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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
FACULDADE DE GEOLOGIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC

GEOCRONOLOGIA U-Pb EM ZIRCÃO DE QUARTZITOS DA


REGIÃO DE TUCUMÃ-PA, PROVÍNCIA CARAJÁS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado por:

ÉLIDA TENAILE FURTADO DE OLIVEIRA


Orientador: Prof. Dr. João Marinho Milhomem Neto (UFPA)

BELÉM - PARÁ

2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
FACULDADE DE GEOLOGIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC

GEOCRONOLOGIA U-Pb EM ZIRCÃO DE QUARTZITOS DA


REGIÃO DE TUCUMÃ-PA, PROVÍNCIA CARAJÁS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado por:

ÉLIDA TENAILE FURTADO DE OLIVEIRA


Orientador: Prof. Dr. João Marinho Milhomem Neto (UFPA)

BELÉM - PARÁ

2023
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Pará

Gerada automaticamente pelo módulo Ficat, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

O48g Oliveira, Élida Tenaile Furtado de.


Geocronologia U-Pb em zircão de quartzitos da região de Tucumã-Pa,
Província Carajás / Élida Tenaile Furtado de Oliveira.
— 2023.
xiii, 85 f. : il. color.

Orientador(a): Prof. Dr. João Marinho Milhomem Neto


Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Federal
do Pará, Instituto de Geociências, Faculdade de Geologia, Belém, 2023.

1. Província Carajás. 2. Arqueano. 3. Quartzitos. 4. U-Pbem


zircão. 5. LA-ICP-MS. I. Título.

CDD 551.701
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
FACULDADE DE GEOLOGIA

GEOCRONOLOGIA U-Pb EM ZIRCÃO DE QUARTZITOS DA


REGIÃO DE TUCUMÃ-PA, PROVÍNCIA CARAJÁS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO POR:

ÉLIDA TENAILE FURTADO DE OLIVEIRA

Como requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Geologia


Data da Aprovação: 05/04/2023
Banca Examinadora:

______________________________________
Prof. João Marinho Milhomem Neto - Orientador
Doutor em Geoquímica e Petrologia - UFPA

______________________________________
Prof. Cândido Augusto Veloso Moura - Membro Interno
Doutor em Geocronologia - UFPA

______________________________________
Geólogo Patrick Araújo dos Santos - Membro Externo
Mestre em Geociências - SGB (CPRM)
iv

Aos meus pais,


Maria Elianete e José Claudio
v

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que direta ou indiretamente ajudaram a concluir esta etapa da minha
vida.

Inicialmente, à Universidade Federal do Pará (UFPA), ao Instituto de Geociências (IG)


e Faculdade de Geologia (FAGEO) pelo fornecimento de infraestrutura disponibilizada
durante a graduação, e pelo suporte nos trabalhos de campo através do Mapeamento
Geológico 2 (MG2), para a realização deste trabalho.

Ao Projeto de Pesquisa intitulado “Geoquímica Isotópica Aplicada à Estudos


Ambientais Paleoambientais, Metalogenia e Evolução Crustal (PRO5951-2020)”, coordenado
pelo Prof. Dr. Jean Michel Lafon (IG-UFPA). Pertencente ao programa de apoio a núcleos de
excelência - PRONEX/FAPESPA/CNPq.

Ao Programa de Educação Tutorial da Faculdade de Geologia (PET-Geologia), pelas


oportunidades de ensino, extensão e pesquisa. Pelo auxílio financeiro durante o curso, e pelos
conselhos e orientações da tutora, Profª. Drª. Rosemery Nascimento.

Ao Grupo de Pesquisa em Geologia Isotópica da UFPA, especialmente aos


Amaparaenses, por todos os ensinamentos e informações compartilhadas em nossas reuniões.

Ao Laboratório de Geologia Isotópica da UFPA (Pará-Iso), pela infraestrutura


disponibilizada para preparação das amostras e realização das análises isotópicas.

Ao Laboratório de Laminação do IG/UFPA, pelo trabalho impecável e atencioso, da


Joelma Lobo e Bruno Fernandes, na confecção de lâminas delgadas e mounts de zircão,
fundamentais para os estudos petrográficos e geocronológicos.

Ao Laboratório de Microanálises do IG/UFPA pela aquisição das imagens de elétrons


retro espalhados por MEV, em especial à Gisele Marques; e ao Laboratório de Microanálise
do CLGeo/UFS, pela aquisição das imagens de catodoluminescência por MEV.

Às contribuições pessoais e profissionais dos empregados Vale, adquiridas durante o


período de estágio, especialmente ao geólogo Dr. Eduardo Takafuji.

Ao meu orientador Prof. Dr. João Marinho Milhomem Neto, pelos inúmeros
ensinamentos, atenção, paciência e tempo dedicados durante a execução deste trabalho.
vi

Especialmente, aos meus pais, Maria Elianete e José Claudio, por nunca duvidarem da
minha capacidade, por me ensinarem que a educação é o caminho, e por todo trabalho árduo,
para poderem me proporcionar a oportunidade de sonhar e tornar realidade meus objetivos,
por isso, essa conquista é nossa!

Ao meu namorado, Jhoseph Costa, companheiro de vida e profissão. Pelos dias de sol e
chuva, noites, fins de semana e de pandemia, que se preocupou em me acompanhar à UFPA
vazia. Por segurar minha mão nos momentos difíceis dessa caminhada e me incentivar a
sempre seguir; à minha irmã, Élissa Claudia, por todo apoio e incentivo; às minhas avós
Izabel e Zuila (in memorian), que além da minha mãe, sempre foram inspiração de mulheres
fortes; e aos demais que me apoiaram nesta caminhada, sendo verdadeiramente, família.

Aos meus amigos, tanto os da graduação, que viveram essa jornada ao meu lado, como
os do ensino técnico, que permanecem me apoiando e proporcionando momentos de
descontração e alegria, essenciais nesse período.

E aos demais professores e funcionários do Instituto de Geociências, pelos


ensinamentos e apoio durante a execução desta monografia.
vii

RESUMO

A Província Carajás, localizada no sudeste do estado do Pará, representa a porção crustal mais
antiga e preservada do Cráton Amazônico. Na região de Tucumã-PA, encontram-se
ocorrências localizadas de rochas metassedimentares pelíticas e psamíticas (quartzitos) em
forma de pequenos morros testemunhos em meio a granitoides arqueanos a oeste e norte da
cidade, que até então, eram correlacionadas com o Grupo Tucumã, que é restrito ao Domínio
Rio Maria (DRM) de idade mesoarqueana. Entretanto, por essa região ser transicional entre o
DRM (sul) e o Domínio Carajás (DC; norte) de idade meso-neoarqueana, e pela presença
também de rochas metavulcanossedimentares no DC, a correlação baseada apenas em
critérios litológicos e estruturais é limitada. Assim, buscou-se neste trabalho estabelecer
correlações entre as rochas estudadas e as unidades metavulcanossedimentares já definidas na
Província Carajás aplicando-se a metodologia U-Pb em zircão por LA-ICP-MS determinando-
se as principais populações de idades presentes e a idade máxima de sedimentação dos
protólitos dos quartzitos de Tucumã. Dessa maneira, foram realizadas 177 análises pontuais
207
nos cristais de zircão, das quais 44 apresentaram discordância entre as idades Pb/206Pb e
206
Pb/238U menor que 10% e permitiram identificar a ocorrência de duas expressivas
populações de idades, uma mesoarqueana (3,0 a 2,8 Ga) e outra neoarqueana (2,8 a 2,7 Ga).
Tais conjuntos de idade são condizentes com as idades já registradas na literatura para as
unidades do embasamento arqueano da Província Carajás e que provavelmente são as rochas
fonte dos quartzitos, destacando-se na região de Tucumã as unidades mesoarqueanas (Grupo
Tucumã, Complexo Xingu, TTGs, Sanukitoide Rio Maria e granitoides-K) e neoarqueanas
(Suíte Intrusiva Cateté e granitoides sintectônicos). Os cinco zircões mais jovens
concordantes (< 2% de discordância) identificados, quando tratados em conjunto, definiram
207
uma idade média ponderada Pb/206Pb de 2718 ± 19 Ma (MSWD = 0,63), a qual foi
interpretada como sendo a idade máxima de sedimentação dos protólitos dos quartzitos. A
partir desta idade foi possível estabelecer uma correlação com as rochas
metavulcanossedimentares neoarqueanas da Serra Arqueada (Ao norte de Tucumã) e do
Grupo Grão-Pará (Formação Cuxiú da região do Aquiri e formações Igarapé Bahia e Azul).
Todas estas englobadas no Supergrupo Itacaiúnas.

Palavras-chave: Província Carajás; arqueano; quartzitos; U-Pb em zircão; LA-ICP-MS.


viii

ABSTRACT

The Carajás Province, located in the southeast of the Pará state, represents the oldest and well
preserved crustal portion of the Amazonian Craton. In the region of Tucumã-PA, there are
restricted occurrences of pelitic and psammitic metasedimentary rocks (quartzites) in the form
of small hills in the middle of Archean granitoids to the west and north of the city, which until
then were correlated with the Tucumã Group, which is restricted to the Rio Maria Domain
(DRM) of Mesoarchean age. However, because this region is transitional between the DRM
(south) and the Carajás Domain (DC; north) of Meso-Neoarchean age, and also because of the
presence of metavolcanosedimentary rocks in the DC, the correlation based only on
lithological and structural criteria is limited. Thus, the aim of this work was to establish
correlations between the studied rocks and the metavolcanosedimentary units already defined
in the Carajás Province, applying the zircon U-Pb methodology by LA-ICP-MS, determining
the main age populations and the maximum depositional age of the Tucumã quartzites
protoliths. Thus, 177 analyses were carried out on the zircon crystals, of which 44 showed
207
discordance between the ages Pb/206Pb and 206
Pb/238U of less than 10% and allowed
identifying the occurrence of two expressive populations of ages, one Mesoarchean (3.0 to 2.8
Ga) and another Neoarchean (2.8 to 2.7 Ga). Such age sets are consistent with the ages
already recorded in the literature for the Archean basement units of the Carajás Province and
which are probably the source rocks of the quartzites, highlighting in the Tucumã region the
Mesoarchean units (Tucumã Group, Xingu Complex, TTGs, Rio Maria Sanukitoid and K-
granitoids) and Neoarchean units (Cateté Intrusive Suite and syntectonic granitoids). The five
youngest zircons identified (< 2% of discordance), when treated together, defined a
207
Pb/206Pb weighted mean age of 2718 ± 19 Ma (MSWD = 0.63), which was interpreted as
the maximum depositional age of quartzite protoliths. From this age it was possible to
establish a correlation with the Neoarchean metavolcanosedimentary rocks of Serra Arqueada
(North of Tucumã) and of the Grão-Pará Group (Cuxiú Formation of the Aquiri region and
Igarapé Bahia and Azul formations). All these units included in the Itacaiúnas Supergroup.

Key-words: Carajás Province; archean; quartzites; U-Pb in zircon; LA-ICP-MS.


ix

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 - (A) Mapa da América do Sul, destacando-se o Brasil e o estado do Pará. (B) Mapa
do estado do Pará, onde situa-se a sudeste a área de estudo. (C) Mapa da região de
Tucumã, no sudeste do estado do Pará, com destaque para a localização das amostras
coletadas............................................................................................................................3

Figura 02 – Províncias Geocronológicas do Cráton Amazônico (Macambira et al. 2020), com


inserte mostrando sua configuração em escudos e posição na Plataforma Sul-
Americana..........................................................................................................................5

Figura 03 - (A) Província Carajás de acordo com a divisão de Santos (2003), em Domínio
Carajás (DCJ) e Rio Maria (DRM). (B) Mapa geológico da Província Carajás
(Modificado de Vasquez et al. 2008; Oliveira et al. 2010; Almeida et al. 2011;
Guimarães et al. 2012; Santos & Oliveira, 2012; Feio et al. 2013; Gabriel & Oliveira,
2014)..................................................................................................................................6

Figura 04 - Mapa geológico da área de estudo na região de Tucumã, modificado da Folha Rio
Branco (Favacho, 2021)..................................................................................................20

Figura 05 – Diagramas obtidos para as análises U-Pb dos MRs de zircão por LA-Q-ICP-MS.
206
(A) Diagrama de idade média ponderada Pb/208U dos dados agrupados das análises
do zircão BB; (B) Diagrama Concórdia com a idade por intercepto superior das análises
do zircão 91500...............................................................................................................35

Figura 06 – Imagens de satélite da região norte e oeste de Tucumã, destacando as colinas nas
quais encontram-se os três afloramentos estudados. Fonte: Google Earth Pro 2019.....40

Figura 07 – (A) Afloramento da amostra PTU-19-IV-14 em perfil com aproximadamente 100


m de extensão por 5 m de altura. (B) Foto em planta no topo do afloramento mostrando
a ocorrência do quartzito foliado e bastante fraturado....................................................41

Figura 08 – (A) Afloramento da amostra PTU-19-IV-15 em forma de morro. (B)


Representação em detalhe da foliação subvertical da amostra........................................41

Figura 9 – (A) Afloramento da amostra PTU-22-III-17 em forma de lajedo. (B) Representação


em detalhe das porções férricas de cor vermelha arroxeada. (C) Foliação subvertical em
quartzito, mergulhando para noroeste e sudeste..............................................................42
x

Figura 10 – Fotomicrografias representativas da amostra PTU-19-IV-14 a nicóis cruzados.


(A) Representando localmente a granulação média e fraturamento de cristais de quartzo.
(B) Cristais inequigranulares, com pontuais cristais maiores. (C) Representando a
textura geral granoblástica interlobada. (D) Localmente observado o contato suturado
em detalhe........................................................................................................................43

Figura 11 – Fotomicrografias a nicóis cruzados da lâmina PTU-19-IV-15. (A) Cristais de


quartzo e feldspato inequigranulares, subdioblásticos e sem orientação aparente. (B)
Variação granulométrica dos cristais em detalhe. (C) Contatos retos evidenciando a
textura granoblástica poligonal. (D) Localmente observada a textura interlobada.........44

Figura 12 – Fotomicrografias a nicóis cruzados da lâmina PTU-22-III-17. (A) Cristais de


quartzo e feldspato inequigranulares, estirados e com orientação. (B) Textura suturada
em detalhe. (C) Cristais equigranulares com típica textura granoblástica interlobada. (D)
Destaque para a presença de microfraturas. (E) Muscovita (sericita) que ocorre de forma
acessória. (F) Localmente observada a textura suturada.................................................45

Figura 13 - Imagens em MEV de CL dos cristais de zircão representativos do quartzito PTU-


19-IV-14, destinado à realização das análises U-Pb por LA-ICP-MS. Os círculos
(25µm) apontam a localização dos furos realizados........................................................46

Figura 14 – Diagramas Concórdia das idades dos zircões detríticos da amostra de quartzito
(PTU-19-IV-14). (A) Diagrama com as 177 análises pontuais realizadas. (B) Diagrama
com as 44 análises pontuais, após filtros de discordância, Pb comum (f206) e alto erro
analítico...........................................................................................................................47

Figura 15 - Histograma de frequência para as idades dos zircões detríticos da amostra de


quartzito...........................................................................................................................47

207
Figura 16 - Idade média ponderada Pb/206Pb calculada com os 5 pontos concordantes mais
novos (youngest cluster; Coutts et al. 2019)...................................................................48
xi

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dados isotópicos U-Pb em zircão por LA-ICP-MS do quartzito PTU-19-IV-14 e


dos materiais de referência utilizados (BB e 91500), da sessão analítica de dezembro de
2021.................................................................................................................................49

Tabela 2 - Dados isotópicos U-Pb em zircão por LA-ICP-MS do quartzito PTU-19-IV-14 e do


material de referência utilizado (BB), da sessão analítica de dezembro de 2022............52
xii

SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ............................................................................................................................................ iv
AGRADECIMENTOS .................................................................................................................................. v
RESUMO ......................................................................................................................................................... vii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ..................................................................................................................... ix
LISTA DE TABELAS ................................................................................................................................. xi
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1
1.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 1
1.2 LOCALIZAÇÃO E ACESSO À ÁREA DE ESTUDO ........................................................... 2
2 CONTEXTO GEOLÓGICO ........................................................................................................ 4
2.1 PLATAFORMA SUL-AMERICANA E CRÁTON AMAZÔNICO .................................... 4
2.2 PROVÍNCIA CARAJÁS ................................................................................................................... 4
2.2.1 Domínio Rio Maria (3,0 - 2,86 Ga) .......................................................................................... 7
2.2.2 Domínio Carajás (3,0 - 2,70 Ga)............................................................................................ 10
2.2.2.1 Subdomínio Sapucaia .............................................................................................................. 11
2.2.2.2 Subdomínio Canaã dos Carajás ............................................................................................ 13
2.2.2.3 Bacia Carajás .............................................................................................................................. 15
2.2.3 Granitos anorogênicos e diques associados ...................................................................... 17
2.3 UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS DA ÁREA DE ESTUDO ............................... 18
2.4 REGISTROS DA PROVÍNCIA CARAJÁS EM ZIRCÕES DETRÍTICOS ................... 24
3 PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA .............................................................................. 26
4 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 28
5 MATERIAIS E MÉTODOS APLICADOS .............................................................................. 29
5.1 ATIVIDADES DE CAMPO E AMOSTRAGEM .................................................................. 29
5.2 ESTUDO PETROGRÁFICO ........................................................................................................ 29
5.3 PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS.............................................................................................. 30
5.4 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) ........................................... 31
5.5 U-Pb IN SITU EM ZIRCÃO POR LA-Q-ICP-MS ................................................................. 32
6 GEOCRONOLOGIA U-Pb APLICADA EM ZIRCÃO DETRÍTICO ......................... 36
7 RESULTADOS ..................................................................................................................................... 39
7.1 ASPECTOS DE CAMPO E PETROGRÁFICOS ....................................................................... 39
7.2 U-Pb EM ZIRCÃO POR LA-ICP-MS............................................................................................ 44
8 DISCUSSÕES ....................................................................................................................................... 55
8.1 IDADE MÁXIMA DE SEDIMENTAÇÃO E IMPLICAÇÕES ESTRATIGRÁFICAS 55
xiii

8.2 PROVENIÊNCIA SEDIMENTAR COM BASE NAS IDADES U-Pb ............................... 56


9 CONCLUSÕES .................................................................................................................................... 57
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................... 58
APÊNDICE A - ..............................................................................................................73
1 INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO

As sequências de rochas metavulcanossedimentares (greenstone belts) que


ocorrem no município de Tucumã, na região sudeste do estado do Pará, são atualmente
um dos objetos de estudo da disciplina Mapeamento Geológico 2 (MG2), executada
pela Faculdade de Geologia (FAGEO) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade
Federal do Pará (UFPA). Tal região está inserida na chamada Província Carajás,
localizada no sudeste do Estado do Pará, que representa a porção crustal mais antiga e
mais preservada do Cráton Amazônico (>2,5 Ga, Tassinari & Macambira, 2004; >2,6
Ga, Cordani et al. 2009). Sendo a maior província mineral do Brasil e umas das maiores
do mundo (Vasquez et al. 2008). Apesar de ser uma região bastante estudada e com um
grande acervo de trabalhos científicos, ainda necessita de estudos detalhados que
colaborem para o entendimento de seu complexo quadro geológico.

A Província Carajás é subdividida em 4 domínios tectono-estratigráficos


(Dall’Agnol et al. 2013), do sul para o norte: Rio Maria (mesoarqueano), Sapucaia
(meso-neoarqueano), Canaã dos Carajás (meso-neoarqueano) e Bacia Carajás
(neoarqueana). A região de Tucumã-PA encontra-se em uma zona de transição entre os
domínios Rio Maria e Canaã dos Carajás, sendo uma área-chave para o entendimento da
evolução geológica da Província e a relação entre os referidos domínios. Os greenstone
belts que lá ocorrem foram formalizados como Grupo Tucumã (Araújo & Maia 1991),
sendo representados por faixas orientadas preferencialmente na direção NW-SE,
composto na sua base por rochas metamáficas/metaultramáficas, metavulcânicas
intermediárias a félsicas na zona intermediária e rochas metassedimentares psamo-
pelíticas no topo. É atribuído metamorfismo na fácies xisto-verde para toda a sequência
(Araújo & Maia 1991, Macambira & Vale 1997, Santos & Pena Filho 2000) e uma
idade mesoarqueana entre 2,9 e 3,0 Ga (Avelar et al. 1999, Sousa et al. 2018).

Quartzitos similares àqueles descritos para o topo do Grupo Tucumã, mas que
ocorrem isoladamente como pequenos morros testemunhos em meio aos granitoides
arqueanos da região, são o alvo de investigação desse estudo. A partir da obtenção de
dados U-Pb em zircão por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado
e sistema de ablação a laser (LA-ICP-MS) buscou-se estabelecer correlações entre as
2

rochas estudadas e as unidades metavulcanossedimentares já definidas na Província


Carajás.

1.2 LOCALIZAÇÃO E ACESSO À ÁREA DE ESTUDO

O município de Tucumã (fig. 01) localiza-se na mesorregião do sudeste do estado


do Pará (PA), no norte do Brasil. Em termos cartográficos, a região ocupa a porção
sudeste da folha São Félix do Xingu (SB.22-Y-B, em escala 1:250.000; Macambira &
Vale 1997) e centro-leste da Folha Rio Branco (SB.22-Y-B-VI, em escala 1:100.000;
Favacho 2021).

O acesso à área de estudo, partindo-se de Belém que fica a cerca de 950 km de


distância (seguindo pelas rodovias federais e estaduais), pode ser feito seguindo para
nordeste até o km 11 da BR-316 na cidade de Marituba, posteriormente seguindo para
sul pela Alça Viária do Pará (PA-483, PA-252, PA-475) e PA-150 até a cidade de
Marabá, permanecendo na direção sul pela BR-155 até a cidade de Xinguara, e
finalizando o trajeto pela PA-279 na direção noroeste até Tucumã. Uma alternativa
viável também é o acesso a partir do aeroporto de Marabá (a maior cidade da região
sudeste do PA), distante aproximadamente 400 km (via rodoviário) de Tucumã,
seguindo pelas vias BR-155 e PA-279.

