Professional Documents
Culture Documents
SBV - Apostila
SBV - Apostila
Avaliação do Paciente
Fonte: http://macrosul.com/wp-content/uploads/RCP2.jpg
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br
128
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata”.
Já o conceito de emergência é entendido como “a
INTRODUÇÃO AO SUPORTE BÁSICO À VIDA constatação médica de condições de agravo à saúde que
impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso,
exigindo, portanto, tratamento médico imediato”. De forma
O Suporte Básico de Vida compreende o atendimento mais objetiva, a urgência é uma situação onde não existe risco
prestado a uma vítima de mal súbito ou trauma, visando à imediato à vida (ou risco de morte).
manutenção de seus sinais vitais e à preservação da vida, além O atendimento requer rapidez, mas o paciente pode
de evitar o agravamento das lesões existentes, até que uma aguardar tratamento definitivo e solução em curto prazo
equipe especializada possa transportá-la ao hospital e oferecer (algumas literaturas se referem a um prazo de até 24 horas). A
um tratamento definitivo. Apesar de qualquer cidadão poder emergência geralmente implica estarmos diante de uma
ajudar em uma situação de emergência, é importante lembrar situação de aparecimento súbito e imprevisto, grave, crítica e
que isso não o torna um “socorrista” profissional. Para se que exige ação imediata, pois, a ameaça à vida é grande.
profissionalizar é necessário adquirir muito mais informações e Como o próprio nome diz, o serviço de Atendimento
habilidades, treinamento adequado e, inclusive, para muitas Pré-hospitalar (APH) envolve todas as ações efetuadas com o
das funções, diploma e registro profissional. paciente, antes da chegada dele ao ambiente hospitalar.
Portanto, devemos preferir, sempre que possível, o Compreende, portanto, três etapas:
atendimento pelos socorristas e PROFISSIONAIS DE SAÚDE, que
contam com formação qualificada e equipamentos especiais 1) Assistência ao paciente na cena (no local da ocorrência);
para realizá-lo. 2) Transporte do paciente até o hospital;
O Suporte Básico de Vida (SBV), oferecido aos 3) Chegada do paciente ao hospital.
pacientes no ambiente extra hospitalar, consiste no
reconhecimento e na correção imediata da falência dos O APH divide-se, ainda, basicamente em duas
sistemas respiratório e/ou cardiovascular, ou seja, a pessoa modalidades de atendimento:
que presta o atendimento deve ser capaz de avaliar e manter
a vítima respirando, com batimento cardíaco e sem 1) Suporte Básico à Vida (SBV): caracteriza-se por não realizar
hemorragias graves, até a chegada de uma equipe manobras invasivas.
especializada.
Em outras palavras, o profissional de saúde que presta 2) Suporte Avançado à Vida (SAV): caracteriza-se pela
o socorro, que aqui o identificaremos como socorrista, para fins realização de procedimentos invasivos de suporte
didáticos, ao iniciar o suporte básico estará garantindo por ventilatório e circulatório, como, por exemplo, a intubação
meio de medidas simples, não invasivas e eficazes de orotraqueal, acesso venoso e administração de
atendimento as funções vitais do paciente e evitando o medicamentos. Geralmente, o suporte avançado éprestado
agravamento de suas condições. São inúmeras as situações de por equipe composta por médico e enfermeiro.
urgências e emergências que necessitam do atendimento de
um profissional de saúde ou de um socorrista especializado: O APH tem como objetivos específicos preservar as
condições vitais e transportar a vítima sem causar traumas
• Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho iatrogênicos durante sua abordagem, como, por exemplo,
(OVACE); danos ocorridos durante manipulação e remoção inadequada
(do interior de ferragens, escombros etc.).
• Parada respiratória;
O socorrista deve ter como princípio básico evitar o
• Parada cardiorrespiratória (PCR);
agravamento das lesões e procurar estabilizar as funções
• Hemorragia
ventilatórias e hemodinâmicas do paciente. As condições
• Choque
essenciais para que esses objetivos sejam alcançados são:
• Crise Convulsiva
• Desmaio; 1) Pessoal qualificado e devidamente treinado;
• Choque Elétrico; 2) Veículos de transporte apropriados e equipados, sendo
• Queimadura Térmicas; inclusive dotados de meio de comunicação direta com o
• Animais Peçonhentos; centro que receberá a vítima e hospitais de referência
• Intoxicação. estrategicamente localizados, com infraestrutura material
e recursos humanos adequados.
