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Curso Técnico em Enfermagem

Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.


2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida

Avaliação do Paciente

Fonte: http://macrosul.com/wp-content/uploads/RCP2.jpg

“Segurança do socorrista é tão importante quanto a da vítima”.

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vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata”.
Já o conceito de emergência é entendido como “a
INTRODUÇÃO AO SUPORTE BÁSICO À VIDA constatação médica de condições de agravo à saúde que
impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso,
exigindo, portanto, tratamento médico imediato”. De forma
O Suporte Básico de Vida compreende o atendimento mais objetiva, a urgência é uma situação onde não existe risco
prestado a uma vítima de mal súbito ou trauma, visando à imediato à vida (ou risco de morte).
manutenção de seus sinais vitais e à preservação da vida, além O atendimento requer rapidez, mas o paciente pode
de evitar o agravamento das lesões existentes, até que uma aguardar tratamento definitivo e solução em curto prazo
equipe especializada possa transportá-la ao hospital e oferecer (algumas literaturas se referem a um prazo de até 24 horas). A
um tratamento definitivo. Apesar de qualquer cidadão poder emergência geralmente implica estarmos diante de uma
ajudar em uma situação de emergência, é importante lembrar situação de aparecimento súbito e imprevisto, grave, crítica e
que isso não o torna um “socorrista” profissional. Para se que exige ação imediata, pois, a ameaça à vida é grande.
profissionalizar é necessário adquirir muito mais informações e Como o próprio nome diz, o serviço de Atendimento
habilidades, treinamento adequado e, inclusive, para muitas Pré-hospitalar (APH) envolve todas as ações efetuadas com o
das funções, diploma e registro profissional. paciente, antes da chegada dele ao ambiente hospitalar.
Portanto, devemos preferir, sempre que possível, o Compreende, portanto, três etapas:
atendimento pelos socorristas e PROFISSIONAIS DE SAÚDE, que
contam com formação qualificada e equipamentos especiais 1) Assistência ao paciente na cena (no local da ocorrência);
para realizá-lo. 2) Transporte do paciente até o hospital;
O Suporte Básico de Vida (SBV), oferecido aos 3) Chegada do paciente ao hospital.
pacientes no ambiente extra hospitalar, consiste no
reconhecimento e na correção imediata da falência dos O APH divide-se, ainda, basicamente em duas
sistemas respiratório e/ou cardiovascular, ou seja, a pessoa modalidades de atendimento:
que presta o atendimento deve ser capaz de avaliar e manter
a vítima respirando, com batimento cardíaco e sem 1) Suporte Básico à Vida (SBV): caracteriza-se por não realizar
hemorragias graves, até a chegada de uma equipe manobras invasivas.
especializada.
Em outras palavras, o profissional de saúde que presta 2) Suporte Avançado à Vida (SAV): caracteriza-se pela
o socorro, que aqui o identificaremos como socorrista, para fins realização de procedimentos invasivos de suporte
didáticos, ao iniciar o suporte básico estará garantindo por ventilatório e circulatório, como, por exemplo, a intubação
meio de medidas simples, não invasivas e eficazes de orotraqueal, acesso venoso e administração de
atendimento as funções vitais do paciente e evitando o medicamentos. Geralmente, o suporte avançado éprestado
agravamento de suas condições. São inúmeras as situações de por equipe composta por médico e enfermeiro.
urgências e emergências que necessitam do atendimento de
um profissional de saúde ou de um socorrista especializado: O APH tem como objetivos específicos preservar as
condições vitais e transportar a vítima sem causar traumas
• Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho iatrogênicos durante sua abordagem, como, por exemplo,
(OVACE); danos ocorridos durante manipulação e remoção inadequada
(do interior de ferragens, escombros etc.).
• Parada respiratória;
O socorrista deve ter como princípio básico evitar o
• Parada cardiorrespiratória (PCR);
agravamento das lesões e procurar estabilizar as funções
• Hemorragia
ventilatórias e hemodinâmicas do paciente. As condições
• Choque
essenciais para que esses objetivos sejam alcançados são:
• Crise Convulsiva
• Desmaio; 1) Pessoal qualificado e devidamente treinado;
• Choque Elétrico; 2) Veículos de transporte apropriados e equipados, sendo
• Queimadura Térmicas; inclusive dotados de meio de comunicação direta com o
• Animais Peçonhentos; centro que receberá a vítima e hospitais de referência
• Intoxicação. estrategicamente localizados, com infraestrutura material
e recursos humanos adequados.
Para cada caso específico, o profissional deverá estar
apto a prestar um socorro adequado e de qualidade. É preciso Uma atenção pré-hospitalar qualificada é de suma
definir e diferenciar o que vem a ser então uma situação de importância para que a vítima chegue viva ao hospital. Nos locais
urgência ou emergência. onde esse sistema é inadequado, a mortalidade hospitalar por
Segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução trauma, por exemplo, é baixa, porque os pacientes graves
CFM nº 1451/95), define-se por urgência “a ocorrência morrem no local do acidente, ou durante o transporte.
imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de
Segundo Manual de Primeiros Socorros da Fiocruz
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(2003), a pessoa que está prestando os primeiros socorros deve serviço de socorro pré-hospitalar profissional é tão importante
seguir um plano de ação baseado no P.A.S., são as letras iniciais quanto cuidar da própria vítima.
das palavras, Proteger, Avisar e Socorrer que correspondem às Na maioria das cidades brasileiras, os principais números
três funções (por ordem), que devem ser realizadas por para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
qualquer pessoa que actue em caso de acidente. (SAMU), serviço de salvamento e resgate (Corpo de Bombeiros)
Proteger quer dizer evitar que o acidente se torne mais e Polícia Militar, são respectivamente: 192, 193 e 190.
grave, tanto para as vítimas já afectadas, como para outras
pessoas que possam ver-se envolvidas. Avisar quer dizer 3 - SINALIZAR O LOCAL.
estabelecer os contactos pertinentes; chamar o médico da
empresa, ambulância, polícia, bombeiros, etc.; em função do Isso é especialmente importante em casos de
tipo de acidente ocorrido. Da rapidez com que se realizar o acidentes automobilísticos, portanto, não se esqueça de
aviso, vão depender em grande medida os resultados do sinalizar a cena e torná-la o mais segura possível. Utilize o
acidente. E socorrer quer dizer assistir em primeira instância as triângulo de sinalização, pisca-alerta, faróis, cones, galhos de
pessoas envolvidas no acidente até à chegada do pessoal árvores, etc.
sanitário qualificado.
4 - UTILIZAÇÃO DE EPI´s.

REGRAS BÁSICAS DE ATENDIMENTO Ao examinar e manipular a vítima, o socorrista deverá


tomar todas as precauções para evitar a sua contaminação por
agentes infecciosos, sangue, secreções ou produtos químicos.
O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), tais como:
O socorrista, ao decidir intervir em determinada luvas descartáveis, óculos de proteção, máscaras e aventais, é
ocorrência no ambiente pré-hospitalar, deverá seguir regras essencial para a segurança do profissional de saúde em
básicas de atendimento: atendimento. Portanto, proteger-se de qualquer contaminação
e minimizar os riscos de exposição fazendo uso das precauções
1 - AVALIAR CUIDADOSAMENTE O CENÁRIO. universais é uma obrigação da pessoa que presta o socorro.
Lembre-se do bom senso: a sua segurança em primeiro lugar!
➢ Qual a situação? Lembramos ainda que a lavagem de mãos com água e
sabão deverá ser feita rigorosamente antes e após cada
Observar, reconhecer e avaliar cuidadosamente os atendimento. Esse é um hábito imprescindível a ser adotado
riscos que o ambiente oferece (para você, sua equipe e tanto no ambiente pré-hospitalar quanto hospitalar, por todos
terceiros – paciente, familiares, testemunhas, curiosos), qual o os profissionais de saúde.
número de vítimas envolvidas, gravidade, etc.
5 - RELACIONAR TESTEMUNHAS.
➢ Como a situação pode evoluir?
Coleta de informações e para a própria proteção
Tenha sempre em mente que o ambiente pré- pessoal, profissional e legal enquanto prestador de socorro.
hospitalar nunca está 100% seguro e uma situação
aparentemente controlada podem tornar-se instáveis e 6 - ABORDAGEM E AVALIAÇÃO DA VÍTIMA.
perigosos a qualquer momento. Portanto, a segurança deverá
ser reavaliada constantemente! Identifique as ameaças ao seu Após avaliar o ambiente e tomar todas as precauções
redor, tais como riscos de atropelamento, colisão, explosão, de segurança e proteção individuais, o socorrista deverá se
desabamentos, eletrocussão, agressões, etc. identificar e se apresentar à vítima dizendo: “Sou um
Na existência de qualquer perigo em potencial, profissional de saúde. Posso ajudar?”.
aguarde o socorro especializado. Lembre-se, não se torne mais Em seguida, devidamente autorizado a prestar auxílio
uma vítima! Quanto menor o número de vítimas, melhor. e observando todos os aspectos pessoais e legais da cena do
acidente (ou doença aguda), o profissional poderá intervir
➢ Que recursos devem ser acionados? diretamente no atendimento.
É fundamental que o socorrista profissional classifique
Verifique se há necessidade de solicitar recursos a vítima em adultos, crianças ou bebês, pois, os procedimentos

adicionais, tais como corpo de bombeiros, defesa civil, polícia de SBV, caso sejam necessários, serão adotados respeitando-se
militar, companhia elétrica e outros. essa classificação, de acordo com as últimas recomendações da
American Heart Association 2020.
2 - ACIONAR O RESGATE.
o Bebê (“lactente”): do nascimento ao primeiro ano de
Resgate especializado e autoridades competentes, vida.
caso seja necessário, conforme avaliação prévia. Solicitar o o Criança: do primeiro ano de vida até o início da puberdade
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(por exemplo: desenvolvimento das mamas em principal objetivo reduzir índices de mortalidade e morbidade
meninas e pelos axilares nos meninos). em vítimas de qualquer tipo de trauma.
o Adulto: a partir da puberdade.
CONDUTAS NA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
A prioridade de atendimento é determinada
basicamente pela gravidade da vítima, ou seja, serão 1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
socorridas e atendidas primeiramente aquelas que se ocorrência.
encontram sujeitas a maior risco de morte, pois, o objetivo
principal do primeiro socorro é a preservação da vida. O 2º Iniciar a Avaliação Primária pelo mnemônico do
socorrista deverá seguir uma sequência padronizada e “XABCDE”:
executar as medidas de socorro conforme for identificando X: Priorizar o controle de grandes hemorragias
as lesões da vítima. (exsanguinantes):
O exame é dividido em dois tempos principais:
avaliação primária e avaliação secundária. o Empregando curativos compressivos;
o Empregando torniquete.

