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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

TENHA ESPERANÇA
Curso: Enfermagem de Saúde Materno Infantil

Cadeira: Nutrição

Tema: Dietas em Doenças Alérgicas

Nampula
2023

Discentes

Alice Olímpio no2

Felizarda José Luís no12

Haiate Ossufo Abacar no18

Joana Francisco no21

Mércia António Ussene no28

Tazi Jamal no38

Velodia Luís no39

Tema: Dietas em Doenças Alérgicas

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue


e apresentado na Instituição de Ensino na
Cadeira de Nutrição, leccionada pela docente:
Ornila

ESMI -12

Instituto de Ciências de Saúde Tenha Esperança

Nampula

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2023

Índice
Introdução..........................................................................................................................4

Dietas em doenças alérgicas..............................................................................................5

Dieta..................................................................................................................................5

Alergia...............................................................................................................................5

Etiologia das Doenças Alérgicas.......................................................................................5

Fisiopatologia das Doenças Alérgicas...............................................................................6

Apresentação Clínica das Doenças Alérgicas.................................................................10

Conclusão........................................................................................................................13

Bibliografia......................................................................................................................14

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Introdução

O presente trabalho subordinado a cadeira de Nutrição, onde iremos abordar acerca


Dietas em Doenças Alérgicas. De referirmos que as doenças alérgicas constituem um
problema cada vez mais prevalente em todo o mundo, manifestando-se frequentemente
nos primeiros anos de vida. Estas apresentam grande impacto a nível económico, social
e pessoal para o indivíduo, podendo mesmo dar origem a situações fatais, como é o caso
da anafilaxia. De salientarmos que as doenças alérgicas correspondem a reacções de
hipersensibilidade iniciadas por mecanismos imunológicos quando o organismo entra
em contacto com substâncias designadas por alergénios. Estas constituem uma das
principais causas de absentismo escolar e podem manifestar-se sob a sua forma mais
grave, a anafilaxia, sendo potencialmente fatais para o indivíduo.

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Dietas em doenças alérgicas

Dieta

Dieta é o conjunto das substâncias alimentares que constitui o comportamento


nutricional dos seres vivos. O conceito provém do grego díaita, que significa “modo de
vida”. A dieta é portanto um hábito e representa uma forma de viver. Por vezes, o termo
é usado para fazer referência aos regimes alimentares especiais para perder peso ou para
combater determinadas doenças, ainda que estes casos representem alterações da dieta e
não propriamente a dieta em si. Conforme a dieta que seguem, os seres vivos podem ser
qualificados de diversas formas: carnívoros (comem carne), detritívoros (alimentam-se
de substâncias orgânicas mortas), herbívoros (ingerem plantas e frutas), insectívoros
(insectos), omnívoros (o seu sistema consegue digerir carnes e vegetais) ou canibais
(comem membros da mesma espécie), entre outros. O ser humano é omnívoro por
natureza, ainda que, por questões ideológicas ou religiosas, muitos optem por ser
vegetarianos (abstêm-se de comer carne e peixe). A alimentação humana não é
determinada unicamente por questões biológicas, uma vez que também tem em conta os
factores sociais, económicos e culturais. Muitas das vezes, a dieta é condicionada pela
disponibilidade dos alimentos, que depende das condições climáticas e da localização
geográfica de cada região.

Alergia

Alergia define-se como uma reacção de hipersensibilidade iniciada por mecanismos


imunológicos em resposta à exposição a um determinado estímulo. Esta pode ser
mediada por anticorpos ou por células, sendo na maioria dos casos o anticorpo
responsável pela reacção alérgica, pertence ao isotipo IgE.

Etiologia das Doenças Alérgicas

A etiologia das doenças alérgicas é multifactorial, tendo como base para o seu
desenvolvimento três condições principais: um perfil genético apropriado, contacto com
alergénios e factores ambientais, como o tabaco ou infecções.
Os alergénios mais comummente causadores de reacções alérgicas são os ácaros
(aproximadamente 40% da população global industrial está sensibilizada para estes
agentes), o pólen, os fungos, os epitélios de animais, o látex e certos alimentos. Os
ácaros responsáveis pelas alergias podem ser domésticos (como o Dermatophagoides

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pteronyssinus e o Dermatophagoides farinae) ou de armazenamento (Lepidoglyphus
destructor, Glyciphagus domesticus e Blomia tropicalis).

