 2002, arts. 32 e 33).
Cálculo
O valor do ITR a ser pago é obtido mediante a multiplicação do VTNT pela alíquota
correspondente, considerados a área total e o grau de utilização (GU) do imóvel rural (Lei nº
9.393, de 1996, art. 11; RITR/2002, art. 35; IN SRF nº 256, de 2002, art. 35).
29
Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/itr/2005/pergresp/pr165a182.htm>. Acesso em: 7 mai.
2012.
101
Unidade II
Terra nua é o imóvel por natureza ou acessão natural, compreendendo o solo com sua
superfície e a respectiva mata nativa, floresta natural e pastagem natural. A legislação do
ITR adota o mesmo entendimento da legislação civil (CC, art. 79)31.
IV - florestas plantadas (Lei nº 9.393, de 1996, arts. 8º, §§ 1º e 2º, e 10, §1º, I; RITR/2002,
art. 32; IN SRF nº 256, de 2002, art. 32).
30
Disponível em: <http://www.vtn.com.br/cambio/impostovtn.php>. Acesso em: 7 mai. 2012.
31
Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/itr/2006/ITR2006PerguntasRespostasITR.pdf>. Acesso
em: 11. mai. 2012.
102
Direito Tributário
mercado (Lei nº 9.393, de 1996, art. 8º, § 2º; RITR/2002, art. 32, § 1º; IN SRF nº 256, de
2002, art. 32, § 2º).
O contribuinte adquiriu nesse exercício uma área de terra que nunca fora declarada pelo
vendedor. Qual o valor a ser atribuído à terra nua desse imóvel?
O valor do imposto a ser pago é obtido mediante a multiplicação do VTNT pela alíquota
correspondente, considerados a área total e o grau de utilização do imóvel rural (Lei nº
9.393, de 1996, art. 11; RITR/2002, art. 35; IN SRF nº 256, de 2002, art. 35).
Existe. Em nenhuma hipótese o valor do imposto devido será inferior a R$ 10,00 (Lei nº
9.393, de 1996, art. 11, § 2º; RITR/2002, art. 35, § 2º; IN SRF nº 256, de 2002, art. 35, § 2º).
IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou sobre Operações Relativas a
Títulos ou Valores Imobiliários
Competência: União – art. 153, V, CF, e art. 63, CTN, Decreto nº 6.306/07.
Sujeito Passivo: segundo o art. 66, CTN, e o Decreto nº 6.306/07, são contribuintes: quaisquer das
partes na operação tributada, ficando a cargo do legislador ordinário essa indicação.
103
Unidade II
Fato gerador
Art. 63, CTN – o FG é a operação de crédito, câmbio, seguro ou com títulos e valores mobiliários. Para
ocorrer o FG, deve haver umas das operações.
Operação de crédito: é uma prestação presente contra uma promessa de prestação futura (por
exemplo, entrega do montante da obrigação ou sua colocação à disposição do interessado).
Operação de seguro: é o contrato pelo qual se garante algo contra risco de eventual dano (por
exemplo, emissão da apólice).
Alíquotas: a lei que regula a matéria deve fixar os limites das alíquotas – Decreto nº 6.339/08:
Cabe ao Poder Executivo fixar as alíquotas que serão aplicadas sobre as operações financeiras,
respeitando os limites em lei.
104
Direito Tributário
II – será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante
cobrado nas anteriores;
O contribuinte será:
• o importador;
• o industrial;
• o comerciante de produtos sujeito ao imposto;
• o arremantante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
Base de cálculo
105
Unidade II
Existe uma tabela em que constam as alíquotas conforme o produto desejado – Tipi – Tabela do
Imposto sobre Produtos Industrializados.
O IPI será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação, com o montante
cobrado nas anteriores.
Por exemplo:
a) Faz-se o registro, como crédito, do valor do IPI relativo à entrada de matérias-primas, produtos
intermediários, materiais de embalagem e outros insumos que tenham sofrido a incidência do
imposto ao saírem do estabelecimento de onde vieram.
b) Faz-se o registro, como débito, do valor do IPI calculado sobre os produtos que saírem
“industrializados” do estabelecimento.
c) No final do mês, é feita a apuração. Se o débito é maior, o saldo devedor corresponde ao valor a
ser recolhido. Se o crédito é maior, o saldo credor é transferido para o mês seguinte.