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA A: DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS COM CONTROLE DA


COLUNA CERVICAL.

➢ Avaliar a responsividade da vítima, chamando-a e tocando-


Em 1976, ao sofrer um acidente com sua família, o a pelos ombros. Em vítima com suspeita de trauma,
cirurgião ortopédico Jim Styner pôde perceber as fragilidades executar simultaneamente a estabilização manual da
dos cuidados em primeiros socorros de vítimas de traumas. cabeça com alinhamento neutro da coluna cervical. Checar
Depois dessa experiência, o médico desenvolveu o protocolo ventilação (ver, ouvir e sentir) e pulso simultaneamente,
ABCDE do trauma, que passou a ser empregado em diversas esse procedimento não deve exceder 10 segundos:
regiões do mundo a partir de 1978, sendo ministrado neste ano
o primeiro curso sobre o tema. ✓ Se a vítima estiver responsiva: se apresentar, conversar
A importância do método desenvolvido por Jim Styner com ela e prosseguir com a avaliação;
não demorou a ser reconhecida pelas autoridades médicas, ✓ Se a vítima não estiver responsiva, mas possuir pulso e
uma vez que só com esses cuidados é possível realmente ventilação, prosseguir com a avaliação;
estabilizar o paciente, deixando-o mais seguro para o ✓ Se a vítima não estiver responsiva, sem pulso e/ou sem
transporte e para quaisquer outras intervenções que se façam ventilação ou ventilação anormal (gasping). Iniciar
necessárias. protocolo de ressuscitação:
A atenção primária consiste em uma análise de todas
as condições que impliquem risco iminente de morte, tais • Emergência Clínica: utilizar a sequência mnemônica
como, permeabilidade das vias aéreas, respiração eficaz do CABD;
(anormal ou gasping), estabilidade circulatória, controle de • Emergência Traumática: seguir protocolo específico.
grandes sangramentos e estabilização da coluna cervical.
Durante a avaliação primária, o socorrista identifica e ➢ Avaliar e desobstruir as vias aéreas:
corrige prontamente todos os problemas que ameaçam a vida
do doente. As medidas de suporte básico de vida são iniciadas ✓ Empregar a tração de mandíbula (Jaw Thrust) e/ou
nesse primeiro instante. elevação da mandíbula (Chin Lift) em vítimas de trauma;
O famoso mnemônico do trauma "abcde" (A - Via ✓ Poderá utilizar a hiperextensão cervical com elevação do
aérea e estabilização da coluna cervical, B - Respiração, C - queixo em casos clínicos ou quando não houver
Circulação, D - Estado neurológico, E - Exposição da vítima), contraindicação.
ganhou na 9ª edição do PHTLS 2018, no capítulo 6, mais uma
letra. O "X' de hemorragia exsanguinante, ou seja,hemorragia ➢ Abrir a boca da vítima:
externa grave. O APH sofreu uma substancial alteração, dando
mais ênfase às grandes hemorragias externas, antes mesmo do ✓ Aspirar as secreções e retirar corpos estranhos da
controle cervical ou da abertura das vias aéreas. cavidade oral;
O XABCDE é um mnemônico que padroniza o ✓ Executar a manobra de Heimlinch em vítimas com
atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE).
prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar
o atendimento, ou seja, é uma forma rápida e fácil de ➢ Utilizar cânula orofaríngea em vítima não responsiva.
memorizar todos os passos que devem ser seguidos com o ➢ Observar o algoritmo de Restrição de Movimento de Coluna
paciente em politrauma. Vertebral.
Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente
fatais ao indivíduo, e é aplicável a todos as vítimas com quadro
crítico, independentemente da idade. O protocolo tem como
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B: AVALIAR VENTILAÇÃO E FREQUÊNCIA VENTILATÓRIA. D: AVALIAR O NÍVEL DE RESPOSTA NEUROLÓGICA.

➢ Expor o tórax e avaliar a frequência ventilatória; ➢ Escala de Coma de Glasgow;


➢ Observar presença de sinais de esforço ventilatório ou uso ➢ Avaliação pupilar: foto-reatividade e simetria.
de musculatura acessória;
➢ Avaliar a simetria bilateral na expansão torácica; ✓ A avaliação do nível de consciência, utilizando o
➢ Avaliar a presença de lesões abertas e/ou fechadas no acrônimo AVDN (Alerta, Verbal, Dor e Nulo), foi
tórax; substituído pela escala de coma de Glasgow, porém seu
➢ Avaliar o posicionamento da traqueia e presença ou não uso é indicado nos Incidentes com Múltiplas Vítimas.
de turgência jugular;
➢ Monitorar a saturação do oxigênio através do oxímetro de E: EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA COM PREVENÇÃO E CONTROLE DA
pulso: HIPOTERMIA.

✓ Fornecer suporte ventilatório (oxigenoterapia) com ➢ Cortar as vestes da vítima sem movimentação excessiva e
fluxo de oxigênio de 12 a 15 L/min via máscara não somente das partes necessárias, visando a avaliação e
inalante para SatO2 < 94%; tratamento de ferimentos, traumas de extremidades,
✓ Considerar a necessidade de ventilação assistida queimaduras, imobilização dentre outras que não colocam
através de AMBU com reservatório de oxigênio, para a vítima em risco iminente de morte;
SatO2 < 90% ou caso a frequência ventilatória seja ➢ Proteger a vítima da hipotermia com auxílio de cobertor
inferior a 08 vpm (ventilações por minuto); térmico aluminizado ou cobertor de lã;
✓ Se for preciso iniciar protocolo de reanimação ➢ Utilizar outras medidas para prevenir a hipotermia (ex:
ventilatória. desligar o ar condicionado da ambulância).
✓ Durante a exposição, o socorrista deve proteger a
• Vítima com ventilação anormal realizar inspeção e intimidade da vítima. Sempre que possível, a vítima
palpação de todo o tórax; poderá ser acompanhada por um parente ou amigo
• Nas vítimas estáveis, que apresentam boa saturação durante o transporte até a unidade hospitalar.
(SatO2 ≥ 94%), se disponível, poderá utilizar cateter
nasal tipo óculos, com fluxo de oxigênio de 4 a 6 3º Informar ao Centro de Operações a condição e o estado da
L/min. vítima passando os dados de forma sistematizada.

C: AVALIAR A CIRCULAÇÃO (PULSO E PERFUSÃO). 4º A vítima deverá ser encaminhada para a unidade hospitalar
regulada pelo Centro de Operações ou hospital de referência.
➢ Avaliar a frequência cardíaca: pulso central (carotídeo) ou
periférico (radial), em crianças (bebês) avaliar o pulso ➢ É rotina que todo atendimento inicie com a Avaliação
braquial: Primária seguindo o processo mnemônico do XABCDE,
e as alterações encontradas devem ser tratadas e
✓ Vítima Responsiva: verificar pulso radial, se não estiver priorizadas nesta sequência.
presente, avaliar pulso carotídeo; ➢ Durante a avaliação da vítima, se ocorrerem alterações
✓ Vítima não responsiva: verificar pulso carotídeo, se for nas letras “A”, “B” e “C”, que colocam a vítima em risco
preciso iniciar Protocolo de Ressuscitação iminente de morte, deve-se, portanto, ser priorizada a
Cardiopulmonar – RCP. remoção rápida da vítima para o hospital, continuando
com o atendimento e a avaliação durante o transporte.
➢ Avaliar características da pele (temperatura, umidade e ➢ Quando houver disponibilidade de vários socorristas
coloração); durante a avaliação da vítima, o mnemônico XABCDE
➢ Avaliar enchimento capilar periférico (considerar normal pode ser executado simultaneamente pelos socorristas,
até 2 segundos); mediante coordenação daquele que estiver
➢ Controlar sangramentos externos com compressão direta estabilizando a cabeça da vítima e monitorando as vias
da lesão e/ou torniquete (conforme indicado); aéreas.
➢ Prevenir e/ou tratar Choque; ➢ As condutas que requeiram a intervenção de Suporte
➢ Se necessário, aferir a pressão arterial precocemente; Intermediário ou Suporte Avançado, deverão ser
reportadas imediatamente ao Centro de Operações
✓ Pulso radial ausente e pulso carotídeo presente: para deliberação do médico regulador, inclusive caso
suspeitar e seguir com protocolo decontrole/prevenção seja necessário, com apoio do SAMU ou de outro serviço
de Choque; que garanta o melhor suporte à vítima.
✓ Pulso radial ausente e pulso central ausente: seguir com
protocolo de Reanimação Cardiopulmonar (PCR).

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3º Verificar e anotar os sinais vitais, conforme entrevista
SAMPLA:
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
S: sinais vitais:
1. Ventilação (frequência, ritmo e amplitude);
2. Pulso (frequência, ritmo e saturação);
Consiste na segunda etapa do exame, onde serão 3. Pressão arterial (sistólica e diastólica);
observadas todas as lesões que não impliquem risco imediato à 4. Pele (temperatura, cor, turgor e umidade).
vida. O socorrista deve buscar realizar anamnese direcionada,
checar a história do acidente ou mal súbito, identificar os A: possui alergias? Principal queixa? (História);
ferimentos, aferir os sinais vitais e realizar um exame físico M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso;
padronizado, da cabeça aos pés. P: passado médico, gestação – problemas de saúde ou
doença atual;
BIOMECÂNICA DO TRAUMA L: horário da última ingestão de líquidos ou alimentos; e
A: ambiente do evento.
Um bom atendimento pré-hospitalar requer do
socorrista saber identificar, de acordo com o cenário do Em vítimas não responsivas ou impossibilitadas de
sinistro, quais a possíveis lesões que a vítima pode apresentar. falar, buscar informações com familiares e terceiros.
Para tanto o atendimento ao doente traumatizado pode ser
divido em três fases: 4º Avaliação complementar e continuada:

1) Pré-Colisão: incluem todos os eventos que antecedem a ➢ Monitorar a oxímetria de pulso;


colisão, como ingestão de álcool, drogas, medicamentos, ➢ Aferir a glicemia capilar;
doenças aguadas ou crônicas, etc. ➢ Aferir a pressão arterial e ausculta pulmonar.

