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Pe INSTITUTO DO EMPREGO 4 > E FORMACAO PROFISSIONAL TECNICO/A DE MULTIMEDIA Direito eletronico - Manual de formagao Las “0 cS gio ce nertific os O° * no profissional * Consvitadoria + Processes de Cerlifl age owt of eee ee ww regione Projto fianciado por: , COVERNO DE «. he SORPUGRL | is cao ¢ consultadoria, Lda ee eee At go naan PORTUGAL: T8129 32801 Fx 8 273929609 -@-getogren com DeLeoacho ponto i at 2a 0 Pn PORN, 148128 . eageagte cena a eo a ~ eo Sh Regiblo - SEDE: Lago} A Resitio€ ina empresa de cnsitorae formacto pofisona, screitada pela Direc Geral do Fmprago e das Relagbes do | Trabalho, processo n° 3377, possi ainda certteasio e hhomotogacio por parte €o Instituto de Empreco e Formacéo Profssional, Ministério da Agricultura ~ biresBo Regional de Aaricitura © do Insttato da Mobiiade © dos Transportes Terrestres. A sua equipa de profisionals conta com mals de ume década de experiencia no desenvolvimento, organizacéo esto de sistemas de formagio. Em 2006, corvite do Tasituto para 9 Qualidade da Formacéo (IOP), fer parte do arupo de empresas plloto, qe testo, 0 entao, novo modelo de acreditagéo (que ainda vigora). € membro da Associag$o Nacional das Enldades Formadoras, ocupendo um lugar de irecéo. Apoiand-se num crescimento sustentado, desenvolve as suas ativdades em todo o espago Nacional, com maior inidéncla na Regiéo Norte e Centro, tendo atualmente delegagées em! Brayanse, Porto e Olvetra do Hospital | _€ miso da Regibio cumprir com rigor os contratos: assumidos, excedendo as expecttivas dos seus clientes, valortando of seus colaboradores © contibuindo para a aquiso © consolidagdo de competéncas dos seus formandos, através da apresentagio de projtos de formagéo, nas suos vertentes de __formaiocatnaneds € 50 rec, tervnd em abs 05 | F FICHA TECNICA MANUAL DE FORMAGAO Direito eletrénico Dominio de Formagio ‘momentos do processe formative, Na sua atuacio, a Regibio disponibiiza recursos humanos fisicos que sustentam a organizagio, execugio e gestio de ‘acées de formasso profissional, numa éptica de prestacio de servigos técnicos, logisticos e administratives. Promove ainda a Dominio Tecnoléaico Curso: TECNICO/A DE MULTIMEDIA QUEM SOMOS Edigio: Aadocio de solucBes de racionalizagdo dos processos de trabalho, suportados em sistemas e jas forma Freeenreceeeteseustnenar aati | Serodoe st tecnologias de informagio © CONSULTADORIA, LOA I ‘ sts 7 | Organizacao de Contetdos: 7 | oe LILIANA CARNEIRO t os? | acres I ‘ Cenificase? * Versio: 2/2012 onsulfadoria + Processos de i om i VO.c | iio: www.red Regibio - Formagao ¢ Consultadoria, Lda. SEDE: Lato de Santiago, Lote Bled 2 RIC Dio, S80 649 raganga - PORTUGAL - Ye (+351) 279 $29 OBV2 Fax (+351) 273.29 003 + @ -gerai@vegbio com SN 1EGAGRO PORTO: Rua dno Des, 251.2" Do, sala 702 4080-925 Pate PORTUGAL - el (5361) 220166079» @ - gortete esi com REEEBRERG CL1TRO: Fer Ao Aloe nal A 0-7 Onn ope BOATS eat sags Ne @ ae Seep con ake Direito eletrénico - ine ee (8 veaan [sca eo ORs insmfuroooetreco tts FORT PROMSIOTU | INDICE 1. Direlto de autor e multimédia: Regime Juridico aplicdvel a Internet e correio eletrénico 4, Almpressio.. 4.2. OUplodd ress 443, Download. 4.4. Anavegagio na Internet (browsing)... 1.5. Aarmazenagem temporaria (caching) .. 1.6. A distribulggo de obras por mensagens eletrénicas e outros meios de comunicagéo individual 10 1.7. Acolocagio de Hipernexos (links). 10 4.8, Acolocagio de frames wt 1.9. Os servigos on - demand. 1 1.10. Aradio ea televisao na Internet.. 1 2. A questo da propriedade intelectual e, em particular, dos direitos de autor copyright. Legislacao. Prazos de protecao. 13 ‘ 24, Nogio de obra: original/ derivada; singular! plural coletiva/ em colaboragao/ compésita 3 2.44, Obra original/ obra derivada, 13 15 15 16 2.42. Obra singular/ obra plural. 2.13. Coletiva/ em colaboragéo/ compésita, "2.2. Registo, titularidade e transmissio do direlto; duracio do direlto.. % Direito eletrsnico FORGO PROFIL, 2.2.1. Titularidade... 2.2.44, Obras derivadas. 2.242, Obra subsidlada 2.243. Obra felta por conta de outreM jesse 2.2.1.4. Obra felta em colaboraca 2.2.15. Obra coletiva 2.2.46. Obra compésita 2.2.2, Registo. 2.2.3, Transmissdo do direito de autor.., 2.2.4, Duragéo do direito 2.3. Autorlzacéo para divulgar, publicar, utilizar ou explorar a obra 23.4. O direlto de autorizar a tradugao, adaptagio, arranjo, instrumentacao ‘ou qualquer outra transformago da obra 2 3 2.33. _ dieito de autorizar a reprodugéo direta ou indireta, temporaria ou 2.3.2. 0 direito de autorizar a utilizagio em obra diferente... permanente, por qualsquer mefos e sob qualquer forma, no todo ou em parte 3 2.3.4. 0 direlto de colocar a dispostgao do pubblico a obra de forma a torné-la acess{vel a qualquer pessoa a partir do local eno momento por ela escolhido.. 3 2.35. 0 direlto de autorizar a construgao da obra de arquitetura segundo 0 projeto, quer haja ou nfo repeticdes, 2.4, Direlto de citaga 25. Violago do direlto de autor: Crime de Usurpagio e crime de contrafaca 3. Regime da Publicidade e do Marketing... "3.1 Concelto de Publicidade ACOROS ‘ x Direito eletrénico misulvro po exparco PORTUGAL romutghoPROrSsioNAt 3.2, Definigs 3.3. Principlos da Publicldade. 3:4. Restrigdes ao contetido da publicidade.. 3.4... Menores 34.2, Publicidade testemunhal... 3-43. Publicidade comparativ 3.4.4. Publicidade comparativa: Oferta especial. 3.5. Restrig6es ao objeto da publicidad 3.5.4. Bebidas alcodlicas... 3.5.2. Tratamentos e medicamentos.. 354. Veiculos automévels.. 3.6, Formas especiais de publicidade.. 3.6.1. Publicidade domicilidrla e por correspondénci 3.6.2. Patrocini 3.6.3. Publicidade na televisio e televenda . 3:7. Legitimidade de profissionais e concorrentes.. 3.8. Fiscalizagio esangé 4. Marketing. 4.4. Definigao 4.2. Finalidade. 4 4.3. Marketing Direto... 4.4. Publicidadea cliente: 5. Regime de venda a distdncia.. 5.1. Definiso de contrato a dist&ncia.. 5.2. Distingdo entre Consumidor e fornecedor.. Helle a “5a: Definigéo de Técnica de comunicaco a distancia. Jo Heofisionall ¢ Cbosuliadoria oy Direito eletrénico é ganar: smug oocuracco FoRTUGAL FORAChO PROFSSINNL 5.4. Excluso do regime.. 5.5. Informacées prévias .. 5.6. Execucao do contrato. 5.7. Mecanismo de reagao do consumidor.... 5.8, Efeltos da resolugao.enmnnn 5.9, Restrigées ao direito de livre resolucéo... 5.10, Concessao de crédito... 5.11. Onus da prova.. 6. Bases de dados: as questdes de seguranca, de criptografia e de protegio de dados.. 6.4. Definigéo de Base de dads... 6.2, Questées de seguranca, de criptografia. 6.3. Protegao de Dados... 6.3.4.Tratamento de dados pessoals 6.3.4.Qualidade dos dados e legitimidade do seu tratamento (art. 5° 9°) 49 6.3.42. Direitos do titular dos dados (art.to” a 13°) 6.3.4.3. Seguranca e confidencialidade do tratamento (art. 14° 17°) 7. Repositdrios digital: 8. Instituigées... 8.1. Inspecdo Geral das Atividades Cultura 8.2, Comisso Nacional de Protegio de dados. 