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Apostila Apimec CNPI-CB Completa 2021-Agosto
Apostila Apimec CNPI-CB Completa 2021-Agosto
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MÓDULO 1
CONCEITOS BÁSICOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 13
CONCEITOS BÁSICOS DO SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL 14
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL - CMN 16
BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN 17
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM 18
BANCO DO BRASIL 19
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 20
BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL 21
CONSELHO DE RECURSOS DO SFN 22
PARTICIPANTES: BANCOS COMERCIAIS 22
PARTICIPANTES: MÚLTIPLOS 23
PARTICIPANTES: DE INVESTIMENTO E DE DESENVOLVIMENTO 25
PARTICIPANTES: COOPERATIVAS E SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO 26
PARTICIPANTES: COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS 27
PARTICIPANTES: CORRETORAS E DISTRIBUIDORAS 28
PARTICIPANTES: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING) 28
DESENHO DO NOVO SPB: CONCEITOS. 30
CLEARINGS 30
MÓDULO 2
MERCADO DE CAPITAIS 31
RISCO, RETORNO 31
TEORIA DO PORTFÓLIO 32
BETA 33
CAPM 34
APM 35
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 36
B3: ATIVOS NEGOCIADOS E CARACTERÍSTICAS. 37
OPERAÇÕES EM BOLSA: MARGEM DE GARANTIA 38
OPERAÇÕES EM BOLSA: LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA 39
OPERAÇÕES EM BOLSA: TAXAS DE CORRETAGEM 40
OPERAÇÕES EM BOLSA: CUSTÓDIA 40
Apostila CNPI - cb
sumário
OPERAÇÕES EM BOLSA: ENTREGA DE ATIVOS 41
OPERAÇÕES EM BOLSA: EMOLUMENTOS. 41
TIPOS DE OPERAÇÃO: DAY TRADE 42
TIPOS DE OPERAÇÃO: COMPRA E VENDA. 42
ÍNDICES DE AÇÕES: IBOVESPA 43
ÍNDICES DE AÇÕES: IBRX E FGV-100. 43
ÍNDICES DE AÇÕES: ÍNDICES SETORIAIS. 44
AÇÕES PREFERENCIAIS E ORDINÁRIAS: DEFINIÇÃO, DIREITOS E
CARACTERÍSTICAS. 45
CLASSE DE AÇÕES. 46
CONTROLE E ACORDO DE ACIONISTAS 47
ADR E BDR: DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS. 49
REMUNERAÇÃO DO ACIONISTA: DIVIDENDOS, JUROS
SOBRE CAPITAL PRÓPRIO, BONIFICAÇÃO - PT 1 50
REMUNERAÇÃO DO ACIONISTA: DIVIDENDOS, JURO
SOBRE CAPITAL PRÓPRIO, BONIFICAÇÃO - PT 2 51
RECOMPRA DE AÇÕES E DIREITO DE RETIRADA 53
DIREITO DOS MINORITÁRIOS DE AÇÕES ORDINÁRIAS E PREFERENCIAIS. 53
TRIBUTAÇÃO PARA GANHO DE CAPITAL EM OPERAÇÕES COM AÇÕES: ALÍQUOTA,
BASE DE CÁLCULO E PAGAMENTO - PESSOA FÍSICA E JURÍDICA.
INCIDÊNCIA DE OUTROS IMPOSTOS NAS OPERAÇÕES COM AÇÕES. 54
DEBÊNTURES E NOTAS PROMISSÓRIAS: DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS E GARAN-
TIAS. 56
TIPOS DE DEBÊNTURES: SIMPLES, CONVERSÍVEIS. 57
TIPOS DE DEBÊNTURES: SISTEMA NACIONAL DE DEBÊNTURES - SND:
FUNÇÕES. 58
NEGOCIAÇÃO COM DEBÊNTURES E NOTAS PROMISSÓRIAS. 58
AGENTE FIDUCIÁRIO E ASSEMBLEIA DE DEBENTURISTAS. 59
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO: DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS. 60
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO: DILUIÇÃO E PREFERÊNCIA. 60
TRIBUTAÇÃO EM OPERAÇÕES COM DEBÊNTURES, NOTAS PROMISSÓRIAS OU
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO: ALÍQUOTA. 61
TRIBUTAÇÃO EM OPERAÇÕES COM DEBÊNTURES, NOTAS PROMISSÓRIAS OU
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO: BASE DE CÁLCULO E PAGAMENTO. 62
Apostila CNPI - cb
sumário
TRIBUTAÇÃO EM OPERAÇÕES COM DEBÊNTURES, NOTAS PROMISSÓRIAS OU
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO: INCIDÊNCIA DE OUTROS IMPOSTOS NAS OPERAÇÕES
COM DEBÊNTURES. 62
COMPANHIAS ABERTAS E FECHADAS. 62
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES AO MERCADO. 63
ABERTURA DE CAPITAL. 64
REGISTRO NA CVM E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES. REGISTRO PARA NEGOCIA-
ÇÃO EM BOLSA 65
OFERTA PÚBLICAS: DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DE VALORES MOBILIÁ-
RIOS. 65
OFERTA PÚBLICAS: IPO. 66
PAPEL DO COORDENADOR DA OFERTA E DEMAIS INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS:
OBRIGAÇÕES, ANÁLISE, TRATAMENTO DAS INFORMAÇÕES E RESPONSABILIDA-
DES. 67
TIPOS DE OFERTA: FIRME E MELHORES ESFORÇOS. 68
SISTEMAS DE OFERTA: BOOKBUILDING, LEILÃO, RATEIO. 70
FECHAMENTO DE CAPITAL E OFERTA DE COMPRA AÇÕES (OPA) 71
RECUPERAÇÃO JUDICIAL: DEFINIÇÃO E IMPLICAÇÕES PARA A EMPRESA. 72
RECUPERAÇÃO JUDICIAL: PREFERÊNCIA DOS CREDORES E ACIONISTAS. 72
RATING:CONCEITOS. 73
AGÊNCIAS DE RATING E SUAS FUNÇÕES. 73
TIPOS DE RATING: SOBERANO, CORPORATIVO, OPERAÇÕES ESTRUTURADAS 74
FUNDOS DE INVESTIMENTO: CONCEITOS E TIPOS DE FUNDOS 74
FUNDOS DE INVESTIMENTO: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS 75
MÓDULO 3
MERCADO DE RENDA FIXA 77
REGIME DE CAPITALIZAÇÃO: CONTÍNUA E DESCONTÍNUA 78
JUROS SIMPLES VERSUS JUROS COMPOSTOS: VALOR FUTURO E VALOR ATUAL 79
TAXAS PROPORCIONAIS E TAXAS EQUIVALENTES 82
TAXA NOMINAL E TAXA REAL 84
ANUIDADES 85
TAXA INTERNA DE RETORNO E COMPARAÇÃO COM VALOR PRESENTE 87
MEDIDAS DE RETORNO: MÉDIA ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA 89
MEDIDAS DE DISPERSÃO: DESVIO PADRÃO E VARIÂNCIA 91
Apostila CNPI - cb
sumário
CÁLCULO DE CORRELAÇÃO E COVARIÂNCIA 93
TÍTULOS PÚBLICOS: CARACTERÍSTICAS, MERCADOS PRIMÁRIO (LEILÕES) E SECUN-
DÁRIO. 94
TESOURO DIRETO. 95
TÍTULOS PRIVADOS: CBD, LC, LH: CARACTERÍSTICAS E CÁLCULO DA
RENTABILIDADE. 96
CARREGAMENTO DIÁRIO. 97
MARCAÇÃO A MERCADO: METODOLOGIA E CURVA DO PAPEL 98
PRECIFICAÇÃO DE TÍTULOS. 100
ESTRUTURA A TERMO. 100
NOÇÕES DE DURATION. 102
TRIBUTAÇÃO. 103
MÓDULO 4
MERCADO DE DERIVATIVOS 105
ASPECTOS GERAIS SOBRE A NEGOCIAÇÃO NO MERCADO DE DERIVATIVOS 106
FUNÇÃO ECONÔMICA CONCEITUAÇÃO DO MERCADO DERIVATIVO 106
CONTRATOS A TERMO. 107
CONTRATOS A FUTURO. 107
CONTRATOS DE OPÇÕES. 108
CONTRATOS DE SWAPS. 109
DERIVATIVOS DE DERIVATIVOS. 110
HEDGERS. 111
ESPECULADORES. 111
ARBITRADORES. 111
CAPTADORES/APLICADORES DE RECURSOS (OPERAÇÕES DE TESOURARIA). 111
MARKET MAKERS. 112
MANIPULADORES. 112
MÓDULO 5
CONCEITOS ECONÔMICOS 113
BASE MONETÁRIA, MEIOS DE PAGAMENTOS, METAS DE INFLAÇÃO, COPOM. 114
BALANÇO DE PAGAMENTOS E REGIMES CAMBIAIS. 116
SUPERÁVITS PRIMÁRIO E NOMINAL. 118
DIVIDA INTERNA E EXTERNA. 118
INDICADORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA. 120
CONTAS NACIONAIS. 121
Apostila CNPI - cb
sumário
CONCEITOS DE MICROECONOMIA E MACROECONOMIA BÁSICA (OFERTA,
DEMANDA, EQUILÍBRIO, CONCORRÊNCIA PERFEITA, CONCORRÊNCIA MONOPOLÍS-
TICA, OLIGOPÓLIO, MONOPÓLIO, ELASTICIDADE PREÇO E RENDA, BENS SUBSTITU-
TOS E COMPLEMENTARES, EXTERNALIDADES, ETC.) 122
ÍNDICES DE PREÇOS: IGP-M.IGP-DI, INPC, IPCA, FIPE, IGP-10 E OUTROS 126
ÍNDICES ECONÔMICOS: PIB, PELA ÓTICA DA OFERTA E DA DEMANDA, PRODUÇÃO
INDUSTRIAL E OUTROS 128
ÍNDICES DE REFERÊNCIA: CDI, TR, TJLP, PTAX, SELIC E OUTROS 130
MÓDULO 6
CONDUTA E RELACIONAMENTO 132
CÓDIGO DE CONDUTA. 133
CONFLITOS DE INTERESSE. 133
RISCO DE IMAGEM. 134
MANEJO E DIVULGAÇÃO INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS 135
SEGREGAÇÃO DE ATIVIDADES. 135
CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO. 136
RELACIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO COM O CLIENTE . 137
A ATIVIDADE DE ANALISTA DE VALORES MOBILIÁRIOS 138
NORMAS DE CONDUTA, RESPONSABILIDADES E VEDAÇÕES À INSTRUÇÃO CVM Nº
598/18. 138
FISCALIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ATIVIDADE 139
MÓDULO 7
GOVERNANÇA CORPORATIVA 142
GOVERNANÇA CORPORATIVA: CONCEITOS; SEGMENTOS ESPECIAIS DA B3; ÍNDICES
IGC E ITAG. 143
RELAÇÃO COM INVESTIDORES: PRINCÍPIOS E PRÁTICAS 146
MÓDULO 8
INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORA-
TIVA (ASG) 147
EVOLUÇÃO DAS QUESTÕES ASG NO AMBIENTE CORPORATIVO 148
PRINCIPAIS DESAFIOS SOCIOAMBIENTAIS E DE GOVERNANÇA 148
CONCEITOS DE RESPONSABILIDADE CORPORATIVA 149
Apostila CNPI - cb
sumário
⯀ Administração de Recursos
⯀ Consultoria
⯀ Análise e Pesquisa Financeira
⯀ Investment Banking
⯀ Finanças Corporativas
⯀ Administração de Riquezas
⯀ Relações com Investidores
⯀ Vendas e Operações nos Mercados Financeiros e de Capitais
Os exames são oferecidos pela Apimec, em geral em tempo contínuo, e são realizados nos
Centros de Testes da FGV distribuídos em praticamente todo território nacional.
Para obtenção da certificação o profissional deve ser aprovado nos seguintes exames:
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CT1 - Conteúdo Técnico 1 - fase para o analista técnico.
Uma prova de duas horas de duração com 60 questões de múltipla escolha contendo
as seguintes matérias: Fundamentos da Análise Técnica; Teoria de Dow, Conceito de
Tendência, Figuras Gráficas, Teoria das Ondas de Elliott, Padrões Candlestick; Indicadores,
Gerenciamento de Risco, Estratégias Operacionais e Trading Systems..
O candidato poderá se inscrever separadamente em qualquer dos exames pelo site www.
fgv.br/certapimec. O candidato terá o prazo de 12 (doze) meses, contados da data da reali-
zação do primeiro exame em que foi aprovado, para ser aprovado no outro exame. A perda
deste prazo implicará em nova inscrição e aprovação nos exames. Os exames poderão ser
agendados em diferentes datas.
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Módulo 1
Conceitos Básicos do Sistema
Financeiro Nacional
O objetivo deste capítulo é apresentar a
estrutura o Sistema Financeiro, quem são seus integrantes e
quais são as principais funções por eles desempenhadas.
CONCEITOS BÁSICOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
SFN, ou melhor, Sistema Financeiro Nacional é o tema que será apresentado hoje. Falamos
de toda a rede de instituições e entidades presentes no governo que nos permitirão o
controle e também a integração daquilo que tem relação com o mercado financeiro.
Não obstante, o seu objetivo é integrar o mercado financeiro com a economia, realizando
todo o controle, regulamentação e fiscalização. São vários entes e várias partes que inte-
gram essas “instituições e entidades” visando funcionar de maneira adequada dentro do
sistema nacional.
Essa estrutura surgiu e foi regulamentada no de 1964, em lei, chamada de Lei da Reforma
Bancária, sendo responsável por direcionar tudo que envolve a relação do mercado finan-
ceiro com a economia.
⯀ Normativas;
⯀ Supervisoras;
⯀ Operacionais.
Normativas
Entidades responsáveis pelas políticas e diretrizes gerais do sistema financeiro. Define
quais são as políticas e o direcionamento necessário. São elas colegiadas, com atribuições
específicas e utilizam-se de estruturas técnicas de apoio para a tomada de decisões.
Supervisoras
Essas assumem as funções executivas, tais como fiscalização das instituições, regulamen-
tação das decisões tomadas pelas entidades normativas ou atribuições outorgadas a elas
diretamente pela lei. São elas:
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⯀ Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC.
Operacionais
Referimos a todas as demais instituições financeiras, monetárias ou não, oficiais ou não,
como também demais instituições auxiliares, responsáveis, entre outras atribuições, pelas
intermediações de recursos, entre poupadores e tomadores ou pela prestação de serviços.
⯀ Bancos Comerciais;
⯀ Cooperativas de Créditos;
⯀ Corretoras de Valores Mobiliários.
Considerações Finais
O conceito necessário a ser aprendido nessa aula é que o SFN é um conjunto de institui-
ções financeiras e de instrumentos financeiros, que visam transferir recursos dos agentes
econômicos – sendo esses agentes, as pessoas, as empresas e o governo -, fazendo essa
transferência entre agentes superavitários para os deficitários, sendo essa a relação comum.
Esse sistema financeiro foi instituído e organizado por lei, como já mencionado. Essas
informações precisam estar em mente na hora da prova.
Exemplo:
Quem são os entes desse sistema? Nós, os bancos e o governo. A característica desse grupo
é a de movimentar dinheiro. Se temos uma empresa de fabricar chinelos, por exemplo,
somos um agente movimentador de dinheiro, localizados em Caxias do Sul, e no RJ existe
uma empresa de lanches, qual será a nossa relação para com essa empresa? Se somos
um agente superavitário e o lanche foi deficitário, então, as instituições financeiras irão
fazer essa integração entre as empresas por meio de um investimento nas instituições
financeiras que irá nos pagar, já a empresa do RJ, terá de pegar dinheiro emprestado
para tentar equalizar a sua situação, eles pagando taxas e nós recebemos uma taxa por
emprestarmos à instituição.
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fluxos monetários, financeiros, empréstimos, pagamentos, aplicações financeiras interna-
cionais, entre bancos, bancos centrais, governos, empresas ou organismos internacionais.
Foi criado em 1944, com uma conferência realizada e intitulada “Bretton Woods”, se tor-
nando o símbolo na organização econômica mundial. Onde foi criado duas instituições
importantes:
O FMI é uma instituição de grande projeção que influencia todo o sistema financeiro inter-
nacional. Sendo suas funções:
O BIRD, criado em 1944 e começou a atuar em 1947, tendo as suas principais funções em:
⯀ Ministro da Economia;
⯀ Presente do Banco Central;
⯀ Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia
Esse órgão cria e regulamenta as principais diretrizes do funcionamento do SFN, isso sig-
nifica que essas instituições estão sob essa direção.
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Principais Atribuições do CMN
⯀ Adequar o volume dos meios de pagamento às necessidades de economia;
⯀ Regular o valor interno da moeda através da definição da meta da inflação, para evitar
o desequilíbrio que reflete no poder de compra do consumidor;
⯀ Equilibrar o valor externo da moeda para utilizar de forma adequada os recursos
estrangeiros;
⯀ Direcionar o emprego do capital em instituições financeiras públicas e privadas para
oferecer desenvolvimento às diferentes regiões do país;
⯀ Incentivar o aprimoramento de instrumentos do sistema e mobilidade de recursos
apropriadamente;
⯀ Prezar pela liquidez, que é a capacidade de sacar o dinheiro a qualquer momento;
⯀ Coordenar as políticas de crédito, monetária, orçamentária, da dívida pública e fiscal;
⯀ Autoriza a emissão de papel-moeda;
⯀ Aprova os orçamentos elaborados pelo Banco Central;
⯀ Disciplinar crédito para evitar o endividamento excessivo do consumidor;
⯀ Limitar descontos, taxas de juros, comissões e mais;
⯀ Regulamentar as operações.