Os alimentos que provocam mais frequentemente reacções alérgicas nas crianças são o
leite de vaca, o ovo, o peixe, os cereais, a soja e o amendoim. Nos adultos, os frutos
frescos, os crustáceos, o peixe, os frutos secos e o amendoim são os mais
frequentemente implicados.

A anafilaxia pode ocorrer por ingestão, inalação, injecção ou contacto com o factor
precipitante. Quando um mecanismo imunológico está presente, os agentes
desencadeastes podem ser alimentos (amendoins, nozes, crustáceos), picadas de insectos
venenosos, látex, meios de contraste radiológico ou fármacos (antibióticos beta-
lactâmicos, anti-inflamatórios não esteróides). Na anafilaxia não imunológica sucede a
activação directa dos mastócitos, em consequência do exercício, de frio, de calor, da luz
solar/radiação UV ou do etanol.
Muitas vezes pode ocorrer exposição a alergénios ocultos sendo dificultada a tarefa de
encontrar o elemento etiológico.

Fisiopatologia das Doenças Alérgicas

As reacções alérgicas ocorrem em duas fases: a fase de sensibilização e a fase


alérgica.
Quando o organismo entra pela primeira vez em contacto com um alergénio, este é
reconhecido pelos macrófagos que apresentam o alergénio aos linfócitos B. Esses levam
à formação de plasmócitos que produzem anticorpos – imunoglobulinas do tipo E (IgE)
– específicos para determinado alergénio. Os anticorpos ligam-se aos mastócitos e
basófilos. Durante este contacto, o alergénio estimula também os linfócitos T a produzir
memória desta interação. Através deste processo, o indivíduo torna-se sensibilizado para
o alergénio em questão.
Quando o indivíduo é exposto novamente aos alergénios a que se encontra
sensibilizado, pode ser induzida uma reacção alérgica. Os anticorpos IgE ligados aos
mastócitos e aos basófilos capturam o alergénio levando à desgranulação dos mastócitos
provocando a libertação de mediadores que dão origem às manifestações clínicas
características. A histamina, as prostaglandinas e os leucotrienos são os principais
mediadores responsáveis pela reacção alérgica e têm como consequência: taquicardia,
vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, contracção do músculo liso,

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aumento da secreção mucosa e estimulação de terminações nervosas. A libertação de
citocinas e quimiocinas provenientes dos mastócitos e dos linfócitos T desencadeia a
activação de células (eosinófilos e linfócitos) no local onde ocorreu o contacto com o
alergénio.

Praticamente qualquer alimento ou aditivo alimentar pode causar uma reacção alérgica.
Os factores desencadeastes mais comuns variam por faixa etária.

Bebés e crianças com alergias alimentares tendem a ser alérgicos às substâncias que
desencadeiam a alergia (alérgenos) mais comummente, como:

 Ovos

 Leite

 Trigo

 Amendoim

 Soja

Para evitar a ocorrência destas alergias, muitos pais devem evitar expor seus filhos a
esses alimentos. Contudo, novas evidências sugerem que alimentar os bebés
regularmente com alimentos que contêm amendoim pode ajudar a prevenir o
desenvolvimento de alergia a amendoim. São necessários mais estudos sobre esta
abordagem.

No caso de crianças maiores e adultos, os factores desencadeastes mais comuns são


alérgenos em:

 Nozes

 Frutos do mar, incluindo mariscos

A exposição a outros alérgenos semelhantes aos presentes nos alimentos (como pólen)
pode desencadear a produção de anticorpos contra substâncias nos alimentos, resultando
em alergia alimentar. Este processo é chamado sensibilização. Por exemplo, crianças
alérgicas a amendoim podem ter sido sensibilizadas ao amendoim quando cremes
tópicos contendo óleo de amendoim foram usados para tratar erupções cutâneas. Além
disso, muitas pessoas alérgicas ao látex também são alérgicas a banana, kiwi, abacate ou
a uma combinação destes. O látex e estas frutas contêm alérgenos semelhantes. Alergias
alimentares são mais comuns em crianças cujos pais sofrem de alergias alimentares,
rinite alérgica ou asma alérgica.
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O médico suspeita de uma alergia alimentar baseando-se essencialmente no histórico da
pessoa. Em adultos, a alergia costuma ser óbvia. Contudo, diagnosticar alergia alimentar
em crianças pode ser difícil. Algumas alergias alimentares podem ser difíceis de
distinguir de outros problemas digestivos, como a doença do intestino irritável.