8,3. Sociedade Portuguesa de Autores... Bibliografia. Ni a llea Pe smurocomnst60 ie Direito eletrénico GOVERNODE sactenm pa Ou ORE SOEUR, stares POOH gR RMAC PRORSSNAL gormnact 4. Direito de autor e multimédia: Regime Juridico aplicavel a Internet e correio eletrénico Uma das consequéncias do surgimento da sociedade de informagao foi a multiplicagao- da ulilizagdo das obras, uma vez que a Internet facilita 0 recurso a obras protegidas. Essa uilizago pode ocorrer de forma muito variada, tornando-se necessério analisar a que correspondem essas novas formas de utllizagaio e em que casos elas sao licitas eilicitas. 14, Almpressao ‘A impressdo de uma obra a partir de um computador ou da Internet representa uma forma de reprodugao da obra, A mesma poderd ser Iicita se for estabelecida segundo as condigSes previstas do arl®. 75°n.°2, a) CDADC: “Sao licitas, sem o consentimento do autor, as seguintes utilizagées da obra: a) A reprodugdo da obra, para fins exclusivamente privados, em papel ou suporte liminar, realizada através de qualquer tipo de técnica fotografica ou processo com resultados semelhantes, com excegao das partituras, bem como a reprodugao em qualquer meio realizada por pessoa singular para uso privado e sem fins comer diretos ou indiretos.” No Entanto, é necessario aplicar os requisitos da regra dos trés passos enunciados: no art. 75°, n.°4 CDADC, segundo o qual se a impressao for realizada em muitos exemplares ‘seré atingida a exploragdo normal da obra @ provocado prejuizo injustificado aos legitimos interesses do autor. 1.2, 0 Upload © Upload consiste na colocagéo de dados por um participante da Internet num servidor de destino, ficando 0s mesmos a disposigao do ptiblico. Assim, o Upload ee ertificaGe© * profissional + Consuladoria + Processos de cenifl 0 F Www te givie © pion all Os ena Pa Forney Direito eletrénico RTUGA corresponde néo apenas a uma forma de reprodugdo da obra, mas também A faculdade de a colocar ‘a disposigao do puiblico. E evidente que o Upload de ficheiros informaticos que contenham obras ou prestagdes protegidas sii ilicitos, tenham estas obras sido ou nao anteriormente divulgadas. Isto porque a colocagao de obras na Internet constitui uma faculdade do autor( art. 68°, 1n.°2 j) € 178°, n.°1 d) CDADC), logo a colocago de obras protegidas na Internet constitui crime de usurpagao. Se se tratar de obra j4 publicada a situagao cai no tipo legal do art. 195°, n.°1, se for obra inédita caf no art. 195°, n.°2 a) CDADC. 4.3, © Download © download consiste na utilizagdo da internet por um utilizador, verificando-se a transferéncia para um computador de um ficheiro que se encontra armazenado noutro lugar, como um servidor da Web, um servido de correio eletrénico ou outro computador. A doutrina considera-o como uma forma de reprodugao da obra, independentemente de ter sido transferido para a meméria temporéria ou definitiva do computador. Em sentido contratio, José Alberto Vieira, Direito da Sociedade da Informago, Vill, pp.424-425, defende que s6 ha reprodugao se for realizada uma cépia duradoura do ficheiro informatico no disco rigido ou num suporte externo (CD, DVD. Etc) do computador. Trata-se de uma posi¢éo incorreta, uma vez que a lei s6 exclui o caching do direito de reprodugao, néo o download par meméria temporaria No entanto, existe no download uma situagao de copia privada conforme o consagrado no art. 75°, n.2, a) parte final (in fine) CDADC. « Aot 7 1Ggdo nsulladoria « Processos de Cenificas ao profissionall * cao Profissio aioe” ag © www.regiel? ee o® « Direito eletrénico ee stmnito a0 exo LEFORDAGAD PROFSSIHAL Conclui-se assim, que 0 download de ficheiros informaticos 6 livre, sendo irrelevante que a obra tenha sido colocada na internet de forma licita ou ilicita, uma vez que a lei nao estabelece qualquer distingao a este respeito. 4.4. Anavegagao na Internet (browsing) A navegagéo na Internet (browsing) corresponde a forma tipica de ullizago na adores tém Internet, em que através de um programa de navegagao (browser) os ul ‘acesso aos documentos que compéem os sitios da Web. Para permitir a visualizago desses ficheiros, 0 programa de navegagao solicita 0 acesso ao servidor Web e exibe © seu contetido, Assim, 0 browsing corresponde a uma forma de utiizagao legitima de uma obra, encontrando-se por isso excluido do direito de reprodugao nos termos do art. 75°, n.*1, CDADC, 0 qual faz referéncia expressa & exclusdo da navegagao em rede do direito de reprodugao. 1.5. Aarmazenagem temporaria (caching) Consiste num proceso de armazenagem por um curto periodo, de dados existentes num sitio remoto em ordem a permitir ao utilizador 0 acesso mais rapido a esses j dados, em vez de os estar constantemente a solicitar a esse mesmo sitio. © caching pode der realizado pelos programas de navegacao na internet que guardam as paginas Web no computador local, para dispensar o acesso constante a rede, ou, pelas redes de computadores que registam num software de partilha (proxy) os sites visitados na internet de forma a permitir a sua disponibilizacao a outros utilzadores da mesma rede, quando estes os solicitem. © art. 75°, n.°1 CDADC menciona expressamente que entre os alos excluidos do direito de reprodugo estd a armazenagem temporaria, logo esta é licita. ee | Ao | ic pcre | ficaS | profissional * Consulladoria + Processos de Cert! 10 7 «0 a ee gormacd eng ic ° ; ? Direito eletrénico o& Os O08 tens 90 (2 nsmmutweocrrseso PorTUGaL, fms" POH Forming PREFSSONNL - 4.6. A distribuigéo de obras por mensagens eletrénicas e outros meios de comunicagdo individual Em relagdo @ distribuigaéo de obras por mensagens eletrénicas ou outros meios de ‘comunicago individual (chats), a mesma deve considerar-se em principio permitida, A utilizagéo de meios de comunicagéo individual nao corresponde a uma forma de ‘comunicagao ao piiblico das obras, podendo considerar-se essa forma de distribuigao ‘como livre ao abrigo do art. 75°, n.°2 a) in fine CDADC, desde que, sejam respeitados 05 limites estabelecidos no art. 75°,n.°4 do mesmo diploma. 