Exemplo de aplicação
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Respostas
107
Unidade II
2) As alíquotas do II podem ser alteradas por decreto, que consiste em ato normativo do Presidente
da República. Isso se justifica porque o II é um imposto de finalidade extrafiscal; sendo assim, faz-
se necessário poder alterar as alíquotas com maior facilidade e rapidez, uma vez que com essas
alterações teremos reflexos imediatados na economia.
3) Numa importação teremos a incidência dos seguintes impostos: II, IPI, ICMS e PIS/COFINS.
6) Em nosso sistema jurídico tributário, temos dois princípios da anterioridade, ou seja, o princípio
da anterioridade genérica – pelo qual, quando houver alteração da lei de determinado imposto,
deve-se publicar num ano, e os efeitos desta somente iniciam-se no próximo exercício financeiro;
o princípio da anterioridade nonagesimal, pelo qual se faz necessário aguardar 90 dias entre a
publicação de uma lei e sua eficácia. No caso dos impostos II e IE, nenhum dos princípios será
observado, ou seja, publicadas as leis com supostas alterações, estas valerão a partir da publicação.
8) O IPI respeita o princípio da seletividade, o que significa dizer que as alíquotas irão variar para
cima ou para baixo em função da essencialidade do produto. As alíquotas podem começar em 0%
e chegar até 365,5%, isso depende do tipo de produto que estiver sendo tributado. Produtos de
cesta básica costumam ter alíquotas menores, já cigarros e bebidas alcoólicas têm alíquotas bem
elevadas.
6 Administração Tributária
108
Direito Tributário
Podemos entendê-la como toda a parte operacional da máquina tributária, ou seja, é por meio dela
que temos o lançamento tributário (quando necessário), a fiscalização e a arrecadação de tributos,
envolvendo ainda atividades como emissão de certidão de regularidade fiscal em nome do contribuinte,
orientação e esclarecimentos aos contribuintes para o cumprimento da legislação tributária.
O CTN divide o tópico da administração tributária em três títulos: fiscalização, dívida ativa e
certidões negativas. Vejamos:
6.1 Fiscalização
A fiscalização tributária é um poder-dever do Estado. Sabe-se que o dever de pagar tributos decorre
de lei, por este motivo, cabe ao fisco exercer, compulsoriamente, o controle sobre o comportamento dos
sujeitos passivos, no sentido de adimplirem suas obrigações.
Com base nesses artigos, pode-se concluir que os livros e documentos mercantis poderão ser
examinados pelas autoridades administrativas, a fim de investigar se as obrigações tributárias estão
sendo corretamente cumpridas pelos contribuintes.
32
Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.htm>. Acesso em: 14
mai. 2012.
109
Unidade II
Há doutrinadores que entendem ser inconstitucional esse dispositivo legal, porquanto ofende a
intimidade e a privacidade e, sem o devido processo legal, impõe decisão judicial para a quebra de sigilo
bancário. Mas há outra corrente alegando que o art. 145, § 1o., CF, fundamenta o direito da administração
pública de prosseguir com a quebra de sigilo desde que presentes os requisitos citados na lei.
Por fim, o art. 199, do CTN, determina que as fazendas públicas da União, Estados, DF e Municípios
podem prestar-se mutuamente assistência para fiscalização dos tributos respectivos e permuta de
informações, devendo ser mantido o sigilo entre os órgãos.
Saiba mais
110
Direito Tributário
de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final
proferida em processo regular.
A constituição em dívida ativa visa à constituição de título executivo, o qual será destinado à
cobrança judicial de créditos não pagos. Com inscrição do crédito não pago no Livro da Dívida Ativa, é
possível extrair a Certidão de Dívida Ativa (CDA).
De acordo com o art. 202, do CTN, o termo de inscrição de dívida ativa conterá:
IV – a data da inscrição;
A certidão é ato administrativo enunciativo, segundo Costa (2009, p. 324), e sua obtenção é direito
constitucionalmente assegurado, nos termos do art. 5o, XXXIII, CF.
Mas em que consiste a certidão negativa de débito tributário? A certidão negativa de débito tributário
é documento probatório da regularidade de situação fiscal, requisito exigido para participar de licitações
e operações de financiamento.