Os deslocamentos na região de Tucumã são feitos por meio da rodovia principal


PA-279 e por estradas vicinais que interligam fazendas, localidades, áreas indígenas e as
exposições de rocha estudadas no âmbito deste trabalho. As amostras coletadas
pertencem a três afloramentos distintos, sendo uma delas de uma área de extração de
areia/cascalho para aterramento de estradas, localizada na margem sul da PA-279 a
aproximadamente 22 km a oeste de Tucumã (Amostra PTU-19-IV-15; 6o45'27'' S /
51o22'21'' W). Outra amostra (PTU-19-IV-14; 6o41'21'' S / 51o20'45'' W) localiza-se em
uma estrada vicinal a 8 km para o norte, partindo do ponto anterior. Já a terceira amostra
(PTU-22-III-17; 6o39'38'' S / 51o09'55'' W) localiza-se na margem oeste da estrada
vicinal do Matadouro, a 9,5 km para norte da PA-279 em Tucumã.
3

Figura 01 - (A) Mapa da América do Sul, destacando-se o Brasil e o estado do Pará. (B) Mapa do estado do Pará, onde situa-se a sudeste a área de estudo. (C)
Mapa da região de Tucumã, no sudeste do estado do Pará, com destaque para a localização das amostras coletadas.
4

2 CONTEXTO GEOLÓGICO

2.1 PLATAFORMA SUL-AMERICANA E CRÁTON AMAZÔNICO

A Plataforma Sul-Americana tem embasamento pré-cambriano constituído pelo


Escudo das Guianas, Escudo Brasil-Central e Escudo Atlântico, e possui cobertura
sedimentar fanerozoica. O Escudo das Guianas (parte norte) e o Escudo Brasil-Central
(parte sul) junto à cobertura fanerozoica, formam o Cráton Amazônico (CA)
(Schobbenhaus & Brito Neves 2003). O CA (fig. 2) representa uma grande placa
litosférica continental, composta por várias províncias crustais de idade arqueana a
mesoproterozoica, estabilizada tectonicamente em torno de 1,0 Ga (Brito Neves &
Cordani 1991).

A partir de Amaral (1974), têm sido apresentados diferentes modelos de


compartimentação tectônica para o CA (Cordani et al. 1979, Teixeira et al. 1989,
Tassinari 1996, Santos et al. 2000, Tassinari et al. 2000). Destacam-se na literatura, as
propostas de Santos (2003) e Tassinari & Macambira (2004), sendo majoritariamente
similares, com algumas discordâncias, sobretudo em relação a limites de províncias
tectônicas. Ambas admitem que a evolução do CA é resultante de sucessivos episódios
de acresção crustal durante o Paleo- e o Mesoproterozoico, em volta de um núcleo
alongado (NW-SE) mais antigo, estabilizado no final do Arqueano. Macambira et al.
(2020), subdividem o CA em seis províncias geocronológicas (fig. 2), a saber: Província
Amazônia Central (PAC), que é subdividida em PAC1 (3,0-2,5 Ga) correspondente à
Província Carajás e PAC2 (1,99-1,86 Ga) referente ao Domínio Iriri-Xingu, ambas com
Nd-TDM > 2,5 Ga; Província Maroni-Itacaiúnas (2,28-1,95 Ga); Província Ventuari-
Tapajós (2,05-1,86 Ga); Província Rio Negro-Juruena (1,80-1,55 Ga); Província
Rondoniano-San Ignacio (1,60-1,32 Ga) e Província Sunsás (1,25-1,00 Ga).

2.2 PROVÍNCIA CARAJÁS

De acordo com Vasquez et al. (2008), a Província Carajás (PC) representa a


porção crustal mais antiga e preservada do CA, e localiza-se no sudeste do estado do
Pará. Esta província integrava a Província Amazônia Central, relacionada ao Ciclo
Transamazônico (Amaral 1974). Posteriormente, deixou de ser relacionada às
5

orogêneses do Ciclo Transamazônico, pois foi considerada como uma porção originada
e estabilizada tectonicamente no Arqueano (Teixeira et al. 1989, Tassinari 1996,
Tassinari & Macambira 1999, 2004). Costa et al. (1995) definem que a evolução
geológica da PC, no final do Arqueano, está relacionada a um evento de colisão oblíqua
de segmentos continentais, de pelo menos 250 Ma de duração, caracterizado pela
alternância de movimentos tangenciais e direcionais.

Figura 02 – Províncias Geocronológicas do Cráton Amazônico (Macambira et al. 2020), com inserte
mostrando sua configuração em escudos e posição na Plataforma Sul-Americana.

A PC é delimitada a norte pelo Domínio Bacajá, a sul pelo Domínio Santana do


Araguaia, a leste pela Província Tocantins, cujo limite é marcado pela colagem do
Cinturão Araguaia, e pelas rochas ígneas e sedimentares paleoproterozoicas da
Província Amazônia Central a oeste, que recobrem e cortam as rochas da PC, além de
ocorrerem de forma esparsa em seu interior (Vasquez et al. 2008).
6

Figura 03 - (A) Província Carajás de acordo com a divisão de Santos (2003), em Domínio Carajás (DCJ) e Rio Maria (DRM). (B) Mapa geológico da Província Carajás
(Modificado de Vasquez et al. 2008, Oliveira et al. 2010, Almeida et al. 2011, Guimarães et al. 2012, Santos & Oliveira 2012, Feio et al. 2013, Gabriel & Oliveira 2014).
7

Diferentes autores segmentaram a PC em domínios e associações litotectônicas


distintas. Souza et al. (1996) a subdividiram em Bloco Rio Maria e Bloco Carajás.
Santos (2003) a dividiu em domínios Rio Maria (DRM) e Carajás (DC) (fig. 03A), no
qual o limite foi definido com base em anomalias magnetométricas, que não são
coincidentes com contatos geológicos. A arquitetura crustal contrastante do DRM e DC
é marcada respectivamente por domo-e-quilha e estrutura de cinturão linear que talvez
represente uma mudança nos estilos tectônicos ao longo da transição mesoarqueana para
neoarqueana/paleoproterozoica, semelhante a outros crátons arqueanos em todo o
mundo (Costa et al. 2020).

De acordo com Dall’Agnol et al. (2013), o limite entre os DRM e DC representa


uma zona de transição, tendo em vista que greenstone belts mesoarqueanos do Grupo
Sapucaia pertencentes ao DRM, também ocorrem no Domínio Carajás. Os autores
subdividiram a PC em domínios Rio Maria (mesoarqueano), Sapucaia (meso-
neoarqueano) e Canaã dos Carajás (meso-neoarqueano), além da Bacia Carajás
(neoarqueana), como podem ser vistos na Figura 03B.

O DRM é caracterizado por uma crosta juvenil mesoarqueana, com sequências de


greenstone belts (Supergrupo Andorinhas) e granitoides tipo TTG, além de sanukitoides
(Oliveira et al. 2009, Leite-Santos & Oliveira 2016, Almeida et al. 2020) e
leucogranitos (Dall’Agnol et al. 2006, Almeida 2010, Almeida et al. 2013). Em
contraste, o DC é uma região de crosta continental meso-neoarqueana, composta por
granulitos, migmatitos, TTG, tonalitos, sanukitoides, granitos subalcalinos e vários
corpos leucograníticos (Gabriel & Oliveira 2014, Santos et al. 2013, Santos et al. 2013,
Silva 2013, Leite-Santos & Oliveira 2016), além de greenstones neoarqueanos
(Supergrupo Itacaiúnas), granitos potássicos e associações charnoquíticas (Feio et al.
2012, Santos et al. 2013). Entre 1,88 e 1,86 Ga, toda a PC foi afetada pela colocação de
granitos anorogênicos e diques associados (Teixeira et al. 2018).

2.2.1 Domínio Rio Maria (3,0 - 2,86 Ga)

O DRM é caracterizado por uma crosta juvenil mesoarqueana, com sequências de


greenstone belts e granitoides tipo TTG, além de sanukitoides (Oliveira et al. 2009,
8

Leite-Santos & Oliveira 2016, Almeida et al. 2020) e leucogranitos (Dall’Agnol et al.
2006, Almeida 2010, Almeida et al. 2013).

O DRM é caracterizado por ser um terreno granito-greenstone mesoarqueano


formado em dois períodos de acreção de crosta juvenil (Oliveira et al. 2010, Almeida et
al. 2011). Os Greenstone Belts ocorrem distribuídos em todo o domínio, como faixas
orientadas nas direções E-W, NW-SE e NE-SW. Esta associação compreende as rochas
supracrustais do Supergrupo Andorinhas de idade 2,9-3,0 Ga (Macambira & Lafon
1994, Costa et al. 2020). Os greenstone belts do DRM apresentam rochas
metavulcânicas ultramáficas a máficas, de afinidade komatiítica e toleiítica, com textura
spinifex e estruturas pillow-lavas reliquiares, e no topo, por metavulcânicas ácidas-
intermediárias e metassedimentares clásticas e químicas, comumente com intercalações
dos litotipos (Vasquez et al. 2008). Os complexos máfico-ultramáficos diferenciados
Serra Azul (2,97 Ga) e Guara-Pará, reunidos nos Complexos Máfico-Ultramáfico, são
intrusivos no Grupo Gradaús (3,0 Ga). Os greenstone belts são seccionados por uma
variedade de granitoides arqueanos formados no intervalo entre 2,98–2,86 Ga
(Dall’Agnol et al. 2006, Almeida et al. 2013).

De acordo com DOCEGEO (1988), o Supergrupo Andorinhas possui as rochas


mais antigas do sudeste do Pará, encontradas na região de Rio Maria. São cinturões de
greenstones belt que formam faixas que contornam granitoides e foram separados em
Sequência Lagoa Seca e Sequência Babaçu. Através de prospecção regional foram
correlacionadas às faixas de greenstones das regiões de Gradaús, Sapucaia, Seringa
(região de Tucumã e Ourilândia do Norte) e a sul de Serra Pelada. E juntos, formam
esse Supergrupo.

A Sequência Babaçu que constitui a base do Supergrupo Andorinhas passou a se


chamar Grupo Babaçu, e foi subdividido em duas formações: Formação Igarapé
Encantado, constituída por derrames ultramáficos komatiíticos (com dunitos, peridotitos
e piroxenitos) com intercalações de formação ferrífera bandada magnética, e Formação
Mamão, composta por extensos derrames de metabasaltos intercalados com sedimentos
químicos predominantes, metatufos e talco-xistos. O Grupo Lagoa Seca constitui o topo
do Supergrupo Andorinhas e engloba duas unidades: Formação Fazenda do Quincas
(metassedimentos clástico-químicos, intercalados com metavulcânicas básica-
9

ultrabásicas) e Formação Recanto Azul (metavulcânicas/subvulcânicas intermediárias a


ácidas intercaladas com metassedimentos predominantemente clásticos; DOCEGEO
1988).

O Domínio Rio Maria passou por, ao menos, três eventos formadores de TTG
(Suítes Tonalíticas-Trondhjemíticas-Granodioríticas) durante o Mesoarqueano: o
primeiro evento, com idade de 2,96 Ga, ocorre a formação do Trondhjemito Mogno e
das rochas mais antigas do Tonalito Arco Verde; o segundo evento, de idade 2,93 Ga,
acontece a formação do Complexo Tonalítico Caracol, do Tonalito Mariazinha e das
rochas mais jovens do Tonalito Arco Verde; e o terceiro evento, com idade 2,86 Ga
ocorre a geração do Trondjhemito Água Fria, sendo o evento mais jovem de geração de
TTG desse domínio (Almeida 2010, Almeida et al. 2020). Estas associações de TTG
apresentam foliação preferencial NW-SE a E-W, exceto o Tonalito Mariazinha, que
apresenta orientação NE-SW e variações para N-S (Guimarães et al. 2010).

A suíte sanukitoide é representada pela Suíte Rio Maria (~2,87 Ga) e por rochas
intermediárias a máficas associadas, estas últimas formando enclaves ou, localmente,
pequenos corpos (Oliveira et al. 2009, Leite-Santos & Oliveira 2016). São
representadas pelos Quartzo-Diorito Parazônia (Guimarães 2009) e o Granito Rancho de
Deus (Dias 2009). O magmatismo sanukitoide é importante para a gênese dos
leucograníticos do Domínio Rio Maria por ser o evento responsável pelo aquecimento
da crosta gerando fusão parcial de rochas TTG e a origem desses magmas graníticos
(Almeida et al. 2020).

O leucogranito potássico Mata Surrão, datado de 2,87 Ga (Almeida et al. 2013,


Dall’Agnol et al. 2006), é classificado como biotita-monzogranito com alto conteúdo de
SiO2, K2O e Rb, apresentando enriquecimento em terras raras leves em relação aos
pesados e moderada a pronunciada anomalia de európio (Eu). Atribui-se a formação
desse magma a partir da fusão parcial de TTGs (Almeida 2010, Almeida et al. 2013).

Os granitoides híbridos enriquecidos em Ba e Sr correspondem a Suíte Guarantã


(2,87 a 2,86 Ga) constituída pelos plútons Guarantã, Trairão e Azulona de composição
leucogranodioritos e leucomonzogranitos (Althoff et al. 2000, Almeida et al. 2013).
Apresentam fracionamento de elementos terras raras pesados em relação aos leves e,
normalmente, desprovidos de anomalia significativa de Eu. Almeida et al. (2010)
10

sugere que ocorreu mistura de magmas graníticos ricos em Ba e Sr com líquidos


trondhjemíticos para a formação dessas rochas. Porém, Almeida et al. (2013)
propuseram que a interação da crosta TTG e fluidos mantélicos enriquecidos em K, Ba
e Sr pode ser uma possibilidade de explicação da gênese e variação composicional das
suítes leucograníticas enriquecidas em Ba e Sr.

O Grupo Rio fresco é formado por uma sequência transgressivas clásticas que
recobriu a crosta, posteriormente a colocação dessas rochas (DOCEGEO 1988). Estas
coberturas são compostas por sucessões psefito-psamíticas na base e pelito-carbonáticas
no topo, por vezes incipientemente metamorfisadas e localmente dobradas, que marcam
transgressões marinhas sobre sedimentos de ambientes costeiros e continentais
(Macambira et al. 1986, Santos & Pena Filho 2000). Estas sequências transgressivas do
Grupo Rio Fresco não são correlacionáveis a Formação Águas Claras, depositada no
Neoarqueano (> 2,71 Ga, Mougeot et al. 1996) do Domínio Carajás, conforme proposto
em vários trabalhos (p.ex. Santos 2003), uma vez que esta unidade representa uma
plataforma marinha progradante (Nogueira et al. 1995).

2.2.2 Domínio Carajás (3,0 - 2,70 Ga)

O Domínio Carajás, de idade meso a neoarqueana, representado por uma


sequência vulcanossedimentar e intrusões magmáticas sin-tectônicas estruturadas na
direção E-W (Araújo & Maia 1991, Avelar 1999, Macambira & Vale 1997), é
subdividido nos subdomínios Sapucaia e Canaã dos Carajás, e Bacia Carajás
(Dall’Agnol et al. 2013). O subdomínio Sapucaia (2,95 a 2,73 Ga; Oliveira et al. 2010,
Dall’Agnol et al. 2013, Gabriel & Oliveira 2014, Santos et al. 2013, Silva et al. 2014,
Santos & Oliveira 2014, Rodrigues et al. 2014) apresenta unidades similares, em termos
litológicos, ao Domínio Rio Maria. No entanto elas foram fortemente afetadas por
eventos tectônicos neoarqueanos. O subdomínio Canaã dos Carajás apresenta evolução
geológica mais complexa, em que vários episódios magmáticos são registrados. Já a
Bacia Carajás é dominantemente constituído de rochas metavulcânicas máficas a
intermediárias e formações ferríferas bandadas incluídas no Supergrupo Itacaiúnas
(~2,76 Ga; Gibbs et al. 1986, Machado et al. 1991).
11

2.2.2.1 Subdomínio Sapucaia

O Domínio Sapucaia é composto por embasamento mesoarqueano, que foi


intensamente deformado e intrudido por magmatismo neoarqueano. É composto por
associações TTG (trondhjemitos Colorado e Água Fria) e tonalito com anfibólio
(Tonalito São Carlos); além disso, também contém associações sanukitoides
(granodioritos Água Azul e Água Limpa); leucogranodiorito cálcio-alcalino alto Ba-Sr
(leucogranodiorito Pantanal e Nova Canadá); granito cálcico-alcalinos alto-K (granito
Xinguara) e; granitoides neoarqueanos representados pelo Leucogranito Velha Canadá e
pela Suíte Vila Jussara (tipo-A) (Santos et al. 2013, Teixeira et al. 2013, Silva et al.
2014, Gabriel & Oliveira 2014, Oliveira et al. 2014, Leite-Santos & Oliveira 2014,
2015, Dall'Agnol et al. 2017, Silva et al. 2020).

Greenstone belts do Grupo Sapucaia, é composto por rochas metassedimentares,


metamáficas e metaultramáficas metamorfizadas em fácies compatível com xisto verde
a anfibolito (DOCEGEO 1988, Costa et al. 1994, Sousa et al. 2015).

O Tonalito São Carlos, representado por granitoides sódicos (2,95 Ga), é formado
principalmente por hornblenda-biotita-tonalitos, com padrão estrutural NE-SW a N-S.
Diverge geoquimicamente do Trondhjemito Colorado por ser empobrecido em sílica e
enriquecido nos óxidos constituintes dos minerais máficos. Possui baixo fracionamento
de elementos terras raras (ETR) pesados e anomalias de Eu discretas a ausentes (Silva et
al. 2014).

A associação TTG é composta pelos trondhjemitos Colorado (2,87 Ga), que


apresenta foliação E-W a NW-SE, localmente N-S, com mergulhos fortes. São rochas
homogêneas petrograficamente, formadas por biotita-tonalitos/trondhjemitos, contendo
também epidoto. Suas características geoquímicas são compatíveis com aquelas dos
TTG arqueanos. Os ETR mostram acentuado fracionamento de ETR pesados, com dois
tipos de padrões, um com anomalias de Eu negativas discretas ou até ausentes, e um
segundo com anomalias de Eu positivas, acompanhadas por decréscimo em ETR leves
(Silva et al. 2014); e Água Fria (2,86 Ga) que teve origem a partir de manifestações
termais, possivelmente relacionadas a processo de slab break-off ou à ação de plumas
mantélicas, que induziram a fusão do manto metassomatizado e levaram à geração de
magmas sanukitoides. A ascensão desses magmas aqueceu a crosta e possivelmente
12

induziu a fusão de metabasaltos localizados na base da crosta, originando o magma


parental do trondhjemito (Almeida et al. 2011).

Os granitoides de alto magnésio Água Azul e Água Limpa (2,87 Ga) de afinidade
sanukitoide são intrusivos nas sequências supracrustais do Grupo Sapucaia. Os
granodioritos estudados ocorrem como dois corpos deformados e alongados em padrão
estrutural E-W. Os mecanismos de deformação atuantes sobre eles foram o de
recuperação e recristalização, os quais deram origem a uma foliação penetrativa
realçada nas zonas de cisalhamento dúctil, gerando rochas tipicamente miloníticas. A
relação espacial entre estes corpos e as principais zonas de cisalhamento da área,
juntamente com a forma alongadas dos corpos graníticos, bem como o quadro
cinemático similar observado nos granitoides estudados e nos xistos encaixantes (Grupo
Sapucaia), são indicativos de que tanto o Água Azul e Água Limpa são corpos pré-
tectônicos à primeira fase de deformação. Sua colocação/deformação foi controlada por
zonas de cisalhamento transpressivas sinistrais (Gabriel et al. 2010, Gabriel & Oliveira
2014).

Intrusivo nos tonalito-trondhjemito arqueanos, aflora um corpo de


aproximadamente 40 km² de rochas do Leucogranodiorito Pantanal, que é seccionado
em sua porção oeste por leucomonzogranitos deformados. O Leucogranodiorito
Pantanal tem afinidade cálcio-alcalina peraluminosa e enriquecimento em Ba e Sr. Os
leucogranitos são geoquimicamente similares a granitos tipo-A reduzidos,
possivelmente originados a partir da fusão desidratada de rochas cálcio-alcalinas
peraluminosas no Neoarqueano (Teixeira 2013). Outro Leucogranodioritos de alto Ba-
Sr é o Nova Canadá, sendo formado por leucogranodioritos e leucomonzogranitos de
textura seriada e com moderado a fraco grau de recristalização, têm padrão ETR
levemente fracionado, com baixas razões (La/Yb) e anomalias negativas de Eu ausentes
ou discretas. As afinidades geoquímicas entre o Leucogranodiorito Nova Canadá e os
granitos da Suíte Guarantã do Domínio Rio Maria sugerem que estes podem estar
relacionados ao mesmo evento magmático que atuou naquele domínio (Leite-Santos &
Oliveira 2016).

Granitos de alto-K e afinidade cálcio-alcalina são retratados pelo Granito


Xinguara (2,86 Ga), que é constituído por leucogranitos potássicos com composição
13

monzogranítica e sienogranítica de afinidade cálcio-alcalina que são intrusivos no


Complexo Tonalítico Caracol e no Granodiorito Rio Maria (Leite et al. 2004, Almeida
et al. 2011). Dall’Agnol et al. (2013) inserem esta unidade no Domínio Sapucaia por
suas rochas exibirem recristalização acentuada, diferentemente daquelas de composição
similar encontradas no Domínio Rio Maria.