Em caso de suspeita de alergia alimentar, um dos seguintes testes é realizado:

 Testes cutâneos (prick test)

 Um teste de imunoglobulina (IgE) específico para o alérgeno

Testes cutâneos (prick test) com extractos de diversos alimentos podem ser feitos em
caso de suspeita de alergia alimentar. Coloca-se uma gota de cada extracto sobre a pele
e, em seguida, pica-se a pele com uma agulha atravessando a gota. Uma reacção cutânea
a um alimento testado não significa necessariamente que a pessoa seja alérgica a esse
alimento; por outro lado, quando não existe uma reacção cutânea, significa que é
improvável que exista uma alergia ao alimento. Alternativamente, pode ser realizado
um teste de imunoglobulina (IgE) específico para o alérgeno. O sistema imunológico
produz um tipo diferente de IgE em resposta a cada alérgeno. Por exemplo, a IgE
produzida após a inalação de pólen difere da IgE produzida após a ingestão de nozes.
Neste teste, os médicos colhem uma amostra de sangue e determinam se a IgE no
sangue da pessoa se liga a um alérgeno específico usado no teste, como para o
amendoim. Se a ligação ocorrer, a pessoa tem alergia àquele alérgeno.

Se um dos testes identificar um alimento em particular, esse alimento é eliminado da


dieta. Se a eliminação desse alimento aliviar os sintomas, ele é oferecido à pessoa
novamente para ver se há o desenvolvimento de sintomas depois de comê-lo. Sempre
que possível, esta etapa é feita como parte de um teste de desafio oral. O teste de desafio
oral é feito para confirmar o diagnóstico.

Em um teste de desencadeamento alimentar oral, a pessoa recebe um outro alimento


(como leite ou molho de maçã) em dois lotes: um contendo o alimento suspeito e um
sem o alimento suspeito. Em seguida, o médico observa a ingestão do alimento pela
pessoa. Se não surgirem sintomas após a ingestão do alimento suspeito, a pessoa não é
alérgica a esse alimento. Se surgirem sintomas após a ingestão do alimento suspeito,
mas não após a ingestão do outro alimento, a pessoa provavelmente é alérgica ao
alimento suspeito.

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Outras formas de identificar uma alergia alimentar incluem dietas de eliminação:

 Uma dieta que elimina apenas o alimento ou alimentos suspeitos de causarem a


alergia

 Uma dieta que consiste apenas de alimentos que provavelmente não causarão
uma reação alérgica

 Uma dieta de eliminação pode ser o único teste usado para diagnosticar uma
alergia alimentar ou pode ser usada depois de um teste cutâneo (prick test) ou de
um teste de IgE específico para o alérgeno.

Para o primeiro tipo de dieta de eliminação, a pessoa suspende o consumo de todos os


alimentos que possam estar causando os sintomas durante aproximadamente uma
semana.

Ao invés do primeiro tipo de dieta, pode ser tentado o segundo tipo de dieta de
eliminação, que consiste apenas de alimentos que provavelmente não causam reacções
alérgicas. O segundo tipo envolve o seguinte:

 Seguir uma dieta prescrita pelo médico

Comer apenas alimentos e líquidos especificados na dieta e usando apenas produtos


puros (excluindo muitos alimentos comercialmente preparados)

Existem várias dietas de eliminação possíveis, que variam nos alimentos que são
eliminados e naqueles que são permitidos. Por exemplo, uma dieta pode eliminar carne
de gado e carneiro e permitir frango. Outra pode eliminar carneiro e aves e permitir
carne de gado.