A certidão positiva com efeitos negativos ou certidão de regularidade fiscal, conforme o art. 206, do
CTN, considera o contribuinte em situação regular, mesmo havendo débito tributário no órgão público,
desde que a obrigação correspondente esteja com a exigibilidade suspensa, ou em relação a qual haja
execução garantida por penhora.
A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra
a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir,
pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos.
7 ILÍCITOS TRIBUTÁRIOS
Dessa forma, tem-se que infração ou ilícito é uma conduta contrária à norma:
De acordo com Hugo de Brito Machado (2009, p. 487), ilícitos administrativos são os comportamentos
que implicam inobservância de norma tributária. Implica inadimplemento de obrigação tributária, seja
principal ou acessória.
As multas proporcionais ao valor do tributo somente se justificam nos casos em que o dever de
pagar o tributo não foi cumprido (obrigação principal). Se o contribuinte não cumpriu nenhuma
das obrigações principal e acessória, aí sim cabe a multa proporcional ao valor do tributo acrescido
da multa fixa.
112
Direito Tributário
Saiba mais
<http://jus.com.br/revista/texto/21644/aplicacao-do-principio-da-
insignificancia-em-crimes-tributários>
113
Unidade II
Saiba mais
Inexiste distinção essencial entre ilícito civil, penal ou administrativo. Por esse motivo, também
não há distinção sobre as sanções aplicadas. A distinção seria apenas valorativa. A sanção penal ficaria
reservada àqueles que cometem condutas mais graves, que ofendem mais seriamente a ordem social, de
acordo com os ensinamento de Hugo de Brito Machado (2009, p. 488-489)33.
A rigor, a extinção da punibilidade nos crimes contra a ordem tributária opera-se como decorrência
de qualquer das causas de extinção do crédito tributário.
No âmbito administrativo, a questão se resolve nos termos do art. 138, do CTN: se o pagamento é
feito com a denúncia espontânea da infração, nenhuma penalidade pode ser aplicada. Se, todavia, é
feito em face de exigência formalizada em ação fiscal, o pagamento do crédito tributário feito no prazo
33
Disponível em: <http://www.sejubra.org.br/6/002%20IL%C3%8DCITO%20TRIBUT%C3%81RIO.pdf>. Acesso em:
14 mai. 2012.
114
Direito Tributário
estabelecido para a impugnação do auto de infração, ou no prazo para recurso administrativo, implica
redução do valor da multa, que geralmente vem estabelecido na lei específica de cada tributo.
Essa redução do valor da multa, nas hipóteses em que o contribuinte renuncia ao direito de impugnar
ou recorrer, constitui uma forma oblíqua de punir o sucumbente.
Saiba mais
Exemplo de aplicação
115
Unidade II
4) Com relação ao IPI, ICMS, IR, II e IE, quais são os lançamentos utilizados para constituir o crédito
tributário?
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116
Direito Tributário
11) Se uma determinada pessoa comprar um veículo e houver IPVA atrasado, quem irá assumir a
conta a pagar: o antigo proprietário ou o novo?
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12) Numa importação de mercadorias do exterior, quem fica responsável pelo pagamento dos
tributos? Quais são os tributos que irão incidir sobre essa importação?
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14) Um atacado de São Paulo vendeu um lote de televisores para um varejo de Cuiabá. O valor do lote
foi de R$ 20.000,00. O varejista, após receber a mercadoria, revendeu o mesmo lote por R$ 40.000,00.
Como se calcula o valor a ser pago de ICMS? E para qual(is) estado(s) serão devidos tal tributo?
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15) Imagine a seguinte situação tributária com relação ao IRPJ: a sociedade ‘José Mendança Ltda.’
apura o lucro com base no sistema do lucro presumido; dessa forma, irá declarar o lucro e efetuar
o pagamento do respectivo imposto trimestralmente para a Receita Federal. No primeiro trimeste, a
117
Unidade II
16) A empresa ‘Caloi’ comprou 100 pedais, 50 bancos, 100 freios, 100 pneus e rodas no mês de setembro,
a fim de montar bicicletas. As indústrias que fabricaram esses produtos intermediários já recolheram IPI
relativo a essas produções no valor de R$ 5.000,00. No final do mês de setembro, a Caloi conseguiu
produzir 30 bicicletas, vendendo esse lote para alguns varejistas. O IPI relativo à produção dessas bicicletas
é de R$ 6.000,00. Qual valor deverá ser recolhido pela Caloi no mês de setembro? Explique.
