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INSTITUTO DE SAÚDE AVICENNA

Curso: Enfermagem de Saúde Materno Infantil

Cadeira: Patologia na Gravidez

Tema: Tuberculose
Aspectos epidemiológicos, formas clinicas
Diagnostico, assistência de enfermagem e biossegurança no pré, intra e pós-natal
Procedimentos de referência

Nampula

2022
Discentes

Alima Momade

Elsa Jacinto

Lúcia Aiuba

Maimuna Amade Salimo

Maizinha Midjay

Muamina Matano

Muarene Muaquia

Sara Paulino

Tema: Tuberculose
Aspectos epidemiológicos, formas clinicas
Diagnostico, assistência de enfermagem e biossegurança no pré, intra e pós-natal
Procedimentos de referência

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue na instituição de ensino na cadeira
de Patologia na Gravidez, leccionada pela
Docente: Carolina Metarige

Instituto de Saúde Avicenna

Nampula

2022

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Índice
Introdução..........................................................................................................................4

Tuberculose.......................................................................................................................5

Fisiopatologia da tuberculose............................................................................................6

Aspectos epidemiológicos.................................................................................................8

Formas clinicas..................................................................................................................9

Diagnostico, assistência de enfermagem e biossegurança no pré, intra e pós-natal........10

Cuidados Pré-natais.........................................................................................................12

Procedimento de referência.............................................................................................13

Prevenção da tuberculose................................................................................................13

Complicações da Tuberculose.........................................................................................14

Conclusão........................................................................................................................15

Bibliografia......................................................................................................................16

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Introdução

O presente trabalho subordinado a cadeira de Patologia na Gravidez, que iremos abordar


sobre a Tuberculose, de referimos que a tuberculose é uma doença infecciosa crónica
causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch) que ataca
principalmente os pulmões, mas pode atingir outras partes do corpo como os ossos, rins
e as meninges (membranas que envolvem o cérebro). De salientarmos que
Aproximadamente um quarto da população mundial está infectado (com base em
pesquisas feitas com testes cutâneos tuberculínicos). Daqueles infectados, talvez 15
milhões tenham doença activa em um dado momento.

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Tuberculose

É uma doença causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de


Koch), em geral a doença acomete os pulmões, embora até um terço dos casos outros
órgãos sejam comprometidos. Depende do nível socioeconómico e especialmente do
estado nutricional da pessoa para adquirir a enfermidade.

Aproximadamente um quarto da população mundial está infectado (com base em


pesquisas feitas com testes cutâneos tuberculínicos). Daqueles infectados, talvez 15
milhões tenham doença activa em um dado momento.

Em 2016, cerca de 10,4 milhões (140.5/100.000) de novos casos de tuberculose


ocorreram em todo o mundo. A maioria dos novos casos ocorreu no Sudeste Asiático
(45%), na África (25%) e no Pacífico Ocidental (17% [ 1]). Os índices de casos variam
amplamente por país, idade, raça, sexo e status socioeconómico. Em 2016, 64% dos
novos casos ocorreram em 7 países; a maioria ocorreu na Índia, mas também na
Indonésia, China, Filipinas, Paquistão, Nigéria e África do Sul (2). Alguns países,
incluindo a Coreia do Norte, Lesoto, Moçambique, Filipinas e África do Sul, tiveram
taxas de incidência acima de 500/100.000 (1). A taxa de infecção (para TB sensível aos
tuberculostáticos) e mortalidade está caindo. Novos casos diminuíram 1,5% em 2014 e
2015, ampliando uma tendência que vem ocorrendo há vários anos. Essas tendências
provavelmente são em parte por causa dos esforços globais de controlo da TB que
forneceram a mais pessoas acesso a fármacos contra infecções por TB e HIV.