1.7. Acolocagao de Hipernexos (links) Os hipernexos (links) néo constituem uma forma de reprodugao da obra nem a sua colocagao a disposigéo do ptblico, tratando-se de uma mera remisséio para determinados sitios existentes na internet. Por isso, estes s4o permitidos independentemente de os hipernexos serem simples ou profundos, ou seja, remeterem para a pagina inicial do sitio (Ex: waw.regibio.com) ou para alguma das suas paginas interiores (Ex: www.regibio.com/recrutamento). Surge 0 problema dos hipernexos fazerem referéncia a obras colocadas tlicitamente na internet, contribuindo para o aumento do upload ilegal. Esta situagao esta prevista no art. 17° do Decreto-lei 7/2004, 0 qual prevé que “os prestadores intermediarios de servigos de associagao de contetidos, por instrumentos de busca, hiperconexdes ou outros m 8, quer permitam 0 acesso a contetidos ilcitos estdo sujeitos a regime de responsabilidade andlogo ao artigo anterior’, exigindo assim, que quem coloca uma Jago a uma obra colocada ilegalmente (enha ou deva ter conhecimento dessa ilicitude para poder ser4 responsabilizado (art. 16° D.L. 7/2004). O art. 19° do D.L. 7/2004 estabelece distanciamento representa apenas o exercicio do direito a informagdo, mas torna-se da que se a remissdo é efetuada com llicita se surgir como uma forma de tomar préprio 0 contetido para onde se remete. FORTH PROS, corns odo Fi Direito eletrénico : COVERNODE meee po Iu ARE p PORTUGAL SNES poDu PRE 1.8. A colocagao de frames ‘Ao contrario dos links, que se limitam a remeter para outros contetidos, os frames integram mesmo partes de um sitio na internet alheio no proprio sitio. Os frames correspondem a uma forma de reprodug4o parcial de uma obra noutra obra, considerando-se ilicita se no for autorizada pelo seu autor. 1.9. Os servigos on- demand Correspondem a oferta digital de obras dudio visuais a pedido do utilizador. Esta oferta tanto pode ser gratuita como implicar uma remuneragaéo, podendo ser realizada na internet. Os servigos on demand constituem uma forma de colocagao das obras a disposig&o do piiblico, a qual 6 reservada ao titular dos respetivos direitos. 1.40, Aradio ea televisao na Internet Auli como radiodifuséo, se corresponder a transmisséo em direto dos programas. Se a ago da internet para a emissao de radio ¢ de televisdo deve ser qualificada colocagéio em rede de programas for a posteriori deve ser considerada como uma forma de colocagdo de obras a disposicao do piblico. Estando essas faculdades reservadas ao titular dos respetivos direitos. , certificaGd? © sofissional * Consulladoria + Processos de Centifi www. te gible © Se Direito eletrsnico , usrut0 0 spec FRAO PROHSSIOAL caGae * ao Profissional + Consulladoria + Processes de Cerlificas OG yor fe Direito eletrénico cessor Le aneast @ souvent anaes, 2, A questdo da propriedade intelectual e, em particular, dos direitos de autor o copyright. Legislagao. Prazos de protecao A Propriedade Intelectual inclui a Propriedade industrial, Direitos de Autor e Direitos Conexos. Por seu lado, a propriedade industrial visa a proteg&o de invengdes, criagées estéticas (design) e sinais usados para distinguir produtos e empresas no mercado, como por exemplo o design de um automével ou o simbolo de uma marca ( 24. Nogao de obra: original derivada; i; coletival em colaboragao! compésita ingular! plural As obras s&0 criagdes intelectuais do dominio literério, cientifico @ artistico, por qualquer modo exteriorizadas que, s4o protegidas nos termos do cédigo do direito de autor ¢ direitos conexos, incluindo nessa protegao os direitos dos respetivos autores, As ideias, 0s processos, os sistemas, os métodos operacionais, os conceitos, os principios ou as descobertas nao so por si s6 ¢ enquanto tais, protegidos nos termos do mesmo Cédigo. A obra 6 independente da sua divulgago, publicagao, utilizagao ou exploragao. 2.4.4. Obra original obra derivada As obras intelectuais em fungo do grau de criatividade podem dividir-se em obras originais e obras derivadas. S40 obras originals as que ndo pressupdem uma obra anterior, possuindo uma originalidade absoluta, Nos termos do art, 2°, n.°1 CDADC, as obras intelectuais do dominio literario, cientifico artistico, quaisquer que sejam 0 género, a forma de agae * i sa CONe giblo: i : 5 de Ceili Profissional + Consuliadoria + Processos de Ceri aagae Prof forrnes www...e cil ie § Direito eletrdnico oe insmruta ao envaeco GOVENODE sercmeres POH ORE SORPOgAE Sms Pou OF : HonningBo pronto, gow expresso, © mérito ou forma de comunicagéo © © objetivo compreendem, nomeadamente: a)Livros, fothetos, revistas, jornais e outros escritos; b) Conferéncias, ligses, alocugées e sermées; ©) Obras draméticas e dramatico-musicais e a sua encenagao; d) Obras coreograficas e pantomimas, cuja expressao se fixa por escrito ou por ‘qualquer outra forma; ) Composigées musicais, com ou sem palavras; f Obras cinematogrétficas, televisivas, fonograficas, videograt icas e radiofénicas; 9) Obras de desenho, tapegaria, pintura, escultura, ceramica, azulejam, gravura, fitogratia e arquitetura; ( fh) Obras fotogréficas ou produzidas por quaisquer processos andlogos aos da fotografia; i) Obras de artes aplicadas, desenhos ou modelos industriais e obras de design que constituam criagao artistica, independentemente da protegao relativa A propriedade industrial; )) llustragées e cartas geograficas; 1) Projetos, esbogos e obras plasticas respeitantes a arquitetura, ao urbanismo, a geografia ou as outras ciéncias; ‘m) Lemas ou divisas, ainda que de cardcter publicitario, se se revestirem de originalidade; n) Parédias e outras composicées literérias ou mu ais; art.3° CDADC faz referéncia a certas categorias de obras derivadas, que se consideram como equiparadas a originais, compreendendo: a) As tradugées, arranjos, instrumentagées, dramatizagées, cinematizagées ¢ outras transformagées de qualquer obra, ainda que esta no seja objeto de protegao; oN : de Cerlificagde profissionol + Consultacoria + Processos de Certitt wie Www eS nacae usumiamoo enna roma RO PROBS ‘ ora Direito eletrénico wurst ee~ Du SRE EL PORTUGAL [0 b) Os sumérios e as compilagées de obras protegidas ou no, tais como seletas, enciclopédias e antologias que, pela escolha ou disposigao das matérias, constituam ©) criagées intelectuais; ©) As compitagées sistematicas ou anotadas de textos de convengées, de leis, de regulamentos ¢ de relatorios ou de decisées administrativas, judiciais ou de quaisquer érgéos ou autoridades do Estado ou da Administragdo. A estas obras havera que acrescentar os programas de computador, por forga do D.L.252/94, DE 20 DE Outubro. Pelo contrério, so obras derivadas as que pressupdem uma obra anterior, da qual derivam, como acontece com as tradugées, arranjos, as dramatizagdes e as compilagées. 24.2. Obra singular! obra plural A obra singular define-se como aquela obra criada por uma s6 pessoa, enquanto que a obra plural resulta da criagfio de varias pessoas. 2.1.3, Coletiva/ em colaboragao/ compésita A obra criada por varias pessoas pode denominar-se: - Obra feita em colaboragéio, quando divulgada ou publicada em nome dos colaboradores ou de algum deles, quer possam ou néo discriminar-se os contributos individuais; - Obra coletiva, quando organizada por iniciativa de entidade singular ou coletiva e divulgada ou publicada em seu nome. ee ao exe d0O% 500 : 5 Cerific sionol * Consuliadoria + Processes de Certill ey givle — 10 Profi WwWww..te e., % Direito eletrénico ed fenneha orstoua. - Obra compésita, considera-se aquela em que se incorpora, no todo ou em parte, uma obra preexistente, com autorizagéio do seu autor, mas sem a sua colaboragdo. 