Para a prova precisamos saber o que o Bacen faz, se aconselha, executa ou dá diretrizes.
Por exemplo, se o CMN nos diz que a meta de inflação será de 5% para 2022, logo o Bacen
irá buscar atingir essa meta inflacionária. Outra coisa importante, é saber que o Bacen é
conhecido como o banco dos bancos.
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⯀ Fixar a taxa de referência para as operações compromissadas de um dia, conhecidas
como taxa SELIC;
⯀ Controlar as operações de crédito das instituições que compõem o SFN;
⯀ Formular, executar e acompanhar a política cambial e de relações financeiras com
o exterior;
⯀ Fiscalizar as instituições financeiras;
⯀ Emitir papel-moeda;
⯀ Executar os serviços do meio circulante para atender à demanda de dinheiro neces-
sária às atividades econômicas;
⯀ Manter o nível de preços (inflação) sob controle;
⯀ Manter sob controle a expansão da moeda e do crédito e a taxa de juros;
⯀ Operar no mercado aberto, de recolhimento compulsório e de redesconto;
⯀ Executar o sistema de metas para a inflação;
⯀ Divulgar as decisões do CMN;
⯀ Manter ativos de ouro e de moedas estrangeiras para atuação nos mercados de câmbio;
⯀ Administrar as reservas internacionais brasileiras;
⯀ Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras nacionais;
⯀ Conceder autorização para o funcionamento das instituições financeiras.
Com isso em mente, precisamos saber que ela foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76,
com o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores
mobiliários no Brasil.
Atribuições:
⯀ Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;
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⯀ Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do mercado
de balcão e das bolsas de mercadorias e futuros;
⯀ Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra
emissões irregulares de valor mobiliários e contra atos ilegais de administradores de
companhias abertas ou de carteira de valores mobiliários;
⯀ Evitar ou coibir modalidade de fraude ou de manipulação que criem condições arti-
ficiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado;
⯀ Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados
e sobre as companhias que os tenham emitido;
⯀ Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas no mercado valores
mobiliários;
⯀ Assegurar o cumprimento, no mercado, das condições de utilização de crédito fixa-
das pelo CMV;
⯀ Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de auditores independentes,
administradores de carteiras de valores mobiliários, agentes autônomos, entre outros;
⯀ Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento;
⯀ Apurar mediante inquérito administrativo, atos ilegais e práticas não-equitativas de
administradores de companhias abertas e de quaisquer participantes do mercado
de valores mobiliários, aplicando as penalidades previstas em lei;
⯀ Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores independentes, consultores e ana-
listas de valores mobiliários.
Considerações Finais
Nós precisamos entender que a CVM é quem fiscaliza as empresas e instituições finan-
ceiras, para que nós, os investidores, tenhamos a segurança para investir. Essa fiscalização
nos protegerá de fraudes e manipulações de valores, para que nosso dinheiro não seja
perdido; com isso, entendemos que o objetivo principal da CVM é que haja a possibilidade
de colocar, com segurança, dinheiro nos valores mobiliários.
BANCO DO BRASIL
Falamos do mais antigo banco comercial do Brasil, que foi criado em 12 de outubro de
1808, pelo príncipe D. João. Sendo uma sociedade de economia mista de capitais públi-
cos e privados. Uma empresa aberta que possui ações cotadas na Bolsa de Valores de SP
(BM&FBOVESPA).
Ele opera como agente financeiro do Governo Federal e é o principal executor das políticas
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de crédito rural, industrial e de banco comercial do Governo. Basicamente, ele possui três
funções principais, sendo a primeira delas a de ser agente financeiro; a segunda, a função
de ser um banco comercial; e, por fim, a terceira função, que é ser um banco de investi-
mento em desenvolvimento.
Além dessas atividades, precisamos saber que a Caixa também atende crédito educa-
tivo, financiamento habitacional, pagamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço), PIS (Programa de Integração Social) e seguro-desemprego e aos beneficiários de
programas sociais e apostadores das Loterias – das quais detém o monopólio desde 1961.
Por exemplo, a Caixa cuidará dos pagamentos de FGTS e seguro-desemprego para quem
foi demitido sem justa causa. E também, daqueles que querem jogar nas loterias.
Sendo ele o responsável pela política de investimento a longo prazo do Governo Federal
necessário ao fortalecimento da empresa privada nacional. Conta com algumas linhas de
apoio para financiamento de longo prazo a custos competitivos, para o desenvolvimento
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de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos
novos, fabricados no país, bem como para incremento das exportações brasileiras, com
o objetivos de fortalecer a estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento
do mercado de capitais.
Ou seja, ele faz uma gestão de apoio para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Não obstante, ele conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME (Agência Especial de
Financiamento Industrial) e a BNDESPAR (BNDES Participações), criadas com o objetivo
de financiar a comercialização de máquinas e equipamentos: e de possibilitar a subscrição
de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro. As três empresas, juntas, com-
preendem o chamado “Sistema BNDES”.
Constituído por:
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⯀ Adeval (Associação das Empresas Distribuidoras de Valores);
⯀ AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).
Sendo o seu objetivo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos neces-
sários para financiar a curto e médio o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de
serviço e as pessoas físicas. Em suma, são intermediários financeiros que recebem recur-
sos de quem tem e distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de recursos.
⯀ Pagamentos;
⯀ Recebimentos;
⯀ Transferências de Fundos e de Ordem de Pagamento;
⯀ Cobranças Diversas;
⯀ Tributos Públicos: imposto e tarifa;
⯀ Aluguel de Cofre e Custódia de Valores;
⯀ Serviços de Câmbio (troca de moeda).
⯀ Principais operações ativas dos Bancos Comerciais:
⯀ Concessão de Créditos: pessoal, rural e empresarial;
⯀ Recursos para as instituições de: assistência financeira, operação de câmbio e spread
bancário.
Lembrando, em toda concessão o Banco cobra juros para o conceber, dessa maneira o
banco vai ganhando dinheiro e arrecadando valores para si. Os bancos oferecem diversos
produtos, de diversas modalidades para captar clientes.
PARTICIPANTES: MÚLTIPLOS
São instituições financeiras que realizam as operações e acessórias das diversas institui-
ções financeiras, por meio das:
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⯀ Carteiras Comerciais;
◇ De investimento;
◇ De crédito imobiliário;
◇ De arrendamento mercantil;
◇ De crédito;
◇ De financiamento.
Assim, é claro, por meio destas instituições é possível obter todos os serviços que um
banco tradicional oferece. Esses bancos podem oferecer diversas modalidades de carteiras
e produtos, a ideia é de ter multiplicidade de possibilidades.
⯀ Santander;
⯀ Banco do brasil;
⯀ Itaú;
⯀ Bradesco;
⯀ Caixa Econômica Federal.
Lembrando, em dois desses bancos, nós possuímos a presença do governo em sua atua-
ção. Para a prova, se faz necessário entender que para ser múltiplo ele terá de ter algo de
banco comercial e de investimento, e que eles visam a eficiência operacional e redução
de custos.
Existe, também, a questão da publicação de balanços, onde um banco múltiplo nos pro-
porciona uma redução de custos na hora dessa publicação de balanços. Sendo mais fácil
quando os bancos não são tão segmentados.
23
Não obstante, elas devem também ser obrigatoriamente constituídas sob forma de socie-
dade anônima (sociedade por ações). Além disso, é necessário que adotem em seu nome a
denominação “Banco de Investimento”. Só será um Banco de Desenvolvimento se estiver
disposto em seu nome essa classificação.
Os Bancos de Investimento são diferentes dos bancos comerciais, pois não possuem cap-
tação de depósitos à vista (contas correntes). Não é possível depositar em conta corrente.
Principais serviços:
Bancos de Desenvolvimento
São instituições financeiras controladas pelos governos estaduais. Por exemplo, o BNDES é
considerado um banco de desenvolvimento, mas é organizado por uma empresa pública
federal, portanto não é de desenvolvimento.
Eles têm como função fornecer linhas de crédito para programas e projetos que visam
promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado.
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do
Estado. Logo, obrigatoriamente deve ter em sua denominação social a expressão “Banco
de Desenvolvimento”.
Percebam que todos eles possuem sua classificação no nome, então, não tem como errar
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na hora da prova!
PARTICIPANTES: COOPERATIVAS E
SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO
Cooperativas de Crédito
Nada mais são do que instituições financeiras sem fins lucrativos, fundadas pela associação
voluntária de um projeto. Uma cooperativa pode fazer muita coisa que um banco comum
faz. Ela pode realizar TEDs, DOCs, aplicações financeiras, ou seja, tudo o que um banco
comum pode fazer. Não é porque ela não possui fins lucrativos que ela não terá resultados,
seu lucro é substituído por superávit, e o seu prejuízo será déficit.
Principais delas:
⯀ Sicred;
⯀ Unicred;
⯀ Cresol.
Uma vez que, podem conceder recursos a uma pequena parte dos participantes, ela pos-
sui uma atuação mais discreta, concentrando o seu foco em operações em programas
habitacionais como “Minha Casa, Minha Vida” – ou seja, nada mais é do que um programa
de uma sociedade de crédito.
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⯀ Devem ser constituídas sob forma de sociedade anônima;
⯀ Devem ter em seu nome a denominação “Crédito Imobiliário”;
⯀ Devem ser integrantes do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo);
⯀ Devem seguir as regras do Banco Central do Brasil (BACEN);
⯀ Normalmente, estão ligadas a um Banco Múltiplo;
⯀ São integrantes do Sistema Financeiro de Habitação.
Suas funções principais são a captação de recursos e o fornecimento desses recursos aos
agentes deficitários para, como mencionado, viabilizar a construção da casa própria. Além
disso, as principais formas de captação de recursos de uma delas se dá por:
⯀ Cadernetas de Poupança;
⯀ Letras de Cédulas Hipotecarias (LH);
⯀ Depósitos Interfinanceiros (DI): empréstimos que vem de outra instituição financeira;
⯀ Repasses de financiamento de fundos nacionais, dinheiro subsidiado através do
BNDES pelo Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social;
⯀ Empréstimo provindos do exterior.
Então, caso o sujeito não pague e se torne inadimplente, a instituição poderá retomar o
bem para si, como pagamento do crédito. Essas instituições captam recursos em Letras
Hipotecárias, Debêntures emitidas no mercado financeiro, Letras de Crédito Imobiliário
(LCI), empréstimos e financiamentos do país e do exterior. Mas atenção, as CHs não cap-
tam recursos por poupança.
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nomes do credor e os dados do bem hipotecado e financiado.
Por exemplo, se solicitamos um empréstimo e não conseguimos mais pagar, então, hipo-
tecamos nosso carro como garantia, se não pagarmos a hipoteca, o carro nos será retirado
também. No direito brasileiro, é contra a lei qualquer ente tomar a moradia, pois fere nossa
garantia de moradia garantida em constituição.
Corretoras
Falamos de instituições financeiras que efetuam a intermediação financeira nos pregões
das bolsas de valores. Podendo elas realizar:
Basicamente, essas são as atividades que essas corretoras podem realizar. Na hora da
prova, temos de ter as atividades em mente.
Distribuidoras
São também instituições intermediadoras de títulos e valores mobiliários, cujos objetivos
básicos se assemelham bastante aos das corretoras. Entre as operações típicas dessas
distribuidoras, destacam-se:
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⯀ Participação em lançamento público de ações.
PARTICIPANTES: SOCIEDADES DE
ARRENDAMENTO MERCANTIL
Também conhecido como “Leasing”. As sociedades de arrendamento mercantil são consti-
tuídas sob forma de sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua deno-
minação social a expressão “Arrendamento Mercantil”. Facilitando possíveis diferenciações.
Elas são supervisionadas pelo BACEN, conforme resolução da comissão monetária, número
2.309/96. Logo, ela realiza arrendamento de bens móveis adquiridos por ela, segundo as
especificações das arrendatárias (cliente), para fins de uso próprio desta.
Não são consideradas instituições financeiras, mas sim entidades equiparadas a instituições
financeiras. Não obstante, o arrendamento mercantil, permite usufruir de determinado
bem sem ser proprietário dele. É um contrato de aluguel com opção de compra no final.
Vale lembrar, que propriedade é diferente de posse. Alguém pode ter a propriedade de um
bem, mas não ter a sua posse, a posse pode estar sob a responsabilidade de outra pessoa.
Não obstante, aqui estão inclusas as mais variadas operações financeiras como TED, DOC,
compras com cartões de crédito, saques, depósitos, pagamentos de títulos, assim como as
operações realizadas na Bolsa de Valores e muitas outras. Basicamente, existe um funil de
28
todos os variáveis agentes econômicos em território nacional; tudo vai para um único lugar.
Para que tal objetivo torne-se viável há o gerenciamento de riscos executado através das
câmaras de liquidação (clearing houses) que atuam como uma contraparte central mini-
mizando os riscos através de operações multilaterais ou bilaterais.
Por sua vez, o sistema de pagamentos brasileiros está baseado no sistema de transferência
de reserva, o SRT. A principal característica do STR é o funcionamento através do Sistema
Liquidação Bruta em Tempo Real, LBTR. Basicamente, se trata de uma caixa e movimenta
o valor para outra coisa em tempo real.
⯀ Compensação de cheques;
⯀ Compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito;
⯀ Transferência de fundos e de outros ativos financeiros;
⯀ Compensação e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários;
⯀ Compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de
futuros e outras entidades.
Características Importantes
O sistema de pagamento brasileiro apresenta altíssimo grau e automação, esta eficiência
decorre principalmente de quase a totalidade dos títulos negociados no Brasil serem de
forma escritural, ou seja, eletronicamente.
Logo, este sistema é viabilizado através da conta de reservas bancárias que representa a
movimentação de recursos das instituições financeiras monetárias ou não junto ao BACEN.
Com a reforma do SPB em 2002, houve a interligação dos sistemas dos participantes do
mercado. Sendo que pessoas físicas, empresas, governos e instituições financeiras pas-
saram a poder realizar transferências de dinheiro para pagamentos, cobertura de saldos,
29
aplicações e outras finalidades com muito mais segurança e rapidez.
CLEARING HOUSES
São sistemas de câmaras de liquidação, onde as coisas funcionam do jeito certo e ninguém
será roubado. Podemos definir como sistemas e câmaras de liquidação e compensação.
São os responsáveis por trazer segurança para o mercado financeiro e de capitais.
Elas são responsáveis desde o cálculo do valor das obrigações dos ativos adquiridos, até o
repasse dos ativos aos novos adquirentes e o crédito dos valores aos vendedores.
Não obstante, viabiliza o SPB. E tem como objetivo garantir a segurança, velocidade e
transparência nas operações do mercado financeiro e de capitais. Atualmente, temos dois
sistemas independentes, responsáveis por custodiar e liquidar as transações.:
30
Módulo 2
Mercado de Capitais
O objetivo deste capítulo é apresentar de forma mais ampla um outro
segmento do sistema financeiro, voltado à capitalização de empresas.
RISCOS E RETORNO
Introdução ao Mercado de Capitais
Antes de tudo, precisamos compreender a ideia de mercado de capitais, do contrário,
será impossível a compreensão de risco e retorno, propriamente ditos. Falamos de um
segmento do sistema financeiro, voltado à capitalização de empresas e é responsável por
intermediar as negociações entre quem precisa obter recursos e quem quer investir.
Não obstante, é através do mercado de capitais que as empresas captam recursos para
financiar projetos e que o investidor, investe nas empresas e compra os seus títulos de
crédito privado.
⯀ Corretora de Valores;
⯀ Bolsas de Valores;
⯀ Instituições financeiras autorizadas.
32
envolvidos na administração financeira de um negócio.
Ambos são diferentes, porém, estão interligados em alguma medida. O risco de um ativo
também pressupõe uma rentabilidade, sendo essa rentabilidade o retorno, por assim dizer.
Por exemplo, não há risco quando existe a probabilidade 100% de que o evento ocorra,
mas quando temos um evento totalmente seguro, não há risco. Mas se houver 1% de pro-
babilidade de que o evento não ocorra, aí nós já temos o risco.
TEORIA DO PORTFÓLIO
Nascida em 1995, iniciada por Harry Markowitz, denominando sua teoria como Teoria Moderna
do Portfólio, que trata da diversificação de ativos e mostra porque diversificar é fundamental
para minimizar riscos.
O conceito de TPM é baseado na análise dos riscos, nada mais do que formar portfólios de
ativos que maximizam a possibilidade de retorno para um dado nível de risco. Onde seu
modelo matemático identifica, entre infinitas possibilidades de combinações de diversos
ativos, aqueles ativos mais eficientes, uma espécie de curva que unifica as carteiras eficien-
tes – que se refere a determinado nível de risco.