Nos EUA, a taxa caiu de 1994 a 2014. Em 2016, 9.287 novos casos foram notificados
ao CDC que representaram uma taxa de 2,9/100.000, o que foi um ligeiro decréscimo
em relação a 2015. Mais da metade desses casos ocorreu em pacientes nascidos fora dos
EUA em áreas de alta prevalência. [A taxa de TB entre pessoas nascidas fora dos EUA
(14,6/100.000) foi muito mais alta que a taxa entre os nascidos no país (1,1/100.000
[ 3]). O risco de infecção para pessoas que moram em instalações comunitárias, como
abrigos, instituições de longa permanência ou estabelecimentos correccionais, bem
como para os sem-teto, aumentou no último ano. Em tais populações de alto risco, a
incidência de casos pode ficar próxima à de regiões do mundo de alto risco. Houve um
ressurgimento da tuberculose em regiões dos EUA e em outros países desenvolvidos
entre 1985 e 1992; isso estava associado a vários factores, incluindo HIV pessoas sem-
teto, deterioração da infra-estrutura da saúde pública e o surgimento da tuberculose

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multirresistente (TB-RMF). Embora substancialmente controlada nos EUA pela saúde
pública e por medidas institucionais de controle de infecção eficazes, o problema da
TB-RMF, incluindo a tuberculose extensivamente fármaco-resistente (XDR-TB,
extensively drug-resistant tuberculosis), parece estar aumentando no mundo, alimentado
por recursos inadequados, incluindo sistemas de fornecimento de tratamento e
diagnóstico. Em muitas partes do mundo, a tuberculose resistente a fármacos não pode
ser diagnosticada de modo rápido e tratada precocemente com esquemas eficazes,
incluindo o tratamento eficaz dos efeitos adversos dos fármacos de 2ª linha. Essa
situação resulta em transmissão contínua, baixas taxas de cura e aumento da resistência.
O tratamento da XDR-TB apresenta resultados menos favoráveis; a taxa de mortalidade
é extremamente alta nos pacientes coinfectados pelo HIV mesmo quando são tratados
com fármacos anti-retrovirais. Tratamento eficaz e controle dos efeitos adversos,
envolvimento com a comunidade e apoio social resultaram em tendências
epidemiológicas decrescentes mais favoráveis de tuberculose resistente a fármacos em
algumas regiões (p. ex., no Peru e na região de Tomsk na Rússia). Índia e China só
estão começando a implementar programas contra TB multirresistente nos respectivos
países, e o futuro da TB multirresistente pode ser significativamente influenciado pelo
sucesso ou fracasso desses programas.

Fisiopatologia da tuberculose

A tuberculose pode ocorrer em 3 estágios:

 Infecção primária
 Infecção latente
 Infecção activa

Bacilos M. tuberculosis causam inicialmente uma infecção primária, que raramente


resulta em doença aguda. A maioria das infecções primárias (95%) é assintomática e
seguida por uma fase latente (dormente). Uma percentual variável de infecções latentes
posteriormente é reactivado, com sinais e sintomas de doença, e, em alguns casos, por
uma doença activa.

Normalmente a infecção não é transmissível na fase primária e nunca é contagiosa na


fase latente.

Infecção primária
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A infecção requer inalação de partículas suficientemente pequenas para atravessar as
defesas respiratórias superiores e se depositar profundamente no pulmão, geralmente
nos espaços aéreos subpleurais dos lobos medianos ou inferiores. Gotículas maiores
tendem a se alojar nas vias respiratórias proximais e normalmente não resultam em
infecção. A infecção geralmente começa a partir de um único núcleo da gotícula, que
tipicamente contém poucos organismos. Talvez um único organismo possa ser
suficiente para causar infecção em pessoas susceptíveis, mas pessoas menos
susceptíveis podem exigir uma exposição reiterada para que a infecção se desenvolva.