2.2. Registo, titularidade e transmissao do direito; duragao do direito 2.2.4, Titularidade Oart. 11° CDADC que estabelece a regra geral sobre a atribuigéio do direilo de autor, determina que este “ pertence ao criador intelectual da obra, salvo disposigéo expressa em contrario". Sendo reconhecida a titularidade da obra ao criador intelectual, é 0 ato de criagao da obra intelectual que implica a atribuigdo dos direitos (i sobre a mesma, No entanto, o art. 27° estabelece duas presungées relativas A determinago do autor. A primeira determina que se presume como autor aquele que tiver sido indicado como tal na obra, pela aposi¢o do nome na capa do livro ou da assinatura. No caso do ome do criador no vir mencionado nesta ou nao figurar no local destinado para efeito segundo o uso universal, vale a presungao de que o direito fica a pertencer entidade por conta de quem obra é feita (art. 14°, n.° 3 CDADC) A segunda presung&o resulta da indicagéo do autor em qualquer forma de comunicago ao publico (art. 27°, n.°2, in fine). Esta presungéo assume importancia em obras nao publicadas, mas que so utilizadas ou comunicadas ao public. Quem & anuneiado ao ptiblico como titular da obra é presumido como sendo o autor dela. 2.2.4.1. Obras derivadas A protegao conferida as obras derivadas nao prejudica os direitos reconhecidos aos autores da obra original (art.3°, n.°2), por isso exige-se para a criagdo de obra derivada : + processos de CenlificaGae * ; magae Profissional Consuliadoria * Processes de tio | got ‘pid. | www.tegi2 | | ae Direito eletrénico @ RAIA see POOH OR RG PREFS, a autorizagao do autor da obra preexistente. Este pode ainda exercer perante 0 autor da obra derivada os direitos morais de reivindicar a paternidade da obra preexistente € assegurar a sua genuinidade e integridade (art. 56° CDADC) 2.2.1.2, Obra subsidiada ‘Segundo o art. 13° CDADC é negada a atribuig&o de qualquer dos poderes incluidos no dieito de autor a quem subsidie ou financie uma obra. O financiador é apenas {itular de um crédito sobre o autor relativo ao financiamento, 0 qual nao the permite obier poderes que integram o direito de autor. No entanto, é permitido convencionar ‘em sentido contrério, permitindo que a entidade subsidiante reserve para si alguns dos poderes do direito de autor, como por exemplo, a faculdade de editar a obra. 2.2.1.3. Obra feita por conta de outrem Segundo a regra geral do art. 14°, n.°1 CDADC, sobre a atribuigéo do direito de autor ‘em caso de obras feitas por encomenda ou por conta de outrem resulta do que tiver sido convencionado. As partes sao livres de estabelecerem a atribuigdo do direito de autor, quer ao criador intelectual, quer ao empregador. Na falta de convengéo, a lei presume que a titularidade do direilo de autor relativo a obra feita por encomenda ou por conta de outrem pertence ao seu criador intelectual (art. 14°, n.2 2 CDAD). ‘Se 0 nome do criador da obra nao figurar no local mencionado para o efeito segundo o uso universal, vale a presung&o de que o direito de autor pertence & entidade por conta de quem a obra é feita (art. 14°, n.°3 CDADC), at 9 CerlificaGd® © profissional * Consullacioria © Processos do Gen" ; si www.te P® GoveRNO DE insta wo eee PORTUGAL Direito eletrénico eae POOH OF erontacho POISON. FONG! 5 profissional * Consuliadoria + Proc Ge s 2.2.1.4, Obra feita em colaboragao A obra feita em colaboragéo atribui 0 direito de autor a todos os que nela liverem colaborado (art. 17, n.°1 CDADC). No entanto,” se a obra feita em colaborago for divulgada ou publicada apenas em nome de algum ou alguns dos colaboradores, presume-se na falta de designagdo explicita dos demais em qualquer parte da obra, que os nao designados cederam os seus direitos aquele ou aqueles em nome de quem a divulgagdo ou publicagdo é feita’ (att. 179, n.°3), 22.1.5. Obra coletiva Resulta do art. 19°, n.°1 CDADC, que nas obras coletivas o direito de autor “ é atribuido @ entidade singular ou coletiva que tiver organizado e dirigido a sua criagdo e em nome de quem tiver sido divulgada ou publicada’. 6. Obra compésita Determina o art. 20°, n.°2 CDADC, que “ao autor da obra compésita pertencem exclusivamente os direito relativos 4 mesma, sem prejuizo dos direitos de autor da obra preexistente”. Assim, a incorporagao nao prejudica os direitos de autor sobre a obra preexistente, que subsistem, adquitindo, 0 autor da obra compésita em exclusividade os direitos sobre a nova obra, 2.2.2, Registo Nos termos do art. 12° CDADC, “o direito de autor 6 reconhecido independentemente de registo, depésito ou qualquer outra formalidade”. A aquisicao do direito de autor ocorre independentemente de registo, pois a atribuigao do direito de autor resulta apenas da criagao da obra intelectual, néo estando esse ACH ss0s de Certificace? www..re gibio-6° $ Direito eletrénico os GOVERODE surtttnone wstmurono coco BORTUGAL S550" EFORRACH PROFSSIONNL, direito dependente de mais nenhuma outra formalidade, pelo que o registo da obra no tem qualquer efeito constitutive. © efeito aquisitivo do registo néo podera ocorrer em prejuizo do proprio criador intelectual, cujos direitos 840 primariamente protegidos no direito de autor. Mesmo que um terceiro tenha adquirido a titulo oneroso e de boa-fé 0 direito de autor sobre uma obra, poder ver os seus direitos preteridos perante a invocagao do direito de autor por parte do criador intelectual, Como por exemplo, se B usurpou a obra de A, tendo registado essa obra como sendo de sua autoria e, depois vende o seu direito de autor aC, que 0 adquire, confiado no registo, A ndo esta impedido de rectamar a autoria da ‘sua obra perante C. Isto decorre do art. 213° CDADC, que estabelece que a atribuigéo do direito de autor é independente do registo. Atualmente, 0 registo da propriedade literdria compete a Inspecdo Geral das Atividades Culturais. 2.2.3, Transmissao do direito de autor Conforme nos refere o art, 9°, n.°1 CDADG “ o direilo de autor abrange direitos de natureza patrimonial e direitos de natureza pessoal, denominados direitos morals”. O art. 679, n.°1 diz-nos que “O autor tem 0 direito exclusivo de fruir e utilizar a obra, no todo ou em parte, no que se compreendem, nomeadamente, as faculdades de a divulgar, publicar e explorar economicamente por qualquer forma, direla ou indiretamente, nos limites da tei", acrescentando 0 n.°2 que a “ garantia das vantagens patrimoniais resultantes dessa exploragao constitui, do ponto de vista econémico, o objeto fundamental da protecdo legal” Os direitos patrimoniais destinam-se a garantir a exploragao econémica da obra, bem como os direitos de publicagao e divulgagao da obra. 7 nal « Cansulladoria © Processos de Ce contr eGo POTS! a CeniticaGde ao profissional + Consultadoria * Processos ¢ ao Prof ee ee cen" Hato © www re giele ee og? | of °. : ny S Direito eletrénico : alee P Baea, asen~ PODU EAE cfouelo Pearse. 