Para cada caso específico, o profissional deverá estar
apto a prestar um socorro adequado e de qualidade. É preciso Uma atenção pré-hospitalar qualificada é de suma
definir e diferenciar o que vem a ser então uma situação de importância para que a vítima chegue viva ao hospital. Nos locais
urgência ou emergência. onde esse sistema é inadequado, a mortalidade hospitalar por
Segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução trauma, por exemplo, é baixa, porque os pacientes graves
CFM nº 1451/95), define-se por urgência “a ocorrência morrem no local do acidente, ou durante o transporte.
imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de
Segundo Manual de Primeiros Socorros da Fiocruz
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br 129
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
(2003), a pessoa que está prestando os primeiros socorros deve serviço de socorro pré-hospitalar profissional é tão importante
seguir um plano de ação baseado no P.A.S., são as letras iniciais quanto cuidar da própria vítima.
das palavras, Proteger, Avisar e Socorrer que correspondem às Na maioria das cidades brasileiras, os principais números
três funções (por ordem), que devem ser realizadas por para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
qualquer pessoa que actue em caso de acidente. (SAMU), serviço de salvamento e resgate (Corpo de Bombeiros)
Proteger quer dizer evitar que o acidente se torne mais e Polícia Militar, são respectivamente: 192, 193 e 190.
grave, tanto para as vítimas já afectadas, como para outras
pessoas que possam ver-se envolvidas. Avisar quer dizer 3 - SINALIZAR O LOCAL.
estabelecer os contactos pertinentes; chamar o médico da
empresa, ambulância, polícia, bombeiros, etc.; em função do Isso é especialmente importante em casos de
tipo de acidente ocorrido. Da rapidez com que se realizar o acidentes automobilísticos, portanto, não se esqueça de
aviso, vão depender em grande medida os resultados do sinalizar a cena e torná-la o mais segura possível. Utilize o
acidente. E socorrer quer dizer assistir em primeira instância as triângulo de sinalização, pisca-alerta, faróis, cones, galhos de
pessoas envolvidas no acidente até à chegada do pessoal árvores, etc.
sanitário qualificado.
4 - UTILIZAÇÃO DE EPI´s.
adicionais, tais como corpo de bombeiros, defesa civil, polícia de SBV, caso sejam necessários, serão adotados respeitando-se
militar, companhia elétrica e outros. essa classificação, de acordo com as últimas recomendações da
American Heart Association 2020.
2 - ACIONAR O RESGATE.
o Bebê (“lactente”): do nascimento ao primeiro ano de
Resgate especializado e autoridades competentes, vida.
caso seja necessário, conforme avaliação prévia. Solicitar o o Criança: do primeiro ano de vida até o início da puberdade
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br 130
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
(por exemplo: desenvolvimento das mamas em principal objetivo reduzir índices de mortalidade e morbidade
meninas e pelos axilares nos meninos). em vítimas de qualquer tipo de trauma.
o Adulto: a partir da puberdade.
CONDUTAS NA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
A prioridade de atendimento é determinada
basicamente pela gravidade da vítima, ou seja, serão 1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
socorridas e atendidas primeiramente aquelas que se ocorrência.
encontram sujeitas a maior risco de morte, pois, o objetivo
principal do primeiro socorro é a preservação da vida. O 2º Iniciar a Avaliação Primária pelo mnemônico do
socorrista deverá seguir uma sequência padronizada e “XABCDE”:
executar as medidas de socorro conforme for identificando X: Priorizar o controle de grandes hemorragias
as lesões da vítima. (exsanguinantes):
O exame é dividido em dois tempos principais:
avaliação primária e avaliação secundária. o Empregando curativos compressivos;
o Empregando torniquete.
✓ Fornecer suporte ventilatório (oxigenoterapia) com ➢ Cortar as vestes da vítima sem movimentação excessiva e
fluxo de oxigênio de 12 a 15 L/min via máscara não somente das partes necessárias, visando a avaliação e
inalante para SatO2 < 94%; tratamento de ferimentos, traumas de extremidades,
✓ Considerar a necessidade de ventilação assistida queimaduras, imobilização dentre outras que não colocam
através de AMBU com reservatório de oxigênio, para a vítima em risco iminente de morte;
SatO2 < 90% ou caso a frequência ventilatória seja ➢ Proteger a vítima da hipotermia com auxílio de cobertor
inferior a 08 vpm (ventilações por minuto); térmico aluminizado ou cobertor de lã;
✓ Se for preciso iniciar protocolo de reanimação ➢ Utilizar outras medidas para prevenir a hipotermia (ex:
ventilatória. desligar o ar condicionado da ambulância).
