Professional Documents
Culture Documents
Trabalho Tuberculose
Trabalho Tuberculose
Tema: Tuberculose
Aspectos epidemiológicos, formas clinicas
Diagnostico, assistência de enfermagem e biossegurança no pré, intra e pós-natal
Procedimentos de referência
Nampula
2022
Discentes
Alima Momade
Elsa Jacinto
Lúcia Aiuba
Maizinha Midjay
Muamina Matano
Muarene Muaquia
Sara Paulino
Tema: Tuberculose
Aspectos epidemiológicos, formas clinicas
Diagnostico, assistência de enfermagem e biossegurança no pré, intra e pós-natal
Procedimentos de referência
Nampula
2022
2
Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Tuberculose.......................................................................................................................5
Fisiopatologia da tuberculose............................................................................................6
Aspectos epidemiológicos.................................................................................................8
Formas clinicas..................................................................................................................9
Cuidados Pré-natais.........................................................................................................12
Procedimento de referência.............................................................................................13
Prevenção da tuberculose................................................................................................13
Complicações da Tuberculose.........................................................................................14
Conclusão........................................................................................................................15
Bibliografia......................................................................................................................16
3
Introdução
4
Tuberculose
Nos EUA, a taxa caiu de 1994 a 2014. Em 2016, 9.287 novos casos foram notificados
ao CDC que representaram uma taxa de 2,9/100.000, o que foi um ligeiro decréscimo
em relação a 2015. Mais da metade desses casos ocorreu em pacientes nascidos fora dos
EUA em áreas de alta prevalência. [A taxa de TB entre pessoas nascidas fora dos EUA
(14,6/100.000) foi muito mais alta que a taxa entre os nascidos no país (1,1/100.000
[ 3]). O risco de infecção para pessoas que moram em instalações comunitárias, como
abrigos, instituições de longa permanência ou estabelecimentos correccionais, bem
como para os sem-teto, aumentou no último ano. Em tais populações de alto risco, a
incidência de casos pode ficar próxima à de regiões do mundo de alto risco. Houve um
ressurgimento da tuberculose em regiões dos EUA e em outros países desenvolvidos
entre 1985 e 1992; isso estava associado a vários factores, incluindo HIV pessoas sem-
teto, deterioração da infra-estrutura da saúde pública e o surgimento da tuberculose
5
multirresistente (TB-RMF). Embora substancialmente controlada nos EUA pela saúde
pública e por medidas institucionais de controle de infecção eficazes, o problema da
TB-RMF, incluindo a tuberculose extensivamente fármaco-resistente (XDR-TB,
extensively drug-resistant tuberculosis), parece estar aumentando no mundo, alimentado
por recursos inadequados, incluindo sistemas de fornecimento de tratamento e
diagnóstico. Em muitas partes do mundo, a tuberculose resistente a fármacos não pode
ser diagnosticada de modo rápido e tratada precocemente com esquemas eficazes,
incluindo o tratamento eficaz dos efeitos adversos dos fármacos de 2ª linha. Essa
situação resulta em transmissão contínua, baixas taxas de cura e aumento da resistência.
O tratamento da XDR-TB apresenta resultados menos favoráveis; a taxa de mortalidade
é extremamente alta nos pacientes coinfectados pelo HIV mesmo quando são tratados
com fármacos anti-retrovirais. Tratamento eficaz e controle dos efeitos adversos,
envolvimento com a comunidade e apoio social resultaram em tendências
epidemiológicas decrescentes mais favoráveis de tuberculose resistente a fármacos em
algumas regiões (p. ex., no Peru e na região de Tomsk na Rússia). Índia e China só
estão começando a implementar programas contra TB multirresistente nos respectivos
países, e o futuro da TB multirresistente pode ser significativamente influenciado pelo
sucesso ou fracasso desses programas.