2) Colisão: ocorre no momento do impacto, onde na maioria 5º Avaliação complementar realizada no exame da cabeça
traumas temos três tipos: colisão da máquina; colisão dos aos pés.
ocupantes com a máquina; e colisão dos órgãos dentro dos
ocupantes. Realizar um exame objetivo específico, para localizar
ferimentos, sangramentos, afundamentos, desvios,
3) Pós-Colisão: começa tão logo a energia da colisão é hematomas, alterações na cor da pele ou mucosas, assimetrias,
absorvida, nesta fase o socorrista utiliza as informações instabilidades, alterações de motricidade e sensibilidade, que
colhidas nas outras duas fases para tratar o doente. Esse tipo não tenham sido identificados anteriormente pela avaliação
de colisão pode ser dividido em: impacto frontal; impacto primária, tendo como propedêuticas a serem utilizadas a
traseiro; impacto lateral; impacto angular; e capotamento. inspeção seguida de palpação:
Apesar de haver variações em cada padrão, saber identificar
esses cincos padrões auxilia na compreensão de outros tipos a) Crânio e face:
semelhantes de colisões.
➢ Inspecionar e palpar o couro cabeludo, orelhas, ossos da
CONDUTAS NA AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA face, olhos, pupilas (diâmetro, reação à luz e simetria
pupilar), nariz, boca;
Vítima com suspeita de ter sofrido algum agravo asua ➢ Observar alterações na coloração e temperatura da
saúde e/ou integridade física, proveniente de uma emergência pele.
clínica, traumática ou psiquiátrica, ou ainda, em uma situação
desconhecida (mal súbito), que se necessita investigar seus b) Pescoço:
sinais vitais como forma de complemento à coleta de dados,
realizada durante a avaliação primária. ➢ Avaliar região anterior e posterior;
➢ Avaliar, em especial, se há distensão das veias jugulares.
1º Após a realização da Avaliação Primária.
c) Tórax:
2º Identificar e colher dados da vítima:
➢ Observar, em especial, se há uso de musculatura
➢ Nome completo, sexo, idade (...). acessória, tiragem intercostal e de fúrcula, movimentos
➢ Caso a vítima possua nome social, o socorrista deverá assimétricos;
registrar na ficha de ocorrência e chamá-la pelo seu ➢ Presença de edema, hematoma, deformidade e
nome social. crepitação óssea.

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d) Abdome: REFERÊNCIA PARA OS SINAIS E SINTOMAS

➢ Observar abdome distendido, doloroso ou com massas 1) TEMPERATURA CORPORAL:


visíveis;
➢ Presença de hematomas, equimoses e sinais de cinto de É o nível de calor alcançado por um determinado
segurança. corpo, ou seja, é a diferença entre o calor perdido e o calor
produzido pelo organismo. A temperatura corporal deve ser
e) Pelve: medida por meio de termômetro clínico, sendo utilizado com
frequência para verificação nas axilas e a boca (Tabela 01).
➢ Observar sangramentos, contusões ou lesões abertas;
➢ Realizar palpação das cristas ilíacas na busca de dor e/ou Tabela 01 – Parâmetro da Temperatura Corporal (axilar).
instabilidade realizando compressão láteromedial e
anteroposterior.

f) Membros superiores:

➢ Observar, em especial, a palpação de pulsos distais e Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-


perfusão dos membros (enchimento capilar), content/uploads/2020/08/PROTOCOLO_DE_SUPORTE_BASICO_DE_VIDA_DO
sensibilidade; _CBMGO 2020_v2.pdf
➢ Avaliar a força motora, solicitando que a vítima aperte
a mão do socorrista e/ou eleve um braço de cada vez, se Na emergência a principal característica a ser
descartada qualquer potencial lesão. observada é a queda de temperatura.

g) Membros inferiores: O organismo produz calor, como resultado do


metabolismo dos alimentos, para fornecer energia. Esse calor
➢ Observar, em especial, a palpação de pulsos distais e é dissipado primariamente por meio da pele.
perfusão dos membros (enchimento capilar),
sensibilidade; a) Sob condições normais, a produção do calor metabólico
➢ Avaliar a força motora, solicitando que a vítima é exatamente balanceada pela perda de calor e a
movimente os pés e/ou eleve uma perna de cada vez, se temperatura interna do corpo é mantida
descartada qualquer potencial lesão. constantemente em 37º C.
b) Processos físicos envolvidos na perda de calor do corpo
6º Realizar reavaliação continuada e monitorar a vítima para o ambiente.
durante o transporte. c) Radiação é a transferência de calor para outro objeto de
temperatura mais baixa, situado a distância.
7º Informar ao Centro de Operações a condição e o estado da d) O organismo produz calor, como resultado do
vítima passando os dados de forma sistematizada. metabolismo dos alimentos, para fornecer energia. Esse
calor é dissipado primariamente por meio da pele.
8º A vítima deverá ser encaminhada para a unidade hospitalar e) Condução é a transferência do calor do corpo para um
regulada pelo Centro de Operações ou hospital de referência. objeto mais frio em contato com ele.
f) Convecção é o movimento do volume das moléculas de
➢ Nas vítimas estáveis inicia-se a Avaliação Secundária ar quente para distante do corpo.
logo após o término da Avaliação Primária, podendo g) Quando a temperatura corporal começa a diminuir,
fazê-la no interior da viatura, a caminho do hospital; como ocorre em um dia frio, há uma diminuição do fluxo
➢ Retomar avaliação primária a qualquer momento se sanguíneo cutâneo, reduzindo assim a perda de calor
observar qualquer deterioração dos sinais e sintomas pelo corpo.
da vítima; h) O suor é outro processo pelo qual o corpo pode regular
➢ Vítimas instáveis que necessitam de manobras para a a velocidade da perda de calor. Mas isso não irá
manutenção dos sinais vitais, não será realizada a acontecer até que a temperatura central do corpo
Avaliação Secundária, devendo priorizar odeslocamento ultrapasse 37º C.
rápido para o hospital;
➢ Sempre considerar a cinemática do trauma na busca das 2) MOVIMENTOS VENTILATÓRIOS POR MINUTO (VPM):
lesões.
É a sucessão rítmica de movimentos de expansão e de
retração pulmonar com finalidade de efetuar trocas gasosas
entre a corrente sanguínea e o ar por meio dos pulmões. Ao
avaliar a respiração, devemos sempre considerar seu caráter
(superficial ou profundo, silencioso ou ruidoso),
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ritmo (regular ou irregular) e frequência (movimentos A pressão sanguínea da vítima deve ser verificada com
respiratórios por minuto - MRPM). frequência a fim de detectar qualquer variação no seu estado
Sendo a respiração parcialmente controlada pelo geral. A pressão arterial é influenciada pela força do batimento
homem, faz-se necessário que sua frequência seja contada de cardíaco e pelo volume, circulante podendo também ser
maneira discreta, para que a pessoa não perceba, evitando alterada em situações de: trauma; susto; e algumas doenças
erro. Ex.: ao verificar frequência respiratória, transpareça estar (Tabela 04).
verificando pulso.
Em alguns casos podemos observar variações dos Tabela 04 – Parâmetro da Pressão Arterial.
padrões normais da respiração como: trauma; doenças
súbitas; emoções; e atividades físicas (Tabela 02).

Tabela 02 – Parâmetro da Respiração.


Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-
content/uploads/2020/08/PROTOCOLO_DE_SUPORTE_BASICO_DE_VIDA_DO
_CBMGO 2020_v2.pdf

Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp- AVALIAÇÃO PELO MNEMÔNICO ACENA


content/uploads/2020/08/PROTOCOLO_DE_SUPORTE_BASICO_DE_VIDA_DO
_CBMGO 2020_v2.pdf A - Avaliar arredores, a casa e a presença de armas ou artefatos
que indiquem o uso de álcool e drogas; altura e a aparência da
3) PULSO (FREQUÊNCIA CARDÍACA NORMAL): vítima.

É a ondulação exercida pela expansão das artérias, C - Observar a presença de sinais de conflito e crise na rede
seguindo uma contração do coração. O pulso pode ser social da vítima.
percebido sempre que uma artéria é comprimida contra um
osso. E - Avaliar as expectativas e a receptividade da rede social, da
Existem vários locais onde podemos perceber o pulso, própria vítima e da equipe de atendimento.
mas os mais utilizados em situações de emergências são:
carotídeo, radial, femural e braquial. O pulso também pode ser N - Avaliar o nível de consciência, a adequação à realidade, a
verificado pela ausculta cardíaca, com um estetoscópio e capacidade de escolha e o nível de sofrimento.
chama-se pulso apical.
Ao medir o pulso deve-se observar a frequência, o ritmo A - Avaliar a presença de sinais de uso de álcool e drogas, a
e o volume. Podemos perceber por intermédio do pulso presença de agressividade (atual ou anterior) e a presença de
algumas alterações em casos de: ferimentos; doença súbita; sinais de autoagressão.
emoções fortes; e atividades físicas.
O sangue corre pelo corpo que é um circuito contínuo. Utilizar a avaliação ACENA para a avaliar vítimas com
O coração é uma bomba pulsátil que ejeta sangue intermitente distúrbio de comportamento, intoxicações e problemas
no sistema arterial (Tabela 03). psicológicos. O objetivo específico da avaliação secundária é
localizar alterações na cor da pele ou mucosas, assimetrias
Tabela 03 – Parâmetro da Pulso. morfológicas, instabilidades hemodinâmicas, ruídos anômalos
emitidos pela vítima, alterações de motricidade e sensibilidade.
As condutas que requeiram a intervenção de suporte
intermediário ou avançado, deverão ser reportadas
imediatamente ao Centro de Operações para deliberação do
médico regulador, inclusive com apoio do SAMU ou de outro
serviço que garanta o melhor suporte à vítima.

Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-
content/uploads/2020/08/PROTOCOLO_DE_SUPORTE_BASICO_DE_VIDA_DO
_CBMGO 2020_v2.pdf
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO
(OVACE)
4) PRESSÃO ATERIAL:

É a pressão exercida pelo sangue contra as paredes da


A obstrução das vias aéreas por corpo estranho é um
artéria quando este é impulsionado pela contração do músculo
episódio testemunhado (ou referido) de engasgo com ou sem
cardíaco (sístole). SÍSTOLE= contração e DIÁSTOLE=
tosse e/ou sinais de sufocação, onde a vítima apresenta
relaxamento.
dificuldade para respirar espontaneamente, inquietação, não
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conseguindo falar, cianose, podendo estar com as mãos I o abdome em movimentos rápidos, direcionados
posicionadas na garganta. para dentro e para cima (formando um J);
o Repetir a manobra até a desobstrução total,
CONDUTA intercalando com tapotagens ou a vítima tornar-
se não responsiva.
1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
ocorrência; ✓ Em vítimas obesas e gestantes, realize as
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme compressões sobre o esterno (linha intermamilar) e
necessidade; não sobre o abdome.
3º O atendimento a OVACE inicia-se na letra “A” da avaliação
inicial: b) Vítima adulta ou crianças maiores que um ano inconsciente:
4º Obstrução leve (parcial): vítima adulta ou criança, capaz de
responder se está engasgado, consegue tossir, falar e respirar: I. Posicionar a vítima em decúbito dorsal em uma
superfície rígida;
I. Inicialmente não realizar manobras de desobstrução II. Abra a boca da vítima e tente visualizar o corpo
(não interferir); estranho, caso o encontre, tente retirá-lo;
II. Acalmar a vítima; III. Não realize exploração digital às cegas, isso poderá
III. Incentivar tosse vigorosa; pressionar o corpo estranho para uma posição ainda
IV. Monitorar e oferecer suporte de oxigênio, se mais de difícil remoção;
necessário; IV. Executar compressões torácicas com objetivo de
V. Observar a saída do corpo estranho; remoção do corpo estranho e ventilações, conforme
VI. Se não desobstruir, seguir conduta para obstrução protocolo de RCP;
grave. V. Após dois minutos de RCP, repetir os passos I e II, se
nada encontrado, realizar 1 insuflação e se o ar não
5º Obstrução grave (total): vítima adulta ou criança, que não passar ou o tórax não expandir, reposicionar a cabeça e
consegue falar, podendo apresentar ventilação ruidosa, tosse insuflar novamente;
silenciosa: VI. Reiniciar a RCP e considerar o transporte imediato
mantendo as manobras básicas de desobstrução e
a) Vítima adulta ou crianças maiores que um ano consciente: ressuscitação; 5º Prevenir choque e fornecer suporte
ventilatório conforme demanda.
I. Abra a boca da vítima e tente visualizar o corpo estranho
e tente retirá-lo; 6º Se necessário, peça auxílio do Suporte Intermediário ou
II. Não realize exploração digital às cegas, isso poderá Avançado;
pressionar o corpo estranho para uma posição ainda 7º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
mais de difícil remoção; 8º Estabilizar e priorizar a movimentação:
III. Efetuar 04 ou 05 tapotagens entre as omoplatas;
IV. Caso a vítima ainda continue engasgada, abrace a vítima 1) prancha scoop,
por trás e com o punho cerrado no estômago, faça 05 2) elevação a cavaleira,
(cinco) compressões abdominais (manobra de Heimlich) 3) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa.
ou no esterno (gestantes, obesos e em vítimas que a
manobra de Heimlich não for indicada ou eficaz); 9º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na Coluna
V. Repita os passos nas ações 1, 2, 3 e 4, caso não obtenha Vertebral;
sucesso: 10º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
✓ O socorrista deve abraçar a vítima por trás para regulado ou de referência.
executar a compressão abdominal (manobra de
Heimlich), podendo em vítimas de baixa estatura ✓ Não se realiza compressões abdominais (manobra de
(criança) ficar ajoelhado; Heimlich) em vítima inconsciente, devendo realizar
✓ Conduta para a execução da manobra de Heimlich: compressões torácicas equivalentes à RCP.

o Posicionar-se por trás da vítima, com seusbraços SITUAÇÕES ESPECIAIS


à altura da crista ilíaca;
o Posicionar a mão dominante fechada, com a face De igual forma, na vítima pediátrica (bebê menor que
do polegar encostada na parede abdominal, entre 1 ano de idade) com obstrução leve, não se realiza manobras
apêndice xifoide e a cicatriz umbilical; de desobstrução quando o bebê está responsivo. O socorrista
o Com a outra mão, não dominante, deverá estar deverá tentar acalmar a vítima, permitir tosse vigorosa e
espalmada sobre a primeira, devendo comprimir observar atenta e constantemente a evolução. Já em caso de

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obstrução grave em bebê responsivo, o profissional deve I
sentar-se para realizar a manobra da seguinte maneira: PARADA RESPIRATÓRIA
a) Vítima: criança menor que um ano (bebê) consciente:

I. Pegue a criança, posicione em decúbito dorsal e A parada respiratória é definida como vítima não
verifique a cavidade oral, removendo corpos estranhos responsiva, com pulso presente (batimento cardíaco), em
ou aspirando secreções, não sendo possível; apneia (parada ventilatória), sem movimentos de expansão
II. Posicione a criança em decúbito ventral em seu torácica e pele de cor arroxeada nos lábios e extremidades
antebraço, com a cabeça mais baixa que o tronco, (cianótica).
podendo apoiá-la em seus membros inferiores;
III. Efetue cinco tapotagens entre as escapulas; 1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
IV. Caso não obtenha sucesso, vire a criança em decúbito ocorrência;
dorsal em superfície rígida e realize cinco compressões 2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme
no esterno; necessidade;
V. Não realize exploração digital às cegas, isso poderá 3º O atendimento a parada respiratória inicia-se na letra “A”;
pressionar o corpo estranho para uma posição ainda 4º “A” Verifique a responsividade da vítima enquanto
mais difícil de remoção; simultaneamente avalia pulso e ventilações ou se a mesma é
VI. Se não obtiver sucesso, repita as ações I, II, III e IV anormal:
quantas vezes for necessário, até a chegada do Suporte
Avançado, se disponível. I. Estabilize a coluna cervical usando as mãos;
II. Se não houver história de trauma: Desobstrua as vias
✓ Em pacientes obesas e gestantes no último aéreas com a extensão da cabeça e elevação do queixo;
trimestre, realize as compressões sobre o esterno III. Na presença de história de trauma: Desobstrua as vias
(linha intermamilar) e não sobre o abdome. aéreas sem a extensão da cabeça, utilizando a tração da
mandíbula;
b) Vítima criança menor que um ano (bebê) inconsciente: IV. Constatado pulso presente e ventilações ausente.

I. Pegue a vítima (criança) e posicione em decúbito dorsal 5º Abra a boca da vítima e avalie a necessidade de
em superfície rígida e realize 4 ou 5 compressões no desobstrução com aspiração de secreção ou retirada de corpos
esterno; estranhos;
II. Verifique a cavidade oral se há algum corpo estranho, 6º “B” efetuar 02 (duas) ventilações de Resgate, cada
caso tenha, retire; ventilação deve ser administrada em 1 segundo e deve produzir
III. Não realize exploração digital às cegas, isso poderá expansão torácica. Se o tórax não expandir apesar das
pressionar o corpo estranho para uma posição ainda manobras anteriores, seguir protocolo de obstrução de vias
mais de difícil remoção; aéreas por corpo estranho (OVACE);
IV. Realize as compressões torácicas com 2 dedos (15 7º “C” verifique pulso central (adulto: carotídeo ou femoral;
compressões para cada 2 ventilações), mantendo a criança: braquial);
frequência de compressão de no mínimo 100 e no 8º Se houver pulso, continue administrando 01 (uma)
máximo 120 compressões por minuto, semelhante a ventilação a cada:
RCP;
✓ 5 segundos em vítimas adultas;
✓ O Videofonista do COB deverá acalmar e orientar o ✓ 3, 4 ou 5 segundos para as vítimas {de 1 ano (criança) até
solicitante, quanto as condutas de primeiros adolescência}, dependendo da estatura e idade da
socorros em caso de OVACE, durante o vítima;
deslocamento até a chegada da equipe de APH; ✓ 3 segundos para Bebês (menores de um ano exceto
✓ São sinais de OVACE em lactente: cianose e olhos neonatos);
arregalados, além da dificuldade de chorar, tossir e ✓ 1,5 segundos para bebês recém-nascido (neonatos).
emitir sons.
✓ Em lactente e neonato, fazer somente compressões 9º Cheque pulso central a cada 2 minutos. Na ausência de
torácicas com dois dedos e mantendo a cabeça mais pulso iniciar Protocolo de Reanimação Cardiopulmonar (RCP).
baixa que os pés; 10º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme
✓ O socorrista deve tomar cuidado quanto a cabeça da demanda;
criança, devendo apoiá-la e evitar chicote. 11º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;

1º Estabilizar e priorizar a movimentação:

1) prancha scoop,
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2) elevação a cavaleira, I para prevenir o contato boca a boca ou boca nariz
3) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha durante manobras de reanimação;
longa. ✓ Em vítima adulta, com trauma na região maxilaronde
há dificuldade para ventilação boca a boca, pode-se
2º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na proceder a ventilação boca nariz.
Coluna Vertebral; ✓ Apesar da importância de se realizar as ventilações
3º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações, boca a boca, não é recomendado pelo risco
pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o biológico, todavia não existem dados significativos
hospital regulado ou de referência. de contaminação de socorristas ao executá-la.