✓ Durante a exposição, o socorrista deve proteger a
• Vítima com ventilação anormal realizar inspeção e intimidade da vítima. Sempre que possível, a vítima
palpação de todo o tórax; poderá ser acompanhada por um parente ou amigo
• Nas vítimas estáveis, que apresentam boa saturação durante o transporte até a unidade hospitalar.
(SatO2 ≥ 94%), se disponível, poderá utilizar cateter
nasal tipo óculos, com fluxo de oxigênio de 4 a 6 3º Informar ao Centro de Operações a condição e o estado da
L/min. vítima passando os dados de forma sistematizada.
C: AVALIAR A CIRCULAÇÃO (PULSO E PERFUSÃO). 4º A vítima deverá ser encaminhada para a unidade hospitalar
regulada pelo Centro de Operações ou hospital de referência.
➢ Avaliar a frequência cardíaca: pulso central (carotídeo) ou
periférico (radial), em crianças (bebês) avaliar o pulso ➢ É rotina que todo atendimento inicie com a Avaliação
braquial: Primária seguindo o processo mnemônico do XABCDE,
e as alterações encontradas devem ser tratadas e
✓ Vítima Responsiva: verificar pulso radial, se não estiver priorizadas nesta sequência.
presente, avaliar pulso carotídeo; ➢ Durante a avaliação da vítima, se ocorrerem alterações
✓ Vítima não responsiva: verificar pulso carotídeo, se for nas letras “A”, “B” e “C”, que colocam a vítima em risco
preciso iniciar Protocolo de Ressuscitação iminente de morte, deve-se, portanto, ser priorizada a
Cardiopulmonar – RCP. remoção rápida da vítima para o hospital, continuando
com o atendimento e a avaliação durante o transporte.
➢ Avaliar características da pele (temperatura, umidade e ➢ Quando houver disponibilidade de vários socorristas
coloração); durante a avaliação da vítima, o mnemônico XABCDE
➢ Avaliar enchimento capilar periférico (considerar normal pode ser executado simultaneamente pelos socorristas,
até 2 segundos); mediante coordenação daquele que estiver
➢ Controlar sangramentos externos com compressão direta estabilizando a cabeça da vítima e monitorando as vias
da lesão e/ou torniquete (conforme indicado); aéreas.
➢ Prevenir e/ou tratar Choque; ➢ As condutas que requeiram a intervenção de Suporte
➢ Se necessário, aferir a pressão arterial precocemente; Intermediário ou Suporte Avançado, deverão ser
reportadas imediatamente ao Centro de Operações
✓ Pulso radial ausente e pulso carotídeo presente: para deliberação do médico regulador, inclusive caso
suspeitar e seguir com protocolo decontrole/prevenção seja necessário, com apoio do SAMU ou de outro serviço
de Choque; que garanta o melhor suporte à vítima.
✓ Pulso radial ausente e pulso central ausente: seguir com
protocolo de Reanimação Cardiopulmonar (PCR).
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br 132
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
3º Verificar e anotar os sinais vitais, conforme entrevista
SAMPLA:
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
S: sinais vitais:
1. Ventilação (frequência, ritmo e amplitude);
2. Pulso (frequência, ritmo e saturação);
Consiste na segunda etapa do exame, onde serão 3. Pressão arterial (sistólica e diastólica);
observadas todas as lesões que não impliquem risco imediato à 4. Pele (temperatura, cor, turgor e umidade).
vida. O socorrista deve buscar realizar anamnese direcionada,
checar a história do acidente ou mal súbito, identificar os A: possui alergias? Principal queixa? (História);
ferimentos, aferir os sinais vitais e realizar um exame físico M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso;
padronizado, da cabeça aos pés. P: passado médico, gestação – problemas de saúde ou
doença atual;
BIOMECÂNICA DO TRAUMA L: horário da última ingestão de líquidos ou alimentos; e
A: ambiente do evento.
Um bom atendimento pré-hospitalar requer do
socorrista saber identificar, de acordo com o cenário do Em vítimas não responsivas ou impossibilitadas de
sinistro, quais a possíveis lesões que a vítima pode apresentar. falar, buscar informações com familiares e terceiros.