2.3.2. O direito de autorizar a utilizagao em obra diferente Esta faculdade esta prevista nos termos do art.68°, n.1, h) e, ao contrario do que se prevé no ponto anterior, neste caso j4 ndo estamos perante a criagdo de uma obra derivada, mas perante uma mera utilizagéo de uma obra em obra diferente, 2.3.3.0 direito de autorizar a reprodugao direta ou indireta, temporaria ou permanente, por quaisquer meios e sob qualquer forma, no todo ou em parte Tora-se essencial ao autor o controlo sobre as reprodugées da sua obra, dai que a lei Ihe reserve essa faculdade independentemente das formas e meios pelos quais a reprodugo se opera 2.3.4, O direito de colocar A disposigao do ptiblico a obra de forma a tornd-la acessivel a qualquer pessoa a partir do local e no momento por ola escolhido Trata- se de uma nova faculdade que surgiu em consequéncia do aparecimento da internet, a qual colocou problemas uma vez instituiy novas formas de utilizagao da obra. ‘A colocagao da obra na internet néo constitui uma forma de publicagdo gréfica da obra e, a obtengao de cépias da mesma efetuada pelos utiizadores através do download & abrangida pela permissao da cépia privada. 2.3.5. O direito de autorizar a construcao da obra de arquitetura segundo © projeto, quer haja ou nao repetigées Constituindo o projeto de arquitetura uma obra protegida, nos termos do art. 2°, n.°4 |), vem a ser reservada ao seu titular a faculdade de autorizar a respetiva construgao, conservando 0 aulor essa faculdade independentemente do nimero de vezes que tenha concedido essa autorizag4o. Por isso, 0 art. 161°, n.° 2, reitera que a repeticao of oe fh erlificagee ao profissional * Consulidoria + Processos de Ce © Sao mag for eee ce www. regielo: 8s P® «omg ho pros. Direito eletrénico GOVERNODE exces p PORTUGAL i da construgéo de obra de arquitetura, segundo 0 mesmo projeto, s6 pode fazer-se ‘com 0 acordo do autor. | 2.4, Direito de citagao © art. 75°, n°2, g) prevé a licitude da * insergéio de citagdes ou resumos de obras alheias, quaisquer que sejam o género e natureza, em apoio das proprias doutrinas e com fins de critica, discussdo ou ensino, e na medida justificada pelo objetivo a atingir’ A lei admite tanto que a obra seja parcialmente transcrita (citagao), como que seja resumida (resumo ), mas, é necessério que tanto a citagdo como o resumo sejam ; justificados pelo fim a ating. A faculdade de citagdo nao se restringe a obras Iiterdrias, abrangendo obras de qualquer natureza, assim, a obra musical pode citar uma parte de outra obra. No entanto, a lei probe que a citagéo seja de tal forma extensa que prejudique o interesse da obra citada procurando evitar 08 casos de pseudo - citagdes, em que a citagao surge apenas como um pretexto para apropriagdo da obra alheia. O art. 76°, n.°1, a) determina que a citago deve ser acompanhada, sempre que possivel da indicag&o do nome do autor e do editor, do titulo da obra e demais elementos que os identifiquem. Nao basta, por isso, nas obras literdrias para que seja corretamente exercido 0 direito de citagdo, que a parte citada se encontre entre as aspas, havendo que fazer ( Teferéncia ao nome do autor e 4 obra utilizada. de Certificagee profissional * Consulladoria + Processos nacao f cot? ae www. regalo beta o® wsrmutootrateo Direito eletrénico GOVERNODE wn PORTUGAL FOMNEHOHROFESIONNL, for paciio Pots 2.6.Violagéo do direito de autor: Crime de Usurpagéo e crime de contrafagaio © Crime de Usurpagao € cometido por quem, utiliza uma obra sem autorizagao do autor ou do artista. (art. 195° CDADC) Comete, ainda, o crime de usurpagéo quem - divulgar ou publicar abusivamente uma obra ainda néo divulgada nem publicada pelo seu autor ou ndo destinada a divulgagao ou publicagdo, mesmo que a apresente como sendo do respetivo autor e quer se destine ou nao a obter vantagem econémica; - quem compilar obras publicadas ou inéditas sem autorizagdo do seu autor; ar uma obra, exceder os limites da autorizago concedida; O Crime de Contrafagdo é cometido por quem utilizar uma obra como sendo criagéo sua, que seja reprodugao total ou parcial de obra alheia, de tal modo semelhante que no tenha individualidade prépria. Se a reprodugo referida antetiormente for apenas de parte da obra, s6 essa parte é considerada contrafagao. (Art. 196° CDADC) A contrafagaéo exige que a obra ou prestagao seja apresentada como sendo prépria, pelo que se néo existir essa apropriagdo, a situagdo sera de usurpagaio e no de contrafagao 0 crime de usurpagao e o crime de contrafagao s4o punidos com pena de prisao até trés anos e multa de 150 a 250 dias, de acordo com a gravidade da infragéio, sendo agravadas as penas para 0 dobro no caso reincidéncia. (Art. 197° CDADC) Incorre na mesma pena quem se aproveitar de obra contrafeita ou usurpada, colocando a venda, importar, exportar ou por qualquer modo distribuir ao piiblico, (Art. 499° CDADC) oc? cro oo oO * dori de Cenificae™ ional + Consuliadoria © Processos de Cet www regibio® “ Direito eletrénico 38 @ SQWENORE sommes POLI SRE wsrmuro oo reco crown mRoAsseAL secgcdo ° ao Profissional * Consuliadoria + Processos de Cerlificas iG ort oo os usrmuto 0 euonteo Direito eletrénico EFOnNACAD PABST coimnoe 3. Regime da Publicidade e do Marketing O regime da Publicidade encontra-se previsto na Lei n.° 8/2011, de 11 de Abril e, aplica-se a qualquer forma de publicidade, independentemente do suporte utiizado para a sua difusdo. ‘A publicidade deve concifiar as duas vertentes. Se por um lado, tem elevada recetividade no quotidiano dos cidadaos, por outro lado, acarreta uma responsabilidade, de protegio e defesa dos consumidores e das suas legitimas expectativas; Esta assume uma grande importancia na atividade econémica, fomentando a concorréncia e, sendo benéfica para as empresas e respetivos clientes. 3.1, Conceito de Publicidade A Publicidade define-se como qualquer forma de comunicagao feita por entidades de natureza piblica ou privada, no exercicio de uma atividade comercial, industrial, artesanal ou liberal, com 0 objetivo direto ou indireto de: a) Promover bens ou servigos, com vista a sua comercializagio ou alienagdo (venda); ) Promover ideias, principios, iniciativas ou instituigdes; Também se considera publicidade, qualquer forma de comunicagdo da Administragao Publica, que tenha por objetivo, (direto ou indireto) promover o fornecimento de bens ou servigos. Jé no se considera publicidade a propaganda politica. (arl.3° ¢ 4°) an’ « AcKE syfificaGa° profissional + Consulladoria + Processos de Certifi 0 PAO www. regiPl? o% row PRorssONN cornea’ Direito eletrénico BOREAL sts PON nS 3.2. Definigées: No dominio da publicitaria deve distinguir-se: a) Atividade publicitéria: abrange o conjunto de operagées relacionadas com a difuséo de uma mensagem publicitaria junto dos seus destinatarios, bem como as relages juridicas e técnicas dai resultantes entre anunciantes, profissionais, agéncias de publicidade ¢ entidades que explorem os suportes publicitarios; Por operagées teferidas anteriormente, entende-se as de concegéio, criagao, produgao, planificagao e distribuigao publicitarias. b) Anunciante: a pessoa singular ou coletiva no interesse de quem se realiza a publicidade; ©) Profissional ou agéncia de publicidade: pessoa singular que exerce a atividade publicitéria ou pessoa coletiva que tenha por objeto exclusivo 0 exercicio da atividade publicitaria (empresas de publicidade); 4) Suporte publicitario: 0 veiculo utiizado para a transmisséio da mensagem publicit , como por exemplo revista, jornais, e-mail; e) Destinatario: a pessoa singular ou coletiva a quem a mensagem publicitaria se dirige; (art. 5°) 3.3, lade A publicidade rege-se pelos seguintes principios: 1) Principio da licitude E proibida a publicidade que viole os valores, principios e instituig6es fundamentais. consagrados na Consfituigao, aos AS Jificac: 41» Cons ofia * Processos de Cenlificc Jo Profissional * Consultadoria + Processes Ao e www.re gir? act o> > re Direito eletrénico ‘ Pe SRNR, same POD a FORHAGRO DROFSSIONEL Logo, é proibida a publicidade que: a) Utilize depreciativamente instituigdes, simbolos nacionais ou religiosos ou personagens histéricas; b) Faga apelo a violencia, bem como a qualquer atividade ilegal ou criminosa; c) Atente contra a dignidade da pessoa humana; 4) Contenha qualquer discriminagao em relacdo a raga, lingua, territério de origem, religido ou sexo; ©) Utiize, a imagem ou as palavras de alguma pessoa, sem a sua autorizagao; i 1) Utilize linguagem obscena; 4g) Encoraje comportamentos prejudiciais protegéo do ambiente; h) Tenha como objeto ideias de contetido sindical, politico ou re 2) Principio da Identificabilidade (art.8°) A publicidade tem de ser identificada como tal, qualquer que seja o meio de difuséo utilizado, Aquela que é efetuada na radio e na televisto deve ser claramente separada da restante programagao, através da introducéo de um separador no inicio € no fim do espago publicitario. E proibido © uso de imagens ou outros meios dissimuladores que explorem a possibilidade de transmitir publicidade sem que os destinatarios se apercebam da natureza publicitaria da mensagem (publicidade dissimulada ou oculta, art. 9°). ace? od no © ACIS srlificag tO profissional + Consultadoria + Processes de cerlifi > Profiss sees gible oe gormacas www..e Direito eletrénico GOVERNODE — weteraionns An FER sis rontagho PROTON, 3) Principio da Veracidade (art. 10°) Segundo este principio, a publicidade deve respeitar a verdade, nao deformando os factos. As informagées sobre a origem, natureza, composigéo, propriedades e condigées de aquisigao dos bens ou servigos publicitados devem ser exatas ¢ passiveis de prova, a todo momento, perante as instancias competentes. Relativamente a seguranga e satide do consumidor, é proibida a publicidade que motive comportamentos prejudiciais 4 sua satide e a sua seguranga, nomeadamente por deficiente informagao acerca da perigosidade do produto ou suscetibilidade da verificagéo de acidentes em resultado da sua propria ull publi -agéio. Como por exemplo, a idade de medicamento para emagrecer em pouco tempo, néo indicar que néo ( deve se uliizado por pessoas diabéticas devido & sua composig&o; © disposto anteriormente deve ser particularmente acautelado no caso da publicidade especialmente dirigida a criangas, adolescentes, idosos ou deficientes (art. 13°) 4) Principio de respeito pelos direitos do consumidor; 3.4. _Restrigées ao contetido da publicidade 3.4.1. Menores A publicidade especialmente dirigida a menores deve ter sempre em conta a sua vulnerabilidade psicolégica, abstendo-se de: a) Incitar diretamente os menores, a adquirir um determinado bem ou servigo; b) Incitar diretamente os menores a persuadirem os seus pais ou terceiros a comprarem os produtos/servigos em questao; profissional + Consultadoria * Processos de ao f gort0o Direito eletrénico GOVERNODE © ws rismurooocrnéeo PORTUGAL Sits FRAO PRDESSIOAL integridade fisica ou moral, a sua satide ou seguranga, nomeadamente através de _—incitamento. a ~—_violéncia; d) Explorar a confianga especial que os menores depositam nos seus pais, tutores ou professores. Os menores s6 podem surgir como intervenientes principais nas _mensagens publicitérias em que se verifique existir uma relagdo direta entre eles ¢ 0 produto Iservigo publicitado, como por exemplo: publicidade a material escolar (art. 14°) Ja seria proibida a publicidade em que aprecia um menor a conduzir um automével 3.4.2. Pul lade testemunhal A. publicidade testemunhal deve incluir depoimentos peso: genuinos © comprovaveis, ligados a experiéncia do depoente ou de quem ele represente (art.15*). ©) Conter elementos suscetiveis de colocar em perigo a sua 3.4.3, Publicidade comparativa | | | A publicidade comparativa, sé 6 permitida, desde que respeite as seguintes ‘condigées: a) Nao seja enganosa, nos termos do artigo 11.%; b) Compare bens ou servigos que respondam as mesmas necessidades ou | que tenham os mesmos objetivos. Nao se pode comparar um frigorifico com um carro, pois néo respondem as mesmas necessidades, nem tém 0s mesmos objetivos; ©) Compare uma ou mais caracteristicas essenciais, comprovaveis @ representativas desses bens ou servigos, entre as quais se pode incluir 0 prego; peace * 3c icagae 1 + Consulladoria © Processos de Cerf << 40 profissional : gible ic mage www Se Me Direito eletrénico as SORRBRE ex _ORRIAgRO PROFESSION d) Nao gere confuse no mercado entre o anunciante © um concorrente ou entre marcas, designagées comerciais, outros sinais distintivo; e) Nao desacredite ou deprecie marcas, bens, servigos, atividades de um concorrente; f) Se refira, em todos os casos de produtos com denominagéio de origem, a produtos com a mesma denominagao; 9) Nao retire partido indevido do renome de uma marca, designagao comercial U1 outro sinal distintivo de um concorrente ou da denominagao de origem de produtos concorrentes; h) Nao apresente um bem ou servigo como sendo imitagao ou reprodugéo de um bem ou servigo cuja marca/designagéo comercial seja protegida; 3. . Publicidade comparativa: Oferta especial Sempre que a publicidade comparativa faga referéncia a uma oferta especial deverd indicar © seu termo (fim) ou, se for o caso, que essa oferta especial depende da disponibilidade dos produtos ou servicos. ‘Serve como exemplo a seguinte situacao: Publicidade de um hipermercado, no fim-de- semana de 2 ¢ 3 de Dezembro de 2012, sapatilhas a metade do prego. Oferta limitada a0 stock existente. Se encontrar 0 bem a um prego mais baixo devolveremos o valor em dobro. E sobre 0 anunciante que recai o énus (dever) de provar a veracidade da publicidade ‘comparativa (art, 16°). + Cerlificacde * profissional * Consuliadoria + Processos de Celli 10 Profi gormace ac www.regiele € Direito eletrénico govEENO DE: Cato: PORTUGAL vont ho PRORSSONAL 3.5. Restrig6es ao objeto da publicidade 3.5.1. Bebidas alcodlicas A publicidade a bebidas alcodlicas so ¢ permitida quando: a) Nao se dirija especificamente a menores e n&o os apresente a consumir tais bebidas; b) Nao encoraje consumos excessivos; ©) Nao menospreze os nao consumidores; 4d) Nao sugira sucesso, éxito social ou especiais aptidées por efeito do consumo; €) Nao