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18) Havendo proprietário e locatário de um mesmo imóvel urbano, quem deverá pagar a conta do IPTU?
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19) Na prestação de serviços de transporte intermunicipal e interestadual, qual imposto deverá ser
pago sobre esse serviço?
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118
Direito Tributário
20) Com relação ao ISS, qual município é competente para o recolhimento do imposto?
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Respostas
1) A obrigação tributária nasce quando o sujeito passivo realiza o fato gerador descrito na norma. No
entanto, a obrigação tributária é ilíquida. Já o crédito tributário nasce com o lançamento. Importante
lembrar que o crédito consiste na obrigação liquidada.
4) IPI e ICMS – lançamento por homologação, porque nesses impostos é o próprio sujeito passivo
quem declara a matéria tributável, apura o valor a ser pago e faz o pagamento. Resta à administração
pública efetuar a homologação.
II e IE – lançamento por declaração, porque o sujeito passivo declara os bens ora importados, ora
exportados e seus valores. Com base nisso, a autoridade administrativa calcula o valor dos impostos a
serem recolhidos.
6) A diferença entre isenção e imunidade é que a isenção decorre de lei, enquanto a imunidade vem
prevista na Constituição Federal.
8) O pagamento do crédito tributário pode ser feito em dinheiro ou cheque, devendo esperar a
devida compensação, ou em títulos da dívida pública ou agrária, desde que exigíveis. O pagamento deve
ser feito até a data de vencimento.
119
Unidade II
9) O sujeito passivo pode ser o contribuinte ou o responsável. Contribuinte é aquele que realizou o
fato gerador. O responsável não teve contato com o fato gerador, mas em virtude de lei fica responsável
pelo recolhimento do tributo.
10) Menor de idade pode realizar fato gerador, sim. Por exemplo, é possível que um menor de idade
seja proprietário de imóveis, carros (imagine que recebeu em doação); porém, será o responsável legal
quem irá arcar com o pagamento dos tributos relativos.
11) No caso referido, o novo proprietário do veículo deverá pagar o IPVA atrasado, esta responsabilidade
decorre de lei. Por isso, é muito importante verificar a situação do bem com relação aos impostos,
quando se realiza uma compra.
12) Numa importação o importador é o responsável pelo pagamento dos tributos que incidirem
sobre a operação. Sobre o valor da mercadoria irá incidir II, IPI, ICMS e PIS/COFINS.
13) Não cumulatividade significa que o que já foi pago nas operações anteriores deverá ser
descontado nas seguintes. É o sistema de créditos e débitos.
14)
15) IRPJ:
16) IPI – A indústria Caloi deve ter um livro contábil para escriturar tudo que entra no mês e tudo
que sai da fábrica. No mês de setembro, foram comprados vários produtos intermediários para a futura
montagem das bicicletas. Relativo a essas compras, as indústrias responsáveis já recolheram R$ 5.000,00
de IPI. Foram produzidas, em setembro, apenas 30 bicicletas, sendo vendidas para o varejo; o IPI relativo
a essa produção é de R$ 6.000,00. Existe um crédito no mês de R$ 5.000,00. Dessa forma, a Caloi só
deverá recolher R$ 1.000,00 (crédito – débito).
17) IPVA – O correto é que o imposto somente incida sobre a propriedade de veículos automotores,
ou seja, aqueles que circulam em vias públicas. No estado de São Paulo, isso é respeitado. Infelizmente,
há estados que cobram de forma ilegal esse imposto de aeronaves e embarcações. Trata-se de uma
afronta constitucional, e pode claramente ser discutido na justiça.
18) O proprietário é o sujeito passivo do IPTU e, portanto, cabe a esse pagar o imposto. O que ocorre,
na prática, é que o proprietário, por meio de contrato de locação, passa a obrigação para o locatário. Se
não houver disposição contratual entre as partes, a obrigação fica com o proprietário.
19) ICMS.