CONDIÇÕES ESPECIAIS ➢ CONDUTA PARA VENTILAÇÃO BOCA MÁSCARA: seguir a


mesma conduta de reanimação para a parada ventilatória,
➢ CONDUTA PARA VENTILAÇÃO BOCA A BOCA: a ventilação substituindo o AMBU, pela “Pocket Mask”, a qual isola a
boca a boca só deverá ser feita caso o socorrista não boca do socorrista do contato com a boca da vítima:
disponha de material adequado (AMBU ou Pocket Mask)
para atendimento de emergência, seu emprego é um meio I. Selecionar a máscara adequada;
de fortuna, devendo seguir a mesma conduta de II. Colocar a porção mais estreita da máscara sobre o nariz
reanimação para a parada ventilatória, substituindo o da vítima;
AMBU, pelo selo da boca do socorrista com a boca davítima: III. Posicionar a máscara no rosto, fixando-a com as mãos
de modo a conseguir um selo que impeça o vazamento
I. Se não houver contraindicação, realizar extensão da de ar.
cabeça; IV. Ventilar como descrito no procedimento para ventilação
II. Ocluir as narinas com o polegar e indicador com uma boca a boca;
mão e tracionar o queixo da vítima para cima; V. Se a máscara possuir entrada de oxigênio
III. Inspirar normalmente (não realizar inspiração máxima); complementar, deve ser utilizado se disponível no local
IV. Soprar o ar contido em seu tórax na boca da vítima, da ocorrência;
mantendo selo entre os lábios da vítima e do socorrista
de modo que não se perca ventilação pelo vazamento ✓ A “Pocket Mask” pode ser utilizada em bebês ou
de ar. Após ter insuflado o tórax da vítima, deixar que crianças pequenas invertendo a posição da máscara
ocorra espontaneamente a expiração; em relação ao nariz, posicionando a porção mais
V. Repetir o procedimento na frequência ventilatória estreita da máscara sobre o queixo do bebê ou
definida pela idade da vítima. criança.
VI. Checar pulso central a cada 02 (dois) minutos, se pulso
ausente iniciar Protocolo de Reanimação ➢ CONDUTA PARA VENTILAÇÃO COM AMBU (UM
Cardiopulmonar (RCP); SOCORRISTA): a conduta de reanimação ventilatória, segue
VII. Se pulso presente, manter as ventilações até o retorno a mesma sequência, cabendo ao socorrista, realizar a
da ventilação espontânea ou chegada da guarnição de fixação da máscara do AMBU com uma das mãos e apertar
Resgate. o reservatório com a outra, no ritmo compatível com a faixa
etária da vítima.
➢ CONDUTA PARA VENTILAÇÃO BOCA NARIZ: seguir a
mesma conduta de reanimação para a parada ventilatória, I. Selecionar o AMBU adulto ou infantil;
substituindo o AMBU, pelo selo da boca do socorrista com II. Posicionar atrás da vítima e estabilize a cabeça com os
o nariz da vítima: joelhos;
III. Colocar a máscara sobre a boca e nariz e faça pressão
I. Em crianças com face pequena, o socorrista faz selo para baixo com o polegar e indicador para adaptar a
entre a sua boca e a boca e o nariz da vítima; máscara na face da vítima. Os outros dedos são
II. Soprar somente a quantidade de ar necessária para distribuídos pela mandíbula e fazem tração em direção
insuflar o tórax da vítima (acompanhar a insuflação do à máscara para puxar a mandíbula e manter a via aérea
tórax durante o procedimento com a visão periférica). aberta;
IV. Comprimir o reservatório com a outra mão para enviar
✓ A manobra de ventilação boca a boca ou boca nariz, seu volume para o tórax da vítima. A insuflação deve ser
deve ser empregada como meio de fortuna, em realizada em 1 segundo e produzir elevação visível do
último caso, cabendo ao socorrista a decisão de tórax.
executá-la;
✓ Compete a guarnição de Resgate ou Guarda-Vidas ➢ CONDUTA PARA VENTILAÇÃO COM AMBU (DOIS
em prevenção, possuir AMBU ou pocket mask em SOCORRISTA): A conduta de reanimação ventilatória,segue
seu kit de primeiros socorros, no local da ocorrência a mesma sequência. Um socorrista realizar a fixação da
máscara do AMBU com as duas mãos e o outro
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socorrista aperta o reservatório, no ritmo compatível com I ASSISTÊNCIA QUANTO À SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO
a faixa etária da vítima.

I. Um socorrista ajoelha-se atrás da vítima, e com as duas


mãos posiciona a máscara sobre a boca e nariz. Os
polegares e indicadores das duas mãos fixam a máscara
e aplicam pressão em direção a face. Os outros dedos
são distribuídos pela mandíbula e a tracionam para cima
para manter a via aérea aberta.
II. O segundo socorrista fica encarregado de aplicarpressão
no reservatório para insuflação do tórax. A insuflação
deve ser realizada em 01 (um) segundo e produzir Fonte: Protocolo de Suporte Básico de Vida, 2020.
elevação visível do tórax.
Alteração na saturação da vítima, ofertar inicialmente
➢ CONSIDERAÇÕES SOBRE SUPORTE VENTILATÓRIO: a oxigênio via máscara não reinalante. Caso não tenha uma
ventilação deve ser ofertada para todas as vítimas, resposta satisfatória de melhora, iniciar a ventilação com
conforme respectiva necessidade, buscando prevenir que AMBU e reservatório de O2.
a vítima entre em Choque, melhorar a oxigenação tecidual
e evitar hipóxia. PARÂMETROS DO PERCENTUAL DE OXIGÊNIO

➢ ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA OU OXIGENOTERAPIA: o


AMBU é constituído por uma bolsa dotada de válvula
unidirecional permitindo criar um fluxo contínuo através de
sua compressão, visando fornecer uma oxigenação
adequada aos tecidos, garantindo um suporte ventilatório
nas dispneias, paradas respiratórias ou durante a
reanimação cardiopulmonar;

➢ ASSISTÊNCIA QUANTO À FREQUÊNCIA VENTILATÓRIA:

1º Vítimas com ventilação normal de 12 a 20 por minuto,utilizar


de cateter nasal com oxigênio na proporção de 4 a 6 L/min;
*litros por minutos (L/min), as porcentagens são valores aproximados, N/A -
2º Vítimas com bradipneia, menos que 10 ventilações por não se aplica.
minuto ou ausente, deve-se providenciar assistência
ventilatória com AMBU acoplado com reservatório conectado
ao oxigênio na proporção de 12 a 15L/min;
3º Vítimas com taquipneia entre 20 a 30 ventilações por PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)
minuto: usar máscara não reinalante com reservatório de
oxigênio, para obter saturação de oxigênio (FIO2) acima de
85%; Vítima não responsiva, ventilações ausentes ou
4º Vítimas com taquipneia severa (ventilação ofegante) acima respiração agônica (gasping), sem pulso central palpável.
de 30 ventilações por minuto: providenciar assistência Crianças menores de 1 ano de idade, com frequência cardíaca
ventilatória preferencialmente com AMBU acoplado com inferior a 60 bpm, deve ser interpretado como ritmo de parada
reservatório conectado ao oxigênio na proporção de 12 a cardiorrespiratória - PCR e iniciar manobras de Reanimação
15L/min. Cardiopulmonar - RCP.

✓ Sempre que possível, adotar ventilação assistida com 1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
oxigênio na proporção de 15 L/min em todos ocorrência;
atendimentos. 2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme
necessidade;
3º O atendimento à PCR (parada cardiorrespiratória) inicia-se
na letra “A”;
4º Em um processo único e dinâmico o 1º Socorrista deverá
avaliar a responsividade da vítima:

✓ Chamando-a e tocando-a pelos ombros - “Ei senhor


(a)!”;

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✓ Checar a ventilação (ver, ouvir e sentir) e pulso I desnudo, raspado e seco da vítima sem interromper as
simultaneamente, esse procedimento não deve compressões torácica;
exceder 10 segundos. • Com o posicionamento dos eletrodos o DEA deverá ser
✓ Se a vítima não estiver responsiva, sem pulso e/ou sem ligado;
ventilação ou ventilação anormal (gasping). • Os 1º e 2º Socorristas devem interromper a RCP e não
✓ Posicionar a vítima em decúbito dorsal sobre superfície tocar na vítima, enquanto o equipamento estiver
plana, rígida e seca e iniciar protocolo de reanimação analisando o ritmo cardíaco;
cardiorrespiratória (CABD). • Após a análise do ritmo cardíaco, seguir orientação do
DEA (se houver indicação de choque, solicitar que todos
5º Simultaneamente e no curto prazo que o 1º Socorrista está se afastem da vítima e disparar o choque quando
avaliando a vítima, o 2º Socorrista deverá, caso não haja pulso indicado pelo DEA).
ou se houver dúvidas:
10º Reiniciar a RCP, no ritmo de 30 compressões para 02
• Selecionar e preparando os materiais necessários:AMBU insuflações, sem desconectar o DEA e avaliar o pulso a cada 02
com reservatório, kit de oxigênio portátil, cânula minutos ou 05 (cinco) ciclos;
orofaríngea e o Desfibrilador Externo Automático - DEA; 11º Após 02 (dois) minutos de compressões e insuflações
Observação: O DEA é utilizado para aplicar uma corrente eficientes, checar novamente o ritmo com o DEA:
elétrica sobre o músculo cardíaco, por um curto período • Se choque for indicado, siga as orientações do
de tempo, para cessar o ritmo anormal. É indicado para equipamento. Em seguida, reinicie imediatamente a RCP
fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem com ciclo de 30 (trinta) compressões para 2 (duas)
pulso. A corrente elétrica causa uma assistolia insuflações;
momentânea e não devem ser utlizadas em cima do • Se choque não for indicado, checar pulso carotídeo e,
tórax molhado ou dispositivos implantados. se pulso ausente, reiniciar imediatamente a RCP com
• Expor o tórax da vítima; ciclo de 30 (trinta) compressões para 2 (duas)
• Após a confirmação da PCR pelo 1º Socorrista, iniciar a insuflações.
massagem cardíaca com 30 compressões no centro do
tórax (esterno), mantendo as mãos espalmadas, 12º Checar pulso carotídeo a cada 2 minutos, se a vítima não
sobrepostas e com os braços esticados. voltar a ter sinais vitais e o DEA não for indicado, manter a RCP,
• Comprimir rápido (na frequência de 100 a 120 no ritmo de 30 compressões para 02 insuflações a cada 02
compressões/minuto) e forte (deprimindo o tórax em 5 minutos ou 05 (cinco) ciclos;
a 6 cm), deverá permitir que o tórax retorne totalmente 13º Manter a RCP e avaliação do pulso a cada 2 minutos até a
à sua posição normal entre as compressões e evitar chegada do Suporte Avançado de Vida, chegada ao hospital ou
interrupções; 6º Simultaneamente à execução das até a vítima apresentar sinais de circulação (respiração, tosse
compressões pelo 2º Socorrista, o 1º Socorrista deve: e/ou movimento);
Desobstruir as vias aéreas da vítima e inserir a cânula 14º Se houver retorno da circulação espontânea, seguir
orofaríngea; Protocolo de cuidados pós RCP;
• Em vítimas de emergência clínica e que não receberam 15º Na ausência de retorno a circulação espontânea ou outras
descarga de energia poderá realizar hiperextensão condições de risco, considerar Protocolo de Interrupção da
cervical (pescoço); RCP;
• Após as primeiras 30 compressões realizadas pelo 2º 16º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme
Socorrista, iniciar as ventilações com 02 (duas) demanda;
insuflações eficientes (de 1 seg cada e com elevação 17º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
visível do tórax) utilizando AMBU com reservatório e 18º Estabilizar e priorizar a movimentação:
oxigênio adicional, já conectado ao cilindro de oxigênio
com fluxo regulado entre 12 a 15 L/min); 1º) prancha scoop,
2º) elevação a cavaleira,
7º Após as 02 insuflações o 2º Socorrista reinicia as massagens 3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa.
cardíacas executando 30 compressões;
8º A reanimação cardiopulmonar será realizada pelo 1º e 2º 19º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na
Socorrista devendo manter o ritmo de 30 (trinta) compressões Coluna Vertebral;
para 02 (duas) insuflações, com checagem do pulso a cada 02 20º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
minutos ou 05 (cinco) ciclos; pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
9º O 3º Socorrista após informar ao COB e solicitar apoio do regulado ou de referência.
Suporte Avançado, de posse do Desfibrilador Externo
Automático - DEA assim que possível, posiciona precocemente • Assim que constado o pulso AUSENTE na vítima, o
as pás no tórax da vítima: Centro de Operações deve ser informado
imediatamente e solicitando apoio de suporte
• Instalar os eletrodos de adulto do DEA no tórax avançado na cena;
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• A checagem pulso (central): carotídeo na vítima adulta I I. Inicie RCP com 30 compressões torácicas e 02
e braquial na vítima pediátrica, não deve exceder a 10 ventilações, produza elevação visível do tórax;
segundos. II. Continue o procedimento de 30x02 até que o DEA esteja
• Obrigatoriamente, durante a RCP, as posições entre os disponível e com as pás conectadas (precocemente) na
socorristas devem ser alternadas a cada 2 minutos para vítima.
minimizar a fadiga.
• Na impossibilidade ou inexistência do 3º Socorrista para 7º Se forem 02 (dois) socorristas:
apoiar durante a RCP, o 1º e 2º Socorrista deverão
realizar a rotina completa da RCP com o uso do DEA; I. Inicie RCP com 15 compressões torácicas e 02
• Sempre que possível, priorizar a realização da RCP com ventilações, produza elevação visível do tórax;
a viatura parada; II. Continue o procedimento de 15x02 até que o DEA esteja
• Os eletrodos do DEA deverão ser posicionados na disponível e com as pás conectadas (precocemente) na
posição: anterolateral em vítima adulta e vítima.
anteroposterior em vítimas pediátricas e/ou portadoras
de marca-passo. 8º Após a análise do DEA seguir suas orientações;
• Na ausência de atenuador de carga ou eletrodos 9º Se indicado, reiniciar a RCP 30x02 (01 Socorrista) ou 15x02
específicos para vítima pediátrica, poderão ser (02 Socorristas) por dois minutos ou na sequência de 05 (cinco)
utilizados os eletrodos para vítima adulta. ou 10 (|dez) ciclos respectivamente, na sequência aguardar a
análise do DEA;
10º Checar pulso a cada 02 minutos; se ausente, reiniciar a RCP;
11º Se houver retorno da circulação espontânea, seguir
Protocolo de cuidados pós RCP;
12º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme
demanda;
13º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
14º Estabilizar e priorizar a movimentação:

1º) prancha scoop,


2º) elevação a cavaleira,
3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa.

15º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na


Coluna Vertebral;
16º Na ausência de retorno à circulação espontânea ou outras
condições de risco, considerar Protocolo de Interrupção da
RCP;
17º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
regulado ou de referência.

• Segundo a AHA, as faixas etárias são: 0 a 28 dias


(neonato), 29 dias a 1 ano (lactente), 1 a 8 anos (criança)
e acima de 8 anos (adulto).
• Para fins de SBV, no entanto, a faixa etária da criança é
CONDUTA PARA A RCP EM CRIANÇA / BEBÊ / NEONATO
de 1 ano até a puberdade e do adulto da puberdadeem
diante. As demais faixas etárias permanecem
1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
inalteradas.
ocorrência;
• Ao checar a responsividade em crianças, chame-a
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme
tocando em seus ombros - “Ei você está bem?”, nos
necessidade;
bebês (lactentes) toque em seus pés;
3º O atendimento a parada cardiorrespiratória inicia-se naletra
• Durante a avaliação da responsividade observar:
“A”;
expansão do tórax, temperatura e coloração da pele, se
4º Em um processo único e dinâmico verifique a responsividade
constatar: ausência de movimentos torácicos, pele fria,
(no máximo 10 segundos) checando ventilação e pulso
pálida e com cianose na face, não estiver responsiva,
simultaneamente, caso não haja pulso ou se houver dúvidas,
sem pulso e/ou sem ventilação ou ventilação anormal
solicite apoio de Suporte Avançado de Vida;
(gasping) suspeitar de PCR.
5º Posicione a criança em decúbito dorsal em superfície plana
e rígida;
6º Se for 01 (um) socorrista:
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I. Posicionar a vítima em decúbito dorsal sobre I 11º Iniciar as ventilações com 02 insuflações (ventilação de
superfície plana, rígida e seca e iniciar protocolo de resgate), utilizando AMBU com reservatório de oxigênio, fluxo
reanimação cardiorrespiratória (CABD). de 15 L/min;
II. As compressões no bebê são realizadas na linha 12º Expor o tórax da vítima; Se necessário realizar curativo
intermamilar com 02 dedos ou com uma ou duas valvulado (três pontos) e imobilizar objetos empalados (não
mãos (criança), conforme a tamanho da vítima; remover);
III. As insuflações devem produzir elevação visível no 13º Na sequência, adotar a frequência de 01 insuflação a cada
tórax: 06 segundos;
14º Não demorar na cena, priorizar a remoção da vítima,
✓ Para evitar o risco de isquemia cerebral, não mantendo as ventilações durante o transporte;
checar pulso carotídeo em bebês (lactente) e 15º Continuar com a avaliação primária, no interior da viatura,
neonato, prefira sempre checar pulso braquial; se necessário e possível, realizar curativos, imobilizações e
✓ Execute compressões rápidas e fortes, com no outras condutas (massagem);
mínimo 100 e no máximo 120 por minuto, 16º Se houver retorno da circulação espontânea, seguir
deprimindo o esterno 5 cm em criança e 4 cm em Protocolo de cuidados pós RCP;
lactente. 17º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme
✓ Permita o retorno completo do tórax após cada demanda;
compressão. 18º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
✓ Minimize as interrupções entre os ciclos de 19º Estabilizar e priorizar a movimentação:
compressões.
✓ Evite excesso de ventilação (hiperventilação) 1º) prancha scoop,
✓ O desfibrilador externo automático – DEA, pode 2º) elevação a cavaleira,
ser usado em bebês ou crianças, com atenuador 3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa.
de carga ou pás pediátricas;
✓ Na ausência de pás pediátricas pode-se utilizar 20º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na
as pás de vítima adulta. Coluna Vertebral;
21º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
CONDUTA PARA A RCP EM EMERGÊNCIA TRAUMÁTICA pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
regulado ou de referência.
1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
ocorrência; ✓ A massagem cardíaca durante uma PCR traumática não
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme é proibida, todavia, não é prioridade na cena, devendo
necessidade; priorizar as ventilações com vias aéreas pérvias e
3º Posicionar a vítima em decúbito dorsal sobre superfície deslocamento rápido ao encontro do Suporte Avançado;
plana, rígida e seca, mantendo a estabilização da coluna ✓ As principais causas da PCR no trauma contuso ou
cervical com as mãos e posteriormente com os joelhos; penetrante são: Hipóxia; Hipovolemia; Tamponamento
4º Priorizar e controlar as grandes hemorragias; cardíaco e Pneumotórax hipertensivo;
5º O atendimento a parada cardiorrespiratória inicia-se naletra ✓ O uso do DEA na PCR oriunda de trauma contuso ou
“A”; penetrante não é prioridade, salvo nos casos de suspeita
6º Avaliar a responsividade da vítima: de emergência clínica primária, antecedendo ao trauma;
✓ Vítimas em PCR traumática oriundas de choque elétrico
• Chamando-a e tocando-a pelos ombros - “Ei senhor(a)!”; e/ou descargas atmosféricas, deve-se adotar o
• Checar ventilação (ver, ouvir e sentir) e pulso protocolo para a RCP em emergência clínica;
simultaneamente, esse procedimento não deve ✓ Vítimas em PCR traumática oriundas de “Commotio
exceder 10 segundos; cordis” ou Trauma Crânio encefálico (TCE), cujo DEA
• Se a vítima não estiver responsiva, sem pulso e/ou sem sugere choque, deve-se adotar o protocolo para a RCP
ventilação ou ventilação anormal (gasping). em emergência clínica.
✓ Todas as vítimas em PCR, necessitam da assistência e
7º Observar e contextualizar a PCR com a cinemática do da intervenção do Suporte Avançado de Vida, devendo
trauma; ser reportado imediatamente ao Centro de Operações
8º Informar ao COB e solicitar apoio do Suporte Avançado; para deliberação do médico regulador;
9º Desobstruir as vias aéreas com controle de coluna cervical, ✓ Sendo viável e estando disponível, o serviço aeromédico
se necessário, aspirar secreções e/ou remover corpos deverá ser designado para a ocorrência.
estranhos; ✓ Na ausência de equipes de Suporte Avançado de Vida do
10º Inserir cânula orofaríngea; CBMGO/SIATE, deve-se solicitar o apoio do SAMU

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ou de outro serviço que garanta o melhor suporte à I Observação: Caso o paciente apresente um choque
vítima. hemorrágico, o socorrista deverá primeiramente puncionar
uma veia periferica de grosso calibre e iniciar reposição de
volume.
HEMORRAGIAS
5º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
6º Estabilizar e priorizar a movimentação:

1) HEMORRAGIA EXTERNA: presença de sangue oriundo de 1º) prancha scoop,


ferimentos observadas preferencialmente durante a 2º) elevação a cavaleira,
AvaliaçãoPrimária, com ou sem os sinais de palidez, sudorese, 3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha
taquipneia e taquicardia. longa.