sugira a existéncia, nas bebidas alcodlicas, de propriedades terapéuticas ou de efeitos estimulantes ou sedativos; f) Nao associe o consumo dessas bebidas ao exercicio fisico ou a condugéo de veiculos; 4) Nao sublinhe o teor de alcool das bebidas como qualidade positiva; E proibida a publicidade a bebidas alcodlicas, na televisdo e na radio, entre as 7 horas @ as 22 horas @ 30 minutos. A publicidade de quaisquer eventos em que participem menores, nomeadamente, atividades desportivas, culturais (pega de teatro), recreativas (passeios) ou outras, nao devem fazer qualquer tipo de referéncia implicita ou explicita, a marcas de bebidas alcodlicas (art. 17°) Como por exemplo proibig&o de publicidade a bebidas alcodlicas nas camisolas dos participantes menores de uma corrida de corta ~ mato ; ae” oc co ao + ACH sco 41 © Consuliadoria © Processes de Cedifles , profissionc xg co www. regib! A ot eRe nara ae Direito eletrdnico o8 ag GOPERNODE - sasssoren 35s SORRORE | nese ou A ane stato go ene forgo PROMSSIONNL, 3.5.2. Tratamentos e medicamentos E proibida a publicidade a tratamentos médicos e a medicamentos que apenas possam ser obtidos mediante receita médica, com exce¢ao da publicidade inclulda em Publicagdes técnicas destinadas a médicos e outtos profissionais de satide (art. 19°) Assim, & proibida a publicidade a um antibistico porque necessita de receita médica, mas, j4 no é na venda de pastilhas mebocaina, que séio de venda live. 3.5.3, Publicidade em estabelecimentos de ensino ou destinada a menores Segundo a redagéo do art. 20°, 6 proibida a publicidade a bebidas alcodlicas, bem como ao tabaco ou a qualquer tipo de material pornografico em estabele ensino. Veiculos automéveis E proibida a publicidade que a) Apresente situagdes de utilizagao do veiculo que ponham em isco a seguranga de pessoas, condutor ou terceiros; b) Contenha situagdes de utilzagao do veiculo perturbadoras do meio ambiente; ©) Apresente situagées de infragdo das regras do Cédigo da Estrada, nomeadamente excesso de velocidade, manobras perigosas, no utilize cinto de seguranga e desrespeito pela sinalizagio ou pelos pedes (art. 22°- A). ; 3.6. Formas especiais de publicidade 3.6.1. Publicidade domicilidria e por correspondéncia A publicidade domicilidria e por correspondéncia deve conter, de forma clara e precisa: 9 Profissional + Consuliadoria + Processos de 580 mac gor ON Direito eletrénico GOVERNO DE © sasteonwoom Fo oe pon OF ; insnnuto nee BORTOGAL 25) cfg mono a) O nome, domicilio e os elementos necessdrios para a identificagao do anunciante; b) A indicagao do focal onde o destinatario pode obter as informagdes que necessite; c) A descrigaéo das carateristicas do bem/servico publicitado; 4) 0 prego do bem /servigo, a forma de pagamento, bem como as condigées de aquisigéio, de garantia e de assisténcia pés-venda (art. 23°) 3.6.2. Patrocinio © Patrocinio resulta do financiamento de programas, reportagens, edigées, rubricas, com vista & promogéo do seu nome, marca ou imagem, bem como das suas atividades, bens ou servigos. Os programas patrocinados devem ser identificados como tal pela indicagéo do Rome ou logstipo do patrocinador no inicio e, ou, no final do programa, © contetido @ a programagao que sejam patrocinados ndo podem ser infiuenciados pelo patrocinador, por forma a afelar a responsabilidade e a independéncia do emissor (art. 24°) 3.6.3. Publicidade na televisao e televenda A publicidade televisiva deve ser inserida entre programas e nao pode ser inserida durante a transmisséo de servigos religiosos. Os telejornais, os programas de informagéo politica, os programas, revistas da atualidade informativa, os documentarios, os programas religiosos © os programas para criangas com durago inferior a trinta minutos néo podem ser interrompidos pela publicidade, 1 ACIe s tia © Process £ Certificaga? snogire Profssional + Consuligdonia + Processas de -. cote a www.regie! Vetere Sota tea i rr Direito eletrénico GOVERNODE — wasnowenns FOR AGRO PROFSSIONAL Entre duas interrupgées sucessivas do mesmo programa, para emissdo de publicidade, deve mediar um periodo igual ou superior a vinte minutos. A televenda resulta da difusdo de ofertas ao piblico, realizada por canais televisivos, ‘com vista ao fornecimento de produtos ou a prestagdo de servigos, mediante remuneragao, € proibida a televenda de medicamentos sujeitos a uma autorizagéo para comercializagdo bem como de tratamentos médicos. Esta no deve incitar os menores a comprarem ou alugarem quaisquer bens ou servigos (art. 25°- A). { 3.7. Legitimidade de profissionais e concorrentes ‘Tem legitimidade qualquer profissional ou concorrente com interesse em lutar contra a publicidade enganosa e garantir 0 cumprimento da Lei em matéria de publicidade podendo suscitar a intervengao da Direcedio-Geral do Consumidor (art. 42°). Entre os responsaveis pela conira- ordenagao esto o anunciante, o profissional, a agéncia de publicidade, o titular do suporte publicitrio, bem como qualquer outro interveniente na emisséo da mensagem publi 3.8. Fiscalizagdo e sangées: Nos termos do art. 34°, a infragéo constitui contra ordenagao punivel com as seguintes coimas: a) De 1745.79 € a 3,740.98 € ou de 3.491€ a 4.489,19 €, consoante o infrator seja pessoa singular ou coletiva, por violagdo do preceituado nos artigos 7.°, 8.°, 9., 10.°, 11.9, 12.°, 13°, 14°, 16.°, 20.°, 22.°-B, 23.°, 24.9, 25. @ 25.°-A; oe aor pcre aoe h mer lificaGde + Consultadoria + Processos de Cerlifte can we eG O: www. regio!” ilies omacns wick Guat eiaiat Direito eletrénico GOVERNODE —sunesnone BORTUGAL ssc! ¢& FRIAR PROFS, b) De 1000.00€ a 3,500.00 € ou de 2500.00 € a 24.939,90 €, consoante o infrator seja pessoa singular ou coletiva, por violagdo do preceituado nos artigos 17.918." ¢ 19.°; ¢) De 3.740.98 € a 2500.00€ ou de 1500.00 € a 7.980.77 €, consoante o infrator seja pessoa singular ou coletiva, por violagéio do preceituado nos artigos 15.°, 21.°, 22.° 222-8, Para além, das coimas podem ainda ser aplicadas as seguintes sangées acessérias a) Apreensdo de objetos utilizados na pratica das contra ordenagées; b) Interdig&o tempordria, até um maximo de dois anos, de exercer a atividade publicitaria; ©) N&o atribuigéo do subsidio ou beneficio entregue por entidades /servigos publicos; d) Encerramento temporario das instalagdes onde se verifique 0 exer io da atividade publicitaria, bem como cancelamento de licengas ou alvaras (art, 36°) A aplicagéo das sangées compete a uma comissdo constitulda pelo Presidente da comisso referida no n° 2 do artigo 52.° do Decreto-Lei n.