20) ISS – A regra geral é que esse imposto deverá ser recolhido para o município onde estiver
localizada a empresa prestadora de serviço ou o profissional autônomo. Excepcionalmente, será recolhido
no município onde for prestado o serviço.
Resumo
121
Unidade II
Exercícios
Questão 1. Mario Guelerico é proprietário de um imóvel em São Paulo, localizado na área central
da cidade. O imóvel tem 57 anos de existência e fica ao lado de um prédio público que foi invadido
por moradores sem‑teto. A Prefeitura está negociando a saída dos sem‑teto de forma pacífica, mas
o problema se estende há dois anos e não há perspectiva de uma solução. No início deste ano, Mario
Guelerico recebeu o carnê de IPTU e ficou revoltado porque houve aumento significativo no valor. Em
contato com a Prefeitura, ele foi informado que o aumento decorria da localização e do tamanho do
próprio imóvel, que é grande. Mario Guelerico não se satisfez com a resposta. Por isso, ele deve:
a) Contratar um advogado para tentar reverter a situação, sob a alegação de que o imóvel é pequeno
e o bairro não é tão valorizado assim.
b) Apresentar à Prefeitura Municipal um laudo com avaliação contraditória para provar que o bairro
não se valorizou e, ao contrário, perdeu valor por causa da invasão dos moradores sem‑teto e a
indefinição da própria Prefeitura em solucionar o problema de forma adequada.
c) Pagar o imposto e aguardar que os sem‑teto saiam do prédio invadido para que o bairro possa se
valorizar.
d) Parar de pagar os valores do IPTU como forma de demonstrar a sua insatisfação.
e) Aguardar que a Prefeitura ingresse com a ação de cobrança para poder discutir seus argumentos.
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: não basta contratar um advogado, é preciso possuir argumentos objetivos. A lei prevê
que nesse caso o argumento objetivo é a apresentação de uma avaliação contrária àquela feita pela
Prefeitura. Portanto, é preciso ter um laudo pericial elaborado por um profissional com competência
específica para isso (um perito técnico), para provar que a avaliação da Prefeitura foi excessiva.
B) Alternativa correta.
por meio de uma avaliação contraditória, ou seja, um documento com fundamentação técnica que
contrarie o valor da avaliação realizada pela Prefeitura e identifique o valor real do imóvel para que o
imposto possa ser calculado de forma justa.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: essa não é uma alternativa legal porque o simples fato de os moradores sem‑teto
saírem do local não terá o condão de adequar a situação tributária criada pela Prefeitura Municipal.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: cessar o pagamento do tributo sem tomar medidas judiciais ou extrajudiciais que
autorizem a sua suspensão é incorreto e certamente sujeitará o contribuinte a ser processado, o que é
sempre inconveniente.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: o contribuinte tem meios de modificar a decisão da Prefeitura, não sendo preciso
esperar o ajuizamento da ação de cobrança. A apresentação da avaliação contraditória não precisa
ser feita em ação judicial; ao contrário, pode ser feita com o intuito de evitar que a ação aconteça,
levando‑se em conta que é sempre um inconveniente ser acionado judicialmente.
Questão 2. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores pode ser cobrado pelo(s)
_________, tem como fato gerador a _________, e a destinação de sua arrecadação é para _________,
_________ e _________.
a) Estados e Distrito Federal; existência de um veículo automotor; saúde; educação; obras do Governo
Federal.
e) Estados e Distrito Federal; propriedade de veículo automotor; Bolsa Família; Bolsa Escola;
programas sociais federais.
123
REFERÊNCIAS
Textuais
ÁLVARES, B. E.; FERREIRA, L. Imposto sobre transmissão de bens: ITBI e ITCMD – um estudo
comparativo. Disponível em: <http://www.idtl.com.br/artigos/176.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2011.
ARAUJO, S. M. L. de. A ética na relação jurídica tributária: a questão da transparência fiscal como
instrumento de orientação aos contribuintes. In: Anais do XXI Encontro Nacional do Conpedi.
Florianópolis: Fundação Boiteux, 2012. Disponível em: <http://www.publicadireito.com.br/
publicacao/?evento=37#DIREITO%20TRIBUT%C3%81RIO>. Acesso em: 14 maio 2013.
BALEEIRO, A. Direito tributário brasileiro. 11. ed. São Paulo: Forense, 2006.
___. Decreto‑lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000