33
Alguns conceitos importantes:
Retorno esperado: é quanto um investidor espera receber de acordo com um dado nível
de risco que ele assume. Por exemplo, o retorno esperado ao investir em ações é maior do
que o esperado ao investir em títulos de renda fixa, pois ações são mais arriscadas e histo-
ricamente apresentam resultados superiores.
Risco: por sua vez, mede essa variável como o desvio padrão de cada componente da carteira
em relação ao seu retorno médio. Logo, ativos mais arriscados são aqueles que apresentam
um maior nível de volatilidade, ou seja, que oscilam mais em relação à média.
Correlação: mede como os ativos se movem de forma conjunta, podendo variar de -1 até
1. Onde uma correlação próxima a -1 que os ativos têm comportamentos opostos, quando
um se valoriza o outro desvaloriza e vice-versa. Já uma correlação próxima a 1 indica que se
movem conjuntamente.
Beta
O Índice Beta é um indicador que irá medir a sensibilidade de um ativo em relação ao com-
portamento de uma carteira de investimentos. Sendo utilizado para se colocar em evidência
o comportamento do ativo no mercado financeiro, durante um certo período de tempo,
através do nível de risco.
Ele permite identificar a direção que a rentabilidade do ativo varia, frente a alterações de um
índice do mercado, como o índice Bovespa, por exemplo.
Fórmula:
É calculado pelo Beta a variação da rentabilidade de um ativo ou título que se quer analisar,
com a variação da rentabilidade de todo o mercado. Sendo B o Beta, o Ra o Retorno do Ativo
e Rp o Retorno do Portfólio (podendo vir a ser Rm, Retorno de Mercado).
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Se o índice for maior do que 1, significa que o ativo é de alto risco, sua rentabilidade varia
mais que o proporcional ao mercado. Se menor do que 1, significa que o ativo é de baixo
risco, pois sua rentabilidade varia menos que o proporcional ao mercado. Se igual a zero,
indica que o ativo é indiferente às variações do mercado. Já se ele for negativo, indica um
ativo que rende em direção oposta ao mercado, como o caso dos metais preciosos que se
valorizam em épocas de crises financeiras.
CAPM
Falamos do Capital Asset Price Market, ou Modelo de Precificação de Ativos de Capital. É
um método que analisa a relação entre risco e retorno que é esperado de um investimento.
Uma balança entre risco e retorno.
Começa com uma análise de como os investidores constroem portfólios eficientes. Este
modelo calcula o equilíbrio entre o risco e a rentabilidade e, com isso, precifica os ativos com
risco de uma carteira de investimentos.
Fórmula:
Basicamente, ele é calculado a partir dos riscos dos investimentos com a parte livre dos riscos,
ou o menos arriscado possível. Sendo o E(R) o retorno esperado que o modelo CAPM busca
calcular. Rf se refere a taxa de juros livre de risco; o B se refere ao índice beta, que indica o
risco associado ao investimento; Rm é a taxa de remuneração do mercado.
Exemplo prático:
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Para encontrar o Beta é simples:
Imagine que temos uma ação com as características acima, em um determinado período.
Se o resultado for maior que 1, significa que o ativo é de alto risco, pois sua rentabilidade
varia mais que o proporcional ao mercado.
APM
Falamos da Arbitrage Pricing Model ou Teoria de Arbitragem de Preços. Uma espécie de
teoria geral de precificação de ativos. Foi proposta pelo economista Stephen Ross, em 1976.
Se baseia no pressuposto que não há como haver preços diferentes para dois ativos com o
mesmo fluxo de caixa, caso houvesse, a diferença seria eliminada pelo processo de arbitragem.
A taxa de retorno derivada do modelo APM é utilizada para precificar o ativo corretamente,
onde o preço do ativo deve ser igual ao preço esperado no final do período, descontando a
taxa implícita pelo modelo.
A estrutura do modelo de fator linear do APM é usada como base para muitos dos sistemas
de risco comercial empregados por gestores de ativos. APM diz qual é a sensibilidade do
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retorno da ação a um risco sistemático.
São apresentados em forma de relatórios que incluem uma análise da estrutura, a compo-
sição do patrimônio e um conjunto de índices e indicadores.
⯀ Balanço patrimonial;
⯀ Demonstração de resultados do exercício;
⯀ Demonstração de fluxo de caixa.
Com isso em mente, podemos compreender que é por meio delas que uma empresa
comprova sua saúde financeira, sua liquidez e sua capacidade em cumprir com seus com-
promissos. Cumprir com seus compromissos, por exemplo, é honrar com o pagamento de
um empréstimo solicitado ao banco para o decorrer de cinco anos.
A análise das demonstrações financeiras requer aplicação técnica para avaliação de riscos,
37
desempenho, saúde financeira, estrutura e perspectivas futuras. É aplicando essas técnicas
que se obtém o diagnóstico que fundamenta a tomada de decisões.
Análise Vertical: é calculada com o objetivo de obter o percentual de cada conta em relação
ao total, é uma técnica de verificação da proporção percentual de cada item da demonstra-
ção. Ela é importante para controlar os gastos e as receitas.
Análise dos Indicadores Financeiros e Econômicos: têm como função medir o desem-
penho da empresa no que se refere a sua liquidez, o seu ciclo operacional, ao seu grau de
endividamento, sua rentabilidade e atividade. São calculados com base nas informações
financeiras apresentadas no balanço patrimonial e nas demonstrações do resultado do
exercício da empresa.
Ela foi criada em 2017, em março, após a fusão da Central de Custódia e de Liquidação
Financeira de Títulos (CETIP), com bolsa de valores, mercadorias e futuros de São Paulo (BM
& FBovespa).
Combinando os pontos fortes de ambas as companhias: a BM & FBovespa era uma refe-
rência na negociação de ativos e derivativos, enquanto a CETIP era líder em custódia e em
sistemas de registros, especialmente de renda fixa.
Os Ativos
38
Ações: são as menores partes do capital social de uma empresa de capital aberto, quando
se compra uma ação, compra-se um pequeno pedaço de uma companhia, tornando-se
acionista ou sócio.
Opções de Ações: são papéis que dão o direito de comprar ou vender ações em um prazo
determinado, com um preço fixo. Por exemplo, imagine que você tem 5k de ações de uma
empresa e teme que elas possam sofrer uma queda excessiva, você comprará opção de
venda que nos dará o direito de vender suas ações a um preço superior a uma eventual queda.
Investidores que operam no mercado futuro são obrigados a depositar uma garantia para
cobrir as suas operações alavancadas. Isso diminui as chances de inadimplências, trazendo
segurança para o mercado.
A margem de garantia garante a solvência, que nada mais é que a capacidade de paga-
mento, do mercado. Como podemos trabalhar no mercado futuro, sem que tenhamos a
39
capacidade de cobrir esse trabalho? A solvência tem total importância.
Durante esse processo a corretora assume o papel de agente de compensação sendo res-
ponsabilizada diante da Câmara de Ações da B3por entregar os ativos e pelo pagamento
das quantias resultantes da compensação das operações negociadas.
Esse valor sempre incidirá sobre as operações realizadas pelo investidor. Podendo ela ser
cobradas das seguintes maneiras:
⯀ Valor fixo, que consiste num valor fixo, independente da quantia movimentada;
⯀ Valor variável, o valor a ser pago varia de acordo com a quantia movimentada;
⯀ Valor fixo + porcentagem, cobra-se o valor fixo acrescido de porcentagem sobre o
valor negociado para as taxas de corretagem;
⯀ Incidência de ISS, é o imposto Sobre Serviços.
As ações não possuem cobrança de custódia até o montante de R$300 mil investidos. Acima
deste valor passa a ser cobrado uma pequena taxa para a custódia, que vai diminuindo
conforme o valor for sendo acrescido.
O valor da taxa de custódia surgiu quando era necessário emitir e guardar documentação.
Agora com bancos e corretoras digitais, não é mais necessário emitir documentos, pois são
feitos registros eletrônicos. Logo, bancos digitais e corretoras, normalmente, zeram a sua
taxa de custódia.
Ela segue exatamente a mesma ideia e estrutura da tabela de compra, porém, se refere ao
processo de venda. A maior diferença é que para a venda temos uma multa caso não seja
entregue os ativos.
Todo tipo de transação efetuada na B3 é guardado pela Câmara de Ações da B3, com a fina-
lidade de gerar maior segurança para os investidores. O valor desses Emolumentos, incide
sobre cada compra e venda de ações. A taxa é equivalente a um percentual do volume total
da operação. A bolsa faz o cálculo dependendo do tipo de operação.
A apuração do valor dos emolumentos é feita sempre após o pregão. Após definir o percentual
da taxa no dia da operação, a B3 repassa a informação à corretora. Assim, é possível deduzir
os emolumentos na nota de corretagem. Posteriormente, o valor é recolhido e repassado
da corretora para a B3.
É considerada uma operação de alto risco, indicada para investidores que tenham um perfil
mais agressivo e que estejam preparados emocionalmente para lidar com perdas e ganhos
bem significativos.
42
Funciona com base na análise técnica, onde se estuda o comportamento da ação no pas-
sado, e tenta prever se ela irá subir ou descer.
Long & Short é uma operação casada, na qual o investidor mantém uma posição vendida
em um ativo e comprada em outro. É uma operação de mercado neutro, pois teoricamente,
é realizada com financeiro perto de zero, sem a necessidade de “desembolsar” dinheiro
para operação no propósito de obter um residual financeiro (lucro ou prejuízo) da operação
quando liquidá-la. Esta operação proporciona alavancagem financeira.
Venda a descoberto, operar vendido ou short selling é o tipo de operação que corresponde
na venda de um determinado ativo que o investidor não possui em sua carteira por um
preço mais alto e depois compra por um valor mais baixo.
Esse tipo de operação pode ser realizada tanto no Day Trade quanto em outras modalidades
da Bolsa.
Criado em 1968, é referência para investidores de todo o mundo. Esse índice é composto
por uma carteira teórica de ações com os papéis de maior volume financeiro da Bolsa de
Valores do Brasil por um determinado período – seja ele, 30 dias, 60 dias etc.
43
Ele ajuda na hora de fazer o acompanhamento da rentabilidade média dessas ações impor-
tantes. A sua carteira teórica é atualizada nos períodos de janeiro a abril, de maio a agosto,
e setembro à dezembro, ou seja, a cada quatro meses.
Essa reavaliação torna possível adicionar ou excluir as ações que passaram a atender ou
deixaram de respeitar alguns dos critérios preestabelecidos. Sendo eles:
Não ser considerada uma “penny stock” – que são ações com cotação média abaixo de R$1;
IBOVESPA é uma espécie de termômetro que irá nos dizer como anda o mercado de ações
no Brasil. A Bolsa de Valores varia bastante, e essas oscilações são causadas por diversos
fatores ligados ao entendimento dos investidores, daí o rendimento dos investimentos feitos
nela serem ligados à tão falada renda variável.
Logo, uma ação se valoriza quando há mais investidores interessados em comprá-la e cai
quando há mais pessoas querendo vendê-la do que comprar.
Basicamente, ele segue as mesmas regras da carteira do IBOVESPA. Sendo os ativos analisados:
⯀ IBrX 100: mede desempenho médio das cotações dos 100 ativos de maior negocia-
bilidade e representatividade da B3;
⯀ IBrX 50: foca no desempenho médio das 50 ações com maior negociabilidade da B3;
⯀ IBRA: avalia o desempenho médio das cotações de todos os ativos negociados no
mercado à vista da B3. Sendo que esses ativos devem atender a critérios mínimos
de liquidez e presença no pregão.
44
FGV-100
É um índice composto pelas 100 ações mais negociadas na B3, excluindo empresas estatais
e bancos. A carteira teórica é composta apenas por ações de empresas privadas e não-fi-
nanciadas, levando-se em consideração os critérios de qualidade da empresa e de liquidez
ou volume financeiro negociados em Bolsas de Valores.
Sendo os segmentos:
Índice Utilidade Pública – UTIL: as principais ações de utilidade pública, como companhias
de energia elétrica, água e saneamento e gás.
Índice Financeiro – IFNC: ações das empresas mais negociadas do setor financeiro, repre-
sentando instituições como bancos, intermediários financeiros, seguros e previdência.
Índice Imobiliário – IMOB: principais ações do setor imobiliário, como empresas de cons-
trução civil, negociação imobiliária e exploração de imóveis.
Índice Consumo – ICON: ações das principais companhias dos setores de consumo cíclico
e não cíclico, como empresas de varejo, alimentação, saúde e educação.
Índice Industrial – INDX: setor industrial, seja de produção de produtos básicos, materiais
industriais, ou itens de consumo, refletindo o comportamento da indústria nacional como
um todo.
Índice de Energia Elétrica – IEE: reúne as ações das empresas com maior representatividade
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do setor de energia elétrica. Parte das ações desse grupo também estão no índice ÚTIL.
Dentro das preferenciais, ainda existe uma diferenciação entre Classe A, que gera o código
PNA, e também, da Classe B que gera o código PNB. As características destas classes, como
vantagens e desvantagens, são determinadas pela própria empresa no seu estatuto social.
Geralmente, a classe A possui mais preferências frente às outras. Mas, é importante saber o
que diz o estatuto da empresa.
PN x ON
O “N” de ambas as ações, significa Ação Nominativa Digital, que é basicamente o fato de
termos essa ação em nosso nome. As ON nos garantem direito a voto, é importante lembrar.
As ON, por exemplo, PETR3, VALE3, DBBL 3, ITUB3, normalmente elas terminam com o
código 3. Nas PN temos o exemplo da PRT4, VALE5, BBDC4 e ITUB4, terminando normal-
mente com o código 4.
Se quisermos apenas nós mesmos termos o controle da empresa, posso colocar apenas
ações preferenciais? Não podemos, pois sabemos que é necessário cumprir a regra que as
PN sejam comercializadas em até 49% e as ON no mínimo 51%. Mas o acionista que entrar,
46
para ter direito a voto, tem que possuir no mínimo 25% das ações ordinárias +1.
Deveres
Determinação Legal:
Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de
pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:
a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos
nas deliberações da assembleia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores
da companhia; e
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento
dos órgãos da companhia.
Parágrafo único. O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia
realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para
com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade
em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.
Responsabilidade
47
Determinação Legal:
Art. 117. O acionista controlador responde pelos danos causados por atos praticados com
abuso de poder.
a) orientar a companhia para fim estranho ao objeto social ou lesivo ao interesse nacional,
ou levá-la a favorecer outra sociedade, brasileira ou estrangeira, em prejuízo da participação
dos acionistas minoritários nos lucros ou no acervo da companhia, ou da economia nacional;
e) induzir, ou tentar induzir, administrador ou fiscal a praticar ato ilegal, ou, descumprindo
seus deveres definidos nesta Lei e no estatuto, promover, contra o interesse da companhia,
sua ratificação pela assembleia-geral;
Acordo de Acionistas
Determinação Legal:
Art. 118. Os acordos de acionistas, sobre a compra e venda de suas ações, preferência para
adquiri-las, exercício do direito a voto, ou do poder de controle deverão ser observados pela
companhia quando arquivados na sua sede. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
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§ 1º As obrigações ou ônus decorrentes desses acordos somente serão oponíveis a terceiros,
depois de averbados nos livros de registro e nos certificados das ações, se emitidos.
§ 2° Esses acordos não poderão ser invocados para eximir o acionista de responsabilidade
no exercício do direito de voto (artigo 115) ou do poder de controle (artigos 116 e 117).
§ 4º As ações averbadas nos termos deste artigo não poderão ser negociadas em bolsa ou
no mercado de balcão.
§ 6o O acordo de acionistas cujo prazo for fixado em função de termo ou condição resolutiva
somente pode ser denunciado segundo suas estipulações.
§11. A companhia poderá solicitar aos membros do acordo esclarecimento sobre suas cláusulas.
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Em primeiro lugar, para a hora da prova, precisamos ter claro em nossa mente que o ADR
é o BDR para os americanos.
Ou seja, na prática funciona como se fossem ações de empresas de outros países negocia-
das dentro do mercado brasileiro. Por causa das BDRs, agora muitas pessoas têm a opor-
tunidade de investir em algumas multinacionais que não são negociadas no Brasil, como
Apple e Google.
Isso significa que por meio de uma instituição financeira confidencial nos EUA estes valores
mobiliários podem ser negociados dentro de corretoras de valores situadas no mercado de
valor mobiliários americanos.
No Brasil, temos uma lei importante a respeito disso, que torna obrigatório que o pagamento
de dividendos seja no mínimo de 25% do lucro da empresa. Isso com base na Lei 6.404/76.
Como eles são pagos? A empresa pode optar por um pagamento semestral, trimestral ou
50
anual. Devendo ser declarado oficialmente o dia de pagamento pelo conselho de adminis-
tração da empresa.
O valor recebido irá depender de quantas ações a empresa tem. Digamos que cada ação irá
pagar 1.00 e o investidor possui 100 ações. Então o investidor vai receber 100,00.
Para a empresa, muitas vezes o uso do JCP é vantajoso do ponto de vista fiscal. Com isso,
ela reduz o lucro tributável, diminuindo o IR a ser pago pela empresa.
E, é claro, a grande vantagem é que a empresa pagaria impostos maiores sobre o lucro, na
faixa de 25%, do que os acionistas, que pagam 15% sobre os JCP.