Fisiopatologia da tuberculose
Infecção primária
Infecção latente
Infecção activa
Infecção primária
6
A infecção requer inalação de partículas suficientemente pequenas para atravessar as
defesas respiratórias superiores e se depositar profundamente no pulmão, geralmente
nos espaços aéreos subpleurais dos lobos medianos ou inferiores. Gotículas maiores
tendem a se alojar nas vias respiratórias proximais e normalmente não resultam em
infecção. A infecção geralmente começa a partir de um único núcleo da gotícula, que
tipicamente contém poucos organismos. Talvez um único organismo possa ser
suficiente para causar infecção em pessoas susceptíveis, mas pessoas menos
susceptíveis podem exigir uma exposição reiterada para que a infecção se desenvolva.
Para dar início à infecção, bacilos M. tuberculosis devem ser ingeridos pelos
macrófagos alveolares. Os bacilos que não são mortos pelos macrófagos na verdade se
replicam dentro dos macrófagos, matando-os no final (com a ajuda de linfócitos CD8);
células inflamatórias são atraídas para a área, causando pneumonite focal que coalesce e
evolui para os característicos tubérculos observados na histologia. Nas semanas iniciais
da infecção, alguns macrófagos infectados são transportados para linfonodos regionais
(p. ex., hilar, mediastinal), onde a cessam a corrente sanguínea. A disseminação
hematogênica para qualquer parte do corpo, em particular para a porção apical-posterior
dos pulmões, epífises dos ossos longos, rins, corpos vertebrais e meninges pode ocorrer.
A disseminação hematogênica é menos provável nos pacientes com imunidade parcial
decorrente da vacinação ou à infecção natural prévia por M. tuberculosis ou
micobactérias ambientais.
Infecção latente
Infecção latente ocorre após a maioria das infecções primárias. Em cerca de 95% dos
casos, após aproximadamente 3 semanas de intensa multiplicação, o sistema imunitário
suprime a replicação bacilar, geralmente antes que sintomas ou sinais apareçam. Focos
dos bacilos no pulmão ou em outros locais se transformam em granulomas de célula
epitelioide, que podem ter centros caseosos e necróticos. Bacilos da tuberculose podem
sobreviver nesse material durante anos; o equilíbrio entre a resistência do hospedeiro e a
virulência microbiana determina se a infecção essencialmente desaparece sem
tratamento, se permanece dormente ou torna-se activa. Focos infecciosos podem deixar
fibronodulares cicatriciais nos ápices de um ou ambos os pulmões (focos de Simon, que
costumam resultar de disseminação hematogênica a partir de outro local da infecção) ou
pequenas áreas de consolidação (focos de Ghon). Um foco de Ghon com envolvimento
7
de linfonodos é um complexo de Ghon que, se calcificado, é chamado complexo de
Ranke. O teste cutâneo tuberculínico e os ensaios de liberação de gama-interferon
(IGRA) tornam-se positivos durante a fase latente da infecção. Locais de infecção
latente são processos dinâmicos, não totalmente dormentes como se acreditava.
Raramente, o foco primário progride de modo imediato, causando doença aguda com
pneumonia (às vezes cavitária), derrame pleural e alargamento de mediastino ou de
linfonodo hilar (que pode comprimir os brônquios em crianças). Derrames pleurais
discretos são predominantemente linfocíticos, contendo tipicamente poucos
microrganismos e desaparecendo em algumas semanas. Essa sequência talvez seja mais
comum entre crianças pequenas recém-infectadas ou pacientes imunossuprimidos
reinfectados. Tuberculose extrapulmonar em qualquer local pode se apresentar, algumas
vezes, sem evidência de envolvimento pulmonar. A tuberculose ganglionar é a
apresentação extrapulmonar mais comum; porém, a meningite é a mais temida por
causa de sua alta mortalidade em pessoas muito jovens e muito idosas.
Doença activa
Qualquer órgão inicialmente infectado pode tornar-se um local de reactivação, mas esta
ocorre com frequência nos ápices pulmonares, presumivelmente por causa das
condições locais favoráveis como alta tensão de oxigénio. Focos de Ghon e linfonodos
hilares afectados têm muito menos probabilidade de serem locais de reactivação.