° 28/84, de 20 de Janeiro, que presidira, pelo presidente do Instituto do Consumidor ¢ pelo presidente do Instituto da Comunicagao Social. A fiscalizagéo © a instrugdo dos processos competem ao Instituto do Consumidor, devendo-the ser remetidos os autos de noticia levantados ou as deniincias recebidas (art. 37°, 38°) cao * : de Carificacd profissional + Consulladoria + Processos de Cent! sho nag www. regible 10.62 se Direito eletrénico ‘goveRNODE sisrmuro no nereco PORTUGAL Fong Paonssonat ser pou OR es i EE jifica ao profissional * Consulladoria + Processos de Conlith ogo our Direito eletrénico we Zoe @ sen 4. Marketing 4.4. Definigao © Marketing & 0 proceso usado para verificar que produlos ou servigos poderdo interessar aos consumidores, assim como a estratégia que se rd utlizar nas vendas, comunicagées e no desenvolvimento do negocio. 4.2. Finalidade A finalidade do Marketing 6 criar satisfago no cliente, gerando relacionamentos lucrativos para ambas as partes, empresa e cliente. Assim, um gestor de marketing tem um leque muito alargado de atividades, desde, estudo de mercado, a definigao de uma estratégia e assisténcia pés-venda, 4.3. Marketing Direto Consiste em contactos diretos que ocorrem individualmente entre a empresa e um cliente ou grupo de clientes com necessidades idénticas. Deve ser utilizado para conseguir uma relagéo personalizada com os clientes, de forma a conhecé-los 0 suficiente para poder oferecer a cada cliente os bens e servigos mais adequados. Este é fundamental na fidelizagéo dos clientes, contribuindo para aumentar a receita média por cliente, porque visam a satisfagado das necessidades do consumidor e para a criagéo de uma relagdo duradoura, na conquista da sua confianca e lealdade a marca a | jahoG go Profissional + Consulladoria + Proc Oe gow o> oe FUROR PROHESIONAL got" nacdo Direito eletrénico GOVINO DE soe PORTUGAL 4.4. Publicidade a clientes E permitido ao fornecedor de um produto ou servico, relativo a produtos ou sei analogos, enviar publicidade ndo solicitada aos clientes com quem celebrou anteriormente transagées se, ao cliente tiver sido comunicada a possibilidade de o recusar por ocasiéo da transagao realizada e, se néo implicar custo para o destinatario; Por seu lado, o destinatario deve ter acesso a meios que lhe permitam a qualquer momento recusar, o envio dessa publicidade para futuro, As entidades que promovam 0 envio de comunicagées publicitérias nao solicitadas, devem manter uma lista atualizada de pessoas que manifestaram o desejo de no receber aquele tipo de comunicagses. Tornando-se proibido o envio de comunicagbes publicitérias as pessoas constantes daquela lista « ncren acacde 7 : do Cartificace profissional + Consuliadotia * Processos de Corll www regibio~ ac as? of Folie Loving pace Gai wk atdtr at i | q | | 1 of Direito eletrénico os comegloemorssos, @9 BARRA, wxe-- POOH OR 5. Regime de venda a distancia O presente diploma, Decreto-lei 143/2001, de 26 de Abril, procede a transposigéo para ordem juridica interna da Diretiva n.° 97/7/CE, do Parlamento Europeu e do Consetho, de 20 de Maio, relativa @ protegéo dos consumidores em matéria de contratos celebrados a distancia Este ¢ aplicavel aos contratos celebrados a distancia e aos contratos ao domicilio e equiparados, bem como a outras modalidades contratuais de fornecimento de bens ou servigos, tendo em vista promover a transparéncia das prdticas comerciais salvaguardar os interesses dos consumidores, 5.1. Definigiio de contrato a distancia Entende-se por contrat celebrado a distancia, qualquer contrato relative a bens ou servigos celebrado entre um fornecedor e um consumidar, relacionado com venda ou prestagdo de servigos a distancia organizado pelo fornecedor que, para esse contrato, utilize exclusivamente uma ou mais técnicas de comunicagéo a distancia até a celebragao do contrato, incluindo a propria celebragao (Art, 2° al. a). 5.2. \¢40 entre Consumidor e fornecedor Para efeitos do presente diploma, entende-se por Consumidor, qualquer pessoa \ singular que atue com fins que nao pertengam ao ambito da sua atividade profissional (Art 1°, a DL) © Fornecedor 6 qualquer pessoa singular ou coletiva que atue no ambito da sua atividade profissional (Art, 1°, b DL). il 2 ACIO ao s de Cenifica cao profissional * Consulladoria « Process poem go PIO | www.reg! | Ss o& Direito eletrénico GOVINO DE wetantn F SORURRL ser eo OH GT FORMER PROFSTONAL, got 53. De igdo de Técnica de comunicagao a distancia A técnica de comunicagao a distancia define-se como qualquer meio que, sem a presenga fisica e simultanea do fornecedor e do consumidor, possa ser utiizado tendo em vista a celebragao do contrato entre as referidas partes (Art. 2°, b DL) 5.4, Exclusao do regime Nos termos do art. 3° 0 disposto no presente regime nao se aplica a contratos celebrados: a) no Ambito de servigos financeiros, nomeadamente os referentes a servigos de investimento, a operagdes de seguros e resseguros, a servigos bancarios, a operagées relativas a fundos de pensdes e a servigos relativos a operagées a prazo ou sobre opcies; b) através de distribuidores autométicos ou de estabelecimentos comerciais automatizados; ©) Com operadores de telecomunicagées pela utiizagéo de cabinas telefonicas piiblicas; d) Para a construgéo e venda de bens iméveis ou relativos a outros direitos respeitantes a =—bens_—iméve exceto. 0 -—_arrendamento; ©) Em leildes. 5.5. _Informagées prévias Dispée 0 art. 4°, n.°1 que 0 consumidor deve dispor, em tempo util e previamente & celebragao de qualquer contrato celebrado a distancia, das seguintes informag6es: a) Identidade do fornecedor e, no caso de contratos que exijam pagamento adiantado, © respetivo enderego; b) Caracteristicas essenciais do bem ou do servigo; ©) Prego do bem ou do servigo, incluindo taxas e impostos; tact » Certificace? yofissional » Consulladoria + Processos de Cert magee P + www.red sa ipio-© Direito eletrénico é epVEMONE eso AIH AR rani BORA, exam POU OR d) Despesas de entrega, caso existam; ©) Modalidades de pagamento, entrega ou execugao; £) Existéncia do dircito de resolugao do contrato; 9) Prazo de validade da oferta ou proposta contratual; hh) Duragao minima do contrato, sempre que necessario, em caso de contratos de fornecimento de bens ou prestagio de servigos cle execugéio continuada ou periddica. Estas informagdes devem ser fornecidas de forma clara e compreensivel, com respeito pelos principios da boa-fé, da lealdade nas transagées comerciais e da ‘ protegao das pessoas com incapacidade de exercicio dos seus direitos, especialmente os menores. 5.6. Execugao do contrato Salvo acordo em contrario entre as partes, 0 fornecedor deve dar cumprimento a encomenda no prazo de 30 dias a contar do dia seguinte aquele em que o consumidor tha transmiti Em caso de incumprimento do contrato pelo fornecedor devido a indisponibilidade do bem ou servigo encomendado, aquele deve informar do facto o consumidor ¢ reembolsa-lo dos montantes que eventualmente tenha pago, no prazo maximo de 30 dias a contar da data do conhecimento daquela indisponibilidade, Decorrido 0 prazo previsto no nimero anterior sem que o consumidor tenha sido Teembolsado, o fornecedor fica obrigado a devolver em dobro, no prazo de 15 dias lileis, os montantes pagos pelo consumidor (art. 9° DL). ae a yao

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