Bonificações
51
Elas acontecem, normalmente, quando o retorno ao investir se dá no repasse de ações, não
de dinheiro. Isso porque podem existir bonificações em dinheiro de maneira eventual, caso
seja do interesse da empresa.
O valor a ser recebido como bonificação pelo acionista deve ser deliberado em assembleia
geral, quando o repasse é feito em forma de ação, passa a representar um aumento de
capital social da companhia.
A recompra de ações pode ser também executada quando uma companhia qualquer esteja
querendo reduzir os gastos com dividendos ou até mesmo distribuir ações entre seus pró-
prios executivos, pelo sistema de “opções de ações”.
Para o mercado, a recompra de ações pode ser um claro sinal de que a empresa acredita
no potencial de suas ações. Como já mencionado anteriormente, a recompra acontece
geralmente em momentos de queda de mercado. Com ações “canceladas”, por exemplo, o
número de acionistas da empresa não aumenta, e inclusive pode diminuir. Isso faz com que
o lucro total não seja extremamente diluído. Já as ações “custodiadas” podem ser mantidas
e relançadas num momento futuro de melhora de mercado.
Direito de Retirada
Garante ao acionista a sua de retirada de uma empresa com reembolso total do valor de
suas ações — desde que o pedido de retirada seja feito em até 30 dias posteriores à data de
publicação da ata da assembleia geral que aprova as matérias referidas nos incisos de I a IV
do artigo 136 da lei de nº 6.404/76.
52
Para que o direito de retirada seja aplicado, algumas hipóteses são elencadas pela Lei das
Sociedades por Ações:
Os direitos do acionista minoritário estão garantidos pela Lei das Sociedades por Ações (lei
nº 6.404/76). Ele pode participar das assembleias da empresa, tem preferência na aquisição
de mais ações e também alguns outros direitos que constam na referida lei.
Conforme rege o artigo 109 da lei nº 6.404/76, é direito dos acionistas minoritários:
Participação nos lucros: é direito essencial dos acionistas a participação nos lucros sociais
da empresa. As companhias são obrigadas a destinar parte dos lucros aos acionistas em
forma de dividendos. Vale ressaltar aqui que os acionistas preferenciais têm, justamente,
“preferência” no recebimento dos dividendos;
Preferência de venda e compra: os acionistas têm preferência tanto de venda (“tag along”)
quanto de compra (subscrição).
53
“Tag along” é um mecanismo de proteção aos acionistas minoritários que garante-lhes o
direito de deixar a sociedade caso o controle dela seja adquirido por investidor que até então
não era um sócio.
Voto: cada ação ordinária corresponde a 1 (um) voto nas deliberações da assembleia geral.
O acionista deve levar em consideração os seus interesses e também aquilo que for melhor
para a empresa;
Existem também as alíquotas ou taxas cobradas na compra e venda de ativos, cujas descrições
encontram-se na nota de corretagem gerada em cada operação executada. Já a retenção
do imposto de renda é de 0,005% do valor das vendas, de modo que a receita federal tome
conhecimento das movimentações de cada contribuinte.
Base de Cálculo
54
É o resultado positivo entre o valor de venda do ativo e o seu custo de aquisição. O cálculo
é feito pela média ponderada dos ganhos unitários apurados nas operações realizadas em
cada mês considerando-se a dedução dos custos e despesas incorridos na realização das
operações.
A pessoa física possui um benefício fiscal que a isenta de pagamento de imposto de renda
em operações comuns, desde que a soma das vendas mensais não ultrapasse o valor de
R$20.000.
55
dos R$20.000 em lucros.
Tipos de debêntures:
⯀ Debêntures sem garantia:
⯀ Quirografárias;
⯀ Subordinadas.
56
eventual liquidação da companhia em que investiu.
Garantia flutuante: assegura privilégio geral sobre o ativo da emissora, mas não impede a
negociação dos bens que o compõem.
57
TIPOS DE DEBÊNTURES
Debênture Simples
São o tipo mais comum de debêntures e podem também ser chamadas de “não-conver-
síveis”. Os seus rendimentos são pré ou pós-fixados, a depender do título e o pagamento é
periódico e com juros estabelecidos na escritura de emissão. O investimento, vale lembrar,
não poderá ser convertido em ações da companhia.
Debêntures Conversíveis
Esse tipo oferece a possibilidade ao investidor de transformar o crédito a receber em ações
da companhia. Por elas, a conversão de aplicação em ações faz a renda fixa tornar-se em
renda variável. Todos os detalhes como vencimento, resgate e rendimento devem constar
na escritura de emissão.
Funcionamento:
Por meio de processamentos eletrônicos das transações são registradas todas as operações
de compra, venda, caução, “comprometimento” e antecipação das debêntures. Em sua
constituição encontram-se separadamente os módulos de custódia, negociação, liquidação
e informações, os quais funcionam de modo integrado com o objetivo de garantir eficácia e
confiabilidade ao sistema. Fazem parte do SND as instituições financeiras, as pessoas jurídi-
cas não financeiras, os investidores institucionais e as companhias emissoras de debêntures.
58
Debêntures
Tanto a compra quanto a venda desse tipo de documento deverão ser feitas por uma insti-
tuição financeira. As negociações podem ser realizadas nas seguintes modalidades:
59
Mobiliários (CVM) e estabelece que suas nomeações e consequente aceitação para o exer-
cício da função devem constar na escritura de emissão. Neste documento encontramos
pontos que tratam dos deveres e responsabilidades do agente, remuneração, condições
de substituição etc.
Assembleia de Debenturistas
É a reunião de investidores que possuam debêntures emitidas por uma mesma companhia.
Nela são deliberados os assuntos de seus interesses, considerando os dispositivos da legis-
lação e da escritura de emissão.
Em assembleia, por meio de voto unitário (um por debênture), alguns pontos do contrato
podem ser alterados:
⯀ Data de vencimento;
⯀ Remuneração do título;
⯀ Condições de resgate;
⯀ Garantias.
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO
São títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações que entregam aos seus titulares,
nas condições constantes no certificado, o direito de subscrever ações do capital social da
companhia dentro dos limites de capital autorizados pelo estatuto. O bônus de subscrição
pode ser atribuído como vantagem aos subscritores de emissão ações e debêntures.
Ressaltamos que o bônus de subscrição é diferente do direito de subscrição, visto que este
é atribuído por lei e garante aos acionistas o poder de subscrever ações ou títulos acionários
conversíveis em novas emissões. Já a decisão de bônus de subscrição fica a critério da pró-
pria empresa, e a sua principal finalidade é beneficiar o acionista que já investe na empresa
por meio da oferta de novas ações em caráter preferencial.
60
A organização precisa divulgar as seguintes informações aos seus investidores:
Observação: quanto maior o prazo da aplicação, menor é a alíquota incidida sobre o ren-
dimento produzido.
62
Existem dois tipos de Sociedades por Ações:
⯀ Abertas: captam recursos junto ao poder público e são fiscalizadas pela Comissão
de Valores Mobiliários (CVM);
⯀ Fechadas: captam recursos junto a investidores privados.
Os fatos abaixo são exemplos que relevantes e que devem ser divulgados:
63
⯀ Mudança de controle da companhia, inclusive por meio de celebração, alteração ou
rescisão de acordo de acionistas;
⯀ Ingresso ou saída de sócios que mantém com a companhia contratos ou colaboração
profissional operacional, financeira, tecnológica ou administrativa;
⯀ Autorização para negociação de valores mobiliários emitidos pela companhia em
mercados nacionais e internacionais;
⯀ Decisão de promover o cancelamento de registro da companhia aberta;
⯀ Incorporação, fusão ou cisão envolvendo a companhia e empresas a ela relacionadas;
⯀ Transformação ou dissolução da companhia;
⯀ Renegociação de dívidas;
⯀ Aprovação de plano de outorga de opção de compra de ações;
⯀ Alteração nos direitos e vantagens dos valores mobiliários emitidos pela companhia;
⯀ Aprovação, alteração ou desistência de projeto ou atrasos em implantações;
⯀ Modificação de projeções que foram divulgadas pela companhia;
⯀ Pedidos de concordata, requerimento, confissão de falência ou propositura de ação
judicial que possam afetar a situação econômico-financeira da companhia.
Sempre que possível, a divulgação dos atos ou fatos relevantes deve ser feita antes do início
ou após o encerramento dos negócios na bolsa de valores e nas entidades de mercado de
balcão organizado.
ABERTURA DE CAPITAL
A abertura de capital é uma forma de captação de dinheiro, trazendo assim mais liquidez
para a empresa e ofertando publicamente suas ações. Para abrir o capital a empresa pre-
cisa ser uma Sociedade Anônima (S/A) e protocolar um pedido de registro na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM). Esta, por sua vez, é o órgão que regula e fiscaliza o mercado de
capitais brasileiro.
64
⯀ Parecer de auditor independente e outros documentos.
As ofertas públicas de distribuição primária e secundária precisam ser realizadas por intermé-
dio de instituições financeiras que integram o sistema de distribuição de valores mobiliários,
como por exemplo: bancos de investimentos ou corretoras de valores mobiliários.
Divulgação de Informações
O ofertante, juntamente com a instituição, submete-se a elaborar e disponibilizar informa-
ções relevantes ao público que eventualmente pretenda investir no projeto da oferta. O
documento informativo deve conter dois grandes grupos de informações:
65
como líderes na distribuição.
Distribuição Primária
Ocorre quando uma companhia emite e vende ações novas no mercado. No caso, o ven-
dedor é a própria companhia emissora. Assim, os recursos obtidos na distribuição acabam
sendo levados diretamente para o caixa da empresa.
Distribuição Secundária
Diferentemente do modelo primário, o responsável pela venda de ações na distribuição
secundária é alguém que já detenha certa quantidade de ações primárias emitidas pela
companhia. Portanto, as ações já existentes estão sendo revendidas. Os valores arrecadados
ficam exclusivamente com o vendedor.
Na primeira vez que uma empresa faz oferta pública de ações, o processo deve ocorrer com
intermediação de um banco de investimentos ou corretora. Emitir ações é uma das maneiras
que as empresas encontram para levantar recursos para o financiamento de investimentos
e crescimento corporativo.
66
Obrigações, Responsabilidades, Análises
e Tratamento das Informações
O primeiro ato do coordenador é decidir o tipo de oferta a ser feita — venda de ações, títulos
ou qualquer outro tipo de ativo passível de negociação em bolsa. Além disso, o coorde-
nador-líder pode formar um sindicato com outros coordenadores, visando a obtenção de
melhores resultados.
O sindicato é formado em casos em que haja grandes ofertas. Nesses casos os riscos são
maiores e as operacionalizações são mais complexas. É de responsabilidade do coordena-
dor-líder montar e gerenciar o sindicato durante toda a oferta.
Fazer a análise das finanças da empresa (demonstrativos contábeis) e das condições atuais
de mercado para chegar ao valor e quantidade inicial adequada de ativos a serem negocia-
dos também é uma obrigação do coordenador.
A análise para a definição de preço e quantidade de ativos da oferta inicial deve conter:
TIPOS DE OFERTA
Oferta de Garantia Firme
Ao divulgar ações no mercado primário, uma empresa pode ter a oferta de seus títulos
garantida por uma instituição financeira: nisso consiste o recurso garantia firme, também
conhecido por “underwriting” firme.
67
Quando a empresa abre o seu capital e lança ações no mercado financeiro por meio de uma
“Initial Public Offering” (IPO) são definidos o intermediário financeiro e também o perfil da
operação e o contrato de distribuição de ações. Entre outras informações, o contrato deve
conter o tipo de garantia oferecida pelo intermediário financeiro.
Existe também a garantia residual que é um tipo de subscrição pública, também conhecida
como stand-by underwriting. Nesse cenário, a companhia que opta em fazer esse processo
não se atribui sozinha de emitir as ações no mercado.
Isto é, a instituição financeira e a companhia se unem para fazer a subscrição das ações. Dessa
maneira, a função da garantia residual está ligada a captação de recursos das empresas.
SISTEMAS DE OFERTAS
“Bookbuilding”
É um processo que tem como objetivo a definição de um preço justo para uma oferta
pública de valores mobiliários antes de seu lançamento e com base em análises de demanda
realizadas pelo coordenador-líder em colaboração com os investidores institucionais. Esse
mecanismo ajuda não só no estabelecimento do preço, mas também na escolha do número
68
e do tipo de títulos a serem oferecidos.
O bookbuilding é utilizado tanto para ofertas primárias quanto para secundárias de emis-
sões de títulos como debêntures, “bonds”, títulos privados e cotas de fundo. As suas fases
são as seguintes:
Importante: quanto maior a demanda, mais próxima a precificação tende a ficar do teto
oferta e vice-versa. Caso a demanda supere a oferta, deverá haver rateio. Nesse caso os
investidores terão menos papéis do que desejavam.
Leilões
As regras de negociações dos mercados de bolsa estabelecem as variações de preços e
de quantidades ofertados em seus sistemas de negociação. Sempre que a quantidade ou
o preço de um ativo atingir os limites pré-determinados, a negociação passa a seguir um
procedimento especial estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A bolsa de valores regulamenta as operações por intermédio de leilões, nos quais são reali-
zados negócios específicos. O enquadramento das operações para utilização dos procedi-
mentos especiais em leilões leva em consideração os parâmetros de quantidade, cotação
momentânea e último preço negociado.
Rateio
É um conceito associado à Oferta Pública Inicial (OPI) de ações de uma empresa e também
ao “bookbuilding”. O rateio lida com a demanda excedente, ou seja, em situações em que
a procura é maior do que a oferta desejada pela empresa.
69
O processo de “bookbuilding” permite aos investidores fazer uma reserva de compra para
as ações que pretendem adquirir. Assim, pode ocorrer que o volume de reservas de ações
seja superior ao que a empresa pretendia vender. Haverá então necessidade de se fazer o
rateio das ações.
Caso o preço da nova avaliação seja igual ou inferior ao da OPA, esses acionistas deverão
arcar com todos os custos da assembleia. Caso o preço seja maior que o dado anteriormente,
70
o ofertante pode desistir da OPA ou aceitar o novo valor.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Definição
A Recuperação Judicial (RJ) é um recurso previsto na Lei de Falências e Recuperação de
Empresas (LFRE — lei nº 11.101/2005) e utilizado por companhias em dificuldades financeiras
com o objetivo maior de evitar o caminho da falência.
O pedido de RJ deve ser protocolado na justiça e a empresa deve cumprir alguns requisitos:
A negociação do plano de recuperação não interessa apenas ao devedor, que deseja evitar a
falência, mas também aos credores. A RJ é uma forma de garantir um melhor entendimento
entre credores, empregados e empresários.
Já se o plano for feito corretamente, deve-se então apresentá-lo aos credores para que estes
71
se posicionem, em até 180 dias, a favor ou contra os termos propostos. Se os credores não
aprovarem, será decretado falência. Caso aprovem, a empresa entra oficialmente em pro-
cesso de recuperação judicial;
Executiva: nesta fase o plano é colocado em prática. Compete ao judiciário e aos credores
a fiscalização do cumprimento do plano. Caso o plano seja executado integralmente, o juiz
decretará o encerramento do período de recuperação. Mas se uma das etapas não for con-
cluída, será decretado falência.
O plano de recuperação pode conter algumas soluções que provoquem o direito de recesso
dos acionistas nos termos da lei societária — cisão, fusão, incorporação ou mudança de
objeto social. Nesses casos, o reembolso das ações poderia comprometer a recuperação da
empresa, prejudicando assim o direito dos acionistas.
CONCEITOS DE “RATING”
O “rating” é uma nota que as agências de classificação de risco de crédito atribuem a um
emissor quanto ao cumprimento de sua dívida, seja o objeto de análise um país, empresa
ou banco. Serve para que os investidores saibam o nível de risco dos títulos de dívida que
estão adquirindo.
72
Cada agência de classificação utiliza métricas e níveis próprios para atribuir pontuações de
“rating”. No geral, as avaliações levam em conta fatores como:
Agências de “Rating”
Originaram-se nos Estados Unidos e expandiram-se pelo mundo no século XIX. As primei-
ras agências de “rating” tinham o objetivo de fornecer aos comerciantes informações sobre
a capacidade de pagamento dos clientes e ajudar os investidores a buscar cada vez mais
dados para aplicar com segurança o seu dinheiro.
⯀ Fitch Ratings;
⯀ Moody’s;
⯀ Standard & Poor’s Global (S&P Global).
Observação: elas continuam sendo as três maiores agências em atuação no mercado mun-
dial nos dias de hoje.
Tipos de “Rating”
“Rating” Soberano
É um parecer da agência de “rating” sobre o potencial de pagamento das dívidas de um país
em uma visão de longo prazo. Os fatores de curto prazo só influenciam no “rating” soberano
caso influenciem nas perspectivas futuras.
73
seus compromissos financeiros no prazo esperado (pagamento de juros e dividendos). Além
disso, são aplicáveis a uma vasta quantidade de emissores e emissões, incluindo: países,
estados, municípios, operações estruturadas, instituições financeiras, empresas, títulos de
dívida, ações preferenciais e empréstimos bancários.