1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a 7º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na


ocorrência; Coluna Vertebral;
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme 8º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
necessidade; pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
3º O controle das grandes hemorragias (exanguinantes) deve regulado ou de referência.
ser prioridade e executado na letra “X” da Avaliação
Primária: ✓ Para o torniquete, preferencialmente deve-se
utilizar o torniquete (tático) seguindo orientações do
I. Primeiramente o socorrista deverá realizar a fabricante ou utiliza-se um meio de fortuna, como
compressão direta (manual) utilizando gazes, ataduras uma faixa de tecido de 10 cm de largura (ex.
ou compressas de campo, se houver saturação com bandagem triangular);
sangue, deverá ser acrescentada mais ataduras e ✓ Não utilizar arame, fios ou similares para não
gazes, não retirando as saturadas, para não perder o agravar as lesões.;
processode coagulação. A compressão deverá ser no ✓ O socorrista poderá realizar uma compressão
mínimo de 10 minutos, devendo ser realizada arterial anterior ao ferimento antes que seja
mediante curativo compressivo. colocado o torniquete;
II. Caso a compressão direta não seja efetiva e ✓ O manguito do esfigmomanômetro é um recurso
considerando lesões de extremidades, faça um viávele disponível na UR;
torquinete, seguindo as seguintes etapas: ✓ Apesar de poder utilizar a compressão direta nestes
casos, não se deve perder tempo ou retardar para
1) Aplique o torniquete proximal a virilha ou axila do colocação do torniquete, pois cada hemácia é
membro lesionado, podendo ser aplicado um importante no processo de hemostasia;
segundo torniquete a 5 cm acima do local da lesão; ✓ Caso a hemorragia seja em áreas de transição
2) Aperte o torniquete até que a hemorragia cesse; (pescoço,ombro, axila e virilha) deve ser realizada a
3) Deixe o torniquete visível e mantenha monitoração compressão direta.
constante.
4) Anotar a hora de aplicação e fixá-lo no torniquete; 2) HEMORRAGIA INTERNA: observar a cinemática e a
5) O torniquete poderá ser mantido por até 120 queixa da vítima, rigidez abdominal, sinais e sintomas de
minutos, sem risco de lesão em nervos e músculos choque: pele pálida; fria e úmida; hipotensão; sudorese;
(gangrena); taquipneia; hematomas; fraqueza; tonteira; sede;
6) A cada 120 min (duas horas) o torniquete deve ser ansiedade; alteração do nível de consciência, sem causa
afrouxado, até que ocorra a irrigação do membro, aparente.
se a hemorragia parou faça um curativo
compressivo e monitore, caso a hemorragia não 1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento
tenha parado, reapertar o torniquete por mais aocorrência;
duas horas e monitore; 2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir
7) Caso seja necessário imobilize o membro afetado, conformenecessidade;
evitando o agravamento da lesão; 3º O controle das grandes hemorragias (exanguinantes)
8) O torniquete deverá ser mantido até que a equipe deveser prioridade e executado na letra “X” da Avaliação
de saúde assuma a vítima e adote a melhor Primária; 4º Posicionar a vítima em decúbito dorsal;
condutaque o caso requeira. 5º Remover roupas molhadas (água, sangue etc.) da
vítimapara prevenir hipotermia;
4º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório 6º Aplicar compressa fria sobre o possível local da
conformedemanda; hemorragia (hematomas), não aplicar a compressa
diretamente sobre a pele;
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7º Aquecer a vítima com cobertor ou manta I 2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme
aluminizada;8º Não oferecer nada para a vítima necessidade;
ingerir; 3º A conduta de prevenção ao Choque inicia-se na letra “C”:
9º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório
conformedemanda; I. Estabilização neutra da cervical se houver suspeita
10º Imobilizar fraturas, caso haja, para reduzir lesões de trauma;
internas; II. Manter vias aéreas pérvias, aspirando a cavidade
11º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver oral, se necessário;
estável; III. Fornecer oxigênio, fluxo de 12 a 15 L/min via
12º Estabilizar e priorizar a movimentação: máscara, se SatO2 < 94%;
IV. Identificar e controlar os sangramentos, se
1º) prancha scoop, pertinente (considerar compressão, torniquete,
2º) elevação a cavaleira, imobilização de pelve e membros, se necessário).
3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha V. Monitorar oximetria de pulso, saturação de
longa. oxigênio e sinais vitais;
VI. Afrouxar roupas, retirar adornos (anéis, relógio,
13º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na pulseiras, etc);
Coluna Vertebral. VII. Remover roupas molhadas;
14º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações, VIII. Prevenir hipotermia (com cobertor térmico
pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital aluminizado);
regulado ou de referência. IX. Manter e transportar a vítima em decúbito dorsal e
✓ Sendo vítimas pediátricas o atendimento e transporte elevar as pernas.
deve ser com a presença de um responsável legal;
No aso de hemorragia incoercível, não retardar o 4º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver
transporte, risco de choque. estável;
5º Estabilizar e priorizar a movimentação:

1º) prancha scoop,


CHOQUE
2º) elevação a cavaleira,
3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha
longa.
O choque é um estado de hipoperfusão celular
generalizada no qual a liberação de oxigênio no nível celular é 6º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na
inadequada para atender as necessidades metabólicas. Coluna Vertebral;
O choque é classificado em: 7º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
a) Hipovolêmico: hemorrágico no paciente traumatizado. pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
Quando ocorre perda aguda de sangue em virtude de regulado ou de referência.
desidratação ou de hemorragia, há desequilíbrio entre
o volume de líquido e o tamanho do continente.
b) Distributivo ou Vasogênico: relacionado com as CRISE CONVULSIVA
alterações do tônus vascular decorrentes de várias
causas diferentes (choque séptico – infecções graves,
choque neurogênico – lesão da medula no local de saída
Perda súbita e temporária da consciência,
dos nervos simpáticos, choque psicogêncio – perda da
acompanhada de contrações musculares involuntárias,
consciência, choque anafilático – reação alérgica).
lábios e dentes cerrados e salivação intensa; cianose;
c) Cardiogênico: relacionado com a interferência na
incontinência fecal e urinária; cefaleia e confusão mental
função de bombeamento do coração.
temporária; sonolência e letargia pós-crise; abdome
A vítima apresenta nível de consciência alterado;
contraído, globoso ou escavado; dor referida em todo o
coloração pele pálida ou cianótica; frequência ventilatória
abdome ou em região específica; status epilepticus ou crise
alterada (< 8 vpm ou > 28 vpm); frequência cardíaca
convulsiva subentrante (convulsões acompanhadas por
aumentada (> 100 bpm); temperatura da pele: fria, úmida,
intensas contrações musculares, que não se interrompem
pegajosa; enchimento capilar > 2 seg; pressão arterial
espontaneamente e impedem a respiração adequada).
diminuída (PAS < 90 mmHg); No APH, a conduta mais segura
durante a avaliação de uma vítima de trauma, com sinais e
1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
sintomas de choque, é considerar como causa principal a
ocorrência;
hipovolemia ou hipóxia, até prova em contrário.
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir
1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento
conformenecessidade;
aocorrência;
3º Manter a permeabilidade das vias aéreas (em caso de
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secreção na boca, aspirar e/ou lateralizar a vítima); I
4º Proteger a cabeça da vítima, sem conter seus
movimentos; 5º Afastar objetos e móveis ao redor da
vítima, para não havercontato;
6º Aguardar a duração normal da crise (1 a 5 minutos);
7º Afrouxar as vestes da vítima (roupas apertadas);
8º Manter a vítima em posição confortável (decúbito dorsal
ou semireclinado (lateralizar para não bronco aspirar);
9º Aguardar a recuperação da confusão mental, após a crise
esolicitar que procure assistência médica ambulatorial;
10º Não há necessidade de transporte para hospital
nestas condições;
11º Necessidade de suporte avançado:

I. Caso a crise tenha duração superior a 5 minutos


(hánecessidade de medicamentos
anticonvulsivantes);
II. Vítima não respira ou com dificuldade respiratória;
III. Inconsciência prolongada após a crise (> 5 minutos);

12º Monitorizar a saturação através da oximetria de


pulso; 13º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório
conformedemanda;
14º Realizar a avaliação secundária, somente se a vítima
estiver estável;
15º Continuar com o atendimento e avaliação durante o
transporte;
16º Estabilizar e priorizar a movimentação:
1º) prancha scoop, Fonte: https://www.sanarmed.com/resumo-sincope-ligas
2º) elevação a cavaleira,
3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha
longa. Tipo Conceito Causas
Síncope É caracterizada pela Estresse emocional ou
17º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na Reflexo- ocorrência de um ações que ativem o
Coluna Vertebral; Mediada pródromo (sinal) reflexo vasovagal
18º Posicionar a vítima na maca, sem prancha em decúbito (Síncope antes da síncope, o (tosse, urinação e a
dorsal, cabeceira elevada com suporte craniano fixado na Vasovagal) que indica à vítima alimentação copiosa).
maca; que ela pode perder
19º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações, a consciência em
pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital instantes.
regulado ou de referência. Síncope por Caracterizada pela Depleção do volume
✓ Durante a crise (contrações e enrijecimento muscular), Hipotensão rápida diminuição da intravascular (diarreia
não inserir objetos (cânula orofaríngea ou os dedos na Ortostática pressão arterial. intensa ou vômitos),
boca da vítima); insuficiência
✓ A crise convulsiva pode ser desencadeada por autonômica, por
problemas de saúde (epilético), após traumatismos drogas ou por perda de
crânio encefálico ou febre alta. reflexos vasomotores.
Síncope É a mais grave. Arritmias e obstrução
Cardíaca Ocorre de fluxo sanguíneo.
DESMAIO (SÍNCOPE) repentinamente e
sem pródromo (sinal)
.

Ausência de responsividade após estímulos externos Fonte: https://www.sanarmed.com/resumo-sincope-ligas


(verbais, táteis e/ou dolorosos), proveniente de perda súbita
da responsividade: após forte emoção; ambientes abafados CONDUTA
(hipóxia); jejum prolongado (hipoglicemia); sensação de mal-
estar; tontura; pele fria, pálida e úmida; suor frio e sensação 1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
de formigamento.
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ocorrência; I
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme e aguardar equipes de salvamento e a concessionária de
necessidade; energia local;
3º O atendimento a síncope (desmaio) inicia-se na letra “E”; 4º Se possível, desligar ou afastar a fonte de energia da vítima;
4º Remover a vítima para um local arejado ou abrir portas e 5º Avaliar os sinais vitais da vítima e se necessário, iniciar RCP;
janelas; 6º Tratar as queimaduras associadas, conforme o caso;
5º Elevar os membros inferiores, se não houver suspeita de 7º Continuar com o atendimento e avaliação durante o
AVE ou TCE; transporte.
6º Afrouxar as vestes da vítima (roupas apertadas); 8º Monitorizar a saturação através da oximetria de pulso;
7º Monitorizar a saturação através da oximetria de pulso; 9º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme
8º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme demanda;
demanda; 10º Realizar a avaliação secundária, somente se a vítima estiver
9º Realizar a avaliação secundária, somente se a vítima estiver estável;
estável; 11º Estabilizar e priorizar a movimentação:
10º Continuar com o atendimento e avaliação durante o
transporte; 1º) prancha scoop,
11º Estabilizar e priorizar a movimentação: 2º) elevação a cavaleira,
3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa.
1º) prancha scoop,
2º) elevação a cavaleira, 12º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na
3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa; Coluna Vertebral;

12º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na


Coluna Vertebral;
13º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
regulado ou de referência.