Para tanto o atendimento ao doente traumatizado pode ser
divido em três fases: 4º Avaliação complementar e continuada:
2) Colisão: ocorre no momento do impacto, onde na maioria 5º Avaliação complementar realizada no exame da cabeça
traumas temos três tipos: colisão da máquina; colisão dos aos pés.
ocupantes com a máquina; e colisão dos órgãos dentro dos
ocupantes. Realizar um exame objetivo específico, para localizar
ferimentos, sangramentos, afundamentos, desvios,
3) Pós-Colisão: começa tão logo a energia da colisão é hematomas, alterações na cor da pele ou mucosas, assimetrias,
absorvida, nesta fase o socorrista utiliza as informações instabilidades, alterações de motricidade e sensibilidade, que
colhidas nas outras duas fases para tratar o doente. Esse tipo não tenham sido identificados anteriormente pela avaliação
de colisão pode ser dividido em: impacto frontal; impacto primária, tendo como propedêuticas a serem utilizadas a
traseiro; impacto lateral; impacto angular; e capotamento. inspeção seguida de palpação:
Apesar de haver variações em cada padrão, saber identificar
esses cincos padrões auxilia na compreensão de outros tipos a) Crânio e face:
semelhantes de colisões.
➢ Inspecionar e palpar o couro cabeludo, orelhas, ossos da
CONDUTAS NA AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA face, olhos, pupilas (diâmetro, reação à luz e simetria
pupilar), nariz, boca;
Vítima com suspeita de ter sofrido algum agravo asua ➢ Observar alterações na coloração e temperatura da
saúde e/ou integridade física, proveniente de uma emergência pele.
clínica, traumática ou psiquiátrica, ou ainda, em uma situação
desconhecida (mal súbito), que se necessita investigar seus b) Pescoço:
sinais vitais como forma de complemento à coleta de dados,
realizada durante a avaliação primária. ➢ Avaliar região anterior e posterior;
➢ Avaliar, em especial, se há distensão das veias jugulares.
1º Após a realização da Avaliação Primária.
c) Tórax:
2º Identificar e colher dados da vítima:
➢ Observar, em especial, se há uso de musculatura
➢ Nome completo, sexo, idade (...). acessória, tiragem intercostal e de fúrcula, movimentos
➢ Caso a vítima possua nome social, o socorrista deverá assimétricos;
registrar na ficha de ocorrência e chamá-la pelo seu ➢ Presença de edema, hematoma, deformidade e
nome social. crepitação óssea.
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br 133
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
d) Abdome: REFERÊNCIA PARA OS SINAIS E SINTOMAS
f) Membros superiores:
É a ondulação exercida pela expansão das artérias, C - Observar a presença de sinais de conflito e crise na rede
seguindo uma contração do coração. O pulso pode ser social da vítima.
percebido sempre que uma artéria é comprimida contra um
osso. E - Avaliar as expectativas e a receptividade da rede social, da
Existem vários locais onde podemos perceber o pulso, própria vítima e da equipe de atendimento.
mas os mais utilizados em situações de emergências são:
carotídeo, radial, femural e braquial. O pulso também pode ser N - Avaliar o nível de consciência, a adequação à realidade, a
verificado pela ausculta cardíaca, com um estetoscópio e capacidade de escolha e o nível de sofrimento.
chama-se pulso apical.
Ao medir o pulso deve-se observar a frequência, o ritmo A - Avaliar a presença de sinais de uso de álcool e drogas, a
e o volume. Podemos perceber por intermédio do pulso presença de agressividade (atual ou anterior) e a presença de
algumas alterações em casos de: ferimentos; doença súbita; sinais de autoagressão.
emoções fortes; e atividades físicas.
O sangue corre pelo corpo que é um circuito contínuo. Utilizar a avaliação ACENA para a avaliar vítimas com
O coração é uma bomba pulsátil que ejeta sangue intermitente distúrbio de comportamento, intoxicações e problemas
no sistema arterial (Tabela 03). psicológicos. O objetivo específico da avaliação secundária é
localizar alterações na cor da pele ou mucosas, assimetrias
Tabela 03 – Parâmetro da Pulso. morfológicas, instabilidades hemodinâmicas, ruídos anômalos
emitidos pela vítima, alterações de motricidade e sensibilidade.
As condutas que requeiram a intervenção de suporte
intermediário ou avançado, deverão ser reportadas
imediatamente ao Centro de Operações para deliberação do
médico regulador, inclusive com apoio do SAMU ou de outro
serviço que garanta o melhor suporte à vítima.
Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-
content/uploads/2020/08/PROTOCOLO_DE_SUPORTE_BASICO_DE_VIDA_DO
_CBMGO 2020_v2.pdf
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO
(OVACE)
4) PRESSÃO ATERIAL:
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br 136
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
obstrução grave em bebê responsivo, o profissional deve I
sentar-se para realizar a manobra da seguinte maneira: PARADA RESPIRATÓRIA
a) Vítima: criança menor que um ano (bebê) consciente:
I. Pegue a criança, posicione em decúbito dorsal e A parada respiratória é definida como vítima não
verifique a cavidade oral, removendo corpos estranhos responsiva, com pulso presente (batimento cardíaco), em
ou aspirando secreções, não sendo possível; apneia (parada ventilatória), sem movimentos de expansão
II. Posicione a criança em decúbito ventral em seu torácica e pele de cor arroxeada nos lábios e extremidades
antebraço, com a cabeça mais baixa que o tronco, (cianótica).
podendo apoiá-la em seus membros inferiores;
III. Efetue cinco tapotagens entre as escapulas; 1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
IV. Caso não obtenha sucesso, vire a criança em decúbito ocorrência;
dorsal em superfície rígida e realize cinco compressões 2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme
no esterno; necessidade;
V. Não realize exploração digital às cegas, isso poderá 3º O atendimento a parada respiratória inicia-se na letra “A”;
pressionar o corpo estranho para uma posição ainda 4º “A” Verifique a responsividade da vítima enquanto
mais difícil de remoção; simultaneamente avalia pulso e ventilações ou se a mesma é
VI. Se não obtiver sucesso, repita as ações I, II, III e IV anormal:
quantas vezes for necessário, até a chegada do Suporte
Avançado, se disponível. I. Estabilize a coluna cervical usando as mãos;
II. Se não houver história de trauma: Desobstrua as vias
✓ Em pacientes obesas e gestantes no último aéreas com a extensão da cabeça e elevação do queixo;
trimestre, realize as compressões sobre o esterno III. Na presença de história de trauma: Desobstrua as vias
(linha intermamilar) e não sobre o abdome. aéreas sem a extensão da cabeça, utilizando a tração da
mandíbula;
b) Vítima criança menor que um ano (bebê) inconsciente: IV. Constatado pulso presente e ventilações ausente.
I. Pegue a vítima (criança) e posicione em decúbito dorsal 5º Abra a boca da vítima e avalie a necessidade de
em superfície rígida e realize 4 ou 5 compressões no desobstrução com aspiração de secreção ou retirada de corpos
esterno; estranhos;
II. Verifique a cavidade oral se há algum corpo estranho, 6º “B” efetuar 02 (duas) ventilações de Resgate, cada
caso tenha, retire; ventilação deve ser administrada em 1 segundo e deve produzir
III. Não realize exploração digital às cegas, isso poderá expansão torácica. Se o tórax não expandir apesar das
pressionar o corpo estranho para uma posição ainda manobras anteriores, seguir protocolo de obstrução de vias
mais de difícil remoção; aéreas por corpo estranho (OVACE);
IV. Realize as compressões torácicas com 2 dedos (15 7º “C” verifique pulso central (adulto: carotídeo ou femoral;
compressões para cada 2 ventilações), mantendo a criança: braquial);
frequência de compressão de no mínimo 100 e no 8º Se houver pulso, continue administrando 01 (uma)
máximo 120 compressões por minuto, semelhante a ventilação a cada:
RCP;
✓ 5 segundos em vítimas adultas;
✓ O Videofonista do COB deverá acalmar e orientar o ✓ 3, 4 ou 5 segundos para as vítimas {de 1 ano (criança) até
solicitante, quanto as condutas de primeiros adolescência}, dependendo da estatura e idade da
socorros em caso de OVACE, durante o vítima;
deslocamento até a chegada da equipe de APH; ✓ 3 segundos para Bebês (menores de um ano exceto
✓ São sinais de OVACE em lactente: cianose e olhos neonatos);
arregalados, além da dificuldade de chorar, tossir e ✓ 1,5 segundos para bebês recém-nascido (neonatos).
emitir sons.
✓ Em lactente e neonato, fazer somente compressões 9º Cheque pulso central a cada 2 minutos. Na ausência de
torácicas com dois dedos e mantendo a cabeça mais pulso iniciar Protocolo de Reanimação Cardiopulmonar (RCP).
baixa que os pés; 10º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme
✓ O socorrista deve tomar cuidado quanto a cabeça da demanda;
criança, devendo apoiá-la e evitar chicote. 11º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
1) prancha scoop,
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br 137
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
2) elevação a cavaleira, I para prevenir o contato boca a boca ou boca nariz
3) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha durante manobras de reanimação;
longa. ✓ Em vítima adulta, com trauma na região maxilaronde
há dificuldade para ventilação boca a boca, pode-se
2º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na proceder a ventilação boca nariz.
