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TRABALHO – Responsabilidade Civil

Aluno: Lucas P. R. Pimentel – 71910038

Poder Judiciário da União


Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Classe do Processo: 00274017720158070001 - (0027401-77.2015.8.07.0001 - Res. 65 CNJ) - Segredo de Justiça

Registro do Acórdão 1178989


Número:
Data de Julgamento: 05/06/2019

Órgão Julgador: 6ª Turma Cível

Relator: JOSÉ DIVINO

Publicação: Publicado no DJE: 02/07/2019. Pág.: Sem Página Cadastrada.


DIREITO DO CONSUMIDOR E DIREITO CIVIL. REPARAÇÃO DE DANOS. CIRURGIA ESTÉTICA. INSUCESSO.
Ementa: COMPROVAÇÃO. DANOS MORAIS E ESTÉTICOS. INDENIZAÇÃO. CABIMENTO. I. A responsabilidade civil do
hospital ou centro clínico é objetiva, nos termos do art. 14 do CDC e do art. 932, III, do CC. Assim, deve-se demonstrar apenas
a existência do fato e a relação de causalidade entre este, o dano alegado e o ato a ele imputado. Por sua vez, em se tratando de
cirurgia estética, via de regra, a responsabilidade civil do médico é subjetiva, com culpa presumida, porquanto assume
obrigação de resultado, de modo que incumbe ao paciente, credor da prestação dos serviços, comprovar os danos sofridos, a
conduta culposa do médico e o nexo de causalidade. II. Comprovado que não foi observado o dever de informação quanto aos
riscos inerentes à utilização do produto aplicado no corpo do autor e que o procedimento realizado ocasionou imperfeições que
não existiam antes da intervenção médica, gerando nítida lesão na sua aparência, além de graves problemas de saúde, cabível a
indenização por danos morais e estéticos. III. O valor da compensação por dano moral e estético deve ser determinado por
critérios de proporcionalidade e razoabilidade, observando-se as condições econômicas das partes envolvidas, a natureza e a
extensão do dano. IV. Negou-se provimento aos recursos.

Decisão: RECURSOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS. UNÂNIME.

Termos Auxiliares à SÚMULA 387, STJ.


Pesquisa:

RESUMO:

O acórdão em questão trata de uma ação de reparação de danos movida por um paciente que se submeteu a uma
cirurgia estética e sofreu insucesso. O tribunal reconheceu a responsabilidade objetiva do hospital ou centro clínico, nos
termos do art. 14 do CDC e do art. 932, III, do CC, devendo-se demonstrar apenas a existência do fato e a relação de
causalidade entre este, o dano alegado e o ato imputado.
No entanto, em relação ao médico, a responsabilidade civil é subjetiva, com culpa presumida, por assumir obrigação de
resultado. Assim, cabe ao paciente comprovar os danos sofridos, a conduta culposa do médico e o nexo de causalidade.

No caso em questão, ficou comprovado que o médico não informou adequadamente sobre os riscos do procedimento e
que a cirurgia causou imperfeições e graves problemas de saúde. Por isso, foi determinada a indenização por danos
morais e estéticos, com base nos critérios de proporcionalidade e razoabilidade, observando-se as condições econômicas
das partes envolvidas, a natureza e a extensão do dano.

Os recursos foram negados e a decisão foi mantida.

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