Os granitoides neoarqueanos (2,74-2,73 Ga) são representados pelo Leucogranito


Velha Canadá e pela Suíte Vila Jussara. O primeiro é enriquecido em quartzo, possui
textura equigranular média a fina e é moderado a fortemente deformado. É mais
evoluído e tem características de granitos stricto sensu, similares àqueles originados por
anatexia crustal (alto-K) e mostra afinidades com os vários granitos cálcio-alcalinos de
alto-K que ocorrem na PC, porém sem uma clara correlação de idade. No entanto, o
padrão deformacional e as idades preliminares disponíveis associam o Leucogranito
Velha Canadá ao Neoarqueano, o que poderia relacionar tal leucogranito aos mesmos
eventos tectonomagmáticos que afetaram o domínio Canaã dos Carajás nesse período
(Leite-Santos & Oliveira 2016).

Já a Suíte Vila Jussara apresenta-se como uma série de plútons alongados na


direção E-W, geralmente têm formas sigmoidais e mergulhos acentuados que seguem a
tendência regional. As áreas mais centrais dos plútons são levemente deformadas,
enquanto as porções marginais apresentam aspecto milonítico e são delimitadas por
zonas de cisalhamento sinistrais pertencentes ao sistema transcorrente do cinturão de
cisalhamento de Itacaiúnas. Silva et al. (2020), obtiveram idades de ~2,75 Ma para três
tipos de granitoides da suíte e propuseram que sua colocação foi controlada por zonas
de cisalhamento reativadas durante a colisão oblíqua e que os plútons foram formados a
partir de múltiplas injeções de magmas, gerando extensa hibridização.

2.2.2.2 Subdomínio Canaã dos Carajás

O Subomínio Canaã dos Carajás (meso-neoarqueano) é reconhecido pela


dominância dos granitos sensu stricto (Serra Dourada, Canaã dos Carajás, Bom Jesus e
Cruzadão) associados ao trondhjemito Rio Verde e aos tonalitos Campina Verde e
Bacaba, além das unidades granulíticas e do Complexo Xingu. Também destaca-se a
ocorrência de unidades neoarqueanas, compostas pelas suítes Planalto, Pedra Branca e
14

Vila União, e por associações charnoquíticas (Diopsidio-Norito Pium e Enderbito Café;


Feio et al. 2012, 2013, Santos et al. 2013a, Cunha et al. 2016, Oliveira et al. 2018,
Marangoanha et al. 2019a, 2019b, 2020, Silva-Silva et al. 2020).

O Ortogranulito Chicrim-Cateté é composto por rochas félsicas de idade de 3,06-


2,95 Ga (gnaisses granulíticos, enderbíticos e odalíticos) e máficas de 2,89 Ga
(granulitos) (Delinardo et al. 2014). Marangoanha et al. (2019b), identificaram
ocorrências expressivas de rochas sódicas metamórficas contendo ortopiroxênios na
porção central de Canaã dos Carajás, que inicialmente haviam sido considerados parte
das rochas do embasamento gnáissico indiferenciado (Complexo do Xingu). Sendo
então, definidas como Granulito Ouro Verde (idades de cristalização do protólito entre
3,05 e 2,93 Ga), embora apresentem nomenclatura diversa, é parte da unidade
Ortogranulito Chicrim-Cateté aflorantes em porção diferente da até então observada. O
granulito derivou de um TTG em uma configuração relacionada à subducção N-S a
partir da fusão parcial de metabasaltos enriquecidos em LILE, que depois foi
metamorfisado na fácies granulito em 2,89-2,84 Ga durante regime colisional.

Os granitoides sódicos são representados pelo Tonalito Bacaba de 3,0 Ga (Moreto


et al. 2011), Granito Canaã dos Carajás de idade 2,95 Ga (Feio et al. 2013),
Trondhjemito Rio Verde com idade de ~ 2,93 Ga (Moreto et al. 2011) e Complexo
Tonalítico Campina Verde de 2,87 a 2,85 Ga (Feio et al. 2013).

O Complexo Xingu trata de um embasamento mesoarqueano (2,97 Ga; Avelar et


al. 1999), composto por ortognaisses e migmatitos associados, fortemente bimodais
(ricos em ortoanfibolitos), que foram embasamento ou encaixantes das sequências de
greenstone belts e granitoides neoarqueanos do DC. Predominam composições
tonalíticas (granodioríticas e trondhjemíticas subordinadas), segundo Araújo et al.
(1991), além de supostos corpos granitoides, muito pouco estudados. Exibe intensa
migmatização, mas pouca geração de mobilizados graníticos (Vasquez et al. 2008).

Granitos potássicos de afinidade cálcio-alcalina, caracterizados pelos corpos:


Serra Dourada de 2,86 Ga (Moreto et al. 2011) e 2,83 Ga (Feio et al. 2013), Boa Sorte
de 2,85 - 2,89 Ga (Rodrigues et al. 2010), Cruzadão de 2,84 Ga (Feio et al. 2013) e
Bom Jesus de 2,83 Ga (Feio et al. 2013).
15

Esse embasamento mesoarqueano foi intrudido em ~2,74 Ga por associações


charnoquíticas neoarqueanas compostas por tonalitos e granodioritos de 2,75 Ga (Silva
2019, Feio & Dall’Agnol 2012, Gabriel et al. 2010, Santos et al. 2013, Silva-Silva et al.
2020, Silva et al. 2018), como o Enderbito Café, composto por tonalitos, trondhjemitos
e dioritos de quartzo escassos que cristalizaram em 2,75-2,73 Ga e apresentam caráter
sintectônico (Marangoanha et al. 2019b), e Diopsídio-Norito Pium, de idade 2,74 Ga,
constituído por noritos, gabronoritos, quartzo-gabros com variações para enderbitos e,
de maneira restrita, rochas cumuláticas. Relações de contemporaneidade (magma
mingling) são observadas, uma vez que a variedede de composição norítica ocorre ora
como enclaves angulosos e de contatos retilíneos no interior das rochas quartzo-
gabroicas, ora como um enxame de enclaves arredondados (blebs/autólitos) no interior
da variedade hornblenda-gabro (Santos et al. 2013).

O Neoarqueano também é compostas por granitoides subalcalinos do tipo-A


(~2,73 Ga), que são incluídos nas suítes Planalto, de idade variando entre 2,75 – 2,71
Ga (Feio & Dall’Agnol 2012, Feio et al. 2013, Dall’Agnol et al. 2017, Cunha et al.
2016); além de granitoides sódicos de afinidade toleítica pertencente a Suíte Pedra
Branca de idade 2,75 Ga (Feio et al. 2013); Suíte Plaquê de assinatura metaluminosa a
peraluminosa (Vasquez et al. 2008); e Vila União (2,75-2,73 Ga), na porção central do
subdomínio, de natureza sintectônica, e sugerem que eventos de mistura de magma
tiveram um papel importante em sua origem (Marangoanha et al. 2020).

2.2.2.3 Bacia Carajás

Alguns modelos de formação da Bacia de Carajás foram propostos ao longo dos


anos. De acordo com Macambira (2003), a bacia se formou a partir de um rifte
continental devido as associações tholeiticas. Pinheiro e Nogueira (2003) sugerem que a
grande zona de cisalhamento de Cinzento são evidências de uma bacia do tipo pull
apart. Para Silva et al. (2005) a afinidade cálcio-alcalina das rochas intrusivas e
vulcânicas sugere a relação da bacia com um arco magmático. O modelo de Zucchetti
(2007) propõe que metabasaltos com características geoquímicas de arco continental
extravasado sobre crosta continental atenuada em ambiente de retroarco.

O Supergrupo Itacaiúnas engloba o Grupo Grão Pará (CVRD/AMZA 1972 In


16

DOCEGEO 1988) e demais unidades a ele associadas, que ocorrem na Serra de Carajás,
as quais são definidas como grupos Igarapé Salobo, Igarapé Pojuca, Igarapé Bahia,
Buritirama e Aquiri (Soares et al. 1988). A característica básica desse supergrupo é
mostrar-se produto de evolução em contexto vulcano-sedimentar, de idade Arqueana,
apresentando graus metamórficos variados e litologias distintas do Supergrupo
Andorinhas (DOCEGEO 1988).

O Supergrupo compreende rochas metavulcânicas básicas a félsicas,


metapiroclásticas e metavulcanoclásticas, formações ferríferas bandadas (BIF),
anfibolitos e unidades metassedimentares. Essas rochas registram litotipos não
metamórficos a diferentes graus metamórficos, variando de fácies xisto-verde baixo
(por exemplo, Grupo Grão Pará) nas partes internas da macroestrutura sigmoidal que
limita parte da Bacia de Carajás, ao sul, mas atingindo fácies anfibolito (por exemplo,
Grupo Igarapé Salobo) na borda norte do lineamento Cinzento (DOCEGEO 1988,
Olszewski et al. 1989). A atividade vulcânica do Supergrupo Itacaiúnas está
amplamente distribuída pela Bacia de Carajás, variando de 2,73 a 2,76 Ga, de acordo
com as idades de zircão U-Pb obtidas em rochas vulcânicas ácidas e básicas distribuídas
principalmente nas proximidades da Serra Norte (Gibbs et al. 1986). Tais rochas ácidas
e básicas são interpretadas como membros finais de um vulcanismo bimodal,
geralmente proposto para a Formação Parauapebas, base do Grupo Grão Pará.

O Complexo Máfico-Ultramáfico Neoarqueano Luanga é formado por dois corpos


ígneos acamadados, Luanga e Lago Grande, situados na Serra Leste com direção geral
NW-SE, são intrusivos no Grupo Rio Novo, são considerados derivados de magmas
toleíticos (Vasquez et al. 2008) de idade de cristalização magmática de 2,76 Ga obtida
por Machado et al. (1991), corroborando para contemporaneidade deste complexo com
os greenstone belts da região (Vasquez et al. 2008).

Os granitos subalcalinos que ocorrem na Bacia Carajás são representados pelo


Complexo Granítico Estrela e pelos granitos Serra do Rabo, Igarapé Gelado e Velho
Salobo (Feio 2011). São contemporâneos a formação dos greenstone belts neoarqueanos
gerados por intenso magmatismo granítico subalcalino tipo A e cálcio-alcalino
sintectônico com idade entre 2,76-2,73 Ga (Vasquez et al. 2008).

A colocação do Granito Serra do Rabo e do Complexo Granítico Estrela ocorreu


17

em nível crustal raso, entre 2,5 e 3,5 Kbar, gerando auréolas tectono-termais nas rochas
encaixantes durante uma restrita fase compressiva (Sardinha et al. 2006). O Granito
Igarapé Gelado de natureza cálcio-alcalina a alcalina tem idade 2,73 Ga (Barbosa 2004).
O Granito Velho Salobo é um granito folheado tardio de idade 2,57 Ga de assinatura
moderadamente alcalina (Vasquez et al. 2008). Nos intervalos de 2,58 a 2,50 Ga ocorre
eventos metamórficos relacionados a zonas de cisalhamento e hidrotermalismo (Réquia
et al. 2003).

A cobertura sedimentar é constituída pela Formação Águas Claras que compõe


uma plataforma marinha progradante (Nogueira et al. 1995). Estas sucessões psamíticas
e pelíticas depositaram-se em uma Bacia Cratônica Plataformal Neoarqueana sobre os
greenstone belts neoarqueanos (Vasquez et al. 2008). A idade mínima inferida para a
deposição desta formação é dada pela intrusão de diques máficos que intercepta a
unidade de idade 2,71 Ga (Mougeot et al. 1996). Macambira et al. (2001) datou cristais
de zircão detríticos e obteve idade de 2,77 Ga. Esta unidade se depositou em uma bacia
intracratônica alojada anterior à reativação dextral que originou o Sistema Transcorrente
Carajás, gerando subsidência ao longo de zonas de dilatação extensional, seguido por
uma transpressão sinistral que levou a uma fraca inversão da bacia (Pinheiro &
Holdsworth 2000). As paleocorrentes da Formação Águas Claras apontam para área
fonte fora do sigmoide, indicando uma bacia mais ampla (Pinheiro & Nogueira 2003).

De acordo com Vasquez et al. (2008), os corpos da Suíte Intrusiva Cateté são
intrusivos em diferentes unidades arqueanas, tais como, o Complexo Xingu, o Granito
Plaquê e o Grupo São Félix. Estão associados a regimes distensivos que atingiram
grandes profundidades. A idade de 2,7 Ma (U-Pb SHRIMP, Lafon et al. 2000) foi
obtida para um gabro do corpo Serra da Onça.

2.2.3 Granitos anorogênicos e diques associados

Granitos anorogênicos são comuns nos domínios de Rio Maria, Sapucaia e Canaã
dos Carajás, e na bacia de Carajás. Esses plútons foram colocados em um cenário
tectônico extensional e são coevos com diques de diabásio e pórfiro de granito WNW-
ESE a NNW-SSE (Dall’Agnol et al. 2005, Oliveira et al. 2010, Silva et al. 2016). A
ausência de lineação e foliação nos plútons das suítes, bem como os contatos nítidos e o
18

caráter discordante geral dos plútons, todos indicam uma pressão relativamente baixa
para sua colocação, provavelmente na ordem de 2,0 ± 1,0 kbar (Dall’Agnol et al. 2005).

De acordo com Teixeira et al. (2018), a maioria dos corpos graníticos


anorogênicos (1,88-1,86 Ga) da Província de Carajás são agrupados em três suítes
principais de acordo com sua composição mineralógica, características geoquímicas e
estado de oxidação de seus magmas (Dall’Agnol et al. 2005, Dall’Agnol & Oliveira
2007): a) granitos oxidados representados pela Suíte Jamon (Dall’Agnol et al. 1999a,
Oliveira et al. 2009); b) granitos do tipo A moderadamente reduzidos incluídos na Suíte
Serra dos Carajás (Machado et al. 1991), e c) granitos reduzidos da Suíte Velho
Guilherme (Teixeira 1999, Teixeira et al. 2002). No entanto, existem outros granitos
anorogênicos do Paleoproterozoico que constituem corpos independentes e não foram
incluídos em nenhuma das três suítes acima: Seringa (Paiva Jr et al. 2011), São João
(Lima et al. 2014), Gogó da Onça (Teixeira et al. 2017), Gradaús (Carvalho) e Rio
Branco (Santos et al. 2013a). Além de diques félsicos e máficos (1.88 Ga) que ocorrem
intrudidos no embasamento arqueano (Silva et al. 2016).

2.3 UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS DA ÁREA DE ESTUDO

A região de Tucumã encontra-se em uma zona de transição entre os DRM e DC,


conforme pode ser visto na Figura 03. As principais unidades litoestratigráficas que lá
ocorrem (fig. 4) são mesoarqueanas (Grupo Tucumã, Complexo Xingu, TTGs,
Sanukitoide Rio Maria e granitoides-K), neoarqueanas (Rochas
metavulcanossedimentares da Serra Arqueada, Suíte Intrusiva Cateté e granitoides
neoarqueanos) e paleoproterozoicas (granitos anorogênicos e diques associados).

Os greenstone belts que ocorrem na região de Tucumã, citados inicialmente por


Cordeiro (1982), posteriormente foram formalizados como Grupo Tucumã (Araújo &
Maia 1991). De acordo com esses autores, o Grupo Tucumã apresenta assinatura
geofísica bastante peculiar, evidenciando a predominância de litotipos máfico-
ultramáficos, bem registrados tanto na intensidade da forma das anomalias
aeromagnéticas, como nos baixos níveis exibido pela aerogamaespectrometria. Vasquez
et al. (2008), baseados em Araújo & Maia (1991), Macambira & Vale (1997) e Santos
19

& Pena Filho (2000), relatam que o Grupo Tucumã é cortado por zonas de cisalhamento
dúctil transcorrentes, conjugadas com cavalgamentos oblíquos de direções NW-SE, NE-
SW e E-W, definidas por uma foliação milonítica incipiente a acentuada, com mergulho
alto. Além destas feições, ocorrem dobras abertas e fechadas, assimétricas e de
dimensões variadas. Falhas transcorrentes NE-SW são atribuídas a um evento distensivo
do Proterozoico. Outra feição estrutural marcante é a Falha Seringa, de direção NW-SE,
que atravessa as rochas deste grupo, com extensão de mais de 100 km.

O Grupo Tucumã é representado por faixas orientadas na direção NW-SE,


composto na sua base por rochas metamáficas/metaultramáficas (xistos máficos,
anfibolitos, talco xistos, serpentinitos e komatiitos), metavulcânicas intermediárias a
félsicas (metadacitos e metatufos) na zona intermediária e rochas metassedimentares
psamo-pelíticas no topo (filitos, biotita xistos, clorita xistos, biotita-muscovita xistos,
quartzitos micáceos, metarenitos, metarcóseos, metagrauvacas, formações ferríferas
bandadas e ocasionalmente rochas conglomeráticas com seixos de quartzo e fragmentos
de rochas). É atribuído metamorfismo na fácies xisto-verde para toda a sequência
(Macambira & Vale 1997, Santos & Pena Filho 2000).

Recentemente, Sousa et al. (2018) estudaram as sequências de greenstones belts


mesoarqueanos do Domínio Rio Maria (DRM), através de mapeamentos geológicos em
conjunto com levantamentos aerogeofísicos de alta resolução, que permitiram detalhar a
cartografia das sequências greenstones belts da porção oeste do DRM, agrupadas nos
grupos Gradaús e Tucumã. Datação U-Pb em zircão (LA-ICP-MS) em metadacito
forneceu idade de 2979 ± 23/24Ma, interpretada como a idade de formação do
greenstone Tucumã, em contraposição a idade Pb-Pb de 2868 ± 8 Ma, obtida pelo
método de evaporação de Pb em zircão por Avelar et al. (1999). Dados geocronológicos
U-Pb em zircão (LA-ICP-MS) em metadacito do Grupo Gradaús forneceu idade de
intercepto superior de 2996 ± 5/9 Ma, similar a idade de 3002 ± 3 Ma obtida por
Tassinari et al. (2005) em metavulcânicas do Greenstone Belt Gradaús. De acordo com
Sousa et al. (2018), os dados geocronológicos obtidos por eles apontam para um único
evento de geração de Greenstone Belt no DRM.
20

Figura 04 - Mapa geológico da área de estudo na região de Tucumã, modificado da Folha Rio Branco (Favacho 2021).
21

O Complexo Xingu trata de um embasamento mesoarqueano (2,97 Ga; Avelar et


al. 1999), composto por ortognaisses e migmatitos associados, fortemente bimodais
(ricos em ortoanfibolitos), que foram embasamento ou encaixantes das sequências de
greenstone belts e granitoides neoarqueanos do DC. Predominam composições
tonalíticas (granodioríticas e trondhjemíticas subordinadas), segundo Araújo et al.
(1991), além de supostos corpos granitoides, muito pouco estudados. Exibe intensa
migmatização, mas pouca geração de mobilizados graníticos (Vasquez et al. 2008).

De acordo com Santos (2016), as rochas da Suíte Sanukitoide Rio Maria (~2,87
Ga) estão localizadas próximas ao limite dos domínios Rio Maria-Carajás. Dois grupos
foram definidos com base na geoquímica: (i) quartzo-monzodioritos e granitoides
(tonalito e granodiorito) que correspondem ao sanukitoide (stricto sensu); e (ii) enclaves
e (quartzo)dioritos. Pertencem à série cálcio-alcalina de médio a alto potássio, sendo
magnesianos e principalmente metaluminosos. Os quartzo-monzodioritos e granitoides
foram derivados do fracionamento de um magma máfico, cuja fonte é um manto
metassomatizado TTG, em profundidades maiores, enquanto enclaves e
(quartzo)dioritos foram gerados a partir de um manto metassomatizado, em
profundidades mais rasas. A associação espacial e temporal de rochas com assinatura
sanukitoide (quartzo-monzodioritos e granitoides) e BADR (enclaves e (quartzo)
dioritos) sugere que os granitoides de Ourilândia do Norte foram gerados a partir de
subducção ativa.

Silva et al. (2018) dividiram os granitoides mesoarquenos em três grupos através


de dados de mapeamento geológico: (i) biotita monzogranitos; (ii) epidoto-biotita
granodioritos; e (iii) granitoides porfiríticos. Propuseram que todos os granitoides
mesoarqueanos da região de Ourilândia do Norte foram colocados durante o segundo
estágio de um modelo tectono-magmático de dois estágios (subducção-colisão). Os
interpretando como pertencentes ao crescimento e retrabalhamento crustal significativo,
ocorrido nos estágios finais de estabilização do primeiro ciclo geotectônico da província
de Carajás em ~2,87-2,86 Ga. Silva-Silva et al. (2020) descrevem que os leucogranitos
são os principais constituintes da crosta da região de Tucumã e se distinguem dos
demais granitoides pelo caráter ferroso (alta relação FeOt/MgO), alto teor de K (alta
relação K2O/Na2O) e baixo teor de minerais máficos (M ≤ 6 %). Esses aspectos também
sugerem que o batólito leucogranítico pode ser correlacionado ou considerado parte do
22

conjunto de granitos cálcico-alcalinos de alto K do tipo Xinguara e outros corpos


análogos que ocorrem no domínio Carajás (Leite et al. 1999, Feio et al. 2013,
Rodrigues et al. 2014). Na área de Tucumã, o Leucomonzogranito também é intrusivo
nos granitoides TTGs e pode estar associado ao mesmo evento tectonotermal de 2,86
Ga (Leite et al. 2004) que deu origem à suíte Xinguara.

Justo et al. (2019) dataram na sequência metavulcanossedimentar da Serra


Arqueada, ao norte de Tucumã, dois metadacitos de um mesmo testemunho de
sondagem. A amostra coletada em 54,10-54,90 m, produziu uma idade por intercepto
superior de 2.760,1 ± 6,4 Ma, enquanto outra amostra coletada ~530 m mais fundo,
produziu uma idade concordante de 2.742 ± 5,6 Ma. Entre estas duas rochas
metadacíticas existe um intervalo BIF com mais de 200 m de espessura. Ainda de
acordo com esses autores, o conjunto de idades U-Pb para cristalização de zircão nas
rochas vulcânicas amostradas do Supergrupo Itacaiúnas permanecem na faixa de ~ 2,76
a 2,71 Ga, com a maioria das amostras concentradas em torno de 2,74 Ga. As idades
obtidas estão dentro do intervalo de evolução Neoarqueana, sistematicamente por toda a
Bacia de Carajás.