FUNDOS DE INVESTIMENTO
Conceitos de Fundos de Investimentos
Fundo de investimento é uma união de recursos, captados por pessoas físicas ou jurídicas, com
o objetivo de obter ganhos financeiros a partir de aplicação em títulos e valores mobiliários.
Os fundos são divididos em contas (pequenas partes do patrimônio total), e para investir
neles é preciso a aquisição de pelo menos uma dessas cotas. Uma financeira responsável
administra todo o capital por meio de gestores especializados, que realizam investimentos
em ativos financeiros com perfis que se combinem com os dos investidores do fundo.
Fundos de Ações: os gestores utilizam o capital para a compra de ações da bolsa de valo-
res com perspectiva de rendimento aos cotistas. É recomendado para investidores que se
arriscam mais em trocas com potencial de rentabilidade;
74
Fundos Referenciados: abarcam os famosos fundos DI.
75
consideração critérios de reputação e outras exigências, com o fito de minimizar as chances
de atuações mal-intencionadas.
76
Módulo 3
mercado de renda fixa
O objetivo deste capítulo é apresentar a renda fixa os componentes
desse tipo de investimento.
REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO: CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
Capitalização é o processo pelo qual os juros são incorporados ao capital. Juros correspondem
à remuneração do capital, e na capitalização ambos são somados conjuntamente.
Capitalização Contínua
Funciona quando a variável tempo tende ao infinito. Assim, na capitalização contínua, o
tempo é considerado infinitesimal (pode ser dividido em infinitas partes menores). Numa
parcela de tempo infinitamente pequena, a taxa de juros é considerada como sendo uma
taxa de juros instantânea.
Fórmula:
i = Taxa de Juros
n = Tempo ou Período
Exemplo:
Resolução:
FV = PV × e
1.000.000 = PV × 2,72
78
As informações oferecidas são: o valor futuro é de 1 milhão de reais; a taxa de capitalização
é de 2,5% ao mês; e o período é de 10 anos (10 anos correspondem a 120 meses. Atenção
para a correta correspondência entre taxa de capitalização e período. Ambas devem ser
empregadas com a mesma unidade de tempo).
Capitalização Descontínua
Neste modelo, os juros só são incorporados ao capital no final do período referente à capi-
talização. Assim, os rendimentos ocorrem de maneira descontínua, ou seja, em um único
momento do período (diferentemente da capitalização contínua, que se distribui ao longo do
período). Na capitalização descontínua existem os regimes de juros simples e juros compostos.
De forma geral, os juros simples são calculados de acordo com o valor total da operação,
e aparecem mais frequentemente em transações diárias. Por sua vez, os juros compostos
(também chamados de “juros sobre juros”) são calculados sobre o valor total da operação
79
somado ao valor dos juros simples, e aparecem mais frequentemente em investimentos
de longo prazo.
Juros Simples
É também conhecido por regime de capitalização simples. Nesse sistema, os juros crescem
de forma linear ao longo do tempo e incidem somente sobre o capital inicial da operação,
aplicação ou empréstimo.
Fórmula:
Completa
Juros
Onde
i: taxa
n: período
J: juros
80
Juros Compostos
Neste regime, diferentemente do regime de juros simples, os juros incidem não no começo
do período, mas no saldo devedor do período anterior, havendo assim uma composição de
juros.
Sempre os juros compostos incidem sobre o saldo devedor ou montante do período ime-
diatamente anterior. Isso é muito importante de se lembrar. A relação entre montante e
valor inicial em juros compostos é uma relação exponencial.
Fórmula:
i = Taxa de Juros
n = Tempo ou Período
81
Exemplo:
Um capital de R $7.247,61 foi aplicado a juros compostos durante um quadrimestre, a uma
taxa de 2,5% ao mês. Qual o montante obtido?
Resolução:
FV = PV x (1 + i) n
PV= 7.247,61
i= 0,025
82
independentemente de a taxa de juros ser de 3% ao mês ou 9% ao trimestre.
Taxas Equivalentes
Em se tratando de juros compostos, a taxa é equivalente à operação. Nesse processo há
diferenças tanto na fórmula quanto na própria taxa de juros. Por relacionar-se à capitalização
exponencial, a expressão da taxa equivalente composta é a média geométrica da taxa de
juros do período inteiro.
Observação: Em um plano cartesiano de período por montante, o gráfico para juros sim-
ples corresponderá a uma reta crescente e constante. Já para os juros compostos, a linha
gráfica terá o formato de curvatura exponencial. A comparação entre os dois gráficos (de
juros simples e de juros compostos) nos mostra que com os juros compostos o aumento
relativo do montante se dá em intervalos de tempos cada vez menores.
Fórmula:
Exemplo:
A taxa equivalente composta mensal de 10,3826% ao semestre é de 1,66% ao mês. Confira
abaixo estes dados aplicados na fórmula:
É importante separar de forma clara a taxa nominal de juros (que mede o resultado de uma
operação em valor corrente) e a taxa nominal (que indica descapitalização dos juros de forma
proporcional).
Taxa Real
O termo “real” em operações de matemática financeira mostra sempre o resultado livre dos
efeitos inflacionários. Ou seja, aquilo que se ganhou ou se perdeu de modo genérico, sem
considerar a interferência das variações verificadas nos preços. O objetivo do cálculo da taxa
real é retirar a indexação da taxa total de juros de modo a expressar os juros reais.
Fórmula:
Exemplo:
Uma pessoa aplicou R$400.000,00 em um título por 3 meses, à taxa nominal de 6,5% a.t.
Sendo de 4,0% a inflação desse período, demonstrar os rendimentos nominal e real auferidos
pelo aplicador, assim como as respectivas taxas de retorno.
Resolução:
Nominal
84
400.000
Real
1 + 0,04
Percebemos que o ganho real do período, descontados os efeitos inflacionários, será obtido
usando-se no cálculo o valor da taxa de juros real. Assim, os ganhos obtidos correspondem
a R$9.600,00.
ANUIDADES
As anuidades são séries de pagamentos ou recebimentos destinados a liquidar dívidas ou
compor capitais. As anuidades podem ser também chamadas de rendas quando se rela-
cionam a empréstimos e financiamentos. O princípio continua o mesmo: uma sequência
de pagamentos (parcelas) é efetuada para arrecadar fundo de poupança, quitar dívidas,
financiar imóveis etc.
85
Rendas ou anuidades postecipadas
Os pagamentos são feitos apenas ao final de cada um dos períodos.
Fórmula
n = Número de Pagamentos
i = Taxa
Exemplo:
Um contribuinte deseja parcelar sua dívida no valor à vista de R$1.350,00, em quatro prestações
86
mensais, iguais e sucessivas, com o primeiro pagamento se dando depois de decorridos 30
dias de ajuste. Qual o valor das prestações mensais devidas, se a taxa de juros for 5% a.m?
Resolução:
PV = 1.350,00 i = 5% a.m n = 4
( 1 + 0,05 ) 4 - 1
O valor obtido com a fórmula corresponde ao pagamento mensal que o contribuinte deve
fazer pelo período de quatro meses.
O Valor Presente Líquido (VPL) representa o resultado final de um fluxo de caixa trazido
ao valor presente a determinada taxa. Normalmente a taxa aplicada é a Taxa Mínima de
Atratividade (TMA), entendida como a menor taxa de retorno possível vinculada às possibi-
lidades do mercado.
Pelo critério da taxa interna de retorno, um projeto só se torna viável se o custo de oportunidade
ou taxa mínima de atratividade for menor que ela. Já em relação ao valor presente líquido, o
87
projeto só faz sentido se forem considerados valores, tempo e positividade numérica do VPL
Fórmulas:
Valor Presente Líquido
Exemplo:
Gustavo recebeu a seguinte proposta de investimento: aplicar R$1.000.000,00, tendo como
retorno, nos próximos três anos, R$400.000,00, R$500.000,00 e R$300.000,00, respectiva-
mente. Sabendo-se que o seu custo de oportunidade é de 12% ao ano, o investimento deve
ser realizado?
Resolução:
Fluxo de caixa:
i = 12% a.a
VPL = – R$ 30.726,13
Como o valor presente líquido e a taxa interna de retorno não alcançaram os critérios esta-
belecidos, o investimento não é recomendado.
Fórmula:
89
A média aritmética preserva a soma dos elementos da lista ou conjunto de números.
Exemplo:
A média diária do número de funcionários que faltaram ao trabalho tanto na segunda quanto
na sexta-feira supera a média diária do número de funcionários que faltaram na terça, quarta
e quinta-feira em quantas unidades?
a) 7
b) 8
c) 9
d) 10
e) 11
Resolução:
A primeira média, correspondente aos faltantes na segunda e na sexta-feira, é igual a 13 +
23 / 2 = 18. A segunda média, correspondente aos faltantes nos outros três dias da semana,
é igual a 9 + 6 + 18 / 3 = 11. A diferença entre 18 e 11 é igual a 7.
Média Geométrica
Para calculá-la, basta multiplicar todos os elementos de um conjunto e colocar isso em uma
radiciação cujo índice corresponda à quantidade de elementos que foram multiplicados.
90
A média geométrica preserva o produto dos elementos da lista de números.
Exemplo:
Resolução:
Exemplo:
Resolução:
Fórmula:
⯀ DP = Desvio Padrão
⯀ MA = Média Aritmética do Conjunto
⯀ xi = Elemento (posição i)
⯀ n = Quantidade de Elementos
91
Observação: o somatório dentro da raiz quadrada aponta que deve-se somar cada um dos
dados, desde a posição 1 até a posição n, e subtraindo cada um deles da média do conjunto
e elevando essa diferença ao quadrado.
Variância
Esta também é uma medida de dispersão. Indica quanto um conjunto de dados encontra-se
distante do valor medial esperado.
Fórmula:
V = Variância
xi = Elemento (posição i)
n = Quantidade de Elementos
Exemplo:
Os dados da tabela abaixo informam os resultados (receitas menos despesas) de uma empresa
nos quatro primeiros meses do ano. Com base nisso, calcule o desvio padrão e a variância.
Resolução:
Primeiramente precisamos calcular a média aritmética dos valores.
92
Lembremos que a variância é igual ao desvio padrão ao quadrado. Sendo assim, conhecendo
o valor do desvio padrão, a variância é calculada simplesmente elevando-o ao quadrado
(sem necessariamente aplicar dados à fórmula).
Normalmente, na área financeira, tanto o desvio padrão quanto a variância são medidas
utilizadas para calcular possíveis riscos de retorno dos ativos. O risco, notamos, está direta-
mente associado ao comportamento dos cálculos oferecidos por elas.
Quanto mais próximo de zero for o valor da covariância, menor a possibilidade de identifi-
cação do comportamento de interdependência entre as variáveis.
A covariância entre duas variáveis pode ser obtida por meio de dados da variância.
Fórmula:
93
a = constante
b = constante
Correlação
É uma medida que indica o quanto dois ativos diferentes se relacionam. De certa forma, a
correlação é explicada pela covariância. Uma de suas principais aplicações é voltada para o
entendimento do que acontece com um determinado ativo quando um outro ativo a ele
relacionado se “move” numa direção qualquer.
Se a correlação entre dois ativos for igual a 1: os ativos são perfeitamente correlacionados.
Isto é, eles se movimentam na mesma direção e com proporções iguais.
Se a correlação entre dois ativos for igual a -1: os ativos são inversamente correlacionados.
Isto é, eles se movimentam em direções opostas e com proporções iguais.
Se a correlação entre dois ativos for igual a 0: os ativos não possuem relação entre si.
Fórmula:
Diversificação Correlativa
É um indicador que aponta o quanto uma carteira de investimentos é diversificada.
⯀ Notas do Tesouro Nacional (NTN): são títulos pós-fixados surgidos em 1991 pela lei nº
8.177.
◇ NTN-B: atualizadas pelo valor do IPCA e com pagamento semestral dos juros.
◇ NTN-B Principal: pagamento de todos os rendimentos no vencimento do título
(juros + inflação). Sendo assim, não paga juros semestrais.
◇ NTN-F: título pré-fixado com pagamento semestral dos juros.
TESOURO DIRETO
É um programa que foi criado pelo Tesouro Nacional para permitir o investimento em títulos
públicos. Na prática, é um empréstimo de dinheiro para o governo tendo a rentabilidade
como contrapartida. Esse tipo de investimento é geralmente a porta de entrada para muitos
95
agentes no mercado financeiro pois o capital demandado e os riscos são baixos.
⯀ Tesouro Selic: possui liquidez diária e rendimento associado à taxa Selic. Muitas vezes
utilizado como reserva de emergência.
⯀ Tesouro do Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA): é um intermediário
entre os modelos pré-fixado e pós-fixado. Sua rentabilidade varia de acordo com o
IPCA. Além disso, é acompanhado de um rendimento fixo. Portanto, ao investir nessa
modalidade, haverá ganhos fixos e ganhos relacionados à inflação do período.
⯀ Tesouro pré-fixado: investimento com rentabilidade anual fixada no momento da
compra.
O investidor que aplica no CDB recebe uma taxa de juros fixa. Ao final do prazo de venci-
mento do título, o valor recebido corresponde ao investimento mais a rentabilidade dos
juros previamente estabelecidos. Vale lembrar que existem diferentes prazos de venci-
mentos para os CDBs. Alguns possuem liquidez diária, por exemplo.
As letras de câmbio estão geralmente associadas a títulos normativos com prazo de venci-
mento determinado, emitidos pelos financiados dos contratos de crédito e sendo aceitos
pelas instituições financeiras participantes da operação. Posteriormente, são vendidos a
96
investidores e funcionam como um dos principais métodos de levantamento de capital
para financiamentos de bens duráveis realizados pelas instituições financeiras (crédito
direto ao consumidor).
Suas principais características são que não possuem Imposto de Renda para investidor do
tipo pessoa física e o prazo mínimo de retirada é de no mínimo 180 dias. Não é permitida a
emissão de LHs com prazo de vencimento superior aos créditos hipotecários que servem
de garantia.
Híbrida: é uma mistura entre as formas pré-fixada e pós-fixada. Sua rentabilidade é, portanto,
a soma de um fator prefixado e de um fator financeiro (geralmente o índice de inflação).
CARREGAMENTO DIÁRIO
O investidor que adquire títulos de renda fixa considera sempre a rentabilidade pré-defi-
nida no momento da compra. Em títulos dessa modalidade, há também uma data final
de investimento mesmo para aqueles que garantem liquidez diária. Nesta data, o acordo é
encerrado e o dinheiro do investidor é devolvido de acordo com o rendimento combinado.
É válido notarmos que o preço de mercado de cada título varia diariamente, o que faz
com que o valor investido também seja atualizado. No caso de resgates antecipados do
dinheiro, o rendimento estará sujeito a ter rentabilidade menor do que aquela do prazo
97
de vencimento. Isso ocorre devido à diferença, na hora da venda antecipada, dos preços
de aquisição e de mercado.
Curva do Papel
É adequada aos títulos que permanecem na carteira até o vencimento. O papel é conta-
bilizado pela taxa de juros de aquisição. Graficamente, a curva do papel é algo como uma
linha reta que acompanha o sentido da curva de marcação a mercado.
Precificação de Títulos
A precificação de títulos de renda fixa nada mais é que uma forma de se encontrar o valor
presente de todos os fluxos de caixa futuros esperados e somá-los conjuntamente para se
obter o valor presente do título.
Os seguintes fatores devem ser levados em conta para que possamos precificar os títulos:
98
Fórmula:
VP = Valor Presente
K = Taxa de Descontos
P = Principal
n = Períodos
Exemplo:
Um título de renda fixa público prefixado com cupons semestrais de 30,00, um valor de
face de R$1.000,00, rendimento anual de 10% e prazo de 5 anos, deve custar…?
Resolução:
Transformar a taxa de ano para semestre:
Outra dica importante é que o desenho do fluxo de caixa seja feito. Não tenha medo de
fazê-lo. Marque em cada divisão semestral os cupons de 30 reais.
Observemos que as unidades de tempo devem ser iguais. A taxa de juros foi convertida
para semestral. Assim, o período também deve seguir a mesma orientação. O resultado
da transformação nos dará um período de 10 semestres (correspondentes a 5 anos).
99
O título deve custar aproximadamente R$854,00.
ESTRUTURA A TERMO
Estrutura a Termo de Taxas de Juros
É uma curva que relaciona as taxas de juros com os mesmos riscos de crédito para diferentes
prazos. Existem taxas de juros diferentes para os mais diversos níveis de risco de crédito e
também para os mais variados indexadores.
Noções de “Duration”
“Duration” é a medida da taxa de risco gerada pela taxa de juros. Assim, é possível medir
as influências que a taxa de juros, devido aos impactos de flutuações, causa nos preços e
índices do mercado financeiro.
100
Representa a vida média de uma carteira.
Taxa Forward
Existe também a Taxa Forward que é um tipo de taxa que será aplicada em um contrato
financeiro começando em data futura. É o mesmo conceito aplicado pela taxa a termo,
caracterizando uma operação futura, é uma taxa muito utilizada para contratos em datas
futuras, acontece bastante em negociações de commodities, moedas ou mesmo no mer-
cado de opções e derivativos.
Um exemplo seria firmar um contrato começando no dia 15 (D+15) com vencimento para
mais trinta dias. Ou seja, o resgate ocorreria em 45 dias a partir de hoje (D+45).