Coluna Vertebral; ✓ Apesar da importância de se realizar as ventilações
3º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações, boca a boca, não é recomendado pelo risco
pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o biológico, todavia não existem dados significativos
hospital regulado ou de referência. de contaminação de socorristas ao executá-la.
✓ Sempre que possível, adotar ventilação assistida com 1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
oxigênio na proporção de 15 L/min em todos ocorrência;
atendimentos. 2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme
necessidade;
3º O atendimento à PCR (parada cardiorrespiratória) inicia-se
na letra “A”;
4º Em um processo único e dinâmico o 1º Socorrista deverá
avaliar a responsividade da vítima:
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br 139
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
✓ Checar a ventilação (ver, ouvir e sentir) e pulso I desnudo, raspado e seco da vítima sem interromper as
simultaneamente, esse procedimento não deve compressões torácica;
exceder 10 segundos. • Com o posicionamento dos eletrodos o DEA deverá ser
✓ Se a vítima não estiver responsiva, sem pulso e/ou sem ligado;
ventilação ou ventilação anormal (gasping). • Os 1º e 2º Socorristas devem interromper a RCP e não
✓ Posicionar a vítima em decúbito dorsal sobre superfície tocar na vítima, enquanto o equipamento estiver
plana, rígida e seca e iniciar protocolo de reanimação analisando o ritmo cardíaco;
cardiorrespiratória (CABD). • Após a análise do ritmo cardíaco, seguir orientação do
DEA (se houver indicação de choque, solicitar que todos
5º Simultaneamente e no curto prazo que o 1º Socorrista está se afastem da vítima e disparar o choque quando
avaliando a vítima, o 2º Socorrista deverá, caso não haja pulso indicado pelo DEA).
ou se houver dúvidas:
10º Reiniciar a RCP, no ritmo de 30 compressões para 02
• Selecionar e preparando os materiais necessários:AMBU insuflações, sem desconectar o DEA e avaliar o pulso a cada 02
com reservatório, kit de oxigênio portátil, cânula minutos ou 05 (cinco) ciclos;
orofaríngea e o Desfibrilador Externo Automático - DEA; 11º Após 02 (dois) minutos de compressões e insuflações
Observação: O DEA é utilizado para aplicar uma corrente eficientes, checar novamente o ritmo com o DEA:
elétrica sobre o músculo cardíaco, por um curto período • Se choque for indicado, siga as orientações do
de tempo, para cessar o ritmo anormal. É indicado para equipamento. Em seguida, reinicie imediatamente a RCP
fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem com ciclo de 30 (trinta) compressões para 2 (duas)
pulso. A corrente elétrica causa uma assistolia insuflações;
momentânea e não devem ser utlizadas em cima do • Se choque não for indicado, checar pulso carotídeo e,
tórax molhado ou dispositivos implantados. se pulso ausente, reiniciar imediatamente a RCP com
• Expor o tórax da vítima; ciclo de 30 (trinta) compressões para 2 (duas)
• Após a confirmação da PCR pelo 1º Socorrista, iniciar a insuflações.
massagem cardíaca com 30 compressões no centro do
tórax (esterno), mantendo as mãos espalmadas, 12º Checar pulso carotídeo a cada 2 minutos, se a vítima não
sobrepostas e com os braços esticados. voltar a ter sinais vitais e o DEA não for indicado, manter a RCP,
• Comprimir rápido (na frequência de 100 a 120 no ritmo de 30 compressões para 02 insuflações a cada 02
compressões/minuto) e forte (deprimindo o tórax em 5 minutos ou 05 (cinco) ciclos;
a 6 cm), deverá permitir que o tórax retorne totalmente 13º Manter a RCP e avaliação do pulso a cada 2 minutos até a
à sua posição normal entre as compressões e evitar chegada do Suporte Avançado de Vida, chegada ao hospital ou
interrupções; 6º Simultaneamente à execução das até a vítima apresentar sinais de circulação (respiração, tosse
compressões pelo 2º Socorrista, o 1º Socorrista deve: e/ou movimento);
Desobstruir as vias aéreas da vítima e inserir a cânula 14º Se houver retorno da circulação espontânea, seguir
orofaríngea; Protocolo de cuidados pós RCP;
• Em vítimas de emergência clínica e que não receberam 15º Na ausência de retorno a circulação espontânea ou outras
descarga de energia poderá realizar hiperextensão condições de risco, considerar Protocolo de Interrupção da
cervical (pescoço); RCP;
• Após as primeiras 30 compressões realizadas pelo 2º 16º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme
Socorrista, iniciar as ventilações com 02 (duas) demanda;
insuflações eficientes (de 1 seg cada e com elevação 17º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
visível do tórax) utilizando AMBU com reservatório e 18º Estabilizar e priorizar a movimentação:
oxigênio adicional, já conectado ao cilindro de oxigênio
com fluxo regulado entre 12 a 15 L/min); 1º) prancha scoop,
2º) elevação a cavaleira,
7º Após as 02 insuflações o 2º Socorrista reinicia as massagens 3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa.