Para dar início à infecção, bacilos M. tuberculosis devem ser ingeridos pelos
macrófagos alveolares. Os bacilos que não são mortos pelos macrófagos na verdade se
replicam dentro dos macrófagos, matando-os no final (com a ajuda de linfócitos CD8);
células inflamatórias são atraídas para a área, causando pneumonite focal que coalesce e
evolui para os característicos tubérculos observados na histologia. Nas semanas iniciais
da infecção, alguns macrófagos infectados são transportados para linfonodos regionais
(p. ex., hilar, mediastinal), onde a cessam a corrente sanguínea. A disseminação
hematogênica para qualquer parte do corpo, em particular para a porção apical-posterior
dos pulmões, epífises dos ossos longos, rins, corpos vertebrais e meninges pode ocorrer.
A disseminação hematogênica é menos provável nos pacientes com imunidade parcial
decorrente da vacinação ou à infecção natural prévia por M. tuberculosis ou
micobactérias ambientais.

Infecção latente

Infecção latente ocorre após a maioria das infecções primárias. Em cerca de 95% dos
casos, após aproximadamente 3 semanas de intensa multiplicação, o sistema imunitário
suprime a replicação bacilar, geralmente antes que sintomas ou sinais apareçam. Focos
dos bacilos no pulmão ou em outros locais se transformam em granulomas de célula
epitelioide, que podem ter centros caseosos e necróticos. Bacilos da tuberculose podem
sobreviver nesse material durante anos; o equilíbrio entre a resistência do hospedeiro e a
virulência microbiana determina se a infecção essencialmente desaparece sem
tratamento, se permanece dormente ou torna-se activa. Focos infecciosos podem deixar
fibronodulares cicatriciais nos ápices de um ou ambos os pulmões (focos de Simon, que
costumam resultar de disseminação hematogênica a partir de outro local da infecção) ou
pequenas áreas de consolidação (focos de Ghon). Um foco de Ghon com envolvimento

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de linfonodos é um complexo de Ghon que, se calcificado, é chamado complexo de
Ranke. O teste cutâneo tuberculínico e os ensaios de liberação de gama-interferon
(IGRA) tornam-se positivos durante a fase latente da infecção. Locais de infecção
latente são processos dinâmicos, não totalmente dormentes como se acreditava.
Raramente, o foco primário progride de modo imediato, causando doença aguda com
pneumonia (às vezes cavitária), derrame pleural e alargamento de mediastino ou de
linfonodo hilar (que pode comprimir os brônquios em crianças). Derrames pleurais
discretos são predominantemente linfocíticos, contendo tipicamente poucos
microrganismos e desaparecendo em algumas semanas. Essa sequência talvez seja mais
comum entre crianças pequenas recém-infectadas ou pacientes imunossuprimidos
reinfectados. Tuberculose extrapulmonar em qualquer local pode se apresentar, algumas
vezes, sem evidência de envolvimento pulmonar. A tuberculose ganglionar é a
apresentação extrapulmonar mais comum; porém, a meningite é a mais temida por
causa de sua alta mortalidade em pessoas muito jovens e muito idosas.

Doença activa

Pessoas saudáveis infectadas pela tuberculose têm aproximadamente 5% a 10% de risco


durante a vida de desenvolver doença activa, embora a percentagem varie
significativamente de acordo com a idade e outros factores de risco. Em 50 a 80% dos
que desenvolvem doença activa, a tuberculose reaparece dentro dos 2 primeiros anos,
mas também pode ocorrer décadas depois.

Qualquer órgão inicialmente infectado pode tornar-se um local de reactivação, mas esta
ocorre com frequência nos ápices pulmonares, presumivelmente por causa das
condições locais favoráveis como alta tensão de oxigénio. Focos de Ghon e linfonodos
hilares afectados têm muito menos probabilidade de serem locais de reactivação.
Doenças que comprometem a imunidade celular (essencial para a defesa contra a TB)
facilitam significativamente a reactivação. Assim, pacientes coinfectados pelo HIV e
que não estão recebendo TARV apropriado têm risco anual aproximado de 10% de
desenvolver doença activa.