Não é fácil seguir uma dieta de eliminação, já que muitos alimentos possuem
ingredientes que não são evidentes ou previsíveis. Por exemplo, muitos pães de centeio
contêm um pouco de farinha de trigo. Não é aconselhável comer em restaurantes,
porque a pessoa e o médico devem conhecer os ingredientes de todas as refeições
ingeridas. Se não houver alívio dos sintomas após uma semana, os médicos podem
recomendar uma dieta de eliminação diferente. Se não surgirem sintomas, torna-se a
incluir os alimentos na dieta, um por um. Cada alimento que se adiciona é fornecido por
mais de 24 horas ou até os sintomas aparecerem, identificando, assim, o alérgeno. Se a

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pessoa tiver apresentado reacções alérgicas muito graves a alimentos, o médico pode
pedir que ela coma uma pequena quantidade de um alimento no consultório. A reacção
da pessoa ao alimento é observada pelo médico.

Apresentação Clínica das Doenças Alérgicas

A apresentação clínica das doenças alérgicas é altamente variável, podendo indivíduos


com testes cutâneos positivos não exibir sintomas aquando da exposição aos alergénios
e podendo outros apresentar sinais e sintomas característicos de doenças alérgicas sem,
no entanto, demonstrar sensibilização nos testes cutâneos. As doenças alérgicas podem
manifestar-se em qualquer idade, dependendo do balanço entre os fatores ambientais e a
genética do indivíduo. O eczema atópico e as alergias alimentares tendem a evidenciar-
se nos primeiros meses de vida. Quando um indivíduo entra em contacto com um
alergénio a que está sensibilizado, desencadeia-se uma resposta exagerada, que pode
surgir como mucosite aguda, angioedema, eczema atópico, eczema de contacto,
urticária, prurido, rinite, conjuntivite, asma/dificuldade respiratória/broncoespasmo,
reacções gastrintestinais ou anafilaxia. Ao longo da vida os sintomas alérgicos
desenvolvem-se geralmente segundo um padrão sequencial, chamado de “marcha
alérgica”, com progressão de eczema atópico para asma e rinite/conjuntivite alérgica.
Asma Alérgica

A asma é uma patologia relacionada com a inflamação crónica das vias aéreas. As
principais manifestações consistem em episódios recorrentes de pieira/sibilância,
dispneia, opressão torácica e tosse, devido a uma resposta exagerada a variados
estímulos. Traduz-se por obstrução generalizada das vias respiratórias, variável,
habitualmente reversível espontaneamente ou sob acção terapêutica. Inicia-se
geralmente em idades jovens e é uma das doenças crónicas mais comuns, calculando-se
que em todo o mundo afecta mais de 300 milhões de pessoas. A asma pode ou não ser
mediada por mecanismos imunológicos, podendo por isso designar-se como alérgica ou
não alérgica.

Rinite/Conjuntivite Alérgica

A rinite é uma doença crónica que determina uma alta morbilidade nos indivíduos
afectados, embora raramente se manifeste como doença grave. Está frequentemente
associada à asma, considerando-se que entre 60-80% dos asmáticos tem rinite e 20-40%

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dos doentes com rinite tem asma. A rinite alérgica refere-se à apresentação de sintomas
a nível do nariz (rinorreia) e pode ser classificada em intermitente ou persistente,
consoante a frequência dos sintomas e em ligeira ou severa de acordo com o impacto
causado na qualidade de vida. Os principais sinais e sintomas de conjuntivite alérgica
são a hiperemia das conjuntivas, lacrimação excessiva, prurido e possível edema da
conjuntiva após exposição a um alergénio.

Eczema Atópico

O eczema atópico apresenta-se como uma doença da pele inflamatória crónica, que
surge frequentemente na primeira infância e está associado a história pessoal ou familiar
de outras doenças atópicas. Há desenvolvimento de lesões cutâneas eritematosas,
pruriginosas e, por vezes, com pus. A dermatite de contacto alérgica manifesta-se por
lesões eritematosas pruriginosas que surgem após exposição a substâncias químicas e é
predominantemente mediada por células.