cardíacas executando 30 compressões;
8º A reanimação cardiopulmonar será realizada pelo 1º e 2º 19º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na
Socorrista devendo manter o ritmo de 30 (trinta) compressões Coluna Vertebral;
para 02 (duas) insuflações, com checagem do pulso a cada 02 20º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
minutos ou 05 (cinco) ciclos; pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
9º O 3º Socorrista após informar ao COB e solicitar apoio do regulado ou de referência.
Suporte Avançado, de posse do Desfibrilador Externo
Automático - DEA assim que possível, posiciona precocemente • Assim que constado o pulso AUSENTE na vítima, o
as pás no tórax da vítima: Centro de Operações deve ser informado
imediatamente e solicitando apoio de suporte
• Instalar os eletrodos de adulto do DEA no tórax avançado na cena;
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br 140
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
• A checagem pulso (central): carotídeo na vítima adulta I I. Inicie RCP com 30 compressões torácicas e 02
e braquial na vítima pediátrica, não deve exceder a 10 ventilações, produza elevação visível do tórax;
segundos. II. Continue o procedimento de 30x02 até que o DEA esteja
• Obrigatoriamente, durante a RCP, as posições entre os disponível e com as pás conectadas (precocemente) na
socorristas devem ser alternadas a cada 2 minutos para vítima.
minimizar a fadiga.
• Na impossibilidade ou inexistência do 3º Socorrista para 7º Se forem 02 (dois) socorristas:
apoiar durante a RCP, o 1º e 2º Socorrista deverão
realizar a rotina completa da RCP com o uso do DEA; I. Inicie RCP com 15 compressões torácicas e 02
• Sempre que possível, priorizar a realização da RCP com ventilações, produza elevação visível do tórax;
a viatura parada; II. Continue o procedimento de 15x02 até que o DEA esteja
• Os eletrodos do DEA deverão ser posicionados na disponível e com as pás conectadas (precocemente) na
posição: anterolateral em vítima adulta e vítima.
anteroposterior em vítimas pediátricas e/ou portadoras
de marca-passo. 8º Após a análise do DEA seguir suas orientações;
• Na ausência de atenuador de carga ou eletrodos 9º Se indicado, reiniciar a RCP 30x02 (01 Socorrista) ou 15x02
específicos para vítima pediátrica, poderão ser (02 Socorristas) por dois minutos ou na sequência de 05 (cinco)
utilizados os eletrodos para vítima adulta. ou 10 (|dez) ciclos respectivamente, na sequência aguardar a
análise do DEA;
10º Checar pulso a cada 02 minutos; se ausente, reiniciar a RCP;
11º Se houver retorno da circulação espontânea, seguir
Protocolo de cuidados pós RCP;
12º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme
demanda;
13º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
14º Estabilizar e priorizar a movimentação:
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br 142
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
ou de outro serviço que garanta o melhor suporte à I Observação: Caso o paciente apresente um choque
vítima. hemorrágico, o socorrista deverá primeiramente puncionar
uma veia periferica de grosso calibre e iniciar reposição de
volume.
HEMORRAGIAS
5º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
6º Estabilizar e priorizar a movimentação:
CHOQUE ELÉTRICO
CONDUTA
CONDUTA
Ansiedade; dificuldade respiratória (dispneia); dor no 22º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na
local da inoculação; dormência; fraqueza; hematoma no local da Coluna Vertebral;
inoculação; hemorragia nasal (epistaxe); hemorragia no local da 23º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações,
inoculação; hemorragia por vias urinarias (hematúria);inchaço no pedir suporte avançado e/ou transportá-la para o hospital
local da inoculação (edema); náuseas; pálpebras caídas (ptose regulado ou de referência.
palpebral); perda da motricidade; pulso rápido (taquicardia);
salivação grossa e excessiva; sudorese; vermelhidão no local da ✓ Não perca tempo tentando localizar o animal. Em
inoculação (eritema) e vômito. caso de mordida de animal, trate os ferimentos
conforme protocolos próprios.