De acordo com Vasquez et al. (2008), em linhas gerais, a Suíte Intrusiva Cateté é
constituída por gabros, noritos, piroxenitos, serpentinitos e peridotitos, geralmente de
granulação média, equigranulares, e sem evidências de deformação e metamorfismo
(Macambira & Vale 1997). Na zona ultramáfica predominam dunitos (olivina e
clinopiroxênio cumulados), variavelmente serpentinizados, e ortopiroxenitos
(ortopiroxênio cumulado), e a zona máfica é constituída principalmente por
gabronoritos (plagioclásio, ortopiroxênio e clinopiroxênio cumulados) (Macambira &
Ferreira Filho 2002). Os corpos da Suíte Intrusiva Cateté são intrusivos em diferentes
unidades arqueanas, tais como, o Complexo Xingu, o Granito Plaquê e o Grupo São
Félix. Os corpos da Suíte Intrusiva Cateté estão associados a regimes distensivos que
atingiram grandes profundidades. A idade de 2,77 Ga (U-Pb SHRIMP, Lafon et al.
2000) foi obtida para um gabro do corpo Serra da Onça.

As rochas charnockíticas presentes na área de Ourilândia estão associadas ao


Diopsídio- Norito Pium e a Suíte Planalto e compõem uma série denominada de
gabronorito-charnockito- granito. Correspondem a um batólito alongado com NE-SW
23

além de possuir lentes com orientação E-W. Essas rochas são intrusivas nas suítes de
Fe-K e Mg-K do mesoarqueano e apesar de ainda não terem sido datadas, são
consideradas de idade neoarqueana. Essas rochas possuem comprimentos que variam de
aproximadamente 3-12km de comprimento bem como larguras variando entre 2-2,5 km,
no qual são limitadas por zonas de cisalhamento (Felix 2019). Macroscopicamente não
possuem presença de xenólitos, enclaves ou outras feições de mistura que são comuns
em outros granitoides da Província Carajás. São rochas leucocráticas que variam de tons
de cor esverdeada escura a cinza rosada, sendo o gabronorito a rocha máfica que
apresenta textura intergranular, granofírica e bem como textura de exsolução (spinifex).
Nos monzogranitos se tem a textura corona formada pelo anfibólio em torno do
piroxênio, textura hipidiomórfica. E por fim, a presença de quartzo recristalizado e
textura núcleo-manto. Todas as rochas possuem a presença de clino e ortopiroxênios, e
de acordo com a hidratação da rocha apresentam maiores quantidades de anfibólio do
tipo Hornblenda. Felix (2019) ao analisar as rochas charnockíticas de Ourilândia do
Norte, individualizou 4 variedades petrográficas: (i) ortopiroxênio granodiorito, (ii)
clinopiroxênio monzogranito e (iii) anfibólio monzogranito, e (iv) gabronorito
associadas espacialmente.

A Suíte Plaquê (2.729 ± 29 Ma; Pb-Pb em zircão; Avelar et al. 1999) agrupa
corpos alongados na direção E-W, que se espalham por toda a faixa de domínio do
Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas, estas rochas são intrusivas aos litotipos do
Complexo Xingu e ocorrem ao norte do município de Ourilândia do Norte. Estas rochas
afloram como blocos grandes com composição granítica sendo representados
principalmente por muscovita-biotita leucogranitos (Avelar et al. 1999).

Localizada entre os municípios de Tucumã e São Félix do Xingu, sul-sudeste do


Pará, a Suíte Intrusiva Velho Guilherme é intrusiva nas rochas arqueanas do
Granodiorito Rio Maria, nas metavulcanossedimentares do Grupo Tucumã e do
Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas (Araújo et al. 1988, Teixeira et al. 2005). Esses
corpos que formam desde pequenos stoks arredondados até grandes batólitos. É
constituída pelos granitos Antônio Vicente, Velho Guilherme, Mocambo, Serra da
Queimada, Bom Jardim, Rio Xingu, Benedita e Ubim-Sul, formados no
Paleoproterozoico e apresentam idade de cristalização entre 1,88 - 1,86 Ga (Macambira
& Lafon 1995, Teixeira et al. 2002, 2005, Lamarão et al. 2012). São representados por
24

rochas hololeucocráticas a leucocráticas, principalmente sienograníticas a


monzograníticas e, subordinadamente, álcali-feldspato graníticas, além de greisens
mineralizados em S e W (cassiterita e wolframita). Vale ressaltar, que a mineralização
também está relacionada às fácies mais evoluídas dos granitos, as quais foram
submetidas a intensas alterações tardi a pós- magmáticas (Teixeira et al. 2002, Teixeira
et al. 2005, Lamarão et al. 2012, Teixeira et al. 2019).

Por fim, os diques que ocorrem na região de Tucumã encontram-se intrudidos no


embasamento arqueano. E por apresentarem composição variando de andesitos a
dacitos-riolitos, mostram uma hibridização evidente, derivada de um mingling entre
magmas félsicos e máficos. Segundo Silva et al. (2016), as idades de 1.88 Ga obtidas
por U-Pb em zircão de diques félsicos são interpretadas como idade de colocação e
cristalização dos diferentes diques e granitos anorogênicos observados na área.

2.4 REGISTROS DA PROVÍNCIA CARAJÁS EM ZIRCÕES DETRÍTICOS

Trabalhos anteriores disponibilizaram dados geocronológicos na PC, como


Macambira & Lancelot (1991), com o estudo de metagrauvacas do Grupo Lagoa Seca
pelo método U-Pb em zircão que forneceu uma idade por intercepto superior de 2971 ±
18 Ma. Buscando as idades das rochas existentes na região de Rio Maria, Macambira et
al. (1998), dataram cerca de 60 grãos de zircões detríticos escolhidos de forma aleatória,
provenientes de quartzitos considerados parte superior das sequencias greenstones do
Supergrupo Andorinhas (Costa et al. 1995). Assim, 45 dos 60 grãos indicaram idades
com valores entre 2,80 e 3,05 Ga (média de 2943 ± 18 Ma), dois grãos indicaram idades
em torno de 3,2 Ga e dois em torno de 3,4 Ga, e um único grão indicou uma idade de
~3,7 Ga, sendo considerado na época o zircão datado mais antigo na América do Sul. O
intervalo entre 2,8 – 3,05 Ga foi de acordo com o intervalo de formação da crosta
continental dessa região, proposto por Macambira & Lancelot (1996). Os zircões de
idade superior a 3,2 Ga ficaram difíceis de serem discutidos quanto a sua natureza e
ambiente tectônico, pois não havia rochas reconhecidas com essas idades.

Zeh & Cabral (2021) dataram zircões detríticos de três amostras de quartzito da
Formação Cuxiú da região do Aquiri, localizada no oeste do DC ao norte da Serra
Arqueada e a oeste do correlato Grupo Grão Pará (Soares et al. 1988). Zeh & Cabral
25

(2021) definiram que o limite de idade mais jovem para deposição da Unidade
Quartzítica (Formação Cuxiú) do Aquiri, é uma idade U-Pb em zircão de ca. 2,66 Ga
para um conjunto intrusivo de rochas graníticas naquela região. Paralelamente, as idades
existentes fornecem evidências de que a deposição da Unidade Quartzítica da região do
Aquiri ocorreu entre 2,70 e 2,66 Ga, contemporaneamente com as rochas
vulcanossedimentares do Grupo Grão-Pará superior, ou seja, a Formação Igarapé Bahia
definida por Araújo Filho et al. (2020).

Rossignol et al. (2022) forneceram novos resultados geocronológicos U-Pb de


zircão detríticos por LA-ICP-MS. Sete amostras do Grupo Rio Fresco foram coletadas
em três testemunhos de sondagem que cruzam a Formação Azul, de uma mina de ouro
abandonada (mina Cutia), localizada a NE da cidade de Curionópolis. Duas principais
litologias foram identificadas no Grupo Rio Novo, a principal é constituída por séries
pelíticas espessas apresentando fraca clivagem metamórfica. A segunda litologia
consiste em conglomerados alternados com arenitos e siltitos. Os arenitos da Formação
Azul forneceram idade máxima de sedimentação de 2668 ± 11 Ma, além de um único
grão de zircão detrítico mais jovem, de 2518 ± 31 Ma. O Grupo Rio Novo é intrudido
por diques máficos, de idade concórdia de 3087 ± 13 Ma, interpretada como a idade de
colocação do dique, e de intercepto superior de 3091 ± 13 Ma, interpretada como idade
mínima de sedimentação do Grupo Rio Novo.
26

3 PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

Algumas ocorrências localizadas de rochas metassedimentares em forma de


pequenos morros testemunhos em meio a granitoides arqueanos a oeste e norte da
cidade de Tucumã têm sido correlacionadas com o Grupo Tucumã (Araújo & Maia
1991), do Supergrupo Andorinhas (DOCEGEO, 1988) que é restrito ao DRM (fig. 03B)
e apresenta idade mesoarqueana. Entretanto, por essa região ser transicional entre o
DRM (sul) e o DC (norte), e pela presença também de rochas
metavulcanossedimentares no DC (por exemplo, as sequências
metavulcanossedimentares neoarqueanas do Supergrupo Itacaiúnas, DOCEGEO 1988,
na Serra Arqueada, Justo et al. 2018, e na região do Aquiri, Soares et al. 1988, Zeh &
Cabral 2021), a correlação baseada apenas em critérios litológicos e estruturais torna-se
limitada. Assim, a determinação da idade máxima de sedimentação dos protólitos dos
quartzitos dessas sequências se faz essencial para essa definição.

Os estudos geocronológicos empreendidos até o presente nas rochas


metavulcanossedimentares do Grupo Tucumã são raros e focados basicamente nas
rochas metavulcânicas félsicas (Avelar et al. 1999, Sousa et al. 2018). Além disso, não
há registro de estudo geocronológico empregando-se técnica moderna in situ em
minerais, como U-Pb em zircão por LA-ICP-MS, nessas rochas
metavulcanossedimentares aflorantes próximo à Tucumã. O trabalho mais recente que
aplicou tal método foi realizado em um metadacito da região do Gradaús, a cerca de 100
km para sudeste de Tucumã, e forneceu idade de 2979 ± 24 Ma, interpretada como a
idade de formação do greenstone Tucumã (Sousa et al. 2018), em contraposição a idade
média ponderada 207
Pb/206Pb de 2868 ± 8 Ma (2σ, n=8), obtida pelo método de
evaporação de Pb em zircão por TIMS (Avelar et al. 1999) em rocha metavulcânica
félsica coletada ao sul da cidade de Tucumã.

A aplicação do método U-Pb in situ em zircões de quartzitos permitirá, além de


definir a idade máxima de sedimentação dos protólitos, identificar possíveis cristais ou
núcleos herdados em zircões magmáticos provenientes de rochas-fontes mais antigas
que os sedimentos, portanto do Eo-mesoarqueano (4,0 a 3,0 Ga) ou até do Hadeano (>
4,0 Ga). As diferentes populações identificadas poderão representar os únicos indícios
da crosta continental primitiva do Cráton Amazônico. Por isso a importância de se
27

estudar essas rochas metassedimentares e seus zircões detríticos, a exemplo do registro


de alguns cristais de zircão detríticos e herdados de até 3,7 Ga (do Eoarqueano),
identificados por Macambira et al. (1998) e Teixeira et al. (2001).
28

4 OBJETIVOS

O objetivo geral deste trabalho visa:

- Definir se os quartzitos que ocorrem na região oeste e norte de Tucumã-PA


pertencem aos greenstone belts do Grupo Tucumã ou se são de unidades mais jovens e
assim contribuir para a reconstituição da evolução geológica precoce da Província
Carajás.

Os objetivos específicos deste trabalho são:

- Identificar a composição mineralógica, classificar as rochas e definir os


protólitos sedimentares dos quartzitos, por meio da caracterização petrográfica;

- Estimar a idade máxima de sedimentação dos protólitos dos quartzitos


aplicando-se o método de datação U-Pb em zircão por LA-ICP-MS e a avaliação dos
resultados de acordo com as premissas estatísticas da literatura recente;

- Identificar as populações de zircão de idades distintas presentes nessas rochas e,


se possível, correlacionar com as possíveis rochas-fontes da Província Carajás,
indicando as diferentes possibilidades.
29

5 MATERIAIS E MÉTODOS APLICADOS

5.1 ATIVIDADES DE CAMPO E AMOSTRAGEM

A primeira atividade de campo e coleta de amostra na região de Tucumã-PA foi


realizada pelos professores João M. Milhomem Neto e Fábio H. G. Domingos, no
período de 26 a 12 de agosto de 2019. Uma amostra foi coletada durante o trabalho de
campo da disciplina MG2, do Projeto Tucumã 2019, na subárea IV, no ponto 14, sob a
sigla PTU-19-IV-14 (6o41'21'' S / 51o20'45'' W).

Uma nova etapa de campo e amostragem foi realizada na região durante a prática
de MG2, no Projeto Tucumã 2022. No qual foram coletadas duas novas amostras, sendo
uma delas de um afloramento já descrito em 2019 que corresponde a uma área de
extração de areia/cascalho para aterramento de estradas (Amostra PTU-19-IV-15;
6o45'27'' S / 51o22'21'' W). A outra amostra (PTU-22-III-17; 6o39'38'' S / 51o09'55'' W)
ocorre em uma encosta de uma pequena serra de direção E-W na subárea III do PTU-
2022.

5.2 ESTUDO PETROGRÁFICO

Essa atividade foi realizada, inicialmente, através da descrição petrográfica


macroscópica das amostras de quartzito (PTU-19-IV-14, PTU-19-IV-15 e PTU-22-III-
17) coletadas durante as atividades de campo dos projetos Tucumã 2019 e 2022 da
disciplina MG2. Iniciou-se com o estudo das amostras em afloramento e por meio de
lupa binocular. Havendo uma posterior preparação de seis lâminas delgadas, sendo: três
da amostra PTU-19-IV-14, uma da PTU-19-IV-15 e duas da PTU-22-III-17.
Confeccionadas no Laboratório de Laminação (LAMIN) do IG – UFPA, para descrição
com o auxílio de microscópio petrográfico do Laboratório de Petrografia da
FAGEO/IG/UFPA. As rochas foram classificadas de acordo com a proposta de Fettes e
Desmons (2007), determinando-se a composição mineralógica das amostras e como
seus constituintes estão dispostos, em relação às suas proporções, estruturas e
alterações.
30

5.3 PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS

As amostras foram preparadas através dos seguintes procedimentos: i) britagem e


pulverização; ii) Peneiramento; iii) Bateamento com água; iv) Microbateamento com
água; v) Separação de minerais magnéticos e máficos; vi) Microbateamento com álcool;
vii) Catação manual dos cristais sob lupa binocular; viii) Confecção dos mounts. Esses
processos foram realizados para fins de análises isotópicas e se baseiam em trabalhos
previamente realizados no Laboratório Pará-Iso (IG/UFPA), a exemplo de Oliveira et
al. (2008), Milhomem Neto & Lafon (2019) e Vianna et al. (2020).

i) Britagem e pulverização: A trituração dos constituintes minerais das rochas


foi realizada utilizando-se dois britadores de mandíbula, sendo o primeiro responsável
pela trituração da amostra de mão, e o segundo responsável pela trituração do material
resultante da etapa anterior, em um tamanho menor que 1cm. Na pulverização, foi
utilizado um moinho de anel Shatterbox, com o objetivo de diminuir a granulometria da
amostra, a fim de alcançar o tamanho ideal entre 250 e 125 µm para a sua utilização,
esta etapa foi realizada na Oficina de Preparação de Amostras (OPA) do IG/UFPA.

ii) Peneiramento: No Laboratório de Separação Mineral do Pará-Iso/UFPA, foi


realizado peneiramento em água, através de três telas de nylon com aberturas distintas
(250 μm, 175μm e 125 μm), obtendo-se duas frações granulométricas (125-175 e 175-
250 µm), com o objetivo de separar o material triturado, para as fases subsequentes.

iii) Bateamento com água: Essas frações granulométricas foram separadas por
densidade, objetivando a concentração dos minerais pesados através do bateamento com
água. Inicialmente, foram inseridas em uma bateia de alumínio de 30 cm de diâmetro,
sobreposta a uma bateia maior (53 cm de diâmetro) utilizada como reservatório de água
e aparato para a coleta de minerais leves provenientes da bateia menor. Nesta, foram
realizados movimentos circulares concêntricos para concentrar os minerais pesados,
dentre eles o zircão, no fundo da bateia.

iv) Microbateamento com água: Em seguida, foi realizado o microbateamento


em água com o concentrado de minerais pesados obtido anteriormente. Esse
concentrado foi colocado em microbateias de porcelana de 6 e 11 cm de diâmetro,
respectivamente. As microbateias de porcelana foram submersas em um recipiente
31

redondo de vidro (tipo pyrex), contendo água, e movimentadas circularmente a fim de


reter os minerais pesados no fundo da microbateia, enquanto os minerais leves se
deslocaram para o recipiente de vidro. Após isso, os minerais pesados restantes desta
etapa foram postos a secar em estufa a 100ºC.

v) Separação de minerais magnéticos e máficos: Posteriormente, foi realizada a


separação magnética, inicialmente utilizando-se um imã de mão, que retirou os minerais
magnéticos, seguida do uso de um imã de neodímio, responsável por remover os
minerais máficos, dos concentrados de minerais pesados de cada fração granulométrica
de interesse.

vi) Microbateamento com álcool: Durante esta etapa, os minerais pesados foram
submersos em álcool etílico 96° contido em uma placa de Petri. Esta foi levemente
inclinada e realizaram-se movimentos oscilatórios curtos e repetitivos para frente e para
trás, a fim de os minerais pesados se concentrarem na borda frontal da placa, enquanto
os leves se deslocam preferencialmente para o centro e bordas e, assim, foram retirados
da placa com o auxílio de uma micropipeta plástica. O processo se repetiu algumas
vezes até que a maior parte dos leves fosse retirada e sobrassem apenas os minerais
pesados.

vii) Catação manual dos cristais: Por fim, a triagem dos cristais de zircão foi
realizada na Sala de Lupas (Pará-Iso/UFPA), através da seleção manual de cristais de
zircão a partir do concentrado seco de minerais pesados armazenado na placa de Petri.
Com o auxílio da lupa binocular Leica modelo EZ4HD e de uma agulha.

viii) Confecção dos mounts: Os cristais foram fixados em fita adesiva dupla-face
colada em lâmina de vidro. Sendo ordenados em linhas e colunas (grade 10x10), para a
confecção de duas pastilhas da amostra PTU-19-IV-14 com resina epóxi (mounts),
devidamente polidas a fim de expor a seção transversal dos cristais de zircão. A
confecção dos mounts foi realizada no Laboratório de Laminação (IG/UFPA).

5.4 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV)

As análises por MEV foram realizadas em 200 cristais de zircão da amostra PTU-
32

19-IV-14 com a finalidade de identificar as estruturas internas dos cristais e escolher as


melhores porções para as análises pontuais (Milhomem Neto et al. 2017a, b). Os cristais
do primeiro mount (fração 125-250 μm) foram submetidos a uma captura de imagens
monocromáticas de catodoluminescência (CL), obtidas com equipamento Tescan
(SEM125 CL), instalado em microscópio eletrônico Tescan Vega 3 modelo LMU no
Condomínio Laboratorial do Programa de Pós-Graduação em Geociências e Análise de
Bacias da Universidade Federal de Sergipe (PGAB-UFS), sob as seguintes condições
analíticas: Aceleração da voltagem de 20Kv; Intensidade da corrente de 10 a 20 nA;
Distância da análise de 8-15mm; Diâmetro do feixe de 0,4 µm até 1 µm.

Os cristais do segundo mount da amostra PTU-19-IV-14 (fração 125-250 μm)


foram metalizados em metalizador de ouro Emitech modelo K550X, com condições de
metalização em 30 segundos e espessura de aproximadamente 5 nm, que possibilitaram
a captura de imagens de VPSE G3/catodoluminescência obtidas no Laboratório de
Microanálises do IG/UFPA. O equipamento utilizado foi um MEV Zeiss modelo
SIGMA-VP com catodoluminescência Gatan modelo ChromaCL2 acoplada, pertencente
ao Instituto Tecnológico Vale (ITV), cedido em contrato de comodato para a UFPA. As
condições de operação foram: corrente do feixe de elétrons = 80 μA, voltagem de
aceleração constante = 20 kv, distância de trabalho = variável (depende da altura da
amostra).

5.5 U-Pb IN SITU EM ZIRCÃO POR LA-Q-ICP-MS

As análises U-Pb in situ em zircão foram realizadas em duas sessões analíticas em


29/12/2021 e 22/12/2022. Os mounts foram inseridos na câmara do laser junto com
mounts de materiais de referência internacional (MRs) de zircão, fundamentais para a
aplicação da técnica de LA-Q-ICP-MS. O procedimento analítico em rotina no Pará-
Iso/UFPA (Milhomem Neto & Lafon 2019) e que foi seguido neste estudo, consiste na
aplicação de feixe de laser de alta potência pulsado sobre a amostra, transformando
parte sólida da amostra em vapor, o qual é transportado para um sistema de medição
para a determinação dos isótopos de interesse (238U, 232
Th, 208
Pb, 207
Pb, 206
Pb, 204
Pb,
204
Hg e 202Hg).
33

Foi utilizada uma microssonda de ablação a laser Nd:YAG 213 nm modelo LSX-
213 G2 da marca CETAC, acoplada ao ICP-MS quadrupolar (Q) do modelo iCAP-Q
fabricado pela Thermo Scientific. Os parâmetros de instrumentação do laser são: fluxo
de gás hélio (He) com 480 mL/min; furos com 25 µm de diâmetro (Spot size) para os
zircões da amostra e de 50 µm para os zircões de referência, frequência de 10 Hz,
potência de 55 % e ablação de 40 s, Burst Count de 420. Os MRs foram utilizados para
as correções de fracionamento elementar e discriminação de massa, sendo o zircão GJ-1
(609 ± 2 Ma; Jackson et al. 2004) utilizado como material de referência primário. Para a
certificação e verificação da reprodutibilidade das análises isotópicas, foram analisados
como MRs secundários o zircão BB (562 ± 9 Ma; Santos et al. 2017) e o zircão 91500
(1065 ± 0,3 Ma; Wiedenbeck et al. 1995).