✓ Para vítimas que se queixarem de tonteira (vertigem),


ofertar oxigênio ou posiciona-las sentada, com cabeça
mais baixa (entre as pernas) e orientá-las para inspirar
profundamente e erguer a cabeça, enquanto o
socorrista firma sua nuca para não deixar à cabeça
subir (estimulando a oxigenação cerebral);
✓ Um simples desmaio não requer remoção para
unidadehospitalar e a vítima poderá ser liberada sem
transporte. Porém se a vítima não retomar a
consciência, deverá ser transportada para a unidade
hospitalar.

CHOQUE ELÉTRICO

Sinais ou relatos da vítima ter entrado em contato


com material energizado: Inconsciência; lesões
oftalmológicas; parada cardiorrespiratória; lesões
musculoesqueléticas e queimaduras.

CONDUTA

1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a Fonte: https://preveniremcasa.com.br/choques-eletricos-


ocorrência; como-evitar-e-o-que-fazer/
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme
necessidade;
3º Se necessário realizar o salvamento da vítima em contato
com local energizado, seguir orientações do POP salvamento
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13º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações, I cobrir com compressas secas, estéreis e não aderentes;
pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital 12º Prevenir a hipotermia preferencialmente com cobertor
regulado ou de referência. térmico aluminizado;
13º Continuar com o atendimento e avaliação durante o
✓ A guarnição deverá avaliar os riscos e se necessário, transporte;
manter o isolamento do local e aguardar a equipe de 14º Monitorizar a saturação através da oximetria de pulso;
salvamento. 15º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme
demanda;
16º Realizar a avaliação secundária, somente se a vítima estiver
QUEIMADURAS TÉRMICAS estável;
17º Estabilizar e priorizar a movimentação:

1º) prancha scoop,


Ocorrência decorrente de trauma de origem térmica
2º) elevação a cavaleira,
resultante da exposição ou contato com chamas, líquidos ou
3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa.
superfícies quentes associada a sinais e sintomas de ardência,
eritemas (vermelhidão), flictenas (bolhas), tecidos queimados,
18º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na
com coloração branca ou esbranquiçada, dor e pele queimada
Coluna Vertebral;
carbonizada.
19º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
As queimaduras podem ser classificadas como: a) 1º
pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
grau: atinge a epiderme. Apresentação com vermelhidão sem
regulado ou de referência.
bolhas e discreto inchaço local. A dor está presente. b) 2º grau:
atinge a epiderme e parte da derme. Há presença de bolhas e a
✓ Não romper ou perfurar bolhas durante o atendimento
dor é acentuada. c) 3º grau: atinge todas as camadas da pele,
da vítima.
músculos e ossos. Ocorre necrose da pele (morte do tecido),
✓ Determinação da área queimada pela Regra dos 9
que se apresenta com cor esbranquiçada ou escura. A dor é
(conforme tabela abaixo).
ausente, devido à profundidade da queimadura, que lesa todas
as terminações nervosas responsáveis pela condução da SUPERFÍCIE CORPORAL - REGRA DOS “NOVE”:
sensação de dor.

CONDUTA

1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a


ocorrência;
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme
necessidade;
3º As queimaduras são tratadas na letra “E” da avaliação
inicial;
4º Afastar a vítima do agente causador ou o agente da vítima;
5º No politraumatizado grave, priorizar:

1º) atendimento ao trauma;


2º) os efeitos sistêmicos da queimadura e
3º) a queimadura propriamente dita.

6º Observar o aspecto geral da face do paciente: cílios,


sobrancelhas, pelos do nariz e as condições de ventilação;
7º Manter a permeabilidade das vias aéreas e ofertar oxigênio
umidificado;
8º Na ausência de umidificador na viatura, administrar
oxigênio colocando uma atadura umedecida com soro
fisiológico, entre a máscara e a face da vítima;
9º Expor a área queimada, retirando as roupas que não
estejam aderidas;
10º Retirar objetos como anéis, aliança, brincos, pulseiras, Fonte: Protocolo de Suporte Básico de Vida, 2020.
relógio, carteira, cinto e etc., desde que não estejam aderidos
à pele;
11º Irrigar com soro fisiológico em abundância o local da lesão
objetivando o resfriamento da área queimada, em seguida
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I
1º) prancha scoop,
2º) elevação a cavaleira,
ANIMAIS PEÇONHENTOS
3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha
longa.

Ansiedade; dificuldade respiratória (dispneia); dor no 22º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na
local da inoculação; dormência; fraqueza; hematoma no local da Coluna Vertebral;
inoculação; hemorragia nasal (epistaxe); hemorragia no local da 23º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
inoculação; hemorragia por vias urinarias (hematúria);inchaço no pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
local da inoculação (edema); náuseas; pálpebras caídas (ptose regulado ou de referência.
palpebral); perda da motricidade; pulso rápido (taquicardia);
salivação grossa e excessiva; sudorese; vermelhidão no local da ✓ Não perca tempo tentando localizar o animal. Em
inoculação (eritema) e vômito. caso de mordida de animal, trate os ferimentos
conforme protocolos próprios.
✓ Os sinais e sintomas estão diretamente relacionados ✓ Havendo suspeita de hidrofobia, comunicar ao
com o tipo de veneno/peçonha que foi inoculado na hospital e orientar os responsáveis ou zoonoses a
vítima. manter o animal preso por 10 dias.
✓ Morcegos podem ser reservatórios de vírus,
CONDUTA protozoários e bactérias, podendo, em específico os
hematófagos, serem transmissores da raiva quando
1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a estiverem contaminados pelo vírus rábico. A
ocorrência; transmissão pode se dar através da mordedura por
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme animais contaminados, bem como através do
necessidade; contato com saliva e/ ou sangue do animal em pele
3º Picadas e mordidas são tratadas na letra “E” da lesionada ou mucosa.
avaliaçãoinicial; ✓ As fezes dos morcegos oferecem riscos relacionados
4º Mantenha o paciente calmo e em repouso; à contaminação com o fungo da Histoplasmose, que
5º Identifique o animal agressor (cobra, aranha, insetos, se manifesta como uma micose, podendo evoluir
escorpiões, morcego) se possível; para anemia e pneumonia aguda, caso o agente se
6º Identifique o local da inoculação (identificar com caneta, instale nos pulmões.
sepossível);
7º Lave o local da lesão (inoculação, arranhaduras e
mordeduras) com água e sabão neutro;
8º Deite a vítima, caso esteja dispneica, coloque-a na INTOXICAÇÃO
posiçãosemi-sentada;
9º Não deixe a vítima se movimentar excessivamente;
10º Remova anéis, joias, braceletes e outros objetos que Os sintomas podem demorar a se desenvolver,
possam fazer constrição no membro afetado; mas uma vez conhecida ou notificada à intoxicação, as
11º Não corte ou perfure a pele para extrair sangue; providências devem ser tomadas independentemente do
12º Não aperte, esprema ou aspire o local da inoculação; aparecimento deles.
13º Não utilize torniquetes;
14º O socorrista deve manter o membro no mesmo nível ➢ Intoxicação por ingestão: vítima com alterações de
docoração, com o paciente na posição decúbito dorsal; nível de consciência, pulso e/ou respiração;
15º Em caso de acidente com cobras do gênero Bothrops convulsões; deglutição dificultada; dor abdominal;
(jararacas), manter o membro afetado elevado acima do nível hálito incomum; náuseas, vômitos e diarreia; odor
do coração para diminuir o edema e evitar o desenvolvimento incomum e sinais ao redor da boca (resíduos de
da síndrome compartimental; plantas ou alimentos).
16º Leve o paciente imediatamente ao hospital de referência
mais próximo para continuidade do tratamento, incluindo ➢ Intoxicação por contato: dor de cabeça; irritação;
soroterapia para alguns casos; sinais e/ou coceira no local; temperatura do local
17º Continuar com o atendimento e avaliação durante o aumentada.
transporte;
18º Monitorizar a saturação através da oximetria de pulso; ➢ Intoxicação por inalação: dispneia; irritação nos
19º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme olhos; taquipneia e tosse.
demanda;
20º Realizar a avaliação secundária, somente se a vítima ✓ Os sinais e sintomas de intoxicações, dependem
estiver estável; da substância e via na qual a vítima venha a ter
21º Estabilizar e priorizar a movimentação: contato;
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2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
✓ Observar a embalagem do fabricante e as I O_DE_VIDA_DO_CBMGO 2020_v2.pdf.
informações coletadas com a vítima ou
testemunhas no local. Destaques das Diretrizes de RCP e ACE de 2020 da American
Heart Association. Disponível em: https://cpr.heart.org/-
CONDUTA /media/CPR-Files/CPR-Guidelines-
Files/Highlights/Hghlghts_2020ECCGuidelines_Portuguese.pdf
1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
ocorrência;
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir
conformenecessidade;
3º Identificar o produto ou substância causadora da
intoxicação;
4º Afastar a vítima da substância;
5º Conduta em caso de intoxicação por ingestão:
I. Não provocar vômito;
II. Não sugerir ingestão de qualquer outro produto;
III. Prevenir o choque.

6º Conduta em caso de intoxicação por inalação:

I. Remover a vítima para local arejado;


II. Oxigenar a vítima.

7º Conduta em caso de intoxicação por contato:

I. Retirar as partes atingidas da roupa;


II. Lavar o local com água corrente em abundância.

8º Monitorizar a saturação através da oximetria de pulso;


9º Continuar com o atendimento e avaliação durante o
transporte.
10º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório
conformedemanda;
11º Realizar a avaliação secundária, somente se a vítima
estiver estável;
12º Estabilizar e priorizar a movimentação:

1º) prancha scoop,


2º) elevação a cavaleira,
3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha
longa.

13º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na


Coluna Vertebral;
14º Informar as condições da vítima ao Centro de
Operações, pedir suporte avançado e/ou transportá-la para
o hospital regulado ou de referência.

REFERÊNCIA

Protocolo de Suporte Básico de Vida. Estado de Goiás.


Secretaria de Estado da Segurança Pública. Corpo de Bombeiros
Militar. Versão 2020. Disponível em:
https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-
content/uploads/2020/08/PROTOCOLO_DE_SUPORTE_BASIC
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