Lembre-se de que a variação de uma unidade é o seu valor final menos o seu valor inicial.
Resolução:
101
Macaulay duration = ( 100 x1+ 100 x 2 + ( 1.100 x 3)
1.026,09
Pelos cálculos, a Macaulay “Duration” será equivalente a 2,74 anos (prazo médio de recebi-
mento de todos os fluxos de caixa).
Lembremos sempre que a Macaulay “Duration” estará sempre vinculada ao prazo médio
da carteira.
(1 + YMT)
Um título tem uma Duration de 8,4. Se a taxa de juros cair de 9,3% para 8,9%, qual será o
percentual no preço?
Resolução:
Modified duration = (-) (∆P)
(∆ i)
8,4 = - ∆P
(8,9 - 9,3)
8,2 = - ∆P
-0,4
102
∆P = 3,36 % o preço da carteira subiu em 3,36%
TRIBUTAÇÃO
Antes de adentrarmos ao estudo da tributação em si, é necessário sabermos quais os inves-
timentos são tributáveis.
Tabela regressiva do IOF que incide antes do IR e ele só é cobrado caso você peça o resgate
antes de 30 dias da aplicação.
103
Pessoas físicas são isentas de tributação sobre os rendimentos da poupança, de títulos imo-
biliários, de títulos do agronegócio e de debêntures de infraestrutura.
Exemplo:
Eis um caso de diferença positiva de rendimento: valor de renda e de aplicação líquidos do IOF.
Resolução:
IOF = 2000,00 x 40% = 800,00
R$ 102.430,00
104
Módulo 4
MERCADO DE DERIVATIVOS
O objetivo deste capítulo é explicar o funcionamento do mercado de
derivativos.
ASPECTOS GERAIS SOBRE A NEGOCIAÇÃO
NO MERCADO DE DERIVATIVOS
Derivativo é um instrumento financeiro cujo preço origina-se de um ativo ou de algum
instrumento financeiro de referência (ativo-objeto). Faz parte de um mercado chamado
de mercado de liquidação futura.
CONTRATOS A TERMO
Trata-se de um contrato particular de compra e venda de um ativo em uma data futura e
106
com um preço previamente estabelecido. As partes negociantes (instituições financeiras
e/ou clientes) acordam entre si, os valores e as características do ativo e de seu vencimento.
Fórmula:
Precificação:
Soma-se o preço à vista do ativo-objeto a uma taxa de juros de mercado para o prazo do
contrato:
t = Tempo de Contrato
CONTRATOS A FUTURO
É um acordo entre comprador e vendedor para a entrega e recebimento de uma determi-
nada quantidade de ativos a um preço estabelecido mutuamente e com liquidação prevista
em data futura. A negociação do ativo-objeto aqui é feita sem movimentação financeira.
107
⯀ Contratos negociados e padronizados em Bolsa;
⯀ Contratos com encerramento programado:
⯀ Liquidação financeira: pagamento ou recebimento da diferença de preços do ativo;
⯀ Liquidação física: entrega efetiva do ativo.
Fórmula:
O preço futuro (F) = preço à vista (S – spot) acrescido da taxa de juros livre de risco.
Considera-se que a taxa de juros livre de risco (i) é constante e igual para todos os venci-
mentos em (t).
Local: “Clearinghouse” ou Câmara de Compensação, sendo que todo vendedor vende apenas
para a “Clearinghouse” ao passo que todo comprador compra apenas da “Clearinghouse”;
⯀ DOL: contratos futuros em dólar e que tem como ativo subjacente a taxa de câmbio
de real para dólar norte-americano;
⯀ DI1: contrato que tem como ativo subjacente a taxa de juros negociada no mercado
interbancário (CDI) com prazo de um dia.
CONTRATO DE OPÇÕES
São contratos bilaterais que oferecem ao comprador (titular) o direito não-coercitivo de
negociar um ativo-objeto por um preço previamente estabelecido até que se chegue à
certa data no futuro. Assim, o titular de uma opção tem sempre o direito, e o lançador
tem sempre as obrigações. Vale ressaltar que o mercado de opções negocia os direitos
de compra ou venda, mas não os ativos diretamente.
108
Os principais tipos de contratos de opções são:
⯀ Opção de compra (“call”): o titular tem o direito de comprar um ativo por um valor
específico desde que a operação seja feita dentro de um período pré-estabelecido;
⯀ Opção de venda (“put”): o titular tem o direito de vender um ativo por um valor
específico desde que a operação seja feita dentro de um período pré-estabelecido.
⯀ Compra de opção de compra (“long call”): aquisição de opções de compra de um
determinado ativo a fim de que ele se valorize.
⯀ Venda de opção de compra (“short call”): opções que oferecem certo lucro ao
investidor que acredita na estabilidade do mercado.
⯀ Opção coberta: lançador deposita a totalidade dos ativos-objetos em garantia;
⯀ Opção descoberta: o lançador não efetua o depósito da totalidade dos ativos-objetos,
e deve atender às normas da margem exigida pela Câmara dos Ativos.
⯀ Compra de opção de venda (“long put”): quando o investidor adquire opções de
venda com o intuito de se beneficiar com a queda do preço à vista do ativo-objeto e
com a valorização do prêmio;
⯀ Venda de opção de venda (“short put”): serve para investidores que, acreditando
em uma alta do mercado, procuram receber rendas adicionais.
PRECIFICAÇÃO
O valor pode ser dividido em duas partes:
CONTRATOS DE “SWAPS”
Trata-se de uma operação na qual as partes trocam fluxos de caixa entre si por um valor
109
previamente acordado e datado. Estes contratos estabelecem trocas de fluxo de caixa e
risco entre empresas e investidores. Os valores e datas iniciais são negociados livremente
entre as partes. Já a liquidação deve ser feita somente no vencimento com ajuste periódico.
⯀ Nos contratos com garantia é necessário que seja feito o depósito do valor corres-
pondente na própria bolsa;
⯀ Nos contratos sem garantia as negociações são feitas no mercado organizado e
administradas pela B3.
⯀ De taxa de juros;
⯀ De moedas;
⯀ De índices;
⯀ De commodities.
Fórmula:
DERIVATIVOS DE DERIVATIVOS
Conceitos e Definições Fundamentais
“Hedge”: proteção de posições já existentes, com o objetivo de zerar os riscos de mercado;
110
comprar e vender constantemente;
Operações financeiras: operações mais eficientes, com o objetivo de correr menos riscos
de crédito e ter maior liquidez.
OS PARTICIPANTES DO MERCADO
“Hedgers”
O objetivo do “hedger” é proteger-se da oscilação dos preços, garantir o preço de compra
ou de venda de determinada mercadoria em data futura, eliminando o risco de variações
adversas de preço.
Especuladores
O objetivo dos especuladores é a obtenção de lucro em contratos futuros com o ganho
do diferencial entre os preços — seja na compra, seja na venda. Diferem-se dos “hedgers”
porque não têm nenhum tipo de negociação no mercado físico. Os especuladores também
não têm nenhum tipo de interesse ou relação com o ativo-objeto. Sua presença é funda-
mental no mercado futuro pois é o único agente que assume os riscos do mercado, viabi-
lizando a contrapartida das operações de “hedge” e proporcionando liquidez ao mercado.
Arbitradores
O objetivo dos arbitradores é o lucro. Buscam distorções dos preços de mercado e disso
tiram proveito financeiro. A estratégia do arbitrador é comprar no mercado em que o preço
está menor e vender no mercado em que o preço encontra-se maior, lucrando assim com o
diferencial. O arbitrador não assume praticamente nenhum risco porque sabe exatamente
por quanto irá comprar e também por quanto irá vender.
111
de recursos). Portanto, sendo os operadores de tesouraria, têm a função de administrar o
fluxo de caixa das instituições, buscando captar recursos a taxas baixas e aplicá-los poste-
riormente a taxas altas, além de também compatibilizar os prazos de captação e aplicação.
“Market Makers”
São instituições especializadas em determinadas ações ou ativos, com a finalidade prin-
cipal de proporcionar liquidez aos mercados. Essas instituições se comprometem a fazer
propostas de compra e venda aos demais participantes do mercado.
Se uma corretora faz o papel de “market maker” de determinada ação, qualquer membro
que tenha dificuldades de negociação pode recorrer a ela imediatamente. A corretora
então torna-se obrigada a abrir um “spread” (revelar o preço de compra e de venda da
referida ação).
Manipuladores
Os manipuladores alteram artificialmente o preço de um ativo com o objetivo de obter
lucro com a variação de preço. É importante considerar que essa ação só tem efeitos sig-
nificativos quando os agentes manipuladores possuem relevância de mercado. Entre os
métodos menos ortodoxos de manipulação encontram-se a divulgação de notícias falsas
e a contratação de analistas que emitem propositalmente pareceres e opiniões falsas a
respeito de um ativo-objetivo ou de um conjunto de ativos-objetivo.
112
Módulo 5
conceitos econômicos
O objetivo deste capítulo é fazer uma revisão sobre os principais con-
ceitos econômicos.
BASE MONETÁRIA, MEIOS DE PAGAMENTOS,
METAS DE INFLAÇÃO E COMPOM
Base Monetária
Refere-se ao volume de dinheiro em moeda (em papel ou metal) criado pelo Banco Central
e também às reservas bancárias em poder das entidades financeiras e às depositadas
no Banco Central. Apoiando-se sobre a base monetária, o sistema bancário, por meio de
concessão de crédito, produz moeda escritural — aumentando assim a oferta da moeda.
Meios de Pagamento
Dizer oferta de moeda é o mesmo que dizer meios de pagamento (estoque de moeda
disponível a qualquer momento para uso coletivo). Os chamados agregados monetários
são as medidas quantitativas da oferta de moeda. Cada país os classifica de uma forma,
mas geralmente o critério é por ordem de liquidez.
⯀ M0 (base monetária restrita): moeda emitida (em papel ou metal) + reservas bancárias
(moeda em poder das entidades financeiras e depósitos no Banco Central);
⯀ M1: moeda em poder do público + depósitos à vista em bancos comerciais. Corresponde
ao total de moeda com liquidez imediata e que não rende juros;
⯀ M2: M1 + depósitos a prazo (depósitos para investimentos, depósitos de poupança,
fundos de aplicação financeira e de renda fixa a curto prazo) + títulos governamentais
em poder público;
⯀ M3: M2 + depósitos de poupança;
⯀ M4: M3 + títulos privados (depósitos em letras de câmbio).
Observe que cada um dos agregados posteriores, contanto a partir do M1, corresponde à
soma de todos os agregados anteriores. Assim, M4 = M3 + M2 + M1 + M0.
Metas de Inflação
Metas de inflação nada mais são que um tipo de política econômica, cujo principais obje-
tivos são a manutenção da inflação em níveis aceitáveis ou redução da inflação a níveis
baixos. Para isso, os países emitem anúncios prévios de metas para a inflação esperada
para determinado prazo, e se comprometem por meio de suas instituições financeiras
114
(geralmente o Banco Central) a cumprir o que fora estabelecido.
Eis os principais instrumentos utilizados pelo Banco Central do Brasil para alcançar as
metas de inflação:
⯀ Taxa de juros;
⯀ Crescimento da base monetária;
⯀ Taxas de câmbio.
Conta Corrente
A conta corrente é composta por quatro outras contas:
Conta de Capitais
Configura o saldo líquido entre compras de ativos estrangeiros por residentes no Brasil e
também a venda de ativos nacionais a estrangeiros.
Conta Financeira
Configura o somatório dos valores líquidos dos investimentos diretos, dos investimentos
em carteira, dos derivativos e de outros instrumentos.
116
⯀ Conta corrente: Balanças comercial, de serviços e rendas + transferências unilaterais;
⯀ Balanço de pagamentos: contas corrente, de capitais e financeira.
REGIMES CAMBIAIS
O câmbio é uma operação financeira identificada pela troca de moeda de um país pela
moeda de outro. É um componente do sistema monetário internacional responsável pela
facilidade de transações entre países.
Câmbio fixo: o valor da moeda estrangeira é fixado pelo governo nacional. Consequentemente,
a moeda nativa passa a ter um valor fixo em relação a essa moeda-base exterior. A van-
tagem desse modelo é a facilidade no controle da inflação, ao passo que a desvantagem
é que pode ocorrer valorização excessiva da moeda nacional, acarretando a redução das
exportações e aumento das importações.
Banda cambial: a autoridade monetária do país libera a variação das taxas de câmbio desde
que ela ocorra dentro de limites pré-estabelecidos, os quais são chamados de “bandas”.
A vantagem desse modelo é que ocorre a viabilização cambial sem que haja valorizações
ou desvalorizações abruptas, garantido assim maior previsibilidade ao mercado financeiro.
117
Já a desvantagem do modelo de bandas é que em muitos dos casos as determinações
governamentais podem criar artificialismo cambial, prejudicando assim o agente econô-
mico nacional.
Superávit primário
O superávit é classificado como primário quando o governo alcança, durante certo período,
mais arrecadação do que gastos públicos. Este saldo não considera as despesas com os
juros da dívida pública. Quando ele acontece, isso significa que o governo obteve recursos
para pagar, com mais tranquilidade, os juros dos títulos que emitiu.
Superávit nominal
O superávit é classificado como nominal quando a arrecadação do governo é maior do
que todas as suas despesas, incluindo os juros da dívida pública. Quando ele acontece, isso
significa que o país conseguiu pagar os juros da dívida e ainda pôde reduzir uma parte da
dívida. Com o superávit nominal, o governo pode investir mais, optar por reduzir impostos
e emitir títulos com juros menores que os anteriores.
118
A captação de recursos ocorre por meio de emissões de títulos públicos ou pela assinatura
de contratos. Os títulos públicos federais são mecanismos financeiros de renda fixa emi-
tidos pelo governo federal. Já os contratos ocorrem relacionados a organizações como o
Banco Mundial ou o Banco Interamericano de Desenvolvimento, por exemplo.
Por fim, chama-se de dívida pública interna aquela que foi feita com a moeda corrente do
país, enquanto que dívida pública externa é a que envolve transações em moeda estrangeira.
Dívida Externa
É um dos componentes da economia que engloba os saldos de dívida que os setores
público e privado possuem com o exterior. No Brasil, a dívida externa diz respeito às dívidas
que o governo, as empresas nacionais ou os brasileiros em geral têm com outros países,
empresas ou estrangeiros.
Dívida Interna
Ocorre com credores nacionais e em moeda própria. O Tesouro emite títulos públicos
em reais à população. Todo endividamento público propicia ao governo gastos além das
119
arrecadações, possibilitando investimentos em diferentes áreas.
Fórmula:
PIB = CF + GG + IE + EL
EL = Exportações Líquidas
INFLAÇÃO
A inflação também é um indicador de atividade econômica, e corresponde a um aumento
geral no nível de preços. As causas do processo inflacionário são diversificadas, indo desde
fatores microeconômicos até os macroeconômicos.
120
atacadista, e representa 60% do IGP-M.
⯀ Índice de Preços ao Consumidor (IPC): analisa a inflação sofrida pelas famílias que
têm renda entre 1 e 33 salários mínimos, e representa 30% do IGP-M.
⯀ Índice Nacional de Construção Civil (INCC): considera os preços no setor de cons-
trução civil, e representa 10% do IGP-M.
⯀ Índice de Preços ao Consumidor Ampliado do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IPCA/IBGE): compõe-se de informações sobre as famílias que ganham
entre 1 e 40 salários mínimos. É o índice oficial do governo brasileiro e serve de parâ-
metro para o sistema de metas de inflação desde julho de 1999;
⯀ Índice Nacional de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (INPC/IBGE): é calculado mensalmente pelo instituto. Analisa as famílias
que ganham entre 1 e 5 salários mínimos. Foi o índice oficial de inflação no período
que foi de 1979 a 1986;
⯀ Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Taxa SELIC): é composta da
média ponderada e ajustada das operações de financiamento diárias, distribuídas em
títulos públicos federais na forma de operações compromissadas. Corresponde à taxa
básica da economia, sendo usada para a definição das demais taxas do mercado —
tanto as relacionadas ao retorno de aplicações em renda fixa quanto as relacionadas
com os empréstimos.
⯀ Taxa dos Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI): a taxa CDI é anualizada,
exponencial e a base utilizada é de 252 dias úteis. É divulgada diariamente, com apu-
ração feita pela B3.
⯀ Taxa de Longo Prazo: principal custo financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento
(BNDES) desde o primeiro dia de 2018. É composta por taxas de juros reais pré-fixados
e pela inflação medida pelo IPCA. A TLP-pré é calculada mensalmente pelo Banco
Central, sendo baseada na média dos últimos 3 meses da taxa de juros real do título
público NTN-B de 5 anos.
⯀ PTAX: é uma média aritmética das taxas de compra (PTAX compra) e de venda (PTAX
venda) fornecidas pelos “dealers”. Geralmente os contratos de câmbio são liquidados
com base na PTAX divulgada para o dia útil imediatamente anterior. Observação: em
alguns casos, no cálculo da PTAX, são descontados os dois valores maiores e os dois
menores, a fim de que o cálculo seja menos discrepante.