Os resultados para o zircão BB forneceram a idade média ponderada 206Pb/238U de


558,2 ± 4,4 Ma (2σ, n=17, MSWD = 0,42; fig. 05A), e o zircão 91500 forneceram uma
idade por intercepto superior de 1065 ± 50 Ma (n=9, MSWD = 0,065; fig. 05B), que
dentro dos limites de erro, concordam com as idades obtidas por Santos et al. (2017) e
Wiedenbeck et al. (1995), garantindo assim a reprodutibilidade e confiabilidade das
análises. A sequência analítica aplicada foi: (1°) Zircão de referência primário GJ-1;
(2°) zircão de referência secundário BB; (3°) zircões da amostra PTU-19-IV-14 (10
pontos); (4°) zircão de referência 91500 (na primeira sessão analítica) e BB (na segunda
sessão analítica); e (5°) zircão de referência GJ-1.

Os dados analíticos U-Pb obtidos foram processados e tratados em macro


Microsoft Excel (metodologia adaptada de Milhomem Neto & Lafon 2019). O cálculo
das idades, erros analíticos e valores de mean square weighted deviation (MSWD)
foram realizados com o lançamento dos dados isotópicos obtidos, no diagrama
Concórdia, diagrama de média ponderada e histograma de frequência, a partir de um
suplemento do Microsoft Excel, o Isoplot versão 3.0 (Ludwig 2003). Foram
considerados filtros de fatores analíticos inerentes às análises, sendo descartadas do
cálculo aquelas análises que apresentaram alta contribuição de Pb comum (f206 > 0,01),
207
erro analítico (incerteza) sobre a razão Pb/235U > 4% e elevado grau de discordância
entre as idades 206Pb/238U e 207Pb/206Pb (≥ 10 %) (Andersen et al. 2019). O uso da idade
média ponderada 207Pb/206Pb é recomendado para amostras com idades superiores a 1,5
Ga (Spencer et al. 2016). A estratégia adotada para o cálculo da idade máxima de
34

sedimentação (MDA-maximum deposicional age) foi a do grupo de cristais mais jovem


dentro da incerteza de 2σ, que é calculado pela média ponderada, considerando a
incerteza da idade, das três ou mais idades mais jovens que se sobrepõem na incerteza
de 2σ (Coutts et al. 2019).
35

Figura 05 – Diagramas obtidos para as análises U-Pb dos MRs de zircão por LA-Q-ICP-MS. (A)
Diagrama de idade média ponderada 206Pb/208U dos dados agrupados das análises do zircão BB; (B)
Diagrama Concórdia com a idade por intercepto superior das análises do zircão 91500.
36

6 GEOCRONOLOGIA U-Pb APLICADA EM ZIRCÃO DETRÍTICO

Cada vez mais as técnicas que possibilitam realizar análises pontuais na escala de
micrômetros têm sido utilizadas e aperfeiçoadas, como é o caso da LA-ICP-MS, uma
técnica mais rápida e com menor custo relativo de obtenção e instalação dos
equipamentos necessários para datação in situ em minerais usando o esquema de
decaimento U-Pb (Milhomem Neto et al. 2017b).

O sistema U-Pb é amplamente empregado para estudos geocronológicos e a opção


por minerais como o zircão (rico em U), é bastante viável, pois U e Pb apresentam
significativas diferenças na configuração eletrônica e no raio iônico, que resultam no
fracionamento durante a cristalização. Além de não haver alteração na razão dos
isótopos radioativos e radiogênicos. Em minerais ricos em U há elevada retenção dos
isótopos de Pb devido às altas temperaturas de fechamento do sistema isotópico. Isso
resulta na aplicação do método para a datação de eventos magmáticos e constituintes
detríticos em rochas sedimentares, além de permitir a individualização de múltiplos
episódios de metamorfismo ou anatexia impressos na rocha (Heaman & Parrish 1991,
White 1998 apud Souza 2009).

O sistema geocronológico U-Pb tem como base o decaimento dos isótopos


238
radioativos pai U e 235U e seus respectivos isótopos radiogênicos filhos 206
Pb e 207Pb
que compõe, para cada par pai vs. filho uma série de decaimentos que geram diferentes
elementos através da emissão de partículas alfa (α) e beta (β). O decaimento do 238
U
para o 206Pb envolve a emissão de 8α + 6β- e o decaimento do 235U para o 207Pb envolve
a emissão de 7α + 4β- (Dickin 2005, Faure 1991, Faure & Mensing 2005). Nesse
processo são gerados diversos elementos com seus respectivos tempos de meia vida
(Jaffey et al. 1971).

A partir da análise na amostra, as razões isotópicas medidas são plotadas no


diagrama Concórdia desenvolvido por Wetherill (1956), que representa a idade de
cristalização da rocha no intercepto superior dos minerais que permaneceram com o
206
sistema fechado desde sua formação, tendo como base os geocronômetros Pb/238U e
207
Pb/235U. Em alguns casos, os pontos analisados podem se alinhar fora da curva
Concórdia, em uma reta denominada Discórdia, seu significado geológico (ou não)
depende se a perda de Pb é episódica (ex. evento tectônico) ou contínua (zircão
37

metamíctico) (Sato et al. 2008).

De acordo com Oliveira (2015), a aplicação dos isótopos radiogênicos em rochas


sedimentares tem se beneficiado dos avanços nas capacidades analíticas dos laboratórios
de geologia isotópica, através da melhoria da qualidade e da acurácia dos resultados.
Como fruto desse desenvolvimento, estudos em minerais detríticos constituintes de
rochas sedimentares tem se mostrado muito promissores, dado o fornecimento das
idades e assinaturas isotópicas das fontes dos grãos analisados.

Neste sentido, a aplicação do método U-Pb em zircão tem se mostrado a mais


importante ferramenta geocronológica para estudos de proveniência (Condie et al. 2009,
Dinis et al. 2012, Araújo 2014). Tais estudos fornecem idades deposicionais máximas
para os sedimentos a partir do pressuposto de que o conjunto de zircões mais jovens,
concordantes, aponta uma melhor estimativa sobre a idade máxima de sedimentação
(Coutts et al. 2019), pois foram formados por um evento magmático ou metamórfico
que precedeu o início da deposição. A aplicação desta técnica decorre do potencial de
caracterização das idades de formação das rochas das regiões fontes.

Comumente em análises de zircões detríticos dada à diversidade de áreas-fonte e a


sobreposição de eventos tectonotermais, não se estabelece interceptos (linha Discórdia),
e a utilização dos diagramas Concórdia ganha um caráter apenas ilustrativo de
demonstração do grau de concordância entre os geocronômetros de referência
(206Pb/238U, 207Pb/235U e 207Pb/206Pb).

Geralmente, a utilização do diagrama Concórdia é feita em conjunto com


histogramas de frequência combinado as curvas de probabilidade relativa das idades U-
Pb, como uma tentativa de contornar as limitações do histograma binário, incorporando
os erros nos dados das idades, produzindo uma distribuição de probabilidade do grão
analisado (Fedo et al. 2003).

De acordo com Andersen et al. (2019), outro desafio analítico é que se a


composição isotópica de Pb do zircão detrítico for modificada por processos após a
cristalização ou influenciada por efeitos não intencionais do tratamento de dados, como
filtros de discordância e correção de chumbo comum, o valor do zircão detrítico como
indicador geológico fica comprometido. Filtros de discordância identificarão zircões
38

que tiveram perda de chumbo recente, mas quantidades significativas de perda de


chumbo antigo podem passar despercebidas. Os eventos de perda de chumbo após a
cristalização primária do zircão podem ser induzidos por metamorfismo regional ou de
contato, mas também por processos de baixa temperatura durante a diagênese e
intemperismo, e podem ser acoplados à absorção de uma mistura de chumbo comum e
chumbo radiogênico, que não pode ser corrigido adequadamente por rotinas de correção
de chumbo comum.

207
A perda oculta de chumbo antigo e a correção para Pb comum podem causar
viés para idades mais baixas, enquanto permanecem dentro dos limites aceitáveis de
discordância. Isso cria frações de idade alteradas que podem dar falsas indicações de
proveniência sedimentar, invalidar estimativas de limites máximos para a idade de
sedimentação e causar problemas para estudos de comparação e correlação com base em
dados de idade de zircão detrítico. A apuração cuidadosa de todas as análises U-Pb em
combinação com a análise de isótopos de Hf pode ajudar a identificar esses efeitos em
dados de zircão detrítico, mas não fornecerá uma garantia universal contra espectros de
idade tendenciosos (Andersen et al. 2019).

De acordo com Coutts et al. (2019) a melhor estratégia para se determinar uma
idade máxima de sedimentação (Maximum depositional age-MDA) é por meio do
cálculo da média ponderada das três ou mais idades mais jovens, que se sobrepõem na
incerteza de 2σ. Sendo um método de cálculo da MDA mais preciso e de maior
acurácia.
39

7 RESULTADOS

7.1 ASPECTOS DE CAMPO E PETROGRÁFICOS

A unidade metassedimentar estudada ocorre associada ao topo de colinas ou


serrotes alongados nas direções NW-SE e NE-SW (fig. 06), que se destacam em meio
aos granitoides do entorno. Afloram artificialmente em cortes de estradas e em áreas de
extração de areia/cascalho para a construção civil (figs, 07, 08 e 09). Pertencem a uma
sequência metapsamo-pelítica, com quartzitos intercalados com filitos oxidados e
intemperizados, além de lentes de metaconglomerados.

Para este trabalho o litotipo selecionado foi o quartzito, caracterizado por rochas
em geral bastante fraturadas e friáveis, mas com porções preservadas compactas
sustentando relevo. Sua cor é cinza esbranquiçada a amarelada, com porções
avermelhadas (oxidadas; fig 09B), com granulação variando de fina a média, sendo
constituída essencialmente por quartzo. Feldspatos ocorrem secundariamente, chegando
a indicar composição subarcosiana para os protólitos (PTU-19-IV-14), enquanto a
muscovita (sericita) ocorre em quantidade acessória.

Estruturalmente, os quartzitos apresentam-se foliados, com mergulho de alto


ângulo (figs. 07A e B, 08B e 09C) e direção do mergulho variando entre oeste (PTU-19-
IV-15; 70°/270° e 80°/250°), noroeste e sudeste (PTU-19-IV-14; PTU-22-III-17;
65°/340° e 76°/154°).
40

Figura 06 – Imagens de satélite da região norte e oeste de Tucumã, destacando as colinas nas quais
encontram-se os três afloramentos estudados. Fonte: Google Earth Pro 2019.
41

FFigura 07 – (A) Afloramento da amostra PTU-19-IV-14 em perfil com aproximadamente 100 m de


extensão por 5 m de altura. (B) Foto em planta no topo do afloramento mostrando a ocorrência do
quartzito foliado e bastante fraturado.

Figura 08 – (A) Afloramento da amostra PTU-19-IV-15 em forma de morro. (B) Representação em


detalhe da foliação subvertical da amostra.
42

Figura 9 – (A) Afloramento da amostra PTU-22-III-17 em forma de lajedo. (B) Representação em detalhe
das porções férricas de cor vermelha arroxeada. (C) Foliação subvertical em quartzito, mergulhando para
noroeste e sudeste.

Microscopicamente, a rocha é composta majoritariamente por quartzo (>90%)


com cristais de dimensões de até 4 mm, que se apresentam subdioblásticos e com
contatos côncavo convexo, localmente suturados e retos. Alguns cristais, especialmente
os maiores, estão fraturados. Além de quartzo, ocorrem microclínio (1-5%), plagioclásio
(1-5%) que se encontra alterando para sericita medindo até 7 mm, muscovita de forma
acessória (<1%; fig. 12E) e vênulas de óxido/hidróxido de ferro. A rocha é heterogênea,
inequigranular (fig. 10A; fig. 12C), de contato côncavo convexo, evidenciando uma
43

textura granoblástica poligonal (fig 11C) interlobada (fig. 11D). Também apresenta-se
com contatos retos poligonais e sem orientação aparente (fig. 11A), localmente
apresentando cristais estirados e com orientação preferencial (fig. 12A), além de
contatos reentrantes, caracterizando a textura suturada (fig. 10D; fig. 12B; fig. 12F). A
textura granoblástica poligonal dos quartzitos, bem como a forte anisotropia verificada,
são importante indícios para estimar o metamorfismo em fácies anfibolito, com pelo
menos 550ºC de temperatura (Philpotts e Ague, 2022).

Figura 10 – Fotomicrografias representativas da amostra PTU-19-IV-14 a nicóis cruzados. (A)


Representando localmente a granulação média e fraturamento de cristais de quartzo. (B) Cristais
inequigranulares, com pontuais cristais maiores. (C) Representando a textura geral granoblástica
interlobada. (D) Localmente observado o contato suturado em detalhe.
44

Figura 11 – Fotomicrografias a nicóis cruzados da lâmina PTU-19-IV-15. (A) Cristais de quartzo e


feldspato inequigranulares, subdioblásticos e sem orientação aparente. (B) Variação granulométrica dos
cristais em detalhe. (C) Contatos retos evidenciando a textura granoblástica poligonal. (D) Localmente
observada a textura interlobada.

7.2 U-Pb EM ZIRCÃO POR LA-ICP-MS

As análises isotópicas U-Pb in situ em zircão por LA-ICP-MS foram realizadas


apenas em uma amostra de quartzito (PTU-19-IV-14). Foram confeccionadas duas
pastilhas (mounts) com frações granulométricas entre 250-175-125 µm. Cada mount
contêm 100 cristais de zircão e foram realizadas duas sessões analíticas, uma em
dezembro de 2021 e outra em dezembro de 2022. Cabe ressaltar que apesar das
amostras PTU-19-IV-15 e PTU-22-III-17 terem sido processadas, não foram
confeccionados mounts devido ausência de zircões na amostra PTU-22-III-17, e não ter
sido encontrado em quantidade suficiente na PTU-19-IV-15.

As porções dos cristais a serem analisadas foram escolhidas com base nas
imagens de ERE e de CL, estabelecendo dois critérios: avaliação das estruturas internas
45

e grau de metamitização dos cristais, evitando-se, ao máximo, fraturas, inclusões


minerais, porosidade e feições metamíticas.

Figura 12 – Fotomicrografias a nicóis cruzados da lâmina PTU-22-III-17. (A) Cristais de quartzo e


feldspato inequigranulares, estirados e com orientação. (B) Textura suturada em detalhe. (C) Cristais
equigranulares com típica textura granoblástica interlobada. (D) Destaque para a presença de
microfraturas. (E) Muscovita (sericita) que ocorre de forma acessória. (F) Localmente observada a textura
suturada.
46

Os cristais de zircão do quartzito PTU-19-IV-14 são caracterizados por sua cor


castanho claro a escuro. São moderadamente translúcidos e brilhosos, com hábitos
variando entre prismático alongado com terminação bipiramidal a prismático encurtado
com terminação arredondada. As faces cristalinas, em geral, são pouco definidas a não
definidas (subédricas a anédricas), com arestas pouco angulosas e abrasionados. Em
alguns cristais foram notadas feições internas como zoneamento magmático oscilatório
e núcleos bem definidos. Ademais, foram observadas pequenas inclusões minerais,
microfraturas e metamitização nos cristais (fig. 13).

Figura 13 - Imagens em MEV de CL dos cristais de zircão representativos do quartzito PTU-19-IV-14,


destinado à realização das análises U-Pb por LA-ICP-MS. Os círculos (25µm) apontam a localização dos
furos realizados.

Foram realizadas ao todo 177 análises pontuais nos cristais de zircão (fig. 14A),
sendo que 121 foram descartadas pela alta discordância e 12 descartadas pelo alto erro
analítico. Um total de 44 análises (fig. 14B), com discordância < ±10%, foi utilizado
(tab. 1) para elaboração do histograma de frequência da Figura 15. Neste histograma,
nota-se que ocorrem duas expressivas populações de zircões, uma de idade
47

mesoarqueana e outra neoarqueana, além de um único zircão (Cristal I4, fig. 13) de
idade paleoproterozoica (Sideriano). Os cinco zircões mais jovens concordantes (< 2%
de discordância), quando tratados em conjunto, definem uma idade média ponderada
207
Pb/206Pb de 2718 ± 19 Ma (MSWD = 0,63) (fig. 16).

Figura 14 – Diagramas Concórdia das idades dos zircões detríticos da amostra de quartzito (PTU-19-IV-
14). (A) Diagrama com as 177 análises pontuais realizadas. (B) Diagrama com as 44 análises pontuais,
após filtros de discordância, Pb comum (f206) e alto erro analítico.

Figura 15 - Histograma de frequência para as idades dos zircões detríticos da amostra de quartzito.
48

207
Figura 16 - Idade média ponderada Pb/206Pb calculada com os 5 pontos concordantes mais novos
(youngest cluster; Coutts et al. 2019).
49

Tabela 1 - Dados isotópicos U-Pb em zircão por LA-ICP-MS do quartzito PTU-19-IV-14 e dos materiais de referência utilizados (BB e 91500).

(continua)

Razões Isotópicasc Idades (Ma)

Pb Th U 207
Pb/ 1σ 206
Pb/ 1σ Rhod 207
Pb/ 1σ 206
Pb/ 1σ 207
Pb/ 1σ 207
Pb/ 1σ Conc.f(%)
Spot ƒ206a Th/U b
235 238 206
(ppm) (ppm) (ppm) U (%) U (%) Pbe (%) 238
U (abs) 235
U (abs) 206
Pb (abs) 6/8-7/6

Quartzito PTU-19-IV-14 (dez/2021)

2A 0,0016 111,28 11,61 23,57 0,50 16,58 1,06 0,55 0,54 0,50 0,22 0,92 2833,1 15,2 2910,7 31,0 2964,8 27,3 95,6

3A 0,0048 95,62 16,28 46,08 0,36 15,76 1,25 0,54 0,88 0,71 0,21 0,89 2767,4 24,4 2862,2 35,8 2929,5 26,0 94,5

6B 0,0051 74,87 11,82 16,06 0,74 15,41 1,17 0,53 0,74 0,63 0,21 0,91 2751,9 20,4 2841,1 33,3 2905,0 26,4 94,7

5C 0,0016 135,84 16,54 37,88 0,44 15,12 1,66 0,52 1,24 0,75 0,21 1,10 2686,5 33,4 2822,8 46,8 2921,6 32,0 92,0

8C 0,0010 108,48 5,82 33,39 0,18 17,04 1,26 0,56 0,61 0,49 0,22 1,10 2880,3 17,6 2937,2 36,9 2976,5 32,7 96,8

10C 0,0047 81,62 12,75 30,63 0,42 15,94 1,41 0,53 0,99 0,70 0,22 1,00 2761,4 27,2 2873,0 40,4 2952,2 29,5 93,5

8D 0,0066 59,77 8,03 26,38 0,31 15,66 1,60 0,54 1,00 0,62 0,21 1,25 2802,4 28,0 2856,1 45,7 2894,2 36,2 96,8

5D 0,0077 41,23 20,46 7,64 2,70 14,11 1,32 0,53 0,70 0,53 0,19 1,13 2748,7 19,2 2757,2 36,5 2763,5 31,1 99,5

3D 0,0036 68,68 8,11 65,19 0,13 15,44 1,56 0,52 0,92 0,59 0,21 1,26 2718,5 25,0 2842,9 44,4 2932,4 37,0 92,7

1D 0,0020 127,29 7,96 91,66 0,09 16,58 1,23 0,56 0,61 0,50 0,21 1,06 2882,7 17,6 2910,6 35,7 2929,9 31,1 98,4

4E 0,0058 91,86 6,70 56,51 0,12 16,36 1,56 0,54 1,15 0,74 0,22 1,05 2803,5 32,3 2898,1 45,3 2964,5 31,3 94,6

6E 0,0067 83,20 11,56 64,64 0,18 14,05 1,34 0,50 0,82 0,61 0,20 1,06 2613,4 21,5 2753,3 37,0 2857,6 30,4 91,5

1F 0,0021 109,1 47,7 121,5 0,40 14,81 1,25 0,51 0,77 0,62 0,21 0,98 2649,6 20,5 2803,4 34,9 2915,9 28,5 90,9
50

(continuação)

10H 0,0036 67,0 31,8 80,9 0,40 15,13 1,24 0,52 0,80 0,65 0,21 0,94 2685,8 21,6 2823,3 34,9 2923,0 27,5 91,9

9H 0,0018 92,5 49,6 90,7 0,55 16,60 1,23 0,56 0,77 0,62 0,22 0,96 2847,0 21,8 2911,8 35,7 2956,9 28,4 96,3

8H 0,0033 63,4 36,7 71,0 0,52 15,90 1,13 0,54 0,61 0,54 0,21 0,95 2775,8 17,0 2870,6 32,5 2937,7 28,0 94,5

7H 0,0024 52,7 11,7 54,0 0,22 17,34 1,25 0,57 0,72 0,57 0,22 1,02 2912,9 20,8 2954,0 36,8 2982,0 30,5 97,7

4H 0,0016 111,3 28,7 136,0 0,21 15,00 1,39 0,51 0,88 0,63 0,21 1,08 2653,9 23,4 2815,1 39,2 2932,7 31,6 90,5

1I 0,0024 92,2 19,6 76,4 0,26 17,20 1,21 0,58 0,63 0,52 0,22 1,03 2935,4 18,6 2946,0 35,7 2953,2 30,5 99,4

3I 0,0025 102,2 26,5 100,8 0,26 15,91 1,35 0,55 0,97 0,72 0,21 0,93 2832,7 27,5 2871,3 38,6 2898,5 27,0 97,7

Zircão BB (material de referência)