Aspectos epidemiológicos

O agente etiológico é a Mycobacterium tuberculosis, é uma bactéria aeróbica em forma


de bastão (bacilo), que não forma esporos, o modo de transmissão mais comum do

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bacilo é de um paciente com tuberculose pulmonar inoficiosa para outra pessoas
partículas aerossolizadas pela tosse, em espirros ou pela fala. Estas partículas diminutas
secam rapidamente podendo permanecer suspensas no ar por varias horas e obter acesso
directo às vias respiratórias terminais.

Outra via de transmissão dos bacilos da tuberculose, como através de pele ou placenta
são incomuns e não têm importância epedimemologia. A probabilidade de infecção é
maior quando a intimidade e duração do contacto com um caso de tuberculose activa é
prolongada. Os pacientes com BK positivo desempenham o principal papel na
disseminação da infecção. A aglomeração de pessoas em ambientes pouco ventilados é
um dos factores mais importantes na transmissão dos bacilos da tuberculose pois
aumenta a intensidade do contacto com um caso. Desenvolver a doença após infectar-se
depende em grande parte de factores endógenos, como a susceptibilidade inata do
individuo àdoença e o nível funcional da imunidade celular que depende muito do
estado nutricional da pessoa.

Formas clinicas

Tuberculose Pulmonar

É a mais frequente e caracteriza-se por apresentar:

 Tosse;
 Febre (vespertina);
 Emagrecimento;
 Dor Torácica;
 Hemóstases;
 Falta de apetite (anorexia)
 Sudoração nocturna.

Tubérculo Extra pulmonar

Em Moçambique o número de casos de tuberculose extrapulmonar registados representa


somente 9% do total o que significa que são sob diagnosticados. Diagnóstico é por
vezes difícil e deve ser feito pelo clinico. As formas mais frequentes são:

 Pleura;

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 Ganglionar;
 Miliar ou disseminada;
 Menigea;
 Peritoneal.

Diagnostico, assistência de enfermagem e biossegurança no pré, intra e pós-natal

O diagnóstico de tuberculose baseia-se na identificação do bacilo de tuberculose por


microscopia directa ou por cultura. A microscopia pelo método de Ziehl-Neelsen deve
ser feita em todos casos suspeitos, especialmente nos casos que têm tosse há mais de
três semanas, nos casos anteriormente tratados com tuberculostaticos e casos
extrapulmonares.

O exame bacteriológico da expectoração é a única forma de confirmar o diagnóstico de


tuberculose pulmonar. Sempre que se suspeite de tuberculose, deve-se recolher e
examinar por microscopia duas amostras de expectoração.

 A primeira a mostra é colhida logo de imediato na triagem ou laboratório (no


primeiro contacto);
 A segunda é colhida no dia seguinte quando o doente acorda.

O diagnóstico de tuberculose é confirmado quando duas amostras de baciloscopia são


positivas (ou uma cultura é positiva).

 Se só uma amostra de baciloscopia é positiva, deve repetir um novo ciclo de 2


baciloscopias;
 Os casos não confirmados bacteriologicamente, o diagnóstico baseia-se no
exame clinico, teste de Mantoux (só nas crianças), radiografia do tórax;
 Deve-se sublinhar que a radiografia não faz o diagnóstico, porque muitas outras
doenças respiratórias têm imagens radiológicas iguais à tuberculose pulmonar;
 O teste de Mantoux ajuda no diagnóstico de tuberculose em crianças que têm
menos de 5 anos e não têm vacina de BCG. A reacção de tuberculose >10mm é
sugestivo de infecção tuberculosa.

Quando a tuberculose se diagnostica na gravidez, a conduta é a mesma que para as


mulheres não grávidas: repouso e nutrição adequada e tratamento com drogas anti-
tuberculose.