CONTAS NACIONAIS
A principal tarefa do Sistema de Contas Nacionais (SCN) é conciliar os fluxos entre os agen-
tes que caracterizam a atividade econômica, relacionando-os em uma estrutura contábil
que representa completamente o funcionamento de toda a economia. Desta forma, o
121
SCN retrata os acontecimentos fundamentais da vida econômica de um país: produção,
consumo de bens e serviços e geração e distribuição de renda.
Macroeconomia
O mercado macroeconômico é composto de cinco outros mercados menores:
122
pleno emprego, a estabilidade dos preços e também o controle inflacionário.
Demanda
Representa a procura e a quantidade de bens ou serviços que os consumidores desejam
adquirir em determinado período.
Oferta
Representa a quantidade disponível de determinados bens ou serviços. Enquanto a
demanda é o desejo, a oferta é aquilo que se tem a oferecer para realizar o desejo. Diz a
lei geral da oferta que a quantidade ofertada dos bens e serviços varia diretamente com
o preço. A expressão latina coeteres paribus significa que à medida que o preço varia, a
quantidade ofertada pelos produtores e vendedores também varia.
Equilíbrio
Situação de preço de mercado em que a quantidade procurada é igual à quantidade ofer-
tada. Neste caso, o preço do bem é exatamente igual ao seu preço de equilíbrio.
123
⯀ Excesso de oferta: quando o preço está acima do equilíbrio, a quantidade que os
produtores oferecem é necessariamente superior à quantidade que os consumidores
necessitam;
⯀ Excesso de demanda: quando o preço está abaixo do equilíbrio, a quantidade “neces-
sitada” pelos consumidores é superior à quantidade oferta.
Concorrência Perfeita
A concorrência perfeita praticamente não existe no mercado real. Trata-se apenas de um
conceito teórico. As principais características do estado de concorrência perfeita são:
Ainda em concorrência perfeita, não existem lucros exacerbados, apenas lucros normais
e padronizados.
Concorrência Monopolística
As principais características do estado de concorrência monopolística são:
124
Monopólio
As principais características do estado de monopólio são:
Oligopólio
O estado de oligopólio se dá em duas maneiras principais:
⯀ Elasticidade-preço da demanda;
⯀ Elasticidade-renda da demanda;
⯀ Elasticidade-preço cruzada da demanda;
⯀ Elasticidade-preço da oferta.
125
Bens Substitutos
São aqueles que podem ser consumidos em lugar de um outro bem principal. No mundo
real é difícil encontrar bens substitutos perfeitos. Existem muitas diferenças de funciona-
lidades e também fatores subjetivos que afetam a “substitucionalidade” de um produto.
Bens Complementares
São aqueles que, quando utilizados em associação, satisfazem a necessidade do cliente.
Por exemplo: combustível e automóveis.
Externalidades
São alterações de custos e benefícios para a sociedade derivadas da produção, da empresa
ou de alterações de custos e receitas, dívidas e outros fatores externos ao produtor.
Índices de Preços
Índices de preços são indicadores econômicos ligados à inflação. Os principais deles estão
listados abaixo.
⯀ IGP-M: mede a variação dos preços entre os dias 21 do mês imediatamente anterior
126
a análise até o dia 20 do mês de referência;
⯀ IGP-10: mede a variação dos preços entre os dias 11 do mês imediatamente anterior
a análise até o dia 10 do mês de referência;
⯀ IGP-DI: mede a variação dos preços entre os dias 01 do mês imediatamente anterior
a análise até o dia 30 do mês de referência.
Para o setor empresarial, o cálculo de reajustes é feito com mais de um índice de preços
(cesta de índices). O INPC pode estar a 4,2%, o IPCA a 3,9% e o IGPM a 4,35%. Assim, os
dados podem ser obtidos por meio de médias ou outros cálculos mais complexos.
Calculado desde 1944 e publicado pela FGV, acompanha a evolução dos custos no setor
da construção civil: materiais, mão-de-obra, equipamentos e outros serviços.
127
Índice de Preços da Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas (FIPE)
A FIPE é um órgão de suporte institucional do departamento de economia. A tabela FIPE
indica o preço médio de alguns produtos, como carros e caminhões.
A utilização de despesas internas deve também levar em conta a soma das exportações
e importações do país durante o período de apuração. A despesa interna é destinada não
só aos bens produzidos no país, mas também aos que foram importados (não devem ser
incluídos no PIB). Por outro lado, as exportações, ainda que não sejam consumidas no país,
devem ser consideradas no cálculo.
Fórmula:
Onde:
C = CONSUMO PRIVADO
G = CONSUMO PÚBLICO
128
O = INVESTIMENTO = FBCF + VEST
Q = EXPORTAÇÃO
M = IMPORTAÇÃO
Onde:
Fórmula:
Onde:
Empresas estrangeiras com atuação na região ou país avaliados também são consideradas
neste tipo de cálculo do PIB.
Produção Industrial
A Pesquisa Industrial Mensal da Produção Física (PIMPF) gera, desde 1970, indicadores de
curto prazo (relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e trans-
formativa) e é feita pelo IBGE. O principal objetivo desse índice de produção industrial é
servir como uma medida de curto prazo da evolução do valor adicionado da indústria.
129
Índices de Referência
Índices de referência são também chamados de “benchmarks” e funcionam como impor-
tantes medidas de comparação para avaliação do desempenho dos investimentos e tam-
bém como meio de determinação de taxas de remuneração pré e pós-fixadas na área de
renda fixa. Podem referir-se simplesmente a uma taxa fixa ou a algum índice de mercado,
como o CDI ou Ibovespa.
Já a taxa SELIC “Meta” é definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) com base
na Meta de Inflação. Regula a taxa SELIC “Over” e todas as outras taxas do Brasil.
Fórmula:
130
Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP)
É fixada trimestralmente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e divulgada pelo BACEN.
Foi criada com o objetivo de estimular e regulamentar os investidores infraestruturais
(portos, aeroportos, sistemas de comunicação e rodovias) no longo prazo.
Para o cálculo da TJLP utiliza-se a Meta de Inflação medida proporcionalmente pelo IPCA
nos últimos 12 meses e uma espécie de prêmio de risco.
PTAX
Diz respeito a moedas estrangeiras e a forma pela qual elas se relacionam com a moeda
nacional (taxa de câmbio). No Brasil, essa taxa não segue limites pré-determinados, sendo
assim livremente acordadas.
As taxas de câmbio equivalem à média aritmética das taxas de compra e de venda do dia.
(taxa PTAX de fechamento).
Um dos cálculos da PTAX é o que envolve as relações entre o real e o dólar. Com relação
às outras moedas, o BACEN apenas fornece informações superficiais.
131
Módulo 6
conduta e relacionamento
O objetivo deste capítulo é falar sobre o código de conduta da APIMEC,
que determina normas relativas à atuação do analista de valores mo-
biliários no exercício da profissão.
CÓDIGO DE CONDUTA
O código de conduta da APIMEC determina normas relativas à atuação do analista de
valores mobiliários no exercício da profissão e o conjunto de portadores dos certificados
CNPI, CNPI-P e CNPI-T.
CONFLITOS DE INTERESSE
São consideradas tipos de conflitos de interesse as seguintes situações:
Emissão de relatórios de análise com intuito de obter vantagens para si ou para outrem;
Omissão de informações;
133
objeto de relatórios de análise num período de 30 dias anteriores e 5 dias posteriores
à divulgação.
⯀ Negociação, em nome próprio ou de terceiros, em sentido contrário às recomenda-
ções ou conclusões de relatórios precedentes, num período de 6 meses (contados a
partir da divulgação dos mesmos) ou até que novas divulgações relatoriais de análise
sejam feitas sobre o mesmo emissor ou valor mobiliário envolvidos.
⯀ Participação direta ou indireta em qualquer oferta pública relacionada à oferta pública
de distribuição de valores mobiliários;
⯀ Participação na construção de ativos financeiros e valores mobiliários;
⯀ Participação em qualquer atividade de consultoria financeira em fusões e aquisições
de empresas.
Existem também algumas vedações, que descreveremos abaixo. Ressalta-se que elas não
se aplicam à negociação de cotas de fundos de investimento e atividades com intuito de
educação financeira.
Fica vedado ao analista aceitar benefícios que, de alguma forma, possam influenciar as
suas análises, como:
Fica vedado ao analista a desinformação dos investidores em situações em que haja con-
flito ou aparência de conflito de interesses, como:
RISCO DE IMAGEM
O risco de imagem está ligado à reputação de uma instituição financeira em relação aos
órgãos governamentais, outras instituições concorrentes e clientes com os quais se relaciona.
134
Alguns fatos alteram a credibilidade da instituição frente aos clientes e à sociedade. Eles
aparecem das seguintes maneiras:
O analista não deve expor seu relatório de análise. Durante elas, ou a partir de contato com
os emissores, o profissional poderá chegar a conclusões sobre a situação do emissor que
impactem sobre decisões de investimentos. Nesse caso, tais conclusões não devem ser
consideradas como “privilegiadas”, ainda que sejam advindas do julgamento do analista.
Segregação de Atividades
A segregação de atividades é também conhecida no meio financeiro por “muralha da
China”. Trata-se de procedimentos e políticas internos de uma instituição com o fim de
135
criar uma barreira de comunicação entre seus diferentes integrantes e setores. O princi-
pal objetivo, portanto, é evitar situações em que haja conflitos de interesses ou interesses
concorrentes, cumprindo assim todos os termos da legislação vigente.
Geralmente, a lavagem de dinheiro ocorre nas três etapas que abaixo listamos:
A lei nº 9.613/98 dispõe sobre os crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, direitos
136
e valores e sobre a prevenção do uso do sistema financeiro para os atos ilícitos acima
mencionados. Aliás, esta é a lei que deu origem à COAF. Em seu artigo primeiro, rege
que configura-se crime: ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição,
movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores de modo direto ou indireto. Já
a lei nº 12.683/12 alterou a lei de 1998 para tornar mais eficiente a persecução e penalização
dos crimes de lavagem de dinheiro.
⯀ O perfil do cliente não seja compatível com o investimento ou compra que se pre-
tende fazer;
⯀ As informações obtidas na determinação do perfil do contratante sejam insuficientes
para a sua categorização;
137
⯀ As informações relativas ao perfil do contratante estejam desatualizadas.
Considerando tudo o que acima foi exposto, o relacionamento da instituição com o cliente
consiste em encontrar a melhor forma de trabalho, respeitando os interesses e as possibi-
lidades de cada cliente. Não condiz com os princípios éticos que uma pessoa que busque
estabilidade financeira seja orientada pela instituição financeira a adquirir produtos e
investimentos de risco elevado, por exemplo.
138
capacitação dos analistas no exercício da profissão (para pessoa natural);
⯀ É obrigatória a aferição de adequação estrutural e de cumprimento dos dispositivos
regulatórios (para pessoa jurídica);
⯀ É obrigatório a composição de programas de educação financeira continuada;
⯀ É obrigatória a manutenção em arquivo de todos os documentos que comprovem o
atendimento das exigências contidas na instrução inicialmente citada por um perí-
odo de 5 anos;
⯀ É obrigatória a manutenção atualizada do cadastro de todos os analistas de valores
mobiliários;
No exercício de suas atividades, o analista deve agir com probidade, boa fé e ética profis-
sional, aplicando assim o cuidado e a diligência esperados de um profissional da área. Os
analistas que são pessoa jurídica devem tomar todas as medidas necessárias para que
suas equipes de análises sejam compostas por, no mínimo, 80% de analistas de valores
mobiliários credenciados em entidades autorizadas pela CVM.
Vedações:
⯀ É vedada a formulação de relatórios de análise com a finalidade de obter para si ou
para outrem vantagens indevidas;
⯀ É vedado a ocultação de informações sobre conflitos de interesses nas informações
e comunicações;
⯀ É vedada a negociação direta ou indireta, em nome próprio ou de terceiros, num
período que vai de 30 dias anteriores a 5 dias posteriores à divulgação, de valores
mobiliários ou derivativos que sejam objetos dos relatórios de análise;
⯀ É vedada a negociação direta ou indireta, em nome próprio ou de terceiros, num
período que vai de 6 meses (contados a partir da data de divulgação) até a data de
uma nova publicação, de valores mobiliários ou derivativos e emissores de valores
mobiliários que sejam objetos dos relatórios de análise;
⯀ É vedada a participação direta ou indireta em qualquer atividade relacionada à oferta
pública de disposição de valores mobiliários;
⯀ É vedada a participação na estruturação de ativos financeiros e valores mobiliários;
⯀ É vedada a participação direta ou indireta em qualquer atividade ligada à consultoria
financeira em operações de fusão ou aquisição de empresas;
⯀ É vedada a divulgação completa ou em partes do relatório de análise a pessoas que
não integrem a equipe de análise.
139
de eventuais descumprimentos do código, julgamentos e penalidades estão dispostos no
código de processos da APIMEC.
Composição do CSA:
Nove membros, os quais são divididos em duas categorias:
⯀ Recebimento de denúncias;
⯀ Manutenção de procedimentos rotineiros e eventuais de supervisão;
⯀ Decisão acerca da necessidade de instauração de procedimento de apuração de
irregularidades;
⯀ Condução de diligências;
140
⯀ Determinação de abertura de processo administrativo.
141
Módulo 7
Governança Corporativa
O objetivo deste capítulo é apresentar o sistema de princípios, políti-
cas, procedimentos, responsabilidades e prestação de contas utilizado
pelas partes para superar conflitos de interesses
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Conceitos
A governança corporativa pode ser definida como o sistema de princípios, políticas, pro-
cedimentos, responsabilidades e prestação de contas claramente estabelecido e utilizado
pelas partes interessadas em superar conflitos de interesses ligados ao modelo corporativo
envolvendo as relações entre administradores, empregados, acionistas e credores de uma
empresa. Seus principais objetivos são o aumento de rendimento da empresa, a facilitação
do acesso ao mercado de capitais e também a contribuição com as conquistas e com a
perpetuação da empresa no mercado.
Foram criados pela Bovespa três segmentos especiais de listagem para as companhias:
143
⯀ Novo mercado: 25% em casos gerais e 15% nos casos em que o “Average Daily Trading
Volume” (ADTV) seja superior a 25 milhões de reais.
144
de ações da companhia.
Demonstrações financeiras:
⯀ Nível 0: não há regras;
⯀ Nível 2: traduzidas para o inglês;
⯀ Novo mercado: estar em conformidade com a legislação.
145
Comitê de auditoria, auditoria interna e “compliance”:
⯀ Novo mercado: obrigatórias;
⯀ Demais níveis: facultativas.
Espera-se das relações com investidores impactos positivos no preço das ações da empresa
dentro dos limites considerados justos. Os preços não cambiáveis são acompanhados de
ajustes bruscos e de alta volatilidade. A longo prazo, na maioria das vezes, é prejudicial ao
investidor que o preço da ação fique muito acima do seu valor “justo”.
146
Módulo 8
Integração de Questões
Ambientais, Sociais e de
Governança Corporativa (ASG)
Este capítulo é voltado para o voltado para as questões ambientais, do
meio ambiente, do ambiente de trabalho e do impacto social da em-
presa.
EVOLUÇÃO DAS QUESTÕES ASG NO
AMBIENTE CORPORATIVO
Hoje em dia, quem quer se sair bem no mercado de trabalho, tem de estar a todo momento
voltado para as questões ambientais, do meio ambiente, do ambiente de trabalho e do
impacto social da empresa. Mas, normalmente, boa parte das pessoas pensam que o que
importa é apenas trabalhar e lucrar – esquecendo-se dos riscos e das oportunidades que
abrem mão.
As questões ambientais e sociais são cada vez mais relevantes e são determinantes na
avaliação dos riscos e oportunidades das empresas. No aspecto interno da empresa, a
ética, reputação e governança corporativa entram na pauta das discussões.
Como ficam as ações de uma empresa que realiza desmatamento? Poluição do meio
ambiente? Todos esses fatores influenciam nas análises de investimento.
No ano de 2006, Kofi Annan o então secretário-geral das Nações Unidas, lançou os prin-
cípios para o investimento responsável (PRI).
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Por sua vez, os procedimentos de governança corporativa vêm ganhando a importância
de organizações em todo o mundo. Desta maneira, cada vez mais as empresas estão
reconhecendo a importância dessas práticas para a estratégia da empresa.
Principais desafios:
⯀ Integração do compliance;
⯀ Gerenciamento de riscos;
⯀ Cumprimento do Código de Ética e Conduta;
⯀ Correlação de Infrações;
⯀ Comunicação e Treinamento;
⯀ Análise de dados e tecnologia.
Por exemplo, num shopping center, é necessário ter bem estabelecido os procedimentos
em situações de risco físico, os incêndios. Na hora de um problema, a governança tem de
já ter criado uma estrutura para lidar com o eventual risco, ainda que sejam assaltados e
não incendiados.
E, com a aceleração da era digital, nunca se viu tantos dados gerados e em tão pouco
tempo, mas o importante é saber como utilizar essas informações. E, na maioria dos casos,
grandes empresas produzem planilhas e planilhas que não levam a lugar algum. Na mesma
medida em que produzimos dados, temos de produzir capacitação para quem os utilizará.
Temas socioambientais e de governança corporativa estão cada vez mais nas conversas da
administração das empresas até mesmo em pautas de reuniões executivas e de Conselho
de Administração.