BB01 0,0068 19,56 7,94 29,88 0,27 0,72 3,55 0,09 2,11 0,59 0,06 2,86 547,6 11,5 549,9 19,5 559,6 16,0 97,8

BB02 0,0045 23,00 6,70 36,75 0,18 0,73 3,32 0,09 1,96 0,59 0,06 2,68 557,3 10,9 557,1 18,5 556,1 14,9 100,2

BB03 0,0031 25,34 6,98 46,03 0,15 0,75 4,32 0,09 2,63 0,61 0,06 3,42 568,8 15,0 567,2 24,5 560,8 19,2 101,4

BB04 0,0124 25,83 8,61 148,98 0,06 0,75 4,16 0,09 2,36 0,57 0,06 3,43 568,5 13,4 567,8 23,6 565,0 19,4 100,6

BB05 0,0056 24,91 7,18 39,97 0,18 0,74 3,16 0,09 2,04 0,65 0,06 2,42 560,4 11,5 559,9 17,7 558,0 13,5 100,4

BB06 0,0033 27,2 36,2 189,7 0,19 0,73 3,79 0,09 2,28 0,60 0,06 3,02 552,3 12,6 554,2 21,0 562,0 17,0 98,3

BB07 0,0039 26,5 32,2 169,9 0,19 0,73 3,50 0,09 1,89 0,54 0,06 2,95 559,3 10,6 559,4 19,6 560,0 16,5 99,9

BB08 0,0040 34,9 32,8 203,4 0,16 0,73 3,62 0,09 1,99 0,55 0,06 3,02 559,0 11,1 558,8 20,2 557,8 16,9 100,2

BB09 0,0047 22,9 8,2 47,7 0,17 0,74 3,80 0,09 2,04 0,54 0,06 3,21 563,4 11,5 559,9 21,3 545,9 17,5 103,2

Zircão 91500 (material de referência)

91500-01 0,0113 3,39 0,59 2,36 0,25 2,02 2,62 0,20 0,99 0,38 0,07 2,42 1155,3 11,5 1123,7 29,4 1063,3 25,8 108,6

91500-02 0,0212 3,12 0,59 2,21 0,27 1,69 3,32 0,19 0,99 0,30 0,06 3,17 1140,1 11,3 1006,2 33,4 725,2 23,0 157,2
51

(conclusão)

91500-03 0,0096 3,19 0,61 2,78 0,22 1,86 3,31 0,18 1,42 0,43 0,08 2,99 1063,9 15,1 1066,0 35,3 1070,1 32,0 99,4

91500-04 0,0138 6,78 1,31 15,69 0,08 1,99 2,97 0,20 1,15 0,39 0,07 2,73 1152,0 13,3 1112,9 33,0 1037,2 28,3 111,1

91500-05 0,0066 8,69 1,83 6,37 0,29 2,00 2,28 0,19 1,01 0,44 0,08 2,05 1138,5 11,5 1116,6 25,5 1074,2 22,0 106,0

91500-06 0,0075 8,2 7,7 26,4 0,29 1,86 2,76 0,18 1,18 0,43 0,07 2,50 1066,8 12,6 1066,2 29,4 1064,8 26,6 100,2

91500-07 0,0351 11,8 8,6 30,2 0,29 1,88 2,90 0,18 1,00 0,35 0,08 2,72 1073,8 10,8 1073,6 31,1 1073,1 29,2 100,1

91500-08 0,0133 8,9 4,7 23,4 0,20 1,90 2,66 0,19 0,99 0,37 0,07 2,47 1096,9 10,9 1079,4 28,7 1044,3 25,7 105,0

91500-09 0,0065 11,2 3,2 10,3 0,31 1,92 2,75 0,19 1,03 0,37 0,07 2,55 1098,9 11,3 1086,4 29,9 1061,4 27,1 103,5

91500-10 0,0065 10,2 2,8 9,6 0,29 1,91 2,81 0,19 1,04 0,37 0,07 2,61 1096,2 11,5 1085,0 30,5 1062,5 27,8 103,2
b
Razão Th/U e concentração de Pb, Th e U (em ppm) calculadas com base no zircão de referência GJ-1.
c
Corrigidas para o branco analítico (background), para o fracionamento interno Pb/U e normalizadas ao zircão de referência GJ-1 (ID-TIMS valores/valores medidos); 07Pb/235U
calculada usando a equação (207Pb/206Pb)*(206Pb/238U)*(137.88).
d
Rho é a correlação de erro definido como quociente dos erros propagados das razões 206Pb/238U and the 207/235U.
e
Corrigida para o fracionamento de massa (mass-bias) por normalização ao zircão de referência GJ-1 e para o Pb comum usando o modelo de evolução de Pb de Stacey &
Kramers (1975).
f
Grau de concordância, 6/8-7/6= (idade 206Pb/238U * 100) / (idade 207Pb/206Pb), de acordo com Horstwood et al. (2016).
52

Tabela 2 - Dados isotópicos U-Pb em zircão por LA-ICP-MS do quartzito PTU-19-IV-14 e do material de referência utilizado (BB).

(continua)

Razões Isotópicasc Idades (Ma)

Pb Th U Th/Ub 207
Pb/ 1σ 206
Pb/ 1σ Rhod 207
Pb/ 1σ 206
Pb/ 1σ 207
Pb/ 1σ 207
Pb/ 1σ Conc.f(%)
Spot ƒ206a
235 238 206
(ppm) (ppm) (ppm) U (%) U (%) Pbe (%) 238
U (abs) 235
U (abs) 206
Pb (abs) 6/8-7/6

Quartzito PTU-19-IV-14 (dez/2022)

1A 0,0024 299,0 245,5 508,7 0,49 13,90 0,71 0,54 0,35 0,50 0,19 0,61 2766,9 9,7 2743,1 19,4 2725,7 16,7 101,5

4A 0,0030 234,6 303,7 403,0 0,76 13,34 0,73 0,52 0,39 0,53 0,19 0,62 2692,6 10,4 2703,8 19,7 2712,3 16,7 99,3

6A 0,0029 79,9 65,7 139,7 0,47 13,86 0,94 0,52 0,59 0,62 0,19 0,74 2719,2 15,9 2740,1 25,9 2755,6 20,4 98,7

9A 0,0021 97,5 86,0 153,8 0,56 12,57 1,13 0,47 0,90 0,80 0,19 0,68 2504,2 22,5 2648,3 29,8 2760,3 18,7 90,7

3B 0,0037 93,9 181,2 253,7 0,72 13,60 1,18 0,52 0,62 0,53 0,19 1,00 2698,8 16,8 2722,4 32,2 2740,0 27,5 98,5

10B 0,0029 72,8 98,9 107,2 0,93 15,52 1,13 0,55 0,55 0,49 0,20 0,98 2831,0 15,6 2847,9 32,1 2859,9 28,1 99,0

9C 0,0087 86,0 263,3 927,9 0,29 12,14 1,08 0,47 0,52 0,49 0,19 0,94 2477,4 12,9 2615,2 28,1 2723,7 25,6 91,0

9D 0,0033 90,5 51,6 203,9 0,25 13,33 1,10 0,51 0,52 0,48 0,19 0,97 2672,4 14,0 2703,5 29,7 2726,8 26,4 98,0

10D 0,0017 90,6 43,3 126,5 0,34 15,95 1,07 0,59 0,49 0,46 0,20 0,95 2996,7 14,7 2874,0 30,7 2789,0 26,5 107,4

4E 0,0016 114,4 77,4 172,9 0,45 13,86 1,16 0,54 0,74 0,63 0,19 0,90 2779,9 20,4 2740,4 31,9 2711,5 24,5 102,5

7E 0,0041 136,4 82,5 202,1 0,41 14,23 1,04 0,56 0,46 0,44 0,19 0,94 2846,0 13,1 2765,5 28,9 2707,2 25,4 105,1

6F 0,0039 116,2 126,7 206,0 0,62 13,24 0,94 0,52 0,66 0,71 0,19 0,66 2688,9 17,8 2696,9 25,3 2702,9 17,9 99,5

9F 0,0025 75,0 44,1 103,8 0,43 19,47 1,01 0,64 0,57 0,56 0,22 0,83 3183,0 18,0 3065,3 30,8 2989,0 24,8 106,5

3G 0,0023 98,0 70,4 152,1 0,47 17,02 1,13 0,59 0,44 0,39 0,21 1,05 2999,2 13,1 2935,9 33,3 2892,9 30,3 103,7

5G 0,0028 112,8 83,7 183,9 0,46 15,78 0,90 0,59 0,56 0,62 0,19 0,71 2984,5 16,8 2863,5 25,9 2779,5 19,6 107,4
53

(conclusão)

8GN 0,0016 86,2 23,4 133,8 0,18 15,91 0,94 0,59 0,57 0,60 0,20 0,75 2976,6 16,8 2871,7 26,9 2798,9 20,9 106,3

10G 0,0033 91,3 88,2 128,6 0,69 14,65 1,63 0,54 1,45 0,89 0,20 0,73 2798,6 40,7 2792,6 45,4 2788,2 20,3 100,4

1H 0,0021 89,0 68,1 192,2 0,36 13,72 1,33 0,52 0,64 0,48 0,19 1,17 2705,7 17,4 2730,8 36,3 2749,4 32,0 98,4

2I 0,0026 83,4 123,6 171,0 0,73 12,74 1,06 0,48 0,48 0,45 0,19 0,94 2543,2 12,2 2660,9 28,1 2751,6 26,0 92,4

3I 0,0031 76,8 62,4 144,2 0,44 16,02 1,14 0,54 0,46 0,41 0,21 1,04 2791,2 12,9 2878,2 32,7 2939,6 30,6 95,0

4I 0,0064 104,0 42,0 261,1 0,16 10,35 0,98 0,47 0,51 0,53 0,16 0,83 2495,3 12,8 2466,6 24,1 2443,0 20,3 102,1

3J 0,0025 110,3 206,4 170,7 1,22 14,02 1,15 0,53 0,64 0,55 0,19 0,96 2754,3 17,5 2751,2 31,7 2748,9 26,4 100,2

6J 0,0024 78,4 123,5 225,6 0,55 17,54 1,08 0,62 0,67 0,62 0,20 0,85 3113,4 20,9 2964,8 32,1 2865,6 24,3 108,6

10J 0,0021 53,0 51,7 78,1 0,67 16,48 0,77 0,53 0,48 0,63 0,23 0,60 2735,5 13,3 2905,2 22,3 3025,1 18,0 90,4

Zircão BB (material de referência)

BB01 0,0095 14,8 26,6 154,5 0,17 0,74 2,40 0,09 1,41 0,59 0,06 1,94 563,3 8,0 563,1 13,5 562,2 10,9 100,2

BB02 0,0325 23,7 56,2 225,8 0,25 0,72 2,61 0,09 1,32 0,51 0,06 2,25 551,4 7,3 549,3 14,3 540,6 12,2 102,0

BB03 0,0068 19,4 37,0 200,9 0,19 0,74 2,39 0,09 1,23 0,52 0,06 2,04 563,9 7,0 564,2 13,5 565,2 11,5 99,8

BB04 0,0063 19,0 36,0 195,0 0,19 0,74 2,84 0,09 1,28 0,45 0,06 2,53 564,0 7,2 562,9 16,0 558,6 14,2 101,0

BB05 0,0096 20,3 51,2 214,9 0,24 0,70 2,38 0,09 1,48 0,62 0,06 1,86 550,1 8,1 540,8 12,9 501,9 9,3 109,6

BB06 0,0113 18,1 42,1 189,4 0,22 0,73 2,45 0,09 1,73 0,71 0,06 1,74 551,1 9,5 554,3 13,6 567,1 9,8 97,2

BB07 0,0073 19,2 34,9 204,1 0,17 0,73 2,31 0,09 1,36 0,59 0,06 1,87 555,7 7,5 555,9 12,9 556,6 10,4 99,8

BB08 0,0078 20,1 42,2 212,2 0,20 0,73 2,22 0,09 1,30 0,59 0,06 1,80 558,2 7,2 558,2 12,4 558,3 10,0 100,0

Os cristais em negrito representam resultados concordantes (< 1% de disc.) e foram utilizados no cálculo da idade máxima de sedimentação.
54

a
Fração do 206Pb não radiogênico no ponto do zircão analisado, onde ƒ 206=[206Pb/204Pb]c/[206Pb/204Pb]a (c=comum; a=amostra).
b
Razão Th/U e concentração de Pb, Th e U (em ppm) calculadas com base no zircão de referência GJ-1.
c
Corrigidas para o branco analítico (background), para o fracionamento interno Pb/U e normalizadas ao zircão de referência GJ-1 (ID-TIMS valores/valores medidos); 07Pb/235U
calculada usando a equação (207Pb/206Pb)*(206Pb/238U)*(137.88).
d
Rho é a correlação de erro definido como quociente dos erros propagados das razões 206Pb/238U and the 207/235U.
e
Corrigida para o fracionamento de massa (mass-bias) por normalização ao zircão de referência GJ-1 e para o Pb comum usando o modelo de evolução de Pb de Stacey &
Kramers (1975).
f
Grau de concordância, 6/8-7/6= (idade 206Pb/238U * 100) / (idade 207Pb/206Pb), de acordo com Horstwood et al. (2016).
55

8 DISCUSSÕES

8.1 IDADE MÁXIMA DE SEDIMENTAÇÃO E IMPLICAÇÕES


ESTRATIGRÁFICAS

Os resultados das análises em zircões detríticos do quartzito PTU-19-IV-14


realizadas neste estudo, indicaram duas populações de idades bem definidas:
mesoarqueana (Entre 2804,5 ± 28,5 e 3025,1 ± 18 Ma) e neoarqueana (Entre 2702,9 ±
17,9 e 2798,9 ± 20,9 Ma). Além de uma única idade paleoproterozoica (2443 ± 20,3
Ma). O conjunto de cristais de zircão detrítico mais jovem, restringe a idade máxima de
sedimentação ou MDA, como preconizado por Coutts et al. (2019). Essas idades, no
quartzito aqui analisado, estão entre 2749,4 ± 32 e 2702,9 ± 17,9 Ma – ou seja,
condizentes dentro do erro analítico – para todas as cinco análises pontuais
neoarqueanas mais jovens (Tabela 2). A idade média ponderada calculada a partir
dessas análises é de 2718 ± 19 Ma (Fig. 16), que pode ser interpretada com robustez
como a MDA para o quartzito a oeste de Tucumã. A idade de 2,44 Ga determinada em
apenas um grão não pode ser utilizada de maneira isolada para se calcular uma idade
máxima de sedimentação (Coutts et al. 2019). Adicionalmente, observando-se a
imagem MEV (fig. 13) é possível verificar que trata-se de um cristal metamítico e cuja
idade provavelmente foi rejuvenescida por uma perda antiga de Pb, o que manteve seu
comportamento concordante (Andersen et al. 2019) no diagrama Concórdia (Fig. 14).

De acordo com dados disponíveis na literatura para a região de Tucumã, as rochas


metavulcanossedimentares que lá ocorrem são associadas ao Grupo Tucumã (2,9-3,0
Ga). Sendo assim, a partir dos resultados obtidos descritos acima, não é possível
vincular a rocha estudada com o Grupo Tucumã. Por outro lado, a idade obtida é
condizente com a idade da sequência metavulcanossedimentar da Serra Arqueada, que
se localiza imediatamente a norte de Tucumã. Tal unidade foi posicionada no
Neoarqueano por Justo et al. (2019), que obtiveram idades de 2760,1 ± 6,4 Ma e de
2742 ± 5,6 Ma para metadacitos da referida sequência. Sendo então, interpretada como
pertencente ao Supergrupo Itacaiúnas (Ver capítulo 2). Similar à idade encontrada neste
trabalho, portanto, embasando que trata-se também de rochas pertencentes à esse
Supergrupo.
56

No contexto geológico regional, dentro desse intervalo neoarqueano, há o limite


de idade mais jovem para sedimentação da Unidade Quartzítica da Formação Cuxiú,
que, de acordo com Zeh & Cabral (2021), é limitada por uma idade U-Pb em zircão de
ca. 2665 Ma para uma suíte de rochas graníticas intrusivas da região do Aquiri (Fraga et
al. 2020). As idades existentes fornecem evidências de que a sedimentação da Unidade
Quartzítica da região do Aquiri ocorreu entre 2705 e 2665 Ma, contemporaneamente
com as rochas vulcanossedimentares do Grupo Grão-Pará superior, ou seja, a Formação
Igarapé Bahia conforme definido por Araújo Filho et al. (2020). Além disso, Rossignol
et al. (2022) definiram uma MDA de 2668 ± 11 Ma para arenitos da Formação Azul
(Grupo Rio Fresco), através de U-Pb em zircão detrítico por LA-ICP-MS.
As idades máximas neoarqueanas determinadas para a sequência da Serra
Arqueada e para as formações Cuxiú, Igarapé Bahia e Azul estão perfeitamente em
concordância com a idade aqui definida para o quartzito de Tucumã e parecem formar
um amplo conjunto metassedimentar correlacionável e que podem ser agrupados no
Supergrupo Itacaiúnas.

8.2 PROVENIÊNCIA SEDIMENTAR COM BASE NAS IDADES U-Pb

As duas populações de idades U-Pb em zircão encontradas neste trabalho são


condizentes com as idades do embasamento arqueano da PC, constituído principalmente
pelos greenstones e granitoides mesoarqueanos, e rochas máficas e granitoides
neoarqueanos da região. Estas unidades (Sintetizadas no capítulo 2), atuaram como o
substrato dos quartzitos estudados, por isso, podem ser identificadas como rochas fonte
em potencial. Destacam-se na região de Tucumã as unidades mesoarqueanas (Grupo
Tucumã, Complexo Xingu, TTGs, Sanukitoide Rio Maria e granitoides-K) e
neoarqueanas (Suíte Intrusiva Cateté e granitoides neoarqueanos).

A idade paleoproterozoica identificada em apenas um cristal (4I, fig. 13, Tabela


02) não apresenta representatividade estatística. Além disso, não há rochas de idades
correspondentes na região, portanto, a idade não possui significado. Sendo
provavelmente uma idade virtual a partir de um zircão metamítico com perda de Pb
associada.
57

9 CONCLUSÕES

Os dados de campo, petrográficos e principalmente a geocronologia in situ pelo


método U-Pb por LA-Q-ICP-MS em zircões do quartzito da região de Tucumã,
permitiram a obtenção de um conjunto de dados significativos que levaram às seguintes
conclusões:

1. De acordo com as observações petrográficas, os protólitos das rochas estudadas


são de composição quartzo-arenítica, com pouca ou nenhuma contribuição de outros
minerais. A textura geral dos quartzitos é a granoblástica lobada e poligonal, que bem
como a forte anisotropia verificada, são importante indícios para estimar o
metamorfismo em fácies anfibolito.

2. A idade máxima de sedimentação obtida para o quartzito da região de Tucumã


foi de 2718 ± 19 Ma (n=5).

3. A partir da idade máxima de sedimentação foi possível estabelecer uma


correlação do quartzito de Tucumã com as rochas metavulcanossedimentares da Serra
Arqueada e do Grupo Grão-Pará (Formações Cuxiú, Igarapé Bahia e Azul) do
Supergrupo Itacaiúnas.

4. As idades U-Pb obtidas apontam para uma derivação dos zircões detríticos a
partir do embasamento meso-neoarqueano da Província Carajás (CA), na região de
Tucumã, representado pelas rochas do Grupo Tucumã, Complexo Xingu, TTGs,
Sanukitoide Rio Maria, granitoides-K mesoarqueanos, Suíte Intrusiva Cateté e
granitoides sintectônicos neoarqueanos.
58

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73

APÊNDICE A - Tabela 1 - Dados isotópicos U-Pb em zircão por LA-ICP-MS do quartzito PTU-19-IV-14 e dos materiais de referência utilizados (BB e 91500), da sessão analítica de
dezembro de 2021.

