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Trabalho Dieta em Doenças
Trabalho Dieta em Doenças
TENHA ESPERANÇA
Curso: Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Cadeira: Nutrição
Nampula
2023
Discentes
ESMI -12
Nampula
2
2023
Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Dieta..................................................................................................................................5
Alergia...............................................................................................................................5
Conclusão........................................................................................................................13
Bibliografia......................................................................................................................14
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Introdução
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Dietas em doenças alérgicas
Dieta
Alergia
A etiologia das doenças alérgicas é multifactorial, tendo como base para o seu
desenvolvimento três condições principais: um perfil genético apropriado, contacto com
alergénios e factores ambientais, como o tabaco ou infecções.
Os alergénios mais comummente causadores de reacções alérgicas são os ácaros
(aproximadamente 40% da população global industrial está sensibilizada para estes
agentes), o pólen, os fungos, os epitélios de animais, o látex e certos alimentos. Os
ácaros responsáveis pelas alergias podem ser domésticos (como o Dermatophagoides
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pteronyssinus e o Dermatophagoides farinae) ou de armazenamento (Lepidoglyphus
destructor, Glyciphagus domesticus e Blomia tropicalis).
Os alimentos que provocam mais frequentemente reacções alérgicas nas crianças são o
leite de vaca, o ovo, o peixe, os cereais, a soja e o amendoim. Nos adultos, os frutos
frescos, os crustáceos, o peixe, os frutos secos e o amendoim são os mais
frequentemente implicados.
A anafilaxia pode ocorrer por ingestão, inalação, injecção ou contacto com o factor
precipitante. Quando um mecanismo imunológico está presente, os agentes
desencadeastes podem ser alimentos (amendoins, nozes, crustáceos), picadas de insectos
venenosos, látex, meios de contraste radiológico ou fármacos (antibióticos beta-
lactâmicos, anti-inflamatórios não esteróides). Na anafilaxia não imunológica sucede a
activação directa dos mastócitos, em consequência do exercício, de frio, de calor, da luz
solar/radiação UV ou do etanol.
Muitas vezes pode ocorrer exposição a alergénios ocultos sendo dificultada a tarefa de
encontrar o elemento etiológico.
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aumento da secreção mucosa e estimulação de terminações nervosas. A libertação de
citocinas e quimiocinas provenientes dos mastócitos e dos linfócitos T desencadeia a
activação de células (eosinófilos e linfócitos) no local onde ocorreu o contacto com o
alergénio.
Praticamente qualquer alimento ou aditivo alimentar pode causar uma reacção alérgica.
Os factores desencadeastes mais comuns variam por faixa etária.
Bebés e crianças com alergias alimentares tendem a ser alérgicos às substâncias que
desencadeiam a alergia (alérgenos) mais comummente, como:
Ovos
Leite
Trigo
Amendoim
Soja
Para evitar a ocorrência destas alergias, muitos pais devem evitar expor seus filhos a
esses alimentos. Contudo, novas evidências sugerem que alimentar os bebés
regularmente com alimentos que contêm amendoim pode ajudar a prevenir o
desenvolvimento de alergia a amendoim. São necessários mais estudos sobre esta
abordagem.
Nozes
A exposição a outros alérgenos semelhantes aos presentes nos alimentos (como pólen)
pode desencadear a produção de anticorpos contra substâncias nos alimentos, resultando
em alergia alimentar. Este processo é chamado sensibilização. Por exemplo, crianças
alérgicas a amendoim podem ter sido sensibilizadas ao amendoim quando cremes
tópicos contendo óleo de amendoim foram usados para tratar erupções cutâneas. Além
disso, muitas pessoas alérgicas ao látex também são alérgicas a banana, kiwi, abacate ou
a uma combinação destes. O látex e estas frutas contêm alérgenos semelhantes. Alergias
alimentares são mais comuns em crianças cujos pais sofrem de alergias alimentares,
rinite alérgica ou asma alérgica.
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O médico suspeita de uma alergia alimentar baseando-se essencialmente no histórico da
pessoa. Em adultos, a alergia costuma ser óbvia. Contudo, diagnosticar alergia alimentar
em crianças pode ser difícil. Algumas alergias alimentares podem ser difíceis de
distinguir de outros problemas digestivos, como a doença do intestino irritável.
Testes cutâneos (prick test) com extractos de diversos alimentos podem ser feitos em
caso de suspeita de alergia alimentar. Coloca-se uma gota de cada extracto sobre a pele
e, em seguida, pica-se a pele com uma agulha atravessando a gota. Uma reacção cutânea
a um alimento testado não significa necessariamente que a pessoa seja alérgica a esse
alimento; por outro lado, quando não existe uma reacção cutânea, significa que é
improvável que exista uma alergia ao alimento. Alternativamente, pode ser realizado
um teste de imunoglobulina (IgE) específico para o alérgeno. O sistema imunológico
produz um tipo diferente de IgE em resposta a cada alérgeno. Por exemplo, a IgE
produzida após a inalação de pólen difere da IgE produzida após a ingestão de nozes.
Neste teste, os médicos colhem uma amostra de sangue e determinam se a IgE no
sangue da pessoa se liga a um alérgeno específico usado no teste, como para o
amendoim. Se a ligação ocorrer, a pessoa tem alergia àquele alérgeno.