✓ Os sinais e sintomas estão diretamente relacionados ✓ Havendo suspeita de hidrofobia, comunicar ao
com o tipo de veneno/peçonha que foi inoculado na hospital e orientar os responsáveis ou zoonoses a
vítima. manter o animal preso por 10 dias.
✓ Morcegos podem ser reservatórios de vírus,
CONDUTA protozoários e bactérias, podendo, em específico os
hematófagos, serem transmissores da raiva quando
1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a estiverem contaminados pelo vírus rábico. A
ocorrência; transmissão pode se dar através da mordedura por
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme animais contaminados, bem como através do
necessidade; contato com saliva e/ ou sangue do animal em pele
3º Picadas e mordidas são tratadas na letra “E” da lesionada ou mucosa.
avaliaçãoinicial; ✓ As fezes dos morcegos oferecem riscos relacionados
4º Mantenha o paciente calmo e em repouso; à contaminação com o fungo da Histoplasmose, que
5º Identifique o animal agressor (cobra, aranha, insetos, se manifesta como uma micose, podendo evoluir
escorpiões, morcego) se possível; para anemia e pneumonia aguda, caso o agente se
6º Identifique o local da inoculação (identificar com caneta, instale nos pulmões.
sepossível);
7º Lave o local da lesão (inoculação, arranhaduras e
mordeduras) com água e sabão neutro;
8º Deite a vítima, caso esteja dispneica, coloque-a na INTOXICAÇÃO
posiçãosemi-sentada;
9º Não deixe a vítima se movimentar excessivamente;
10º Remova anéis, joias, braceletes e outros objetos que Os sintomas podem demorar a se desenvolver,
possam fazer constrição no membro afetado; mas uma vez conhecida ou notificada à intoxicação, as
11º Não corte ou perfure a pele para extrair sangue; providências devem ser tomadas independentemente do
12º Não aperte, esprema ou aspire o local da inoculação; aparecimento deles.
13º Não utilize torniquetes;
14º O socorrista deve manter o membro no mesmo nível ➢ Intoxicação por ingestão: vítima com alterações de
docoração, com o paciente na posição decúbito dorsal; nível de consciência, pulso e/ou respiração;
15º Em caso de acidente com cobras do gênero Bothrops convulsões; deglutição dificultada; dor abdominal;
(jararacas), manter o membro afetado elevado acima do nível hálito incomum; náuseas, vômitos e diarreia; odor
do coração para diminuir o edema e evitar o desenvolvimento incomum e sinais ao redor da boca (resíduos de
da síndrome compartimental; plantas ou alimentos).
16º Leve o paciente imediatamente ao hospital de referência
mais próximo para continuidade do tratamento, incluindo ➢ Intoxicação por contato: dor de cabeça; irritação;
soroterapia para alguns casos; sinais e/ou coceira no local; temperatura do local
17º Continuar com o atendimento e avaliação durante o aumentada.
transporte;
18º Monitorizar a saturação através da oximetria de pulso; ➢ Intoxicação por inalação: dispneia; irritação nos
19º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme olhos; taquipneia e tosse.
demanda;
20º Realizar a avaliação secundária, somente se a vítima ✓ Os sinais e sintomas de intoxicações, dependem
estiver estável; da substância e via na qual a vítima venha a ter
21º Estabilizar e priorizar a movimentação: contato;
Rua Joaquim Murtinho, 2.293 - Bairro Itanhangá Park – (67) 3026-1665 www.escolapadrao.com.br 148
Curso Técnico em Enfermagem
Paixão por Aprender, Prazer em Ensinar.
2º MÓDULO / Suporte Básico à Vida
✓ Observar a embalagem do fabricante e as I O_DE_VIDA_DO_CBMGO 2020_v2.pdf.
informações coletadas com a vítima ou
testemunhas no local. Destaques das Diretrizes de RCP e ACE de 2020 da American
Heart Association. Disponível em: https://cpr.heart.org/-
CONDUTA /media/CPR-Files/CPR-Guidelines-
Files/Highlights/Hghlghts_2020ECCGuidelines_Portuguese.pdf
1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a
ocorrência;
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir
conformenecessidade;
3º Identificar o produto ou substância causadora da
intoxicação;
4º Afastar a vítima da substância;
5º Conduta em caso de intoxicação por ingestão:
I. Não provocar vômito;
II. Não sugerir ingestão de qualquer outro produto;
III. Prevenir o choque.
REFERÊNCIA