(continua)

Razões Isotópicasc Idades (Ma)

Pb Th U 207
Pb/ 1σ 206
Pb/ 1σ Rhod 207
Pb/ 1σ 206
Pb/ 1σ 207
Pb/ 1σ 207
Pb/ 1σ Conc.f(%)
Spot ƒ206a Th/Ub
235 238 206
(ppm) (ppm) (ppm) U (%) U (%) Pbe (%) 238
U (abs) 235
U (abs) 206
Pb (abs) 6/8-7/6

Quartzito PTU-19-IV-14 (dez/2021)

1A 0,0046 81,53 11,21 27,72 0,41 11,69 1,17 0,42 0,67 0,58 0,20 0,95 2250,7 15,2 2580,3 30,1 2850,4 27,1 79,0

2A 0,0016 111,28 11,61 23,57 0,50 16,58 1,06 0,55 0,54 0,50 0,22 0,92 2833,1 15,2 2910,7 31,0 2964,8 27,3 95,6

3A 0,0048 95,62 16,28 46,08 0,36 15,76 1,25 0,54 0,88 0,71 0,21 0,89 2767,4 24,4 2862,2 35,8 2929,5 26,0 94,5

4A 0,0050 63,73 12,34 21,97 0,57 13,71 1,28 0,48 0,88 0,69 0,21 0,93 2525,1 22,2 2729,6 35,0 2884,6 26,9 87,5

5A 0,0032 70,17 12,27 22,79 0,54 11,79 1,27 0,41 0,82 0,65 0,21 0,97 2204,2 18,1 2588,0 32,9 2904,0 28,2 75,9

6A 0,0084 81,38 7,12 21,94 0,33 11,13 1,34 0,40 0,98 0,74 0,20 0,90 2152,5 21,2 2534,4 33,8 2856,2 25,8 75,4

8A 0,0036 83,92 9,15 24,37 0,38 12,13 1,26 0,42 0,84 0,67 0,21 0,94 2252,0 18,9 2614,1 32,9 2908,0 27,2 77,4

9A 0,0059 91,11 17,28 48,53 0,36 7,61 1,52 0,31 1,02 0,67 0,18 1,12 1747,3 17,9 2186,3 33,2 2627,9 29,5 66,5

10A 0,0061 96,55 16,08 43,77 0,37 11,09 1,25 0,40 0,81 0,65 0,20 0,94 2172,1 17,7 2530,6 31,5 2832,1 26,7 76,7

10B 0,0057 80,75 42,55 27,77 1,54 8,09 1,40 0,29 1,00 0,72 0,20 0,98 1649,4 16,5 2241,3 31,3 2836,6 27,7 58,1

8B 0,0172 43,36 10,81 9,87 1,10 7,20 1,72 0,29 1,21 0,70 0,18 1,22 1630,0 19,7 2136,6 36,7 2666,9 32,5 61,1

7B 0,0094 50,53 11,27 17,30 0,66 8,55 1,31 0,33 0,91 0,69 0,19 0,95 1827,6 16,5 2290,7 30,0 2734,2 25,9 66,8

6B 0,0051 74,87 11,82 16,06 0,74 15,41 1,17 0,53 0,74 0,63 0,21 0,91 2751,9 20,4 2841,1 33,3 2905,0 26,4 94,7

5B 0,0084 78,07 24,62 31,09 0,80 6,81 1,51 0,28 1,00 0,66 0,18 1,13 1588,9 15,9 2087,1 31,4 2622,4 29,6 60,6
74

(continuação)

4B 0,0037 44,08 3,65 13,72 0,27 11,88 1,17 0,40 0,74 0,64 0,22 0,90 2158,1 16,1 2595,1 30,3 2956,5 26,6 73,0

3B 0,0067 114,67 59,27 75,78 0,79 2,47 4,27 0,13 3,25 0,76 0,14 2,77 766,3 24,9 1262,5 53,9 2248,9 62,2 34,1

2B 0,0072 88,61 14,20 45,56 0,31 6,04 1,49 0,25 0,96 0,64 0,18 1,14 1438,0 13,7 1981,4 29,5 2608,4 29,7 55,1

1B 0,0018 112,30 11,74 32,92 0,36 12,11 1,14 0,43 0,63 0,55 0,20 0,95 2318,3 14,6 2613,0 29,8 2850,0 27,1 81,3

1C 0,0084 86,35 32,03 43,91 0,73 5,21 1,77 0,23 1,19 0,67 0,17 1,31 1312,7 15,7 1854,0 32,9 2530,5 33,2 51,9

2C 0,0076 131,41 221,46 111,04 2,01 3,29 2,10 0,16 1,70 0,81 0,15 1,24 942,6 16,0 1477,6 31,0 2361,1 29,2 39,9

5C 0,0016 135,84 16,54 37,88 0,44 15,12 1,66 0,52 1,24 0,75 0,21 1,10 2686,5 33,4 2822,8 46,8 2921,6 32,0 92,0

6C 0,0085 77,38 10,94 26,33 0,42 11,04 1,54 0,40 1,06 0,69 0,20 1,11 2156,4 23,0 2526,3 38,8 2838,4 31,5 76,0

7C 0,0048 98,42 22,74 51,23 0,45 6,98 1,60 0,27 1,03 0,64 0,18 1,23 1564,4 16,1 2108,9 33,8 2692,2 33,1 58,1

8C 0,0010 108,48 5,82 33,39 0,18 17,04 1,26 0,56 0,61 0,49 0,22 1,10 2880,3 17,6 2937,2 36,9 2976,5 32,7 96,8

9C 0,0087 79,59 14,95 26,67 0,56 11,12 1,46 0,41 0,86 0,59 0,20 1,18 2222,5 19,2 2533,1 37,0 2792,1 32,9 79,6

10C 0,0047 81,62 12,75 30,63 0,42 15,94 1,41 0,53 0,99 0,70 0,22 1,00 2761,4 27,2 2873,0 40,4 2952,2 29,5 93,5

10D 0,0066 78,32 12,46 23,87 0,53 13,25 1,38 0,46 0,90 0,66 0,21 1,04 2439,2 22,0 2697,6 37,2 2897,4 30,2 84,2

8D 0,0066 59,77 8,03 26,38 0,31 15,66 1,60 0,54 1,00 0,62 0,21 1,25 2802,4 28,0 2856,1 45,7 2894,2 36,2 96,8

5D 0,0077 41,23 20,46 7,64 2,70 14,11 1,32 0,53 0,70 0,53 0,19 1,13 2748,7 19,2 2757,2 36,5 2763,5 31,1 99,5

9D 0,0057 61,51 5,33 17,45 0,31 13,71 1,27 0,49 0,68 0,54 0,20 1,07 2554,3 17,4 2730,1 34,7 2862,9 30,7 89,2

4D 0,0057 119,79 43,82 213,77 0,21 9,57 1,44 0,36 0,91 0,63 0,19 1,12 1985,4 18,0 2394,0 34,5 2762,6 30,9 71,9

3D 0,0036 68,68 8,11 65,19 0,13 15,44 1,56 0,52 0,92 0,59 0,21 1,26 2718,5 25,0 2842,9 44,4 2932,4 37,0 92,7

2D 0,0029 119,47 19,56 118,36 0,17 12,34 1,51 0,44 1,04 0,69 0,20 1,09 2370,3 24,7 2630,6 39,7 2837,4 31,0 83,5

1D 0,0020 127,29 7,96 91,66 0,09 16,58 1,23 0,56 0,61 0,50 0,21 1,06 2882,7 17,6 2910,6 35,7 2929,9 31,1 98,4
75

(continuação)

1E 0,0042 108,65 15,07 113,16 0,13 11,24 1,41 0,41 0,83 0,59 0,20 1,14 2208,2 18,3 2543,3 35,8 2822,7 32,1 78,2

2E 0,0112 77,31 7,87 140,08 0,06 5,95 1,74 0,25 1,09 0,62 0,17 1,36 1459,8 15,9 1968,9 34,3 2556,3 34,9 57,1

3E 0,0027 130,37 21,17 161,62 0,13 7,50 1,79 0,28 1,31 0,73 0,19 1,23 1610,5 21,0 2172,9 38,9 2756,3 33,8 58,4

4E 0,0058 91,86 6,70 56,51 0,12 16,36 1,56 0,54 1,15 0,74 0,22 1,05 2803,5 32,3 2898,1 45,3 2964,5 31,3 94,6

6E 0,0067 83,20 11,56 64,64 0,18 14,05 1,34 0,50 0,82 0,61 0,20 1,06 2613,4 21,5 2753,3 37,0 2857,6 30,4 91,5

7E 0,0046 74,75 19,60 108,42 0,18 6,85 1,50 0,27 0,97 0,64 0,19 1,15 1522,5 14,7 2092,1 31,4 2711,3 31,1 56,2

8E 0,0043 73,57 66,27 67,86 0,98 7,29 2,80 0,24 2,66 0,95 0,22 0,90 1396,0 37,1 2147,0 60,2 2969,9 26,7 47,0

9E 0,0070 90,10 25,86 42,55 0,61 8,46 1,39 0,32 1,00 0,72 0,19 0,97 1790,6 17,9 2282,0 31,8 2756,8 26,6 65,0

10E 0,0025 127,82 17,67 44,40 0,40 10,79 1,17 0,39 0,80 0,69 0,20 0,85 2112,5 17,0 2505,1 29,3 2840,7 24,1 74,4

10F 0,0044 113,51 12,81 35,35 0,37 12,41 1,06 0,45 0,60 0,57 0,20 0,87 2378,1 14,3 2635,9 27,9 2840,2 24,8 83,7

9F 0,0038 98,34 20,83 37,57 0,56 11,88 1,37 0,44 0,98 0,71 0,20 0,96 2330,6 22,7 2594,9 35,5 2808,3 26,9 83,0

8F 0,0076 118,09 21,24 47,40 0,45 8,17 1,71 0,30 1,40 0,82 0,20 0,98 1673,2 23,4 2249,5 38,4 2824,9 27,7 59,2

7F 0,0074 79,01 23,20 30,53 0,77 9,04 1,28 0,35 0,94 0,73 0,19 0,87 1928,3 18,1 2341,9 30,0 2724,9 23,8 70,8

6F 0,0034 146,36 41,35 45,66 0,91 12,37 1,24 0,44 0,86 0,69 0,20 0,89 2352,7 20,3 2632,6 32,7 2855,4 25,5 82,4

5F 0,0072 97,21 51,37 87,86 0,59 6,47 1,60 0,27 1,17 0,73 0,17 1,09 1539,7 17,9 2041,8 32,7 2595,9 28,4 59,3

4F 0,0075 98,52 20,65 47,79 0,44 5,00 1,78 0,21 1,47 0,83 0,17 1,00 1245,0 18,3 1818,7 32,3 2558,7 25,5 48,7

3F 0,0084 113,9 548,3 482,9 1,14 5,48 2,29 0,22 2,02 0,88 0,18 1,07 1261,0 25,5 1897,6 43,4 2689,1 28,9 46,9
76

(continuação)

1F 0,0021 109,1 47,7 121,5 0,40 14,81 1,25 0,51 0,77 0,62 0,21 0,98 2649,6 20,5 2803,4 34,9 2915,9 28,5 90,9

1G 0,0046 131,0 247,9 311,7 0,80 5,40 1,94 0,23 1,46 0,75 0,17 1,28 1355,1 19,8 1884,6 36,6 2531,5 32,3 53,5

2G 0,0054 118,5 70,7 201,0 0,35 12,31 1,35 0,42 0,94 0,70 0,21 0,96 2278,3 21,5 2628,4 35,4 2910,3 28,0 78,3

4G 0,0093 82,7 221,1 198,3 1,12 7,11 1,77 0,29 1,24 0,70 0,18 1,27 1654,8 20,5 2125,9 37,7 2618,6 33,3 63,2

5G 0,0031 102,1 66,5 161,3 0,41 11,30 1,23 0,40 0,74 0,60 0,20 0,99 2170,3 16,1 2547,8 31,4 2863,8 28,2 75,8

7G 0,0100 55,1 127,1 100,8 1,27 8,68 1,39 0,32 0,95 0,68 0,20 1,02 1785,1 17,0 2305,2 32,1 2804,5 28,5 63,7

8G 0,0040 107,2 192,1 274,4 0,71 4,37 2,05 0,19 1,42 0,69 0,17 1,48 1102,0 15,6 1707,6 35,1 2559,5 38,0 43,1

9G 0,0079 93,4 80,6 203,6 0,40 2,54 3,60 0,10 3,35 0,93 0,18 1,34 621,1 20,8 1282,2 46,2 2669,5 35,7 23,3

10G 0,0067 106,9 75,4 244,0 0,31 3,60 1,90 0,18 1,28 0,68 0,14 1,40 1090,0 14,0 1550,1 29,4 2249,6 31,5 48,5

10H 0,0036 67,0 31,8 80,9 0,40 15,13 1,24 0,52 0,80 0,65 0,21 0,94 2685,8 21,6 2823,3 34,9 2923,0 27,5 91,9

9H 0,0018 92,5 49,6 90,7 0,55 16,60 1,23 0,56 0,77 0,62 0,22 0,96 2847,0 21,8 2911,8 35,7 2956,9 28,4 96,3

8H 0,0033 63,4 36,7 71,0 0,52 15,90 1,13 0,54 0,61 0,54 0,21 0,95 2775,8 17,0 2870,6 32,5 2937,7 28,0 94,5

7H 0,0024 52,7 11,7 54,0 0,22 17,34 1,25 0,57 0,72 0,57 0,22 1,02 2912,9 20,8 2954,0 36,8 2982,0 30,5 97,7

6H 0,0091 53,2 84,0 80,0 1,06 7,13 1,63 0,28 1,26 0,77 0,19 1,03 1566,4 19,8 2127,7 34,7 2724,6 28,2 57,5

5H 0,0097 85,0 60,3 253,8 0,24 2,19 6,63 0,08 6,51 0,98 0,19 1,28 512,0 33,3 1179,1 78,2 2763,7 35,3 18,5

4H 0,0016 111,3 28,7 136,0 0,21 15,00 1,39 0,51 0,88 0,63 0,21 1,08 2653,9 23,4 2815,1 39,2 2932,7 31,6 90,5

3H 0,0079 57,0 93,1 93,6 1,00 5,12 3,24 0,21 3,02 0,93 0,18 1,17 1224,0 37,0 1840,1 59,6 2631,8 30,7 46,5

2H 0,0093 32,9 61,7 65,7 0,95 10,80 1,34 0,41 0,90 0,67 0,19 0,99 2206,9 19,8 2506,2 33,5 2758,5 27,3 80,0
77

(continuação)

1H 0,0180 55,5 57,0 76,9 0,75 8,31 1,46 0,32 0,95 0,65 0,19 1,11 1799,7 17,0 2265,7 33,0 2717,7 30,1 66,2

1I 0,0024 92,2 19,6 76,4 0,26 17,20 1,21 0,58 0,63 0,52 0,22 1,03 2935,4 18,6 2946,0 35,7 2953,2 30,5 99,4

2I 0,0076 117,6 101,8 186,1 0,55 7,09 1,76 0,26 1,33 0,75 0,20 1,16 1476,0 19,6 2122,3 37,4 2824,1 32,8 52,3

3I 0,0025 102,2 26,5 100,8 0,26 15,91 1,35 0,55 0,97 0,72 0,21 0,93 2832,7 27,5 2871,3 38,6 2898,5 27,0 97,7

4I 0,0085 79,3 55,3 143,0 0,39 5,44 1,66 0,23 1,16 0,70 0,17 1,19 1338,2 15,5 1891,1 31,4 2567,5 30,6 52,1

5I 0,0052 49,8 16,9 62,8 0,27 8,95 1,34 0,33 0,88 0,65 0,20 1,01 1821,7 15,9 2332,9 31,2 2816,1 28,5 64,7

6I 0,0067 73,1 19,4 128,7 0,15 6,13 1,64 0,26 1,06 0,65 0,17 1,25 1471,2 15,6 1994,4 32,7 2590,8 32,3 56,8

7I 0,0052 69,2 38,4 112,2 0,35 8,30 1,90 0,32 1,49 0,79 0,19 1,17 1796,7 26,8 2264,6 43,0 2718,9 31,9 66,1

8I 0,0022 74,4 22,2 97,8 0,23 12,77 1,39 0,44 0,93 0,67 0,21 1,02 2341,3 21,9 2662,6 36,9 2916,7 29,9 80,3

9I 0,0030 54,8 19,0 50,2 0,38 14,32 1,19 0,49 0,72 0,60 0,21 0,95 2553,3 18,3 2771,2 33,0 2934,0 27,9 87,0

10I 0,0067 61,6 126,7 328,3 0,39 1,62 2,79 0,12 1,73 0,62 0,10 2,18 734,3 12,7 977,4 27,2 1572,7 34,4 46,7

10J 0,0081 104,3 12,8 36,9 0,35 13,07 1,28 0,47 0,71 0,56 0,20 1,06 2495,2 17,7 2685,0 34,3 2831,3 30,1 88,1

9J 0,0060 81,0 23,9 40,7 0,59 7,71 1,55 0,29 1,03 0,67 0,19 1,15 1665,9 17,2 2197,8 34,0 2739,1 31,6 60,8

7J 0,0049 54,2 14,1 16,3 0,87 12,43 1,33 0,44 0,88 0,66 0,21 1,00 2347,0 20,6 2637,1 35,1 2868,0 28,8 81,8

6J 0,0043 93,7 14,3 37,4 0,38 11,44 1,27 0,42 0,66 0,52 0,20 1,08 2263,6 14,8 2559,4 32,4 2802,8 30,4 80,8

5J 0,0068 73,5 38,0 41,6 0,92 7,48 1,52 0,27 1,07 0,70 0,20 1,09 1522,1 16,3 2170,1 33,1 2855,1 31,1 53,3

4J 0,0070 114,8 56,9 75,5 0,76 9,21 1,66 0,36 0,93 0,56 0,19 1,37 1959,3 18,3 2359,3 39,1 2725,7 37,3 71,9

3J 0,0026 84,7 18,0 29,6 0,61 14,72 1,18 0,50 0,62 0,53 0,21 1,00 2600,6 16,2 2797,2 33,1 2942,2 29,6 88,4

2J 0,0051 112,0 19,9 70,8 0,28 8,42 1,82 0,34 1,01 0,55 0,18 1,52 1877,1 18,9 2277,1 41,5 2658,5 40,5 70,6

1J 0,0062 97,0 31,0 49,5 0,63 7,79 1,76 0,31 1,23 0,70 0,19 1,26 1716,3 21,2 2206,9 38,9 2699,9 34,0 63,6
78

(continuação)

Zircão BB (material de referência)

BB01 0,0068 19,56 7,94 29,88 0,27 0,72 3,55 0,09 2,11 0,59 0,06 2,86 547,6 11,5 549,9 19,5 559,6 16,0 97,8

BB02 0,0045 23,00 6,70 36,75 0,18 0,73 3,32 0,09 1,96 0,59 0,06 2,68 557,3 10,9 557,1 18,5 556,1 14,9 100,2

BB03 0,0031 25,34 6,98 46,03 0,15 0,75 4,32 0,09 2,63 0,61 0,06 3,42 568,8 15,0 567,2 24,5 560,8 19,2 101,4

BB04 0,0124 25,83 8,61 148,98 0,06 0,75 4,16 0,09 2,36 0,57 0,06 3,43 568,5 13,4 567,8 23,6 565,0 19,4 100,6

BB05 0,0056 24,91 7,18 39,97 0,18 0,74 3,16 0,09 2,04 0,65 0,06 2,42 560,4 11,5 559,9 17,7 558,0 13,5 100,4

BB06 0,0033 27,2 36,2 189,7 0,19 0,73 3,79 0,09 2,28 0,60 0,06 3,02 552,3 12,6 554,2 21,0 562,0 17,0 98,3

BB07 0,0039 26,5 32,2 169,9 0,19 0,73 3,50 0,09 1,89 0,54 0,06 2,95 559,3 10,6 559,4 19,6 560,0 16,5 99,9

BB08 0,0040 34,9 32,8 203,4 0,16 0,73 3,62 0,09 1,99 0,55 0,06 3,02 559,0 11,1 558,8 20,2 557,8 16,9 100,2

BB09 0,0047 22,9 8,2 47,7 0,17 0,74 3,80 0,09 2,04 0,54 0,06 3,21 563,4 11,5 559,9 21,3 545,9 17,5 103,2
79

(conclusão)

Zircão 91500 (material de referência)

91500-01 0,0113 3,39 0,59 2,36 0,25 2,02 2,62 0,20 0,99 0,38 0,07 2,42 1155,3 11,5 1123,7 29,4 1063,3 25,8 108,6

91500-02 0,0212 3,12 0,59 2,21 0,27 1,69 3,32 0,19 0,99 0,30 0,06 3,17 1140,1 11,3 1006,2 33,4 725,2 23,0 157,2

91500-03 0,0096 3,19 0,61 2,78 0,22 1,86 3,31 0,18 1,42 0,43 0,08 2,99 1063,9 15,1 1066,0 35,3 1070,1 32,0 99,4

91500-04 0,0138 6,78 1,31 15,69 0,08 1,99 2,97 0,20 1,15 0,39 0,07 2,73 1152,0 13,3 1112,9 33,0 1037,2 28,3 111,1

91500-05 0,0066 8,69 1,83 6,37 0,29 2,00 2,28 0,19 1,01 0,44 0,08 2,05 1138,5 11,5 1116,6 25,5 1074,2 22,0 106,0

91500-06 0,0075 8,2 7,7 26,4 0,29 1,86 2,76 0,18 1,18 0,43 0,07 2,50 1066,8 12,6 1066,2 29,4 1064,8 26,6 100,2

91500-07 0,0351 11,8 8,6 30,2 0,29 1,88 2,90 0,18 1,00 0,35 0,08 2,72 1073,8 10,8 1073,6 31,1 1073,1 29,2 100,1

91500-08 0,0133 8,9 4,7 23,4 0,20 1,90 2,66 0,19 0,99 0,37 0,07 2,47 1096,9 10,9 1079,4 28,7 1044,3 25,7 105,0

91500-09 0,0065 11,2 3,2 10,3 0,31 1,92 2,75 0,19 1,03 0,37 0,07 2,55 1098,9 11,3 1086,4 29,9 1061,4 27,1 103,5

91500-10 0,0065 10,2 2,8 9,6 0,29 1,91 2,81 0,19 1,04 0,37 0,07 2,61 1096,2 11,5 1085,0 30,5 1062,5 27,8 103,2

Os cristais em itálico representam resultados que foram filtrados.


a
Fração do 206Pb não radiogênico no ponto do zircão analisado, onde ƒ 206=[206Pb/204Pb]c/[206Pb/204Pb]a (c=comum; a=amostra).
b
Razão Th/U e concentração de Pb, Th e U (em ppm) calculadas com base no zircão de referência GJ-1.
c
Corrigidas para o branco analítico (background), para o fracionamento interno Pb/U e normalizadas ao zircão de referência GJ-1 (ID-TIMS valores/valores medidos); 07Pb/235U
calculada usando a equação (207Pb/206Pb) * (206Pb/238U)*(137.88).
d
Rho é a correlação de erro definido como quociente dos erros propagados das razões 206Pb/238U and the 207/235U.
e
Corrigida para o fracionamento de massa (mass-bias) por normalização ao zircão de referência GJ-1 e para o Pb comum usando o modelo de evolução de Pb de Stacey e
Kramers (1975).
f
Grau de concordância, 6/8-7/6= (idade 206Pb/238U * 100) / (idade 207Pb/206Pb), de acordo com Horstwood et al. (2016).
80

Tabela 2 - Dados isotópicos U-Pb em zircão por LA-ICP-MS do quartzito PTU-19-IV-14 e do material de referência utilizado (BB), da sessão analítica de dezembro de 2022.