Alergia Alimentar

As alergias alimentares afectam de 3% a 10% da população mundial; correspondem a


reações adversas a alimentos mediadas por mecanismos imunológicos e podem
manifestarse pelo aparecimento de sintomas gastrointestinais (dor abdominal, vómitos,
diarreia), respiratórios (tosse, estridor, dispneia), cardiovasculares (síncope) e/ou
reações cutâneas (urticária, edema, eczema atópico) imediatamente após contacto e/ou
ingestão de alimentos. As alergias alimentares podem ser desencadeadas por ingestão,
inalação ou contacto cutâneo com alimentos ou partes deles. Podem detectar-se
anticorpos IgE ou pode haver positividade nos testes cutâneos para os alimentos
agressores. Geralmente, há recuperação após a eliminação dos alimentos a que o
indivíduo se encontra sensibilizado e recidiva após ingestão dos mesmos.

Anafilaxia

A anafilaxia é transversal a todas as faixas etárias e os sinais e sintomas apresentados


pelos doentes dependem dos sistemas de órgãos envolvidos. A sua severidade está
relacionada com vários factores, nomeadamente a existência de doenças concomitantes
(como asma, doenças cardiovasculares), a utilização de medicamentos ou químicos
simultaneamente (destacando-se os bloqueadores beta-adrenérgicos, sedativos,
antidepressivos, drogas/álcool), o tipo de alergénio envolvido, o grau individual de

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sensibilidade, a idade e o perfil genético. A coexistência de asma, sobretudo severa e/ou
não controlada e a alergia ao amendoim e a frutos de casca rija são factores de risco
para anafilaxia fatal ou de maior gravidade. Existem certas situações com potencial para
exacerbar uma reacção anafilática – os cofatores – como o exercício físico, o stress
emocional, as alterações da rotina diária e o período pré-menstrual. Os sintomas que
surgem mais comummente afectam as superfícies cutâneas, contudo a anafilaxia pode
desenvolver-se sem manifestações a este nível. Os sintomas respiratórios são mais
frequentes em crianças. O estímulo é na maioria dos casos alimentar.

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Conclusão

Tendo em atenção este aumento verificado nas doenças alérgicas e havendo a hipótese
de prevenção através de, por exemplo, abordagens à alimentação, que beneficiarão não
só as crianças como a saúde materna, este é um tema que deve estar na lista de
prioridades dos profissionais de saúde. A possibilidade de redução das doenças alérgicas
reduzirá também o seu impacto a nível social e económico (absentismo escolar e
laboral, gastos em internamentos, ida às urgências, medicação antialérgica) e
proporcionará, em certas circunstâncias, a conservação da vida pela prevenção
subsequente da ocorrência de reacções anafiláticas.

A predisposição genética mantém-se como um importante determinante de


susceptibilidade individual para as doenças alérgicas. Todavia as interacções entre os
genes e o ambiente alteraram-se nos últimos anos, a par das modificações ambientais a
que temos vindo a ser expostos – mudanças a nível dietético, exposição diferenciada a
microrganismos e exposição mais acentuada a certos tóxicos, como o tabaco.
Simultaneamente tem-se verificado um aumento na prevalência das doenças alérgicas; o
que nos remete para a necessidade de obter intervenções efectivas ao nível do estilo de
vida, que beneficiem o normal desenvolvimento do nosso sistema imunitário. A
interacção entre o ambiente e a imunidade tem sido estudada não só ao nível das
doenças alérgicas, como de outras pandemias da sociedade actual.

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Bibliografia

Todo-Bom A, Burney P, Pinto AM, Rodrigues V, Loureiro C. Epidemiologia da asma e


rinossinusite no Centro de Portugal: Contributo da alergia. Rev Port Imunoalergologia.
2012;193–200.

Mattos L, Martins I. Consumo de fibras alimentares em população adulta. Rev Saúde


Públic. 2000;34:50-55.

American Academy of Pediatrics Manual de nutrição pediátrica. São Paulo:


Pharmapress Edições Ltda, 1992.

Franco, B.D.G.M e Landgraf, M., Microbiologia Dos Alimentos, SP, Atheneu, 1996
(livro todo)

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