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O tratamento tem como objectivos:

1. Curar a doente com TB;


2. Prevenir a morte por TB activa ou suas sequelas;
3. Prevenir as recaídas/falência/recorrências;
4. Diminuir a transmissão da doença na comunidade;
5. Evitar a progressão da infecção com o HIV;
6. Prevenir o desenvolvimento da resistência adquirida aos medicamentos;
7. Prevenir as sequelas de TB.

Em princípio todas mulheres grávidas, com ou sem tuberculose devem fazer um


complexo vitamínico para além do sal-ferroso, no entanto é importante assegurar que
toda a grávida em tratamento da tuberculose com Isoniazada deve também fazer
Piridoxina (Vitamina B6) na dose de 10-25 mg por dia para prevenir e tratar efeitos
colaterais como neuropatias periféricas.

O controlo da eficácia do tratamento da TB pulmonar com baciloscopia positiva é


realizada através das baciloscopias da expectoração realizada ao 2º e 5º mês de
tratamento nos casos novos e 3º, 5º e 7º meses de tratamento nos casos em retratamento.
Se a bacilioscopia do 2º (ou 3º) mês for positiva a doente prolonga a fase intensiva por
mais um mês e repete o BK no final do mês suplementar, passando então a fase de
manutenção independentemente do resultado do BK. O doente caso novo com BK+ ao
2º e 3º meses faz baciloscopia de controlo ao 5º e 6º meses (para ter 2 baciloscopias

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negativas e ser considerada curada). Doente caso novo com baciloscopia (ou cultura)
positiva ao 5º ou 6º meses de tratamento é considerado como falência e deve iniciar
regime de tratamento. Doente em regime de tratamento com baciloscopia ou cultura
positiva ao 7º mês de tratamento é considerada crónica com suspeita de Tuberculose-
MDR e deve ser pedida a cultura e teste de sensibilidade. Toda a grávida com
tuberculose, assim como os seus familiares deve receber informações importantes e
claras, tais como: o que é TB; a TB é uma doença que tem cura, se o tratamento for
correcto e concluído; o tratamento dura 6 meses em princípio; quais são os possíveis
efeitos secundários dos medicamentos; o que é; e a importância da Observação Directa
do Tratamento (DOT); dieta alimentar e outros cuidados; periocidade dos controlos;
como a grávida e seus familiares podem ajudar no tratamento; medidas a serem tomadas
para evitar a disseminação da doença na família e comunidade (etiqueta da tosse); e
outras informações que foram julgadas necessárias dependendo de cada caso.

Cuidados Pré-natais

 No controle pré-natal é importante fazer o diagnóstico precoce de Tuberculose,


para começar com o tratamento imediatamente;
 Durante o controle pré-natal na mulher grávida com tuberculose, deve-se vigiar
cuidadosamente o crescimento e vitalidade fetal, recomendar uma boa
alimentação a mãe e o cumprimento do Tratamento.

Durante o parto

 A cesariana só deve fazer-se por indicação obstétrica e de ser possível com


anestesia por condução: caudal o peridual.
 Parto puerperio constitui uma etapa de especial cuidado;
 Muitas vezes o parto pode acontecer antes de atingir as 37 semanas, se devem
ter os cuidados especais na atenção do parto pré-termo no puerperio;
 Na mãe com tuberculose em tratamento e BK negativo não há necessidade de
tomar precauções especiais com o RN, este deve vacinar-se com BCG.
 Se a ame é BK positivo, a criança está em alto risco. Deve proceder-se da
seguinte maneira:
 A criança e a mãe devem ser separadas. A separação traz repercussões
emocionais graves para ambas partes;

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 Deve manter-se a amamentação. Só se deve alimentar a criança
artificialmente se a mãe está gravemente doente e o stress da
amamentação interfere com o sucesso do tratamento;
 Dar a criança isoniazida 10 mg/kg/dia como profilático;
 Depois de 3 meses, e quanto a mãe se torna BK negativo, fazer
Mantoux a criança:
o Se for negativo parar o tratamento com isoniazada e se faz
BCG;
o Se for positivo se faz Rx de tórax;
o Se este não mostra lesão se faz mias 3 meses de INH;
o Se mostrar lesão se faz tratamento completo.