(continua)

Razões Isotópicasc Idades (Ma)

Pb Th U Th/Ub 207
Pb/ 1σ 206
Pb/ 1σ Rhod 207
Pb/ 1σ 206
Pb/ 1σ 207
Pb/ 1σ 207
Pb/ 1σ Conc.f(%)
Spot ƒ206a
235 238 206
(ppm) (ppm) (ppm) U (%) U (%) Pbe (%) 238
U (abs) 235
U (abs) 206
Pb (abs) 6/8-7/6

Quartzito PTU-19-IV-14 (dez/2022)

1A 0,0024 299,0 245,5 508,7 0,49 13,90 0,71 0,54 0,35 0,50 0,19 0,61 2766,9 9,7 2743,1 19,4 2725,7 16,7 101,5

2A 0,0017 350,1 441,2 678,2 0,66 10,21 0,80 0,43 0,43 0,54 0,17 0,68 2288,8 9,9 2454,2 19,7 2594,3 17,6 88,2

3A 0,0034 239,2 456,2 597,1 0,77 8,65 1,72 0,35 1,53 0,89 0,18 0,78 1956,7 30,0 2301,4 39,6 2623,1 20,4 74,6

4A 0,0030 234,6 303,7 403,0 0,76 13,34 0,73 0,52 0,39 0,53 0,19 0,62 2692,6 10,4 2703,8 19,7 2712,3 16,7 99,3

5A 0,0080 80,9 233,9 357,3 0,66 8,04 1,16 0,35 0,69 0,60 0,17 0,92 1934,1 13,4 2235,0 25,8 2523,3 23,3 76,6

6A 0,0029 79,9 65,7 139,7 0,47 13,86 0,94 0,52 0,59 0,62 0,19 0,74 2719,2 15,9 2740,1 25,9 2755,6 20,4 98,7

7A 0,0011 96,8 37,4 113,4 0,33 19,51 0,73 0,72 0,33 0,45 0,20 0,65 3482,1 11,5 3067,5 22,4 2806,2 18,3 124,1

8A 0,0076 68,8 206,6 289,4 0,72 4,71 1,40 0,21 1,00 0,71 0,16 0,98 1233,6 12,3 1768,2 24,8 2474,8 24,3 49,8

9A 0,0021 97,5 86,0 153,8 0,56 12,57 1,13 0,47 0,90 0,80 0,19 0,68 2504,2 22,5 2648,3 29,8 2760,3 18,7 90,7

10A 0,0094 58,8 72,2 110,0 0,66 9,24 1,23 0,32 0,96 0,78 0,21 0,77 1796,6 17,3 2361,9 29,0 2893,7 22,2 62,1

1B 0,0051 94,0 207,4 343,7 0,61 4,56 1,69 0,24 0,87 0,52 0,14 1,45 1361,7 11,9 1741,6 29,5 2234,1 32,4 60,9

2B 0,0139 118,6 175,3 384,4 0,46 5,90 1,28 0,29 0,78 0,61 0,15 1,02 1616,9 12,6 1961,8 25,1 2348,2 23,8 68,9

3B 0,0037 93,9 181,2 253,7 0,72 13,60 1,18 0,52 0,62 0,53 0,19 1,00 2698,8 16,8 2722,4 32,2 2740,0 27,5 98,5

4B 0,0070 85,0 271,0 312,2 0,87 5,00 1,71 0,23 1,10 0,64 0,16 1,31 1341,2 14,8 1818,8 31,2 2420,3 31,7 55,4

6B 0,0086 75,3 185,9 244,8 0,77 3,72 1,50 0,19 0,88 0,59 0,14 1,22 1145,1 10,1 1574,7 23,7 2210,1 26,9 51,8
81

(continuação)

7B 0,0044 73,5 205,5 230,7 0,90 6,21 1,54 0,27 0,97 0,63 0,17 1,20 1537,3 14,9 2006,2 31,0 2530,8 30,5 60,7

8B 0,0120 89,2 154,7 302,8 0,51 4,90 1,28 0,23 0,68 0,53 0,15 1,09 1333,1 9,1 1802,3 23,1 2398,6 26,1 55,6

9B(núcleo) 0,0055 75,9 199,9 198,8 1,01 11,17 1,66 0,42 0,80 0,48 0,19 1,45 2240,6 17,9 2537,0 42,0 2783,4 40,4 80,5

9B(borda) 0,0097 61,8 214,8 208,5 1,04 6,97 1,33 0,27 0,89 0,67 0,19 0,98 1541,3 13,8 2107,7 28,0 2717,6 26,7 56,7

10B 0,0029 72,8 98,9 107,2 0,93 15,52 1,13 0,55 0,55 0,49 0,20 0,98 2831,0 15,6 2847,9 32,1 2859,9 28,1 99,0

1C 0,0034 110,7 97,2 190,8 0,51 11,04 1,13 0,44 0,83 0,73 0,18 0,78 2336,6 19,3 2526,4 28,7 2682,5 20,9 87,1

2C 0,0073 63,9 336,3 259,4 1,31 5,00 1,26 0,22 0,77 0,61 0,16 0,99 1303,2 10,0 1819,9 22,9 2476,3 24,6 52,6

4C 0,0109 67,9 374,8 299,1 1,26 4,41 1,58 0,20 1,08 0,68 0,16 1,15 1157,9 12,5 1715,1 27,1 2484,2 28,6 46,6

5C 0,0055 96,7 282,5 284,6 1,00 7,81 1,36 0,34 0,83 0,61 0,17 1,08 1880,5 15,5 2209,1 30,1 2529,7 27,4 74,3

6C 0,0018 115,9 174,7 226,3 0,78 9,53 1,02 0,41 0,59 0,57 0,17 0,84 2200,8 12,9 2390,1 24,5 2555,6 21,5 86,1

7C 0,0052 81,5 185,2 232,9 0,80 8,19 1,55 0,36 1,19 0,77 0,16 1,00 1996,6 23,8 2252,5 35,0 2493,8 24,8 80,1

8C 0,0058 81,8 244,8 297,0 0,83 5,39 1,64 0,25 1,16 0,71 0,16 1,16 1438,8 16,7 1883,0 31,0 2415,7 28,1 59,6

9C 0,0087 86,0 263,3 927,9 0,29 12,14 1,08 0,47 0,52 0,49 0,19 0,94 2477,4 12,9 2615,2 28,1 2723,7 25,6 91,0

10C 0,0034 93,3 85,3 178,5 0,48 15,39 1,42 0,60 1,17 0,82 0,18 0,81 3046,3 35,6 2839,4 40,4 2695,7 21,8 113,0

1D 0,0048 75,2 126,6 188,6 0,68 9,76 1,52 0,40 1,04 0,69 0,18 1,11 2181,2 22,8 2412,3 36,7 2613,4 29,0 83,5

2D 0,0040 82,6 89,3 158,3 0,57 10,48 1,20 0,42 0,53 0,44 0,18 1,07 2277,6 12,2 2478,6 29,7 2647,7 28,4 86,0

3D 0,0060 77,5 191,8 270,0 0,72 4,61 1,83 0,22 1,29 0,71 0,15 1,29 1273,9 16,5 1751,9 32,0 2381,7 30,8 53,5

4D 0,0040 95,6 156,3 193,3 0,81 7,29 1,48 0,32 1,16 0,78 0,16 0,92 1811,0 21,0 2147,9 31,8 2487,7 22,9 72,8

5D 0,0044 81,9 165,2 243,5 0,68 6,24 1,33 0,28 0,64 0,48 0,16 1,16 1597,7 10,3 2009,5 26,7 2464,1 28,7 64,8

6D 0,0034 120,3 126,7 183,4 0,70 15,08 1,21 0,61 0,59 0,48 0,18 1,06 3057,6 17,9 2820,2 34,2 2654,5 28,2 115,2
82

(continuação)

8D 0,0009 128,7 109,0 130,4 0,84 18,33 0,97 0,69 0,44 0,45 0,19 0,86 3393,1 14,8 3007,1 29,1 2758,4 23,9 123,0

9D 0,0033 90,5 51,6 203,9 0,25 13,33 1,10 0,51 0,52 0,48 0,19 0,97 2672,4 14,0 2703,5 29,7 2726,8 26,4 98,0

10D 0,0017 90,6 43,3 126,5 0,34 15,95 1,07 0,59 0,49 0,46 0,20 0,95 2996,7 14,7 2874,0 30,7 2789,0 26,5 107,4

1E 0,0025 105,4 115,1 204,0 0,57 9,56 1,64 0,40 1,33 0,81 0,17 0,96 2156,9 28,7 2393,3 39,3 2601,1 25,1 82,9

2E 0,0060 65,0 117,0 117,9 1,00 9,10 1,16 0,33 0,59 0,51 0,20 1,00 1843,1 11,0 2348,1 27,3 2821,4 28,2 65,3

3E 0,0031 107,1 100,8 168,3 0,60 10,91 1,44 0,43 1,09 0,76 0,18 0,94 2309,8 25,1 2515,5 36,1 2685,9 25,2 86,0

4E 0,0016 114,4 77,4 172,9 0,45 13,86 1,16 0,54 0,74 0,63 0,19 0,90 2779,9 20,4 2740,4 31,9 2711,5 24,5 102,5

6E 0,0037 134,1 244,8 468,4 0,53 4,29 2,22 0,28 1,21 0,55 0,11 1,86 1574,5 19,1 1691,1 37,5 1838,9 34,1 85,6

7E 0,0041 136,4 82,5 202,1 0,41 14,23 1,04 0,56 0,46 0,44 0,19 0,94 2846,0 13,1 2765,5 28,9 2707,2 25,4 105,1

8E 0,0041 91,9 134,0 209,1 0,65 9,40 1,05 0,39 0,66 0,62 0,17 0,83 2137,2 14,0 2378,1 25,1 2591,5 21,4 82,5

9E 0,0033 92,4 100,7 202,3 0,50 10,09 1,41 0,40 1,21 0,86 0,18 0,72 2181,6 26,3 2442,7 34,4 2667,9 19,3 81,8

10E(núcleo) 0,0151 64,2 260,9 324,9 0,81 3,02 2,48 0,15 2,14 0,86 0,15 1,25 886,0 19,0 1413,3 35,1 2332,0 29,3 38,0

10B(borda) 0,0151 76,1 219,0 265,7 0,83 4,58 1,41 0,23 0,71 0,50 0,14 1,22 1333,1 9,5 1745,9 24,7 2283,6 27,9 58,4

1F 0,0073 102,5 221,4 334,6 0,67 4,72 1,27 0,25 0,67 0,53 0,14 1,07 1419,9 9,6 1770,4 22,4 2213,1 23,7 64,2

2F 0,0118 75,7 276,9 352,1 0,79 3,13 1,36 0,17 0,93 0,68 0,13 1,00 1007,8 9,3 1440,0 19,6 2152,7 21,6 46,8

3F 0,0047 93,2 306,5 255,9 1,21 5,78 1,16 0,28 0,62 0,53 0,15 0,98 1580,1 9,7 1943,7 22,5 2357,0 23,1 67,0

4F 0,0030 93,9 125,9 192,7 0,66 10,17 1,03 0,43 0,70 0,68 0,17 0,76 2292,7 15,9 2450,8 25,2 2584,6 19,5 88,7
83

(continuação)

5F 0,0033 102,9 170,7 212,7 0,81 9,38 1,18 0,38 0,83 0,71 0,18 0,83 2093,5 17,4 2376,3 28,0 2628,5 21,9 79,6

6F 0,0039 116,2 126,7 206,0 0,62 13,24 0,94 0,52 0,66 0,71 0,19 0,66 2688,9 17,8 2696,9 25,3 2702,9 17,9 99,5

7F 0,0015 105,3 109,7 202,0 0,55 10,01 0,90 0,42 0,56 0,62 0,17 0,71 2261,5 12,7 2436,1 22,0 2585,3 18,4 87,5

8F 0,0067 91,6 107,8 211,9 0,51 9,01 1,06 0,38 0,72 0,67 0,17 0,79 2097,8 15,0 2339,5 24,9 2557,5 20,1 82,0

9F 0,0025 75,0 44,1 103,8 0,43 19,47 1,01 0,64 0,57 0,56 0,22 0,83 3183,0 18,0 3065,3 30,8 2989,0 24,8 106,5

1G 0,0012 117,6 40,3 296,3 0,14 19,16 0,81 0,71 0,45 0,55 0,20 0,67 3449,1 15,5 3049,7 24,7 2796,2 18,9 123,3

2G 0,0036 79,3 96,4 167,3 0,58 10,14 1,07 0,39 0,55 0,51 0,19 0,92 2138,2 11,7 2447,2 26,2 2715,0 25,0 78,8

3G 0,0023 98,0 70,4 152,1 0,47 17,02 1,13 0,59 0,44 0,39 0,21 1,05 2999,2 13,1 2935,9 33,3 2892,9 30,3 103,7

4G 0,0067 85,3 171,3 261,1 0,66 6,96 1,24 0,31 0,80 0,65 0,16 0,94 1742,0 14,0 2106,0 26,0 2483,3 23,3 70,1

5G 0,0028 112,8 83,7 183,9 0,46 15,78 0,90 0,59 0,56 0,62 0,19 0,71 2984,5 16,8 2863,5 25,9 2779,5 19,6 107,4

6G 0,0055 75,3 166,4 225,1 0,74 6,81 1,91 0,27 1,60 0,84 0,18 1,04 1541,9 24,7 2087,7 39,9 2679,5 27,9 57,5

7G 0,0060 64,0 45,0 186,4 0,24 7,95 1,38 0,32 0,76 0,56 0,18 1,14 1765,9 13,5 2225,9 30,6 2680,9 30,7 65,9

8G(núcleo) 0,0016 86,2 23,4 133,8 0,18 15,91 0,94 0,59 0,57 0,60 0,20 0,75 2976,6 16,8 2871,7 26,9 2798,9 20,9 106,3

8G(borda) 0,0028 107,2 166,3 215,4 0,78 10,88 0,94 0,43 0,63 0,67 0,18 0,70 2317,0 14,6 2513,3 23,6 2675,9 18,6 86,6

9G 0,0128 65,2 119,0 252,1 0,48 4,73 1,63 0,22 0,81 0,50 0,16 1,41 1276,9 10,4 1773,0 28,9 2420,1 34,2 52,8

10G 0,0033 91,3 88,2 128,6 0,69 14,65 1,63 0,54 1,45 0,89 0,20 0,73 2798,6 40,7 2792,6 45,4 2788,2 20,3 100,4

1H 0,0021 89,0 68,1 192,2 0,36 13,72 1,33 0,52 0,64 0,48 0,19 1,17 2705,7 17,4 2730,8 36,3 2749,4 32,0 98,4

2H 0,0050 81,7 259,1 278,1 0,94 5,30 1,56 0,25 0,75 0,48 0,16 1,37 1417,5 10,7 1868,8 29,2 2415,8 33,1 58,7
84

(continuação)

3H 0,0044 99,3 172,0 260,3 0,67 7,50 1,37 0,35 0,96 0,70 0,16 0,98 1921,5 18,5 2173,4 29,9 2420,4 23,7 79,4

4H 0,0039 82,6 180,7 234,9 0,77 9,26 1,24 0,36 0,69 0,56 0,18 1,03 2000,8 13,8 2363,7 29,3 2693,4 27,7 74,3

6H 0,0043 94,7 159,9 244,2 0,66 7,30 1,05 0,32 0,68 0,65 0,17 0,80 1781,1 12,1 2149,3 22,5 2522,5 20,1 70,6

7H 0,0065 77,4 309,9 322,8 0,97 11,22 1,27 0,43 0,72 0,57 0,19 1,05 2325,4 16,8 2542,0 32,4 2719,7 28,6 85,5

8H 0,0031 87,8 114,7 188,8 0,61 8,63 1,18 0,34 0,71 0,60 0,18 0,94 1893,8 13,4 2300,0 27,1 2683,4 25,2 70,6

9H 0,0109 63,7 163,0 260,2 0,63 4,47 1,19 0,21 0,79 0,66 0,16 0,90 1224,3 9,6 1725,5 20,6 2402,0 21,6 51,0

10H 0,0044 88,2 150,9 237,7 0,64 5,80 1,19 0,24 0,83 0,70 0,17 0,85 1393,9 11,6 1946,4 23,2 2599,0 22,0 53,6

1I 0,0037 50,6 115,8 147,7 0,79 11,11 1,39 0,40 0,99 0,71 0,20 0,98 2164,2 21,5 2532,7 35,3 2842,8 27,9 76,1

2I 0,0026 83,4 123,6 171,0 0,73 12,74 1,06 0,48 0,48 0,45 0,19 0,94 2543,2 12,2 2660,9 28,1 2751,6 26,0 92,4

3I 0,0031 76,8 62,4 144,2 0,44 16,02 1,14 0,54 0,46 0,41 0,21 1,04 2791,2 12,9 2878,2 32,7 2939,6 30,6 95,0

4I 0,0064 104,0 42,0 261,1 0,16 10,35 0,98 0,47 0,51 0,53 0,16 0,83 2495,3 12,8 2466,6 24,1 2443,0 20,3 102,1

5I 0,0037 70,4 105,5 183,8 0,58 11,33 1,31 0,40 0,86 0,66 0,20 0,98 2182,7 18,8 2550,3 33,3 2857,2 28,0 76,4

1J 0,0064 65,2 122,8 259,0 0,48 5,15 1,42 0,25 1,02 0,72 0,15 0,99 1455,1 14,8 1844,6 26,3 2317,5 23,0 62,8

2J 0,0075 239,9 1123,7 801,7 1,41 6,01 1,01 0,27 0,68 0,67 0,16 0,74 1522,2 10,3 1977,4 19,9 2493,9 18,6 61,0

3J 0,0025 110,3 206,4 170,7 1,22 14,02 1,15 0,53 0,64 0,55 0,19 0,96 2754,3 17,5 2751,2 31,7 2748,9 26,4 100,2

6J 0,0024 78,4 123,5 225,6 0,55 17,54 1,08 0,62 0,67 0,62 0,20 0,85 3113,4 20,9 2964,8 32,1 2865,6 24,3 108,6

8J 0,0057 51,5 43,0 111,4 0,39 11,66 1,02 0,43 0,59 0,59 0,20 0,82 2309,1 13,7 2577,3 26,2 2795,5 23,0 82,6

10J 0,0021 53,0 51,7 78,1 0,67 16,48 0,77 0,53 0,48 0,63 0,23 0,60 2735,5 13,3 2905,2 22,3 3025,1 18,0 90,4

Zircão BB (material de referência)

BB01 0,0095 14,8 26,6 154,5 0,17 0,74 2,40 0,09 1,41 0,59 0,06 1,94 563,3 8,0 563,1 13,5 562,2 10,9 100,2
85

(conclusão)

BB02 0,0325 23,7 56,2 225,8 0,25 0,72 2,61 0,09 1,32 0,51 0,06 2,25 551,4 7,3 549,3 14,3 540,6 12,2 102,0

BB03 0,0068 19,4 37,0 200,9 0,19 0,74 2,39 0,09 1,23 0,52 0,06 2,04 563,9 7,0 564,2 13,5 565,2 11,5 99,8

BB04 0,0063 19,0 36,0 195,0 0,19 0,74 2,84 0,09 1,28 0,45 0,06 2,53 564,0 7,2 562,9 16,0 558,6 14,2 101,0

BB05 0,0096 20,3 51,2 214,9 0,24 0,70 2,38 0,09 1,48 0,62 0,06 1,86 550,1 8,1 540,8 12,9 501,9 9,3 109,6

BB06 0,0113 18,1 42,1 189,4 0,22 0,73 2,45 0,09 1,73 0,71 0,06 1,74 551,1 9,5 554,3 13,6 567,1 9,8 97,2

BB07 0,0073 19,2 34,9 204,1 0,17 0,73 2,31 0,09 1,36 0,59 0,06 1,87 555,7 7,5 555,9 12,9 556,6 10,4 99,8

BB08 0,0078 20,1 42,2 212,2 0,20 0,73 2,22 0,09 1,30 0,59 0,06 1,80 558,2 7,2 558,2 12,4 558,3 10,0 100,0

As análises em negrito representam resultados concordantes (< 2% de disc.) e foram utilizados no cálculo da idade máxima de sedimentação. Os valores em itálico foram filtrados.
a
Fração do 206Pb não radiogênico no ponto do zircão analisado, onde ƒ 206=[206Pb/204Pb]c/[206Pb/204Pb]a (c=comum; a=amostra).
b
Razão Th/U e concentração de Pb, Th e U (em ppm) calculadas com base no zircão de referência GJ-1.
c
Corrigidas para o branco analítico (background), para o fracionamento interno Pb/U e normalizadas ao zircão de referência GJ-1 (ID-TIMS valores/valores medidos); 07Pb/235U
calculada usando a equação (207Pb/206Pb) * (206Pb/238U)*(137.88).
d
Rho é a correlação de erro definido como quociente dos erros propagados das razões 206Pb/238U and the 207/235U.
e
Corrigida para o fracionamento de massa (mass-bias) por normalização ao zircão de referência GJ-1 e para o Pb comum usando o modelo de evolução de Pb de Stacey &
Kramers (1975).
f
Grau de concordância, 6/8-7/6= (idade 206Pb/238U * 100) / (idade 207Pb/206Pb), de acordo com Horstwood et al. (2016).

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