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Há também, as adesões de melhores práticas, que têm a ver com operações, relaciona-
mentos e resultados, encontrando-se de maneira alinhada.
Longo prazo:
⯀ Degradação Ambiental;
⯀ Poucos Recursos;
⯀ Gestão dos Recursos Humanos;
⯀ Ética nos Negócios;
⯀ Hábitos Ruins de Governança.
Curto Prazo:
⯀ Incidentes Ambientais;
⯀ Eventos Extremos;
⯀ Relações Trabalhistas;
⯀ Suborno e Corrupção;
⯀ Mudanças Regulatórias.
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a adquirir vantagens competitivas da integração ASG à estratégia e gestão. Sendo elas:
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os principais acordos voluntários aconteceram.
Sendo eles:
Estes dois são acordos voluntários e foram feitos por intermédio da indústria de investimentos.
ÍNDICES DE SUSTENTABILIDADE
Servem como referências para os investidores na integração dos temas de ASG ao processo
de decisão de investimentos, sendo os principais nos mercados internacionais e brasileiro:
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ASG de valor de longo prazo, que incluem questões ambientais, sociais e de governança
corporativa, na prática de investimentos.
Instrução CVM 552/2015: exige que companhias listadas divulguem seus riscos socioam-
bientais, e ainda que comuniquem se atendem de forma específica as questões ASG ao
mercado.
Instrução CVM 586/2017: exige as companhias abertas à divulgar informações sobre a apli-
cação das práticas de governança corporativa previstas no Código Brasileiro de Governança
Corporativa.
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financeiro, impacto social ambiental dimensionável.
⯀ Foca principalmente nos problemas sociais nas áreas de saúde, educação, microcré-
dito e habitação.
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GLOSSÁRIO
Este glossário possui os principais termos que
você deve conhecer para poder se preparar
para a prova e sua vida profissional.
Ações: frações ideais do capital social de empresas. Títulos que representam para o acio-
nista direito de participação na sociedade e, de maneira indireta, direito sobre os ativos e
sobre os resultados financeiros da empresa.
Ações ordinárias: ações que conferem a seus detentores os direitos patrimoniais garan-
tidos em lei; especificamente, são ações que conferem a seus detentores o direito a voto
nas assembleias de acionistas das empresas.
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o ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado.
B3 S.A.: Brasil, Bolsa, Balcão (atual Denominação Social da antiga BM&FBovespa S.A. –
Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros após fusão com a Cetip S.A.). É uma empresa de
infraestrutura do mercado financeiro brasileiro.
Beneficiário: pessoa física (ou pessoas físicas) indicada livremente pelo participante para
receber os valores de benefício ou resgate, na hipótese de seu falecimento, de acordo com
a estrutura do plano de previdência ou seguro e na forma prevista pela legislação e pelo
desejo do participante.
Bonificação: distribuição, por parte da companhia, de ações aos seus acionistas por conta
dacapitalização das reservas de lucro.
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conceder ou não um crédito seja mais bem fundamentada.
Capital próprio: patrimônio líquido da empresa, ou seja, o dinheiro aplicado pelos acio-
nistas e quaisquer lucros retidos pela companhia ao longo do tempo.
Certificado de Depósito Bancário (CDB): título de renda fixa que representa depósito a
prazo realizado por investidores em uma instituição financeira.
Colocação privada: venda de valores mobiliários emitidos por uma companhia para um
grupo selecionado de investidores, sem que haja distribuição pública.
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Come-cotas: recolhimento semestral do Imposto de Renda (IR) incidente sobre os rendi-
mentos obtidos nas aplicações em determinados fundos de investimento.
Debêntures: títulos de renda fixa emitidos por sociedades por ações de capital aberto ou
fechado; representam um direito de crédito do investidor sobre a companhia emissora.
São consideradas “simples” quando não oferecem ao investidor a opção de conversão em
ações (ver debêntures conversíveis).
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Debêntures conversíveis: conferem aos debenturistas a opção de convertê-las em ações
da mesma empresa emissora das debêntures, a um preço pré-especificado, em datas
determinadas ou durante um período de tempo.
Debêntures incentivadas: títulos de renda fixa emitidos por companhias ou por sociedade
de propósito específico para financiar investimentos, especialmente em áreas prioritárias
para o Governo Federal; oferecem isenção de imposto de renda sobre seus rendimentos
para investidores pessoas físicas e não residentes, desde que preencham os requisitos
legais para receberem tal incentivo tributário.
Deflação: redução geral no nível de preços de uma economia. Corresponde a uma taxa
de inflação negativa.
Desdobramento: concessão de uma ou mais novas ações para cada ação existente; tam-
bém conhecido como split.
Dever de diligência: obrigação imposta a alguns agentes que operam em nome e benefício
de terceiros de atuar com a prudência e o zelo que se esperariam de alguém na adminis-
tração de seus próprios negócios.
Distribuidor: instituição financeira que tem como atividade principal ou acessória a inter-
mediação de operações nos mercados regulamentados de títulos e valores mobiliários.
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Economia de escala: eficiência econômica obtida por meio da intensificação de deter-
minada atividade.
Fundo Garantidor de Crédito (FGC): entidade civil privada, sem fins lucrativos, criada em
1995 com o objetivo de administrar mecanismos de proteção aos credores de instituições
financeiras. Oferece garantia para créditos de até R$ 250.000,00 por pessoa física ou jurí-
dica, por conglomerado financeiro, limitado a R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para
garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.
Fundo aberto: fundos que permitem a entrada (aplicação) e saída (resgate) de cotistas.
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dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos das sociedades seguradoras, das
sociedades de capitalização e das entidades abertas de previdência complementar.
Fundo fechado: fundo em que a entrada (aplicação) e a saída (resgate) de cotistas não é
permitida e que as cotas são resgatadas ao término do seu prazo de duração.
Ganho de capital: representado pela diferença positiva entre o preço de venda e o preço
de compra de um ativo.
Hedge: operação que visa reduzir ou eliminar os riscos de oscilações inesperadas nos
preços de ativos.
IBX: Índice Brasil. Índice que avalia o retorno de uma carteira composta pelas ações mais
negociadas na B3 S.A., selecionadas pelo critério de liquidez e ponderadas pelo valor de
mercado do free-float.
Índice de referência: indicador que serve como base de comparação para a avaliação do
desempenho relativo de um instrumento financeiro ou de uma carteira de ativos.
Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M): índice de preços calculado pelo Instituto
Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). É uma média ponderada
de outros três
índices da FGV: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA, com peso de 60%), o Índice de
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Preços ao Consumidor (IPC, com peso de 30%) e o Índice Nacional de Custo da Construção
(INCC, com peso de 10%).
IPO: sigla do inglês Initial Public Offering. É a Oferta Pública Inicial de Ações, processo por
meio do qual os investidores têm acesso a novas ações emitidas no mercado primário.
Juros sobre capital próprio: remuneração paga aos acionistas como distribuição de lucros
retidos em exercícios anteriores.
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA): título de dívida emitido por instituição financeira
e lastreado em créditos do agronegócio de propriedade da instituição emissora.
Letra de Crédito Imobiliário (LCI): título de dívida emitido por instituição financeira e
lastreado em créditos imobiliários de propriedade da instituição emissora.
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Letra do Tesouro Nacional (LTN): título público federal que oferece ao investidor um
retorno predefinido (caso seja mantido até o seu vencimento) no momento da compra;
não há pagamentos de juros periódicos e não há atualização do valor nominal por índice
de preços
Letra Financeira do Tesouro (LFT): título público federal cuja rentabilidade é pós-fixada e
dada pela Taxa Selic acumulada no período de investimento, acrescida de ágio ou deságio
registrado no momento da compra do título; não há pagamento de juros periódicos ao
investidor e não há atualização do valor nominal do título por índice de preços.
Liquidez: grau de facilidade com que um ativo pode ser comprado ou vendido no mercado
a um preço adequado ou justo.
Meta para a Taxa Selic: taxa de juros definida pelo Comitê de Política Monetária como
objetivo para a taxa básica da economia.
Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B): título público federal cuja rentabilidade é com-
posta por uma taxa de juros predefinida no momento da compra do título, acrescida da
variação do IPCA; há pagamento de juros semestrais a uma taxa de cupom fixa de 6% a.a.
Nota do Tesouro Nacional Série B Principal (NTN-B Principal): título público federal cuja
rentabilidade é composta por uma taxa de juros predefinida no momento da compra do
título, acrescida da variação do IPCA; não há pagamento de juros semestrais.
Nota do Tesouro Nacional Série F (NTN-F): título público federal que oferece ao investi-
dor uma rentabilidade fixa (caso o título seja mantido até o seu vencimento), definida no
momento da compra; há pagamento de juros semestrais a uma taxa de cupom fixa de
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10% a.a., sem atualização do valor nominal do título por índice de preços.
Oferta pública: modalidade de oferta regida pela Instrução CVM 400/03, que permite a
ampla distribuição de valores mobiliários para o público investidor, desde que satisfeitas
todas as exigências especificadas na norma.
Oferta pública com esforços restritos: modalidade de oferta regida pela Instrução CVM
476/09, que permite a distribuição de valores mobiliários para o público investidor de maneira
restrita e com a liberação de algumas exigências impostas no caso de uma oferta ampla.
Oferta pública primária: oferta em que as ações são ofertadas pela primeira vez. Os recur-
sos captados são canalizados para a companhia emissora das ações.
Oferta pública secundária: oferta em que as ações são ofertadas por atuais acionistas
da companhia. Os recursos captados são canalizados para os acionistas que vendem suas
ações, e não para a companhia emissora das ações.
Ordem a mercado: em uma oferta de ações, ordem por meio da qual o investidor indica
à instituição intermediária que deseja adquirir ações a qualquer que seja o preço final de
lançamento.
Ordem limitada: em uma oferta de ações, ordem por meio da qual o investidor comunica
à instituição intermediária o preço máximo que deseja pagar por cada ação a ser adquirida.
Participante: pessoa física que contrata ou, no caso de contratação sob a forma coletiva,
adere a um plano de previdência complementar aberta.
investimento.
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preferências, suas circunstâncias pessoais e financeiras, seus desejos e seus objetivos de
vida.
Período de reserva: em uma oferta pública de ações, é o período determinado para que
os potenciais investidores registrem junto às instituições intermediárias da oferta o seu
interesse em adquirir as ações a serem distribuídas.
Plano de negócios: documento escrito que detalha como uma empresa pretende atingir
seus objetivos.
Poder de compra: valor de uma moeda em termos da quantidade de bens e serviços que
uma unidade monetária pode adquirir. O poder de compra da moeda reduz-se quando
há inflação de preços.
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acumulados na sua provisão de um plano de previdência complementar para outro plano
de benefício previdenciário operado por outra entidade de previdência complementar.
Práticas não equitativas: conduta vedada e combatida pela CVM consistente na prática
de atos que resultem em colocar uma parte em posição de desequilíbrio ou desigualdade
indevida em relação aos demais participantes da operação.
Produto Interno Bruto (PIB): soma de todos os bens e serviços finais, em termos mone-
tários e a valor de mercado, produzidos em determinada região durante um certo período
(normalmente um ano).
Rating: classificação de risco de crédito emitida por agência de classificação de risco (como
Moody’s Investor Services, S&P e Fitch Ratings).
Renda: série de pagamentos periódicos a que tem direito o assistido (ou assistidos), de
acordo com a estrutura do plano de previdência complementar.
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Renda fixa: classe de ativos que inclui títulos públicos federais, títulos de emissão de ins-
tituições financeiras (ver CDB, LCI e LCA), títulos emitidos por empresas (ver debêntures)
e outros papéis que oferecem taxa de juros pré-especificada, seja ela prefixada ou pós-
-fixada. Os títulos representam uma promessa de pagamento (uma dívida) de uma parte
para outra.
Renda variável: classe de ativos que inclui ações preferenciais e ações ordinárias (ver
ações) e tipicamente composta por instrumentos que oferecem a seus detentores uma
participação no capital social de companhias.
Risco cambial: risco originado pela oscilação das taxas de câmbio, isto é, do preço de uma
moeda em relação a outra.
Risco de crédito: risco de o investidor registrar uma perda em seu investimento por conta
do aumento do spread de crédito requerido por investidores nesse investimento ou pelo
efetivo descumprimento, por parte do emissor de um título de renda fixa, das obrigações
referentes ao pagamento de juros e de principal nesse título.
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Risco geopolítico: possibilidade de perdas em um investimento por conta de alterações
adversas no cenário político em um país ou uma região.
Risco de liquidez: risco de ocorrência de perdas para o investidor por conta da negociação
de um ativo por um preço distante do seu preço justo.
Risco não sistemático: é o risco específico de cada empresa, que pode ser reduzido por
meio de diversificação da carteira de investimentos.
Risco de mercado: risco de se verificar perdas causadas pelos movimentos dos preços
dos ativos no mercado.
Risco sistemático ou risco não diversificável: risco advindo de fatores gerais e comuns
ao mercado; chance de se verificar perdas em um ativo ou carteira de ativos por conta
de eventos ou elementos que afetam a economia ou o mercado como um todo, também
conhecido como risco de mercado.
Risco de taxa de juros: possibilidade de perda advinda da flutuação dos preços de títulos
de renda fixa causada por alterações nas taxas de juros.
Risco total: em um ativo ou carteira de ativos, é a soma dos riscos sistemático e não
sistemático.
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Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações com esses títulos.
Selo ANBIMA: marca visual composta da logomarca da ANBIMA seguida de uma série de
dizeres padronizados utilizada para demonstração do compromisso das instituições parti-
cipantes com o cumprimento e a observância das regras de autorregulação da ANBIMA.
Taxa de administração: taxa percentual cobrada dos fundos para a prestação dos serviços
de administração, gestão profissional dos recursos e pagamento dos prestadores de serviço.
Taxa de câmbio spot: taxa para compra e venda imediata de dólares, conhecida no Brasil
como “dólar pronto”. Taxa pela qual os participantes do mercado de câmbio estão dispos-
tos a comprar e a vender a moeda estrangeira em determinado momento da sessão de
negociação.
Taxa de câmbio: preço de uma moeda em termos de outra moeda. É a razão de conversão
entre duas moedas distintas.
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Taxa de corretagem: valor cobrado pela corretora por meio da qual o investidor realiza
a compra e a venda de ativos; é o valor pago pelo investidor pelo serviço prestado pela
corretora na intermediação entre a ordem do cliente e a execução da oferta junto à bolsa
ou no mercado de balcão.
Taxa de custódia: taxa cobrada por corretoras e bancos pelo serviço de manutenção dos
ativos em uma conta de custódia própria.
Taxa de juro: definida como a razão percentual entre os juros, cobrável ou pagável, no fim
de um período e o dinheiro devido no início do período.
Taxa de juros nominal: taxa de juros contratada em uma operação financeira ou deter-
minada pelo mercado. Não é ajustada para remover o efeito da inflação.
Taxa de juros proporcional: em regime de capitalização simples, duas taxas de juros são
consideradas proporcionais quando geram valores iguais ao ser aplicadas sobre um mesmo
montante e por um mesmo período de tempo.
Taxa de juros real: taxa de juros que remove o efeito da inflação. É calculada descontando
a taxa de inflação da taxa de juros nominal obtida em um investimento e considerando o
mesmo período de tempo.
Taxa DI: nome comumente dado à Taxa DI-Cetip Over (Extra-Grupo), calculada pela B3 S.A.
e divulgada em percentual ao ano, base 252 dias. Essa taxa reflete as taxas de juros cobra-
das entre instituições do mercado interbancário nas operações de emissão de Depósitos
Interfinanceiros (DI) prefixados, com prazo de um dia útil, registradas e liquidadas pelos
sistemas da B3.
Tesouro IPCA+: nomenclatura utilizada no Tesouro Direto para a Nota do Tesouro Nacional
Série B Principal (NTN-B Principal).
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais: nomenclatura utilizada no Tesouro Direto para a
Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B).
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais: nomenclatura utilizada no Tesouro Direto para
a Nota do Tesouro Nacional Série F (NTN-F).
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Taxa PTAX: média das cotações do dólar no mercado em determinado dia, calculada
pelo Banco Central do Brasil por meio de uma metodologia própria, com base em quatro
janelas de consulta ao longo de cada dia.
Taxa Referencial (TR): taxa calculada pelo Banco Central do Brasil com base na média
das taxas de juros das LTN (Letras do Tesouro Nacional). Utilizada no cálculo do rendi-
mento das cadernetas de poupança e dos juros dos empréstimos do Sistema Financeiro
da Habitação (SFH).
Taxa Selic Over: taxa média das operações de financiamento de um dia (compromissa-
das), lastreadas em títulos públicos federais, realizadas no Selic, ponderadas pelo volume
das operações.
Tesouro Selic: nomenclatura utilizada no Tesouro Direto para a Letra Financeira do Tesouro
(LFT).
Títulos privados: títulos emitidos por empresas e instituições financeiras para a captação
de recursos para financiar suas atividades.
Títulos públicos: títulos emitidos pelo Tesouro Nacional como forma utilizada para a cap-
tação de recursos para financiar atividades do Governo Federal.
Títulos públicos federais: títulos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional, compostos
por letras e notas de características distintas, para fins de financiamento do setor público.
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