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Outras formas de identificar uma alergia alimentar incluem dietas de eliminação:
Uma dieta que consiste apenas de alimentos que provavelmente não causarão
uma reação alérgica
Uma dieta de eliminação pode ser o único teste usado para diagnosticar uma
alergia alimentar ou pode ser usada depois de um teste cutâneo (prick test) ou de
um teste de IgE específico para o alérgeno.
Ao invés do primeiro tipo de dieta, pode ser tentado o segundo tipo de dieta de
eliminação, que consiste apenas de alimentos que provavelmente não causam reacções
alérgicas. O segundo tipo envolve o seguinte:
Existem várias dietas de eliminação possíveis, que variam nos alimentos que são
eliminados e naqueles que são permitidos. Por exemplo, uma dieta pode eliminar carne
de gado e carneiro e permitir frango. Outra pode eliminar carneiro e aves e permitir
carne de gado.
Não é fácil seguir uma dieta de eliminação, já que muitos alimentos possuem
ingredientes que não são evidentes ou previsíveis. Por exemplo, muitos pães de centeio
contêm um pouco de farinha de trigo. Não é aconselhável comer em restaurantes,
porque a pessoa e o médico devem conhecer os ingredientes de todas as refeições
ingeridas. Se não houver alívio dos sintomas após uma semana, os médicos podem
recomendar uma dieta de eliminação diferente. Se não surgirem sintomas, torna-se a
incluir os alimentos na dieta, um por um. Cada alimento que se adiciona é fornecido por
mais de 24 horas ou até os sintomas aparecerem, identificando, assim, o alérgeno. Se a
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pessoa tiver apresentado reacções alérgicas muito graves a alimentos, o médico pode
pedir que ela coma uma pequena quantidade de um alimento no consultório. A reacção
da pessoa ao alimento é observada pelo médico.
A asma é uma patologia relacionada com a inflamação crónica das vias aéreas. As
principais manifestações consistem em episódios recorrentes de pieira/sibilância,
dispneia, opressão torácica e tosse, devido a uma resposta exagerada a variados
estímulos. Traduz-se por obstrução generalizada das vias respiratórias, variável,
habitualmente reversível espontaneamente ou sob acção terapêutica. Inicia-se
geralmente em idades jovens e é uma das doenças crónicas mais comuns, calculando-se
que em todo o mundo afecta mais de 300 milhões de pessoas. A asma pode ou não ser
mediada por mecanismos imunológicos, podendo por isso designar-se como alérgica ou
não alérgica.
Rinite/Conjuntivite Alérgica
A rinite é uma doença crónica que determina uma alta morbilidade nos indivíduos
afectados, embora raramente se manifeste como doença grave. Está frequentemente
associada à asma, considerando-se que entre 60-80% dos asmáticos tem rinite e 20-40%
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dos doentes com rinite tem asma. A rinite alérgica refere-se à apresentação de sintomas
a nível do nariz (rinorreia) e pode ser classificada em intermitente ou persistente,
consoante a frequência dos sintomas e em ligeira ou severa de acordo com o impacto
causado na qualidade de vida. Os principais sinais e sintomas de conjuntivite alérgica
são a hiperemia das conjuntivas, lacrimação excessiva, prurido e possível edema da
conjuntiva após exposição a um alergénio.
Eczema Atópico
O eczema atópico apresenta-se como uma doença da pele inflamatória crónica, que
surge frequentemente na primeira infância e está associado a história pessoal ou familiar
de outras doenças atópicas. Há desenvolvimento de lesões cutâneas eritematosas,
pruriginosas e, por vezes, com pus. A dermatite de contacto alérgica manifesta-se por
lesões eritematosas pruriginosas que surgem após exposição a substâncias químicas e é
predominantemente mediada por células.
Alergia Alimentar
Anafilaxia
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sensibilidade, a idade e o perfil genético. A coexistência de asma, sobretudo severa e/ou
não controlada e a alergia ao amendoim e a frutos de casca rija são factores de risco
para anafilaxia fatal ou de maior gravidade. Existem certas situações com potencial para
exacerbar uma reacção anafilática – os cofatores – como o exercício físico, o stress
emocional, as alterações da rotina diária e o período pré-menstrual. Os sintomas que
surgem mais comummente afectam as superfícies cutâneas, contudo a anafilaxia pode
desenvolver-se sem manifestações a este nível. Os sintomas respiratórios são mais
frequentes em crianças. O estímulo é na maioria dos casos alimentar.
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Conclusão
Tendo em atenção este aumento verificado nas doenças alérgicas e havendo a hipótese
de prevenção através de, por exemplo, abordagens à alimentação, que beneficiarão não
só as crianças como a saúde materna, este é um tema que deve estar na lista de
prioridades dos profissionais de saúde. A possibilidade de redução das doenças alérgicas
reduzirá também o seu impacto a nível social e económico (absentismo escolar e
laboral, gastos em internamentos, ida às urgências, medicação antialérgica) e
proporcionará, em certas circunstâncias, a conservação da vida pela prevenção
subsequente da ocorrência de reacções anafiláticas.
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Bibliografia
Franco, B.D.G.M e Landgraf, M., Microbiologia Dos Alimentos, SP, Atheneu, 1996
(livro todo)
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