Procedimento de referência

 Certifique-se de que a mulher grávida respira correctamente;


 Alimentação deve ser rica em proteínas e vitaminas;
 Controlo de sinais vitais e os controles de vitalidade fetal;
 Recomenda-se evitar o tratamento com estreptomicina para evira os efeitos
sobre p feto: surdez e disfunção vestibular por lesão do VIII por craniano. Não
há indicação de que outros medicamentos antituberculosos tenham efeitos
adversos. Pode ser substituído com Etambutol.

Prevenção da tuberculose

Seguem-se medidas preventivas gerais (p. ex., ficar em casa, evitar visitantes, durante
tosses cobrir a boca com lenço ou mão).

Vacinação

A vacina do bacilo Calmette-Guérin (BCG), feita de uma cepa atenuada de M. bovis, é


administrada a > 80% das crianças do mundo, especialmente em países de alto risco. A
eficácia média global é provavelmente de apenas 50%. BCG reduz claramente a taxa de
TB extratorácica em crianças, especialmente meningites por tuberculose, e pode
prevenir a infecção por TB. Assim, ela é considerada vantajosa em regiões de alto risco.
A imunização com BCG tem poucas indicações nos EUA, excepto em exposição
possivelmente inevitável a um caso de tuberculose infecciosa que não possa ser tratado

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de maneira efectiva (pré-XDR ou XDR-TB) e possivelmente profissionais de saúde não
infectados previamente expostos a TB-RMF ou XDR-TB de forma regular.

Complicações da Tuberculose

A tuberculose pode gerar complicações resultantes directamente da infecção pulmonar,


que nos casos mais graves poderá resultar em Sepsis (infecção generalizada). Os casos
de sepsis são extremamente graves e consequentemente estão associados a um elevado
risco de morte.

Quando se trata de uma tuberculose sensível aos fármacos de primeira linha e é efetuado
tratamento logo no início dos sintomas, a doença possui uma evolução quase sempre
favorável.

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Conclusão

A tuberculose lesa tecidos por hipersensibilidade do tipo tardia (HTT), tipicamente


produzindo necrose granulomatosa com aparência caseosa ao exame histológico. Lesões
pulmonares são característicamente, mas não invariavelmente, cavitárias, sobretudo nos
pacientes imunossuprimidos com deficiência de DTH. Derrame pleural é menos comum
do que em tuberculose primária progressiva, mas pode ocorrer por extensão directa ou
disseminação hematogênica. A ruptura de uma ampla lesão tuberculosa no espaço
pleural pode produzir empiema com ou sem fístula broncopleural; às vezes, causa
pneumotórax. Na era pré-quimioterapia, o empiema por tuberculose eventualmente
complicava a terapia de pneumotórax induzida por fármaco e, geralmente, era
rapidamente fatal, como a hemoptise maciça súbita por erosão de uma artéria pulmonar
por uma cavidade alargada.

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Bibliografia

BRASIL, Ministério da Saúde. Caderno de Boas Práticas: O uso de penicilina na


atenção básica para a prevenção da sífilis congénita no brasil. 1ª edição. Brasília –
DF, 2015.

______, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Cadernos de Atenção


Básica 32: Atenção ao pré-natal de baixo risco. 1ª edição. Brasília – DF, 2012.

PRIMO, C. C.; TREVIZANI, C. C.; TEDESSO, J. C.; LEITE, F. M. C.; ALMEIDA, M.


V. S; LIMA, E. F. A. Classificação Internacional para Prática de Enfermagem na
Assistência Pré-Natal. Revista Oficial do Conselho Federal de Enfermagem, v.6,
n.1/5, 2015.

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