Doenças que comprometem a imunidade celular (essencial para a defesa contra a TB)
facilitam significativamente a reactivação. Assim, pacientes coinfectados pelo HIV e
que não estão recebendo TARV apropriado têm risco anual aproximado de 10% de
desenvolver doença activa.
Aspectos epidemiológicos
8
bacilo é de um paciente com tuberculose pulmonar inoficiosa para outra pessoas
partículas aerossolizadas pela tosse, em espirros ou pela fala. Estas partículas diminutas
secam rapidamente podendo permanecer suspensas no ar por varias horas e obter acesso
directo às vias respiratórias terminais.
Outra via de transmissão dos bacilos da tuberculose, como através de pele ou placenta
são incomuns e não têm importância epedimemologia. A probabilidade de infecção é
maior quando a intimidade e duração do contacto com um caso de tuberculose activa é
prolongada. Os pacientes com BK positivo desempenham o principal papel na
disseminação da infecção. A aglomeração de pessoas em ambientes pouco ventilados é
um dos factores mais importantes na transmissão dos bacilos da tuberculose pois
aumenta a intensidade do contacto com um caso. Desenvolver a doença após infectar-se
depende em grande parte de factores endógenos, como a susceptibilidade inata do
individuo àdoença e o nível funcional da imunidade celular que depende muito do
estado nutricional da pessoa.
Formas clinicas
Tuberculose Pulmonar
Tosse;
Febre (vespertina);
Emagrecimento;
Dor Torácica;
Hemóstases;
Falta de apetite (anorexia)
Sudoração nocturna.
Pleura;
9
Ganglionar;
Miliar ou disseminada;
Menigea;
Peritoneal.
10
O tratamento tem como objectivos:
11
negativas e ser considerada curada). Doente caso novo com baciloscopia (ou cultura)
positiva ao 5º ou 6º meses de tratamento é considerado como falência e deve iniciar
regime de tratamento. Doente em regime de tratamento com baciloscopia ou cultura
positiva ao 7º mês de tratamento é considerada crónica com suspeita de Tuberculose-
MDR e deve ser pedida a cultura e teste de sensibilidade. Toda a grávida com
tuberculose, assim como os seus familiares deve receber informações importantes e
claras, tais como: o que é TB; a TB é uma doença que tem cura, se o tratamento for
correcto e concluído; o tratamento dura 6 meses em princípio; quais são os possíveis
efeitos secundários dos medicamentos; o que é; e a importância da Observação Directa
do Tratamento (DOT); dieta alimentar e outros cuidados; periocidade dos controlos;
como a grávida e seus familiares podem ajudar no tratamento; medidas a serem tomadas
para evitar a disseminação da doença na família e comunidade (etiqueta da tosse); e
outras informações que foram julgadas necessárias dependendo de cada caso.
Cuidados Pré-natais
Durante o parto
12
Deve manter-se a amamentação. Só se deve alimentar a criança
artificialmente se a mãe está gravemente doente e o stress da
amamentação interfere com o sucesso do tratamento;
Dar a criança isoniazida 10 mg/kg/dia como profilático;
Depois de 3 meses, e quanto a mãe se torna BK negativo, fazer
Mantoux a criança:
o Se for negativo parar o tratamento com isoniazada e se faz
BCG;
o Se for positivo se faz Rx de tórax;
o Se este não mostra lesão se faz mias 3 meses de INH;
o Se mostrar lesão se faz tratamento completo.
Procedimento de referência
Prevenção da tuberculose
Seguem-se medidas preventivas gerais (p. ex., ficar em casa, evitar visitantes, durante
tosses cobrir a boca com lenço ou mão).
Vacinação
13
de maneira efectiva (pré-XDR ou XDR-TB) e possivelmente profissionais de saúde não
infectados previamente expostos a TB-RMF ou XDR-TB de forma regular.
Complicações da Tuberculose
Quando se trata de uma tuberculose sensível aos fármacos de primeira linha e é efetuado
tratamento logo no início dos sintomas, a doença possui uma evolução quase sempre
favorável.
14
Conclusão
15
Bibliografia
16